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Barreiras clínicas e psicossociais potencialmente preditoras de controle glicêmico em crianças e adolescentes com diabetes melito tipo 1Teló, Gabriela Heiden January 2016 (has links)
O diabetes melito tipo 1 é uma doença crônica e progressiva, com elevado risco de morbidade e mortalidade relacionadas a complicações agudas e crônicas, as quais podem ser reduzidas através de controle glicêmico adequado. Novas tecnologias para otimizar o manejo do diabetes vêm sendo estudadas, mas podem adicionar ainda mais demandas a um cuidado já repleto de exigências específicas. A adolescência parece ser um período essencialmente crítico, onde alterações fisiológicas somam-se à má adesão e a questões psicossociais. Ampla compreensão, por parte da equipe de saúde responsável pelo cuidado destes pacientes, é fundamental para um bom controle da doença. Considerando os potenciais benefícios de tecnologias no manejo do diabetes, estudo transversal avaliou características de 120 crianças e adolescentes interessados no uso de monitores contínuos de glicemia (continuous glucose monitoring, CGM), em comparação a amostra geral de 238 crianças e adolescentes com diabetes tipo 1. O grupo motivado a iniciar CGM apresentou melhor adesão ao tratamento, melhor controle glicêmico, mais frequente verificação da glicemia capilar, menor conflito familiar e maior qualidade de vida. A baixa aceitação do uso de CGM neste estudo (28%) sugere que demandas adicionais podem ser um fator limitante para o uso de tecnologias em diabetes. Para avaliar as principais dificuldades encontradas por profissionais de saúde cuidando de adolescentes com diabetes tipo 1, questionário eletrônico foi enviado a 418 endocrinologistas de todas as regiões dos Estados Unidos da América. A maioria dos respondedores (58%) relatou não ter acesso a profissionais capacitados para o manejo de transtornos de saúde mental. Mesmo após controlar para experiência profissional e atuação em centros não acadêmicos, estes profissionais mais frequentemente relataram, em seus pacientes, barreiras como depressão, abuso de substâncias e distúrbios alimentares. Estes achados reforçam a necessidade de capacitação das equipes de saúde para um melhor cuidado de pacientes com diabetes tipo 1. A identificação de barreiras clínicas e psicossociais potencialmente modificáveis e preditoras de deterioração glicêmica fornece oportunidades para otimização dos cuidados de saúde voltados a crianças e adolescentes com diabetes tipo 1.
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Violência contra a mulher na gravidez e no pós-parto e seu impacto na saúde infantilManzolli, Patricia Portantiolo January 2012 (has links)
Contexto: A violência contra a mulher é reconhecida como um problema de saúde pública com conseqüências importantes para a saúde das mulheres. A exposição à violência durante a gravidez pode causar complicações obstétricas maternas e fetais, mas ainda não estão claros os mecanismos envolvidos nesta associação. Além disso, são escassos os estudos sobre a repercussão da violência contra a mulher na saúde e no desenvolvimento infantis. Objetivos: Estimar os efeitos da exposição à violência na gravidez sobre o peso ao nascer utilizando modelagem de equações estruturais e identificar as variáveis mediadoras entre a exposição e o desfecho. Estudar o impacto da exposição materna à violência na gestação e no pós-parto na morbidade infantil e avaliar o possível papel mediador da depressão pós-parto nessa associação.Método: O Projeto ECCAGe - Medida do padrão do consumo alimentar, prevalência de transtornos mentais e violência em uma amostra de gestantes - é um estudo de coorte de gestantes atendidas em 18 unidades de atenção básica e acompanhadas até o quinto mês do pós-parto, no Rio Grande do Sul, entre junho de 2006 e setembro de 2007. Foram arroladas 780 mulheres entre a 16ª e a 36ª semana gestacional, sendo que 68 (8.7%) recusaram-se a participar do estudo, o que totalizou 712 entrevistas na linha de base. Foram investigadas as condições socioeconômicas, demográficas, hábitos de vida e cuidados de pré-natal. A violência contra a mulher foi medida através da versão modificada da Abuse Assessment Screen (AAS), que avaliou violência psicológica, física e sexual. Os transtornos mentais comuns (TMC) foram avaliados com Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD). Ambos instrumentos foram aplicados nos períodos pré e pós-natal. Na entrevista de acompanhamento foram realizadas medidas antropométricas e investigados aspectos referentes ao desenvolvimento infantil. Foram utilizados modelos de equações estruturais para estimar os efeitos diretos e indiretos entre exposição à violência na gravidez e o peso ao nascer. Para estudar o impacto da exposição materna à violência na morbidade infantil foi empregada regressão de Poisson com variância robusta. Resultados: