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'O Cabeleira' entre a tradição e o cientificismo: a construção do herói sertanejo e o projeto educacional de Franklin Távora / 'O Cabeleira' between tradition and science: the construction of the inland hero and the educational project of Franklin Távora

Ana Marcia Alves Siqueira 30 November 2007 (has links)
O trabalho tem por objetivo examinar a obra O Cabeleira, de Franklin Távora, como romancechave para se compreender uma parte do longo processo de formação de uma identidade nacional por meio da literatura, desenvolvido durante a segunda metade do século XIX. Também busca salientar a perpetuação e atualização de substratos da herança medieval portuguesa em nossa tradição literária, enfatizando o trabalho de transformação e climatização desses substratos graças à apropriação crítica realizada pelo autor. A imaginação criativa de Távora, embebida no repositório nacional, faz aflorar, em O Cabeleira, substratos medievais na construção do heróibandido, bem como na estruturação da trágica história romântica vivida pelo protagonista, na qual o amor é visto como um sentimento atávico, acima do Bem e do Mal, capaz de transformar até o mais cruel dos bandidos. Entretanto, o romance contempla outras intenções; além do objetivo de divulgar as \"autênticas tradições nacionais\", o autor buscava respaldar sua produção literária no cientificismo e defender a importância da educação para a construção de uma nação grandiosa. Certo de que as ciências naturais deveriam se unir à literatura para constituir a nação brasileira, Franklin Távora orquestra, no romance inaugural da Literatura do Norte, uma dupla intenção: de resgate das tradições nacionais através da história do bandido Cabeleira e de defesa da tese de que a educação é o único meio de salvar o sertanejo - e o povo brasileiro - da barbárie, assim como de elevar o Brasil ao patamar civilizatório dos países europeus. A utilização destes ideais e convicções como material literário possibilitou a diversidade de aspectos presentes no romance que parte de uma história registrada tanto pela crônica histórica quanto pelas trovas populares sobre o terrível Cabeleira, alcunha de José Gomes, um dos primeiros cangaceiros de Pernambuco. / The goal of this paper is to examine the romance O Cabeleira by Franklin Távora as a key novel for the comprehension of part of the long process of formation of a national identity through literature, accomplished raised along the second half of century XIX. It also aims to highlight the perpetuation and up date of the substrata of the Portuguese medieval inheritance in our literary tradition, emphasizing the work of transformation and climatization of these substrata due to the critical appropriation made by the author. Távora\'s creative imagination absorbed in the national repository, makes arise in O Cabeleira, medieval substrata in the construction of the outlaw hero, as well as in the structuralization of the tragic romantic history lived by the protagonist, in which love is faced as an atavic feeling, above of the good and of the evil, able to transform even the cruelest of the outlaws. However, the novel contemplates other intentions: besides divulging the \"authentic national traditions\", the author tried to endorse the literary production in science and to defend the whole of education in the construction of a huge nation. Certain that natural science should have to be joined to literature in order to build a Brazilian nation, Franklin Távola orchestrate, in the inaugural romance of the \"Literature of the North\", a double intention: the rescue of the national traditions through the history of the Cabeleira outlaw and the defense of the thesis stating that the education is the only means to save the sertanejo (inlander) - and the Brazilian people - from the barbarity and to raise Brazil to the civilizational plataform of European countries. The use of these ideals and certainties as literary material enabled the great variety of aspects present in the romance that emerge from a history registered both by historical chronicle and by the popular ballads about the terrible Cabeleira, nickname José Gomes, one of the first cangaceiros (bandits) from Pernambuco.
