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Eficácia da eletroestimulação neuromuscular no tratamento da disfagia orofaríngea em idosos acometidos por acidente vascular encefálico / Efficiency of neuromuscular electrical stimulation in the treatment of oropharyngeal dysphagia in elderly patients with strokeCláudia Tiemi Mituuti 26 February 2015 (has links)
Várias são as propostas para reabilitação da disfagia orofaríngea, sendo a eletroestimulação neuromuscular (EENM) uma nova modalidade de tratamento. Poucos são os trabalhos que comprovam a eficácia deste tratamento na reabilitação da disfagia e ainda não foram encontrados estudos que verificaram o efeito da EENM em idosos em fase tardia do acometimento vascular encefálico. Assim, o objetivo do presente trabalho foi verificar o efeito, a curto e médio prazo, da terapia da deglutição com EENM sensorial em idosos com sequelas de acidente vascular encefálico (AVE) que foram submetidos à terapia fonoaudiológica convencional sem sucesso, quanto ao nível de ingestão oral, ao quadro de disfagia orofaríngea e à qualidade de vida relacionada à deglutição. Para isto 10 indivíduos idosos, pósacidente vascular encefálico (AVE), que já haviam realizado terapia fonoaudiológica convencional foram classificados quanto ao nível de ingestão oral na escala funcional de ingestão oral (FOIS), submetidos à avaliação instrumental (videofluoroscopia) da deglutição utilizando-se líquido, alimento na consistência de pudim e sólido, a partir da qual foi analisado o grau da disfagia orofaríngea por meio da escala Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS), realizada a classificação na escala de penetração e aspiração e na escala de resíduos. Também foi realizada a aplicação do protocolo de qualidade de vida relacionado à deglutição SWAL-QOL e aos procedimentos terapêuticos propostos, sendo que os exames foram repetidos imediatamente e três meses após a reabilitação. As sessões de terapia foram realizadas três vezes por semana e distribuídas em quatro semanas, totalizando 12 sessões. Cada sessão consistiu em duas etapas de 10 minutos de exercício, nas quais os pacientes foram solicitados a deglutirem a saliva com esforço, ou umapequena quantidade de água a cada 10 segundos durante a EENM. imediatamente após e três meses após as 12 sessões de terapia, todos os indivíduos foram submetidos novamente às avaliações iniciais. Os resultados demonstram que houve melhora da classificação da deglutição para 4 dos 10 pacientes imediatamente após a intervenção e, após três meses, um paciente ainda melhorou em mais um nível. Na análise estatística foi confirmada diferença significante na classificação da escala DOSS (0,023) entre os períodos. Além disso, houve diferença estatisticamente significante na somatória dos pontos do questionário de qualidade de vida relacionado à deglutição (p=0,008) entre os períodos pré e pós 3 meses de terapia com EENM. Não foram encontradas diferenças entre os períodos da reabilitação quanto ao nível de ingestão oral, classificação da penetração e aspiração, aos resíduos na faringe e aos tempos de trânsito oral e faríngeo (p>0,005). Portanto, a aplicação da eletroestimulação neuromuscular em nível sensorial em idosos acometidos por AVE resultou em diminuição do grau da disfagia em curto e médio prazo, além de melhora na qualidade de vida relacionada à deglutição após três meses de terapia. / There are several proposals for rehabilitation of oropharyngeal dysphagia, and the neuromuscular electrical stimulation (NMES) is a new type of treatment. There are few studies proving the efficiency of this treatment in oropharyngeal dysphagia, and studies verifying the effect of NMES in the elderly in late stage of cerebrovascular impairment haven´t been found yet. Thus, the objective of this study is to verify the short- and medium-term effect of the deglutition therapy with sensorial NMES in elderly patients with stroke sequelae, who underwent conventional speech therapy with no success, regarding the level of oral intake, the oropharyngeal dysphagia condition and the quality of life related to deglutition. In order to achieve such objective, 10 poststroke elderly patients, who had already undergone conventional speech therapy, were classified regarding the level of oral intake according to the functional oral intake scale (FOIS). They underwent swallowing instrumental assessment (fluoroscopy) with liquid, solid food and food in the consistency of pudding, their level of oropharyngeal dysphagia was analyzed by means of the Dysphagia Outcome and Severity Scale (DOSS), and they were rated by means of the penetration and aspiration scale and the waste scale. The SWAL-QOL outcomes tool was also applied regarding the quality of life in deglutition and the therapeutic procedures proposed. The sessions were performed three times per week for 4 weeks, a total of 12 sessions. One session consisted of two 10 minutes exercises with a 2 minutes rest period provided between exercises. Patients were asked to forcefully swallow their saliva or a small amount of water every 10 seconds during stimulation. The exams were repeated immediately and three months after rehabilitation. The results show there was an improvement in the deglutition rating for 4 out of the 10 patients immediately after the intervention and, after three months, one patient improved in one more level. In the statistical analysis, a significant difference was confirmed in the rating of the scale DOSS (0.023) between the periods. Furthermore, there was a statistically significant difference in the sum of the scores of the quality of life questionnaire related to deglutition (p=0.008) between the periods before and after 3-month therapy with NMES. No differences were found between the rehabilitation periods regarding the level of oral intake, the penetration and aspiration rating, the waste in the pharynx and oral and pharyngeal transit times (p>0.005). Therefore, the application of neuromuscular electrical stimulation in sensory level in elderly patients who had stroke resulted in the lowering of the dysphagia level in short- and long- term, in addition to the improvement in the quality of life related to deglutition after three months of therapy.