As variáveis que apresentaram um efeito significativo sobre peso ao nascer foram o ganho de peso gestacional (β = 0,25; p<0,001), uso de substâncias na gravidez (β = -0,13; p<0,01), número de consultas de pré-natal (β = 0,23; p<0,001) e os transtornos mentais comuns (β = 0,09; p<0,05). A exposição à violência na gravidez apresentou um efeito sobre as variáveis ganho de peso gestacional (β = - 0,14; p<0,01), uso de substancias (álcool e tabaco) na gravidez (β = 0,22; p< 0,01), numero de consultas de pré-natal (β = -0,11; p<0,05) e transtornos mentais comuns na gravidez (β =0,35; p <0,001). O efeito direto da exposição à violência na gravidez sobre o peso ao nascer não foi significativo (β = -0,03; p=0,55). A prevalência de violência encontrada no período pós-parto foi de 22,1%. Do total das entrevistadas, 10,1% relataram que seus filhos tiveram diarréia e 20,5%, infecção respiratória. Os filhos de mulheres expostas à violência no período pós-natal apresentaram maior risco para diarréia (RR 2,20; IC 95% 1,15-4,19) e infecção respiratória (RR 1,68; IC 95% 1,12-2,52). A depressão materna não pareceu mediar o efeito da violência sobre esses dois desfechos infantis. Conclusão: A exposição à violência durante a gravidez impacta na saúde da mulher e indiretamente no peso de seu recém nascido. Após o parto, pode aumentar o risco de diarréia e infecção respiratória infantis. A prevenção de violência contra a mulher, além de proporcionar benefícios para a saúde da mulher, pode ter importantes repercussões na saúde fetal e infantil. / Background: Violence against women is recognized as a public health problem with important consequences for women's health. Exposure to violence during pregnancy has been associated with adverse neonatal and maternal outcomes, although the mechanisms involved are not clear. In addition, the relationship between violence against women as risk factor for infant morbidity is unclear. Objectives: To estimate the direct and indirect effects of exposure to violence during pregnancy upon birth weight using structural equation modeling and to identify possible mediating mechanisms. To describe the impact of pre and postnatal maternal exposure to violence upon infant physical morbidity, and to examine the potential mediating effect of maternal depression on these associations. Method: ECCAGe Study - is a cohort study of pregnant women receiving care in 18 primary care units in two cities in Southern Brazil between June 2006 and September 2007. Pregnant women were first evaluated between the 16th and 36th week of pregnancy at a prenatal visit. Follow-up included immediate postpartum assessment and around the fifth month postpartum. Information was obtained on sociodemographic characteristics, living circumstances, lifestyle, mental health and exposure to violence, and on infant’s development and anthropometrics measurements. Violence against women was measured using the modified version of the Abuse Assessment Screen (AAS). Common mental disorders (CMD) were assessed with the Primary Care Evaluation of Mental Disorders (PRIME-MD). Both instruments were applied at the pre and postnatal interviews. Structural equation models were used to estimate the direct and indirect effects of exposure to violence during pregnancy upon birth weight. Poisson regression with robust variance was used to study the impact of maternal exposure to violence upon infant morbidity. Results: The variables that showed a significant effect on birth weight were gestational weight gain (β = 0.25, p <0.001), consumption alcohol and tobacco during pregnancy (β = -0.13, p <0.01), number of prenatal visits (β = 0.23, p <0.001) and common mental disorders in pregnancy (β = 0.09, p <0.05). Exposure to violence during pregnancy had an effect on gestational weight gain (β = -0.14, p <0.01), consumption alcohol and tobacco during pregnancy (β = 0.22, p <0.01), number of prenatal visits (β = -0.11, p <0.05) and common mental disorders in pregnancy (β = 0.35, p <0.001). Direct effect of exposure to violence during pregnancy on birth weight was not significant (β = -0,03; p=0,55). Violence on postnatal period was reported by 22.1%. Of total women, 10.1% reported that their children had diarrhea and 20.5% respiratory infection. Infants of mothers exposed to postnatal violence were at increased risk for diarrhea (adjusted RR 2.20, 95% CI 1.15-4.19) and for respiratory infection (adjusted RR 1.68, 95% CI 1.12-2.52). The mediating effect of depression was not statistically significant for both outcomes. Conclusion: Exposure to violence during pregnancy impacts on women's health and indirectly on birth weight and maternal exposure to violence on postnatal period increase the risk of infant diarrhea and respiratory infection. Prevention of violence against women provide benefits for women's health, may have important effects on fetal and infant health.
