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Política fundiária dos governos Fernando Henrique Cardoso; reformismo institucional, conciliação e capitulação / The settlement policy in governments by Fernando Henrique Cardoso: institutional reformism, conciliation and capitulationGuiducci Filho, Edson 12 September 2001 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-03-22T18:29:14Z
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Previous issue date: 2001-09-12 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este estudo ocupou-se da análise sistemática da Política Fundiária dos Governos Fernando Henrique Cardoso enquanto indicativa da direção que jurídica e politicamente orienta e caracteriza a sua proposta de Regularização Fundiária e respectivo Programa de Reforma Agrária. Buscou-se compreender e interpretar a lógica e os princípios que geram as contradições e os limites dentro dos quais transitam as medidas de Política Fundiária do Governo, seus avanços e recuos, bem como os resultados práticos do processo de reordenamento fundiário observados neste período. Neste sentido, deu-se ênfase particular às alterações na legislação agrária, normas e procedimentos administrativos, especialmente os voltados para o aperfeiçoamento dos processos de arrecadação de terras para a implantação de projetos de assentamento e, ainda, a participação tanto dos movimentos sociais, principalmente o MST, quanto dos setores conservadores neste processo. Ficou evidenciado pelas análises desenvolvidas neste estudo que, na prática, a Política Fundiária dos Governos Fernando Henrique Cardoso capitulou ante as pressões e interesses de latifundiários, especuladores e grileiros especializados. Assim, em conclusão, apesar de todos os esforços de reformismo institucional e de buscar a mediação de interesses pela via da conciliação, o resultado de sua prática administrativa e política de Reforma Agrária, longe de viabilizar soluções efetivas para os problemas fundiários, é favorável à perpetuação do status quo no campo, de concentração das terras e dos privilégios das oligarquias agrárias em detrimento dos interesses dos pequenos produtores e trabalhadores rurais sem terra, ou excluídos da terra. / This study is concerning to the systematic analysis of the Settlement Policy in governments by Fernando Henrique Cardoso, as an indicator of the direction that juridical and politically guides and characterizes its proposal for Settlement Regularization and its respective Agrarian Reform Program as well. It was searched to understand and interpret the logic and principles that generate the contradictions and limits, where the measures of the Government Settlement Policy pass through, its progresses and retreats, as well as the practical results of the settlement rearrangement process observed in this period. In this sense, a particular emphasis was given to the alterations in the agrarian legislation, norms and administrative procedures, especially those related to the improvement of the land levies for implantation of establishment projects, as well as the participation of either social movements, mainly the MST, and the conservative sectors in this process. According to the analyses developed by this study, it was evidenced that, in the practice, the Settlement Policy in the governments by Fernando Henrique Cardoso had surrendered to the pressures and interests of the landowners, speculators and specialized land invaders. Thus, in spite of all efforts of institutional reformism and the search for the mediation of interests through conciliation, the result from its administrative practice and Agrarian Reform policy , far away from turning possible the effective solutions for the settlement problems, is favorable to perpetuation of the status quo, to land concentrations and to privileges of the agrarian oligarchies in disadvantage to the interests of the small producers and rural workers who do not hold any land or have been excluded from land. / Dissertação importada do Alexandria
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Briquitar' para viver: um estudo sobre a dependência e a exploração / Briquitar para viver: um estudo sobre a dependência, a exploração e o processo de modernização da microrregião cacaueira baianaPrado, Jackson Emanuel Benevides 30 July 1991 (has links)
Submitted by Julie_estagiaria Moraes (julie.moraes@fgv.br) on 2012-01-11T16:13:20Z
