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Autoritarismo, sofrimento e perdãoLima, José Maurício de 30 June 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)-Universidade de Brasília, Departamento de Filosofia, 2011. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2012-01-09T14:38:11Z
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2011_JoseMauricioLima.pdf: 694720 bytes, checksum: 1c77e81bd9ba19b6e669a884c5aa71d7 (MD5) / A presente dissertação objetiva investigar as dimensões filosóficas do perdão, da compreensão e da reconciliação na anistia concedida pelo Estado brasileiro no final do ciclo ditatorial pela Lei nº 6.683/1979. No Brasil, assim como ocorreu em outros países latino-americanos que imergiram em regimes de exceção, a simples redemocratização, que incluiu um pacto de anistia, pode não ter sido suficiente para curar as feridas do passado. Para virar a página e fazer as pazes com a história, algumas revisões em múltiplos setores tornam-se necessárias, de modo a permitir que aspectos filosóficos, históricos, políticos, éticos e jurídicos concebam a verdade e a memória como direitos básicos da sociedade atual e, assim, transcender a violência sofrida no Estado de Exceção, a partir, sobretudo da linguagem de Giorgio Agamben. A fim de compatibilizar tais pressupostos, procede-se a uma perspectiva interdisciplinar sobre os avanços e retrocessos do Brasil no seu contexto de democracia tardia. Abordam-se ainda os problemas que envolvem a Lei de Anistia e o debate sobre a memória e o resgate da dignidade no âmbito da Justiça de Transição. Promove-se um novo olhar sobre a banalização do mal e a dissolução da esfera pública, entre outros conceitos nucleares de ação política extraídos do pensamento de Hannah Arendt. E converge-se, por fim, à ideia de "amor mundi". Com efeito, as perguntas e respostas colocadas ao longo do caminho indicam que a nova democracia não conseguiu superar as feridas abertas do passado de um modo ético-discursivo, por desprezarem o paradigma da intersubjetividade. Para se chegar a uma noção fiel e adequada do perdão e da negação da violência da exceção, algumas leituras devem substituir percepções arraigadas sobre o papel da memória, de forma a desconstruir alguns limites entre o Direito e a ação
política, para, assim, reconstruir uma consciência inspirada na confissão, no arrependimento e na reconciliação, de acordo com as reflexões de Jacques Derrida. Nessa busca de refundação da legitimidade da Lei de Anistia no Brasil, o trabalho questiona sobre a possibilidade de instalação de Comissões da Verdade, em um modelo que não representa uma vingança dos eventos violentos do passado, mas um olhar cuidadoso para o futuro.
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Exercícios para liberação da tensão e do trauma : aplicação a situações de violência conjugalMacedo, Danielle Soares de 13 September 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2013. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2013-11-22T19:47:43Z
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2013_DanielleSoaresDeMacedo.pdf: 2607513 bytes, checksum: 3946876ba1dc71cd8022698eca1c29c9 (MD5) / A violência conjugal tem sido considerada um grave problema de saúde pública. Reflete diferenças de poder entre homens e mulheres nas esferas privada e social. Está relacionada também ao uso de formas comunicacionais e de resolução de conflitos violentas. As condutas violentas constituem uma resposta extremada ao estresse e são também produtoras de estresse, trazendo consequências físicas e emocionais deletérias a todas as pessoas envolvidas. O foco deste trabalho foi conhecer relações entre estresse, gênero e violência, de forma a contribuir para o delineamento de intervenções inovadoras e eficazes. O objetivo geral foi avaliar os efeitos da aplicação dos Exercícios para Liberação da Tensão e do Trauma (TRE) em homens e mulheres em situação de violência conjugal, quanto aos níveis de estresse e enfrentamento à situação de violência. Participaram da pesquisa 14 mulheres e 15 homens envolvidos em processos judiciais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios devido às denúncias de mulheres vítimas de violência em seu relacionamento conjugal. As/os participantes foram divididas/os em dois Grupos de Intervenção – um de homens e um de mulheres – e em dois Grupos de Comparação – um de homens e um de mulheres. Aos Grupos Intervenção foi aplicada a técnica TRE e demais procedimentos da pesquisa. Nos Grupos Comparação foram aplicados todos os procedimentos de pesquisa, com exceção da técnica TRE. A técnica TRE mostrou-se adequada e eficaz como ferramenta interventiva nos casos de violência contra a mulher. As mulheres e os homens que receberam a intervenção demonstraram menos sinais de anestesia emocional, ampliaram sua capacidade de percepção de sinais corporais de estresse, fizeram uma avaliação mais acurada dos riscos de reincidência da violência e da tensão e estresse relacional e passaram a adotar estratégias mais ativas de prevenção a novos episódios de violência. A continuidade da prática regular de TRE mostrou-se fundamental para manutenção, consolidação e ampliação dos benefícios da técnica para todos os casos. Os resultados evidenciaram também uma clara relação entre as categorias gênero, estresse e violência. A comparação entre homens e mulheres, tanto dos Grupos Intervenção quanto dos Grupos Comparação, revelou que as experiências subjetivas de homens e mulheres em situação de violência são bastante distintas. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Marital violence has been considered a serious public health issue. It reflects the power differences between men and women in the private and social spheres. It is also related to the use of violent communications and conflict resolutions strategies. The violent behaviors constitute an extreme reaction to stress and are, at the same time, stress producers, generating deleterious physical and emotional consequences to everyone involved. The focus of this research was to understand the relationships between stress, gender and violence in order to contribute to the design of innovative and effective interventions. The general objective was to evaluate the effects of the application of Tension and Trauma Releasing Exercises (TRE) in the levels of stress and in the strategies used to deal with violence of men and women leaving in marital violent relationships. Participated in the research 15 men and 14 women involved in a domestic violence judicial process at the Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, related to a legal complaint made by women victims. The participants were assigned to two Intervention Groups - one of women and the other of men - and two Control Groups - one of women and the other of men. The participants of the Intervention Groups received the TRE technique and other research procedures; the Control Groups participants went through the research procedures only. The TRE technique proved to be an adequate intervention technique to be used in domestic violence cases. Men and women who were exposed to the intervention diminished their levels of emotional anesthesia, heightened their levels of perception of corporal stress signs, were able to give a more accurate evaluation of the level of risk of recidivism of violence and relational stress and tension and were able to adopt more active strategies to prevent new episodes of violence. The continuity of a regular practice of the TRE exercises was essential for the maintenance, consolidation and expansion of the benefits of the technique for all cases. The results also showed a clear relationship between gender, stress and violence. The comparison between men and women who participated in the Intervention Groups or in the Control Groups revealed that the subjective experiences of men and women who are part of a violent relationship are very distinct.
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Resistir e criar : os compossíveis para um devir-professor : um estudo sobre os efeitos que a violência opera nos processos de subjetivação dos docentesMachado, Roselaine Azambuja January 2005 (has links)
Sabe-se que a violência se propaga no mundo como um verdadeiro flagelo social e provoca impactos em todos os campos, sobremaneira, em instituições como a educação. O embate com a violência não é prerrogativa da escola pública brasileira. Entretanto, considero que esta, além de configurar-se como um espaço privilegiado de escolarização para todos, é um dos campos do socius que fica atravessado pela violência como uma contra-força. Em função deste atributo que lhe é peculiar e deste lugar no qual atuo como pedagoga, pergunto sobre como entender os sujeitos do processo educativo. Este estudo, cujo foco são os processos de subjetivação docente a par dos efeitos da violência que se manifesta em ambiente escolar, advém da necessidade de compreender a complexidade do que se passa no interior da escola, mais especificamente com os professores. É fruto também da proposição utópica de corroborar a promoção das formas de superação disto, que se conforma como algo impeditivo das relações entre o ensinar e o aprender e da realização do que de mais importante podem os homens viver: a sua humanização. Diante do desafio de examinar os efeitos que a violência suscita e provoca nos processos de subjetivação dos professores na escola de educação básica, empreendi este trabalho tendo como referência basicamente as obras de Bernard Charlot, Gilles Deleuze e Félix Guattari. Busquei nestes intercessores teóricos, bem como em outros, as ferramentas epistemológicas para compor o estudo e consolidar a aprendizagem da pesquisa nos domínios da Psicologia Social e Institucional Deparei-me com uma matéria tão incorpórea e densa, que comporta os princípios da multiplicidade, da heterogeneidade, da insubordinação, que, para apreendê-la, adotei a cartografia como um recurso do método empírico-especulativo, a fim de desvelar a natureza de um corpo coletivo que concentra a reciprocidade entre sujeitos e objetos, individualidades e organização, forças e fluxos.