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Vozes no corpo, territórios na mão : loucura, corpo e escrita no PesquisarCOMSilveira, Marília January 2013 (has links)
Este trabalho é um convite a um passeio pelos litorais de uma pesquisa. Toma o narrar como método, e um método de pesquisa qualitativo, o PesquisarCOM, como objeto. Propõe um passeio desse método por alguns litorais. Com ajuda da literatura, o leitor é levado, a cada capítulo, pelas narrativas da experiência de pesquisarCOM usuários de saúde mental, a deslizar pelos litorais da loucura, do corpo e da escrita marcando as fronteiras entre esses territórios. Uma trama que mistura método, objeto, pesquisador e pesquisado, com o objetivo de problematizar a pesquisa qualitativa em saúde. Esta dissertação esteve imersa no projeto multicêntrico Gestão Autônoma da Medicação, do qual intenta desemaranhar-se a cada capítulo a fim de disseminar essa experiência e inspirar outros pesquisadores a fazer mais pesquisas COM as pessoas e não SOBRE as pessoas. / This study is an invitation to a walk through the coastlines of a research. It takes the narrate as a qualitative research method and ResearchWITH as object. Proposes a walk of this method by some coastlines. With the help of the literature, the reader is led to each chapter by the narratives of the experience of researchWITH users of mental health, to slide the coastlines of madness, body and writing marking the boundaries of these territories. A plot that mixes method, object, researcher and researched, in order to discuss the qualitative health research. This dissertation was immersed in multicentric project Autonomous Management of Medication, which attempts to unravel in each chapter in order to disseminate this experience and inspire other researchers to do more research WITH people and not ABOUT people.
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Homens cuidados por mulheres : entre cuidado e interdição, o que escapa?Tinoco, Stelamaris Glück January 2013 (has links)
Tomando o conto de Machado de Assis, o Alienista, como inspiração, este trabalho olha para as construções de masculinidades de homens usuários de serviços de saúde mental da rede substitutiva, egressos de longa permanência em hospital psiquiátrico e suas itinerâncias no espaço urbano. Entre o cuidado, exercido predominantemente por mulheres e o duplo interdito que recai sobre os mesmos, interdito diagnóstico e o interdito legal, homens perambulam pela cena urbana, ganhando chão e tecendo redes. Redes de vizinhança e de troca que lhes colocam a possibilidade de serem mais um, perdendo-se na indiferença, no anonimato que os torna cabíveis. Em suas andarilhanças se fazem viáveis redesenhando lugares e nomeações. Morar, escolher, trabalhar, prover a casa, exercer a conjugalidade, provar sua honra e virilidade, ser depositário da confiança do dono do armazém e comprar no caderno, dizem de frestas que se abrem no social. Olhares que se deseducam, ressignificando masculinidades. Num recorte de território e de subjetivações, inseridos em serviços residenciais terapêuticos, perdidos/achados numa vila, que poderia ser a do conto Machadiano, alforriados pelos muitos doutores Bacamartes que lhes selaram caminhos, homens experimentam a potência dos encontros como produção de saúde. / Taking the tale of Machado de Assis, the Alienist, as inspiration, this work looks at the construction of masculinities of male users of mental health services network replacement. Men are emerging from long stay in a psychiatric hospital and its itinerancies in urban space. Among the care exercised predominantly by women and the double injunction that falls on them, diagnosis and interdict interdict legal, men roam the urban scene, gaining ground and weaving networks. Neighborhood networks and exchange them put the possibility of another, losing himself in indifference, anonymity makes them reasonable. In his itinerancies make themselves viable redesigning seats and appointments. Living in a home, choose to work, provide for the household, marital exercise, prove your honor and manhood, be custodian of the trust of the owner of the store and buy the book, say the cracks that open in social. In a clipping territory and subjectivation, inserted in residential care homes, lost / found in a village, which could be the tale Machado, men experience the power of the encounters as health production.
