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Socialismo, cooperativismo e economia solidária no pensamento de Paul Singer

Pandeló, Fernando Rodrigues 12 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-25T20:23:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernando Rodrigues Pandelo.pdf: 848764 bytes, checksum: 2aacd96229f78d90130598b5e88341bf (MD5) Previous issue date: 2010-05-12 / The objective of this material is to present, discuss and analyze the theoretical work of Paul Israel Singer regarding the solidarity economy . The author attributes a significant role to the cooperatives, while rejecting the revolutionary political struggle of the proletariat by the conquest of state power as a strategy for the implementation of socialism. We demonstrate through this study that the fundamental thesis about the transition of the socialist, remained in his theoretical work on the "solidarity economy", specifically: 1) the rejection of the proletariat‟s revolutionary political struggle; 2) and the conditioning of the political struggle (for the democratization) in relation to the economic struggle for self-production. In the theoretical works about the solidarity economy , in opposition to the revolutionary socialist theory, the author reinforces the utopian socialist concept and transforms the struggle for self-production within capitalism into a socialist struggle / Este trabalho tem por objetivo apresentar, discutir e analisar a produção teórica de Paul Israel Singer sobre a economia solidária . O autor atribui papel preponderante ao cooperativismo, ao mesmo tempo em que rejeita a luta política revolucionária do proletariado pela conquista do poder de Estado como estratégia para a implantação do socialismo. Procuramos demonstrar ao longo deste estudo que as teses fundamentais acerca da transição socialista mantiveram-se em sua produção teórica relativa à economia solidária , em especial: 1) a rejeição da luta política revolucionária do proletariado; 2) o condicionamento da luta política pela democratização do Estado à luta econômica pela autogestão produtiva dos meios de produção. Nas obras sobre a economia solidária, em oposição à teoria socialista revolucionária, o autor tenta revigorar a concepção socialista utópica e converte em luta socialista, a luta pela autogestão produtiva no interior do capitalismo
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Socialismo, cooperativismo e economia solidária no pensamento de Paul Singer

Pandeló, Fernando Rodrigues 12 May 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:58:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Fernando Rodrigues Pandelo.pdf: 848764 bytes, checksum: 2aacd96229f78d90130598b5e88341bf (MD5) Previous issue date: 2010-05-12 / The objective of this material is to present, discuss and analyze the theoretical work of Paul Israel Singer regarding the solidarity economy . The author attributes a significant role to the cooperatives, while rejecting the revolutionary political struggle of the proletariat by the conquest of state power as a strategy for the implementation of socialism. We demonstrate through this study that the fundamental thesis about the transition of the socialist, remained in his theoretical work on the "solidarity economy", specifically: 1) the rejection of the proletariat‟s revolutionary political struggle; 2) and the conditioning of the political struggle (for the democratization) in relation to the economic struggle for self-production. In the theoretical works about the solidarity economy , in opposition to the revolutionary socialist theory, the author reinforces the utopian socialist concept and transforms the struggle for self-production within capitalism into a socialist struggle / Este trabalho tem por objetivo apresentar, discutir e analisar a produção teórica de Paul Israel Singer sobre a economia solidária . O autor atribui papel preponderante ao cooperativismo, ao mesmo tempo em que rejeita a luta política revolucionária do proletariado pela conquista do poder de Estado como estratégia para a implantação do socialismo. Procuramos demonstrar ao longo deste estudo que as teses fundamentais acerca da transição socialista mantiveram-se em sua produção teórica relativa à economia solidária , em especial: 1) a rejeição da luta política revolucionária do proletariado; 2) o condicionamento da luta política pela democratização do Estado à luta econômica pela autogestão produtiva dos meios de produção. Nas obras sobre a economia solidária, em oposição à teoria socialista revolucionária, o autor tenta revigorar a concepção socialista utópica e converte em luta socialista, a luta pela autogestão produtiva no interior do capitalismo
