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Investigação sorológica e molecular de toxoplasma gondii em doadores de sangue

Nakashima, Fabiana 14 December 2015 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2016-06-20T21:04:05Z No. of bitstreams: 1 fabiananakashima_tese.pdf: 1263029 bytes, checksum: ea1d05d8998fac5ccacd5e04039e5c2a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-20T21:04:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 fabiananakashima_tese.pdf: 1263029 bytes, checksum: ea1d05d8998fac5ccacd5e04039e5c2a (MD5) Previous issue date: 2015-12-14 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Introduction: Toxoplasma gondii, which causes toxoplasmosis, is an intracellular protozoan that has several transmission routes, among them the transfusion. Objective: To investigate by serological and molecular methods the T. gondii infection in blood donors to assess the risk of transmission via transfusion. Methods: We selected 750 individuals able to donate blood. These individuals were submitted to an interview about their lifestyle habits and a collection of peripheral blood. The immunosorbent assay (ELISA) was used to investigate the presence of anti-T. gondii IgM and IgG classes, and the Nested PCR and qQPCR, the parasitaemia. Positive samples in the molecular methods were submitted for genotyping by the Multilocus Nested PCR RFLP method. Donors with positive molecular result and no positive serology were recalled to investigate seroconversion by ELISA and Indirect Immunofluorescence (IIF). In addition, recipients of blood components with molecular suspected parasitemia were screened. Of these, aliquots were separated from peripheral blood prior to transfusion and after transfusion (± 20 days), which were also analyzed by serological methods (ELISA and IIF) and molecular (PCR, qPCR Mulitplex nested PCR and RFLP). Results: Three hundred and fifty-seven (47.6%) donors had positive result and 393 (52.4%) showed no positive result for the presence of anti-T. gondii IgG class. Twenty-seven (3,6%) showed positive result for IgM and 723 (96.4%) non-reactive. The variables associated with infection by T. gondii were: advanced age (P < 0.0001), consumption of raw milk (P = 0.001), consumption of raw and underare beef and pork meat (P = 0.003), to reside in the countryside (P = 0.004), frequent presence of mechanical vectors in the residence (cockroach, mouse and fly P = 0.02; mice, P = 0.03), lower education (1st grade incomplete, P <0.0001 and 1st grade complete, P = 0.002) and low family income (P = 0.002). No sample was positive by qPCR, but 40 (11%) were positive by Nested PCR and positive serology. However, these samples did not show amplification when undergoing to genotyping. The four cases screened did not show positive results to molecular analysis and no recalled donor presented seroconversion. Conclusion: We concluded that the studied population of blood donors is exposed to various risk factors associated with infection by T. gondii, and it is likely that the high frequency of anti-T. gondii IgG class found in this study is related to this exposure. The results show that there is no molecular evidence of parasitaemia in the studied donors, thus the risk of transmission of this infection via blood transfusion is low or zero in this region. In addition, the failure of genotyping and the non-occurrence of seroconversion of reanalyzed donors suggest that the positivity found in some samples analyzed by Nested PCR, were related to false-positive results. / Introdução: Toxoplasma gondii, causador da toxoplasmose, é um protozoário intracelular que apresenta várias vias de transmissão, dentre elas a transfusional. Objetivo: Investigar por métodos sorológicos e moleculares, a infecção por T. gondii em doadores de sangue para avaliar o risco de transmissão via transfusional. Casuística e métodos: Foram selecionados 750 indivíduos aptos à doação de sangue. Estes indivíduos foram submetidos a uma entrevista sobre seus hábitos de vida e a uma coleta de sangue periférico. Com o ensaio imunoenzimático (ELISA) foi investigada a presença de anticorpos anti-T. gondii das classes IgM e IgG, e por Nested PCR e qPCR a parasitemia. As amostras positivas nos métodos moleculares foram submetidas à genotipagem pelo método Multilocus Nested PCR RFLP. Os doadores com resultados moleculares positivos e sorologias não reagentes foram reconvocados para investigar a soroconversão por ELISA e imunofluorescência indireta (IFI). Além destes, os receptores dos hemocomponentes com suspeita molecular de parasitemia foram rastreados. Destes, foram separadas alíquotas de sangue periférico, antes da transfusão e após a transfusão (±20 dias), as quais também foram analisadas pelos métodos sorológicos (ELISA e IFI) e moleculares (Nested PCR, qPCR e Mulitplex Nested PCR RFLP). Resultados: Trezentos e cinquenta e sete (47,6%) doadores apresentaram resultado reagente e 393 (52,4%) apresentaram resultado não reagente para a pesquisa de anticorpos anti-T. gondii da classe IgG. Vinte e sete (3,6%) apresentaram resultado reagente para IgM e 723 (96,4%) não reagente. As variáveis associadas a infecção por T. gondii foram: média de idade avançada (P < 0,0001), consumo de leite cru (P = 0,001), consumo de carne crua e mal passada de bovino e suíno (P = 0,003), residir na zona rural (P = 0,004), presença frequente de vetores mecânicos na residência (barata, rato e mosca P = 0,02; ratos, P = 0,03), menor grau de escolaridade (1º grau incompleto, P < 0,0001 e 1º grau completo, P = 0,002) e a baixa renda familiar (P = 0,002). Nenhuma amostra foi positiva pela qPCR, mas 40 (11%) apresentaram resultado positivo pela Nested PCR e sorologia reagente. Entretanto, estas amostras ao serem submetidas a genotipagem, não apresentaram amplificações. Os quatro casos rastreados também não apresentaram resultados positivos nas análises moleculares e nenhum doador reconvocado apresentou soroconversão. Conclusão: Concluímos que a população de doadores de sangue estudada está exposta a vários fatores de riscos associados a infecção por T. gondii e, é provável que a elevada frequência de anticorpos anti-T. gondii da classe IgG encontrada neste trabalho esteja relacionada a esta exposição. Os resultados demonstram que não há evidências moleculares de parasitemia nos doadores estudados, portanto o risco de transmissão desta infecção via transfusional é baixo ou nulo para esta região. Além disto, o insucesso da genotipagem e a não ocorrência de soroconversão dos doadores reanalisados sugerem que a positividade, encontrada em algumas amostras analisadas por Nested PCR, tratavam-se de resultados falso-positivos.