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Screening de deglutição na fase aguda do acidente vascular cerebral : uma análise dos preditores clínicos da disfagia / Swallowing screening in acute stroke : an analysis of the clinical predictor of dysphagiaBahia, Mariana Mendes, 1985- 25 August 2018 (has links)
Orientador: Li Li Min / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T16:12:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de morbi-mortalidade no Brasil, tendo a disfagia como uma importante sequela. A disfagia é responsável por complicações como pneumonia, desnutrição e desidratação. Atualmente, o screening é a forma de avaliação mais difundida para identificar de maneira rápida os pacientes com risco de disfagia na fase aguda do AVC. O objetivo da pesquisa é identificar a presença de disfagia orofaríngea na fase aguda do AVC, determinando sua frequência, relação com a gravidade do AVC e seus preditores, a partir da proposta de um screening. Trata-se de estudo de corte transversal e de abordagem quantitativa, aprovado pelo CEP, envolvendo a avaliação da deglutição nas primeiras 72 horas do AVC. Foram incluídos pacientes consecutivos admitidos na Unidade de Emergência Referenciada de um hospital terciário do Estado de São Paulo entre abril/2012 e agosto/2013, com presença de AVC único em qualquer topografia cerebral, sendo o diagnóstico de AVC determinado por avaliação neurológica e confirmado por TC e/ou RM de crânio. Foram excluídos pacientes cujo AVC havia ocorrido há mais de 72 horas, com evidência de AVC prévio, com história de doenças neurológicas ou psiquiátricas, com disfagia prévia, em intubação orotraqueal, em estado de coma ou com rebaixamento do nível de consciência. A coleta de dados ocorreu por meio da caracterização do perfil sócio-demográfico e clínico, história pregressa, fatores de risco, dados referentes ao AVC, avaliação neurológica (NIHSS), aplicação de um screening de deglutição, realização do exame videoendoscopia da deglutição, aplicação de escalas de classificação da disfagia e classificação da funcionalidade da deglutição. O screening utilizado foi desenvolvido para o estudo e constou de duas etapas: a primeira englobando variáveis cognitivas, de fala/linguagem e estruturas envolvidas no processo de deglutição; e a segunda, observação funcional da deglutição nas consistências pastosa, líquida e sólida, respectivamente. Foi utilizado um sistema binário de escore para a classificação dos itens do screening e, ao final, os pacientes foram divididos em dois grupos: disfágicos e não disfágicos. Participaram do estudo 100 pacientes, 53 do sexo masculino, média de idade 64 anos (dp=15), 87 com AVC isquêmico. 56 pacientes apresentaram disfagia. Os pacientes disfágicos apresentaram idade e NIHSS mais elevados do que os não disfágicos. Houve correlação entre a gravidade do AVC e a disfagia, indicando que a gravidade do comprometimento neurológico também acompanha a gravidade na deglutição. Os melhores preditores individuais para a disfagia foram alterações na mobilidade e força de língua, lábios e bochechas, NIHSS?7, disartria e não orientação no tempo e no espaço. A melhor combinação de preditores inclui idade, NIHSS, disartria, ausência de vedamento labial e não orientação no tempo e no espaço. O screening apresentou sensibilidade e especificidade de 84%. O estudo ressalta a alta frequência de disfagia nas primeiras horas do AVC. Os preditores clínicos encontrados podem ser úteis na identificação dos pacientes com risco de disfagia na fase aguda do AVC e, assim diminuir a incidência de morbi-mortalidade, prevenindo as complicações pulmonares decorrentes de aspiração. O screening desenvolvido demonstrou bom equilíbrio entre seus parâmetros psicométricos / Abstract: Stroke is a leading cause of mortality and disability in Brazil, and dysphagia is one of the most important sequels. Dysphagia is associated with clinical complications, such as pneumonia, malnutrition, and dehydration. Screening is the most popular and valid tool to quickly evaluate dysphagia in acute stroke. Furthermore, reliable clinical predictors improve patients` management, and allows preventive measures. The aims of this study are to identify the presence of oropharyngeal dysphagia in acute stroke, to determine dysphagia frequency and its relationship with stroke severity, and to determine the clinical predictors of oropharyngeal dysphagia in acute stroke from a proposed 2-step dysphagia screen. This is a transversal and quantative study, approved by the Ethical Committee of the University, which involves swallowing evaluation up to 72 hours after the onset of the stroke symptoms. We included consecutive inpatients admitted to the Emergency Unit of a public tertiary hospital in Brazil between April 2012 and August 2013 with diagnosis of first stroke. The diagnosis of stroke was determined by a neurologist and confirmed by CT and/or MRI. Exclusion criteria comprise patients with stroke over to 72 hours, previous stroke, history of other neurologic or psychiatric diseases, previous dysphagia, orotracheal intubation, coma or with decreased level of consciousness. Data were gathered from socio-demographic factors, clinic history, risk factors, stroke data, neurological severity (NIHSS), screening tool, fiberoptic endoscopic evaluation of swallowing, dysphagia severity, and functional oral intake scale. The swallowing screening test was developed for this research and included 2-steps. The first one involves cognitive, speech/language, and structural variables, whereas the second step considers observation during swallowing of pudding, water, and a piece of cookie, sequentially. A binary scoring was used to classify the screening items, and, after that, based on the screening results, patients were categorized into two groups: dysphagic and non-dysphagic. A hundred patients were screened, 53 were male, mean age 64 years old (SD=15), and 87 presented ischemic stroke. Fifty-six patients presented dysphagia. Dysphagia was more frequent in patients with higher age and NIHSS score. Findings showed correlation between stroke severity and dysphagia. The 6 best simple predictors of the presence of dysphagia were tongue, lips and cheeks movement and strength impaired, NIHSS?7, dysarthria, and disorientation. The combination of variables age, NIHSS, dysarthria, lips not sealed, and disorientation was associated with dysphagia in the multivariable analysis. The sensitivity and specificity of the screening were both 84%. The study confirms the high frequency of oropharyngeal dysphagia in acute stroke. The identification of the clinical predictors is important for specific therapies and management strategies, and, consequently, for decreasing morbidity and mortality rates, and preventing pulmonary complications. The screening demonstrated a good balance between psychometric parameters / Mestrado / Fisiopatologia Médica / Mestra em Ciências
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Avaliação de doentes portadores de doença do refluxo gastro-esofágico submetidos à fundoplicatura a Nissen modificada quanto a ocorrência de disfagia pós-operatória persistente / Evaluation of patients operated by gastroesophageal reflux disease with persistent postoperative dysphagiaRibeiro, Maxwel Capsy Boga, 1982- 04 August 2013 (has links)