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O Movimento de economia solidária no Brasil e os dilemas da organização popular / The brazilian's solidarity economy movement and dilemmas popular organization's

Aline Mendonça dos Santos 05 April 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A partir dos anos 1990, tornou-se cada vez mais notória a formação de iniciativas de economia solidária que surgem com a perspectiva primeira de superar as condições de pobreza. Os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) configuram formas coletivas de organização do trabalho em que a relação entre capital e trabalho não está posta da forma tradicional e em que a dinâmica de gestão apresenta importante significado político e cultural, dando condições para superar a privação de capacidade políticas e materiais. O desenvolvimento da economia solidária no Brasil foi convergindo para a consolidação do Movimento da Economia Solidária, que possui, como principal expressão, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária. A pesquisa que orienta esta tese estuda as dinâmicas que caracterizam a formação e consolidação do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e visa, a partir deste sujeito de pesquisa, à percepção de como os atores políticos deste movimento estão configurando a organização popular em prol da transformação social. Para a realização da pesquisa, desenvolveu-se um estudo que envolveu, entre outros, trabalho de campo através de um corpus de pesquisa voltado ao acompanhamento de três plenárias estaduais (RJ, PB e RS) que compuseram o processo preparatório da IV Plenária Nacional de Economia Solidária. Além disso, realizou-se uma caracterização geral da situação da economia solidária nos três estados estudados no campo, tendo como fonte o Sistema de Informação de Economia Solidária da Secretaria Nacional de Economia Solidária. Este trabalho parte da compreensão de que a questão social é a categoria que melhor explica a totalidade do contexto em que se formam EES e, consequentemente, o movimento da economia solidária no Brasil. Assim, a reflexão teórica da presente tese é pautada na perspectiva de discutir a organização popular no movimento de economia solidária como contraponto significativo na questão social. / The formation of Solidarity Economy initiatives that appear with the main perspective of surpassing the poverty conditions has become more notable as of 1990. Solidarity Economic Enterprises are a means of common work organization in which the relation between capital and work is not the traditional one, in which the management dynamics presents an important political and cultural meaning, giving conditions to political and material capacity privations be surpassed. The development of Solidarity Economy in Brazil was conducted to the consolidation of the Solidarity Economy Movement, which has as principal expression the Solidarity Economy Brazilian Forum. The research that orients this thesis analyses the dynamics which delineates the formation and consolidation of the Solidarity Economy Brazilian Forum. It also aims, through the research mentioned, at the perception of how the politic participants of this movement are configuring the popular organization in favor of social transformation. To this research realization, it was developed an exploratory study which involved, among other things, field work through research data directed to the observation of three state plenary sessions (RJ, PB and RS) which compose the preparatory process of the IV Solidarity Economy National Plenary. Moreover, it was created a general delineation of the solidarity economy situation in the three states analyzed in field work. The source for this delineation was the Solidarity Economy Information System of the National Secretariat of Solidarity Economy. This work arises from the comprehension that the social question is the category that explains the totality of the context in which the Solidarity Economic Enterprises and, consequently, the Solidarity Economy Movement in Brazil are formed. In this manner, theoretical reflections about this thesis is guided through the perspective of discussing the popular organization in the solidarity economy movement as a significative point of view on social issue.
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Cooperativismo em Goiás: como equalizar competitividade e solidariedade? / Cooperativism in Goias: how to match compettiveness and accountabilit?