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Alterações cariotípicas dos cromossomos 7 e 8 em Síndromes Mielodisplásicas de novo (SMD-p) e sua correlação com variáveis biológicas de significado prognóstico / Karyotypic alterations of chromosomes 7 and 8 Myelodysplastic Syndromes again (SMD-p) and its correlation with biological variables of prognostic significance

Castro, Cláudia Irene Emilio de 25 July 2002 (has links)
As Síndromes Mielodisplásicas (SMD) são doenças clonais, que se originam em células hemopoéticas totipotentes, com distúrbio na proliferação e perda da maturação celular gerando hipercelularidade na medula óssea (MO) e citopenias no sangue periférico (SP). As SMD ocorrem predominantemente em pacientes mais vellhos e estão associadas com um alto risco de progressão para leucemia mielóide aguda (LMA). A etiologia das SMD é deconhecida na maioria dos casos (de novo), porém 10% das SMD estão associadas ao uso de agentes xenobioticos, como os agentes antineoplásicos e solventes orgânicos (SMD secundária). Os pacientes com SMD apresentam diferente evolução clínica, embora todos sejam incuráveis. Alguns pacientes podem viver por uma década com apenas uma anemia enquanto outros apresentam uma sobrevida curta devido à uma rápida evolução para LMA. Diferentes aspectos biológicos da doença têm sido usados para dividir os pacientes em grupos e auxiliado nas decisões clínicas a serem tomadas em cada caso. A maioria dessas classificações levam em conta os subtipos morfológicos (classificação FAB) e os dados citogenéticos do clone mielodisplásico. Anormalidades cromossômicas são importantes marcadores das SMD. A maioria dos pacientes com esta síndrome apresenta aberrações citogenéticas que podem auxiliar no diagnóstico das SMD. Entretanto, algumas dessas aberrações podem ser correlacionadas com um mau prognóstico, como a monossomia do 7 e a trissomia do 8. Essas aneuploidias têm sido investigadas por estudos citogenéticos convencionais (bandamento G) e moleculares (\"FISH\" - Hybridization in situ Fluorescente). No intuito de se comparar a eficiência de ambas as técnicas e de se definir a freqüência e o significado prognóstico da monossomia do 7 (-7) e trissomia do 8 (+8) em SMD, foram estudados 28 pacientes com SMD-p (17 homens e 11 mulheres) por citogenética convencional (banda G) e molecular (\"FISH\" em intérfase), previamente a tratamento quimioterápico. Para compararmos o estudo cariotípico por bandamento G com o de \"FISH\", 19 pacientes foram estudados e a -7 foi detectada por \"FISH\" em seis pacientes e somente um deles o foi pela citogenética convencional. Os pacientes com -7 apresentaram uma menor sobrevida e um maior risco de transformação leucêmica. Cinco dos seis pacientes com -7 foram previamente classificados (FAB) como subtipos de mau prognóstico. Dois pacientes apresentaram +8, detectada por ambas as técnicas. Não houve diferença na sobrevida destes pacientes. Nossos resultados demonstraram que o \"FISH\" é uma técnica mais eficiente para detectar anomalias cromossômicas numéricas (-7) com importância prognóstica, especialmente em amostras pobres em metáfases, uma vez que \"FISH\" pode ser realizado em núcleos interfásicos. / Myelodisplastic Syndromes (MDS) are clonal disordes of hematopoietic stem cells characterized by ineffective hematopoiesis leading to blood cytopenias. They predominate in elderly patients and are associated with a high risk of progression to acute myelogenous leukemia (AML). The etiology of MOS is unknown in most cases (de novo) but about 10% of MDS are secondary to the use of xenobiotics, such as antineoplastic agents and organic solvents (secondary MDS). Though incurable, MDS patients have different clinical courses. Some patients can live for a decade with anemia being the only complaint whilst others present a very short term survival due to a rapid development of a treatment-refractory AML. Scales taking in account different biological aspects of the disease have been used in order to allocate patients in discrete risk levels. This risk stratification might help clinical decisions in a patient-by-patient basis. Most of these scales take in account the morphological subtype (FAB classification) and the cytogenetic status of the myelodysplastic clone. Chromosome abnormalities are very important markers of MDS. Most patients with this syndrome present cytogenetic aberrations which can be helpful in the diagnosis of SMD. Moreover, some of these aberrations have been correlated to a poorer prognosis, such as monosomy 7 and trissomy 8. These aneuploidies have been investigated by conventional (G-Banding) and molecular cytogenetic studies (In Situ Hybridization - FISH). In order to compare the efficiency of both techniques and to define the frequency and significance of monosomy 7 and trisomy 8 in MDS in a single institution population, chromosome studies of 28 patients were performed in metaphases by G-banding and in interphases by FISH (&#945; satellite probes), before chemotherapy treatment. Chromosome studies by both techniques were obtained for 19 patients; monosomy 7 was detected by FISH in 6 patients; only one of these has been detected by conventional cytogenetics. Clinical follow-up of this monosomy 7 group patients disclosed short survival and increased risk for developing AML. Five out of the six patients with monosomy 7 were previously classified as the FAB subtypes of poor prognostic. 2 patients presented trisomy 8 in this series and were detected by both techniques. No difference in survival could be seen in these patients. Our results demonstrate that FISH is much more efficient to investigate chromosome numerical anomaly (at least monossomy 7) with prognostic relevance. This is specially true mainly when bone marrow samples lack metaphases since the studies can be performed in interphases cells.
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Validade de métodos de diagnóstico da lesão de cárie oclusal incipiente em dentes permanentes. estudo in vitro.