Orientadores: Nelson Adami Andreollo, Luiz Roberto Lopes / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-22T20:12:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) possui enorme relevância na sociedade, uma vez que é considerada a moléstia mais prevalente do trato digestivo superior. O entendimento de sua fisiopatologia, oriundo dos avanços propedêuticos, o surgimento de novas drogas eficazes na inibição da produção da secreção ácida gástrica, em níveis suficientes para a cicatrização de lesões esofágicas inflamatórias e a realidade da cirurgia videolaparoscópica contribuíram muito para o alívio da sintomatologia dos pacientes e em muitos casos para a cura das lesões causadas pelo refluxo gastroesofágico patológico. O tratamento cirúrgico videolaparoscópico é o grande avanço terapêutico nestes últimos anos, sendo que a sua indicação visa buscar a correção das alterações que levam ao surgimento da DRGE e com isso eliminar sintomas e curar as lesões esofágicas. Um grupo de 55 pacientes portadores de DRGE operados laparoscopicamente pela técnica de Nissen modificada, com e sem disfagia pré-operatória, foi avaliado clinica, manometrica, endoscopica, radiologica e cintilograficamente, antes da cirurgia. No período pósoperatório, estes pacientes foram estudados, com o intuito de pesquisar fatores de risco préoperatórios para o surgimento de disfagia pós-operatória persistente. O seguimento ambulatorial médio, após a cirurgia, foi de 47,5 meses. A idade destes pacientes variou de 25 a 74 anos, com média de 50 anos. O sexo feminino foi predominante com 50,91%. Houve associação estatística entre disfagia pré-operatória e disfagia pós-operatória, entre disfagia pós-operatória precoce (nas primeiras 6 semanas) e persistente (após 6 semanas). A dilatação esofágica endoscópica foi terapia segura e eficaz para pacientes disfágicos. Houve, também, associação estatística entre satisfação com a cirurgia e não necessidade de utilização de medicação antirefluxo após o procedimento, bem como entre satisfação com a cirurgia e ausência de disfagia pós-operatória persistente. Disfagia pré-operatória intensa foi fator de risco, com significância estatística, para ocorrência de disfagia pós-operatória persistente. Deste modo, este estudo conclui que uma anamnese minunciosa, para caracterização adequada dos pacientes candidatos a terapia cirúrgica para a DRGE, mesmo que subjetiva, através de consulta médica, foi mais importante que exames complementares, como a manometria esofágica, com dados aferidos objetivamente, para presunção de disfagia pós-operatória, que está diretamente relacionada com a satisfação do paciente, tanto quanto o controle efetivo dos sintomas, sem necessidade de uso regular de medicação / Abstract: Gastroesophageal reflux disease (GERD) is of great importance to society as it is considered to be the most common disease of the upper digestive tract. Understanding of the physiopathology of this disease as a result of advances in technology, the appearance of new drugs capable of reducing gastric acid secretions to levels low enough to enable healing of inflammatory esophageal lesions, the advent of videolaparoscopic surgery, have all contributed extensively to relieving the symptoms of patients and in many cases curing the lesions caused by gastroesophageal reflux. Surgical treatment by videolaparoscopic has been the major advance in surgery in the last few years, and its use seeks to correct the alterations that lead to the appearance of GERD, therefore eliminating the symptoms and curing esophageal lesions. A group of 55 patients with GERD operated laparoscopically by modified Nissen technique, with and without preoperative dysphagia, was evaluated clinically, manometrically, endoscopically, radiologically and with nuclear study before surgery. In the postoperative period, these patients were studied for researching risk factors for appearance of persistent postoperative dysphagia. The average follow-up after surgery was 47.5 months. The age of these patients ranged from 25 to 74 years, with an average of 50 years. The females were predominant with 50.91%. There was a statistical association between preoperative dysphagia and postoperative dysphagia, between early postoperative dysphagia (within 6 weeks) and persistent postoperative dysphagia (after 6 weeks). Esophageal endoscopic dilatation therapy was safe and effective for patients with dysphagia. There was also a statistical association between satisfaction with the surgery and no need for use of antireflux medication after the procedure, as well as between satisfaction with the surgery and no postoperative persistent dysphagia. Intense preoperative dysphagia was risk factor for postoperative persistent dysphagia. Therefore, this study concludes that evaluation of the candidates for surgical therapy for GERD, even though subjective, through anamnesis, was more important than exams, such as esophageal manometry, with data measured objectively, to presumption of postoperative dysphagia, which is directly related to patient satisfaction, as well as effective control of symptoms without the need for regular medication / Mestrado / Fisiopatologia Cirúrgica / Mestre em Ciências
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Relação entre disfagia orofaríngea e aspectos clínicos em sujeitos pós acidente vascular cerebral avaliados ambulatorialmente / Relationship between oral pharyngeal dysphagia and clinical aspects in after stroke outpatients evaluationBray, Heloisa Toller, 1979- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Lucia Figueiredo Mourão / Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T23:31:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: A alteração na deglutição, em indivíduos após acidente vascular cerebral (AVC) é uma das sequelas mais encontradas e pode acarretar comprometimentos respiratórios, nutricionais, além de interferir negativamente no prazer em se alimentar, e na socialização. O presente estudo objetivou relacionar a disfagia orofaríngea e os aspectos clínicos, em sujeitos pós AVC, avaliados ambulatorialmente.Trata-se de um estudo transversal quantitativo com 38 sujeitos. Foram analisados os aspectos clínicos: comorbidades, número de AVC, queixas relacionadas às fases da deglutição, grau de severidade da disfagia (SD), funcionalidade da deglutição por meio da Functional Oral IntakeScale (FOIS) e, aspectos da avaliação videoendoscópica da deglutição (presença de estases, penetrações e aspirações laríngeas). Os sujeitos foram atendidos no ambulatório de Otorrinolaringologia /Disfagia do Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas. Dentre os 38 sujeitos, 24, eram do gênero masculino, com mediana de idade de 63 anos e 14 do gênero feminino, com mediana de idade de 63 anos. Destes, 31 eram hipertensos e 14 diabéticos. O número de pacientes com AVC, se único ou múltiplo, foi respectivamente 26 e 12. O tempo de avaliação pós AVC foi de 1 a 12 meses. No estudo foi observado maior número de queixas de fase oral (FO) do que de fase faríngea (FF) (p=0,015). Na avaliação da deglutição, os sujeitos apresentaram FOIS nos níveis 1 (7,89%), 5 (84,21%) e 7 (7,89%). O grau da disfagia foi ausente em 15,78%, leve em 39,47%, moderado em 31,57% e grave em 13,15%. Foram observadas penetrações laríngeas de alimento em 34,21% e aspirações laríngeas em 7,89% por meio das videoendoscopias da deglutição (VEDs) realizadas. Houve correlação estatística positiva entre presença de estase e presença de clareamento, em todas as consistências analisadas. Também foi observada correlação positiva entre SD e penetração (p=<0,0001). Conclui-se que, 84% dos sujeitos após AVC, apresentaram algum grau de disfagia, no presente estudo. Não foram observadas correlações entre os parâmetros da deglutição estudados com os aspectos clínicos, porém evidenciou-se tendência dos sujeitos com maior tempo de