Santos, Mauro Pereira dos 08 May 2015 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2016-08-05T19:01:49Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Mauro Pereira dos Santos - 2015.pdf: 2106089 bytes, checksum: d9f42f224906f0c4a85d91ae7d8c6990 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-08-09T11:16:04Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Mauro Pereira dos Santos - 2015.pdf: 2106089 bytes, checksum: d9f42f224906f0c4a85d91ae7d8c6990 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-09T11:16:04Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Mauro Pereira dos Santos - 2015.pdf: 2106089 bytes, checksum: d9f42f224906f0c4a85d91ae7d8c6990 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2015-05-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Cooperatives have become a key tool for socio-economic development of countless people around the world, both in cities and rural areas. In Brazil, much of the agricultural production is sold through cooperatives for local as well as foreign markets. This study aims to understand how cooperatives of family farmers manage to play a dual role of benefiting its membership as well as becoming competitive in the market. Specifically, it seeks to assess the cooperatives’ competitiveness by evaluating the management approaches adopted, the markets accessed and the financial viability. It also aims to assess how family farmers are benefiting from their membership in the cooperatives by evaluating the market accessed, the actual income generated and the strengthening of social relations. Five cooperatives based in the State of Goiás, Brazil, were selected as case studies because their members are mostly family farmers. Interviews were carried out with associated family farmers in order to understand how members benefit from their cooperatives. As a result, the study revealed that cooperatives can foster rural development. The studied cooperatives have different degrees of market integration and management efficiency, but respond in a similar manner to farmers’ demands for markets and social integration. Overall, the survey indicated that cooperatives are an important tool for rural development, although some still lacks improved access to markets as well as management skills. / O cooperativismo tornou-se uma ferramenta necessária para o desenvolvimento no campo econômico e social de inúmeras pessoas pelo mundo, nas cidades e também no meio rural. No Brasil, além do segmento crédito, grande parte da produção agrícola para exportação e do consumo interno passam pelo segmento cooperativo. O presente trabalho buscou compreender como se dá o desenvolvimento do cooperativismo em empreendimentos de agricultura familiar frente ao contexto da competividade e solidariedade numa empresa de dupla função, que busca competir no mercado e contribuir com o desenvolvimento de seus associados. Especificamente, buscamos conhecer a competitividade dos empreendimentos cooperativos, considerando sua gestão, acesso a mercados e viabilidade financeira; e avaliar como os cooperados estão se beneficiando dos empreendimentos no acesso aos mercados, na geração de renda e no fortalecimento das relações sociais. Foram selecionadas cinco cooperativas instaladas no estado de Goiás, pelo fato do seu quadro social ser composto, na sua maioria, por agricultores familiares. Também foram entrevistados os cooperados, buscando entender como essas cooperativas de fato estão beneficiando seu quadro social. Como resultados, o trabalho revelou que as cooperativas representam uma alternativa de desenvolvimento rural; as cooperativas analisadas tiveram diferentes graus de inserção comercial e de eficiência na gestão, mas responderam de forma similar às necessidades dos agricultores cooperados como alternativa de mercado e espaço de fortalecimento das relações sociais. De forma geral, a pesquisa apontou que o cooperativismo é um instrumento importante para o desenvolvimento rural, mas ainda carece de melhorias no acesso aos mercados e também na gestão dessas cooperativas.
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Economia solid?ria: de movimento social ? objeto de pol?ticas p?blicas limites e possibilidades na rela??o com o Estado / Solidarity Economy: from social movement to object of public policy limits and possibilities in relation to the State

Mello, Ruth Esp?nola Soriano de 22 September 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:12:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006-Ruth Espinola Soriano de Melo.pdf: 1524915 bytes, checksum: 7b04d8e89f781dd29434ce8d6eb28184 (MD5) Previous issue date: 2006-09-22 / This dissertation has as its fundamental point the evidencing of elements arising from the correlation between the Brazilian social movement of solidarity economy and the State secretariat, whose creation was made viable from the legitimization of social rights in relation to the public power. The National Secretariat for Solidarity Economy SENAES, bound to the Ministry of Work, was constituted with the main objective of implementing social policies under such specific designation, being configured as an absolutely relevant actor to which considerations of this case study are driven. Another equally important actor is the Brazilian Forum for Solidarity Economy FBES perceived by the Secretariat itself as its main interlocutor. In this sense, from a strictly theoretical point of view, financial issues are approached with supremacy to social questions. Such scenario is explained as being an effect of the hierarchical social division experienced by capital metabolism which operates in favor of the subordination of work in