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Descontinuidades contraceptivas e sua relação com o uso da anticoncepção de emergência entre jovens universitárias / Contraceptive discontinuation and its relation to emergency contraception use among undergraduate womenChofakian, Christiane Borges do Nascimento 17 March 2017 (has links)
Introdução: A dinâmica do uso dos métodos contraceptivos é importante entre os universitários, pois estes apresentam altas aspirações educacionais e profissionais, o que afeta a intenção reprodutiva. Ainda, por serem na maioria solteiros, os jovens alternam os métodos de acordo com o tipo de relacionamento. Neste contexto, a anticoncepção de emergência é uma opção, sobretudo nos casos de descontinuidades. Porém, pouco se sabe sobre as descontinuidades e sua relação com o uso da anticoncepção de emergência no Brasil. Objetivo: Analisar a frequência e os determinantes da descontinuidade contraceptiva em um período de 12 meses; avaliar o uso da anticoncepção de emergência após as descontinuidades, e avaliar as descontinuidades após o uso da anticoncepção de emergência. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, realizado com amostra probabilística de mulheres universitárias da Universidade de São Paulo. As alunas foram selecionadas por amostragem aleatória simples sem reposição (n=1.679). Os dados foram coletados através de um questionário de autopreenchimento respondido online. No Stata 14.2, os dados foram analisados por meio de regressão logística multinomial e multivariada, e equações de estimação generalizadas. Resultados: Primeiro, observou-se que as jovens com relacionamentos casuais, com menor nível socioeconômico, matriculadas nos cursos de Humanas e Ciências da Saúde, com menos anos de experiência sexual, com múltiplos parceiros sexuais e que usavam métodos menos eficazes, apresentaram maior probabilidade de descontinuar uma ou várias vezes. Segundo, as usuárias de pílula e preservativo que tinham relacionamentos casuais, com menor nível socioeconômico e que tiveram gravidez anterior, foram mais propensas a descontinuar, abandonar ou mudar para um método menos eficaz. Terceiro, uma proporção significativa de mulheres não usou anticoncepção de emergência após descontinuarem ou abandarem o método. Quarto, a anticoncepção de emergência foi mais utilizada após inconsistências no uso do método. Quinto, as jovens que usaram um método antes do uso da anticoncepção de emergência, sem religião, com um relacionamento estável, e que tiveram um parceiro sexual na vida, foram mais propensas a usar contracepção após a anticoncepção de emergência. Sexto, as jovens com relacionamento estável, de nível socioeconômico mais baixo, matriculadas nos cursos de Humanas e que tiveram um parceiro sexual na vida tiveram maior probabilidade de mudar para um método menos eficaz após o uso da anticoncepção de emergência. Por fim, poucas jovens apresentaram descontinuidades dentro de 30 dias após o uso da anticoncepção de emergência. Conclusões: A descontinuidade contraceptiva difere por tipo de método. A anticoncepção de emergência é subutilizada após as descontinuidades. A parceria influência na dinâmica do uso de contraceptivos. Ainda, aspectos educacionais, nível socioeconômico e número de parceiros sexuais são características importantes a serem consideradas na implementação de programas de planejamento familiar focados em mulheres jovens. / Introduction: Contraceptive use dynamics is relevant to undergraduate students as they present high educational and professional aspirations, which affects reproductive intention. Also, they are mostly single, so they alternate the contraception according to their relationships. In that case, emergency contraception is an option, mainly in situations of discontinuation. However, little is known about discontinuation and its relation to the use of emergency contraception in Brazil. Objective: To analyze the frequency and correlates of contraceptive discontinuation within 12-months; to assess emergency contraception use after discontinuation, and evaluate dicontinuation after emergency contraception use. Methods: We conducted a 12-month retrospective cohort study on a sample of undergraduate women at University of São Paulo, Brazil. Students were selected by simple random sampling without replacement (n=1,679). Data were collected online using a self-administered questionnaire. In Stata 14.2, we used multinomial and multivariate logistic regression, and generalized estimating equation to analyze the data. Results: First, we observed that women with casual relationships, lower socioeconomic status, enrolled in Human and Health Sciences programs, with less years of sexual experience, with multiple sexual partners in lifetime, and who use less effective method were more likely to discontinuation one or several times. Second, pill and condom users who had casual relationships, with lower socioeconomic status, and who had previous pregnancy were more likely to discontinue and to abandon or switch to a less effective method. Third, a significant proportion of women did not use emergency contraception after discontinuing or abandoning contraception. Fourth, emergency contraception was mostly used after inconsistent use of contraception. Fifth, women who used contraception prior to emergency contraception use, had no religion, were in stable relationships, and had only one sexual partner were more likely to use contraception after emergency contraception. Sixth, women with stable relationships, from lower socioeconomic status, enrolled in Human Sciences programs, and who had one sexual partner were more likely to switch to a less effective method after emergency contraception use. Lastly, few women presented gaps in contraception within 30- days after emergency contraception use. Conclusions: Discontinuation does differ by type of method. Emergency contraception is underutilized after discontinuation. Partnership has an important influence on contraceptive use dynamics. Also, educational background, socioeconomic status, and number of lifetime sexual partners are important characteristics that should be considered when implementing family planning programs focused on young women.