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Previous issue date: 1991 / The modernization process of the cacao crop developed in the cocoa producing region of the State of Bahia has started in the 1930's and was conso1idated in the 1970's, as a strategy of capitalism penetration in the rural communities and the strengthening of the Brazilian economic model. In spite of its limitations, this process has brought striking economic, political and social results to the regional rural society. Based on technical and economic criteria, this process was characterized by a strong ideological bias. It was supported by the idea that the growth of the revenues obtained by the farmers through the substitution of old agricultural techniques in cacao cultur,e and through the elevation of the cultural level of the farmers would brings new habits, new attitudes and the creation of a modern idea. In these circunstances, the education plays an important role in the modernization process and in the formation of social representations of the low rural social classes, which are the main subject of this study. The educative practices are considered as a result of this process and the social representation are characterized by its dependence, acquiescence and submission as well as manifestation of social consciousness even though, dissociated from a more concrete social practice. / O processo de modernização da cacauicultura desenvolvido na Microrregião Cacaueira da Bahia teve suas bases assentadas na década de 1930, consolidando-se na década de 1970, fazendo parte das estratégias de penetração do capitalismo no campo, para fortalecimento do modelo econômico brasileiro. Apesar dos seus limites, trouxe grandes repercussões econômicas, políticas e sociais para aquela sociedade regional. Baseando-se em critérios de racionalidade técnica e econômica, o processo caracterizou-se por um forte viés ideológico. Preconizava o aumento da renda da terra, pela substituição de técnicas de trabalho 'atrasadas' na cacauicultura e pela elevação do nível de conhecimento dos agricultores, que levaria ao desenvolvimento de novos hábitos e atitudes e à criação de uma mentalidade comprometida com a modernização. Nessa perspectiva, a educação desempenha um papel importante no processo de modernização e na elaboração das representações sociais das classes populares rurais, que são o objeto de estudo desse trabalho. As práticas educativas sao consideradas como repercussão do processo de modernização e as representações sociais são caracterizadas pela dependência, conformismo e submissão, mas também como manifestações de consciência social, ainda que dissociadas de uma prática social mais concreta.
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A mobilidade socioespacial dos rurais e suas expressões citadinas: uma análise do município de Araponga, Minas Gerais / The socio-spatial mobility of rural and your citizenly expressions: an analysis of the municipality of Araponga, Minas GeraisGomes, Nayhara Freitas Martins 25 June 2015 (has links)
Submitted by Amauri Alves (amauri.alves@ufv.br) on 2016-03-04T14:28:37Z
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Previous issue date: 2015-06-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A presente dissertação teve como objetivo investigar o fenômeno da mobilidade socioespacial das pessoas que vivem no campo, enfatizando a perspectiva do intercâmbio socioeconômico advindo dos deslocamentos entre o campo e a cidade. Em específico, buscou-se analisar as mudanças no modo de vida rural advindas com o estreitamento das distâncias entre o campo e a cidade. Embora a pesquisa não tenha tratado a mobilidade socioespacial como uma variável causal em relação às mudanças dos modos de vida das famílias que vivem no campo, esse movimento foi visto como um indicador das dimensões em que o modo de vida rural se modificou. Em termos metodológicos utilizou-se procedimentos de coleta e análise de dados quantitativos e qualitativos, com a aplicação de um Survey com perguntas abertas e fechadas. Para a realização do estudo escolheu-se um pequeno município, Araponga, pertencente à microrregião de Viçosa, Minas Gerais, cuja economia é baseada no café. A escolha se deveu ao fato do município ter uma população inferior a 20.000 habitantes e ter uma economia agrícola, tal como acontece com mais de 80% dos municípios brasileiros. A amostra da pesquisa foi representativa da população, tendo sido constituída por 94 indivíduos. Os dados foram sistematizados e analisados no software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) e no software Alceste (Análise Lexical Contextual de um Conjunto de Segmento de Texto) de análise quantitativa de dados textuais. Os resultados da pesquisa mostraram que os deslocamentos entre o campo e a cidade foram utilizados de forma efetiva pelos habitantes do campo para introduzir mudanças no seu modo de morar. As idas à cidade estiveram relacionadas, prioritariamente, à esfera do consumo, tanto de alimentos, como de eletrodomésticos e móveis para a casa. As tecnologias da informação e