AVC apresentarem maior severidade da disfagia (p=0,0501). Há a necessidade de avaliações da deglutição, a longo prazo, de todos os sujeitos pós-AVC, em virtude da manutenção da disfagia e do comprometimento na funcionalidade da ingestão oral. Também, concluí-se que a metodologia de avaliação da deglutição nos pacientes após AVC deve incluir necessariamente o teste de todas as consistências alimentares, por meio de exame objetivo, principalmente das consistências sólidas, pastosas e líquidas / Abstract: The swallowing alteration in patients after stroke (AVC) is one of the most frequent sequels found and can cause respiratory diseases, nutritional injury, beyond negatively interfere in the pleasure of eating and in the socialization.The present study aimed to relationship oral pharyngeal dysphagia and clinical aspects in after stroke outpatients evaluation. Was made transversal study with 38 patients. Was analysed the clinical aspects: comorbidities, number of strokes, the phases of swallowing complaints, degree of severity of dysphagia (SD), functionality of swallowing by Functional Oral Intake Scale (FOIS) and aspects of endoscopic evaluation of swallowing (presence of stasis, penetration laryngeal and aspiration). These patients were treated at the Otolaryngology-dysphagia clinic of the University Hopital-Unicamp. Among of 38 patients, 24 were male gender, with median age of 63 years and 14 female gender with a median age of 63 years. From these 31 were hypertension and 14 mellitus diabetes. The number of strokes if single or multiple were respectively: 26 and 12. The evaluation time post stroke was 1 to 12 months. In the study was observed largest number of oral phase complaints (FO) than in relation to the pharyngeal phase (PF) with (p = 0.0150). In the swallowing evaluation the patients presented FOIS in the level 1 (7.89%), 5 (84.21%) and 7 (7.89%). The degree of dysphagia was: absent in 15.78%, mild in 39.47%, moderate in 31.57% and severe in the 13.15%. Were observed penetrations in 34.21% and aspirations in the 7.89% in VED were made. There was statistical correlation between stasis and clearing and clearing in all analyzed consistencies. It was also observed positive correlation between SD and penetration (p=<0.0001). It was concluded that 84% of the subjects after stroke, some degree of dysphagia exhibited, in this study.There were no correlations between the parameters of swallowing studied with clinical evaluation but showed a tendency of subjects with a longer stroke have a higher severity of dysphagia (p = 0.0501). There was the need for evaluation of swallowing the long-term, all subjects after stroke, in view of maintenance of dysphagia and compromise the functionality of the oral intake. Also, it was concluded that the methodology of evaluation of swallowing in patients after stroke should necessarily include testing of all food consistencies, through objective examination of consistencies mostly solid, pasty and liquid / Mestrado / Interdisciplinaridade e Reabilitação / Mestre em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação
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Programa terapêutico fonoaudiológico ambulatorial para disfagia orofaríngea em adultos e idosos / Outpatient speech therapy program for oropharyngeal dysphagia in adults and elderly.Irina Claudia Fernandes Alves 28 October 2015 (has links)
INTRODUCÃO: O objetivo da reabilitação em disfagia orofaríngea é estabilizar o aspecto nutricional e eliminar os riscos de aspiração laringotraqueal e consequentes complicações associadas. Um estudo sistemático que permita estabelecer o processo de reabilitação fonoaudiológica da disfagia orofaríngea, bem estruturado com base e em evidências e demonstração dos indicadores de qualidade, ainda se faz necessário para nortear a atuação clínica. O objetivo da pesquisa foi a aplicação da primeira fase de um ensaio clínico, onde o PTFDO foi avaliado em seu efeito terapêutico. A medida de efeito adotada foi a manifestação da alteração funcional considerada como mudança benéfica positiva (segurança para deglutição do alimento, por via oral, após a aplicação do tratamento). MÉTODO: Este foi um estudo longitudinal de efeito de tratamento, determinado por medidas comparativas entre pré e pós teste. A população alvo do estudo alvo foram pacientes adultos, encaminhados ao Ambulatório de Disfagia, HCFMUSP, para avaliação e tratamento fonoaudiológico. O período de seleção dos participantes foi de 24 meses, sendo avaliados para elegibilidade todos os pacientes encaminhados pelas equipes médicas do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Para avaliação clínica fonoaudiológica da deglutição foram aplicados protocolos clínicos padronizados, PARD e PITA. Após a avaliação inicial, foram compostos 3 grupos de alocação, com base no padrão funcional da deglutição. A alocação dos participantes foi realizada com base na classificação do paciente segundo a Escala Funcional ASHA NOMS. Todos os participantes, independente do grupo de alocação, realizaram o mesmo programa terapêutico, composto por número de sessões fechadas, com técnicas especificas, bem como sua frequência e intensidade. As técnicas realizadas nas sessões presenciais, também foram repetidas diariamente pelos participantes. RESULTADOS: Foram incluídos de acordo com os critérios pré-estabelecidos um total de 138 participantes. Nos três grupos existe uma redução significativa dos sinais para disfagia, tendo em comum no pós tratamento a presença de deglutições múltiplas em todos os grupos CONCLUSÃO: Os dados obtidos demonstram efetividade na reabilitação da disfagia orofaríngea por meio da terapia tradicional, utilizando sessões presenciais e orientações em casa, num período de quatro semanas / INTRODUCTION: The aim of rehabilitation in oropharyngeal dysphagia is to stabilize the nutritional aspect and eliminate the risk of tracheal aspiration and subsequent complications associated. A systematic study to establish the process of voice rehabilitation of oropharyngeal dysphagia, well structured and based on evidence and statement of quality indicators are still needed to guide clinical practice. The research objective was the implementation of the first phase of a clinical trial where the PTFDO was valued at its therapeutic effect. The adopted measure of effect was the manifestation of the functional alteration considered positive beneficial change (for food safety swallowing orally, after application of the treatment). METHODS: This was a longitudinal study of treatment effect, determined by comparative measurements between pre and post test. The target study target population been adult patients referred to the Clinic of Dysphagia, HCFMUSP for evaluation and speech therapy. The period of selection of participants was 24 months, being evaluated for eligibility all patients referred by medical personnel of the Central Institute of the Hospital das Clinicas, Faculty of Medicine, University of Sao Paulo. For clinical examination of swallowing were applied standardized clinical protocols, PARD and PITA. After the initial assessment, it was made 3 allocation groups, based on functional pattern of swallowing. The allocation of participants was based on patients\' classification according to Functional Scale ASHA NOMS. All participants, regardless of the allocation group, underwent the same treatment program, consisting of number of closed sessions, with specific techniques as well as their frequency and intensity. The techniques used in classroom sessions were also repeated daily by the participants. RESULTS: We included according to pre-established criteria a total of 138 participants. In all three groups there is a significant reduction in the signs for dysphagia, in common post treatment the presence of multiple swallows in all CONCLUSION groups: The data demonstrate effectiveness in the rehabilitation of oropharyngeal dysphagia through traditional therapy using classroom sessions and guidelines at home, over a four week period