Mota, Luciane de Queiroz 25 September 2002 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:56:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 688560 bytes, checksum: f6b3000fbee82f2f8e60c79809f288ac (MD5) Previous issue date: 2002-09-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The diagnosis of initial occlusal caries is a very difficult procedure which can result in differences among dental professionals evaluation. The purpose of this research work is to investigate the validity of visual inspection, bitewing radiograph and the use of a dye in the diagnosis of initial occlusal carie in 50 permanent posterior teeth and it s reproducibility. The exams were conducted by three professionals and a histological analyses of the sites served as the gold standard to validate the data. The visual inspection presented larger sensitivity value (56,3%) than the bitewing radiograph (4,6%) and the dye technique (29,9%), while the specificity values were 85,4%, 100% e 87,8% respectively. The interexaminer reproducibility was in the range of 62,5% to 92,9%, while the intraexaminer reproducibility standed between 63,9% to 95,4%. The visual inspection can be considered as an important method of diagnosis of initial occlusal caries, however, it depends on the knowledge about caries evolution, as well as on the caries diagnostic criteria well defined, which also influences the reprodutibility values. / O diagnóstico da cárie oclusal incipiente é muito complexo e resulta, muitas vezes, em divergências entre os profissionais. Este estudo tem o objetivo de averiguar a validade da inspeção visual, da radiografia interproximal convencional e da utilização de um corante no diagnóstico da cárie oclusal incipiente, em 50 dentes posteriores permanentes extraídos e avaliar a reprodutibilidade desses exames. Os exames foram realizados por três profissionais , sendo que a análise histológica foi utilizada como padrão ouro para a validação dos dados. A inspeção visual apresentou uma sensibilidade maior (56,3%) que o exame radiográfico (4,6%) e a evidenciação com o corante (29,9%), enquanto que a especificidade foi de 85,4%, 100% e 87,8%, respectivamente. A reprodutibilidade inter-examinador variou entre 62,5% a 92,9%, ao passo que a intra-examinador foi entre 63,9% a 95,4%. A inspeção visual detalhada pode ser considerada um método relevante para diagnosticar as lesões oclusais iniciais, porém depende do conhecimento do processo de evolução da cárie, bem com de critérios de diagnóstico bem definidos, o que também influencia no resultado da reprodutibilidade.
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Determinação do grau de ulceração gástrica pelo teste de permeabilidade gástrica à sacarose ou pelo teste de sangue oculto nas fezes comparado a gastroscopia em equinos / Ascertainment in horses of the degree of gastric ulceration through the gastric permeability to sucrose test or through the fecal occult blood test compared to gastroscopy

Abreu, Mayara Caetano January 2018 (has links)
A necessidade de investigação de métodos alternativos a gastroscopia, para o diagnóstico e mensuração da graduação da Síndrome da Úlcera Gástrica em Equinos, tem sido constatada. Diante desta realidade, este estudo objetivou verificar a eficiência dos testes de Permeabilidade Gástrica à Sacarose e pela intensidade de Sangue Oculto nas Fezes, na mensuração da graduação de lesões estomacais comparadas ao diagnóstico padrão ouro, a Gastroscopia. Para o desenvolvimento da pesquisa foram investigados 16 cavalos com idades entre 4 e 6 anos, os quais trabalham em pelotão de guarda, participam de práticas de hipismo e jogos de Polo. A seleção deste corpus foi baseada em cavalos que são submetidos a fatores de risco, como por exemplo: tempo indeterminado de descanso, alimentação de baixa qualidade, pouca oferta de feno, longos períodos de transporte. Para o exame de gastroscopia, foi realizado jejum alimentar de 20 horas e hídrico de 10 horas, mais a sondagem nasogástrica para obtermos o esvaziamento gástrico. Para o exame de Permeabilidade Gástrica à Sacarose, foi administrado 250g de sacarose por via nasogástrica, e foi coletado sangue no momento zero, 45 e 90min, para posterior análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. / The need of investigation of alternative methods to gastroscopy for the diagnosis and measurement of the degree of the Gastric Ulcer Syndrome in Horses has been found. In the face of this reality, this study aims to verify the efficiency of the Gastric Permeability to Sucrose tests and by the intensity in the Fecal Occult Blood in the measurement of the degree of stomach lesions compared to the diagnosis, golden standard, the gastroscopy. To the development of the research 16 horses were investigated between 4 and 6 years old, which worked in the guard squad, participated in equestrian practices and Polo games. The selection of this corpus was based in horses that are submitted to risk factors, such as: underdetermined rest time, low quality feeding, little hay offer, long transportation periods, among others. To the gastroscopy examination it was conducted 20 hours feeding fasts and 10 hours water fasts plus the nasogastric intubation to obtain gastric emptying. For the Gastric Permeability to Sucrose exam it was administered 250g of sucrose, via nasogastric tube, and was collected blood in the zero moment, 45 and 90 min., for later analysis by High Performance Liquid Chromatography through the method proposed by Hewetson et al., 2006. To the Fecal Occult Blood Test, we collected a fecal sample through the rectum to the analysis with the Meyer’s Reagent and we classified by crosses the intensity of occult blood. In the results we found out that the horses with the ulcer degree equal or higher than 3, the Gastric Permeability to Sucrose test proved itself device of reliable auxiliary diagnosis, yet the analysis of the intensity of the Fecal Occult Blood was not able to measure the degree of the stomach lesions. However, all the animals which presented gastric alterations had the presence of fecal occult blood. Para o exame de Sangue Oculto nas Fezes, coletamos uma amostra de fezes por via retal para análise com Reativo de Meyer, e classificamos por cruzes a intensidade de sangue oculto. Nos resultados, 43,75% não apresentaram quaisquer lesão estomacal, 31,25% apresentaram lesão grau 1 ou 2, e 25% apresentaram lesões grau 4. Encontramos que cavalos com o grau igual, ou maior a 3, de lesão gástrica, o teste de Permeabilidade Gástrica à Sacarose se demonstrou um meio de diagnóstico auxiliar confiável. Já a análise da intensidade de Sangue Oculto nas Fezes não foi capaz de mensurar a graduação de lesões estomacais. Porém todos os animais que apresentaram alterações gástricas tiveram a presença de sangue oculto nas fezes.
