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Relacionamentos cooperativos como fator de sustentabilidade na economia solid?ria no RN: um estudo de caso m?ltiplo no setor ap?cola / Cooperative relationships as factor of sustainability in the solidary economy in rio grande do norte: a study of multiple case in the section apicultureSouza Neto, Pio Marinheiro de 11 September 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-09-11 / Universidade Federal do Rio Grande do Norte / We are observing, particurlarly in the last two decades an aggravation of social problems inherent in contemporary society, such as high rates of unereloyment and social exclusion. In this context, the social economy appears as an alternative to generate employment and income, especially for the country man through the production and distribution of developed products in a collective way where the actions of cooperation gain significant importance this study aims to determine how the collective actions affect the sustainability of cooperative socio-political and economic developments of the economy and so it was adopted a methodology of multiple case study in three organizations in the apiculture sector of Rio Grande do Norte the Beekeepers Association of S?o Rafael City (AAMSR); Beekeepers Association of Serra do Mel (APISMEL) and Family Agriculture Cooperative of Apodi (COOAFAP). To evaluate relationship in collaborative ventures solidarity it is constructed a matrix that identify and develop relationship in the organization and, to measure the level of sustainability of these ventures are calculated the indices of socio-political sustainability and economic sustainability. The research results shows a fully collaborative relationship in all
cases based on factors such as effective communication between beekeepers involved/and also cooperated with these organization; availability of beekeepers to perform adjustments in production process; an organizational culture focused on collaboration and high level of situation described above and taking into account that the business of solidarity economy
better positioned in the matrix of relationships are those that have best indices of sustainability, it is evidence the importance of collaborative relationships for the sustainability of joint ventures / Estamos assistindo, nas duas ?ltimas d?cadas, a um agravamento dos problemas sociais na sociedade contempor?nea, altas taxas de desemprego e a exclus?o social. Neste contexto, a economia solid?ria apresenta-se como uma alternativa de gera??o de trabalho e renda, para o homem do campo, atrav?s da produ??o e a distribui??o de produtos desenvolvidos de forma coletiva, onde as a??es de coopera??o ganham expressiva import?ncia. Este estudo tem por objetivo determinar como as a??es coletivas de coopera??o influenciam na sustentabilidade s?cio-pol?tica e econ?mica de empreendimentos de economia solid?ria. A metodologia adotada foi um estudo de caso m?ltiplo em tr?s organiza??es associativas do setor ap?cola do Rio Grande do Norte a Associa??o de Apicultores do Munic?pio de S?o Rafael (AAMSR); a Associa??o de Apicultores de Serra do Mel (APISMEL) e a Cooperativa da Agricultura Familiar de Apodi (COOAFAP). Para avaliar o relacionamento colaborativo nos empreendimentos solid?rios foi constru?da uma matriz que identifica como desenvolve-se os relacionamentos com e na organiza??o associativa, para mensurar o n?vel de sustentabilidade destes empreendimentos foram calculados os ?ndices de sustentabilidade s?cio-pol?tica e sustentabilidade econ?mica. Os resultados da pesquisa demonstraram a exist?ncia de um relacionamento colaborativo pleno em todos os casos estudados baseados em fatores como: comunica??o eficaz entre os apicultores associados/cooperados e tamb?m destes com suas organiza??es; disponibilidades dos apicultores para realizar adapta??es no processo produtivo; cultura organizacional voltada para a colabora??o e o elevado n?vel de satisfa??o dos apicultores em estarem fazendo parte dos empreendimentos solid?rios. Considerando que os empreendimentos de economia solid?rio melhor posicionado na matriz de relacionamento foram aqueles que obtiveram os melhores ?ndices de sustentabilidade, fica evidenciada a import?ncia dos relacionamentos colaborativos para a sustentabilidade dos empreendimentos
solid?rios
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Há outro trabalho na "outra economia"? : a relação dos trabalhadores com o trabalho na economia solidáriaCruz, Thales Speroni Pereira da January 2012 (has links)
A realidade social perdeu sua unidade, sendo tarefa do ator construir a coerência da sua ação em um mundo que não possui centro. Este diagnóstico da modernidade, presente na sociologia da experiência, faz com que a análise volte-se para a compreensão do modo como os atores atuam em meio a esse social heterogêneo. Considerando a economia solidária um caso privilegiado desse processo, esta investigação teve como objetivo compreender a relação com o trabalho nessas práticas. Deste modo, procurou-se contribuir para o debate em torno da questão: há outro trabalho na “outra economia”? O modelo analítico desenvolvido, fundamentado na perspectiva de François Dubet, considerou que a relação com o trabalho na economia solidária é atravessada por três dimensões: a do projeto de economia solidaria (seus princípios e expectativas); a dos requerimentos de eficácia da atividade produtiva; e a da luta por autonomia (entendida como o anseio do ator em conformar uma relação com o trabalho permeada por identificação subjetiva e reconhecimento dos demais). A tese central defendida foi a de que a relação com o trabalho na economia solidária é caracterizada por uma dupla pluralidade, tanto das distintas dimensões e dos sentidos a elas vinculados, como das formas como os atores articulam tais significações para compor a sua relação com o trabalho. No intuito de testar essa tese, realizou-se um estudo empírico em três empreendimentos da região metropolitana de Porto Alegre, de diferentes segmentos econômicos (metalúrgico, reciclagem e confecção). Os procedimentos metodológicos desenvolvidos centraram-se em 34 