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Foto-grafando : uma proposta de intervenção estética para o ambiente escolar agressivoWalz, Julio Cesar January 2003 (has links)
A presente dissertação propõe uma perspectiva de intervenção institucional. Tal proposta tem como pano de fundo uma leitura do contemporâneo e suas conseqüências para a vida do sujeito moderno, incluindo-se aí a escola, naquilo que sofre e reproduz. Esta leitura é feita a partir da Walter Benjamin e Zygmunt Bauman, além de um diálogo com a psicanálise, especialmente Wilfred Bion. O resultado é a proposição e as conseqüências de uma intervenção estética em âmbito escolar. O material obtido tem origem numa escola pública estadual de Porto Alegre, RS, durante o período de um ano (2002). Não apresenta dados estatísticos, mas um ensaio de intervenção, com as respectivas dificuldades e possibilidades da escola diante do fenômeno da agressividade e da violência.
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As representações da violência e suas relações com a religião, o feio, o medo e o grotesco: atração e repulsa nas telas de cinemaSilva, José Carlos Gomes da 28 February 2012 (has links)
Submitted by Milena Dias (milena.dias@ufpe.br) on 2015-03-05T19:32:59Z
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Previous issue date: 2012-02-28 / Os meios de comunicação estão repletos de imagens de pobreza e violência que juntamente com a denúncia de crimes tornaram-se quase um gênero jornalístico, despertando um interesse cada vez maior em todas as camadas sociais. Esse filão não poderia passar despercebido pela indústria cultural, fazendo com que o fenômeno começasse a ser explorado não apenas como uma questão social, mas também como um produto, um espetáculo para atrair o público. Hoje, toda a indústria cultural vem utilizando imagens fortes, sangue e adrenalina na emissão de suas mensagens. Este trabalho faz uma análise das manifestações violentas veiculadas pela indústria cinematográfica que tem produzido verdadeiros campeões de bilheteria explorando esse tema. O enfoque será dado aos filmes que fazem uma relação direta entre a violência e as representações do feio, do medo e do grotesco em obras que são consideradas verdadeiros ícones do cinema mundial e que atraem uma legião cada vez maior de fãs. A intenção é entender como esse tipo de experiência atrai e, ao mesmo tempo, cria repulsa nos telespectadores. A violência e a dor como um espaço lúdico de atrações, seu lado desejável e fashion, com estímulos sensoriais próximos do alucinatório, são, portanto, os focos deste trabalho.
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Os discursos masculinos sobre as práticas violentas de gêneroSANTOS, Valdonilson Barbosa dos 13 March 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-12T13:01:53Z
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Previous issue date: 2013-03-13 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Este estudo investiga as relações entre os sentidos de ser homem e as práticas de violência conjugal. Demonstra a representação social masculina no contexto das delegacias quando, acusados de agressão, explicitam a sua compreensão de envolvimento em situações de violência de gênero. São discursos dos homens sobre agressões às mulheres, proferidos num ambiente em que se sentem em desvantagem e ameaçados. A tese revisa autores antropólogos e feministas sobre relações de gênero, masculinidade e poder, e violência. A pesquisa de campo abarca três Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) na Região Metropolitana do Recife, relatando detalhes de observações, entrevistas, depoimentos, conversas com mulheres, profissionais e homens acusados, configurando 32 casos com múltiplos interlocutores. Sistematiza os discursos em três grandes eixos interpretativos empregados pelos homens para explicar as suas ações, entendendo-os de forma interconectada. Os referidos eixos se ordenam em: 1) como as relações de gênero devem ser; 2) como essas relações estão sendo; e 3) quem apoia as novas relações de gênero. Desse modo, os homens fazem: 1) um apelo ao reforço da importância e do controle masculino no cumprimento das normas tradicionais de gênero; 2) um reconhecimento de uma crescente autonomia feminina que gera inconformidade masculina; e 3) um questionamento da nova aliança de setores das estruturas de poder, especialmente das políticas públicas, com as mulheres, a exemplo da legislação e da atuação das delegacias, provocando um recuo masculino. Nas interpretações, a ideia de Marilyn Strathern, que realça categorizações de pessoas, artefatos, eventos, sequências, se fundamentam em imagens sexuais, independentes das relações de poder, permitindo a inclusão de ângulos diversos e questionando visões maniqueístas. Isto permite uma interpretação de discursos masculinos coletados em delegacias que evidenciam uma busca de inversão dos rótulos de ativo e passivo entre homens acusados de agressão, descortinando a complexidade das lógicas de relações conjugais cotidianas. Há mais de duas décadas, no Brasil, autoras como Maria Filomena Gregori e Bárbara Musumeci Soares denunciam os excessos do “vitimismo” e do conceito “violência contra a mulher”, mostrando as diferentes implicações do uso de conceitos como “violência conjugal”, guiando a problematização da leitura dos discursos masculinos em situações de violência. O jogo entre os discursos de “dominação masculina” e a reprodução de estruturas de poder desiguais, que não ocorrem plenamente, de um lado; e a produção da autonomia feminina, insubmissão e a valorização de políticas públicas que a reforçam, de outro; fazem os discursos observados no contexto das DEAMs compreensíveis pelo que Hannah Arendt identifica a violência, como a não “plena realização da dominação”, mas como a resposta a um processo que coloca em xeque a legitimidade dos que se entendem (entendiam) como dominantes.