comunicação, como o celular, também mostraram a sua interface com os deslocamentos realizados pelos rurais entre o campo e a cidade, sendo utilizada para resolver assuntos relativos à saúde, negócios ou mesmo da esfera afetiva, como entre os jovens. Contudo, os deslocamentos entre o campo e a cidade não mostraram estar relacionados nem ao trabalho, nem ao estudo. Esferas em que o modo de vida rural se mostrou mais inalterado. Neste sentido, o trabalho agrícola realizado na própria propriedade mostrou-se como o principal fator de manutenção do modo de vida rural. A renda xviiida economia cafeeira combinada a programas do governo, como o bolsa família, o PRONAF, além da própria aposentadoria rural, mostrou-se capaz de manter grande parte dos membros da família na própria comunidade ou no próprio município. A mobilidade mostrou, ainda, forte viés de gênero, mas não de geração. Os homens foram os habitantes do campo que mais se deslocam buscando o centro urbano do município e outros pequenos municípios vizinhos, principalmente por estes possuírem os meios de transporte e renda numericamente superior do que as mulheres. Já as mulheres apresentaram o deslocamento circunscrito ao distrito do município. Assim, a pesquisa mostrou que a mobilidade espacial não se constitui como um fenômeno exclusivamente urbano, estando muito presente nos pequenos municípios brasileiros. No que diz respeito aos moradores do campo, esta mobilidade campo-cidade vem sendo utilizada para modificar, sobretudo, seus modos de morar e os seus hábitos de vida. / This work aimed to investigate the socio-spatial mobility phenomenon of people living in the countryside, emphasizing the socioeconomic perspective arising from exchange of displacements between the countryside and the city. Specifically, it sought to analyze the changes in the rural way of life stemming from the narrowing of the distances between the countryside and the city. Although the research not dealt with the socio-spatial mobility as a causal variable in relation to changing lifestyles of families living in the countryside, this move was seen as an indicator of the dimensions in which the rural way of life has changed. In terms of methodology was used procedures for collecting and analyzing quantitative and qualitative data, applying a Survey with open and closed questions. For the study was chosen a small municipality, Araponga belonging to microregion of Viçosa, Minas Gerais, whose economy is based on coffee. The choice was because the city having a population less than 20,000 and having an agricultural economy, as with more than 80% of Brazilian municipalities. The research sample was representative of the population, and was made up of 94 individuals. The data were organized and analyzed using the statistical software SPSS (Statistical Package for Social Sciences) and Alceste software (Lexical Analysis Contextual of a Text Segment Set) for quantitative analysis of textual data. The survey results showed that the displacements between the countryside and the city have been used effectively by the inhabitants of the field to make changes in their way of living. Trips to the city were related as a priority to the sphere of consumptionas much foods such as appliances and furniture for the home. Information and communication technologies like mobile phone, also showed their interface with the movements made by rural between the countryside and the city, being used to resolve issues relating to health, business or even the affective sphere as well as between young people. However, dislocations between the countryside and the city have shown to be unrelated to work nor to study. Spheres where the rural way of life proved more unchanged. In this sense, agricultural work performed on the property itself proved to be the main factor maintaining the rural way of life. The income of the coffee economy combined with government programs, such as Bolsa Familia, PRONAF, apart from the specific rural retirement, proved to be able to xxkeep most of the family members within the community or in the city itself. Mobility also showed strong gender bias, but not generation. The men were the inhabitants of the most moving field seeking the urban center of the municipality and other small neighboring towns, mainly because these possess the means of transport and numerically higher income than women. The women showed the displacement limited to the municipal district. Thus, the research has shown that the spatial mobility does not constitute as an exclusively urban phenomenon and is very present in small municipalities. With regard to residents of the countryside, this rural-urban mobility has been used to modify, above all, their ways of living and their living habits.