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Colestase crônica em crianças e em adolescentes : avaliação nutricional, avaliação neurológica e níveis plasmáticos de vitaminas D e E

Bastos, Marília Dornelles January 2002 (has links)
A colestase crônica na infância e na adolescência interfere diretamente no cres-cimento e no desenvolvimento do indivíduo e produz conseqüências clínicas relacionadas com a má absorção das vitaminas lipossolúveis da dieta. A vitamina E exerce um importante papel na estrutura e na função dos sistemas nervoso e musculoesquelético. A vitamina D tem reconhecida influência sobre a fisiopatologia da osteopenia colestática que se manifesta como osteoporose, raquitismo ou osteomalácia. A realização de dosagens plasmáticas dessas vitami-nas é essencial para detectar precocemente suas deficiências, bem como para monitorizar uma adequada suplementação. Essas dosagens não são realizadas de rotina no nosso meio. Os objetivos do presente estudo foram verificar os níveis plasmáticos de vitami-nas D e E em uma amostra de crianças e adolescentes com colestase crônica; verificar o esta-do nutricional e a ingestão de macro e micronutrientes desses pacientes; verificar o uso de su-plemento de vitaminas, o tempo de colestase; e realizar avaliação neurológica para estabelecer eventual relação com os níveis plasmáticos de vitamina E. A amostra constou de 22 crianças e adolescentes com colestase crônica que con-sultavam no ambulatório ou estiveram internadas na Unidade de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de dezembro de 2000 a abril de 2002. Como controles, participaram 17 crianças eutróficas e normais do ponto de vista gastroentero-lógico com faixa etária correspondente. Foram realizadas avaliação nutricional e avaliação neurológica. Foi pesquisado o tempo de colestase e o uso de suplemento de vitaminas lipossolúveis. A técnica utilizada para as dosagens da vitamina E foi a cromatografia líquida de alta precisão (HPLC) e as dosagens plasmáticas de vitamina D pela técnica de radioimunoensaio. A prevalência de desnutrição variou entre 23,8% a 63,0% considerando as diferentes medidas e padrões utilizados. O inquérito alimentar realizado demonstrou uma ingestão calórica média de 89,33 ± 27,4% em relação ao recomendado para idade com uma distribui-ção dos macronutrientes em relação às calorias ingeridas dentro dos valores de referência para o grupo em questão, havendo, porém, uma pobre ingestão de micronutrientes como ferro e zinco. O exame neurológico foi alterado em 43% dos pacientes colestáticos, em que foram constatadas vinte alterações neurológicas em nove pacientes. Não obtivemos resultados con-fiáveis para os níveis plasmáticos de vitamina E, apesar de realizar 3 etapas para validação. O valor médio de vitamina D entre os pacientes foi de 13,7 ± 8,39 ng/ml, enquanto que no grupo controle foi de 25,58 ± 16,73 ng/ml (P = 0,007), havendo uma prevalência de hipovitaminose D entre esses pacientes de 36%. Não foi observada relação entre estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suplemento oral de vitaminas lipossolúveis e os níveis plasmáticos refe-ridos. Concluímos que a média de níveis plasmáticos de vitamina D nas crianças e nos adolescentes colestáticos do estudo foi significativamente menor do que nos controles nor-mais sem relação significativa com estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suple-mento de vitaminas. As alterações neurológicas foram freqüentes e a prevalência de desnutri-ção nos pacientes foi semelhante à encontrada na literatura. A ingesta calórica foi deficiente havendo porém, um equilíbrio dos macronutrientes e ingestão insuficiente de ferro e zinco. / Chronic cholestasis in childhood and adolescence directly affects growth and development of the individual, and has clinical consequences associated with malabsorption of dietary fat-soluble vitamins. Vitamin E plays an important role in the structure and function of the nervous and musculoskeletal systems, and neurologic symptoms have been described in patients with vitamin E deficiency. Vitamin D is known to play a role in the physiopathology of cholestatic osteopenia seen in osteoporosis, rickets and osteomalacia. Plasma concentration measurements of these vitamins are essential to detect deficiencies at an early stage and to monitor adequate supplementation. These measurements are not routinely carried out in our practice. The purposes of this study were to measure plasma concentrations of vitamins D and E in a sample of children and adolescents with chronic cholestasis; to study their nutritional status and macro − and micronutrient intake; to check the use of vitamin supplements; to check cholestasis duration; and to conduct neurologic evaluations to establish a possible association with vitamin E plasma concentrations. The sample was composed of 22 children and adolescents with chronic cholestasis seen in the outpatient service or hospitalized in the Pediatric Gastroenterology Unit, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, from December 2000 to April 2002. The control group was composed of 17 eutrophic, gastroenterologically normal children matched by age. We conducted nutritional and neurologic evaluations. Data about cholestasis duration and the use of fat-soluble vitamin supplements were collected. Vitamin E concentrations were measured by means of high performance liquid chromatography (HPLC), and vitamin D plasma concentrations, by means of a radioimmunoassay. Malnutrition rates ranged from 23.8% to 63.0% according to the different measurement techniques and standards used. Dietary survey data revealed a mean caloric intake of 89.33 ± 27.4% of the amount recommended for the age; distribution of macronutrients in relation to calorie intake was within the reference values for the group under study; however, micronutrient intake, such as iron and zinc intake, was poor. Neurologic symptoms were found in 43% of the patients with cholestasis; twenty neurologic symptoms were found in nine patients. We did not obtain reliable results for vitamin E plasma concentrations although we conducted three validation tests. Mean vitamin D plasma concentration was 13.7 ± 839 ng/ml in patients and 25.58 ± 16.73 ng/ml in control subjects; prevalence rate of D hypovitaminosis was 36% in control subjects. No association was found between nutritional status, cholestasis duration or oral fat-soluble vitamin supplementation and plasma concentrations. We concluded that mean vitamin D plasma concentrations in children and adolescents with cholestasis in our study was significantly lower than in normal control subjects, without any significant association with nutritional status, cholestasis duration or vitamin supplementation. Neurologic symptoms were frequent, and the prevalence rate of malnutrition was similar to rates in the literature. Calorie intake was deficient, but macronutrient intake was balanced; iron and zinc intake was insufficient.