entrevistas semidiretivas em profundidade, fundamentadas na articulação dos pressupostos metodológicos da entrevista compreensiva de Kaufmann e das bases da entrevista episódica de Flick. Os resultados do estudo empírico evidenciaram a capacidade interpeladora das três dimensões, ao mesmo tempo em que expressaram a não redutibilidade dos trabalhadores a nenhuma delas. Mesmo que os resultados desta dissertação não permitam afirmações contrastantes sobre a existência (ou não existência) de outro trabalho na “outra economia”, esta investigação oferece subsídios relevantes para o debate acerca dessa problemática. Por um lado, o estudo das diferentes dimensões da relação com o trabalho apontou para a presença de distintas barreiras para a realização do possível caráter alternativo do trabalho na economia solidária: 1) a variedade de obstáculos produtivos nos empreendimentos e a correlata necessidade de um esforço compensatório dos trabalhadores; 2) a incongruência entre o projeto de economia solidária e as vivências cotidianas dos trabalhadores; 3) e, por fim, a recorrência de concepções negativas de si, que restringem a luta por autonomia. Por outro lado, por meio da tipologia da relação com o trabalho na economia solidária, baseada nos diferentes modos de como os atores articulam os sentidos ligados às distintas dimensões, foi possível identificar a existência de seis tipos: o de conservação, o de filiação, o centrado no ofício, o pessoalizado, o gerencial e o engajado. A presença desses diferentes tipos de relação com o trabalho destaca a atividade de atores plurais em contextos, também eles, plurais, o que evidencia a inadequação de duas figuras redutoras: a que mitifica o trabalhador ao supor um vínculo integral com o projeto de economia solidária e a que o reduz à procura emergencial pela sobrevivência. / Social reality has lost its unity. As a result, actors are now tasked with building coherence of action in a world that has no center. This diagnosis of modernity, present in the sociology of experience, places the focus of analysis on developing an understanding of how actors act in the midst of social heterogeneity. By focusing on the solidarity economy, a good example of the phenomenon mentioned, the research objective here was to understand the relationship between the labourer and his/her labour, within the solidarity economy. As such, the goal of this dissertation is to contribute to the debate surrounding the question: is there other labour in the "other economy"? The analytical model developed here, based on the perspective of François Dubet, argues that the relationship with labour in the solidarity economy possesses three dimensions: the project of solidarity economy (its principles and expectations), the requirements of the effectiveness of the productive activity, and the struggle for autonomy (understood as the actor’s desire to conform a relationship with the labour permeated by subjective identification and recognition of others). The central thesis defended is that the relationship with labour in the solidarity economy is characterized by a dual plurality; the three dimensions and the meanings related to them and the ways in which actors articulate these significations to compose their relationship with labour. In order to test this proposition, an empirical study was carried out on three enterprises in the metropolitan area of Porto Alegre, in different economic segments (metallurgy, recycling, and sewing). The methodological procedures developed in this project focused on 34 semi-directive, in-depth interviews, based on the articulation of the methodological suppositions of Kaufmann’s comprehensive interview and the foundations of Flick’s episodic interview. The results demonstrate not only the interpelative capacity of all three dimensions, but also that labourers within the solidarity economy are not reducible to any single dimension. Even if the results of this dissertation do not allow for contrasting statements concerning the existence (or non-existence) of other labour in the "other economy", this research does provide relevant contributions to the debate on the proposed problem. On one hand, the study of the various dimensions of the relationship with labour points out the presence of three unique barriers to the realization of the possible alternative character of labour in the solidarity economy. One, a variety of obstacles to production within the enterprise that the labourer must overcome through enhanced efforts. Two, the incongruity between the solidarity economy project and the worker’s everyday experiences. Lastly, three, the recurrence of negative conceptions of oneself, which restrict the struggle for autonomy. On the other hand, by means of a typology of the relationship with labour in the solidarity economy that is based on the different ways of how actors articulate the meanings attached to the three dimensions, it was possible to identify the existence of six types of relation with labour: conservation, affiliation, centering on the métier, focus on personal sociability, management, and engagement. The existence of these different types of relationship with labour point out the activity of plural actors in contexts, likewise, plural, which highlight the inadequacy of two reducing figures: the mythification of the worker to assume an integral bond with the solidarity economy project and the reduction of the actor to a struggle for survival.