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Da invisibilidade ao reconhecimento: uma análise do papel da mulher rural a partir da perspectiva da multifuncionalidade agrícolaHerrera, Karolyna Marin January 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2015-05-19T04:08:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / Esta dissertação pretende problematizar a situação de invisibilidade e falta de reconhecimento da mulher no meio rural, através da reflexão das possibilidades de superação de sua condição aos olhos da sociedade e da própria família rural. Para tanto, foi proposta a adoção de uma nova perspectiva analítica dentro do âmbito da sociologia rural que pudesse priorizar os aspectos multifuncionais da agricultura, com o objetivo de ir além das abordagens de orientação meramente produtivista, oriundas da visão econômica dominante. Os efeitos diretamente percebidos da invisibilidade das mulheres estão relacionados com a caracterização das agricultoras como "ajudantes" na produção agrícola. Assim, também, pela absoluta falta de reconhecimento das tarefas realizadas no âmbito privado, relacionadas aos trabalhos doméstico e de care e de suas atuações na produção para autoconsumo - que englobam os trabalhos com as casas, hortas, pomares e quintais - que apesar de serem essenciais para a manutenção da vida, para a reprodução biológica e social e para o bem-estar, são consideradas atividades inerentes do "ser mulher" e, por este motivo, não são passíveis de reconhecimento. Em relação aos procedimentos metodológicos utilizados no campo empírico realizei entrevistas semi-estruturadas com 18 agricultoras integrantes do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), residentes no município de Quilombo na região oeste de Santa Catarina. Por meio dos resultados obtidos em campo, pude verificar que as agricultoras têm papel fundamental no que concerne à manutenção e reprodução social da agricultura familiar, uma vez que as suas atividades cotidianas estão relacionadas integralmente às suas famílias e a seus estabelecimentos agrícolas. Nesta perspectiva, a lente da multifuncionalidade funciona como uma poderosa ferramenta que possibilita visibilizar o papel da mulher no campo, principalmente porque contribui para evidenciar as atividades agrícolas de cunho não produtivo. Neste movimento, encontramos novas possibilidades de reinterpretação e ação para as mulheres no meio rural.<br> / Abstract : This dissertation aims to discuss the situation of invisibility and lack of recognition of women in the rural environment, through the reflection of the possibilities of overcoming their condition to the eyes of society and to the rural family itself. Therefore, it was proposed the adoption of a new analytical perspective within the context of rural sociology that could prioritize the multifunctional aspects of the agriculture, in order to go beyond the merely production-oriented approaches, arising from the dominant economic vision. The effects directly perceived of the women invisibility are related to the characterization of them as "helpers" in the production of the agriculture. As well as the absolute lack of recognition of the tasks performed in the private sphere, related to the domestic and care works and their performances in the production for self-consumption, which includes work at the house, in the vegetable gardens, orchards and the garden itself, that although their essentiality for the maintenance of life, to the biological and social reproduction and the well-being, this activities are considered inherent of "being a woman" and ,as so, they are not eligible of recognition. Regarding the methodological procedures used in the empirical field I had made semi-structured interviews with 18 women farmers members of the Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), residents in the municipality of Quilombo in the western of Santa Catarina state. By the results obtained in the empiric field, I could perceive that women farmers play a fundamental role regarding the maintenance and social reproduction of family farming, since their daily activities are integrally related to their families and to their farms. In this perspective, the analytical lens of the multifuncionality of the agriculture acts as a powerful tool that enable to visualize the role of women in the rural environment, mainly because it helps to highlight the non-productive nature of the agricultural activities. In this movement, we find new opportunities for reinterpretation and action for women in the rural environment.
