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Da punição corporal ao abuso físico de crianças/adolescentes: caracterização, níveis de gravidade e variáveis psicossociais associadas / From corporal punishment to physical abuse of children/adolescents: characterization, levels of severity and associated psychosocial variables

Roberta Noronha Azevedo 24 March 2017 (has links)
O uso de punição corporal é altamente frequente e repousa sobre grande aceitabilidade social. As investigações e a discussão sobre no que consiste essa prática e se essa se diferencia do abuso físico ainda são incipientes. A presente investigação pretende contribuir nesta direção ampliando o conhecimento sobre as variações existentes, relativas ao comportamento de castigar fisicamente uma criança/adolescente. Essa foi dividida em dois estudos e os referenciais teóricos adotados foram o Ecológico-transacional proposto por Jay Belsky e o Modelo do Processamento da Informação proposto por Joel Milner. Adotou-se a abordagem quantitativa, com delineamento transversal. Os dados foram coletados utilizando-se os seguintes instrumentos: Questionário de Caracterização Sociodemográfica, Roteiro de Entrevista Semi-estruturada sobre a Prática de Punição Corporal, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) e o Questionário de Apoio Social (QAS). O objetivo geral do estudo 1 foi o de verificar se grupos de pais, com e sem histórico de notificação ao Sistema de Proteção Infantil, por abuso físico, se diferenciariam quanto à forma de se aplicar a punição corporal e no plano de variáveis apontadas pela literatura científica como fatores de risco para o abuso físico. A amostra do estudo 1 foi formada por dois grupos de pais/responsáveis: o A (n=47), composto por pais sem histórico de notificação por maus-tratos e o B (n=40), composto por cuidadores assinalados ao Sistema de Proteção. Empreenderam-se análises estatísticas descritivas e comparações. Os resultados indicaram que os pais do grupo B teriam prática de castigo corporal mais grave, em termos de modalidade, partes do corpo da criança sob as quais essa incidiria, frequência e presença de sentimento de irritação ou raiva durante a ação. Ainda, estariam mais expostos aos diversos fatores de risco pesquisados: maior desconforto psicológico maior instabilidade emocional, sentimentos de inadequação, baixa autoestima, tristeza, ansiedade, confusão e maior rigidez quanto ao padrão de funcionamento cognitivo; menor satisfação conjugal, laços familiares mais frágeis e família como menor capacidade de fazer mudanças em papéis e em regras; maior vulnerabilidade econômica e menor apoio social. O objetivo geral do estudo 2 foi verificar se na amostra como um todo existiriam subgrupos que se diferenciariam quanto ao comportamento de castigar fisicamente e, em caso positivo, analisar as características de cada subgrupo quanto aos fatores de risco mencionados. Empreenderam-se procedimentos estatísticos de clusterização. Identificou-se, assim, a existência de três subgrupos de pais que se discriminariam tanto em relação ao nível de gravidade da punição corporal empregada, quanto em relação a variáveis psicossociais. Notou-se agravamento do comportamento de punição corporal do agrupamento 1 para o 2, e deste para o 3. Quanto aos fatores de risco, os agrupamentos 1 e 2 apresentaram mais semelhanças do que dissemelhanças, sendo que o 3 mostrou-se o mais vulnerável de todos. A análise pormenorizada dos padrões de punição e dos fatores associados denota a natureza heterogênea do fenômeno, o que oferece subsídios importantes para o planejamento de intervenções que sejam específicas às necessidades de cada subgrupo. Apesar dos limites metodológicos da investigação, essa, além da contribuição, colocou novas questões para pesquisas futuras / The use of corporal punishment is highly frequent and it lies on great social approval. The investigations and discussions about what this practice consists of and if it differs from physical abuse are still incipient. The present investigation aims to contribute to these discussions, broadening the knowledge on the existent variations, related to the behavior of physically punishing a child/adolescent. This investigation was divided into two studies and the adopted theoretical references were the Ecological-transactional model proposed by Jay Belsky and the Information Processing Model proposed by Joel Milner. A quantitative approach was adopted, with a transverse delineation. The data were collected with the use of the following instruments: Questionnaire of Social-Demographic Characterization, Semi-Structured Interview Protocol on the Practice of Corporal Punishment, Child Abuse Potential Inventory (CAP), Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scales IV (FACES-IV) and the Questionnaire of Social Support (QAS). The general objective of study 1 was to verify if groups of parents with a record of physical abuse in the Child Protection Service would differ from groups of parents without the same background, regarding the corporal punishment application and the variables signaled by the scientific literature as risk factors for physical abuse. The sample of the study consisted of two groups: A (n=47), of parents without a record for maltreatments and B (n=40), of caregivers reported to Child Protection. Descriptive statistical analyses and comparisons were made. The results indicated that parents from group B would practice more severe corporal punishment, in terms of modalities, inflicted parts of the body of the child, frequency and presence of irritation or anger feelings during the action. Moreover, they would be more exposed to several researched risk factors: greater psychological discomfort higher emotional instability, inadequacy feelings, low self-esteem, sadness, anxiety, confusion and more stiffness in the cognitive functioning pattern; lower marital satisfaction, more fragile family bonds and a family less capable of making changes in roles and rules; more economic vulnerability and lower social support. The general objective of study 2 was to verify in the whole sample if there were subgroups that would differ according to the behavior of physically punishing, and if so, to analyze the characteristics of each subgroup regarding the mentioned risk factors. Statistical cluster analyses were accomplished. It was identified the existence of three subgroups of parents who would differ according to the severity of the applied corporal punishment and to the psychosocial variables. It was noted an aggravation on the behavior of corporal punishing in group 1, in relation to group 2, and from group 2 in relation to group 3. Regarding the risk factors, groups 1 and 2 presented more similarities than differences, and group 3 was shown as the most vulnerable one. The detailed analysis of the punishment patterns and the associated risks indicates the heterogeneous nature of the phenomenon, which offers important data to intervention plans that are specific to each groups need. Although there were methodological limitations in this investigation, it contributed to the issue and posed new questions to future researches
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O sentido do silêncio dos professores diante da violência doméstica sofrida por seus alunos : uma análise do discurso / The meaning of silence : why do teachers keep quiet regarding domestic violence – an analysis of their discourse

Maria Paula Panúncio-Pinto 08 May 2006 (has links)
Os novos sentidos recentemente postos pelo discurso jurídico no que tange à garantia dos direitos e à proteção integral à infância – materializados no Estatuto da Criança e do Adolescente – colocam a escola como local privilegiado de identificação das crianças em situação de risco por sofrerem violência doméstica em suas casas e atribuem ao professor o papel de reconhecer e notificar os casos aos Conselhos Tutelares. Tal demanda justifica-se pela gravidade do impacto sobre o desenvolvimento e a saúde provocado pela violência doméstica. O que se verifica, entretanto é que as notificações que chegam aos órgãos competentes vindas da escola ainda são pouco significativas. Objetivou-se com este estudo de abordagem qualitativa, compreender por que a escola silencia diante da violência doméstica praticada contra seus alunos (crianças), através de entrevistas feitas com 06 professores de escolas de município do interior do estado de São Paulo. Além disso, buscou-se identificar as condições de produção desse discurso e discutir a relação entre as influências do contexto em interação com esses sujeitos específicos, dentro da escola e o silêncio sobre a violência doméstica, dentro de uma perspectiva materialista histórica. Os depoimentos dos professores foram tratados e analisados através da Análise do Discurso (AD), conforme pressupostos de Michel Pêcheux, perspectiva teórica que propõe que os sentidos se produzem no confronto sujeito-língua-história, não existindo sentidos dados a priori. Os resultados permitem identificar dois eixos discursivos distintos (dentro da violência e fora da violência) que emergem no interjogo das posições professor-pai. No lugar social do professor, falando sobre a violência, o sujeito critica e nega a violência como estratégia. No lugar de pai/mãe, as falas são outras: quando eu perco a cabeça, infelizmente é o que resta. A análise permitiu concluir que existe uma relação de sentidos que é mais forte, as representações que circulam há tempos ainda têm mais força do que o discurso jurídico atual, incapaz de transformar as práticas. Ainda que o discurso jurídico defina o procedimento no caso da