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Avaliação da técnica de Nested PCR em tubo único com dois genes alvos para detecção de Vibrio Cholerae o1 diretamente do meio de cultura / Evaluation of Nested PCR in a single tube with two target genes for detection of Vibrio cholerae o1 directly from the culture medium

Mendes, Carina Lucena January 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2012-05-07T14:44:01Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) 000068.pdf: 816656 bytes, checksum: c8740fc970374a5b1d5b8e0e1ab000ba (MD5) Previous issue date: 2007 / A cólera é uma doença bacteriana historicamente conhecida por seu potencial de provocar epidemias, tendo levado milhares de indivíduos à morte. É causada pelo bacilo Gramnegativo Vibrio cholerae O1 toxigênico. No Brasil, apesar de grandes avanços no que se refere a prevenção, a infecção ainda persiste e, embora não seja causa de alta mortalidade, sua presença é motivo de preocupação para a rede de Saúde Pública local. A infecção colérica é endêmica no nordeste brasileiro e está relacionada, principalmente, a condições sanitárias precárias. O diagnóstico clássico da infecção é a cultura bacteriana, complementada pela detecção da toxina colérica, o que retarda o resultado do exame. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a técnica de nested PCR em tubo único com dois genes alvos (MSTNPCR) na detecção de V. cholerae O1 diretamente do meio de cultura. Utilizando DNA, a técnica foi capaz de amplificar até 1 pg de V. cholerae O1, além de ter possibilitado a detecção do vibrião diretamente do meio de cultura líquido, sem prévia extração de DNA, apresentando limite de detecção de três Unidades Formadoras de Colônia. Além disso, a MSTNPCR mostrou-se específica para V. cholerae O1 quando testada com vários microrganismos diferentes. Um kit diagnóstico foi montado e estocado a -20 ºC, permanecendo estável durante os quatro meses em que foi testado. A MSTNPCR descrita neste trabalho pode ser útil no diagnóstico da infecção colérica e em investigações epidemiológicas, complementando os resultados obtidos com a cultura bacteriana
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Punção pulmonar transcutânea com agulha fina, radiograficamente orientada, no diagnóstico do câncer de pulmão : análise de 182 casos estudados no estado da Bahia

Pereira e Silva, Jorge Luiz January 1995 (has links)
Duzentos e dois pacientes consecutivos, portadores de lesões pulmonm·es presumive lmente malignas, foram submetidos a punção pulmonar lranscutânea (PPTC) com agulha fina (0,6 - 0,7 mm), rad iograficamente orientada, procurando-se caracterizar. através de análise prospectiva. os fatores responsáveis pelo rendimento diagnóstico e por suas eventuais complicações. O diagnóstico final de câncer foi comprovado em 182 casos, 121 homens (66%) e 61 mulheres (34%), com média de idade de 62 anos (30 a 75). Fornm puncionadas 152 lesõe peri fé ricas (84%) e 30 centrais ( 16%), com diâmetro compreendido entre I ,8 e 8,0 em (média - 3,6 em) c profundidade, desde a distância imperceptíve l, até 6,0 em da superfície pleuraJ (média - 3,3 em). A sens ibilidade diagnóstica foi de 87% ( 157/1 82) e especificidade de 100%. Resultados falso-negat ivos (23 casos) ocorreram em lesões escavadas. independe nte das dimensões; volumosas ( >5,8 em de di âmetro), em qualquer localização; ou pequenas ( < 2,5 em) e profundas ( > 4,0 em) especialtnentc etn s ituação justa-diafrag mática. A principal complicação foi pneumotórax 17/ 182 (9.3%), três deles requerendo drenagem ( I ,6%), todo~ em ponadores de DBPOC. com mais de 50 anos de idade. Sua ocorrência não roi relacionada ao volume das lesões, sua localização, ou à presença de necrose. Nove indivíduos (5%) apresentaram escarros sangüíneos em pequeno volume e com resolução espontânea, associados à punção de lesões escavadas e profundas ( > 4,6 em). Nenhuma complicação fatal foi registrada.O procedimento pode ser reali zado com segurança em regime ambulatoria l. A observação c lín ica por 30 a 40 minu tos foi s uficiente para identificar os casos de pneumotórax requerendo drenagem. A prática sistem;Hica ele controles radiológicos para rast reamento de pneumotórax deve ser reservada p<ua aqueles de maior risco. Esta conduta simplifica o exame e reduz o custo operacional. Este estudo consolida a prática das PPTCs como importante recurso auxiliar ao diagnóstico do câncer de pulmão, especialmente quando considerado irressccável, reproduzindo os bons resultados de outos investigadores que utiliz<Ull tecnologia avançada.