relation to capital; that is, according to M?zs?ros (1995), the mediation of second hand orders in relation to first hand ones. It is given that solidarity economy s values and practices which conform the triad cooperation, solidarity and selfmanagement break with such logic; re-inventing the hierarchy of those mediations. Another theoretical aspect is its binding process directed at a certain part of those socially disaffiliated (CASTEL, 1998). In this context, a solidarity economy survey was initially elaborated based on some categories of analysis, including its conceptual-terminological discussion. Following is an approach of the initiatives that conform the Brazilian universe of solidarity economy in tandem to consultation, research and fomentation entities. The role of the State in relation to the implementation of actions for solidarity economy is subsequently dealt with. Analysis is then focused on the nature and dynamic aspects of the Brazilian State in relation to the implementation of social policies, as well as participation and social control mechanisms; themes seen as dear to those social movements. Finally, there is a historical panorama since the moment when apparently occurred the genesis of solidarity economy in Brazil till its most recent scope. With this, programmatic lines of solidarity economy printed on the current Pluri-annual Plan (2204-2007) are presented, and governmental actions implemented beyond the scope of the secretariat are tackled. There are diverse conclusions obtained from focusing on one of the main objectives of this dissertation: to sow considerations about the relations between the FBES and the SENAES, particularly on its contradictions. The performance of that emerging political actor in face of public managers from SENAES, previously identified as militants of the solidarity economy, revealed paradoxal impressions. In the same way as it is perceptible the sensibility of a grass-roots base government, which maintains and reinforces orthodox practices despite sustaining innovative and bold policies in the social sphere. Or the perception that even if social movements possess, by nature, a diffused and decentralized character, there is an apparent loss of autonomy and critical standing point in relation to the Brazilian solidarity economy concerning its institutionalized representation with regards to the State. / Esta disserta??o teve como fundamento a evidencia??o de elementos oriundos da correla??o do movimento social brasileiro da economia solid?ria quando da legitima??o de direitos frente ao poder p?blico o qual propiciou a cria??o de uma secretaria de Estado. Esta, a Secretaria Nacional de Economia Solid?ria SENAES, vinculada ao Minist?rio do Trabalho e Emprego, se constituiu com o objetivo principal de implementar pol?ticas sociais sob tal designa??o, passando a se configurar como um ator absolutamente relevante para o qual s?o direcionadas considera??es neste estudo. O outro ator igualmente importante ? o F?rum Brasileiro de Economia Solid?ria FBES tido pela pr?pria Secretaria como seu principal interlocutor. Neste sentido, do ponto de vista estritamente te?rico, aborda-se a supremacia das quest?es financeiras em rela??o ?s sociais. Tal cen?rio ? explicado como sendo efeito da divis?o social hier?rquica vivenciada pelo metabolismo do capital que opera em favor da subordina??o do trabalho ao capital; isto ?, das media??es de segunda ordem sobre ?s de primeira, de acordo com M?zs?ros (1995). Tem-se que as pr?ticas e valores da economia solid?ria que conformam a tr?ade coopera??o, solidariedade e autogest?o rompe com tal l?gica; re-invertendo a hierarquia daquelas media??es. Outro aspecto te?rico ? o seu processo vinculador dirigida a certa parcela dos desfiliados sociais (CASTEL, 1998). Neste contexto, inicialmente, tratou-se de elaborar um survey da economia solid?ria a partir de algumas categorias de an?lise, inclusive a de sua discuss?o conceitual-terminol?gica. Seguiu-se com a abordagem das iniciativas que conformam o universo brasileiro da economia solid?ria junto com as entidades de assessoria, pesquisa e fomento. O papel do Estado em rela??o ? implementa??o de a??es para a economia solid?ria ? tratado em seguida. Passa-se ent?o ? an?lise de alguns aspectos da natureza e da din?mica do Estado brasileiro frente ? implementa??o de pol?ticas sociais, assim como de mecanismos de participa??o e controle social; temas tidos como caros ?quele movimento social. Finalmente, tem-se um panorama hist?rico desde quando teria se dado a g?neses da economia solid?ria no Brasil ? sua mais recente al?ada. Com isto, s?o apresentadas as linhas program?ticas da economia solid?ria impressas no Plano Plurianual vigente (2004 2007), como tamb?m s?o abordadas as a??es governamentais implementadas para al?m do escopo da Secretaria. S?o diversas as conclus?es obtidas a partir do enfoque em um dos principais objetivos desta disserta??o: tecer considera??es sobre a rela??o do FBES com a SENAES, particularmente de suas contradi??es. A atua??o daquele emergente ator pol?tico frente aos gestores p?blicos da SENAES, antes identificados como militantes da economia solid?ria, revelam impress?es paradoxais. Tal qual se percebe no tocante ? sensibilidade de um governo de base popular que mant?m e refor?a pr?ticas ortodoxas a despeito de sustentar pol?ticas inovadoras e ousadas no campo social. Ou a percep??o de que mesmo que movimentos sociais detenham, por natureza, car?ter difuso e descentralizado, h? aparente perda de autonomia e de posicionamento cr?tico por parte do movimento social de economia solid?ria brasileiro quando de sua representa??o institucionalizada frente ao Estado.