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Preservar com ou sem presença humana? : a problemática ambiental no contexto de áreas protegidasAudibert, Eduardo Antonio January 2004 (has links)
Os dilemas atuais da preservação através de áreas protegidas se dividem em dois espaços físicos e de relacionamento distintos. No espaço interno protegido da unidade de conservação a presença humana representa um fator de degradação quando não controlada adequadamente. No espaço externo do entorno imediato da unidade, a preservação não conta com o mesmo status de proteção, geralmente não ocorrendo adequadamente e em alguns casos representando uma ameaça ao espaço interno preservado. Estes dilemas devem ser analisados na perspectiva das diferentes formas que os atores sociais se referenciam para orientar sua ação frente a eles, ou seja, na forma como elaboram suas representações sociais (esquemas simbólicos de compreensão e operação social da realidade) do que é “preservação”, “natureza” e a “relação entre sociedade humana e natureza”. Verifica-se que há uma recíproca “externalização” da preservação de parte dos atores sociais envolvidos com as áreas protegidas. De um lado, os atores peritos (responsáveis pela proposição e gestão de áreas protegidas), por não admitirem a presença humana como parte da natureza, entendem que é impossível haver preservação fora de áreas protegidas, restringindo ou mesmo inviabilizando qualquer espaço de negociação e de relacionamento com o entorno imediato. De outro lado, os atores locais, residentes no entorno imediato destas áreas, constroem sua representação de preservação como possível apenas dentro de áreas protegidas, descomprometendo-se com ações preservacionistas em espaços ocupados pela espécie humana. O resultado disso é o estabelecimento de grandes obstáculos para o desenvolvimento de ações de manejo que incorporem a cooperação e a iniciativa dos atores locais, condenando as áreas protegidas a um grande isolamento e fragmentação, tanto em termos físicos quanto em termos de relacionamento, com conseqüências políticas e institucionais muito relevantes. / Present dilemmas concerning preservation in protected areas are split up in two different spaces, distinguished in both physical and relational aspects. In the inner protected area, human presence represents a factor of depletion when it is not properly taken under control. In the outer nearby space, nature does not count on the same status in terms of protection. Generally, this situation represents a threaten to the inner protected area. These dilemmas should be analyzed by the perspective of the different forms in which the social actors make reference to orient their actions. That is, on the way they create their own social representations of what they understand about “preservation”, “nature” and “relationship between human society and nature”. It is verified that there is an “externalization”, concerning preservation, from the social actors directly involved with protected areas. In one side, there are the connoisseurs (held responsible for the proposal and management of protected areas) who, do not admitting human presence as part of the nature, understand that it is impossible to exist preservation out of protected areas. This attitude restricts and enables any negotiation and relationship with the nearby population. On the other side, the local actors, protected areas' neighbors, strongly think that preservation is only possible inside conservation areas. Through this behavior, people do not engage themselves in preservationist actions in sites landed by humans. As a result of all these, there is the establishment of great obstacles to cooperative actions development. It condemns protected areas to isolation and fragmentation, in physical and relational terms as well, leading to relevant political and institutional consequences.
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Território e ruralidade : a demistificação do fim do ruralBlume, Roni January 2004 (has links)
Este trabalho analisa a incorporação do território como conceito e como abordagem normativa no estudo do rural e das temáticas ligadas a ruralidade. Para isto, se aprecia de que modo estas posições analíticas e normativas afetam o conteúdo conceitual do que se define como rural, e como estas influenciam na concepção da ruralidade. Para o debate analítico, buscou-se a posição das principais correntes da sociologia norte-americana. A partir desta revisão, verificou-se como a discussão está ocorrendo nas vertentes brasileiras. No Brasil, alguns autores têm enfatizado a pertinência do uso do enfoque territorial como uma nova abordagem para analisar e estudar os problemas do rural e da ruralidade. Contudo, antes de se partir para uma nova referência teórica e metodológica, é preciso verificar como o rural é definido em termos normativos. A definição do que é o rural no País é oriunda do decreto n° 311 de 1938, ainda em vigor, onde se considera como rural tudo que não é abrangido pelos perímetros urbanos. Ao apreciar as deficiências desta definição normativa, buscou-se uma alternativa de leitura para o rural pela abordagem territorial apoiada nos estudos da OCDE e de Veiga. As metodologias de classificação territorial, destes estudos, aplicadas no Rio Grande do Sul, permitem uma nova espacialização do rural e do urbano. Ao captar elementos e sugestões de ambas as abordagens, elaborou-se uma combinação, que originou uma nova espacialização, denominada de Territorial Escalar Hierarquizada. Os dados extraídos das espacializações questionam a taxa de urbanização do Estado e indicam uma dimensão territorial diferente para o rural gaúcho. Não obstante destas inovações metodológicas inéditas, percebe-se que o exercício metodológico não conduziu a uma definição teórica e conceitual do território, na perspectiva de engendrar o que poderia ser definido como uma abordagem territorial do rural. Decorrente desta insuficiência conceitual, buscou-se apresentar uma contribuição ao debate conceitual sugerindo o enfoque dialético do território geográfico, entendido a partir dos conceitos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização. Como resultado, o estudo sugere que o enfoque dialético do território pode vir a ser uma alternativa analítica para atenuar os limites das perspectivas empírico-normativas.
