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Olhares de crianças sobre pobreza e raça nas relações escolares /Aguiar, Deise Maria Santos de. January 2008 (has links)
Orientador: Maria de Fátima Salum Moreira / Banca: Marília Pinto de Carvalho / Banca: Elisabeth da Silva Gelli / Resumo: Esta dissertação de mestrado é vinculada à linha de pesquisa "Processos Formativos, Diferença e Valores", do Programa de Pós-Graduação em Educação da FCT - UNESP, em Presidente Prudente. A pesquisa faz parte do projeto coordenado pela orientadora, o qual é centrado nos estudos sobre o currículo e as formas de organização escolar, destacando-se os modos como se encontram relacionados à construção das identidades e diferenças de gênero, sexualidade, classe, raça e geração de seus agentes. Entende-se que esses diversos aspectos da vida humana são produto e produtores da dinâmica sociocultural que estrutura as relações escolares. Particularmente, a pesquisa teve por objeto analisar o que falavam garotos e garotas pobres e/ou negro(a)s acerca da discriminação, do tratamento desigual e das práticas de exclusão vivenciadas na escola. O estudo foi realizado em uma escola pública do município de Presidente Prudente (SP), com aluno(a)s de uma quarta série do Ciclo I do Ensino Fundamental, problematizando-se as relações sociais que ocorrem no ambiente escolar, conforme distinguidas pelo olhar das crianças. Na escolha das crianças para compor o grupo de entrevistadas, incluí principalmente aquelas que eram marginalizadas e discriminadas. Trata-se de investigar e interpretar como as crianças percebem as práticas de diferenciação e de discriminação de classe e raciais vivenciadas na escola. Que tipo de acomodações e/ou reações são observadas, em suas práticas? Que associações elas fazem entre desempenho escolar, sexo, raça e pobreza? Utilizando como referências conceituais e metodológicas as abordagens culturais e sociológicas e a pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, lançou-se mão de relatos, questionários, observações e entrevistas. Como resultado, podemos apontar que as discriminações... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This study is part of the research "Educational Processes, Difference and Values" from the Post Graduation in Education Program from the FCT - UNESP, Presidente Prudente/SP - Brazil. The research is part of the project coordinated by the advisor and it is focused in the studies about curriculum and paths of school organization, considering the way different factors interact such as identity construction, gender, sexuality, race and social class. It is also considered the many different aspects of human life as result and agents of the social and cultural dynamics that are the structure of school relations. As a main goal it was analyzed the opinion of boys and girls that were African descendents or came from lower social levels about race discrimination, unfair treatment and excluding practices that are constantly experienced in the school environment. The study took place in a public school in the city of Presidente Prudente (SP), involving students from the fourth grade of the elementary school cycle, focusing on the problems found in that environment through the children's eyes - investigating and interpreting how they perceive the differentiation and discrimination they are constantly target of. To make the selection on the children interviewed were considered the ones that were discriminated somehow and were at the margin of the society. The study raises questions on what kind of behavior they have facing the differentiation and discrimination and what associations are made between school achievement, sex, race and poverty? It takes as reference the conceptual and methodological approaches to the social and cultural, a qualitative ethnical research, interviews, questionnaires and observation. The results shown indicates what is said and felt by the children and the challenges they face regarding... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Measuring negative attitudes towards overweight and obesity in the German populationStein, Janine, Luppa, Melanie, Ruzanska, Ulrike, Sikorski, Claudia, König, Hans-Helmut, Riedel-Heller, Steffi G. 15 December 2014 (has links) (PDF)
Objective: Obesity is one of the leading public health problems worldwide. Obese individuals are often stigmatized and the psychosocial consequences of overweight and obesity are the subject of current research. To detect stigmatizing attitudes towards obese people, the Fat Phobia Scale (FPS) was developed in the USA in
the early nineties. In addition, the 14-item short form of the FPS was constructed. The FPS belongs to the most commonly used instruments for measuring negative attitudes towards obese people because of its good psychometric properties. For the recently developed German short form of the FPS, however, the comprehensive investigation of the psychometric properties and the determination of reference values are still pending. Thus, the main objectives of this study were the evaluation of the psychometric quality of the scale as well as the calculation of reference values. Methods: The study was based on a representative survey in the German general population. A sample of 1,657 subjects (18–94 years) was assessed via structured telephone interviews including the 14-item German version of the FPS. Descriptive
statistics and inference-statistical analyses were conducted. Reference values in terms of percentage ranks were calculated. Results: Substantial evidence for the reliability and validity of the German short
version of the FPS was found. This study, for the first time in Germany, provides age-specific reference values for the German short form of the FPS allowing the interpretation of individual test scores. Conclusion: Facing the far-reaching consequences of experienced stigmatization of obese individuals, these study results provide an important basis for further studies aiming at the investigation of negative attitudes towards overweight and obesity.