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Nietzsche e a transvaloração da tragédia

Silva, Anildo de Souza 12 December 2014 (has links)
Submitted by Maike Costa (maiksebas@gmail.com) on 2016-07-04T12:12:24Z No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 989612 bytes, checksum: 81bb07550777145999647bd6f656275e (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-04T12:12:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivo total.pdf: 989612 bytes, checksum: 81bb07550777145999647bd6f656275e (MD5) Previous issue date: 2014-12-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The main objective of this work consists in investigating, from Nietzsche’s philosophical work – especially in the texts The birth of tragedy, Human, all too human and the Genealogy of morals – in what form the contemporary esthete understood the notion of tragic art in three differentiated perspectives. For this task, we will pursue the following steps: First, the overview of the will to power and of surviving will be sketched, and the consequent affirmation of life by man. Subsequently, an understanding of the tragic art as an artist’s metaphysics will be built, perceiving it as a result of the Apollonian and Dionysian impulses, which relate to the principle of individuation and thus manifests an interpretation of the world as an aesthetic phenomenon. In this first perspective, the tragic art is useful to man by making the absurdity of life bearable. Then the second notion of tragic art as an educator of men for their most primitive instincts, mainly for the will of survival and creativity. This second way of looking at tragedy is related to an instrumental interpretation of Socratic and to Nietzsche’s “perspectivism”. Moreover, the tragic will be useful to educate man to affirm his life. In a third moment, we intend to demonstrate how tragic art, mischaracterized by modernity, shall be understood as an ascetic priestess. Finally, some concluding remarks on the problem of how tragic art has changed its meaning of artist’s methaphisics, passed to be man’s educator and became ascetic priestess. However, there is an element that will surpass all three Nietzsche’s notions of tragic art, namely its usefulness in seducing men to affirm their living. / O objetivo capital desse trabalho constitui-se em investigar, a partir obra filosófica de Nietzsche –, sobretudo, nos textos O nascimento da tragédia; Humano, demasiado humano e Genealogia da moral –, de que forma o esteta contemporâneo compreendeu a noção de arte trágica em três perspectivas diferenciadas. Para tal indústria, encadear-se-ão as seguintes etapas: Primeiro, será esboçado o panorama geral das vontades de poder e de sobrevivência, bem como a consequente afirmação do viver por parte do homem. Subsequentemente, será construído um entendimento acerca da arte trágica como metafísica de artista. Percebendo-a como resultado das pulsões apolíneas e dionisíaca, as quais se relacionam com o princípio de individuação e assim manifesta-se uma interpretação do mundo como fenômeno estético. Nessa primeira perspectiva, a arte trágica será útil ao homem por tornar o absurdo da vida suportável. Em seguida, será refletida a segunda noção de arte trágica como formadora do homem em vistas de suas pulsões mais primitivas, principalmente, das vontades de sobrevivência e de criação. Essa segunda forma de contemplar a tragédia encontra-se relacionada a uma instrumentalização do socratismo e ao perspectivismo nietzschianos. Ademais, o trágico servirá para educar o homem para a afirmação do seu viver. Em um terceiro momento, objetiva-se demonstrar como a arte trágica, descaracterizada pela modernidade, passa a ser compreendida como uma sacerdotisa asceta. Por fim, serão realizadas algumas considerações finais acerca da problemática de como a arte trágica teve o seu significado modificado de metafísica de artista, passou por formadora do homem e chegou a sacerdotisa ascética. Contudo, existe um elemento que irá transpor todas as três noções nietzschianas de trágico na arte, a saber: a utilidade do mesmo em seduzir o homem a afirmar o seu viver.