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Desempenho das atividades de vida por prostitutas / Performance of lifeâs activities by prostitutesPriscila de Souza Aquino 14 December 2007 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Diante das peculiaridades que envolvem a prostituiÃÃo, atividade praticada por muitas mulheres, decidimos desenvolver o estudo. Trata-se de uma pesquisa realizada na cidade de Fortaleza, com os seguintes objetivos: Compreender o desempenho das atividades de vida das prostitutas; Identificar os fatores determinantes das atividades de vida das prostitutas na consulta de enfermagem em ginecologia; Verificar as contribuiÃÃes do Modelo de Atividades de Vida de Roper, Logan e Tierney no cuidado de enfermagem a prostitutas. Pesquisa fundamentada na abordagem quantitativa e qualitativa, cujos dados foram coletados em dois momentos. No primeiro momento, utilizamos um formulÃrio de entrevista estruturado nos meses de maio e junho de 2007 por ocasiÃo da consulta de enfermagem em ginecologia no Centro de Parto Natural (CPN) e a tÃcnica da observaÃÃo livre. No segundo momento, utilizamos um roteiro semi-estruturado de entrevista com enfoque nas atividades de vida que apresentaram alteraÃÃes no primeiro momento. As entrevistas ocorreram nos meses de setembro e outubro de 2007, nos domicÃlios e locais de trabalho das prostitutas. Os dados iniciais foram anotados pela pesquisadora nos prÃprios formulÃrios e os dados da observaÃÃo foram registrados em um diÃrio de campo. No primeiro momento participaram 42 mulheres e no segundo momento 6 mulheres. Utilizamos o Modelo de Atividades de Vida, de Roper, Logan e Tierney como referencial teÃrico. Categorizamos as falas de acordo com as doze atividades de vida componentes do modelo, que incluem: Manter um ambiente seguro; Comunicar; Respirar; Comer e beber; Eliminar; Higiene pessoal e vestir-se; Controlar a temperatura corporal; Mobilizar-se; Trabalhar e distrair-se; Exprimir sexualidade; Dormir e Morrer. Os resultados evidenciaram as principais vulnerabilidades e intercorrÃncias dessa populaÃÃo, que estavam presentes em todas as atividades de vida, fator decisivo para a manutenÃÃo da qualidade de vida dessas mulheres. Assim, conforme percebemos, a prostituiÃÃo pode levar a prejuÃzos à vida das prostituÃdas, em virtude de acarretar limitaÃÃes para a adoÃÃo de estilos de vida mais saudÃveis. AlÃm disso, a utilizaÃÃo do Modelo de Atividades de Vida de Roper, Logan e Tierney facilitou a abordagem holÃstica do cuidar, mostrando-se capaz de ser adaptado Ãs diversas etapas de vida das pessoas e Ãs diversas populaÃÃes atendidas. Desse modo, conhecer as atividades de vida das prostitutas poderà condicionar as aÃÃes voltadas a essa clientela, uma vez que denota as vulnerabilidades presentes no cotidiano dessas mulheres. / Recognizing the peculiarities involving the prostitution, activity practiced by many women, we decided to undertake this study. This is a survey in the city of Fortaleza, aiming to know the activities of the daily life of prostitutes; to identify the determinants factors specific of the life activities of prostitutes in the gynecological consultation of nursing; Check the contributions of the Model for Life Activities of Roper, Logan and Tierney in the care of nursing with prostitutes. The survey had a quantitative and qualitative approach. The data were collected at two points. In the first moment, we use a form of structured interview in the months of May and June 2007 on the occasion of gynecological consultation at the Center for Natural Childbirth (CPN) and the technique of free observation. For the second time, we used a structured route to interview, with a focus in the activities of life that showed changes in the first time. The interviews were conducted in the months of September and October 2007, in the homes and work places of prostitutes, and the data were recorded by the researcher in own forms and the data of observation were recorded in a diary. Part 42 women for the first time and 6 women in the second time. We use the Model Activity of Life of Roper, Logan and Tierney as a mark theoretical. We organized the words according to the twelve activities of life components of the Model, which include: Maintaining a safe environment, Communicate, Breathing, Eating and drinking, Eliminating, Personal career and dressing, Checking the body temperature, Mobilize, Working and distracting, Expressing sexuality, Sleeping and Death. The results showed the main vulnerabilities and events of this population, who were present in all activities at life of prostitutes, decisive factor for the maintenance for these womenâs life quality. We can see that prostitution can cause damage to the lives of prostitutes since it entails limits to the adoption styles of living more healthy. Moreover, the use of the Model activity of life for Roper, Logan and Tierney facilitated the holistic approach of caring, showing it is capable of being adapted to the different stages of life and the various people attended. Thus, knowing the activities of life of prostitutes can direct the actions aimed at the customers, because that denotes the vulnerabilities that permeate the daily life of women.