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Olhares de crianças sobre pobreza e raça nas relações escolaresAguiar, Deise Maria Santos de [UNESP] 26 September 2008 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2008-09-26Bitstream added on 2014-06-13T20:14:27Z : No. of bitstreams: 1
aguiar_dms_me_prud.pdf: 525408 bytes, checksum: 5712eefd93f245459c1ec3ad07ead6fb (MD5) / Secretaria Estadual de Educação / Esta dissertação de mestrado é vinculada à linha de pesquisa “Processos Formativos, Diferença e Valores”, do Programa de Pós-Graduação em Educação da FCT – UNESP, em Presidente Prudente. A pesquisa faz parte do projeto coordenado pela orientadora, o qual é centrado nos estudos sobre o currículo e as formas de organização escolar, destacando-se os modos como se encontram relacionados à construção das identidades e diferenças de gênero, sexualidade, classe, raça e geração de seus agentes. Entende-se que esses diversos aspectos da vida humana são produto e produtores da dinâmica sociocultural que estrutura as relações escolares. Particularmente, a pesquisa teve por objeto analisar o que falavam garotos e garotas pobres e/ou negro(a)s acerca da discriminação, do tratamento desigual e das práticas de exclusão vivenciadas na escola. O estudo foi realizado em uma escola pública do município de Presidente Prudente (SP), com aluno(a)s de uma quarta série do Ciclo I do Ensino Fundamental, problematizando-se as relações sociais que ocorrem no ambiente escolar, conforme distinguidas pelo olhar das crianças. Na escolha das crianças para compor o grupo de entrevistadas, incluí principalmente aquelas que eram marginalizadas e discriminadas. Trata-se de investigar e interpretar como as crianças percebem as práticas de diferenciação e de discriminação de classe e raciais vivenciadas na escola. Que tipo de acomodações e/ou reações são observadas, em suas práticas? Que associações elas fazem entre desempenho escolar, sexo, raça e pobreza? Utilizando como referências conceituais e metodológicas as abordagens culturais e sociológicas e a pesquisa qualitativa de cunho etnográfico, lançou-se mão de relatos, questionários, observações e entrevistas. Como resultado, podemos apontar que as discriminações... / This study is part of the research “Educational Processes, Difference and Values” from the Post Graduation in Education Program from the FCT – UNESP, Presidente Prudente/SP – Brazil. The research is part of the project coordinated by the advisor and it is focused in the studies about curriculum and paths of school organization, considering the way different factors interact such as identity construction, gender, sexuality, race and social class. It is also considered the many different aspects of human life as result and agents of the social and cultural dynamics that are the structure of school relations. As a main goal it was analyzed the opinion of boys and girls that were African descendents or came from lower social levels about race discrimination, unfair treatment and excluding practices that are constantly experienced in the school environment. The study took place in a public school in the city of Presidente Prudente (SP), involving students from the fourth grade of the elementary school cycle, focusing on the problems found in that environment through the children’s eyes - investigating and interpreting how they perceive the differentiation and discrimination they are constantly target of. To make the selection on the children interviewed were considered the ones that were discriminated somehow and were at the margin of the society. The study raises questions on what kind of behavior they have facing the differentiation and discrimination and what associations are made between school achievement, sex, race and poverty? It takes as reference the conceptual and methodological approaches to the social and cultural, a qualitative ethnical research, interviews, questionnaires and observation. The results shown indicates what is said and felt by the children and the challenges they face regarding... (Complete abstract click electronic access below)
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Teste anti-HIV entre homens que fazem sexo com homens em São Paulo: busca espontânea rotineira e episódica / [HIV testing among men who have sex with men in São Paulo: client-initiated routine and episodic testingRedoschi, Bruna Robba Lara 17 March 2016 (has links)
Introdução No contexto da valorização crescente do teste anti-HIV como estratégia de prevenção programática, a promoção do teste anti-HIV como estratégia de prevenção entre homens que fazem sexo com homens (HSH) é fundamental. Objetivo - Analisar os fatores associados tanto ao uso rotineiro como episódico do teste anti-HIV. Métodos - Os participantes foram 946 HSH entrevistados pelo Projeto SampaCentro em locais de sociabilidade HSH da região central de São Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, nunca testados ou que procuraram o teste espontaneamente. A metodologia de amostragem foi a time-space-sampling e foram utilizados protocolos do Stata 12.0 para análise de amostras complexas. Os homens que se testaram por rotina ou episodicamente foram comparados aos nunca testados. As variáveis analisadas nos dois modelos de regressão de Poisson foram divididas em três níveis: características sociodemográficas (primeiro nível); socialização na comunidade gay e exposição da orientação sexual, discriminação e opiniões e atitudes em relação ao HIV/Aids e ao teste (segundo nível); percepção de risco, estratégias de prevenção e práticas e parcerias sexuais (terceiro nível). Resultados Os homens que se testaram rotineiramente eram mais velhos e moradores no Centro de SP. Além disso, tinham exposto a orientação sexual para profissional de saúde, sido discriminados em serviços de saúde mas não por amigos e/ou vizinhos (em razão da sexualidade) e não mencionaram medo do resultado do teste como motivo para HSH não se testarem. Também tinham maior probabilidade de conhecer pessoa soropositiva e de ter parcerias estáveis sem sexo anal desprotegido nas casuais (comparado a ter apenas parcerias casuais protegidas). Os homens que se testaram episodicamente eram mais velhos, residentes do Centro de SP, não moravam com parentes, expuseram sua orientação sexual para profissional de saúde, não reportaram medo do resultado do teste como barreira, conheciam pessoa soropositiva e mencionaram parceria estável sem sexo desprotegido com parceiro casual ou