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Determinação do grau de ulceração gástrica pelo teste de permeabilidade gástrica à sacarose ou pelo teste de sangue oculto nas fezes comparado a gastroscopia em equinos / Ascertainment in horses of the degree of gastric ulceration through the gastric permeability to sucrose test or through the fecal occult blood test compared to gastroscopy

Abreu, Mayara Caetano January 2018 (has links)
A necessidade de investigação de métodos alternativos a gastroscopia, para o diagnóstico e mensuração da graduação da Síndrome da Úlcera Gástrica em Equinos, tem sido constatada. Diante desta realidade, este estudo objetivou verificar a eficiência dos testes de Permeabilidade Gástrica à Sacarose e pela intensidade de Sangue Oculto nas Fezes, na mensuração da graduação de lesões estomacais comparadas ao diagnóstico padrão ouro, a Gastroscopia. Para o desenvolvimento da pesquisa foram investigados 16 cavalos com idades entre 4 e 6 anos, os quais trabalham em pelotão de guarda, participam de práticas de hipismo e jogos de Polo. A seleção deste corpus foi baseada em cavalos que são submetidos a fatores de risco, como por exemplo: tempo indeterminado de descanso, alimentação de baixa qualidade, pouca oferta de feno, longos períodos de transporte. Para o exame de gastroscopia, foi realizado jejum alimentar de 20 horas e hídrico de 10 horas, mais a sondagem nasogástrica para obtermos o esvaziamento gástrico. Para o exame de Permeabilidade Gástrica à Sacarose, foi administrado 250g de sacarose por via nasogástrica, e foi coletado sangue no momento zero, 45 e 90min, para posterior análise por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. / The need of investigation of alternative methods to gastroscopy for the diagnosis and measurement of the degree of the Gastric Ulcer Syndrome in Horses has been found. In the face of this reality, this study aims to verify the efficiency of the Gastric Permeability to Sucrose tests and by the intensity in the Fecal Occult Blood in the measurement of the degree of stomach lesions compared to the diagnosis, golden standard, the gastroscopy. To the development of the research 16 horses were investigated between 4 and 6 years old, which worked in the guard squad, participated in equestrian practices and Polo games. The selection of this corpus was based in horses that are submitted to risk factors, such as: underdetermined rest time, low quality feeding, little hay offer, long transportation periods, among others. To the gastroscopy examination it was conducted 20 hours feeding fasts and 10 hours water fasts plus the nasogastric intubation to obtain gastric emptying. For the Gastric Permeability to Sucrose exam it was administered 250g of sucrose, via nasogastric tube, and was collected blood in the zero moment, 45 and 90 min., for later analysis by High Performance Liquid Chromatography through the method proposed by Hewetson et al., 2006. To the Fecal Occult Blood Test, we collected a fecal sample through the rectum to the analysis with the Meyer’s Reagent and we classified by crosses the intensity of occult blood. In the results we found out that the horses with the ulcer degree equal or higher than 3, the Gastric Permeability to Sucrose test proved itself device of reliable auxiliary diagnosis, yet the analysis of the intensity of the Fecal Occult Blood was not able to measure the degree of the stomach lesions. However, all the animals which presented gastric alterations had the presence of fecal occult blood. Para o exame de Sangue Oculto nas Fezes, coletamos uma amostra de fezes por via retal para análise com Reativo de Meyer, e classificamos por cruzes a intensidade de sangue oculto. Nos resultados, 43,75% não apresentaram quaisquer lesão estomacal, 31,25% apresentaram lesão grau 1 ou 2, e 25% apresentaram lesões grau 4. Encontramos que cavalos com o grau igual, ou maior a 3, de lesão gástrica, o teste de Permeabilidade Gástrica à Sacarose se demonstrou um meio de diagnóstico auxiliar confiável. Já a análise da intensidade de Sangue Oculto nas Fezes não foi capaz de mensurar a graduação de lesões estomacais. Porém todos os animais que apresentaram alterações gástricas tiveram a presença de sangue oculto nas fezes.
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Validação do mapa de retorno tridimensional como método de análise da variabilidade da freqüência cardíaca e da pressão arterial

Moraes Filho, Ruy Silveira January 1999 (has links)
Introdução - A variabilidade da freqüência cardíaca e da pressão arterial são habitualmente estudadas através de métodos lineares, nos dominios do tempo e da freqüência. Recentemente, métodos não-lineares, como o mapa de retorno, foram aplicados com sucesso na cardiologia. Objetivos - Avaliar o desempenho de uma modificação do mapa de retomo clássico, denominado mapa de retorno tridimensional, para detectar (1) diferentes níveis de disfunção autonômica, (2) a reprodutibilidade, (3) a modulação parassimpática e simpática sobre o nó sinusal e (4) o efeito dos pressorreceptores e quimiorreceptores sobre a variabilidade da pressão arterial. Material e métodos - Para estudar a freqüência cardíaca, o mapa de retomo tridimensional foi construído a partir dos intervalos RR do eletrocardiograma, como RRn versus [(RRn+I)-(RRn)] versus densidade. Desenvolvemos 4 índices de quantificação: PI inversamente proporcional à inclinação da máxima densidade de pontos; P2 - máximo comprimento longitudinal; P3 - máxima largura transversal; MN - produto de PI·P2·P3·10-3 . Estudamos 22 pacientes diabéticos, sendo 10 com neuropatia autonômica e 12 sem neuropatia autonômica, diagnosticada por S testes autonômicos cardiovasculares, e 12 indivíduos normais. A reprodutibilidade foi avaliada em 9 pacientes diabéticos e 10 indivíduos normais, em 2 dias consecutivos. Estudamos a correlação dos índices do mapa de retorno tridimensional com os índices no domínio do tempo raiz quadrada média das diferenças sucessivas (RMSSD), desvio padrão dos intervalos (SDNN) e desvio padrão das médias dos intervalos RR calculadas em segmentos de S minutos (SDANNi). Estudamos, em 6 indivíduos normais, o efeito do bloqueio farmacológÍco com propranolol e atropina sobre o mapa de retorno tridimensional, durante um protocolo de uma hora, incluindo 40 minutos em repouso e 20 minutos