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Cinética dos anticorpos anti-HLA no pós-transplante renal - impacto na rejeição aguda do enxerto / Clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagiaBarbosa, Erick Acerb 06 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: São poucos os estudos que descrevem e comparam as avaliações clínicas fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia. Neste estudo, descrevemos os sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea observados na avaliação clínica e os achados videofluoroscópicos das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição; identificamos os sinais e sintomas clínicos associados à presença de alteração na fase faríngea; identificamos os fatores clínicos associados aos sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea e aos achados videofluoroscópicos das fases oral e faríngea; e verificamos a influência da idade na presença dessas alterações. MÉTODOS: Análise retrospectiva de dados de avaliações clínicas fonoaudiológicas e videofluoroscópicas da deglutição realizadas em 55 crianças de 1 mês a 7 anos e 11 meses de idade. Na avaliação clínica, utilizou-se o Protocolo para Avaliação Clínica da Disfagia Pediátrica. Na videofluoroscopia, analisaram-se alterações nas fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. Para a análise estatística, foram utilizados os Testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher. RESULTADOS: A alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio foram os sinais clínicos mais observados. As alterações de fase oral foram menos frequentes com líquido fino e mais frequentes com pastoso homogêneo. As alterações na fase faríngea foram mais frequentes com líquido fino e menos frequentes com líquido engrossado e pastoso homogêneo. Na fase esofágica, aproximadamente metade das crianças apresentou refluxo gastroesofágico. O engasgo associou-se à penetração laríngea isolada com líquido fino. A prematuridade e os problemas neurológicos associaram-se à dessaturação de oxigênio. Houve associação significativa entre problemas neurológicos e alteração de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição. O refluxo gastroesofágico associou-se ao desconforto respiratório. Na avaliação clínica, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alteração na ausculta cervical e na qualidade vocal e mais desconforto respiratório; as de 7-14 meses mais alteração na ausculta cervical; as maiores do que 1 ano mais alteração na qualidade vocal. Na videofluoroscopia, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alterações na fase oral e resíduo faríngeo; as de 7-14 meses mais alterações na fase faríngea com líquido fino; as de 15-36 meses mais alterações na fase oral; as maiores do que 37 meses mais alterações na fase faríngea com pastoso homogêneo; as maiores do que 1 ano mais alterações na fase oral e resíduo faríngeo. CONCLUSÕES: Os sinais e sintomas clínicos mais observados foram alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio. As alterações na fase oral e faríngea relacionaram-se à diferentes consistências alimentares. O engasgo foi o único sinal clínico associado à penetração laríngea isolada com líquido fino. A dessaturação de oxigênio associou-se à prematuridade e aos problemas neurológicos e o desconforto respiratório ao refluxo gastroesofágico. As alterações de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição associaram-se aos problemas neurológicos. Constataram-se diferenças para os sinais clínicos relacionadas à idade. Observaram-se alterações nas fases oral e faríngea não esperadas para a idade na população estudada / INTRODUCTION: Studies which report and compare clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagia are scarce. In the present study, we reported clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase, noticed during the clinical assessment and videofluoroscopic findings of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing; we identified clinical signs and symptoms associated with alterations in the pharyngeal phase; we identified clinical factors associated with clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase and with videofluoroscopic findings of oral and pharyngeal phases; and we also verified the influence of age on such alterations. METHODS: Retrospective analysis of data from clinical and videofluoroscopic swallowing assessment performed in 55 children with ages between 1 month and 7 years and 11 months. For the clinical assessment, the \"Protocol for Clinical Assessment of Pediatric Dysphagia\" was used. In the videofluoroscopy, alterations in oral, pharyngeal and esophageal phases were analyzed. For the statistical analysis, Chi-square Test and Fisher\'s Exact Test were used. RESULTS: Cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation were the most common clinical signs observed. Alterations in the oral phase were less frequent with thin liquid and more frequent with smooth puree consistency. Alterations in the pharyngeal phase were more frequent with thin liquid and less frequent with thickened liquid and smooth puree consistency. In esophageal phase, approximately half sample presented gastroesophageal reflux. Choking was associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Prematurity and neurological disorders were associated with oxygen desaturation. Significant association between neurological disorders and alterations in oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were found. Gastroesophageal reflux was associated with respiratory distress. In the clinical assessment, children aged between 1-6 months showed less cervical auscultation and vocal quality alterations and more respiratory distress; those between 7-14 months presented more cervical auscultation alteration; those older than 1 year showed more vocal quality alteration. In the videofluoroscopy, children aged between 1-6 months showed less alterations in the oral phase and pharyngeal residue; those between 7-14 months showed more alterations in the pharyngeal phase with thin liquid; those between 15-36 months presented more alterations in the oral phase; those older than 37 months showed more alterations in the pharyngeal phase with smooth puree consistency; those older than 1 year presented more alterations in the oral phase and pharyngeal residue. CONCLUSIONS: The most common clinical signs and symptoms were cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation. Alterations in the oral and pharyngeal phases were related to different food consistencies. Choking was the only clinical sign associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Oxygen desaturation was associated with prematurity and neurological disorders. Respiratory distress was associated with gastroesophageal reflux. Alterations in the oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were associated with neurological disorders. Differences for clinical signs related to age were verified. Alterations in the oral and pharyngeal phases which were not expected for age of the population studied were noticed