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Padrões e determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso de pílula oral, hormonal injetável e preservativo masculino / Patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injections and condomsOsmara Alves dos Santos 21 March 2018 (has links)
Introdução: O uso de métodos anticonceptivos modernos pela maior parte das mulheres brasileiras não diminuiu, conforme esperado, assim como a ocorrência de gestações não desejadas, abortamentos e, consequentemente, mortes maternas, o que revela uso com perfil irregular e descontínuo. No Brasil, há pouca informação sobre os padrões e os determinantes da ocorrência dessas descontinuidades contraceptivas. Devido às inconsistências no uso de métodos serem relativamente comuns, é necessário mensurar o quanto as mulheres interrompem seu uso a despeito de não desejarem engravidar e/ou os alternam inúmeras vezes, nem sempre com opção por um método mais eficaz. Objetivo: Analisar os padrões e os determinantes das descontinuidades contraceptivas no uso da pílula oral, do hormonal injetável e do preservativo masculino. Método: Estudo longitudinal retrospectivo, conduzido com amostra probabilística de 1.551 mulheres de 18 a 49 anos de idade, usuárias de 57 Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo/SP (2015) e Aracaju/SE (2016). Os dados foram coletados por entrevista face a face usando o calendário contraceptivo. No Stata 14.2, as análises das taxas de descontinuidade contraceptiva no período de doze meses foram realizadas pelo método de Kaplan-Meier e dos fatores associados por meio dos Modelos de Riscos Proporcionais de Cox, ambos para descontinuidade total, abandono, troca para método menos eficaz e troca para método mais eficaz. Resultados: A taxa de descontinuidade total no uso de métodos foi 41,9% aos doze meses, sendo maior entre usuárias do preservativo masculino (48,1%), seguida de hormonal injetável (39,0%) e pílula oral (38,6%). Entre as usuárias de pílula oral, a taxa de abandono foi a maior; entre as usuárias do hormonal injetável, foi a troca para um método menos eficaz; e, entre as usuárias do preservativo masculino, foi a troca para um método mais eficaz. Os aspectos associados às descontinuidades variam segundo o tipo de método. A descontinuidade no uso da pílula oral foi associada à idade (18-24 anos), vivência de abortamento, incerteza quanto à intenção reprodutiva e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do hormonal injetável foi associada ao maior número de parceiros sexuais, à vivência de abortamento e aos efeitos colaterais/preocupação com a saúde. A descontinuidade no uso do preservativo masculino foi associada à idade (25-34 e 35-49 anos), à união conjugal, ao menor poder aquisitivo (classe econômica D/E) e ao maior número de filhos vivos. Conclusões: Foram observadas altas taxas de descontinuidades no uso de métodos contraceptivos, que variaram conforme o tipo de método. Chama a atenção o papel dos efeitos colaterais na determinação da ocorrência de descontinuidade no uso dos métodos hormonais. Por sua vez, a troca por método mais eficaz foi pouco frequente, com exceção das usuárias de preservativo masculino. Sugere-se ampliar o acesso aos métodos contraceptivos mais eficazes e de longa duração e melhorar a assistência em contracepção nos serviços do Sistema Único de Saúde, de forma a contemplar as necessidades de saúde das mulheres e seus direitos sexuais e reprodutivos. / Introduction: Use of modern contraceptive methods by the majority of Brazilian women did not reduce the occurrence of unintended pregnancies, abortions or maternal deaths as expected, which means that it might be an irregular and discontinuous use. In Brazil, there is a little information on the patterns and determinants of the occurrence of these contraceptive discontinuations. Because inconsistencies in the use of methods are relatively common, it is necessary to measure how much women discontinue their use despite they are willing to get pregnant and/or switching them countless times, not always with the option of a more efficient method. Objective: Our purpose is to investigate patterns and determinants of contraceptive discontinuations in the use of oral pill, hormonal injection and condom. Method: We conducted a retrospective longitudinal study with probabilistic sample of 1,551 women among 18-49 year old who are primary users of 57 health care facilities, both in Sao Paulo (2015) city and Aracaju city (2016). Data were collected by face-to-face interview in line with contraceptive calendar. In Stata 14.2 analyzes of 12-month contraceptive discontinuation rates were performed using the Kaplan-Meier Survival Estimates method and associated factors using the Cox Proportional Hazards Models, both for total discontinuation, abandonment, and switching to a less efficient method and switching to more efficient method. Results: The discontinuation rate in the use of methods was 41.9% at 12 months, being higher among male condom users (48.1%), followed by hormonal injection (39.0%) and oral pill (38.6%). Among oral pill users, the abandon rate was the highest; among users of hormonal injections, was the switching to a less efficient method; and among male condom users, it was the switching to a more efficient method. The aspects associated to the discontinuations varied according to the type of method. Discontinuation of oral pill users was associated with age (18-24 years old), experience of abortion, uncertainty about reproductive intention and side effects/health concern. Discontinuation in the use of hormonal injections was associated with a greater number of sexual partners, the experience of abortion, and the side effects/health concern. Discontinuation of condom users was associated with age (25-34 and 35-49 years old), marital union, lower income and the highest number of live children. Conclusion: High discontinuation rates were observed in the use of contraceptive methods, which varied according to the type of method. The role of side effects/health concern in determining the occurrence of discontinuation in the use of hormonal methods is noteworthy. On the other hand, switching to more efficient method was infrequent, except for the male condoms users. It is suggested to amplify access to the more effective methods as well as long active also improving care in contraception in the all health care facilities services, in order to take into account both women health needs and their sexual and reproductive rights.