violência doméstica ser identificada pelo professor, a fronteira demarcada entre o público e o privado, entre a escola e a família, acaba por silenciar o professor. O silenciamento ocorre porque o que se demanda da escola – reconhecer e denunciar – é um papel que ela não consegue cumprir: a dúvida que se coloca devido à tensão constitutiva de duas posições em conflito que geram ordens discursivas distintas, leva ao silêncio. / Juridical proceedings have recently acquired new meaning into their contents, regarding the protection of youth rights (until the age of 18), materialized in ECA (a body of laws which defines and protects the rights of children), related specifically to domestic violence exposure. Although domestic violence can impair children’s development and health, and also, that the school is a privileged institution to identify and notify these cases, school’s notification represents only a small proportion of the total reported. Thus, this research aimed to understand why school is an institution that keep silent about this phenomenon, interviewing first grade teachers of private and public schools. We analyzed teachers’s interviews using a qualitative approach (discourse analysis) supported by a materialistic and historical perspective, based on Michel Pecheux’s perspective. We identified on teachers’ answers two major points that justify their scarce notifications: 1) speaking as teachers they deny domestic violence and treat child raising practices as a parental responsibility; 2) as parents, they point that beating is the only viable solution to solve conflicts. The results allow us to conclude that there is an ancient tradition of domestic violence as a child rearing practice, that is still powerful and strong even though a new juridical perspective has emerged and defined intervention. Family and school frontiers or the public and the private relations are still confusing matters, that lead the school and educators to remain in silence, so the role to identify and notify domestic violence is not accomplished.
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A família em foco: representações e práticas de profissionais que atendem crianças e adolescentes vítimas de violência intrafamiliar

Viader Sauret, Gerard 31 January 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:13:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo4166_1.pdf: 1214490 bytes, checksum: 54e83183947f4bf1676fd4dbd92e5e29 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 / O presente estudo de caso interpretativo tem por objeto a relação entre as representações sociais e as práticas de atendimento ao grupo familar dos profissionais que trabalham em um centro de referência para crianças e adolescentes vítimas de violência, pertencente à rede pública de saúde do Recife, Brasil. Concretamente, são focadas as representações sobre a violência contra crianças e adolescentes, seus autores e as famílias atendidas no referido serviço. Para tanto foram aplicadas dez entrevistas em profundidade (EP) a profissionais de psicologia, serviço social e educação social. Também foi realizada observação participante, visando triangular e validar informações colhidas nas entrevistas. O material resultante das EP foi submetido à técnica de análise de conteúdo, modalidade temática, permitindo inferir interpretações sobre tais representações, bem como sobre a pertinência e a relevância do modelo teórico-interpretativo proposto. Os resultados levantados indicam uma acentuada representação de periculosidade do autor de violência sexual que se coaduna com a prática de exclusão deste indíviduo do serviço. Entretanto, esta correspondência só adquire pleno sentido quando é considerado o contexto institucional, permeado por uma ética de proteção às crianças e adolescentes vítimas de violência, que se preocupa em impedir a sua re-vitimização no espaço do Centro. Tal contexto foi desenvolvido na lógica do indivíduo-problema , notadamente reconhecido como princípio organizador dos serviços de atenção sociofamiliar no Brasil. Diante deste impasse, conclui-se que a capacitação dos profissionais é um fator de peso para a transformação das práticas de inclusão do grupo familiar no atendimento, bem como para a conformação de novos olhares sobre os sujeitos atendidos
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Arteterapia com famílias e psicanálise winnicottiana: uma proposta de intervenção em instituição de atendimento à violência familiar / Art therapy with families and Winnicotts psychoanalysis: a proposal of intervention in an institution for cases of family violence

Sei, Maíra Bonafé 09 October 2009 (has links)