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Contorções do trágico na peça Dorotéia, de Nelson Rodrigues

Paulo, Juliana Ferreira de 30 May 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:39:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1202327 bytes, checksum: 766bc9b7ebd2d1425679aad6818910fc (MD5) Previous issue date: 2011-05-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This study tries to catch a glimpse of the tragic elements of Nelson Rodrigue's play, Dorotéia (1949), from the explanation of how its configuration recurs in the Rodriguean theather. The objective was to determine how to process this tragedy in a dramatic tradition which the configuration receives and repels, while at the same time theatricalizing the "contortions" of the tragic, which point beyond the realm of tragedy and adopt the construction of the farcical work processes of nature. Thus, the dramatic text produces two significant levels, from this theatrical "assembly", which flows into the meta-linguistic character of the play. We had as some of the analytical categories, action and characterization, and dramatic space and time. We used a theoretical basis for our research, which took into account the tragic elements considered in light of the relationship between tradition and modernity. We adopted an approach that relied on studies of Aristotle (2005), Hegel (1980), Ricoeur (1994), Szondi (2001), Rosenfeld (2008), and Luna (2005 and 2008), among others. We could observe an aesthetic option by the incorporation of processes that enable an instrumentation of the classical tradition. This option reflects a production characterized by the socio-cultural conditions of the time. Despite the complex dramatic structure, which emphasizes time and space, the tragic and farcical, and the epic drama, it remains at its end the unity of action with a slow dramatic progress made possible by the adoption of epic elements. Finally, we think that the text is constructed to culminate in the cathartic effect, while it is in reality camouflaged by a grotesque laughter and plays what we called "the tragic writhing." / Este trabalho busca vislumbrar o trágico na peça Dorotéia (1949), de Nelson Rodrigues, partindo da explanação sobre como tal aspecto se configura como recorrência no teatro rodrigueano. Objetivou-se verificar como se processa essa tragicidade, em relação a uma tradição dramática a qual a peça acolhe e repele, teatralizando as contorções do trágico, que aponta, para além do universo da tragédia, adotando na construção da obra processos de natureza farsesca. Assim, o texto dramático produz dois níveis significativos, a partir dessa montagem teatral, a qual desemboca no caráter metalingüístico da peça. Tivemos como algumas das categorias analíticas, a ação e a caracterização, o espaço e o tempo dramáticos. Como base teórica para nossa pesquisa, que levou em conta elementos de tragicidade considerados à luz das relações entre tradição e modernidade, adotamos uma perspectiva que se apoiou em postulados de Aristóteles (2005), Hegel (1980), Ricoeur (1994), Szondi (2001), Rosenfeld (2008), Luna (2005 e 2008), entre outros. Observou-se uma opção estética pela apropriação de processos que viabilizam uma instrumentalização da tradição clássica, unida a um projeto ficcional não realista, mas que reflete condições sócio-culturais da época de produção da peça. Apesar da complexa estrutura dramática, que coloca no mesmo tempo e espaço, o trágico e o farsesco, o dramático e o épico, mantém-se na sua finalização a unidade da ação, ainda que haja uma lenta progressão dramática, possibilitada pela adoção de traços épicos. Por fim, podemos pensar que o texto é construído para desembocar no efeito catártico, mas camuflado por um riso grotesco, encenando o que temos chamado de Contorções do trágico .
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Tragicidade no canto XI da Odisséia : Anticléia, Agamêmnon, Aquiles e Ájax