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A Violência na Escola e os Transtornos Mentais Comuns (tmc) em Professores de Escolas Municipais de Jaboatão dos Guararapes – Pernambuco.Lima, Alyne Fernanda Tôrres de 17 March 2014 (has links)
Submitted by Etelvina Domingos (etelvina.domingos@ufpe.br) on 2015-04-10T17:13:59Z
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Previous issue date: 2014-03-17 / Reuni CAPES / INTRODUÇÃO: A violência é um fenômeno multifatorial que atinge diversos setores da sociedade. Nas escolas a violência, além de outros problemas, tem repercutido de maneira negativa atingindo os professores e muitas vezes causando problemas a sua saúde física e emocional. OBJETIVO: conhecer a associação entre a violência na escola e Transtornos Mentais Comuns (TMC) em professores da rede municipal de ensino de Jaboatão do Guararapes – Pernambuco. METODOLOGIA: Um estudo do tipo transversal exploratório, foi realizando com 525 professores da rede pública municipal de ensino. Os professores responderam a um questionário que tratava sobre a violência nas escolas e sobre a sua saúde. Para conhecer a prevalência dos Transtornos Mentais Comuns foi utilizado o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) um instrumento indicado pela Organização Mundial de Saúde para pesquisa de Transtornos Mentais Comuns. RESULTADOS: Os resultados mostraram que a agressão física e a agressão verbal contra o professor, a agressão ou ameaça com arma de fogo ou arma branca, o tráfico e o consumo de drogas na estão associados aos TMC. CONCLUSÃO: A violência afeta a saúde emocional do professor aumentando a chance de transtornos mentais comuns entre os pesquisados e que se faz necessário investir na capacitação do professor para o enfrentamento desse problema e em ações de prevenção da violência.
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Representações sociais de violência contra professores na escolaSOARES, Michelle Beltrão 31 January 2013 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-04-17T12:47:20Z
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Previous issue date: 2013 / FACEPE / Esta pesquisa objetivou compreender as representações sociais da violência
contra o professor no espaço das escolas da Região Metropolitana do Recife
(RMR), bem como as implicações das representações para suas práticas.
Partiu-se do pressuposto de que o trabalho docente é afetado por situações
que envolvem violência contra os professores e assim, buscou-se situar as
formas como essa violência se desenvolve no espaço da escola através de
dois grupos distintos: professores de escolas públicas e privadas da (RMR). O
objeto da pesquisa foi discutido a partir de autores como Abramovay e Rua
(2002; 2005), Charlot (2002; 2005), Sposito (1998; 2002), Guimarães (1998),
Bourdieu (1975). Tomou-se como referencial a Teoria das Representações
Sociais de S. Moscovici, especialmente um de seus desdobramentos, a Teoria
do Núcleo Central, ou abordagem estrutural, idealizada por J.C. Abric. A
pesquisa de natureza qualitativa, contou com a participação de 122
professores, 61 de escolas públicas e 61 de escolas privadas. Como, para a
Teoria do Núcleo Central, a análise da representação só se completa quando
se observa seu conteúdo, estrutura interna e seu núcleo central, adotou-se
uma perspectiva plurimetodológica. A investigação foi desenvolvida em duas
etapas. Na primeira, com 122 docentes, utilizou-se como instrumento o teste de
associação livre de palavras, para o levantamento do conteúdo através do
software EVOC. A segunda etapa foi desenvolvida em duas fases e dela
participou um subgrupo de 20 professores (10 de escolas públicas e 10 de
escolas privadas). Na primeira fase aplicou-se o teste do núcleo central, para
verificação/confirmação do referido núcleo dessas representações e sua
possível estrutura. Na segunda fase foram realizadas entrevistas estimuladas
por pranchas indutoras, que deram pistas mais aprofundadas a respeito da
organização do conteúdo e das implicações práticas dessas representações
sociais. Os resultados da primeira etapa da pesquisa revelaram que as
representações de docentes de escolas públicas e privadas foram organizadas
em torno de núcleos centrais diferentes. Constatou-se, através do teste do
núcleo central, que os docentes ancoram a violência contra eles próprios nos
aspectos normativos sociais através da ideia de crise social e sua influência na
escola. Como também desrespeitados nas suas individualidades, caracterizouse
o aspecto funcional deste núcleo através das violências cometidas pelas
famílias, pelo alunado e o assédio moral de algumas instituições privadas. O
material das entrevistas, tratado a partir da Análise de Conteúdo (Bardin),
confirmou os achados recolhidos com a associação livre e teste do núcleo
central e sugeriu uma possível zona muda nas representações da violência
contra o professor entre os participantes da rede privada. Os resultados desta
pesquisa sinalizaram limites e dificuldades dos professores para lidarem com o
fenômeno da violência escolar e contra si. Sugere-se, portanto, que sejam
empreendidos estudos de natureza colaborativa, entre centros e faculdades de
educação, a fim de melhor qualificar os futuros professores, bem como auxiliar
os atuais docentes na busca de alternativas para o enfrentamento do problema.