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Educação do campo e rede de movimentos no sudeste do Pará: agroecologia e cooperativismo na relação entre trabalho e educação / Education and movements network of in the southeast of Pará: agroecology and cooperatives in the relationship between work and education

Kelci Anne Pereira 30 November 2015 (has links)
A investigação abordou a formação de jovens e adultos assentados da reforma agrária no sudeste do Pará, considerando três campos de práticas sociais dos movimentos camponeses da região: a educação do campo, que remete ao reconhecimento da diversidade dos povos do campo como sujeitos do direito ao ensino público; a economia solidária, que designa experiências econômicas coletivas, fundadas no trabalho associado e na autogestão entre os sócios; e a agroecologia, que diz respeito ao agroextrativismo baseado em princípios ecológicos, integrando-se cultura e ecossistema na produção (soberana e segura) de alimentos primordialmente. O objetivo da pesquisa foi analisar a intersecção entre esses três campos, verificando como ela se produziu, quem foram seus agentes e quais foram suas influências sobre a relações trabalho-educação, tanto nos sistemas de ensino de responsabilidade do Estado quando nas dinâmicas de educação popular promovidas pelos camponeses. A metodologia qualitativa utilizada privilegiou o diálogo e a reflexão intersubjetiva com os sujeitos das práticas sociais investigadas. Para contextualizar o debate, a pesquisa abordou a questão agrária do sudeste do Pará, historicizando o processo de ocupação e uso da terra pelo setor capitalista e pelo campesinato, o papel do Estado e das políticas públicas, bem como a evolução da organização sociopolítica camponesa. No âmbito sociopolítico, destacaram-se as lutas por reforma agrária da Federação de Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco de Babaçu (MIQCB), decisivas para a criação de numerosos assentamentos na região e para que emergissem entre os camponeses novas lutas por alternativas de trabalho e de educação. Entre as lutas por trabalho, a pesquisa abordou as cooperativas ligadas à Fetagri, ao MST e ao MIQCB e, nelas, as necessidades educativas e práticas de qualificação profissional para a gestão autônoma e a produção ecológica. Entre as lutas educacionais foram realçadas as variadas práticas de educação do campo, voltadas aos jovens e adultos, e suas (des)conexões com o mundo do trabalho associado e agroecológico. Tais iniciativas de educação e de produção se desenvolveram dentro de um contexto em que, de um lado, predominam políticas públicas que privilegiam o agronegócio e a mineração e, de outro, emergem algumas políticas favoráveis à democratização do campo, tais como o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária. Foi possível concluir que os movimentos camponeses e suas organizações sociopolíticas articuladas em rede foram os principais responsáveis por aproximar as experiências de educação do campo, economia solidária e agroecologia, mostrando que há uma imbricação necessária entre elas. As experiências de agroecologia e de economia solidária foram percebidas como matrizes produtoras de conhecimento e de pedagogias. Incorporadas às práticas de educação do campo, ainda que com limitações, tais pedagogias ajudaram a construí-la como uma educação que serve aos interesses de classe dos camponeses. Uma nova perspectiva a respeito do trabalho adentrou os currículos e metodologias da educação do campo, com destaque para a alternância, a práxis e a pesquisa. Assim, a educação do campo mostrou-se capaz de satisfazer parte das necessidades de conhecimento dos camponeses suscitadas pelo mundo do trabalho. No entanto, esse processo é recortado por disputas, conflitos e contradições, reflexo da presença e do poder do modelo de desenvolvimento capitalista hegemônico na região. Modelo este que tende a mercantilizar a natureza em favor de duas commodities (a carne bovina e o minério de ferro), colocando em risco a base material da educação do campo, que é a posse e uso da terra pelos camponeses. / The research addressed the education of settled young people and adults of Agrarian Reform in the southeast of Pará, considering three fields of social practices of the region\'s peasant movements: rural education, which refers to the recognition of the diversity of the rural communities as subjects of the right to public education; the solidarity economy, that means economic collective experiences based on associated work and self-management among partners; and Agroecology, regarding the agroextrativismo based on ecological principles, integrating culture and ecosystem in the production of food (sovereign and secure). The objective of this research was to analyze the intersection