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Avaliações clínica fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia / Clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagiaSilva-Munhoz, Lenice de Fatima da 07 November 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: São poucos os estudos que descrevem e comparam as avaliações clínicas fonoaudiológica e videofluoroscópica da deglutição em crianças com suspeita de disfagia. Neste estudo, descrevemos os sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea observados na avaliação clínica e os achados videofluoroscópicos das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição; identificamos os sinais e sintomas clínicos associados à presença de alteração na fase faríngea; identificamos os fatores clínicos associados aos sinais e sintomas clínicos sugestivos de alterações na fase faríngea e aos achados videofluoroscópicos das fases oral e faríngea; e verificamos a influência da idade na presença dessas alterações. MÉTODOS: Análise retrospectiva de dados de avaliações clínicas fonoaudiológicas e videofluoroscópicas da deglutição realizadas em 55 crianças de 1 mês a 7 anos e 11 meses de idade. Na avaliação clínica, utilizou-se o Protocolo para Avaliação Clínica da Disfagia Pediátrica. Na videofluoroscopia, analisaram-se alterações nas fases oral, faríngea e esofágica da deglutição. Para a análise estatística, foram utilizados os Testes de Qui-quadrado e Exato de Fisher. RESULTADOS: A alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio foram os sinais clínicos mais observados. As alterações de fase oral foram menos frequentes com líquido fino e mais frequentes com pastoso homogêneo. As alterações na fase faríngea foram mais frequentes com líquido fino e menos frequentes com líquido engrossado e pastoso homogêneo. Na fase esofágica, aproximadamente metade das crianças apresentou refluxo gastroesofágico. O engasgo associou-se à penetração laríngea isolada com líquido fino. A prematuridade e os problemas neurológicos associaram-se à dessaturação de oxigênio. Houve associação significativa entre problemas neurológicos e alteração de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição. O refluxo gastroesofágico associou-se ao desconforto respiratório. Na avaliação clínica, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alteração na ausculta cervical e na qualidade vocal e mais desconforto respiratório; as de 7-14 meses mais alteração na ausculta cervical; as maiores do que 1 ano mais alteração na qualidade vocal. Na videofluoroscopia, as crianças de 1-6 meses de idade apresentaram menos alterações na fase oral e resíduo faríngeo; as de 7-14 meses mais alterações na fase faríngea com líquido fino; as de 15-36 meses mais alterações na fase oral; as maiores do que 37 meses mais alterações na fase faríngea com pastoso homogêneo; as maiores do que 1 ano mais alterações na fase oral e resíduo faríngeo. CONCLUSÕES: Os sinais e sintomas clínicos mais observados foram alteração na ausculta cervical, tosse, engasgo e dessaturação de oxigênio. As alterações na fase oral e faríngea relacionaram-se à diferentes consistências alimentares. O engasgo foi o único sinal clínico associado à penetração laríngea isolada com líquido fino. A dessaturação de oxigênio associou-se à prematuridade e aos problemas neurológicos e o desconforto respiratório ao refluxo gastroesofágico. As alterações de fase oral e resíduo em valécula e recessos piriformes após a deglutição associaram-se aos problemas neurológicos. Constataram-se diferenças para os sinais clínicos relacionadas à idade. Observaram-se alterações nas fases oral e faríngea não esperadas para a idade na população estudada / INTRODUCTION: Studies which report and compare clinical and videofluoroscopic swallowing assessment in children with suspected dysphagia are scarce. In the present study, we reported clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase, noticed during the clinical assessment and videofluoroscopic findings of oral, pharyngeal and esophageal phases of swallowing; we identified clinical signs and symptoms associated with alterations in the pharyngeal phase; we identified clinical factors associated with clinical signs and symptoms that may suggest alterations in the pharyngeal phase and with videofluoroscopic findings of oral and pharyngeal phases; and we also verified the influence of age on such alterations. METHODS: Retrospective analysis of data from clinical and videofluoroscopic swallowing assessment performed in 55 children with ages between 1 month and 7 years and 11 months. For the clinical assessment, the \"Protocol for Clinical Assessment of Pediatric Dysphagia\" was used. In the videofluoroscopy, alterations in oral, pharyngeal and esophageal phases were analyzed. For the statistical analysis, Chi-square Test and Fisher\'s Exact Test were used. RESULTS: Cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation were the most common clinical signs observed. Alterations in the oral phase were less frequent with thin liquid and more frequent with smooth puree consistency. Alterations in the pharyngeal phase were more frequent with thin liquid and less frequent with thickened liquid and smooth puree consistency. In esophageal phase, approximately half sample presented gastroesophageal reflux. Choking was associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Prematurity and neurological disorders were associated with oxygen desaturation. Significant association between neurological disorders and alterations in oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were found. Gastroesophageal reflux was associated with respiratory distress. In the clinical assessment, children aged between 1-6 months showed less cervical auscultation and vocal quality alterations and more respiratory distress; those between 7-14 months presented more cervical auscultation alteration; those older than 1 year showed more vocal quality alteration. In the videofluoroscopy, children aged between 1-6 months showed less alterations in the oral phase and pharyngeal residue; those between 7-14 months showed more alterations in the pharyngeal phase with thin liquid; those between 15-36 months presented more alterations in the oral phase; those older than 37 months showed more alterations in the pharyngeal phase with smooth puree consistency; those older than 1 year presented more alterations in the oral phase and pharyngeal residue. CONCLUSIONS: The most common clinical signs and symptoms were cervical auscultation alteration, cough, choking and oxygen desaturation. Alterations in the oral and pharyngeal phases were related to different food consistencies. Choking was the only clinical sign associated with isolated laryngeal penetration with thin liquid. Oxygen desaturation was associated with prematurity and neurological disorders. Respiratory distress was associated with gastroesophageal reflux. Alterations in the oral phase and post-swallow residue in valleculae and pyriform sinuses were associated with neurological disorders. Differences for clinical signs related to age were verified. Alterations in the oral and pharyngeal phases which were not expected for age of the population studied were noticed