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Situating Contraceptive Practices and Public Health Strategy in the Bronx: Perspectives from Female Youth, Healthcare Workers, and Reproductive Health LeadersHelmy, Hannah Louise 01 January 2015 (has links)
In the United States, concerns about adolescent childbearing and its perceived corollaries – negative health outcomes for mother and child, the disintegration of the nuclear family, and “over-dependence” on public resources – began to circulate widely in policy spheres and popular media in the 1970’s, resulting in a proliferation of policies, programs, and services designed to address its prevention. Although national birth rates among adolescents are currently at their lowest since peaking in the early 1990’s, this decline masks persistent and significant disparities between groups of young people by race, ethnicity, geography, and poverty level. The concomitant existence of social and economic inequities that contribute to these differences is particularly striking in New York City; an urban center of vast extremes in health, wealth, and opportunity, but which boasts extensive reproductive health services for young people, including confidential care and availability of free or low-cost contraception. Within this setting, the promotion of hormonal and long-acting reversible contraceptive methods, specifically aimed at young women deemed at high risk of pregnancy and with less access to health care, has emerged as a key primary prevention strategy to reduce both overall adolescent pregnancy rates and disparities between adolescent groups. Using ethnographic methods, this research examined the promulgation and interpretation of this strategy by reproductive health leaders and healthcare workers as well as contextualized these perspectives with the reproductive decisions and fertility desires of female youth for whom this strategy is intended. As a result, this study elucidates broader political and socio-cultural contexts in which young women negotiate intimate relationships and contraceptive use. Recommendations are subsequently offered for clinical practices attuned to female youths’ lived experiences, educational programs for healthcare workers, and reproductive health policies reflective of the broader factors that influence contraceptive behaviors.
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Sexualidade, reprodução e saúde sexual e reprodutiva: experiências de adolescentes escolares de Silva Jardim, Estado do Rio de JaneiroVonk, Angélica Cristina Roza Pereira January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil. / Este estudo analisou as experiências de adolescentes escolares do Município de
Silva Jardim, Estado do Rio de Janeiro, no que se refere à vida afetivo-sexual, à
reprodução e aos cuidados com a saúde sexual e reprodutiva. Método: Trata-se de
um estudo transversal com 200 escolares de ambos os sexos, de quatro escolas
públicas, com idades de 15 a 19 anos. Os dados foram coletados por meio de
questionário estruturado, que continha questões sociodemográficas e familiares,
além de perguntas sobre a vida afetiva, o início da vida sexual, as práticas
contraceptivas, as experiências reprodutivas, os conhecimentos e cuidados com a
saúde sexual e reprodutiva. A análise estatística foi realizada através do teste de
qui-quadrado (X²), tendo sido aplicada a correção de Yates, quando necessário. O
nível de significância do estudo foi de 5%. Utilizou-se o programa de Epi-info 3.58
para entrada e análise dos dados. Resultados: A média de idade foi de 16,6 anos
para o total da amostra. A escolarização das meninas foi maior que a dos meninos
(p= 0,008). A maioria dos adolescentes vivia com os pais. Os homens adolescentes
possuíam mais atividades remuneradas (p=0,0003). Cerca de um quarto das
meninas e um terço dos homens tiveram experiência sexual, sendo que, para elas, a
primeira relação sexual ocorreu entre 15 e 19 anos; para eles, entre 12 a 14 anos
(p=0,014). A maioria dos homens iniciou-se sexualmente com parceiros de 12 a 19
anos e em relações fugazes, enquanto as mulheres tiveram a primeira experiência
sexual com parceiros mais velhos (p<0,0001) e namorados (p=0,006). As meninas
receberam mais informações do que os meninos sobre relações sexuais (p=0,029) e
como evitar gravidez (p= 0,001) antes da primeira relação sexual. Além disso, elas é
que mais conversaram com parceiros na ocasião da iniciação sexual (p= 0,015) e
também são elas que mais conversam atualmente (p=0,002) sobre prevenção de
gravidez. Mais de 80% dos jovens disseram ter usado métodos anticoncepcionais na
primeira relação sexual, e 90% fazem contracepção atualmente. As fontes de
informações sobre sexualidade, gravidez e contracepção foram principalmente os
pais. A farmácia foi o principal local de aquisição dos métodos contraceptivos, para
os dois grupos.). As informações sobre doenças sexualmente transmissíveis (DST)
provêm principalmente da escola. O HIV/AIDS, a DST mais conhecida (88,5%), e o
conhecimento do preservativo como meio para evitá-la foi praticamente universal
(95,5%). Conclusão: Ao compararmos os resultados deste estudo, realizado com
escolares de Silva Jardim, com aqueles de outras pesquisas, realizados com
escolares de grandes centros urbanos ou com populações que incluem jovens fora
da escola, vemos aproximações e distanciamentos entre suas experiências que não
podem ser explicados linearmente. Para uma compreensão abrangente dessas
experiências e do que elas têm de singularidade, e seus aspectos mais
generalizáveis, é necessário observar como se articulam fatores relacionados ao
contexto sociocultural e institucional de pequenos municípios, questões de gênero e
o diferencial da escolaridade. / This study examined the experiences of adolescent students in the Municipality of
Silva Jardim, State of Rio de Janeiro, in relation to affective and sexual life,
reproduction and care for the sexual and reproductive health. Method: This is a
cross-sectional study among 200 schoolchildren of both sexes in the age of 15 to 19
years from four public schools. Data was collected using a structured questionnaire
that contained socio demographic questions, questions about their family and
affective life, the start of their sexual activity, their contraceptive practices, their
reproductive experiences and finally questions about their knowledge and care with
sexual and reproductive health. Statistical analysis was performed using the chisquare
(X ²), with Yates correction applied if necessary. The level of significance of
the study was 5%. We used the program Epi-info 3.58 for data entry and data
analysis. Results: The mean age of the total sample was 16.6 years. The school
attendance rate of girls was higher than that of boys (p = 0.008). The majority of
adolescents lived with their parents. Adolescent boys had more economic activities
(p = 0.0003). About a quarter of girls and a third of the boys had sexual experience.