between these three fields, noting how it is produced, who its agents were and what were their influences on the labor-education relations, both in the educational systems of State liability and in the dynamics of popular education promoted by the peasants. The qualitative methodology used opted for dialogue and intersubjective reflection with the subjects of the social practices investigated. To contextualize the debate, the research addressed agrarian issues of Southeast of Pará, historicizing the process of occupation and use of land by the capitalist sector and by the peasantry, the role of the State and of public policies, as well as the evolution of sociopolitical peasant organization. In a sociopolitical perspective, highlighted the struggles of agrarian reform for Agriculture Workers Federation (Fetagri), the Landless Workers Movement (MST) and Interstate Movement of the Babassu Coconut Breakers (MIQCB), decisive for the creation of numerous settlements in the area and the emergence of news fights for new struggles for work and education alternatives. Considering the struggle for work, the research addressed cooperatives linked to Fetagri, the MST and the MIQCB and, in them, the educational needs and practices of professional qualification for autonomous management and ecological production. Among the educational struggles were highlighted the varied practices of field education, geared to young people and adults, and their (dis)connections with the associated work and agroecological world. Such educational and productive initiatives were developed within a context in which, in one side, were dominated by public policies that favor agribusiness and mining and, on the other, some policies in favour of democratization of the country, such as the National Education Program in Agrarian Reform. It was possible to conclude that the peasant movements and their sociopolitical organizations articulated in network were the main responsible for connecting the experiences of rural education, solidarity economy and agroecology, showing that there is a necessary overlap between them. The experiences of agroecology and solidarity economy were perceived as arrays of producing knowledge and pedagogies. Incorporated into rural education practices, albeit with limitations, such pedagogies helped to build it as an education that serves the interests of the peasants class. A new perspective about work entered the curricula and methodologies of rural education, especially the alternation, praxis and research. Thus, the rural education proved to be able to meet part of the peasants \' knowledge needs raised by the world of work. However, this process is clipped by disputes, conflicts and contradictions, reflecting the presence and the power of hegemonic capitalist development model in the region. This model tends to commodify the nature in favor of two commodities (beef and iron ore), putting at risk the material basis of rural education, which is the ownership and use of land by the peasants.
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A sustentabilidade no Conjunto Palmeiras Fortaleza CE: como manter ou reter a riqueza no local de sua geração

Costa, Tonny Robert Martins da 13 June 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T14:54:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tonny Robert Martins da Costa.pdf: 7096229 bytes, checksum: 54ecdf320374b9b7d05b27897aa24bba (MD5) Previous issue date: 2013-06-13 / This thesis attempts to demonstrate that it is possible to retain the wealth where it is generated. The question was developed from a case study that took place in Conjunto Palmeiras, a neighborhood on the outskirts of Fortaleza - CE. We start, in this thesis, with the worry to discuss sustainability concepts and, from the theoretical framework, we developed a search in Conjunto Palmeiras. The data were gathered through a literature review and documentary and interviews with key actors and their management practices. With ASMOCONP, Instituto Palmas and Banco Palmas possibilities arise realization of development projects and supportive popular self-sustaining, increasing income and employment, improving the conditions of infrastructure, education with local and sustainable development, making that part of the savings remain in the neighborhood, serving as a basis for reinvestments. With stocks of the community, Banco Palmas and developed projects in the neighborhood, we came to the conclusion that part of the wealth generated there remained in place / Esta tese tenta demonstrar que é possível a retenção da riqueza no local onde é gerada. A questão foi desenvolvida a partir de um estudo de caso que se deu no Conjunto Palmeiras, um bairro da periferia de Fortaleza CE. Partimos, nesta tese, com