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Economia solidÃria, o novo espÃrito do capitalismo e o governo das subjetividades: uma anÃlise do discurso dos trabalhadores do assentamento Coqueirinho / Solidarity economy, the new spirit of capitalism and the government of subjectivities: a discourse analysis of the Coqueirinho settlement workers.Camila Moreira Maia 16 July 2013 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de NÃvel Superior / Este trabalho visa a compreender de que forma discursos de trabalhadores de empreendimentos coletivos solidÃrios ajudam a reproduzir a ordem social caracterÃstica do Ãltimo capitalismo (a partir de 1970). Segundo a Nova Sociologia do Capitalismo, cada versÃo do modelo de produÃÃo capitalista tem sido acompanhada por uma ideologia que o justifica. Essa ideologia, denominada de âespÃrito do capitalismoâ, transforma-se ao sabor das crÃticas que lhe sÃo empreendidas. Um novo espÃrito surge, entÃo, como resultado da articulaÃÃo entre espÃrito anterior e crÃtica que Ã, atendida, apenas, parcialmente, perdendo seu poder de reivindicaÃÃo. O novo espÃrito do capitalismo surge em respostas Ãs crÃticas das dÃcadas de 1960 e fundamenta-se pelo funcionamento em redes, pela flexibilidade e pelo incentivo à autonomizaÃÃo dos sujeitos. Sob a perspectiva da AnÃlise CrÃtica do Discurso, o novo espÃrito do capitalismo trata-se de uma ordem de discurso que, ao mesmo tempo em que constrange o discurso de atores sociais, à constrangida por eles. Essa ordem de discurso, entÃo, pode ser incorporada ao discurso dos sujeitos em suas diversas funÃÃes, seja de representaÃÃo, de inter(aÃÃo) ou de identificaÃÃo e isso, à o que permite sua reproduÃÃo. A Economia SolidÃria tem sido adotada nos Ãltimos governos (2002 â 2013) como estratÃgia de resoluÃÃo da âquestÃo socialâ. Considerando a Ãntima relaÃÃo entre Estado e manutenÃÃo de ordens hegemÃnicas, percebe-se que esses incentivos do Governo Federal a empreendimentos coletivos solidÃrios tÃm-se apresentado como uma das manifestaÃÃes da incorporaÃÃo de elementos da crÃtica que favorece Ãs reestruturaÃÃes capitalistas. Nossa argumentaÃÃo reside na resposta a trÃs hipÃteses de trabalho: a primeira diz respeito à correspondÃncia entre o discurso da ES com a crÃtica ao segundo espÃrito do capitalismo, uma vez que partilham das reivindicaÃÃes desenvolvidas tanto pelos movimentos operÃrios do sÃculo XIX, como pelos movimentos sociais da dÃcada de 1960. A segunda defende a aproximaÃÃo do discurso de trabalhadores de ES Ãs ideologias que tem justificado o novo espÃrito do capitalismo e a terceira consiste no entendimento da ES como uma estratÃgia de governo das subjetividades, uma vez que engendram um sentimento de empoderamento no trabalhador solidÃrio que cessa sua motivaÃÃo para a crÃtica. Realizamos uma aproximaÃÃo etnogrÃfica a uma associaÃÃo de agricultores assentados do interior do Estado do Cearà que funciona nos moldes da Economia SolidÃria. O corpus de pesquisa foi obtido atravÃs de diÃrios de campo, construÃdos a partir de observaÃÃo participante e de entrevistas individuais, e analisado à luz da AnÃlise de Discurso CrÃtica. Concluiu-se que: o Estado se compromete ambiguamente com a superaÃÃo da pobreza e do desemprego e com formas neoliberais de gestÃo que sÃo, elas prÃprias, geradoras de desigualdade; a relaÃÃo entre o trabalhador solidÃrio e o Estado à contraditÃria, pois, ao mesmo tempo em que aquele desenvolve atividades produtivas que visam à autonomia em relaÃÃo a este, seu discurso aponta para a dependÃncia dos incentivos concedidos pelo mesmo; por fim, hà uma incoerÃncia entre a condiÃÃo precÃria do trabalhador e o seu sentimento de autonomia, de liberdade e de seguranÃa. / This work aims to understand how discourses of workers of solidarity collective enterprises help reproduce the social order characteristic of the last capitalism (since 1970). According to the New Sociology of Capitalism, each version of the model of capitalist production has been accompanied by an ideology that justifies it. This ideology, called the "spirit of capitalism", is transformed by the criticisms that it receives. A new spirit, then, arises, as a result of the relationship between the former spirit and the criticism that is only partially met, and, hence, loses its demanding power. The new spirit of capitalism arises in response to criticism from the 1960s and is based on networking, flexibility and the incentive for the empowerment of individuals. From the perspective of Critical Discourse Analysis, the new spirit of capitalism is an order of discourse that constrains the discourse of social actors whilst being constrained by it. This order of discourse can, thus, be incorporated into the discourse of the subjects in its various roles, be it of representation, of inter(action) or identification, and this is what allows its reproduction. Solidarity Economy has been adopted by the last governments (2002 - 2013) as a strategy for solving the "social issue". Considering the close link between the State and the maintenance of hegemonic orders, it is clear that these incentives from the Federal Government to solidarity collective enterprises have been presented as one of the manifestations of the incorporation of elements of criticism that benefit capitalist restructuring. Our argument lies in the response to three working hypotheses: the first concerns the correspondence between the discourse of Solidarity Economy and the criticism to the second spirit of capitalism, since they share the claims developed by both the labor movements of the nineteenth century and the social movements of the 1960s; the second advocates the closeness between the speech of solidarity economy workers and the ideologies that have justified the new spirit of capitalism; and the third consists in the understanding of Solidarity Economy as a strategy for the government of subjectivities, once it promotes the feeling of empowerment in the solidarity worker that ceases his motivation for criticism. We conducted an ethnographic approach in an association of farmers settled in the state of CearÃ, which functions along the lines of Solidarity Economy. The research corpus was obtained from field diaries, made from participant observation and interviews, and analyzed through Critical Discourse Analysis. It was concluded that the State ambiguously engages in overcoming poverty and unemployment and in neoliberal forms of management that generate inequality. The relationship between the solidarity worker and the State is contradictory because, while the first develops productive activities aimed at autonomy regarding the latter, their speech points to the dependence on the incentives granted by it. Lastly, there is inconsistency between the workersâ precarious condition and their feelings of autonomy, freedom and security.