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Uma clínica da escrita : experimentações ateliaisGaravelo, Leonardo Martins Costa January 2016 (has links)
A pesquisa que embasa nossa tese interroga sobre a potência clínica da escrita junto a frequentadores do Ateliê de Escrita da Oficina de Criatividade do Hospital Psiquiátrico São Pedro. Toma como pressuposto que o ato de escrever porta tendências desterritorializantes aos sujeitos portadores de sofrimento mental, como de resto a qualquer um outro, colocando-se como dispositivo da invenção de si e de mundos. Trata-se, nesse caso, de virmos a cartografar algumas experimentações realizadas junto ao Ateliê de Escrita, mapeando agenciamentos coletivos que se tornam acontecimentos no decorrer do processo. Assume-se que as escritas produzidas nesse âmbito possam ser tomadas como testemunhos de vidas infames que experimentam inéditas experiências de falar de si a partir de sua loucura e dos estigmas sociais que lhes são impostos pela discursividade hegemônica. Dessa forma, confia-se que tais testemunhos possam operar, no seio do arquivo da história da loucura, como efeitos a contrapelo aos seus desígnios de exclusão e de incapacitação. Nossos procedimentos metodológicos inscrevem-se no escopo das pistas cartográficas, nas quais assumimos a posição ativa de narrar, através de gestos biografemáticos, alguns processos de deslocamentos dos sujeitos implicados, em direção à diferenciação e expansão da vida. Buscamos produzir um mapa de deslocamentos subjetivos que, em sua efemeridade e aparição, não atestam a cura de ninguém, mas se colocam como expansores de vidas encolhidas socialmente e marcadas pelas práticas sociais de sua exclusão e apagamento. Referenciais oriundos da Filosofia da Diferença e da literatura servirão como ferramentas conceituais para a nossa problematização e direção ética enquanto pesquisadores.
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A loucura interroga a gestão : subjetividade e saúde mental na era do trabalho imaterialNogueira, Cássio Streb January 2014 (has links)
O presente trabalho nasce das inquietações produzidas a partir de uma experiência disparadora, em um serviço substitutivo de Saúde Mental no litoral norte do Rio Grande do Sul. Para acompanhar os processos em produção e desdobrar o que pode ser visualizado ali, utilizamos uma inspiração cartográfica, método criado por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Discutimos, assim, as possibilidades da loucura como potência intercessora dos processos de trabalho presentes no capitalismo tardio, especialmente o trabalho em saúde mental. Primeiramente, passamos em revista nosso conceito de saúde e como este se chocava frontalmente com o entendimento hegemônico tradicional ainda presente no nosso campo de atuação; discutimos os paradigmas biomédicos e psicossociais, o nascimento da medicina moderna em Foucault e as formas de tutela, dominação e controle sobre os corpos nascidas destas, contrastando com o entendimento de saúde como capacidade normativa e de assumir riscos de adoecimento de Canguilhem. Em seguida, teorizamos a transição no mundo do trabalho, que passa do modelo de gestão taylorista ao modelo imaterial, este típico do Império; se no taylorismo corpos eram dominados invisibilizando a subjetividade presente na atividade, na era imaterial, por outro lado, é a subjetividade que é posta a trabalhar biopoliticamente; teorizamos, ainda, as formas de poder e resistência possíveis neste processo, que tem a guerra permanente como modelo de gestão do biopoder imperial; buscando juntar forças à loucura, agregamo-nos com os conceitos de multidão, forma imanente ao Império e o Nomadismo e forma imanente à dominação estatal. No terceiro capítulo, ampliamos a noção de gestão do trabalho e da atividade da vida, entendendo-a como uma dobra pensada não somente como as prescrições inerentes ao trabalho, mas como o laborioso uso de si entre as dobras presentes na produção subjetiva do trabalhador e do trabalho embaralhada com a potência intercessora da loucura. No último capítulo retornamos ao campo do trabalho em saúde mental para ver como o trabalho, que opera diretamente com a loucura, estabelece essa relação no espaço, mesmo desta transição do mundo do trabalho e da mudança de paradigma do cuidado em saúde. Concluímos que há de se cuidar, nessa passagem do taylorismo ao imaterial, das sociedades disciplinares às de controle, para escaparmos da serialização massificante das formas hegemônicas tradicionais e da constituição de redes frias, produtoras do mesmo na lógica imaterial. Trabalhar com a loucura é um trabalho afetivo, que permite desburocratizar e esquentar as redes de cuidado. / This work arises from concerns produced from a triggering experience in a substitute Mental Health service on the northern coast of Rio Grande do Sul. In order to monitor production processes and unfold which can be viewed here, use a cartographic inspiration, method created by Gilles Deleuze and Félix Guattari. Thus, we discuss the possibilities of madness as intercessory power of work processes present in late capitalism, especially the mental health work . First, we review our concept of health and how it clashed sharply with the traditional hegemonic understanding still present in our field; discussed the biomedical and psychosocial paradigms, the birth of modern medicine in Foucault and the forms of tutelage and domination control over the bodies of those born, contrasting with the understanding of health as a normative and capacity to take risks of illness with Canguilhem. Then we