The girls had their first sexual experience between 15 and 19 years whereas the
boys had theirs between 12 to 14 years (p = 0.014). Most boys began sexual
relations with partners from 12 to 19 years that were not their girlfriend (one night
stands), while the girls had their first sexual experience with older partners (p
<0.0001) and with their boyfriends (p = 0.006). The girls received more information
about sex than boys (p = 0.029) and how to avoid pregnancy (p = 0.001), before their
first sexual intercourse. Moreover girls discuss more with partners at the time of
sexual initiation (p = 0.015) and continue to discuss more about pregnancy
prevention (p = 0.002). Over 80% of the adolescents said they had used
contraceptives at first intercourse and currently 90% uses contraceptives. For both
boys and girls parents were the principal source of information about sexuality,
pregnancy and contraception and contraceptive methods were principally purchased
in the pharmacy. Information about sexually transmitted diseases (STD) stems
mainly from the school. HIV / AIDS is the best known STD (88.5%) and knowledge of
condoms as a way to avoid it was nearly universal (95.5%). Conclusion: When
comparing the results of this study with students from Silva Jardim to those of other
studies with students from large urban areas or samples that include youth school
dropouts, we see similarities and differences between their experiences that can not
be explained linearly. For a comprehensive understanding of these experiences –
what aspects are particular and what aspects can be more generalized – it is
necessary to observe how these aspects are related to socio cultural and institutional
small towns, and the gender gap in schooling.
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Sexual and reproductive health and women development from a gender perspective: The role of men / Salud sexual y reproductiva y el desarrollo de las mujeres: el rol de los hombresRagúz, María 25 September 2017 (has links)
Women's health, particularly, sexual and reproductive health, and development are here approached from a gender and human rights perspective, underlying the need to address these problems from a relational and comprehensive point of view. The issue of how sexual and reproductive health is approached and the "men's as partners" strategy is discussed. Adult women-centered, female-only family planning reproduction and contraception are criticized. Gender violence eradication is stressed as an entry to sexual and reproductive health programs. The case of Peruvian urban and rural women in poverty from Amazonian and Andean communities is taken as an example. Obstacles and achievements in working with men are reviewed but a gender transversal perspective is highlighted. Finally, women's sexual and reproductive health is related to development and seen as a standpoint for addressing health. / Se discute como se tratan los problemas de la salud sexual y reproductiva y el desarrollo de la mujer desde una perspectiva transversal de género y de derechos, subrayando la necesidad de trabajarlos desde una perspectiva integral. Se critican los programas y servicios centrados en la mujer adulta, en la reproducción y en la planificación familiar femenina. Asimismo, se señala la necesidad de trabajar en la erradicación de la violencia de género como una entrada para el trabajo en este ámbito. Como ejemplo, se presenta el caso de la salud sexual y reproductiva en comunidades andinas y amazónicas rurales y en extrema pobreza del Perú. Las dificultades y logros en el trabajo con hombres son analizados, subrayándose la necesidad de una perspectiva transversal de género en el trabajo. Finalmente, se relaciona la salud de la mujer con desarrollo y se concluye en la necesidad de trabajar siempre en este sentido.
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Conhecimento e uso da anticoncepção de emergência entre adolescentes estudantes do ensino médio / Knowledge and use of emergency contraception among adolescent students of the high schoolChristiane Borges do Nascimento 24 October 2012 (has links)
As práticas contraceptivas na adolescência apresentam dinâmica própria, em que as decisões acerca do uso de algum método variam em função de uma série de elementos, como o conhecimento sobre anticoncepção, a experiência sexual e o relacionamento vigente. Por conta de serem essencialmente solteiros, os adolescentes alternam os métodos de acordo com o tipo de relacionamento, seja ocasional ou estável, bem como ao longo deste. É justamente nos momentos de alternâncias e descontinuidades no uso de métodos que a anticoncepção de emergência pode surgir como opção para a prevenção da gravidez não planejada. Mesmo que já esteja disponível em alguns serviços da rede pública de saúde no país, pouco se sabe sobre o seu conhecimento e uso. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o nível do conhecimento e o uso da anticoncepção de emergência entre adolescentes estudantes do ensino médio. Para isto, foi conduzido um estudo quantitativo do tipo transversal. A população de estudo constou de estudantes solteiros de 15 a 19 anos de idade que estavam matriculados em escolas públicas e privadas do município de Arujá, São Paulo. Os estudantes foram selecionados considerando a amostragem probabilística por conglomerado, realizado em duas etapas (estratificação por escola e sistemática por turma) (n=669). Os dados foram coletados por meio de um questionário autoaplicado, no qual as variáveis dependentes foram o conhecimento sobre a anticoncepção de emergência (incluindo apenas aqueles que a conheciam) e o uso da anticoncepção de emergência (incluindo apenas aqueles que iniciaram a vida sexual). As variáveis independentes dizem respeito às características sociodemográficas e ao comportamento sexual e contraceptivo. A análise de regressão linear múltipla identificou como variáveis associadas ao nível do conhecimento da anticoncepção de emergência o tipo de escola, o ano escolar, o sexo, a relação sexual e conhecer alguém que já usou o método. Por sua vez, a análise de regressão logística múltipla identificou como variáveis associadas ao uso da anticoncepção de emergência a religião, o namoro atual e conhecer alguém que já usou o método. Os resultados obtidos demonstraram que os adolescentes de ambos os tipos de escola sabem pouco sobre a