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Caminhos estratÃgicos para o desenvolvimento rural sustentÃvel: uma anÃlise da dinÃmica sociotÃcnica dos quintais produtivos / Strategic pathways to sustainable rural development: An analysis of the dynamics of sociotechnical productive backyardsKarla Karolline de Jesus Abrantes 05 February 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / O presente estudo, inserido na linha de pesquisa âPolÃticas PÃblicas e Desenvolvimento Rural SustentÃvelâ, analisa a dinÃmica sociotÃcnica de quintais produtivos, a partir de experiÃncias de agricultores/as familiares beneficiados/as pelo projeto âQuintais para a Vidaâ, coordenado pela OrganizaÃÃo NÃo Governamental (ONG) Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (CETRA). A ideia central da abordagem sociotÃcnica visa desvendar os requisitos principais do sistema tecnolÃgico e as possÃveis influÃncias destes sobre o desempenho do sistema social, de modo que a eficÃcia do sistema produtivo total dependerà da adequaÃÃo do sistema social em atender os requisitos do sistema tÃcnico. Assim, para o entendimento desse trabalho, seu objeto de estudo foi considerado como sendo a tecnologia social quintal produtivo, visto como um instrumento que introduz e resgata valores culturais e identitÃrios das famÃlias rurais inerentes aos espaÃos do entorno da casa. Por meio de uma investigaÃÃo qualitativa, procedida por um estudo de caso, busca-se detectar qual à a importÃncia e a influÃncia do projeto no cotidiano dos/as agricultores/as. Na hipÃtese de considerar a tecnologia social quintal produtivo como uma estratÃgia para o desenvolvimento rural sustentÃvel, baseada nos princÃpios da agroecologia, da socioeconomia solidÃria e da seguranÃa alimentar, procura-se identificar as mudanÃas ambientais, socioculturais e socioeconÃmicas repercutidas na vida de nove (9) famÃlias contempladas, localizadas em cinco comunidades de dois municÃpios do TerritÃrio da Cidadania do Cearà â Vales do Curu e AracatiaÃu, no CearÃ. Para a anÃlise do estudo fundamentou-se em autores como Navarro (2001), Schneider (2010), Veiga (2001), Altieri (1998), Gliessman (2000), Maluf (2007),
Menezes (2001), Arroyo e Schuch (2006), Singer (2002), Dagnino, BrandÃo e Novaes (2010). As trajetÃrias, sentidos e significados dos sujeitos pesquisados, analisadas a partir das entrevistas semiestruturadas, revelaram que ocorreram transformaÃÃes relevantes na realidade das famÃlias beneficiadas. As mudanÃas foram caracterizadas por inovaÃÃes e continuidades, ou seja, pelo aprimoramento e substituiÃÃo das prÃticas convencionais e a reduÃÃo do uso de insumos externos, produzindo, consumindo e comercializando os alimentos de forma ecologicamente correta, aumentando, com isso, a diversidade da produÃÃo antes restrita a mandioca, milho e feijÃo e, no caso das hortaliÃas, ao coentro e a cebolinha. Conclui-se ser possÃvel construir relaÃÃes de convivÃncia com a natureza tendo por base a sustentabilidade ambiental e assegurando a qualidade de vida e implementando as atividades econÃmicas apropriadas. Considerando a importÃncia dessa pesquisa na atualidade, por sua pretensÃo em suscitar novas reflexÃes sobre as prÃticas e dinÃmicas sociotÃcnicas para a academia, a sociedade civil organizada e aos/as agricultores/as, busca-se identificar e analisar as dimensÃes de desenvolvimento propostas. Este estudo tambÃm pode contribuir para a ressignificaÃÃo de projetos e polÃticas sociais voltadas para a agricultura familiar no estado do Cearà e subsidiar seus ÃrgÃos pÃblicos e ONGâs, no que se refere Ãs reflexÃes de suas dimensÃes ambiental, sociocultural e socioeconÃmica, aqui trazidas sobre a tecnologia social quintal produtivo. / The present study, inserted in the research line "public policies and sustainable Rural Development", analyzes the dynamics of sociotechnical productive backyards, from experiences of family farmers benefited by the project "Backyards for life". The project is coordinated by the non-governmental organization (NGO) "Centre of Labor Studies and Worker‟s Counselingâ (CETRA, portuguese acronym). The central idea of sociotechnical approach aims at uncovering the main requirements of the technological system and the possible influences of these on the performance of the social system, so that the effectiveness of the production system will depend on the suitability of the total social system to meet the requirements of technical system. Thus, for the understanding of this work we will have as object of study the social productive backyard technology which is seen as an instrument that introduces and rescue cultural values and identity of the rural families inherent in spaces around the house. Through a qualitative research, preceded by a case study, we seek to detect the importance and influence of the project on the daily life of farmers. In the hypothesis of considering social productive backyard technology as a strategy for sustainable rural development, based on the principles of Agroecology, the socioeconomics of solidarity and food safety, seeks to identify the environmental, socio-cultural and socioeconomic changes that affect the life of nine (9) benefited families, located in five communities of two municipalities in the Citizenship Territory of Ceara â Vale do Curu and AracatiaÃu in CearÃ. For the analysis the study was based on authors such as Navarro (2001), Schneider (2010), Veiga (2001), Altieri (1998), Gliessman has given (2000), Mackin (2007), Mark (2001), Arroyo and Schuch (2006), Singer (2002), Dagnino, Barron and Nana (2010). The trajectories, senses and meanings of the subject researched, parsed from the semi-structured interviews revealed that relevant transformations occurred in the reality of the benefited families. The changes were characterized by innovations and continuities, i.e. by the improvement and replacement of conventional practices and reduction in the use of external inputs, producing, selling and consuming in an ecologically viable way, thus increasing the diversity of production once restricted to cassava, corn and beans and, in the case of vegetables, coriander and chives. It appears to be possible to build relations of coexistence with nature based on environmental sustainability and life quality assurance implementing appropriate economic activities. Considering the importance of this research today, for its purpose of eliciting new reflections on the practices and sociotechnical dynamics to the Academy, organized civil society and to the farmers, we look forward to identifying and analyzing the dimensions of the proposed development. This study may also contribute to the redesign of projects and social policies geared towards family agriculture in the State of Cearà and subsidizing their public bodies and NGOs, with regard to its environmental socioeconomic and sociocultural dimensions, brought about in this study on social technology and productive backyards.