Dantas, Michelle Bianca Santos 11 April 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:39:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2003021 bytes, checksum: 389c611005766052d62013008d73cd89 (MD5) Previous issue date: 2011-04-11 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Le présent travail, Tragicité dans le Chant XI de l Odyssée : Anticlea, Agamemnon, Achilles et Ajax, vise à analyser les aspects tragiques observés dans le Chant XI de l Odyssée et, en conséquence, sa pertinance dans la structure de l épique homérique rapportée. Ces aspects seront étudiés, a partir des rencontres d Odysseus, dans l Hadès, avec sa mère Anticlea, Agamemnon, Achilles et Ajax. De telle façon, nous utiliserons, entre autres oeuvres, La Poétique, d Aristote, et ses considérations sur le genre épique et le tragique. Cette oeuvre sera fondamentale pour le développement de notre travail, par être un héritage des plus importants que nous avons sur la définition des genres et de la structure de la poi¢hsij. En outre, dans cette oeuvre nous trouvons aussi considérations sur les éléments tragiques, comme aãth, Moiªra, a¹na¯gkh, dai¯mwn, a¨marti/a, uÁbrij, fo¯boj, e¹le/oj, a¹nagnw¿risij et, principalement, sur la ka/tarsij. Tels éléments, comme nous analyserons, peuvent aussi être reconnus dans l épique homérique. Ainsi, nous constaterons, dans notre recherche, l assertive d Aristote, au Ve siècle ap. J.-C, concernant l intergénéricité. Comme nous voyons, ce fait n est pas privilège des littératures modernes, mais, au contraire, cela peut être envisagé depuis la Période Archaïque de la Littérature Grecque, au VIIIe siècle av.J.-C., à partir d Homère et, dans le cas espécifique de notre étude, dans le Chant XI de l Odyssée. Dans celui-ci, nous observons la manifestation de la tragicité que, plus tard, au Ve siècle av. J. -C., ce sera le fondement mythique des tragédies grecques. Nous utiliserons aussi, pour se baser compréhension du tragique, auteurs comme Vernant, Pierre Grimal, Jacqueline de Romilly, Sandra Luna, Junito Brandão entre autres. Afin que nous puissions mieux embrasser l objectif de notre travail, nous l avons divisé en trois chapitres : le premier intitulé, « Contextualisation mythique et religieuse de l Odyssée » ; le deuxième, « Tragique : aspects théoriques et conceptuels » ; et, finalement, le troisième, « Tragicité dans le Chant XI de l Odyssée : Anticlea, Agamemnon, Achilles, Ajax », où nous analyserons l aspect tragique de ces rencontres. / O presente trabalho, Tragicidade no Canto XI da Odisséia: Anticléia, Agamémnon, Aquiles e Ájax, visa analisar os aspectos trágicos observados no Canto XI da Odisséia e, consequentemente, sua relevância na estrutura da referida épica homérica. Esses aspectos serão estudados, a partir dos encontros de Odisseu, no Hades, com a sua mãe Anticléia, Agamémnon, Aquiles e Ájax. Para tanto, utilizaremos, entre outras obras, A Poética, de Aristóteles, e suas considerações sobre o gênero épico e o trágico. Esta obra será fundamental para o desenvolvimento do nosso trabalho, por ser um legado dos mais importantes que temos sobre a definição dos gêneros e da estrutura da poi¢hsij. Além do mais, nela também encontramos considerações sobre os elementos trágicos, como aãth, Moiªra, a¹na¯gkh, dai¯mwn, a¨marti/a, uÁbrij, fo¯boj, e¹le/oj, a¹nagnw¿risij e, principalmente, sobre a ka/tarsij. Tais elementos, como analisaremos, também podem ser reconhecidos na épica homérica. Assim, constataremos, em nossa pesquisa, a assertiva de Aristóteles, no século V d.C, acerca da intergenaricidade. Como vemos, esse fato não é privilegio das literaturas modernas, mas, ao contrário, pode ser contemplado desde o Período Arcaico da Literatura Grega, no século VIII a.C, a partir de Homero e, no caso específico do nosso estudo, no Canto XI da Odisséia. Neste, observamos a manifestação da tragicidade que, mais tarde, no século V a.C, será o fundamento mítico das tragédias gregas. Utilizaremos também, para fundamentar-nos compreensão do trágico, autores como Vernant, Pierre Grimal, Jacqueline de Romilly, Sandra Luna, Junito Brandão entre outros. A fim de que possamos melhor abarcar o objetivo do nosso trabalho, dividimo-lo em três capítulos: o primeiro intitulado, ―Contextualização mítica e religiosa da Odisséia‖; o segundo, ―Trágico: aspectos teóricos e conceituais‖; e, por fim, o terceiro, ―Tragicidade no Canto XI da Odisséia: Anticléia, Agamêmnon, Aquiles, Ájax‖, em que analisaremos o aspecto trágico desses encontros.