então sexo desprotegido em parcerias casuais (comparado a ter apenas parcerias casuais protegidas). Conclusões Os mais jovens, os que moram fora do centro de São Paulo, e os que expões menos sua orientação sexual são os segmentos que menos se testam rotineira ou episodicamente. Assim, dependem de ações para que seu direito seja protegido e assegurado. A estigmatização e a discriminação da homossexualidade deve ser combatida para que não impeça o acesso ao teste e a outros serviços de saúde. Disseminar informações e socializar os mais jovens para o diálogo sobre as estratégias de prevenção biomédicas e estratégias comunitárias de prevenção é necessário. Para ampliar o acesso e qualidade da testagem como recurso fundamental de programas de prevenção permanece o desafio de sustentar o debate sobre sexualidade e prevenção a cada geração, assim como nos programas de formação de educadores e de profissionais de saúde de todas as áreas. / Introduction The relevance of HIV testing is growing in programmatic policies. Promoting HIV testing among men who have sex with men (MSM) is of utter importance. Objective Analyze factors associated with routine and episodic use of HIV testing. Methods Our participants were selected from the database of Projeto SampaCentro, a time-location sampling serobehavioral surveillance survey of MSM in São Paulo, Brazil, that took place between November 2011 and January 2012. Our participants were 946 MSM not HIV positive who were never tested or whose last testing was client-initiated. All analysis were performed using complex samples protocols in Stata 12.0. Men were divided in routine testers, episodic testers and men who had never tested. Routine testers and episodic testers were compared to those who had never tested using two Poisson regression models. Variables were divided in three levels of analysis: sociodemographic (first level); socialization in gay community and disclosure of sexual orientation, discrimination, attitudes and opinions on HIV/AIDS and testing (second level); risk perception, prevention strategies and sexual practices and partnerships (third level). Results Routine testers were older and lived in Central São Paulo, had more frequently disclosed their sexual orientation to a health professional and been discriminated against in health service settings, were less likely to having suffered discrimination from friends and/or neighbors and to point fear as a barrier to testing, were more likely to know someone infected with HIV and to mention steady partners without unprotected anal intercourse (UAI) with casual partners (compared to having only casual partners with no UAI). Episodic testers were also older and more likely to live in Central São Paulo, less likely to live with relatives, more likely to have disclosed their sexual orientation to a health professional, less likely to point fear as a barrier to testing, more likely to know someone infected with HIV. This group more frequently mentioned steady partners without UAI with casual partners and UAI with casual partners, regardless of mentioning steady partners (compared to having only casual partners with no events of UAI). Conclusion Young MSM, those who live outside Central São Paulo and those less ready to disclose their sexual orientation are the MSM segments that are less likely to test, routinely or episodically. Therefore, programmatic actions are needed to ensure their rights are protected. Stigmatization and discrimination of homosexuality must be mitigated so that it wont be a barrier to information about prevention and testing services. Additionally, information on biomedical and communitarian prevention technologies must be shared and presented to those not yet familiar with these strategies. In order to improve access and quality of testing, the challenge of sustaining the debate about sex, sexuality and prevention remains, as new generations of MSM will need to be introduced to this debate. The same is true for the course curriculum of health professionals and educators.
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Os muitos nomes de Silvana: contribuições clínico-políticas da psicanálise sobre mulheres negras / The many names of Silvana: the clinical-political contributions of psychoanalysis of black womenBraga, Ana Paula Musatti 19 February 2016 (has links)
Esta pesquisa aponta alguns dos efeitos subjetivos e estratégias singulares de resistência frente à desigualdade racial no nosso país, abordando as vicissitudes de inscrição no laço social de mulheres negras e pobres. É fruto de uma intervenção clínico-política com um grupo de adolescentes em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de São Paulo na qual foi se evidenciando, para nós, a necessidade de cada um desses adolescentes de defender intransigentemente a honra e o valor de suas mães frente aos outros membros do grupo. Tanto pelo seu excesso como pela sua repetição, essa situação nos sugeria um mal-estar e um não dito referido às configurações familiares e à posição destas mulheres nesta comunidade escolar, que nos levou a escutá-las. Tomando a indicação freudiana de que a psicologia individual seria também psicologia social e a formulação lacaniana de que podemos considerar o Inconsciente como sendo a Política, acreditamos ser indispensável escutar o sujeito levando em consideração o Outro, entendido tanto do ponto de vista sócio-histórico, como libidinal. Isso significa que não poderíamos escutar estas mulheres sem considerar o campo de desigualdades sociais e raciais no qual estavam inscritas discursivamente, o que nos exigiu uma interlocução fundamental tanto com pesquisas da antropologia social e da sociologia, como da história. A fala destas mulheres foi nos revelando que, além de outras identificações contingentes, o fato de serem reconhecidas e se reconhecerem como mulheres negras era um elemento fundamental nas suas vivências cotidianas. Uma vez que nosso passado escravista não teria sido suficientemente lembrado e admitido, alguns traços se fariam presentes através de uma transmissão simbólica, pelos subterrâneos da cultura, de uma posição de servidão a elas atribuída. Permaneceria de uma forma atualizada e insidiosa uma divisão racializada da nossa sociedade, ancorada na herança de uma cisão entre a mulher mundana cujo corpo seria visto como um corpo de gozo, mas sem valor social, a mucama, e a que seria valorizada socialmente à custa de um corpo assexuado, casta e educada, esposa do senhor de