a preocupação de discutir os conceitos de sustentabilidade e, a partir do quadro teórico referencial, desenvolvemos uma pesquisa no Conjunto Palmeiras. Os dados foram levantados através de pesquisa bibliográfica e documental e entrevistas com os principais atores e as suas práticas de gestão. Com a ASMOCONP, Instituto Palmas e o Banco Palmas surgem possibilidades de realização de projetos de desenvolvimento popular e solidário autossustentáveis, aumentando a renda e o emprego, melhorando as condições de infraestrutura, educação com desenvolvimento local e sustentável, fazendo que parte da poupança permaneça no bairro, servindo de base para reinvestimentos. Com as ações da comunidade, do Banco Palmas e os projetos desenvolvidos no bairro, chegamos à conclusão de que parte da riqueza ali gerada se manteve no local
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"Economia solidária e políticas públicas: reflexões a partir do caso programa Incubadora de Cooperativas, da Prefeitura Municipal de Santo André, SP" / Solidarity economy and public policies: appointments on the case of Cooperatives Incubator, Government of Santo André - SP (Brazil)

Cunha, Gabriela Cavalcanti 21 August 2002 (has links)
A idéia de que a formação de laços de cooperação e a organização em associações podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida de populações pobres tem adquirido força entre teóricos e atores políticos. Parte deles argumenta que o Estado tem historicamente agido contra a possibilidade de organizações autônomas emergirem em comunidades de baixa renda, mas exemplos recentes mostram que atores estatais também podem incentivar e apoiar estas comunidades para que se auto-organizem, o que pode ser decisivo para que elas se desenvolvam em termos sociais e econômicos. A presente dissertação pretende estabelecer o quadro teórico e histórico no qual se insere um exemplo significativo de como o Estado pode, em parceria com setores organizados da sociedade civil, estimular a organização coletiva das parcelas mais pobres e menos organizadas da população, a fim de promover seu desenvolvimento. Este exemplo vem do programa Incubadora de Cooperativas, da Prefeitura Municipal de Santo André, município da região do Grande ABC, São Paulo. Os limites e possibilidades de uma política pública de fomento ao cooperativismo como estratégia de desenvolvimento são considerados com base em duas abordagens principais: de um lado, os debates sobre o papel de governos para o estímulo à participação dos cidadãos e sua organização em associações dentro de um quadro de redefinição das relações Estado-sociedade civil; de outro lado, o contexto de construção do que vem sendo chamado economia solidária, que aqui caracterizamos como uma diversidade de experiências coletivas de organização econômica, onde as pessoas se associam para produzir e reproduzir meios de vida segundo relações de reciprocidade, igualdade e democracia. Com base nos avanços, dificuldades e desafios do caso da Incubadora de Cooperativas de Santo André, procuramos refletir sobre o potencial apoio do Estado em relação às formas de economia solidária. / The idea that building cooperation ties and organising in associations may contribute to improve the quality of life of the poor has been growing among social scientists and political agents. Part of them argue that the state has historically worked against the possibility of autonomous organisation rise among poor communities, but recent cases have proved that state actors may also work in ways of fostering and helping organisation in these communities, what may be decisive to their development both in social and economic terms. This dissertation attempts to build the theoretical and historical frame for an interesting example of how state, along with organised groups of civil society, can foster collective organisation of poor and non-organised people in order to promote development: the Cooperatives Incubator, of the Municipality of Santo André, São Paulo, Brasil. Limits and possibilities of such a public policy as development strategy are considered according to two main approaches: the debates on the role of governments to promote civic participation and organisation, what is related to the redefinition of state-society relations; and, on the other hand, the building of what has been called solidarity economics, featured as a diversity of collective experiences of economic organisation, where people get together to produce and reproduce means of life according to relations of reciprocity, equality and democracy. Based on the progress, difficulties and challenges of the Cooperatives Incubator of Santo André, we try to point out reflections on the potential role of the state to support forms of solidarity economics.