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Meu nome não é ninguém: narrativa sobre excluídos na Literatura Brasileira Contemporânea: Cidade de Deus e Meu nome não é Johnny / "Mon nom n'est personne": narration sur les exclus à la littérature brésilienne contemporaine (Cidade de Deus e Meu nome não é Johnny)

Martha Sertã Padilha 18 March 2010 (has links)
Le thème de lexclusion sociale a toujours été présent dans la Littérature Brésilienne, pourtant, au tournant du XX siècle pour le XXI siècle, il a été encore plus évident, à travers les narrations réalistes, chocantes, à la violence exacerbée et, voire, lanomie, qui mettent en évidence limage des exclus. Cidade de Deus (Paulo Lins : 1997) et Meu nome não é Johnny (Guilherme Fiuza: 2004) focalisent lexclusion des personnes liées au narcotrafic. Malgré les différences entre les deux récits, leurs protagonistes agissent à partir de la marginalité, ils gagnent de lautonomie dans lespace urbain, par la criminalité, et deviennent terriblement visibles, après une invisibilité historique. Létude des complexités concernant le traitement fictionnel du sujet se divise, dans cette dissertation, en trois chapitres. Dans le premier chapitre, les oeuvres ont été étudiées individuellement, en fonction de lorganisation des récits dans lespace narratif. Le deuxième chapitre a traité la relation entre la géographie culturelle et la téorie de la littérature, dans leurs considérations sur limportance de la catégorie de lespace pour le travail de narration. Dans cette perspective interdisciplinaire, les paysages fictionnels des romans ont été analysés et, ensuite, le schéma fictionnel de chaque roman a été articulé avec la pensée de Foucault sur les lieux hétérotopiques. Dans le troisième chapitre, dans le contexte du binôme disciplinaire géographie culturelle et littérature avec la philosophie, on a rétroagi aux philosophes idéalistes allemands qui ont théorisé sur le tragique et ont déduit que lexpérience du tragique ne se manifeste pas seulement dans la tragédie, mais aussi dans les oeuvres qui ont un lien avec lexpérience de ce que lon ne peut représenter, de la représentation négative et, en termes esthétiques, du sublime. Rassemblant les idées de Holderlin sur la connaissance du divin, de Schopenhauer sur la metaphysique de la musique et de Nietzsche sur le rapport entre lapollinien et le dionysiaque, la tragédie et la musique, on a conclu que les deux narrations incluent de façon productive au projet fictionnel deux metaphores absolues (Hans Blumenberg) qui renvoient à la notion exclusion/inclusion : la ville et lhypocoristique (Johnny), deux espaces un material, lautre alégorique interactifs, dans les deux romans. Dans Meu nome não é Johnny, le chemin symbolique du protagoniste lemporte de la souffrance à la rédemption sociale et à linclusion (grâce aussi à lactivité musicale) ; dans Cidade de Deus, la brutalité progressive des rapports humains ammène à la destruction de nimporte quelle manifestation de la sensibilité, à une ville sans musique et à la permanence de lexclusion / O tema da exclusão social sempre esteve presente na Literatura Brasileira, porém, na virada do século XX para o XXI, ele ganha ainda mais relevo, através de narrativas realistas, chocantes, exacerbadas de violência e até anomia, que enfatizam a imagem dos excluídos. Cidade de Deus (Paulo Lins: 1997) e Meu nome não é Johnny (Guilherme Fiuza: 2004) focalizam a exclusão dos envolvidos com o narcotráfico. A despeito das diferenças entre as duas narrativas, os seus protagonistas entram em ação a partir da marginalidade; ganham autonomia, no cenário urbano, através da criminalidade, e se tornam ameaçadoramente visíveis, depois de uma histórica invisibilidade. O estudo das complexidades concernentes ao tratamento ficcional do tema se distribuiu, nessa dissertação, em três capítulos. No primeiro capítulo, as obras foram estudadas individualmente, em função da organização dos relatos no espaço narrativo. O segundo capítulo abordou a correlação entre geografia cultural e teoria da literatura, em suas considerações sobre a proeminência da categoria do espaço para o trabalho narratológico. Nessa perspectiva interdisciplinar, foram analisadas as paisagens ficcionais de ambos os romances e, em seguida, articulou-se o roteiro ficcional de cada romance com o pensamento de Foucault sobre os lugares heterotópicos. No terceiro capítulo, intertextualizando o binômio disciplinar geografia cultural e literatura com a filosofia, retroagiu-se aos filósofos idealistas alemães que teorizaram sobre o trágico e intuíram que a tragicidade não se manifesta apenas na tragédia, mas também em obras que lidam com a experiência do irrepresentável, da representação negativa e, em termos estéticos, do sublime. Conjugando as idéias de Hölderlin sobre o vislumbre do divino, de Schopenhauer sobre a metafísica da música, e de Nietzsche sobre a correlação entre o apolíneo e o dionisíaco, tragédia e música, chegou-se à conclusão de que ambas as narrativas incorporam produtivamente ao projeto ficcional duas metáforas absolutas (Hans Blumenberg) que dizem respeito à exclusão/inclusão: a cidade e o hipocorístico (Johnny), dois espaços um material, outro alegórico interativos, em ambos os romances. Em Meu nome não é Johnny, o percurso simbólico do protagonista o leva do sofrimento à redenção social e à inclusão (grandemente graças à atividade musical); em Cidade de Deus, a brutalização progressiva das relações humanas leva à erradicação de qualquer manifestação da sensibilidade, a uma cidade sem música e à permanência da exclusão