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Cotidiano violento no Recife : controle social na redemocratização (1946-1964)SILVA FILHO, Aluizio Medeiros da 28 February 2014 (has links)
Submitted by Luiza Maria Pereira de Oliveira (luiza.oliveira@ufpe.br) on 2015-05-15T15:13:34Z
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Previous issue date: 2014-02-28 / CAPES / Ao estudar o cotidiano violento da cidade do Recife,durante os anos de 1946 a
1964, objetivamos interpretar os conflitos sociais, tendo os Processos Criminais
presentes no Memorial de justiça de Pernambuco e notícias de jornais como o
principal escopo de sustentação da investigação que busca perceber o tema
numa dimensão social. Diante da complexidade que o tema da violência
inspira, pauta-nos observar aspectos de transformação e continuidade na
esfera do cotidiano do cidadão comum. Não que crimes políticos deixem de
ocorrer nesse período, nem tão pouco que a análise econômica e seus reflexos
numa sociedade de exploração e de produção não guardem sua importância
no papel de compreensão da História. Nós, historiadores, estamos imersos em
práticas que nos relacionam intimamente ao poder e a luta social. Porém, é
proposta desta pesquisa observar esse mesmo poder e luta social numa menor
dimensão, considerando nas ações limites do crime comum a permanência de
práticas anteriores ao Estado de Direito envolvendo não só o crime enquanto
transgressão, mas percebendo-o como fruto de conflito de proximidade
(relações familiares e de vizinhança). Assim, observamos o contexto de
desemprego, incerteza, fragilização da cidadania e dos laços sociais que
terminam por favorecer comportamentos expressivos da frustração social. Por
fim também é observado a própria questão da cultura policial que remete a
preservação de um modo de operação que privilegia a quebra da norma em
nome de uma política de resultados.
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A violência dispersa: a implosão do homicídio comum no miúdo das relações interpessoais em Alagoasde Lima Santos, Nilda January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / De um modo geral, com esse estudo, procuramos tornar evidente a discussão sobre os homicídios interpessoais enquanto uma prática cotidiana, enfatizando o homem comum como agente da violência. Nossa pesquisa procura mostrar que temos uma sociedade potencialmente violenta e de que a prática criminosa não é exclusiva daqueles indivíduos tidos como os fora-da-lei - assaltante, bandido, crime organizado, delinqüente -, mas está disseminada por todo tecido social. Deste modo, procuramos refletir sobre a violência a qual qualquer pessoa pode ser submetida, na condição de vítima ou autor.
Situamos o lugar comum - a casa, a escola, a rua, os ambientes de lazer, enquanto o locus da implosão da violência, destacando as principais características e contextos que permeiam a prática do homicídio comum nesses espaços.
Os homicídios praticados pelo homem comum não obedecem a cálculos racionais nem tem fins lucrativos. No geral, atendem a um demanda emotiva, em que o agente se apresenta com baixo auto-controle. Por esta razão, o homicídio comum não é uma violência planejada, e, sim, uma Violência Dispersa; de modo geral, elabora-se na conjuntura do instante, disseminando-se no conjunto da população, de modo desordenado e irracional .
Destarte, procuramos apresentar o perfil do agressor e fazer um mapeamento dos homicídios comuns, ocorridos no estado de Alagoas, discutindo essa violência em face dos limites e das contribuições que identificamos nas explicações distributivista e retributivista
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