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Caracterização da deglutição em portadores de distrofia miotônica de Steinert / Characterization of swallowing in patients with myotonic dystrophy of SteinertErcolin, Beatriz 07 November 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: A disfagia orofaríngea e os distúrbios de motilidade esofágica são considerados as mais importantes causas de pneumonia aspirativa em pacientes com distrofia miotônica. O objetivo deste estudo foi avaliar as características clínicas da motricidade orofacial e a deglutição de indivíduos com distrofia miotônica (DM1), utilizando um protocolo clínico padronizado e eletromiografia de superfície (EMGs). MÉTODO: Os participantes foram divididos em dois grupos: G1-composto por 20 adultos com DM1; G2-composto por 20 voluntários saudáveis, os participantes foram pareados por idade e gênero com G1 para a análise estatística. Foi realizada a avaliação das estruturas e funções orofaciais, utilizando um protocolo clínico padronizado, e mensurada a atividade mioelétrica da deglutição por meio da EMGs, com eletrodos localizados em quatro grupos musculares: (1) orbicular da boca, (2) masseter, (3) musculatura suprahioidea e (4) extrínseca da laringe. A atividade mioelétrica foi medida durante o repouso muscular e durante a deglutição de saliva e de 16,5ml e 20ml de água. Os traçados da EMGs foram avaliados durante o inicio (onset), pico e o término (offset), dos evento da deglutição. A análise estatística incluiu a ANOVA de duplo fator para intragrupos e intergrupos e o teste de Bonferroni para correções de comparações múltiplas. RESULTADOS: Pacientes com DM1 apresentaram déficits em posição, postura e mobilidade dos órgãos miofuncionais orofaciais, e nas funções de mastigação e deglutição. Além disso, os resultados da EMGs para diferentes tarefas de deglutição indicaram maior atividade muscular do orbicular da boca e maior duração da ativação muscular para os músculos: orbicular da boca, masseter e extrínseco de laringe. Não foi observado aumento significativo na amplitude da EMGs, nos pacientes com DM1, quando comparado aos resultados obtidos no teste de deglutição normal com o teste de estresse. CONCLUSÕES: A maior duração da deglutição na EMGs no grupo DM1, possivelmente está relacionada a miotonia e/ou incoordenação dos músculos envolvidos no processo da deglutição ou pode estar relacionado a uma adaptação fisiológica para uma deglutição segura. A identificação precoce dos distúrbios da deglutição permite reabilitação precoce oral, o que poderia diminuir o risco de pneumonia por aspiração nesta população. / INTRODUCTION: Oropharyngeal dysphagia and oesophageal motility disorders were found to be the most important reasons causing aspiration pneumonia in patients with myotonic dystrophy. The purpose of this report was to evaluate clinical characteristics of the oral motor movements and swallowing of individuals with myotonic dystrophy type 1 (DM1), using a standardized clinical protocol and surface electromyography (sEMG). METHOD: Participants were 40 individuals divided in two groups: G1- composed by 20 adults with DM1; G2- composed by 20 healthy volunteers paired by age and gender to individuals in G1. Participants of all groups underwent clinical assessment of the orofacial structures and functions using a standardized clinical protocol. The myoelectric activity of swallowing was measured using sEMG. Four muscle groups were examined: (1) the orbicularis oris superior and inferior; (2) the masseter; (3) the submental muscle group; and (4) the laryngeal strap muscles. Muscle activity was measured during rest, during dry swallows and during the swallowing of 16.5ml and 20ml of water. Surface EMG traces were evaluated for onset, peak and offset of activity during swallow events. The statistical analysis included the one-way ANOVA with two factors for within and between group comparisons and the Bonferroni correction for multiple comparisons. RESULTS: Patients with DM1 presented deficits in posture, position and mobility of the oral motor organs, as well as compromised mastication and deglutition. Moreover, sEMG results for different swallowing tasks indicated higher muscle activity for the orbicularis oris and longer durations of muscle activation for the orbicularis oris, masseter and laryngeal strap muscles. When considering within group comparisons, DM1 patients did not present a significant increase of sEMG amplitude during the stress test in comparison with the normal swallow test. CONCLUSION: Compared to healthy individuals, patients with DM1 presented longer times to pass a bolus from the oral cavity to the esophagus. The larger duration of sEMG in the DM1 group is possibly related to myotonia and/or incoordination of the muscles involved in the swallowing process or could reflect a physiological adaptation for safe swallowing. Early identification of swallowing disorders enables early oral rehabilitation, which in turn could decrease the risk of aspiration pneumonia in this population.
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Protocolo fonoaudiológico de introdução e transição da alimentação por via oral para pacientes com risco para disfagia (PITA) / Oral feeding transition protocol (OFTP)Padovani, Aline Rodrigues 02 March 2010 (has links)
A disfagia orofaríngea é um déficit frequentemente relacionado à consequências graves, como a desidratação, desnutrição, aspiração, pneumonia e morte. A avaliação fonoaudiológica a beira do leito é indicada para a detecção precoce deste distúrbio, no ambiente hospitalar. Geralmente inclui a coleta de informações acerca da dificuldade de deglutição; revisão da história médica; observação do estado clínico atual; avaliação da fala, voz e estruturas orofaciais e; observação do paciente durante os testes de deglutição com diferentes consistências de alimentos. Neste estudo, foi proposta a elaboração e validação de conteúdo do Protocolo Fonoaudiológico de Introdução e Transição da Alimentação por Via Oral para pacientes com risco para disfagia orofaríngea (PITA). Este protocolo visa auxiliar o fonoaudiólogo no gerenciamento clínico da disfagia, durante a fase de introdução e transição da alimentação por via oral na internação. O processo de elaboração e validação de conteúdo do PITA foi conduzido em três fases. A primeira fase baseou-se na fundamentação teórica e avaliação do protocolo-piloto. A segunda fase teve como objetivo a elaboração do PITA, sendo determinadas as definições constitutivas e operacionais de cada variável eleita. A terceira fase, a validação de aparência e conteúdo foi conduzida por meio da análise de treze juízes com expertise na área de estudo. Durante a terceira fase, os juízes foram convidados a avaliar o PITA, por meio de um questionário de validação de aparência e conteúdo. Para a análise das respostas dos juízes foram aceitos os índices de 0,78 para validação de conteúdo dos itens individualmente (IVC-I) e 0,90 para o índice de validação total do protocolo (IVC-T). Como resultado, o PITA foi constituído por vinte e um itens, com suas respectivas definições constitutivas e operacionais. Os resultados da terceira fase foram divididos em duas etapas. Na primeira, após a avaliação dos juízes, houve necessidade de modificar, incluir e excluir algumas variáveis. Na segunda, após repetição da avaliação dos juízes, os índices calculados apresentaram-se adequados, conforme a proposta do estudo, sendo definida a aparência e conteúdo do protocolo final. Assim, o PITA apresenta-se como um protocolo teórico, elaborado com base na literatura científica disponível. Por meio da avaliação de juízes experientes na área de estudo foi possível aperfeiçoar o instrumento e validá-lo em sua aparência e conteúdo. Outras pesquisas são essenciais para a aplicação experimental em larga escala, abrangendo diferentes fonoaudiólogos, pacientes, doenças de base e instituições. Apesar de ser um instrumento de baixo custo e fácil utilização, há ressalvas quanto à sua subjetividade e adverte-se a necessidade de treinamento prévio do examinador