anticoncepção de emergência, apesar de uma parcela significativa ter usado este método. Demonstraram, também, que o nível de conhecimento da anticoncepção de emergência não afetou o uso deste método. / Contraceptive practices in adolescence present specific dynamics, in which decisions about the use of a method vary upon contraception knowledge, sexual experience and dating. As adolescents are mostly single, they alternate the use of contraceptive methods according to their relationships, whether occasional or permanent, as well as along it. Whenever there are alternations and discontinuities in the use of regular methods, emergency contraception may emerge as an option to prevent an unplanned pregnancy. Even though it is already available in some primary health services, little is known about adolescents knowledge and use. This study aimed to analyze the level of knowledge and use of emergency contraception among high school adolescent students. So we conducted a cross-sectional quantitative study. The study population was single students from 15 to 19 years of age enrolled in public and private high schools in the city of Arujá, São Paulo, Brazil. Students were selected based on a cluster sampling, conducted in two stages (stratificatied sampling by school and systematic sampling by class) (n = 669). Data were collected through a self-administered questionnaire, in which the dependent variables were knowledge about emergency contraception and the use of emergency contraception (considering only those who reported sexual initiation). Independent variables were sociodemographic characteristics and sexual and contraceptive behavior. From multiple logistic regression analysis, data showed that associated variables to the level of knowledge of emergency contraception were school type, school year, sex/gender, sexual intercourse and knowledge of someone who has used the method. On the other hand, variables associated with the use of emergency contraception were religion, current dating and knowledge of someone who has used the method. Results showed that adolescents from both schools know little about emergency contraception, although more than a half have used this method. Level of knowledge of emergency contraception did not affect the use of this method.
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Significado da sexualidade e assuntos correlatos no contexto escolar por professores do ensino fundamental na educação sexual: experiência de uma pesquisa-ação / Meaning of sexuality and interrelated issues in the school context by teachers from the elementary school in the sexual education: experiment of an action-searchingAndré Estevam Jaques 17 December 2012 (has links)
No cenário da educação relativo à saúde, as questões sexuais são responsáveis por uma série de fatores que podem tanto contribuir com a promoção da saúde sexual e reprodutiva quanto a levar os indivíduos a transtornos severos. Caso não exista uma política de abertura para lidar com esses problemas, principalmente na adolescência, de forma dialogada, sincera e honesta, cabe ao enfermeiro compreender que a sexualidade e seus diversos desdobramentos dependem de uma série de condições econômicas, ambientais, socioculturais propícias, entre outros, como condicionantes e/ou determinantes da condição de saúde. Objetivo: Identificar o significado de sexualidade, violência sexual e educação sexual junto aos professores atuantes no ensino fundamental de uma escola pública do Estado do Paraná, procurando desenvolver conjuntamente com eles, um programa educativo visando instrumentalizá-los para a ação educativa neste sentido. Metodologia: Pesquisa qualitativa, mediatizada pela pesquisa-ação, que permite levantar problemas e, propor posteriormente ações educativas. Para a coleta de dados utilizamos a entrevista, com a aplicação de questionário e a observação participante com o uso do diário de campo. A amostra foi constituída por 23 professores do ensino fundamental de uma cidade do interior paranaense. Adotamos como critérios de inclusão: ser professor efetivo, atuar no ensino fundamental e aceitar participar, voluntariamente, do estudo. Análise dos dados: esses foram levantados, através das respostas emanadas pelos participantes da pesquisa. Foram trabalhados qualitativamente e, portanto, por categorização, permitindo o agrupamento de todos os elementos convergentes e/ou divergentes, apropriados e/ou ajustados às reflexões, de acordo com a discussão, associados aos dados obtidos no estudo. Resultados: Depreendemos que a maioria dos professores pesquisados relacionou o conceito de sexualidade ao ato sexual. Destacaram que os pais ainda possuem dificuldades em discutir o assunto no contexto familiar. Reconheceram a existência de inúmeras dificuldades em discutir a temática na escola. Os professores percebem que na sociedade contemporânea há uma intensa valorização do ato sexual, contribuindo para a vivência de uma sexualidade narcisista, imediatista e individualista. Demonstraram vasta consciência social sobre a influência das estruturas sociais na disseminação da violência sexual. Apontaram que a principal dificuldade na abordagem sobre sexualidade em sala de aula relaciona-se ao seu despreparo e falta de conhecimento sobre o assunto. Reconheceram que não há um programa específico sobre a temática sexual, além da ênfase na importância da interação da família na elaboração e implementação da educação sexual no espaço escolar. Portanto consideramos que a enfermagem enquanto prática social deve ocupar efetivamente o espaço escolar contribuindo para o preparo dos professores no enfrentamento desse grande desafio que é a educação sexual, pois mesmo com os diversos dispositivos legais esta prática não tem sido efetiva e ainda perpetua-se a visão biologicista em detrimento de uma educação libertadora, dialógica, crítica e transformadora. / In the educational scenario, relating to health, the sexual matters are responsible for a succession of factors which can head individuals to severe perturbation. If there is no political discussion to deal with those problems, mainly in the adolescence, in a dialogued way, sincere and honest, it is the nurse who is in charge of understanding that the sexuality and its several unfolding depend on a series of financial, environmental, socio-cultural conditions, among others, as conditioning and/or determinant