escravos. Apesar de tantos avanços, as conquistas femininas das últimas décadas não seriam totalmente estendidas a essas mulheres, negras e pobres, que seguiriam, frequentemente, apresentando no imaginário social um corpo ao qual se atribuiria a capacidade de satisfazer os desejos mais inconfessáveis de um homem à custa de ser visto como propriedade e domínio deste. A atitude racista se faria presente em relação a elas, entendida como o ato de segregação do gozo inadmitido de um sujeito no corpo de um outro, ou ainda, como Lacan apontou, impondo a um outro, seu modo de gozo. Mais do que uma identidade das mulheres negras, consideramos fundamental conceber a particularidade de um laço que se estabeleceria na relação com elas, na medida em que seu corpo seria capaz de despertar e revelar a relação do sujeito com o mais íntimo e insuportável de si mesmo: ela seria a estrangeira frente a um homem, por ser mulher; e seria estrangeira frente a uma mulher ou homem branco, por ser negra. A sua condição de estrangeira a deixaria assim como figura paradigmática de um Outro sexo, um sexo Outro, um gozo Outro, recaindo sobre ela as reações mais violentas de extirpação desse gozo. As estratégias de como manter o que seria próprio do gozo feminino não balizado pelo gozo fálico, posto que seria suplementar a ele frente a essa injunção de segregação e depreciação, seriam sempre singulares. Apresentamos um caso clínico, Silvana, apontando suas estratégias de resistência frente a um discurso social que a desqualificaria tentando lhe impor um estreitamento de sua vida erótica e sua redução a um modo único de gozo / This research points out some of the subjective effects and peculiar strategies of resistance against racial line quality in our country, addressing the vicissitudes poor black women face to inscribe themselves in the social bond. It is the result of a clinical-political intervention with a group of teenagers in a São Paulo Municipal Basic Education School that revealed to us the need for each of these teenagers to defend the honor and the value of their mothers uncompromisingly before the other members of their groups. Both for its excess and for its repetition, the situation suggested a malaise and a non-said regarding the family configurations and the position of these women in this school community, which led us to listen to them. Taking the Freudian indication that individual psychology would also be social psychology and the Lacanian formulation that we can consider the Unconscious as Politics, we believe it is essential to listen to the subject taking into account the Other, understood in both the socio-historical and the libidinal perspectives. This means that we could not listen to these women without considering the field of social and racial inequalities into which they were inscribedin discourse, and that required us to have a fundamental dialogue with researches in social anthropology, sociology and history. These women´s speech revealed to us that, in addition to other contingent identifications, the fact that they are recognized and recognize themselves as black women was a key element in their daily experiences. Since our past of slavery was not sufficiently remembered and admitted, some traits of it are still present by means of a symbolic and inexplicit transmission by culture, that assigns to these women a position of servitude. In an updated and insidious form a racialized division of our society persists, anchored in the inheritance of a scission between the maid the worldly woman whose body is seen as source of pleasure, but without social value and the slave-owner´s wife, socially valued at the cost of a sexless body, chaste and educated. Despite many advances, women\'s conquests of recent decades are not fully extended to these black and poor women, who often still figure in social imagination as a body capable of satisfying the most unspeakable desires of a man at the cost of being seen as his property and domain. The racist attitude towards them is present, understood as the act of segregating the non-admitted juissance of a subject in anothers body, or, as Lacan pointed out, imposing upon another their mode of juissance. More than black women´s identity, we consider it essential to design the particularity of a bond that is established in relation to them, to the extent that their bodies would be able to awaken and reveal the relationship of the subject with the most intimate and unbearable of himself: the black woman would be the foreigner in face of a man, as a woman; and she would be a foreigner in face of a white woman or a white man, being black. Her condition as a foreigner makes her a paradigmatic figure of an Other sex, a sex Other, an Other juissance, and the most violent reactions of extirpation of that juissance fall upon her. The strategies aimed at maintaining what would be specific of feminine juissance -not guided by phallic juissance, since it would be supplementary to it against this injunction of segregation and depreciation are always unique. We present a clinical case, Silvana, pointing her strategies of resistance against a social discourse that attempts to disqualify her, trying to impose a narrowing of her erotic life and its reduction to a single mode of juissance
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Contextos de revelação da orientação sexual: no final do arco-íris tem um pote de ouro / Contexts of revelation of sexual orientation: the end rainbow has a pot of gold?Deus, Luiz Fabio Alves de 10 March 2014 (has links)