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Há outro trabalho na "outra economia"? : a relação dos trabalhadores com o trabalho na economia solidáriaCruz, Thales Speroni Pereira da January 2012 (has links)
A realidade social perdeu sua unidade, sendo tarefa do ator construir a coerência da sua ação em um mundo que não possui centro. Este diagnóstico da modernidade, presente na sociologia da experiência, faz com que a análise volte-se para a compreensão do modo como os atores atuam em meio a esse social heterogêneo. Considerando a economia solidária um caso privilegiado desse processo, esta investigação teve como objetivo compreender a relação com o trabalho nessas práticas. Deste modo, procurou-se contribuir para o debate em torno da questão: há outro trabalho na “outra economia”? O modelo analítico desenvolvido, fundamentado na perspectiva de François Dubet, considerou que a relação com o trabalho na economia solidária é atravessada por três dimensões: a do projeto de economia solidaria (seus princípios e expectativas); a dos requerimentos de eficácia da atividade produtiva; e a da luta por autonomia (entendida como o anseio do ator em conformar uma relação com o trabalho permeada por identificação subjetiva e reconhecimento dos demais). A tese central defendida foi a de que a relação com o trabalho na economia solidária é caracterizada por uma dupla pluralidade, tanto das distintas dimensões e dos sentidos a elas vinculados, como das formas como os atores articulam tais significações para compor a sua relação com o trabalho. No intuito de testar essa tese, realizou-se um estudo empírico em três empreendimentos da região metropolitana de Porto Alegre, de diferentes segmentos econômicos (metalúrgico, reciclagem e confecção). Os procedimentos metodológicos desenvolvidos centraram-se em 34 entrevistas semidiretivas em profundidade, fundamentadas na articulação dos pressupostos metodológicos da entrevista compreensiva de Kaufmann e das bases da entrevista episódica de Flick. Os resultados do estudo empírico evidenciaram a capacidade interpeladora das três dimensões, ao mesmo tempo em que expressaram a não redutibilidade dos trabalhadores a nenhuma delas. Mesmo que os resultados desta dissertação não permitam afirmações contrastantes sobre a existência (ou não existência) de outro trabalho na “outra economia”, esta investigação oferece subsídios relevantes para o debate acerca dessa problemática. Por um lado, o estudo das diferentes dimensões da relação com o trabalho apontou para a presença de distintas barreiras para a realização do possível caráter alternativo do trabalho na economia solidária: 1) a variedade de obstáculos produtivos nos empreendimentos e a correlata necessidade de um esforço compensatório dos trabalhadores; 2) a incongruência entre o projeto de economia solidária e as vivências cotidianas dos trabalhadores; 3) e, por fim, a recorrência de concepções negativas de si, que restringem a luta por autonomia. Por outro lado, por meio da tipologia da relação com o trabalho na economia solidária, baseada nos diferentes modos de como os atores articulam os sentidos ligados às distintas dimensões, foi possível identificar a existência de seis tipos: o de conservação, o de filiação, o centrado no ofício, o pessoalizado, o gerencial e o engajado. A presença desses diferentes tipos de relação com o trabalho destaca a atividade de atores plurais em contextos, também eles, plurais, o que evidencia a inadequação de duas figuras redutoras: a que mitifica o trabalhador ao supor um vínculo integral com o projeto de economia solidária e a que o reduz à procura emergencial pela sobrevivência. / Social reality has lost its unity. As a result, actors are now tasked with building coherence of action in a world that has no center. This diagnosis of modernity, present in the sociology of experience, places the focus of analysis on developing an understanding of how actors act in the midst of social heterogeneity. By focusing on the solidarity economy, a good example of the phenomenon mentioned, the research objective here was to understand the relationship between the labourer and his/her labour, within the solidarity economy. As such, the goal of this dissertation is to contribute to the debate surrounding the question: is there other labour in the "other economy"? The analytical model developed here, based on the perspective of François Dubet, argues that the relationship with labour in the solidarity economy possesses three dimensions: the project of solidarity economy (its principles and expectations), the requirements of the effectiveness of the productive activity, and the struggle for autonomy (understood as the actor’s desire to conform a relationship with the labour permeated by subjective identification and recognition of others). The central thesis defended is that the relationship with labour in the solidarity economy is characterized by a dual plurality; the three dimensions and the meanings related to them and the ways in which actors articulate these significations to compose their relationship with labour. In order to test this proposition, an empirical study was carried out on three enterprises in the metropolitan area of Porto Alegre, in different economic segments (metallurgy, recycling, and sewing). The methodological procedures developed in this project focused on 34 semi-directive, in-depth interviews, based on the articulation of the methodological suppositions of Kaufmann’s comprehensive interview and the foundations of Flick’s episodic interview. The results demonstrate not only the interpelative capacity of all three dimensions, but also that labourers within the solidarity economy are not reducible to any single dimension. Even if the results of this dissertation do not allow for contrasting statements concerning the existence (or non-existence) of other labour in the "other economy", this research does provide relevant contributions to the debate on the proposed problem. On one hand, the study of the various dimensions of the relationship with labour points out the presence of three unique barriers to the realization of the possible alternative character of labour in the solidarity economy. One, a variety of obstacles to production within the enterprise that the labourer must overcome through enhanced efforts. Two, the incongruity between the solidarity economy project and the worker’s everyday experiences. Lastly, three, the recurrence of negative conceptions of oneself, which restrict the struggle for autonomy. On the other hand, by means of a typology of the relationship with labour in the solidarity economy that is based on the different ways of how actors articulate the meanings attached to the three dimensions, it was possible to identify the existence of six types of relation with labour: conservation, affiliation, centering on the métier, focus on personal sociability, management, and engagement. The existence of these different types of relationship with labour point out the activity of plural actors in contexts, likewise, plural, which highlight the inadequacy of two reducing figures: the mythification of the worker to assume an integral bond with the solidarity economy project and the reduction of the actor to a struggle for survival.