A Psicanálise Winnicottiana baseia-se na crença de que o viver criativo está ligado à saúde. Winnicott propôs as Consultas Terapêuticas, quando a psicoterapia não era possível e a pessoa poderia ser ajudada com poucos encontros. Criou o Jogo do Rabisco, no qual o contato entre terapeuta e paciente ocorre por meio de desenhos. Entende-se que a soma destas características permite uma articulação desta teoria à prática da Arteterapia, intervenção terapêutica que oferece recursos artísticos para facilitar expressão e comunicação. Objetivou-se com esta investigação, construir uma proposta de intervenção com famílias, em uma prática da Artepsicoterapia pautada na Psicanálise Winnicottiana, para aplicação no contexto institucional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Psicologia Clínica, por meio da qual foram atendidas 10 famílias clientes de uma instituição de atenção à violência familiar. O processo psicoterapêutico familiar foi empreendido com a oferta de recursos artísticos disponíveis em uma caixa artística composta por diferentes materiais expressivos e presente nas sessões. Escolheu-se três famílias para aprofundamento da compreensão do processo, com foco na importância dos encontros iniciais na construção do processo terapêutico familiar, no emprego da Arteterapia como facilitadora da comunicação de pensamentos e sentimentos no setting e nos limites e alcances desta forma de terapia. Percebeu-se que as famílias tiveram dificuldades em aderir à intervenção, com interrupções precoces dos atendimentos. Entende-se que este abandono pode ter ocorrido devido à proposta de reflexão sobre as vivências da família, às dores resultantes da violência e pelo questionamento acerca dos papéis que cada pessoa ocupa na família. O uso dos materiais artísticos facilitou e enriqueceu as contribuições das crianças e adolescentes. Complementou também a compreensão dos adultos, com suas escassas, mas reveladoras produções, além de ampliar o entendimento da dinâmica familiar. Apesar das dificuldades encontradas, relacionadas especialmente com o foco na família como o paciente da sessão, na atenção psicológica em instituições para casos de violência familiar, considera-se que observar a família como o paciente é necessário. Por fim, assinalase que a Arteterapia pôde ser uma facilitadora do processo psicoterapêutico das famílias, pois minimiza resistências e amplia o entendimento do grupo, com maiores ganhos proporcionados pela intervenção. / The Winnicotts Psychoanalysis is based on the belief that the creative life is related to health. Winnicott has proposed the Therapeutic Consultations, when the psychotherapy was not possible and the person could be helped with just a few meetings. He has created the Squiggle Game, in which the contact between therapist and patient occurs through drawings. It is understood that the sum of these features allows an articulation of this theory to the practice of Art Therapy, a therapeutic intervention that offers artistic resources to facilitate expression and communication. It was aimed on this research to build a proposal of intervention with families, in a practice of Art Psychotherapy guided by Winnicotts Psychoanalysis, applied to an institutional context. This is a qualitative research in Clinical Psychology, through which 10 families were attended, clients of an institution of attention of family violence cases.. The family psychotherapeutic process was undertaken with the provision of artistic resources available in an \"art box\" consisted of different expressive materials and available in the consultations. It was chose three families to deepen the understanding of the process, focusing on the importance of the initial meetings in the construction of the family therapeutic process, with the use of Art Therapy as a facilitator of communication of thoughts and feelings and on the limits and scope of this form of therapy. It was noticed that families had difficulties to join the intervention, with early discontinuation of care. It is understood that this interruption may have occurred due to the proposal to reflect on family experiences, the pain resulted from the violence and the questions about the roles that each person occupies in the family. The use of artistic materials facilitated and enriched the contributions of children and adolescents. It also supplemented the understanding of adults, with its rare but revealing productions, in addition to improve the understanding of family dynamics. Despite the difficulties encountered, particularly related with the focus on the family as the sessions patient, in psychological care in institutions for family violence cases, it is considered that observing the family as the patient is indeed necessary. Finally, it was noted that the Art Therapy could be a facilitator of the psychotherapeutic process with these families, because it minimizes the resistance and increases the understanding of the group, with higher gains provided by the intervention.