A decisão por revelar a orientação sexual, bem como em quais contextos fazê-lo, implica diretamente na trajetória de vida dos homossexuais. O objetivo deste estudo foi descrever a revelação da orientação sexual, segundo as características sociodemográficas, contextos e graus de revelação e episódios de discriminação e agressão entre 1217 homens de 18 a 77 anos, frequentadores de espaços de sociabilidade em dois distritos da capital paulista que aceitaram participar do estudo Sampacentro. Este estudo é um desdobramento de pesquisa maior cuja metodologia adotada foi à amostragem por tempo-espaço e os instrumentos de coleta foram: questionários de inclusão e estruturado com questões sociodemográficas, sociabilidade/práticas sexuais, atitudes e percepções sobre prevenção, estigma e discriminação. As variáveis foram descritas por frequências e proporções. Os testes de hipótese utilizados foram qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer para as diferenças entre as proporções e qui-quadrado de tendência para as variáveis ordinais. O nível de significância adotado foi 5 por cento . Predominou raça/cor de pele branca (59 por cento ), alta escolaridade, 43 por cento com graduação concluída; elevada proporção de atividade remunerada (90 por cento ); prevaleceu padrão socioeconômico B (57 por cento ); elevada proporção de não praticantes de religião (51 por cento ); 55 por cento solteiros e 82 por cento homossexuais. Foram estatisticamente significantes a revelação da orientação entre os jovens, os de raça/cor branca, os que estavam namorando e entre os homossexuais. 52 por cento dos participantes compartilharam a orientação sexual em todos os contextos sociais e em ordem crescente a distribuição da revelação entre os domínios da vida se deu nos contextos de amizade, dos serviços de saúde, familiar, trabalho e escolar. Em relação à experiência de discriminação observamos tendência crescente a maior exposição à medida que a orientação era compartilhada em número maior de contextos sociais. Para agressão também verificamos tendência crescente à medida que a orientação estava compartilhada em mais contextos sociais nos subitens: agressão física, verbal e ameaça de agressão, chantagem e constrangimento no trabalho. Concluímos que a revelação da orientação sexual é ainda um desafio na trajetória de homens homossexuais, acentuada por barreiras sociais, e que quanto mais contextos sociais compartilham a informação acerca da orientação sexual maior é a possibilidade da pessoa homossexual ser submetida a atos de discriminação e agressão. / The decision to reveal ones sexual orientation, and in what contexts to do it has a direct impact on the trajectory of homosexuals lives. The objective of this study was to describe the development of sexual orientation according to sociodemographic characteristics, contexts and degrees of development and episodes of discrimination and aggression among 1217 men aged 18 to 77 years frequenting social spaces in two areas of São Paulos State capital who agreed to participate in the Sampacentro study. This study is an outgrowth of a larger research whose methodology was the time-space sampling and whose data collection instruments were: questionnaires about inclusion structured around questions about sociodemographic data, sociability and sexual practices, attitudes and perceptions about prevention, stigma and discrimination. The variables were described as frequencies and proportions. The hypothesis tests used were chi-square test and Fisher\'s Exact test for differences between proportions and chi-square test for trends for ordinal variables. The level of significance was set at 5 per cent . Predominant among the sample were the white race/color (59 per cent ), high level of education, (43 per cent university graduates), high employment rate (90 per cent ), high socioeconomic standard (57 per cent in Class B), high proportion of not practicing any religion (51 per cent ); 55 per cent declared themselves as single and 82 per cent as gay. The revelation of their status as gay was statistically significant among young people, the white race/skin color, among those who were dating and among homosexuals. Fifty-two percent of participants shared information about their sexual orientation in all social scenarios; the distribution is given in ascending order in the scenarios of friendship, health services, family, school and work. Regarding the experience of all kinds of discrimination there was tendency to greater discrimination as the sexual orientation was shared in more scenarios. There was in increasing trend for suffering aggression as the orientation was shared in more scenarios, regarding physical aggression, verbal abuse and threats, beatings, the scam of lacing drinks with hypnotic drugs, blackmail and harassment at work. We conclude that the development of sexual orientation is still a challenge in the trajectory of homosexual men marked by social barriers, and that in the greater number of social scenarios the information about gay sexual orientation is shared, the bigger are the chances to suffer discrimination and aggression.
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Teste anti-HIV entre homens que fazem sexo com homens em São Paulo: busca espontânea rotineira e episódica / [HIV testing among men who have sex with men in São Paulo: client-initiated routine and episodic testingBruna Robba Lara Redoschi 17 March 2016 (has links)
Introdução No contexto da valorização crescente do teste anti-HIV como estratégia de prevenção programática, a promoção do teste anti-HIV como estratégia de prevenção entre homens que fazem sexo com homens (HSH) é fundamental. Objetivo - Analisar os fatores associados tanto ao uso rotineiro como episódico do teste anti-HIV. Métodos - Os participantes foram 946 HSH entrevistados pelo Projeto SampaCentro em locais de sociabilidade HSH da região central de São Paulo entre novembro de 2011 e janeiro de 2012, nunca testados ou que procuraram o teste espontaneamente. A metodologia de amostragem foi a time-space-sampling e foram utilizados protocolos do Stata 12.0 para análise de amostras complexas. Os homens que se testaram por rotina ou episodicamente foram comparados aos nunca testados. As variáveis analisadas nos dois modelos de regressão de Poisson foram divididas em três níveis: características sociodemográficas (primeiro nível); socialização na comunidade gay e exposição da orientação sexual, discriminação e opiniões e atitudes em relação ao HIV/Aids e ao teste (segundo nível); percepção de risco, estratégias de prevenção e práticas e parcerias sexuais (terceiro nível). Resultados Os homens que se testaram rotineiramente eram mais velhos e moradores no Centro de SP. Além disso, tinham exposto a orientação sexual para profissional de saúde, sido discriminados em serviços de saúde mas não por amigos e/ou vizinhos (em razão da sexualidade) e não mencionaram medo do resultado do teste como motivo para HSH não se testarem. Também tinham maior probabilidade de conhecer pessoa soropositiva e de ter parcerias estáveis sem sexo anal desprotegido nas casuais (comparado a ter apenas parcerias casuais protegidas). Os homens que se testaram episodicamente eram mais velhos, residentes do Centro de SP, não moravam com parentes, expuseram sua orientação sexual para profissional de saúde, não reportaram medo do resultado do teste como barreira, conheciam pessoa