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A poética do sublime na teoria da tragédia de Friedrich Schiller / Poetics of the sublime in Friedrich Schillers theory of tragedy

Guilherme Ronan de Souza Elias Ferreira 28 May 2012 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Em sua breve carreira filosófica, o poeta e dramaturgo alemão Friedrich Schiller (1759-1805) se apropriou do conceito kantiano do sublime, identificando-o ao trágico e à tragédia, manifestação artística que seria genuinamente regulada por princípios estéticos daquela ordem. Deste modo, buscamos neste trabalho relacionar o caráter subjetivo da experiência do sublime com as suas implicações de ordem prática para a arquitetura da tragédia, em especial as que dizem respeito à estrutura ideal do drama, intimamente vinculada à sua finalidade, que é a efetivação do efeito estético que lhe cabe por definição. Se, por uma via, o pensamento de Schiller caminha em direção ao desenvolvimento de uma concepção do trágico a partir de um dos conceitos fundamentais da estética moderna, por outra ele permanece atrelado à tradição aristotélica quando se concentra no estudo da tragédia enquanto gênero literário e busca por meio deste estudo estabelecer regras para a citação dramatúrgica. Assim, Schiller constrói uma poética do sublime, um programa de arte que inaugura um debate importante sobre o fenômeno do trágico na filosofia alemã. Mas, como pretendemos defender, é justamente a concepção do trágico forjada a partir de uma interpretação acentuadamente moral do sublime que torna o conteúdo de sua teoria da tragédia problemático, embora tal teoria seja a resposta encontrada por Schiller para perguntas ainda pertinentes. Afinal, por que nos entretêm assuntos trágicos? / In his brief philosophical career, the German poet and playwright Friedrich Schiller (1759-1805) appropriated the Kantian concept of the sublime and he indentified it to the tragedy and to the concept of tragic. Tragedy would be genuinely regulated by those kind of aesthetic principles. Thus, this study sought to relate the subjective character of the experience of the sublime with his practical implications for the architecture of the tragedy, especially those concerning the ideal dramatic structure. If, on a road, Schiller's thought walks toward the development of a conception of the concept of tragic from concepts of modern Aesthetics, for another it remains tied to the Aristotelian tradition when it focuses on the study of tragedy as a literary genre. So, Schiller builds a sublime's poetics, an art program that opens an important debate about the tragic phenomenon in German philosophy. But, as we intend to uphold, the concept of tragic forged from a moral interpretation of the sublime becomes problematic Schiller's theory of tragedy. Although, this theory has relevant questions: Why we like tragic issues?
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Nietzsche: o eterno retorno do mesmo, a transvaloração dos valores e a noção de trágico / Nietzsche: the eternal return of the same, transvaluation of values and the notion of tragic

João Evangelista Tude de Melo Neto 21 June 2013 (has links)
O principal objetivo de nossa tese foi examinar de que maneira a doutrina do eterno retorno do mesmo se relaciona com o projeto de transvaloração dos valores e com a noção nietzschiana de trágico. Para efetivar nosso intento, realizamos, primeiramente, uma investigação acerca da esfera cosmológica da doutrina do eterno retorno. Em segundo lugar, promovemos a relação entre esse âmbito cosmológico do eterno retorno e o projeto de transvaloração dos valores. Essa relação deu ensejo a duas problemáticas para as quais tentamos dar resposta nas duas últimas partes de nossa tese. Nesse sentido, tentamos responder à primeira problemática que chamamos de o problema do determinismo no eterno retorno esclarecendo a noção nietzschiana de trágico e tentando mostrar de que forma ela está relacionada com a doutrina do eterno retorno e com o projeto de transvaloração dos valores. Por fim, propomos uma resposta à segunda problemática, a saber, a incompatibilidade entre o perspectivismo e a cosmologia do eterno retorno do mesmo. / The main aim of this thesis is to examine how the doctrine of the eternal recurrence of the same is related to the project of transvaluation of values and to the Nietzschean notion of tragic. To accomplish this purpose, first we examined the cosmological sphere of the doctrine. Secondly, we promote the relationship between this cosmological context and the project of transvaluation of values. Two problems have emerged from this relationship to which we tried answering in the last two parts of the thesis. We tried answering the first problem that we called the problem of determinism in the eternal return clarifying the Nietzschean notion of tragic and showing how it is related to the doctrine of the eternal return and to the project of transvaluation of values. Finally, we propose an answer to the second problem, namely the incompatibility between perspectivism and cosmology of the eternal return of the same.