theorize the transition of the work in the world, which passes from the Taylor model to the immaterial model, this typical of the Empire; if the bodies were dominated in the Taylorism making the subjectivity invisible in the activity, at the immaterial era, on the other hand, is the subjectivity that is put to work biopolitically; we also theorize the forms of power and the possible resistance to this process which has permanent war as management of imperial biopower model, seeking to join forces to madness, add us to the concepts of Crowd, immanent to Empire and Nomadism the immanent way to the state domination. In the third chapter, we extend the notion of managing work and life activity, understanding it as a fold designed not only as the requirements inherent in the job, but as the laborious use of themselves into the folds present in worker output and subjective work, shuffled with the intercessory power of madness. In the last chapter we return to the field of mental health work to see how the work that operates directly with madness establishes this relationship, even within this transition from the working world and paradigm shift in healthcare. We conclude that we have to take care in this passage from Taylorism to the Immaterial, from disciplinary to control societies, intending to escape the massifying serialization of traditional hegemonic forms and establishment of cold chains, producing the same, as shown in the immaterial logic. Working with madness is an affective labor, which allows heat and less bureaucratic networks of care.
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Receituário mais que especial : uma intervenção urbana para disseminar modos de pensar a saúde no contexto de medicalização da vida / Receituário mais que especial : an urban intervention to spread other ways of thinking health-care facing the context of life’s medicalizationZanchet, Livia January 2014 (has links)
Este trabalho constitui-se como uma narrativa de experiência que busca mostrar os efeitos de uma intervenção urbana construída para disseminar outros modos de pensar a saúde, diante de um contexto de transformação de comportamentos tidos como indesejáveis em transtornos que requerem cuidados médicos, acarretando um uso crescente de medicamentos controlados. Embora o propósito inicial da intervenção pretendesse alcançar a temática do estigma carregado pela loucura, terminou por incidir sobre as práticas medicalizadas – entende-se que este deslocamento, se diz respeito a uma troca de posição, expressa um mesmo lugar de desvalia e clausura direcionado às manifestações da diferença – antes entregues aos espaço manicomial, hoje contidas por meio de diagnósticos e do uso de psicofármacos. Percebe-se que as marcas da loucura seguem necessitando ser silenciadas. A intervenção chamada Receituário Mais que Especial foi criada a partir do encontro da pesquisadora com o Espaço Liso, projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, constituído como um grupo interdisciplinar de arte e experimentação envolvendo produções de Arte na sua interface com a Saúde e a Educação. As prescrições que se produziram por meio do Receituário eram lúdicas e as mais inusitadas, direcionadas a crianças, adolescentes, adultos e idosos, com o objetivo de, por meio da delicadeza, da ocupação do espaço público e do cuidado, permitir aos sujeitos experimentar o lugar da fala e da escuta e, diante da velocidade e atropelamento do cotidiano, buscar olhar para seus próprios movimentos de vida e para aquilo que lhes incita prazer. Num mundo marcado pelo crescente aumento da medicalização, o que se quis com esta atividade foi a criação de um espaço de conversa onde os aspectos de saúde fossem colocados em primeiro plano e, desta forma, a busca por alisar o espaço estriado do discurso medicalizado. / The present document compiles a narrative of experiences to present the effects of a urban intervention built, transforming some called undesired behaviors in disorders that require medical attention where the common treatment is to increase the dosage of controlled drugs. Despite the initial proposal of the happening was to reach the stigma of mental illness audience, it ended up to influence other medicalization practices – we understand that this shift is related to a swap of places, expressing the same felling of depreciation and enclosure targeting of the difference manifestations - before delivered to manicomial spaces, today inside medical diagnosis and the usage of psychiatric drugs. We realize that the marks of crazyness still need to be sillenced. The urban intervantion called: “Receituário Mais que Especial” (meaning “A More Than Especial Prescription Pad”, in english) results from a meeting of “Espaço Liso” (meaning “Smooth Space”, in english) initiative, an extension project of Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) proposing an interdisciplinary research group on the experimentation of art as an interface to health-care and education. Prescriptions of “The Pad” are ludic and very unusual, directed to children, teenagers, adults, and elders, the goal is, through kindness, ocupation of public spaces, and care, to allow people experience the process of talking and being listened, against the speed and rush of the day-by-day life. With that we invite people to search for their own moves that encourage pleasure, in a world marked by the increasing of medicalization, with this activity we create an open dialog where health-care aspects are put first, through that we search to smooth the striated space of the medicalized speech.