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Desenvolvimento rural e o campo tecnocientífico : a construção de um discursoPremebida, Adriano January 2004 (has links)
Esta pesquisa trata de uma tentativa de relação entre duas amplas e difíceis noções — desenvolvimento rural e biopolítica — a partir de algumas entrevistas realizadas com agentes do aqui denominado campo tecnocientífico vinculado às ciências agrárias no sul do Brasil: extensionistas, pesquisadores(as) e professores(as). Essas noções, desenvolvimento rural e biopolítica, articulam-se mais por inclusão que exclusão de um variado conjunto de conceitos e propostas de sociedade. Para apoiar esta relação tenta-se utilizar o referencial teórico da análise de discurso através de seu método mais simples: a constância de repetição de termos-chave pelos agentes em suas exposições sobre o debate atual do desenvolvimento rural. Este referencial ajuda a suspender a concepção de um indivíduo coerente e consciente de seu discurso, bem como a perceber a persistência ou modificação de certas crenças e mitos na formação de ideais societários para o rural no Brasil Por outro lado, o estudo a respeito do desenvolvimento rural não poderia dar-se apenas no nível discursivo. Sua formulação está composta também por esquemas de percepção, de apreciação e ação realizadas sob condições estruturais do campo tecnocientífico. A articulação, então, de dois conceitos bourdianos (habitus e campo) foi imprescindível para a proposta desta pesquisa, embora não chegando a fundo em suas possibilidades analíticas. Não obstante o discurso acerca da noção de desenvolvimento rural aparecer polêmico, ou seja, aberto a múltiplas interpretações, nele há uma regularidade — ou a manutenção de um repertório temático — indicativa da possibilidade dele ser abordado sob a análise da idéia foucaultiana de biopolítica. Assim, desenvolvimento rural, ou desenvolvimento de forma geral, poderia ser entendido e analisado sob a ótica de um conjunto de medidas e exercícios de governo que se dá sobre a produção da vida, para através desta, conseguir seus efeitos de poder A proposta desta pesquisa, em sua opção teórica, foi perceber a regularidade de noções sobre desenvolvimento rural nas locuções dos agentes, verificando, nas análises de entrevistas — muito mais que divergências e diferenças de opiniões e ideais — o discurso que se mantêm, um conjunto de idéias que, embora produzidas sobre diferentes formulações, faz parte de um “dizível” historicamente sedimentado na memória social. Mas a estabilização dos sentidos de desenvolvimento rural presos, diga-se assim, a alguns termos-chave acaba mostrando, também, o seu contrário, um conflito nos processos de significação, uma constante ruptura com as definições passadas de desenvolvimento, trocas e negações de filiações conceituais e ideológicas, em um movimento criativo de resignificações (transformação) de sujeitos e realidade social.
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Camponeses e canavieiros: razões e significados da migração do Semiárido para a Zona da Mata Alagoana.ALBUQUERQUE, Cícero Ferreira de 29 November 2017 (has links)
Submitted by Johnny Rodrigues (johnnyrodrigues@ufcg.edu.br) on 2017-11-29T17:54:12Z
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Previous issue date: 2016-11 / O fenômeno em tela é o da migração temporária do campesinato para o trabalho como
canavieiro. Ele já dura décadas e atravessa várias gerações de camponeses que migram do Semiárido para outras regiões do Estado e do país como forma de sobrevivência, permanência e/ou ampliação da sua condição camponesa. A vida em pequenas e médias propriedades exige a migração. Ela é uma estratégia de pecúlio das famílias camponesas e serve ao seu projeto de reprodução. Mesmo enfrentando durante o período migrado condições adversas de existência e relações de trabalho de assalariamento, sua condição camponesa não é negada, o camponês não é reduzido à condição de proletário. Fatores macroeconômicos e conjunturais como as secas e estiagens importam para que a migração aconteça, mas também não podem ser negligenciados
os fatores culturais como a tradição de migrar constituída no seio das famílias camponesas. A migração impacta as rotinas dos camponeses e de suas famílias.