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O silenciamento das personagens como expressão do trágico em Cartilha do silêncio, de Francisco José Dantas

Costa, Patrícia Valéria Vieira da 30 March 2017 (has links)
Submitted by Ricardo Carrasco (ricardogc84@uepb.edu.br) on 2018-03-27T14:49:21Z No. of bitstreams: 1 PDF - Patrícia Valéria Vieira da Costa.pdf: 22743349 bytes, checksum: 1cc78d54a7d6991716a1d1c516d4e592 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Medeiros (luciana@uepb.edu.br) on 2018-04-03T11:35:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 PDF - Patrícia Valéria Vieira da Costa.pdf: 22743349 bytes, checksum: 1cc78d54a7d6991716a1d1c516d4e592 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-03T11:35:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PDF - Patrícia Valéria Vieira da Costa.pdf: 22743349 bytes, checksum: 1cc78d54a7d6991716a1d1c516d4e592 (MD5) Previous issue date: 2017-03-30 / This works reads the silence of the characters as an expression of the tragic in the novel Cartilha do Silêncio (1997), by Francisco José Costa Dantas. The analysis is engaged by the theoretical contributions of Williams (2002), Eagleton (2013) and Jean-Pierre Sarrazac (2013). The events of the novel happen in a multifaceted context, comprising aspects of a regionality of Brazilian‟s northeast – Maceió and Aracajú – and characters whose existences are marked by sociocultural “places inbetween”, metaphorically mimed in the narrative. The discussion is guided by the assumption that the silence in this work of Dantas is plausible of being interpreted as an expression of the tragic, making possible not only the thought about the meanings of the literary text, but also about the human condition. This work emphasizes that the ways of living of the characters condition their silence; this silence can be read as the stimulator of intrasubjective conflicts that commence many different consequences in the characters, that manifest in the relations of acquaintanceship with others, as well as in the relations with the self as far as they reinforce and intensify the tragic of their lives through the silent confession of their memories. / O presente trabalho interpreta o silêncio das personagens como expressão do trágico no romance Cartilha do Silêncio (1997), de Francisco José Costa Dantas. A análise é empreendida com aporte teórico das contribuições dos estudos de Williams (2002), Eagleton (2013) e Jean-Pierre Sarrazac (2013). A obra se configura dentro de um contexto multifacetário, compreendendo aspectos de uma regionalidade do Nordeste Brasileiro – Maceió e Aracaju – e personagens cujas existências são marcadas por “entre-lugares” socioculturais, mimetizados metaforicamente na teia narrativa. A discussão é feita a partir da conjectura de que o silêncio nessa obra de Dantas é plausível de ser interpretado como expressão do trágico, possibilitando não só uma reflexão em torno das significações do texto literário, mas também sobre a condição humana. O trabalho ressalta ao final que os modos de vida das personagens condicionam o seu silenciamento; que esse pode ser interpretado como motivador de conflitos intrasubjetivos que desencadeiam nas personagens as mais diversas consequências, que se manifestam tanto nas relações de convivência com outras, quanto nas relações consigo na medida em que reforçam e intensificam a tragicidade de suas vidas por meio da confissão emudecida das memórias.