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Lutas na cidade de São Paulo: Mutirão Recanto da Felicidade e Banco Comunitário União Sampaio

Bergamin, Marta de Aguiar 13 December 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:38:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4107.pdf: 3456084 bytes, checksum: b0551b9f73d9266af60aa2ae1ed02650 (MD5) Previous issue date: 2011-12-13 / The present work is aimed at exploiting the relationship between city and work, from the study of two democratic experiences: a self-managed joint effort (mutirão) and a community bank in the city of Sao Paulo. These two experiences show us that the social movements constantly need new ways of carrying out their actions in order to renew participation and strengthen the social organization towards the creation of a political community. Both the community bank, that broadens the range of the discussion on the endogenous circulation of money and on the possibility of higher consumption in the area, and the self-managed joint effort (mutirão), which intensifies the access to rights and to participation, are, however, experiences that struggle with huge difficulties and are perhaps weak as alternatives to the capitalist processes of sociability. In spite of that, they show themselves to be, in the very core of the system, capable of transforming previously precarious realities. / Este trabalho tem como objetivo explorar a relação entre cidade e trabalho a partir da análise de duas experiências democráticas: um mutirão autogestionário e um banco comunitário na cidade de São Paulo. Essas duas experiências nos mostram que os movimentos sociais precisam constantemente de novas formas de atuação para renovar a participação e fortalecer a organização social na direção da formação de uma comunidade política. Tanto o Banco Comunitário, que amplia a discussão em torno da circulação endógena do dinheiro e da possibilidade de maior consumo na localidade, quanto o mutirão autogestionário, que intensifica o acesso aos direitos e à participação, são, no entanto, experiências que enfrentam enormes dificuldades e são talvez frágeis como alternativas aos processos de sociabilidade capitalista. Porém, vão se revelando, no interior mesmo do sistema, transformadoras de realidades antes precárias.
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Autogestão, Economia Solidária e gênero : as trabalhadoras de cooperativas incubadas na cidade de São Carlos

Pires, Aline Suelen 02 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:39:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2876.pdf: 550698 bytes, checksum: ec1c46a83b1ba656f1c98f6306c85004 (MD5) Previous issue date: 2010-03-02 / Universidade Federal de Minas Gerais / Since the end of the nineteenth century, when they started to become popular, cooperatives are generating important debates. From the 70's, with the crisis of the Fordist production and the restructuring of production in the world, with the unemployment s growth and the loss of social rights linked to the formal work, the cooperativism resurfaces now, renovated as a alternative proposal of "other economy" within capitalism and as a possible overcoming. We analyzed the perception of workers in Solidarity Economy s cooperatives. We tried to see how the workers understand the meaning of self-management, how she(he) internalizes the ideas proposed by the Solidarity Economy s movement. At the same time, we decided to analyze gender relations in the cooperatives studied, which are formed mostly of women, and if the involvement with the proposal resulted in changes in daily work and home life. We investigated workers of projects of the Technological Incubator of Popular Cooperatives of the Federal University of São Carlos. The research studied three cooperatives in the city of São Carlos through the techniques of interviews and observation. The results show a gap between the actual practices and the movement s proposals, which indicates the character "under construction" of the Solidarity Economy in Brazil. Gender relations have not changed, remaining the same of the ordinary companies. / Desde o final do século XIX, quando surgiram e começaram a se popularizar, as cooperativas vêm gerando debates importantes. A partir da década de 70, com a crise do modelo fordista de produção e a reestruturação produtiva em todo o mundo, com o aumento do desemprego e a perda de direitos sociais vinculados a relações de assalariamento, o cooperativismo ressurge dinamizado agora como proposta alternativa de uma outra economia dentro do capitalismo e como possível superação. Analisamos aqui a percepção das trabalhadoras(es) em empreendimentos cooperativos considerados dentro da Economia Solidária. Buscou-se verificar como as(os) trabalhadoras(es) cooperadas(os) compreendem o significado da autogestão, em que medida interiorizam o ideário solidário proposto pelo movimento da Economia Solidária. Junto com isso, nos propusemos a analisar as relações de gênero nas cooperativas formadas majoritariamente por mulheres, e se de fato o envolvimento com a proposta implicou em mudanças no cotidiano do trabalho e na vida doméstica. Foram entrevistadas(os) trabalhadoras(es) participantes de projetos da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares da Universidade Federal de São Carlos. A pesquisa estudou três cooperativas da cidade de São Carlos utilizando as técnicas de entrevista e observação. Os resultados apontam para um descompasso entre as práticas efetivas e as propostas do movimento, o que indica o caráter em construção da Economia Solidária no Brasil. As relações de gênero não sofreram alterações, mantendo-se tal e qual em empresas comuns.

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