para a correta aplicação do instrumento. / Dysphagia is a deficit often related to serious consequences such as dehydration, malnutrition, aspiration, pneumonia, and death. Speech evaluation at bedside is indicated for early detection of this disorder in the hospital. It usually includes collecting information about dysphagia; medical review; current clinical status; assessment of speech, voice, and orofacial structures and; clinical tests with intake of different food textures. In this study, the development and validation of content of the \"Oral Feeding Transition Protocol (OFTP) was proposed. This protocol aims to assist speech pathologists in the clinical management of dysphagia, during the introduction and the transition to oral feeding at hospitals. The process of developing and validating the content of OFTP was conducted in three phases. The first phase provided theoretical background and evaluation of the pilot protocol. The OFTP was elaborated in the second phase, when the constitutive and operational definitions of each chosen variable were determined. The third phase was carried out in order to validate the protocol content. This validation was performed through the analysis of thirteen judges with expertise in dysphagia. During the third phase, the judges were asked to assess the OFTP, through a questionnaire of content validation. For this analysis the following validation indexes were accepted: 0.78 for individual items (IVC-I), and 0.90 for the overall scale (CVI-T). As a result, the OFTP was composed of 21 items, with their respective constitutive and operational definitions. The results of third phase were divided in two stages. In the first stage, after the judges evaluations, it was necessary to modify, add and delete some variables. In the second stage, after a new evaluation of the judges, the calculated indexes demonstrated to be adequate, as proposed by the study, and the final version of the protocol was determined. The OFTP is a theoretical protocol based on the available scientific literature. The evaluation of expert judges improved the tool and validated appearance and content of the protocol. Further research is essential for the experimental application with a large scale, different speech therapists, patients, underlying diseases, and institutions. The OFTP is a low cost instrument, with simple procedures for application. Despite this, there are concerns about its subjectivity; specific training is needed prior to the correct application of the instrument.
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Indicadores de disfagia na doença pulmonar obstrutiva crônica / Indicators of dysphagia in chronic pulmonary obstructive diseaseChaves, Rosane de Deus 03 August 2010 (has links)
Existe uma relação anatômica e funcional entre a respiração e a deglutição, sendo essencial a coordenação temporal entre essas duas funções para manter a ventilação e prevenir a aspiração pulmonar. Alterações no padrão da respiração e da ventilação podem influenciar a coordenação entre deglutição e respiração. Pacientes com doenças pulmonares crônicas podem ser susceptíveis a apresentar alteração na coordenação entre deglutição e respiração devido às alterações funcionais ventilatórias. O objetivo desta dissertação foi identificar sintomas de disfagia em indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Foram avaliados 35 pacientes portadores de DPOC e 35 participantes voluntários pareados por idade e gênero. A caracterização dos participantes do grupo com a DPOC foi realizada pela gravidade da doença (VEF1) e pela dispnéia (escala MMRC). O índice de massa corpórea foi calculado para os participantes de ambos os grupos. A identificação dos sintomas de disfagia foi realizada por meio da aplicação de um questionário de triagem de disfagia. Os participantes com DPOC apresentaram sintomas moderados (p<0,001) e leves (p<0,003) de disfagia quando comparados aos indivíduos sem a doença. A Análise Fatorial permitiu agrupar em fatores as questões que possuíam significados em comum, reduzindo a quantidade de variáveis do estudo. Foram determinados 4 fatores que totalizaram 63,5% da variabilidade da amostra: Fator I - relacionado a função faríngea e proteção da via aérea; Fator II: relacionado a função esofágica e história de pneumonia ; Fator III: relacionado ao estado nutricional; Fator IV: relacionado a função oral. Os sintomas mais freqüentes de disfagia apresentados pelos participantes com DPOC foram relacionados aos fatores: função faríngea e proteção de via aérea (p<0,001); função esofágica e história de pneumonia (p<0,001) e estado nutricional (p<0,001). A variável IMC correlacionou-se com o VEF1 (r=0,567;p<0;001) e com estado nutricional (r= -0,046; p<0,008). A dispnéia correlacionou-se com a função faríngea e proteção de via aérea (r=0,408;p=0,015) e com a função esofágica e história de pneumonia (r= 0,397; p<0,015). O fator função faríngea e proteção da via aérea correlacionou-se com o fator função esofágica e história de pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusão: Indivíduos com DPOC apresentam sintomas de disfagia quando comparados a grupo controle. / There is an anatomical and physiological relationship between breathing and swallowing, the temporal coordination between these two functions are essential to maintain ventilation and to prevent pulmonary aspiration. Changes in the breathing and ventilation patterns can have an influence on the coordination of swallowing and respiration. Patients with chronic lung diseases may be susceptible to changes in the coordination between swallowing and breathing due to ventilatory functional changes. The purpose of this research was to identify symptoms of dysphagia in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD), through the application of a screening questionnaire for dysphagia. Participants of the research were 35 patients with COPD and 35 control volunteers matched by age and gender. The characterization of the participants in the group with COPD was conducted by disease severity (FEV1) and dyspnea (MMRC scale). The body mass index was calculated for participants in both groups. The identification of the symptoms of dysphagia was achieved by applying a screening questionnaire for dysphagia. Participants with COPD had moderate symptoms (p<0,001) and mild symptoms (p<0,003) of dysphagia when compared to subjects without the disease. The factor analysis allowed grouping in factors the questions that had meanings in common, reducing the amount of study variables. It was determined that four factors totaled 63,5% of the variability of the sample: Factor I - related to pharyngeal function and airway protection; Factor II: related to esophageal function and history of pneumonia; Factor III: related to nutritional status; Factor IV: related to oral function. The most frequent symptoms of dysphagia presented by the participants with COPD were related to factors: pharyngeal function and airway protection (p<0,001); esophageal function and history of pneumonia (p<0,001); and nutritional status (p<0,001). The BMI correlated with FEV1 (r=0,567;p<0;001) and nutritional state (r= -0,046; p<0,008). Dyspnea correlated with pharyngeal function and airway protection (r=0,408;p=0,015) and with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,397; p<0,015). Pharyngeal function and airway protection correlated with esophageal function and history of pneumonia (r= 0,531; p=0,001). Conclusion: Participants with COPD had symptoms of dysphagia when compared to control group.
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