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Economia solidária: princípios e contradiçõesAmorim, Andressa Nunes 24 September 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-09-24 / O propósito desta dissertação é analisar se as relações sociais atípicas da economia solidária convergem para a estruturação de um novo modo-de-produção não capitalista. Para isso o procedimento metodológico utilizado foi a pesquisa
bibliografia a livros, periódicos, teses, dissertações, coletâneas de textos, além de dados de instituições oficiais como Ministério do Trabalho e Emprego e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dessa forma, buscou-se o estudo do
movimento cooperativista europeu do século XIX e sua relação com o surgimento da Economia Solidária no Brasil, além da apresentação das diversas concepções teóricas de economia solidária marcadas por imprecisões e incompletudes,
passando pelas contradições dos princípios norteadores da autogestão, da solidariedade e na ação concreta, sua relação com o do terceiro setor. A partir desse conjunto de elementos passou-se à análise da economia solidária como meio para a
estruturação de um novo modo-de-produção não capitalista, suas limitações e as potencialidades da economia solidária enquanto espaço de formação política e construtora de uma nova sociabilidade. Observou-se que, ao longo da década de
1990 e, sobretudo nos anos 2000, houve uma explosão de novos grupos de economia solidária no Brasil, surgidos como conseqüência da crise estrutural do emprego, causado pela necessidade de elevação da remuneração do capital. Nesse
cenário inspirados por princípios de solidariedade e autogestão os empreendimentos econômicos solidários vivenciam relações contraditórias seja diante de seus próprios princípios, seja pela ligação estreita com o terceiro setor através das entidades de
assessoria e fomento, seja pela defesa de uma proposta anticapitalista somada à vivência na economia de mercado. Trata-se, portanto, de uma análise que considera os limites e as possibilidades da economia solidária a partir de suas contradições e sua potencialidade como motor de uma transformação sistêmica / The purpose of this essay is to analyze whether atypical social relations of solidarity economy converge for structuring a new mode of capitalist production. For this the methodological procedure used was the bibliography search books, journals, theses, dissertations, collections of texts, plus data from official institutions like the Ministry of labour and Employment and the Brazilian Institute of geography and statistics. Thus,
empirical study of the European cooperative movement of the 19th century and its relationship with the emergence of solidarity economy in Brazil, besides the presentation of the various theoretical conceptions of solidarity economy marked by inaccuracies and incompletudes, passing by the contradictions of the guiding principles of self-management, solidarity and action, its relationship with the third sector. From this set of elements passed to the analysis of economic solidarity as a means of structuring a new mode of capitalist production, its limitations and potential of solidarity economy training policy and construction of a new sociability. It was
noted that, throughout the 1990s and, in particular during the years 2000, there was an explosion of new groups of solidarity economy in Brazil, arising as a consequence of structural employment crisis, caused by the need to increase return on capital. In this scenario inspired by principles of solidarity and economic solidarity enterprises self-management experience conflicting relations is facing its own principles, whether
through close liaison with the third sector through the Advisory and promotion entities, whether for the defence of a proposal anticapitalista combined with the experience in the market economy. This is an analysis that considers the limits and possibilities of solidarity economy from its contradictions and its potentiality as systemic transformation engine
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Narrativas e imagens sobre as águas: educação ambiental, memória e imaginário na pesca artesanal - um encontro com contadores de históriasOliveira, Caroline Terra de January 2013 (has links)
Submitted by Milenna Moraes Figueiredo (milennasjn@gmail.com) on 2016-03-31T18:16:04Z
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Previous issue date: 2013 / A presente investigação se insere na linha de pesquisa Educação Ambiental Não-Formal e tem
como objetivo geral investigar a História Oral de pescadores artesanais da cidade do Rio
Grande/RS, inseridos no contexto da economia solidária popular, no intuito de compreender a
construção das imagens relacionadas ao seu processo de trabalho. Buscamos defender a tese
que afirma, em síntese, que a história oral se constitui como campo de possibilidades para a
compreensão das imagens do processo de trabalho dos pescadores artesanais, sendo entendida
como premissa fundamental para a reflexão sobre os princípios da Educação Ambiental
relacionados ao âmbito de estudos da pesca artesanal. Nesta perspectiva, a História Oral pode
ser concebida como sendo um processo de aprendizagem em Educação Ambiental. A
pesquisa justifica-se em virtude da relevância que o registro da história oral dos pescadores
artesanais assume na construção de alternativas e projetos de Educação Ambiental que
tenham como objetivo o manejo sustentável do meio ambiente costeiro. Ressaltamos a
utilização da abordagem de cunho qualitativo, com foco na metodologia da História Oral,
especificamente, no gênero História Oral Temática. Para a interpretação dos fenômenos
investigados, optou-se pela análise textual discursiva. Os dados constituem-se de entrevistas
realizadas com três pescadores artesanais da Associação de Pescadores Artesanais da Vila São
Miguel, localizada na cidade do Rio Grande, e observações registradas em Diário de Campo.
O estudo fundamentou-se nas contribuições teóricas de autores como Gaston Bachelard,
Antônio Diegues, Ricardo Antunes e Carlos Frederico Loureiro, entre outros. Destacamos que
o debate integra a compreensão acerca das seguintes categorias de análise da pesquisa: a
investigação sobre as imagens de infância, as imagens de esperança, bem como as imagens
sobre o meio ambiente costeiro construído por pescadores artesanais cooperativados. Além
disso, apresentamos como categorias emergentes o estudo em relação à contextualização
histórica da pesca artesanal e industrial no contexto da cidade do Rio Grande enfocando-se,
em especial, os benefícios disponibilizados pelos incentivos fiscais do Decreto-Lei número
221, de 1967, também se inclui o debate sobre o sentido da tecnologia em sua relação com o
processo de exploração do trabalho na pesca artesanal. As constatações incorporam narrativas
que expressam as imagens de denúncias em relação à expansão da degradação ambiental do
ambiente costeiro e à intensificação dos processos de exploração do trabalho do profissional
artesanal a partir da sua articulação com o setor pesqueiro empresarial-capitalista. Contudo,
enfatizamos a construção de imagens que expressam o fortalecimento da esperança no seu
sistema de trabalho, no qual situamos a economia solidária popular como elemento imperativo
para a valorização profissional e melhoria da sua qualidade de vida. / This research is in line research Environmental Education Non-Formal and aims at
investigating the oral history of handmade fishermen of Rio Grande / RS, within the context
of popular solidarity economy, in order to comprehend the images that integrate your work
process.We seek to defend the thesis that states, in summary, that oral history is constituted as
a field of possibilities for understanding the images of the working process of traditional
fishermen, being understood as a fundamental premise for reflection on the fundamentals of
environmental education related context study of handmade fisheries. In this perspective, the
oral history can be understood as a learning process in Environmental Education. The
research is justified because of the importance that the record of the oral history of handmade
fishers assumes the construction of alternatives and environmental education projects that aim
at sustainable management of the coastal environment. We emphasize the use of a qualitative
approach, focusing on the methodology of oral history, specifically the gender thematic oral
history. For the interpretation of the phenomena investigated, we chose to analyze textual
discourse. The data are made up of interviews with three fishermen from the Association of
Fishermen's Village São Miguel, located in Rio Grande, and observations recorded in Field
Journal. The study was based on the theoretical contributions of authors such as Gaston
Bachelard, Antonio Diegues, Ricardo Antunes and Carlos Frederico Loureiro, among others.