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Panorama de assistência em saúde mental infanto-juvenil em Centros de Atenção Psicossocial no Brasil.Garcia, Grey Yuliet Ceballos 26 February 2015 (has links)
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Diss Final. Grey Yuliet Garcia. 2015.pdf: 755349 bytes, checksum: b0d1156b51306e71b92ccabe970e4172 (MD5) / No Brasil, estima-se prevalências entre 7% e 24,6%, para transtornos mentais entre crianças e adolescentes sendo reconhecido que, entre 4% e 6%, demandam intervenção clínica. É surpreendente constatar que pouco se conhece sobre distribuição e utilização de serviços de saúde mental para esse grupo populacional. Este estudo caracteriza a distribuição nacional dos Centros de Atenção Psicossocial para Infância e Adolescência CAPSi, e descreve o perfil nosológico juntamente com modalidades de atendimento destinados a menores de 19 anos em qualquer Centro de Atenção Psicossocial entre 2008 e 2012. Metodologia: Estudo descritivo, ecológico. Dados coletados através das Autorizações de Pagamento de Serviços de Alta Complexidade (APAC) e do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Unidade de análises foram os Centros de Atenção Psicossocial CAPS com atendimentos de população infanto-juvenil distribuídos em todo o Brasil. Variáveis: Sociodemográficas (sexo, raça/color de pele e idade); Perfil nosológico: Grupo V da CID-10. Características do atendimento realizado e administrativas dos equipamentos. Foram realizadas análises descritivas, utilizando os softwares TAbWin do DATASUS, STATA, versão 12, e EpiInfo, versão 7.0. Resultados: No CNES, estão registrados 208 CAPSis, localizados em 23 dos 27 estados brasileiros. Os CAPSi corresponderam em média a 7,8% do total de CAPS, e somente 60,4% dos municípios brasileiros, cujo critério populacional permite sua instalação, estão contemplados, as taxas de atendimento em CAPSi variaram significativamente entre as regiões do país. Identificou-se pela APAC 1,345,554 atendimentos na população entre um e 19 anos. Os atendimentos entre adolescentes de sexo masculino predominaram em todo tipo de CAPS. Nos CAPSis, 29,7% dos atendimentos foram por Transtornos do comportamento e transtornos que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência; 23,6% para Transtornos do desenvolvimento psicológico; e 12,5% para Retardo mental. O perfil nosológico varia entre regiões em todos os tipos de CAPS. Nos atendimentos de população infanto-juvenil em CAPS gerais, as esquizofrenias foram os diagnósticos mais frequentes com 21,4% dos registros, seguido pelos retardos mentais com 20,6%. A região Sudeste lidera os atendimentos de população infanto-juvenil em CAPS-AD. Considerações finais: Os CAPSi no Brasil ainda são escassos e estão desigualmente distribuídos entre regiões e estados. O perfil nosológico encontrado indica a necessidade de articulação dos serviços especializados de saúde mental com atenção básica, além do trabalho intersetorial principalmente com educação. Este trabalho coloca a importância do uso dos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde no estudo dos serviços de saúde brasileiros.