of the health condition. Aim: Identify the meaning of sexuality, sexual violence and sexual education in a partnership with the teachers from the elementary school of a public school in the state of Paraná, developing with them an educational program aiming for give them tools enough to work in this sense with educational actions. Methods: Qualitative researching, under the actionsearching, which allow us surveying some problems and then suggest some educational actions. We used the interview, with a questionnaire, to survey the data, and also the observation of the participant, using the diary fields. The sample was constituted by 23 teachers of the elementary school from a town in the countryside of Paraná. We adopted as inclusion criteria: being teacher currently, working in the elementary school and accepting being part of the study, voluntarily. Data Analysis: these were surveyed through the answers given by the participants of the searching. They were analyzed qualitively and, therefore, by categorization, allowing the grouping of all converging and/or diverging elements, proper and/or adjusted to the reflections, according to the discussion, associated by the obtained data from the study. Results: We inferred that the majority of the interviewed teachers understand the concept of sexuality as the sex act itself. They highlighted that the parents still have some difficulties discussing this matter in the familiar context. They recognized that there are countless difficulties discussing this issue at school. Teachers noticed that, nowadays, in the society there is a strong valuation of the sex act, contributing to the existing of a narcissist, imediatist and individualist sexuality. They showed a wide social consciousness about the influence of the social structures in the spreading of the sexual violence. They also pointed the main difficult approaching about the sexuality in the classroom, their own lack of preparation and knowledge about this matter. They acknowledged that there is no specified program about sexuality, but the emphasis in the importance of the family interaction in the developing and application of the sexual education inside the school environment. Therefore, we consider that nursing, as a social activity, must, effectively, take part in the school environment contributing for the teachers preparation to face this huge challenge, the sexual education, because even with several legal mechanisms, this practice has not been effective and it still remains the biologistic view to the detriment of a liberating, dialogical, critical and a transforming education.
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Barreiras organizacionais para disponibilização do dispositivo intrauterino nos serviços de Atenção Básica à Saúde (macrorregião Sul de Minas Gerais) / Organizational barriers to providing the intrauterine device in Primary Health Attention services (macro-region in the southern of Minas Gerais)Vanderlea Aparecida Silva Gonzaga 29 November 2016 (has links)
Embora o dispositivo intrauterino (DIU) seja pouco usado no Brasil, ele é o método contraceptivo reversível mais usado no mundo. Trata-se de um método seguro, altamente eficaz e com resultados positivos na saúde das populações. Por meio da prevenção de gestações não planejadas, atua na redução da morbidade e mortalidade materna, mortalidade infantil e abortos inseguros. Pesquisas recentes, contudo, mostram que o acesso ao DIU nos serviços de Atenção Básica à Saúde nem sempre é facilitado, sendo permeado por barreiras organizacionais que contribuem para sua subutilização. Tais barreiras podem restringir o pleno exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres brasileiras. Objetivo: Identificar barreiras organizacionais para disponibilização do DIU nos serviços de Atenção Básica à Saúde e elaborar, como produto desta dissertação, uma síntese destas barreiras, destinada aos gestores de saúde, com suas implicações e recomendações. Método: Estudo quantitativo, descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio do preenchimento de um instrumento estruturado, online, pelos 79 profissionais responsáveis pela área técnica de Saúde da Mulher. O cenário do estudo foi a macrorregião Sul de Minas Gerais. A análise dos dados foi realizada por meio do software Stata, versão 14.0, e descrita por meio de número absoluto e proporções. Resultados: A maioria dos municípios possui protocolo de atenção à saúde da mulher (55,7%). Destes, 77,3% elaboraram seu próprio protocolo, mas 29,6% não treinaram a equipe de saúde para usá-lo. Dentre todos os municípios participantes, 15,2% não disponibilizam DIU, sendo que alguns também não referenciam a mulher para outros serviços (8,3%). Dentre aqueles que disponibilizam o DIU, a grande maioria não possui protocolo específico (68,7%); uma parcela não adota a gravidez como condição impossibilitante da inserção do DIU (10,5%) e, por outro lado, adotam condições menos relevantes como infecção vaginal (80,6%). Como critério para acesso ao DIU, 86,5% referiram prescrição médica, 71,6% realização de exames, 44,6% idade acima de 18 anos e 24,4% participação em grupos. Como exames necessários, foi citado o Papanicolaou (94,7%), teste de gravidez (63,2%) e exame de sangue (29,8%). Quanto ao local de disponibilização, 83,7% não o disponibilizam nas Unidades Básicas de Saúde. Como profissional que insere o DIU, 97,0% referiram médico e nenhum citou o enfermeiro. Quanto aos grupos de planejamento reprodutivo, 43,0% dos municípios não os realizam. Por fim, 86,1% dos trabalhadores reportaram não haver dificuldades para obtenção do DIU. Conclusão: Foram identificadas barreiras organizacionais que dizem respeito ao uso de protocolos, também barreiras relacionadas à disponibilização e inserção do DIU, e barreiras relativas aos grupos de planejamento reprodutivo. / Introduction: Although the intrauterine device (IUD) is little used in Brazil, it is the most used reversible contraceptive method in the world. It is about a safe method, highly effective and with positive results in the health of populations. By means of preventing unplanned pregnancies, it works to reduce maternal morbidity and mortality, infant mortality and unsafe abortions. Recent research, however, show that access to IUD in Primary Health Attention services is not always facilitated, being permeated by organizational barriers