We emphasize that the debate includes the understanding of the following categories of
analysis of research: research into childhood pictures, images of hope, as well as the images
on the coastal environment built by fishermen cooperatives. In addition, we present the study
as emerging categories in relation to historical contextualization handmade and industrial
fisheries in the context of Rio Grande focusing, in particular, the benefits of the tax incentives
provided by Decree-Law number 221 of 1967, also includes discussion on the direction of
technology in its relation to the process of exploitation of labor in handmade fisheries. The
findings incorporate narratives that express the images of complaints in relation to the
expansion of environmental degradation of the coastal environment and the intensification of
the processes of labor exploitation of professional craftsmanship from its articulation with the
fisheries sector corporate-capitalist. However, we emphasize the construction of images
expressing the hope of strengthening work on your system, in which we place the popular
social economy as an imperative for professional development and improving their quality of
life.
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A economia solidária e a sustentabilidade sócio-ambiental da agricultura familiar no município de Colinas do TocantinsMendanha, José Francisco 01 June 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-06-01 / This study aimed to analyze the relationship of solidarity economy with the socialenvironmental sustainability of family farming in the City of Colinas do Tocantins, state of
Tocantins. This is a case study, conforming empirical orientation of production and description of knowledge, in which 10 units were surveyed in the family s unit of Real Settlement Project in the City of Colinas de Tocantins, state of Tocantins. It was used as
instruments for collecting data from the field open questionnaire, documentation, structured interviews and direct observation. Sought to understand the trajectories and their own
conceptions of family farmers on their experience of practical solidarity directing more attention to the ways historically constructed to deal with the management of production,
ways of entering the market, the relationship between the settled families, to assess the gains economic monetary and non-monetary arising in the practice of social relations of solidarity
and reciprocity. It was observed that the characteristics of social relations, the ties of solidarity and organization group of settlers in the background influenced the development of criteria and standards for the management of events in the settlement that allowed create mechanisms for participation in the relationship with internal and external organizations. Moreover, we could see that, as a result of these experiences the settlers of the project have achieved several gains, both materials, with regard to ownership of land and into the market and generate income households, for the intangible, that are the results in terms of training, achievement of partnership and reciprocity of influence in public policy, solidarity and citizenship. / Esta pesquisa teve como objetivo analisar a relação da economia solidária com a sustentabilidade sócio-ambiental da agricultura familiar no município de Colinas do Tocantins Estado do Tocantins. Trata-se de um Estudo de Caso, segundo orientação empírica de
produção e descrição do conhecimento, no qual foram amostradas 10 unidades de produção no Projeto de Assentamento Real no município de Colinas de Tocantins, estado do Tocantins. Utilizou-se como instrumentos para coleta de dados de campo o questionário aberto, documentação, entrevista estruturada e observação direta. Procurou-se compreender as trajetórias e concepções próprias dos agricultores familiares sobre suas experiências de práticas solidárias direcionando maior atenção para as formas historicamente construídas de lidar com a gestão da produção, as formas de interação no mercado, a relação estabelecida
entre as famílias assentadas, avaliar os ganhos econômicos monetários e não monetários advindos das práticas de relações sociais de solidariedade e reciprocidade. Observou-se que as
características das relações sociais, os laços de solidariedade e organização preexistentes no grupo de assentados influenciou na elaboração de critérios e normas de gestão dos acontecimentos no assentamento que possibilitaram criar mecanismos de participação interna e na relação com as organizações externas. Além disso, pôde-se perceber que, em decorrência destas experiências os assentados do projeto têm alcançado diversos ganhos, tanto materiais, no que se refere a posse da terra e interação no mercado e a geração de renda das famílias, quanto aos imateriais, que são os resultados em termos de formação, reciprocidade e conquista de parcerias, de influência nas políticas públicas, de solidariedade, e de cidadania.