soropositiva e mencionaram parceria estável sem sexo desprotegido com parceiro casual ou então sexo desprotegido em parcerias casuais (comparado a ter apenas parcerias casuais protegidas). Conclusões Os mais jovens, os que moram fora do centro de São Paulo, e os que expões menos sua orientação sexual são os segmentos que menos se testam rotineira ou episodicamente. Assim, dependem de ações para que seu direito seja protegido e assegurado. A estigmatização e a discriminação da homossexualidade deve ser combatida para que não impeça o acesso ao teste e a outros serviços de saúde. Disseminar informações e socializar os mais jovens para o diálogo sobre as estratégias de prevenção biomédicas e estratégias comunitárias de prevenção é necessário. Para ampliar o acesso e qualidade da testagem como recurso fundamental de programas de prevenção permanece o desafio de sustentar o debate sobre sexualidade e prevenção a cada geração, assim como nos programas de formação de educadores e de profissionais de saúde de todas as áreas. / Introduction The relevance of HIV testing is growing in programmatic policies. Promoting HIV testing among men who have sex with men (MSM) is of utter importance. Objective Analyze factors associated with routine and episodic use of HIV testing. Methods Our participants were selected from the database of Projeto SampaCentro, a time-location sampling serobehavioral surveillance survey of MSM in São Paulo, Brazil, that took place between November 2011 and January 2012. Our participants were 946 MSM not HIV positive who were never tested or whose last testing was client-initiated. All analysis were performed using complex samples protocols in Stata 12.0. Men were divided in routine testers, episodic testers and men who had never tested. Routine testers and episodic testers were compared to those who had never tested using two Poisson regression models. Variables were divided in three levels of analysis: sociodemographic (first level); socialization in gay community and disclosure of sexual orientation, discrimination, attitudes and opinions on HIV/AIDS and testing (second level); risk perception, prevention strategies and sexual practices and partnerships (third level). Results Routine testers were older and lived in Central São Paulo, had more frequently disclosed their sexual orientation to a health professional and been discriminated against in health service settings, were less likely to having suffered discrimination from friends and/or neighbors and to point fear as a barrier to testing, were more likely to know someone infected with HIV and to mention steady partners without unprotected anal intercourse (UAI) with casual partners (compared to having only casual partners with no UAI). Episodic testers were also older and more likely to live in Central São Paulo, less likely to live with relatives, more likely to have disclosed their sexual orientation to a health professional, less likely to point fear as a barrier to testing, more likely to know someone infected with HIV. This group more frequently mentioned steady partners without UAI with casual partners and UAI with casual partners, regardless of mentioning steady partners (compared to having only casual partners with no events of UAI). Conclusion Young MSM, those who live outside Central São Paulo and those less ready to disclose their sexual orientation are the MSM segments that are less likely to test, routinely or episodically. Therefore, programmatic actions are needed to ensure their rights are protected. Stigmatization and discrimination of homosexuality must be mitigated so that it wont be a barrier to information about prevention and testing services. Additionally, information on biomedical and communitarian prevention technologies must be shared and presented to those not yet familiar with these strategies. In order to improve access and quality of testing, the challenge of sustaining the debate about sex, sexuality and prevention remains, as new generations of MSM will need to be introduced to this debate. The same is true for the course curriculum of health professionals and educators.
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Os muitos nomes de Silvana: contribuições clínico-políticas da psicanálise sobre mulheres negras / The many names of Silvana: the clinical-political contributions of psychoanalysis of black womenAna Paula Musatti Braga 19 February 2016 (has links)
Esta pesquisa aponta alguns dos efeitos subjetivos e estratégias singulares de resistência frente à desigualdade racial no nosso país, abordando as vicissitudes de inscrição no laço social de mulheres negras e pobres. É fruto de uma intervenção clínico-política com um grupo de adolescentes em uma Escola Municipal de Ensino Fundamental de São Paulo na qual foi se evidenciando, para nós, a necessidade de cada um desses adolescentes de defender intransigentemente a honra e o valor de suas mães frente aos outros membros do grupo. Tanto pelo seu excesso como pela sua repetição, essa situação nos sugeria um mal-estar e um não dito referido às configurações familiares e à posição destas mulheres nesta comunidade escolar, que nos levou a escutá-las. Tomando a indicação freudiana de que a psicologia individual seria também psicologia social e a formulação lacaniana de que podemos considerar o Inconsciente como sendo a Política, acreditamos ser indispensável escutar o sujeito levando em consideração o Outro, entendido tanto do ponto de vista sócio-histórico, como libidinal. Isso significa que não poderíamos escutar estas mulheres sem considerar o campo de desigualdades sociais e raciais no qual estavam inscritas discursivamente, o que nos exigiu uma interlocução fundamental tanto com pesquisas da antropologia social e da sociologia, como da história. A fala destas mulheres foi nos revelando que, além de outras identificações contingentes, o fato de serem reconhecidas e se reconhecerem como mulheres negras era um elemento fundamental nas suas vivências cotidianas. Uma vez que nosso passado escravista não teria sido suficientemente lembrado e admitido, alguns traços se fariam presentes através de uma transmissão simbólica, pelos subterrâneos da cultura, de uma posição de servidão a elas atribuída. Permaneceria de uma forma atualizada e insidiosa uma divisão racializada da nossa sociedade, ancorada na herança de uma cisão entre a mulher mundana cujo corpo seria visto como um corpo de gozo, mas sem valor social, a mucama, e a que seria valorizada