de exercício. Em ratos, estudamos o efeito da desnervação sinoaórtica sobre o mapa de retorno tridimensional de pressão arterial, construído como PAu x [(PAu+l)-(PAu)] x densidade. Foram estudados 10 ratos Wistar, sendo S deles submetidos à desnervação sinoaórtica. Para auxiliar na interpretação dos resultados, construímos gráficos de fase da pressão arterial (PAu x dPAn/dt). Foi ainda calculado o desvio padrão da pressão arterial. Resultados - Os índices do mapa de retorno tridimensional foram capazes de diferenciar pacientes com disfunção autonômica de indivíduos normais. PIe MN diferenciaram cada um dos 3 grupos estudados (ANOVA p<O,OS). A maioria dos índices do mapa de retorno tridimensional apresentou melhor acurácia total na detecção de disfunção autonômica do que os índices no dominio do tempo, calculada pela área sob a curva ROC. Com exceção de PI, os demais índices do mapa de retomo tridimensional correlacionaram-se com os índices no domínio do tempo (todos p<O,Ol). Os índices do mapa de retorno tridimensional apresentaram reprodutibilidade adequada em dois dias consecutivos (coeficientes de correlação intra-classe entre 0,69 a 0,82; p<O,O1). Em comparação ao placebo, o bloqueio simpático com propranolol aumentou PI e MN e o bloqueio parassimpático e o duplo-bloqueio diminuíram P2, P3 eMN(ANOVA p<O,O5). Em relação aos achados de variabilidade da pressão arterial, tanto a média, como os valores de PI e P3 das pressões arteriais sistólica, diastólica e média foram semelhantes nos ratos íntegros e nos ratos desnervados. O desvio padrão, P2 e MN foram maiores nos ratos desnervados, quando comparados aos ratos íntegros (teste t p<O,OS). O índice global MN revelou maior variabilidade da pressão arterial sistólica, quando comparada à diastólica (teste t pareado p<O,OS). Conclusões - Os índices do mapa de retomo tridimensional de freqüência cardíaca detectam disfunção autonômica em pacientes diabéticos, são reprodutíveis, correlacionamse com os índices no domínio do tempo e quantificam a modulação parassimpática e simpática sobre o nó sinusal. Os índices do mapa de retorno tridimensional de pressão arterial detectam diferenças no comportamento da pressão arterial, secundárias à eliminação dos pressorreceptores e quimiorreceptores arteriais, os quais parecem modular as pressões arteriais sistólica e diastólica de forma distinta. / Introduction - Heart rate and blood pressure variability are usually studied by linear methods in time- and in frequency-domain. Recent1y, non-linear methods return maps have also been successfully used in cardiology. Objectives - To evaluate the performance of a modified retum map, called threedimensional return map, (1) to detect different leveIs of autonomic dysfunction, (2) to evaluate the reproducibility of the method, (3) to detect parassimpathetic and sympathetic modulation to the sinus node and (4) to detect the influence of baroreceptors and chemoreceptors over blood pressure variability. Material and methods - For heart rate studies three-dimensional return map was built from the RR intervals ofthe electrocardiogram plotting RRn versus [(RRn+1)-(RRn)] versus density. Quantification indices were created: PI - inversely proportional to the slope of the maximum density; P2 - maximal longitudinal length; P3 - maximal transversallength; MN the product ofPI·P2·P3·IO-3 . Twenty-two diabetic patients, 10 with autonomic neuropathy and 12 without autonomic neuropathy, according to 5 cardiovascular autonomic tests, and 12 normal individuaIs were studied. Reproducibility was evaluated in 9 diabetic patients and 10 normal individuaIs during two consecutive days. Correlation of three-dimensional retum map indices to time domain indices root mean square successive difference (RMSSD), standard deviation ofRR intervals (SDNN) and standard deviation ofthe mean RR interval calculated in 5 min segments (SDANNi) were calculated. In six healthy subjects we studied the effect of partial and total pharmacological blockade with propranolol and atropine on three-dimensional retum map, during a l-hour protocol which induded 40 minutes of rest and 20 minutes of exercise. In rats, we studied the effect of sinoaortic denervation on arterial blood pressure (AP) variability using a three-dimensional retum map constructed as APnx [(APn+I)-(APn)] x density. Ofthe ten Wistar rats studied, five were submitted to sinoaortic denervation. To collaborate in data interpretation phaseplane plots (APnx dAPn/dt) were constructed. Blood pressure standard deviation was also ca1culated. Results: Three-dimensional retum map indices detected differences between patients with autonomic dysfunction and normal controls. PI and MN differentiated each one of the 3 groups studied (ANOVA p<O,O5). Overall accuracy ofmost three-dimensional retum map indices to detect autonomic dysfunction, estimated by the area under the ROC curve, was significant1y better than traditional time-domain indices. AlI three-dimensional retum map indices but PI were correlated to time-domain indices (alI p<O.OI). Three-dimensional return map indices also showed adequate reproducibility in two different recording days (intra-c1ass corre1ation coefficient ofO.69 to 0.82; p<O.OI). Compared to placebo, both PI and MN were increased after sympathetic blockade with propranolol, while alI indices except PI were modified after parasympathetic blockade (p<O.OS). Considering our blood pressure variability results, denervated and non-denervated rats had similar values of mean systolic, diastolic and mean arterial pressure as well as PI and P3 . Denervated rats presented higher values of standard deviation, P2 and MN, comparing to non-denervated rats (t test p<O,O5). Global index MN showed higher values for systolic blood pressure, comparing to diastolic ( paired t test p<O,O5). Condusions - Heart rate three-dimensional return map indices detected autonomic dysfunction in diabetic patients, reproducible, correlated to time-domain indices and are able to quantifY parassympathetic and sympathetic modulation to the sinus node. Blood pressure three-dimensional return map indices detected differences in blood pressure behavior secondary to baroreceptor and chemoreceptor elimination, suggesting that baroreceptors and chemoreceptors modulate systolic and diastolic blood pressure in different ways.