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Figurações do trágico e do utópico em Graciliano Ramos e José Saramago: formas contrideológicas em perspectiva comparada / Figurations of tragic and utopia in Graciliano Ramos and José Saramago: contra-ideological forms in comparative perspective

Andréa Trench de Castro 09 March 2017 (has links)
O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise comparativa dos romances São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos, e Memorial do Convento (1982), de José Saramago, com o intuito de ressaltar as perspectivas contraideológicas que são subjacentes às obras, cujos narradores identificam-se com a instância autoral, na medida em que são produzidos discursos marcados pela crítica a sistemas hegemônicos e dominantes. Assim, através da análise das relações de trabalho e de poder presentes nas obras, e dos projetos que se configuram nas construções engendradas, pretendemos apontar uma divergência essencial entre os romances que os configura e os aproxima, no entanto, como formas contraideológicas: o trágico como perspectiva dominante em São Bernardo, que se apresenta a partir do projeto do narrador de escrever um romance; e a utopia como elemento central no Memorial do Convento, concentrada no projeto de construção da passarola, que constituindo um contraponto simbólico do convento, apresenta-se como verdadeira realização e fruto da vontade dos homens. Dessa forma, pretendemos revelar que os romances concentram perspectivas hegemônicas e contrahegemônicas, ou ideologias dominantes e ideologias de oposição, que contestam a perspectiva de um único poder instituído. / This study aims at carrying out a comparative analysis of the novels São Bernardo (1934), by Graciliano Ramos, and Memorial do Convento (1982), by José Saramago, in order to underline the contra-ideological perspectives that are implied in each one of them. We also want to show that the narrators of the novels identify themselves with the authorial stance in so far as they produce strongly critical discourses against the hegemoniacal and dominant system. Therefore, by means of an analysis of the work and power relations that can be seen in the novels, as well as the projects that are configured in the engendered constructions, we intend to highlight an essential divergence between them, that makes them even more comparable to each other. We will therefore show that the tragic element is the dominant perspective in São Bernardo, presented from the narrators project of writing a novel. On the other hand, we will demonstrate that the utopian perspective is the prevailing one in Memorial do Convento, concentrated in the project of building the flier machine, which constitutes a symbolic counterpoint of the convent and presents itself as a true accomplishment and a result of the desire of men. Thus, we intend to reveal that the novels contain ideological and contra-ideological perspectives, or dominant and oppositional ideologies.
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Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza

COSTA, Marcelo Monteiro 10 February 2017 (has links)
Submitted by Rafael Santana (rafael.silvasantana@ufpe.br) on 2018-02-16T18:47:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Bestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf: 13116392 bytes, checksum: 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-16T18:47:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Bestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf: 13116392 bytes, checksum: 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 (MD5) Previous issue date: 2017-02-10 / CAPES / O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio. / The present study is an investigation about the tragic dimension of beauty, or the relationship between the beauty and the uncanny (unheimlich), which permeates the fascination of aesthetic experience or of a sensitive percept. As the title suggests, the research stems from the composition of Apollonian and Dionysian artistic impetus, in order to reclaim the disturbing and tragic face of beauty, or the obscure and disruptive side of the bright appearance of Apollo. By resuming the concept of beauty throughout a harmony of opposites or a poetic of the encounter of the bestial and the logical form, of human grace and cruelty, of rationality and will, the intention is to recover and reframe the aesthetic notion that used to perceive the beauty and the uncanny not as opposite scopes of work that exclude each other, but as components of an inconceivable beauty which disquiets and disturbs within its unreachable nature. A beauty that is capable of eliciting what should be kept occult or in secret. In a second moment, the notion of unheimlich as something in the strange-familiar category is took up from narratives of returning home, specially the parable of the prodigal son. The house as a shelter is here taken as a refuge and resting place against the threat of the night that troubles and terrifying. The house in its aesthetic dimension, in the confrontation between what is heimlich and domestic, and the unheimlich or stranger. The framing of home as a warming element is here threatened by the tragic dimension. Within this prerogative of aesthetic fruition as an experience in the strangefamiliar category, the work consolidates its theory. A rhetorical way of reassuring that even within the stabiliser structures, as the Apollonian concept of beauty in aesthetics, or the returning to “home sweet home”, there is always a tragic and disturbing dimension to arise and cause fascination.

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