socialmente à custa de um corpo assexuado, casta e educada, esposa do senhor de escravos. Apesar de tantos avanços, as conquistas femininas das últimas décadas não seriam totalmente estendidas a essas mulheres, negras e pobres, que seguiriam, frequentemente, apresentando no imaginário social um corpo ao qual se atribuiria a capacidade de satisfazer os desejos mais inconfessáveis de um homem à custa de ser visto como propriedade e domínio deste. A atitude racista se faria presente em relação a elas, entendida como o ato de segregação do gozo inadmitido de um sujeito no corpo de um outro, ou ainda, como Lacan apontou, impondo a um outro, seu modo de gozo. Mais do que uma identidade das mulheres negras, consideramos fundamental conceber a particularidade de um laço que se estabeleceria na relação com elas, na medida em que seu corpo seria capaz de despertar e revelar a relação do sujeito com o mais íntimo e insuportável de si mesmo: ela seria a estrangeira frente a um homem, por ser mulher; e seria estrangeira frente a uma mulher ou homem branco, por ser negra. A sua condição de estrangeira a deixaria assim como figura paradigmática de um Outro sexo, um sexo Outro, um gozo Outro, recaindo sobre ela as reações mais violentas de extirpação desse gozo. As estratégias de como manter o que seria próprio do gozo feminino não balizado pelo gozo fálico, posto que seria suplementar a ele frente a essa injunção de segregação e depreciação, seriam sempre singulares. Apresentamos um caso clínico, Silvana, apontando suas estratégias de resistência frente a um discurso social que a desqualificaria tentando lhe impor um estreitamento de sua vida erótica e sua redução a um modo único de gozo / This research points out some of the subjective effects and peculiar strategies of resistance against racial line quality in our country, addressing the vicissitudes poor black women face to inscribe themselves in the social bond. It is the result of a clinical-political intervention with a group of teenagers in a São Paulo Municipal Basic Education School that revealed to us the need for each of these teenagers to defend the honor and the value of their mothers uncompromisingly before the other members of their groups. Both for its excess and for its repetition, the situation suggested a malaise and a non-said regarding the family configurations and the position of these women in this school community, which led us to listen to them. Taking the Freudian indication that individual psychology would also be social psychology and the Lacanian formulation that we can consider the Unconscious as Politics, we believe it is essential to listen to the subject taking into account the Other, understood in both the socio-historical and the libidinal perspectives. This means that we could not listen to these women without considering the field of social and racial inequalities into which they were inscribedin discourse, and that required us to have a fundamental dialogue with researches in social anthropology, sociology and history. These women´s speech revealed to us that, in addition to other contingent identifications, the fact that they are recognized and recognize themselves as black women was a key element in their daily experiences. Since our past of slavery was not sufficiently remembered and admitted, some traits of it are still present by means of a symbolic and inexplicit transmission by culture, that assigns to these women a position of servitude. In an updated and insidious form a racialized division of our society persists, anchored in the inheritance of a scission between the maid the worldly woman whose body is seen as source of pleasure, but without social value and the slave-owner´s wife, socially valued at the cost of a sexless body, chaste and educated. Despite many advances, women\'s conquests of recent decades are not fully extended to these black and poor women, who often still figure in social imagination as a body capable of satisfying the most unspeakable desires of a man at the cost of being seen as his property and domain. The racist attitude towards them is present, understood as the act of segregating the non-admitted juissance of a subject in anothers body, or, as Lacan pointed out, imposing upon another their mode of juissance. More than black women´s identity, we consider it essential to design the particularity of a bond that is established in relation to them, to the extent that their bodies would be able to awaken and reveal the relationship of the subject with the most intimate and unbearable of himself: the black woman would be the foreigner in face of a man, as a woman; and she would be a foreigner in face of a white woman or a white man, being black. Her condition as a foreigner makes her a paradigmatic figure of an Other sex, a sex Other, an Other juissance, and the most violent reactions of extirpation of that juissance fall upon her. The strategies aimed at maintaining what would be specific of feminine juissance -not guided by phallic juissance, since it would be supplementary to it against this injunction of segregation and depreciation are always unique. We present a clinical case, Silvana, pointing her strategies of resistance against a social discourse that attempts to disqualify her, trying to impose a narrowing of her erotic life and its reduction to a single mode of juissance
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Contextos de revelação da orientação sexual: no final do arco-íris tem um pote de ouro / Contexts of revelation of sexual orientation: the end rainbow has a pot of gold?Luiz Fabio Alves de Deus 10 March 2014 (has links)