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Colestase crônica em crianças e em adolescentes : avaliação nutricional, avaliação neurológica e níveis plasmáticos de vitaminas D e E

Bastos, Marília Dornelles January 2002 (has links)
A colestase crônica na infância e na adolescência interfere diretamente no cres-cimento e no desenvolvimento do indivíduo e produz conseqüências clínicas relacionadas com a má absorção das vitaminas lipossolúveis da dieta. A vitamina E exerce um importante papel na estrutura e na função dos sistemas nervoso e musculoesquelético. A vitamina D tem reconhecida influência sobre a fisiopatologia da osteopenia colestática que se manifesta como osteoporose, raquitismo ou osteomalácia. A realização de dosagens plasmáticas dessas vitami-nas é essencial para detectar precocemente suas deficiências, bem como para monitorizar uma adequada suplementação. Essas dosagens não são realizadas de rotina no nosso meio. Os objetivos do presente estudo foram verificar os níveis plasmáticos de vitami-nas D e E em uma amostra de crianças e adolescentes com colestase crônica; verificar o esta-do nutricional e a ingestão de macro e micronutrientes desses pacientes; verificar o uso de su-plemento de vitaminas, o tempo de colestase; e realizar avaliação neurológica para estabelecer eventual relação com os níveis plasmáticos de vitamina E. A amostra constou de 22 crianças e adolescentes com colestase crônica que con-sultavam no ambulatório ou estiveram internadas na Unidade de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de dezembro de 2000 a abril de 2002. Como controles, participaram 17 crianças eutróficas e normais do ponto de vista gastroentero-lógico com faixa etária correspondente. Foram realizadas avaliação nutricional e avaliação neurológica. Foi pesquisado o tempo de colestase e o uso de suplemento de vitaminas lipossolúveis. A técnica utilizada para as dosagens da vitamina E foi a cromatografia líquida de alta precisão (HPLC) e as dosagens plasmáticas de vitamina D pela técnica de radioimunoensaio. A prevalência de desnutrição variou entre 23,8% a 63,0% considerando as diferentes medidas e padrões utilizados. O inquérito alimentar realizado demonstrou uma ingestão calórica média de 89,33 ± 27,4% em relação ao recomendado para idade com uma distribui-ção dos macronutrientes em relação às calorias ingeridas dentro dos valores de referência para o grupo em questão, havendo, porém, uma pobre ingestão de micronutrientes como ferro e zinco. O exame neurológico foi alterado em 43% dos pacientes colestáticos, em que foram constatadas vinte alterações neurológicas em nove pacientes. Não obtivemos resultados con-fiáveis para os níveis plasmáticos de vitamina E, apesar de realizar 3 etapas para validação. O valor médio de vitamina D entre os pacientes foi de 13,7 ± 8,39 ng/ml, enquanto que no grupo controle foi de 25,58 ± 16,73 ng/ml (P = 0,007), havendo uma prevalência de hipovitaminose D entre esses pacientes de 36%. Não foi observada relação entre estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suplemento oral de vitaminas lipossolúveis e os níveis plasmáticos refe-ridos. Concluímos que a média de níveis plasmáticos de vitamina D nas crianças e nos adolescentes colestáticos do estudo foi significativamente menor do que nos controles nor-mais sem relação significativa com estado nutricional, tempo de colestase ou uso de suple-mento de vitaminas. As alterações neurológicas foram freqüentes e a prevalência de desnutri-ção nos pacientes foi semelhante à encontrada na literatura. A ingesta calórica foi deficiente havendo porém, um equilíbrio dos macronutrientes e ingestão insuficiente de ferro e zinco. / Chronic cholestasis in childhood and adolescence directly affects growth and development of the individual, and has clinical consequences associated with malabsorption of dietary fat-soluble vitamins. Vitamin E plays an important role in the structure and function of the nervous and musculoskeletal systems, and neurologic symptoms have been described in patients with vitamin E deficiency. Vitamin D is known to play a role in the physiopathology of cholestatic osteopenia seen in osteoporosis, rickets and osteomalacia. Plasma concentration measurements of these vitamins are essential to detect deficiencies at an early stage and to monitor adequate supplementation. These measurements are not routinely carried out in our practice. The purposes of this study were to measure plasma concentrations of vitamins D and E in a sample of children and adolescents with chronic cholestasis; to study their nutritional status and macro − and micronutrient intake; to check the use of vitamin supplements; to check cholestasis duration; and to conduct neurologic evaluations to establish a possible association with vitamin E plasma concentrations. The sample was composed of 22 children and adolescents with chronic cholestasis seen in the outpatient service or hospitalized in the Pediatric Gastroenterology Unit, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, from December 2000 to April 2002. The control group was composed of 17 eutrophic, gastroenterologically normal children matched by age. We conducted nutritional and neurologic evaluations. Data about cholestasis duration and the use of fat-soluble vitamin supplements were collected. Vitamin E concentrations were measured by means of high performance liquid chromatography (HPLC), and vitamin D plasma concentrations, by means of a radioimmunoassay. Malnutrition rates ranged from 23.8% to 63.0% according to the different measurement techniques and standards used. Dietary survey data revealed a mean caloric intake of 89.33 ± 27.4% of the amount recommended for the age; distribution of macronutrients in relation to calorie intake was within the reference values for the group under study; however, micronutrient intake, such as iron and zinc intake, was poor. Neurologic symptoms were found in 43% of the patients with cholestasis; twenty neurologic symptoms were found in nine patients. We did not obtain reliable results for vitamin E plasma concentrations although we conducted three validation tests. Mean vitamin D plasma concentration was 13.7 ± 839 ng/ml in patients and 25.58 ± 16.73 ng/ml in control subjects; prevalence rate of D hypovitaminosis was 36% in control subjects. No association was found between nutritional status, cholestasis duration or oral fat-soluble vitamin supplementation and plasma concentrations. We concluded that mean vitamin D plasma concentrations in children and adolescents with cholestasis in our study was significantly lower than in normal control subjects, without any significant association with nutritional status, cholestasis duration or vitamin supplementation. Neurologic symptoms were frequent, and the prevalence rate of malnutrition was similar to rates in the literature. Calorie intake was deficient, but macronutrient intake was balanced; iron and zinc intake was insufficient.

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