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Empreendimentos econômicos solidários: sistematização da experiência de formação da incubadora Co-Labora / Solidary economic enterprises: systematization of the formation experience of the Co-Labora incubatorDaniel Yacoub Bellissimo 07 November 2016 (has links)
As incubadoras universitárias têm se constituído nas principais universidades brasileiras desde o fim da década de 1990. Elas trabalham dentro da linha de economia solidária, no desenvolvimento de cooperativas populares ou empreendimentos econômicos solidários e, durante esse trabalho, enfrentam diversos desafios. Um deles é conseguir contribuir com tais empreendimentos em suas dimensões empresa - uma gestão atenta à qualidade do produto ou serviço, aos processos e operações para sua maior eficiência, à sua inserção no mercado e à melhor organização dos seus recursos financeiros e não-financeiros; e associativa - uma gestão atenta à importância de sua missão social, à manutenção de sua vitalidade associativa, aos processos para que a democracia prevaleça e ao seu enraizamento na comunidade e no seu setor de atuação de forma cooperativa. Este trabalho avaliou o desenvolvimento de uma incubadora recém-formada, nos seus dois anos iniciais, na USP campus Ribeirão Preto, com a análise voltada para sua estrutura, equipe, metodologia e atuação junto aos empreendimentos incubados, percebendo as condições favorecedoras e desafiadoras de uma incubação que de fato contribua com ambas as dimensões. O método utilizado foi o de sistematização de experiências, considerado apropriado para construir a linha do tempo da incubadora, constituir os principais marcos e eixos do trabalho realizado e promover a reflexão crítica dos fatos e experiências levantados. Os resultados indicam que houve dificuldade na integração entre as dimensões empresa e associativa na atuação junto aos grupos incubados, com destaque ou maior ênfase para uma dimensão ou outra ao longo do tempo, devido principalmente aos acúmulos da equipe com maior participação naquele momento. Além disso, a percepção dos membros da incubadora foi avaliada por meio de entrevistas estruturadas, e indicou que alguns creditam tal enfoque em uma dimensão ou na outra por conta das demandas do grupo naquele momento, outros para qual fosse a constituição e formação da equipe mais próxima do trabalho e ainda porque indivíduos específicos de cada grupo pudessem demandar abordagens distintas. Por fim, concluiu-se que a incubadora produziu efeitos positivos e negativos devido a essa dificuldade no equilíbrio entre ambas as dimensões nos trabalhos realizados e que, com essa informação, as incubadoras universitárias pelo país podem buscar maior integração entre elas e, assim, atingir através de seus trabalhos com os empreendimentos solidários maior eficiência econômica e felicidade humana. / The university incubators have been constituted in the main Brazilian universities since the end of the 1990s. They work within the solidarity economy line, in the development of popular cooperatives and solidarity economy enterprises, and during this work, face several challenges. One of them is their capability to achieve contributions to the solidarity enteprises in their company dimension - a careful management to product quality or service, processes and operations to their greater efficiency, its insertion in the market and the best organization of its financial and non-financial resources; and their associative dimension - a management attentive to the importance of its social mission, the maintenance of its associative vitality, processes that makes democracy prevails and its rootedness in the community and its industry, in a cooperative manner. This study evaluated the development of a newly formed incubator in its first two years, at USP campus Ribeirao Preto, with focused analysis of its structure, staff, methodology and performance with the incubated enterprises, realizing that favor and challenging conditions of an incubation that actually contribute to both dimensions. The method used was the systematization of experiences, considered appropriate to construct the time line of the incubator, constitute major milestones and axes of the work and promote critical reflection of the facts and experiences raised. The results indicate that there were difficulties in integration between the company and associative dimensions in performance with the incubated groups, highlighting or with greater emphasis on one dimension or another over time, mainly due to the accumulations of the team with greater participation at that time. Moreover, the perception of the members of the incubator was evaluated through structured interviews, and indicated that some credited an approach focused in one dimension or the other because of the demands of the group at that time, others for which was the establishment and training of staff nearest to the work and because specific individuals of each group might require different approaches. Finally, it was concluded that the incubator has had positive and negative effects due to the difficulty in balancing both dimensions in the performed work, and with this information, the university incubators around the country may seek greater integration between them and thus achieve, through their work with solidarity enterprises, greater economic efficiency and human happiness.
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Emergence et structuration de l'économie sociale et solidaire en Roumanie / Emergence and structuring of the social and solidarity economy in RomaniaDragan, Alexandru 09 September 2016 (has links)
La Roumanie est passée en un laps temps très court du centralisme autoritaire à un pluralisme décentralisé. Son inscription sur l’axe politique occidentale, marquée par l’adhésion à l’OTAN et à l’UE, a intensifié les mécanismes de contrôle extérieurs, notamment dans le domaine de la justice et de la « liberté » (d’expression, de la presse, etc.). Au sens large, l’enjeu majeur fut la consolidation de la démocratie. Afin d’accomplir cette dernière, une émergence de la société civile et des organisations de l’économie sociale et solidaire est indispensable. Dans les pays post-communistes, les organisations de l’économie sociale et solidaire ont connu une renaissance après la chute du communiste. D’un côté, les coopératives et les mutuelles, bien présentes dans la vie économique pendant le communisme, ont gagné leur liberté interne de décision démocratique. De l’autre, les associations et les fondations, interdites auparavant, ont commencé à apparaître. Nous parlons donc d’une émergence, dans le sens d’une apparition d’un fait social, économique et politique nouveau. L’objectif général de cette étude est d’analyser l’économie sociale et solidaire roumaine par une approche géographique, à plusieurs échelles. La référence de l’étude sera la région Ouest de la Roumanie, à travers cinq territoires d’études. La finalité de la thèse est de comprendre ce qu’est l’économie sociale et solidaire (ESS) dans le contexte post-communiste roumain et de quelle émergence et de quelle structuration peut-on parler dans la région Ouest de la Roumanie. / Romania evolved in a very short time from an authoritarian centralism to a decentralized pluralism. Its inscription on the Western political axis, joining NATO an the EU, intensified extremal control mechanisms, particularly in the field of justice and "freedom" (of expression, of the press, etc) Broadly, the major challenge was the consolidation of democracy. To accomplish this, the mergence of civil society and social and solidarity economy's organizations was essential. In post-communist countries, the organizations of the social and solidarity economy experienced a renaissance after the fall of the Communist. On the one hand, cooperatives and mutual insurance systems, althought present in the economy during communism, gained their internal freedom of democratic decision. On the other hand, associations and foundations, previously forbidden, began to appear. We are talking about the emergence, in the sense of an appearance of a social economic and political fact. The aim of this study is to analyze the Romanian social and solidarity economy through a geographical approach, on several scales. The reference of the study will be the Western region of Romania, through five study areas. The purpose of the thesis is to understand what the social and solidarity economy (SSE) is in the Romanian post-communist context and about what kind of emergence and structuring can we deal in the Western region of Romania
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