A decisão por revelar a orientação sexual, bem como em quais contextos fazê-lo, implica diretamente na trajetória de vida dos homossexuais. O objetivo deste estudo foi descrever a revelação da orientação sexual, segundo as características sociodemográficas, contextos e graus de revelação e episódios de discriminação e agressão entre 1217 homens de 18 a 77 anos, frequentadores de espaços de sociabilidade em dois distritos da capital paulista que aceitaram participar do estudo Sampacentro. Este estudo é um desdobramento de pesquisa maior cuja metodologia adotada foi à amostragem por tempo-espaço e os instrumentos de coleta foram: questionários de inclusão e estruturado com questões sociodemográficas, sociabilidade/práticas sexuais, atitudes e percepções sobre prevenção, estigma e discriminação. As variáveis foram descritas por frequências e proporções. Os testes de hipótese utilizados foram qui-quadrado de Pearson e Exato de Fischer para as diferenças entre as proporções e qui-quadrado de tendência para as variáveis ordinais. O nível de significância adotado foi 5 por cento . Predominou raça/cor de pele branca (59 por cento ), alta escolaridade, 43 por cento com graduação concluída; elevada proporção de atividade remunerada (90 por cento ); prevaleceu padrão socioeconômico B (57 por cento ); elevada proporção de não praticantes de religião (51 por cento ); 55 por cento solteiros e 82 por cento homossexuais. Foram estatisticamente significantes a revelação da orientação entre os jovens, os de raça/cor branca, os que estavam namorando e entre os homossexuais. 52 por cento dos participantes compartilharam a orientação sexual em todos os contextos sociais e em ordem crescente a distribuição da revelação entre os domínios da vida se deu nos contextos de amizade, dos serviços de saúde, familiar, trabalho e escolar. Em relação à experiência de discriminação observamos tendência crescente a maior exposição à medida que a orientação era compartilhada em número maior de contextos sociais. Para agressão também verificamos tendência crescente à medida que a orientação estava compartilhada em mais contextos sociais nos subitens: agressão física, verbal e ameaça de agressão, chantagem e constrangimento no trabalho. Concluímos que a revelação da orientação sexual é ainda um desafio na trajetória de homens homossexuais, acentuada por barreiras sociais, e que quanto mais contextos sociais compartilham a informação acerca da orientação sexual maior é a possibilidade da pessoa homossexual ser submetida a atos de discriminação e agressão. / The decision to reveal ones sexual orientation, and in what contexts to do it has a direct impact on the trajectory of homosexuals lives. The objective of this study was to describe the development of sexual orientation according to sociodemographic characteristics, contexts and degrees of development and episodes of discrimination and aggression among 1217 men aged 18 to 77 years frequenting social spaces in two areas of São Paulos State capital who agreed to participate in the Sampacentro study. This study is an outgrowth of a larger research whose methodology was the time-space sampling and whose data collection instruments were: questionnaires about inclusion structured around questions about sociodemographic data, sociability and sexual practices, attitudes and perceptions about prevention, stigma and discrimination. The variables were described as frequencies and proportions. The hypothesis tests used were chi-square test and Fisher\'s Exact test for differences between proportions and chi-square test for trends for ordinal variables. The level of significance was set at 5 per cent . Predominant among the sample were the white race/color (59 per cent ), high level of education, (43 per cent university graduates), high employment rate (90 per cent ), high socioeconomic standard (57 per cent in Class B), high proportion of not practicing any religion (51 per cent ); 55 per cent declared themselves as single and 82 per cent as gay. The revelation of their status as gay was statistically significant among young people, the white race/skin color, among those who were dating and among homosexuals. Fifty-two percent of participants shared information about their sexual orientation in all social scenarios; the distribution is given in ascending order in the scenarios of friendship, health services, family, school and work. Regarding the experience of all kinds of discrimination there was tendency to greater discrimination as the sexual orientation was shared in more scenarios. There was in increasing trend for suffering aggression as the orientation was shared in more scenarios, regarding physical aggression, verbal abuse and threats, beatings, the scam of lacing drinks with hypnotic drugs, blackmail and harassment at work. We conclude that the development of sexual orientation is still a challenge in the trajectory of homosexual men marked by social barriers, and that in the greater number of social scenarios the information about gay sexual orientation is shared, the bigger are the chances to suffer discrimination and aggression.
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Measuring negative attitudes towards overweight and obesity in the German population: psychometric properties and reference values for the German short version of the Fat Phobia Scale (FPS)Stein, Janine, Luppa, Melanie, Ruzanska, Ulrike, Sikorski, Claudia, König, Hans-Helmut, Riedel-Heller, Steffi G. January 2014 (has links)
Objective: Obesity is one of the leading public health problems worldwide. Obese individuals are often stigmatized and the psychosocial consequences of overweight and obesity are the subject of current research. To detect stigmatizing attitudes towards obese people, the Fat Phobia Scale (FPS) was developed in the USA in
the early nineties. In addition, the 14-item short form of the FPS was constructed. The FPS belongs to the most commonly used instruments for measuring negative attitudes towards obese people because of its good psychometric properties. For the recently developed German short form of the FPS, however, the comprehensive investigation of the psychometric properties and the determination of reference values are still pending. Thus, the main objectives of this study were the evaluation of the psychometric quality of the scale as well as the calculation of reference values. Methods: The study was based on a representative survey in the German general population. A sample of 1,657 subjects (18–94 years) was assessed via structured telephone interviews including the 14-item German version of the FPS. Descriptive
statistics and inference-statistical analyses were conducted. Reference values in terms of percentage ranks were calculated. Results: Substantial evidence for the reliability and validity of the German short
version of the FPS was found. This study, for the first time in Germany, provides age-specific reference values for the German short form of the FPS allowing the interpretation of individual test scores. Conclusion: Facing the far-reaching consequences of experienced stigmatization of obese individuals, these study results provide an important basis for further studies aiming at the investigation of negative attitudes towards overweight and obesity.
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