No corte da cana o corpo do migrante é submetido a uma rigorosa disciplina, ele é vigiado, é exigido de forma cruel. O corte da cana requer costume com o trabalho bruto, pede corpos talhados para grandes jornadas laborais. As duras jornadas de trabalho nos canaviais maltratam trabalhador, provocam dores, exaustão e adoecimentos e até a morte. / The phenomenon on canvas is that of the temporary migration of the peasantry to work as
sugarcane. It has lasted for decades and crosses several generations of peasants who migrate from the semi-arid to other regions of the state and the country as a way of survival, permanence and / or expansion of their peasant condition. Life in small and medium properties requires migration. It is a peculary strategy of peasant families and serves their breeding project. Even when faced with adverse conditions of existence and wage labor relations during the period, their peasant condition is not denied, the peasantry is not reduced to the status of a proletarian. Macroeconomic and cyclical factors such as droughts and droughts make migration a reality, but cultural factors such as the tradition of migration within peasant families can not be neglected. Migration impacts the routines of peasants and their families. In the cutting of the cane the body of the migrant is subjected to a rigorous discipline, he is guarded, it is demanded of cruel form. The cutting of the cane requires custom with the rough work, it asks for carved bodies for great working days. The hard days of work in the cane plantations mistreat workers, cause pain, exhaustion and illness, and even death.
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Os pequenos municípios no ParanáCintra, Anael Pinheiro de Ulhôa 31 July 2013 (has links)
Resumo: A presente tese analisa as mudanças e permanências populacionais dos pequenos municípios do Paraná, com tamanho populacional até 20 mil habitantes, numa perspectiva mesorregional que considera a estrutura populacional, as migrações, as atividades agrícolas e não agrícolas a partir dos microdados dos Censos Demográficos de 2000 e 2010, e do Censo Agropecuário 2006 a respeito da agricultura familiar. A partir dos clássicos e contemporâneos da Sociologia Rural, entendemos os pequenos municípios paranaenses, que ocupam uma área considerável do estado e estão em forte processo de envelhecimento populacional, como o lugar privilegiado da presença e permanência dos agricultores familiares que contribuem para a manutenção de um singular espaço de vida. Esse é resultante da especificidade da ocupação preponderantemente agrícola expressa nos diversos estabelecimentos agropecuários que são ao mesmo tempo o lugar de trabalho e de moradia (WANDERLEY, 2009a) de uma parte expressiva desses agricultores, cujas influências vão além do campo, atingindo as vilas e pequenas cidades, conformando muitos destes municípios como municípios rurais. A análise dos indicadores dos movimentos da população e da estrutura ocupacional permite concluir que o rural paranaense apresenta particularidades distintivas entre as mesorregiões geográficas do estado (com municípios mais e menos rurais) e que, a despeito de o rural não se resumir apenas às ocupações agrícolas, em muitas localidades essa é a principal ocupação das populações rurais, especialmente dos agricultores familiares no Paraná.
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O telejornal que "Fala pra gente, mas não fala da gente"Carniel, Fagner 13 September 2012 (has links)
Resumo: Entendendo que o discurso hegemônico do telejornalismo rural, especificamente na figura do Globo Rural, atua na promoção da modernização agrícola, procuro refletir neste trabalho sobre o papel da televisão nos processos de (re)construção do meio rural em Dois Vizinhos (PR). A hipótese é de que a "presença" da televisão neste contexto acirra a revisão e ressignificação das atividades e condições de vida no contato com experiências e estilos de vida rurais altamente inseridos no mercado e no consumo, veiculados pelo telejornalismo rural. São dinâmicas sociais que configuram a própria agricultura familiar a partir de processos identitários híbridos, forjados no encontro da vida local com a sociedade envolvente. Ativada para designar uma identidade aberta às tensões estabelecidas entre o que se vê na televisão e o que se vive nas comunidades, a agricultura familiar marca a própria diversidade do rural na região, tanto na (re)produção como na representação da vida familiar, abrigando uma polissemia de perspectivas e estratégias identitárias que disputam espaço e ligitimidade nos contextos locais de Dois Vizinhos.
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