that contribute to their underutilization. Such barriers may restrict the full exercise of sexual and reproductive rights of Brazilian women. Objective: To identify organizational barriers for providing IUD in the Primary Health Attention services and elaborate, as a product of this dissertation, a summary of these barriers, which is intended for health managers, with their implications and recommendations. Method: Qualitative, descriptive study. Data collection was performed by completing, online, a structured instrument, by 79 professionals responsible for the technical field of Womens Health. The study setting was the macro-region in the southern of Minas Gerais. Data analysis was performed using Stata software, version 14.0, and described by absolute number and proportions. Results: Most municipalities have attention protocol to womens health (55.7%). Of these, 77.3% developed its own protocol, but 29.6% did not train health staff to use it. Among all participating municipalities, 15.2% do not offer IUD, and some did not refer women to other services (8.3%). Among those, which provide the IUD, the vast majority do not have specific protocol (68.7%); a portion does not adopt pregnancy as an impeditive condition of insertion of the IUD (10.5%) and, on the other hand, adopt less relevant conditions such as vaginal infection (80.6%). As a criterion for accessing the IUD, 86.5% reported prescription, 71.6% exams, 44.6% aged over 18 years old and 24.4% participation in groups. As required exams, it was quoted the Pap smear (94.7%), pregnancy test (63,2%) and blood tests (29,8%). As a place of availability, 83.7% do not provide in the Basic Health Units. As a professional to insert the IUD, 97.0% reported the doctor and none cited the nurse. Municipalities do not realize reproductive planning group at 43.0%. Finally, 86.1% of workers reported not having difficulties in obtaining the IUD. Conclusion: Organizational barriers were identified concerning the use of protocols, also barriers related to the availability and IUD insertion, and barriers related to the reproductive planning groups.
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SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA: PERSPECTIVAS E INTERVENÇÃO PARA ADOLESCENTES EM ESCOLA MUNICIPAL DE SANTA MARIA, RS / SEXUAL AND REPRODUCTIVE HEALTH: PERSPECTIVES AND INTERVENTION FOR TEENAGERS IN A MUNICIPAL SCHOOL OF SANTA MARIA, RSSeady, Daniela Aline Kaufmann 08 August 2014 (has links)
The situation of the Brazilian reality in health has been constituted to multidetermined phenomena; it has remained important and serious social problems and reproductive health among teenagers. The inopportune pregnancy and Sexually Transmitted Infections (STIs) diseases . These two items show the need to strongly connect the areas of health and education in order to conduct the promotion and health education aimed, in this case, sexual and reproductive health of teenagers. Objective: to analyze the results of operations and the performance of a health professional , as an educator in Teenager Health , especially in sexual and reproductive area , by students of a municipal school in Santa Maria / RS . Methods: exploratory and descriptive research, the type quantity / quality. In school year 2013, 17 meetings / interventions of health professionals of a Family Health Strategy (fortnightly periodicity) with 32 teenagers aged between 12 and 14 years were performed . It has used a participatory methodology and applied a pre and post-test questionnaire and individual interviews. Results and discussion: Project added knowledge about sexual and reproductive health. It was found that the performance of combined actions (health and school) may contribute to the development of more informed and more critically reflective teenagers, especially when it comes to issues of complex approach, not included in the formal curriculum. Working with sensitive issues related to sexual and reproductive health, in a dynamic, honest and participatory approach it can be an efficient strategy to promote behavior change towards sexuality of teenagers. Final Thoughts: through this study, we realized the importance of the implementation of a participatory and continuous education, offered by qualified and licensed personnel working with sexual and reproductive health. / A conjuntura da realidade brasileira em saúde tem se constituído de fenômenos multideterminados; perduram importantes e graves problemas sociais e de saúde reprodutiva entre os adolescentes. Podem-se citar a gravidez inoportuna e as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Esses dois itens evidenciam a necessidade de conectar, fortemente, as áreas da saúde e da educação, a fim de efetivar a promoção e educação em saúde visando, nesse caso, à saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes. Objetivo: analisar os resultados de intervenções e a atuação de um profissional da saúde, como educador em Saúde do Adolescente, principalmente, na área reprodutiva e sexual, com alunos de uma escola municipal de Santa Maria/RS. Métodos: pesquisa exploratória e descritiva, do tipo quanti/qualitativo. Durante o ano letivo de 2013, foram realizados 17 encontros/ intervenções de profissionais da saúde de uma Estratégia Saúde da Família (periodicidade quinzenal), com 32 adolescentes, com idade entre 12 e 14 anos. Utilizou-se a metodologia participativa. Aplicou-se um questionário pré e pós-teste e entrevista individual. Resultados e discussão: o Projeto acrescentou conhecimentos sobre a saúde sexual e reprodutiva. Verificou-se que a realização de ações combinadas (saúde e escola) pode contribuir para o desenvolvimento de adolescentes mais informados e criticamente mais reflexivos, principalmente, quando se trata de temas de abordagem complexa e não contemplados em currículo formal. O trabalho com temas sensíveis relacionados à saúde sexual e reprodutiva, em uma abordagem dinâmica, honesta e participativa pode constituir-se em estratégia eficiente para promover possíveis mudanças de comportamento dos adolescentes frente à sexualidade. Considerações finais: por meio deste estudo, percebeu-se a relevância da execução de ações educativas participativas e continuadas, ofertadas por pessoal qualificado e habilitado a trabalhar com saúde sexual e reprodutiva.
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