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Loucos e Homossexuais: consumidores como outros quaisquer. Um estudo sobre modos de subjetivação de relações homoeróticas em um CAPS de Aracaju-Se.Vasconcelos, Michele de Freitas Faria de 31 March 2008 (has links)
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MicheleDeFreitasFariaDeVasconcelos.pdf: 1070236 bytes, checksum: fdd93cbab038987b21829f4ef4beaed8 (MD5) / A pesquisa qualitativa em questão teve como objetivo cartografar modos de subjetivação de relações homoeróticas num Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) que compõe a rede de saúde mental de Aracaju-Se. Para sua realização, usamos procedimentos de descrição densa, respaldando-nos, no método etnográfico. Além disso, lançamos mão de estratégias de análise e de interferência no
campo pesquisado, inspirando-nos nas discussões da escola francesa de análise institucional e em questões propostas pelo método cartográfico. O tipo de análise dos dados produzidos no campo compôs com a vertente de análise do discurso de perspectiva foucaultiana. Ao longo da tessitura, por entre linhas enredadas e tortuosas, os desenhos produzidos iam indicando que as formas hegemônicas de subjetivação de relações homoeróticas que atravessam as sociedades capitalísticas
e, em particular, as culturas aracajuanas bem como o CAPS analisado, articulam-se a um certo modo - o qual tende a ser naturalizado - de subjetivar o ‘outro’. Essas linhas imprevisíveis, formadoras do inusitado, ampliavam, assim, nosso problema inicial: a análise dos modos de subjetivação de relações
homoeróticas solicitava a análise das formas de subjetivar o diferente e a diferença. Além disso, como pesquisa-interferência, as análises apontavam outras direções, outras formas de tradução e de relação com o ‘outro’ e a alteridade, formas, inclusive, ainda por vir.
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Viajantes em busca de saídas : o grupo de movimento como uma possível rota terapêutica para usuários de álcool e de outras drogasRasch, Scheila Silva 01 July 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-07-01 / Objetiva refletir sobre a aplicabilidade do grupo de movimento para os usuários de álcool e de outras drogas, como estratégia terapêutica. A política de atenção ao uso
álcool e de outras drogas do Ministério da Saúde incita a pensar estratégias de intervenções diferenciadas para esses usuários, visando ao seu acolhimento, numa lógica não somente centrada na abstinência, mas em práticas que tenham como referencial a redução de danos. Tem como contexto de estudo o Centro de Prevenção e Tratamento de Toxicômanos, Secretaria de Saúde, da Prefeitura Municipal de Vitória, primeiro Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do Estado do Espírito Santo, e os eixos de atuação de trabalho. Remonta à trajetória histórica da construção do grupo de movimento no período de 1995 a 2003, tendo
como sujeitos do estudo os participantes do grupo de movimento realizado no período de novembro de 2002 a maio de 2003. Utiliza pesquisa documental, tendo como fontes os relatórios de gestão da instituição em questão, prontuários dos sujeitos, registros e planejamentos das sessões do grupo de movimento realizados por ocasião da realização da atividade. Utiliza entrevista semi-estruturada para buscar a
interpretação que os sujeitos participantes da experiência deram ao processo realizado. Traz a interpretação dos sujeitos entrevistados sobre essa experiência, ressaltando a repetição dos efeitos produzidos pelo trabalho, por exemplo, sensações de vitalização e de relaxamento que podem instaurar novas vivências, capazes de ajudá-los num reposicionamento de suas histórias e padrões de consumo das
substâncias psicoativas. Aponta a viabilidade do grupo de movimento como recurso terapêutico possível para esses usuários, resguardando a singularidade dessa clientela, por exemplo, a oferta de grupos abertos e não fechados considerando a dificuldade de adesão e continuidade do tratamento por parte desses usuários. / It considers the applicability of movement groups as a therapeutic strategy for alcohol and drug users. The policy of the Brazilian Ministry of Health on the use of alcohol and
other drugs encourages differentiated strategies of intervention for such users, aiming their sheltering, considering not only abstinence, but also practices of harm reduction as reference. It takes as context of its study the Center of Prevention and Treatment of Toxic Maniacs, Secretary of Health, City of Vitória the first Center of Psychosocial Attention Alcohol and Drugs in the State of Espírito Santo and its main lines of work. It traces the history of the movement group from 1995 to 2003, having as study subjects the participants of the movement group sessions that took place from November 2002 to May 2003. It uses documentary research, having as source the management reports of the mentioned institution, patients reports, documents and planning reports of the movement group sessions. It works with semi-structured interviews in order to search for the interpretation given by the participant subjects in the process. It brings the interpretation of the interviewed subjects on such experience, highlighting the repetition of effects produced by the work, such as sensations of vitalization and relaxation which may establish new practices capable of helping patients to reposition their history and their utilization patterns of psychoactive
substances. It points out the viability of movement groups as a possible therapeutic resource for such users, safeguarding the uniqueness of this clientele through actions such as the offer of open groups, considering the difficulty of these users for joining a group as well as continuing their treatment.
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