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INTERVENÇÕES LÚDICO-MUSICAIS FRENTE AO ESTRESSE DE CRIANÇAS ACOLHIDAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Polo, Christianne Kamimura 20 September 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-03T16:34:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Christianne Kamimura.pdf: 932183 bytes, checksum: b7d70a49ede3722a4d83a56ae6d349e8 (MD5) Previous issue date: 2011-09-20 / This study investigates the stress level of foster children victims of domestic violence, before and after ludic-musical interventions in group, through an exploratory descriptive research of quali-quantitative character. Initially, the institution population of 100 foster children is characterized by: their socio-demographic profile, type of violence and the reason for being fostered. After that, the Child Stress Scale, CSS, is applied with 20 individuals, conveniently selected. An intervention is then performed with eight of those 20 participants, also conveniently selected, in eight weekly sessions, based on techniques of music therapy, including relaxation and recreational activities, with Winnicottian approach. Finally, the CSS post-test is performed with the 20 participants. Data from the socio-demographic profile of the 100 children presented 65% percent female and 35% male; average age of 6,66; violence was suffered by: negligence (52%), phy cal violence (19%), financial difficulty (15%), abandonment (12%); sexual abuse (2%). In the CSS pre-test, stress was found in 80% of cases, predominantly in girls, and the post-test showed no significant difference (p = 0.944). The analysis of the intervention proved to be positive, however, showing good acceptance by participants, who expressed their feelings and emotions in a cozy setting which promoted creativity and spontaneity through sonorous games, open to new experiences and socialization, characterized as a measure to promote health of the foster children, and reducing their stress. / Este estudo investiga o nível de estresse de crianças acolhidas vítimas de violência doméstica, antes e após intervenções lúdico-musicais em grupo, através de pesquisa exploratória descritiva de caráter quali-quantitativo. Caracteriza inicialmente a população da instituição, de 100 acolhidos, seu perfil sócio-demográfico, tipo de violência e motivo do acolhimento. Aplica a seguir, a Escala de Stress Infantil, ESI em 20 sujeitos, selecionados por conveniência. Realiza em seguida, intervenção com oito desses 20 participantes, também selecionados por conveniência, em oito sessões semanais, baseadas em técnicas de musicoterapia, que incluem relaxamento e atividades lúdicas, com abordagem winnicottiana. Ao final, realiza pós-teste da ESI nos 20 participantes. Os dados do perfil sócio-demográfico dos 100 acolhidos revelam 65% por cento do sexo feminino e 35% do masculino; faixa etária média de 6,66; violências sofridas por: negligência (52%); violência física (19%); dificuldade financeira (15%); abandono (12%); abuso sexual (2%). No pré-teste da ESI, foi constatado estresse em 80% dos casos, com predomínio nas meninas, sendo que o pós-teste não mostrou diferença significativa (p=0,944). A análise da intervenção mostrou-se positiva, revelando boa aceitação dos participantes, que expressaram seus sentimentos e emoções num setting acolhedor que promoveu a criatividade e a espontaneidade por meio de jogos sonoros, com abertura para novas experiências e socialização, caracterizando-se como medida de promoção da saúde da criança acolhida, com redução de seu estresse.
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Associação entre reprovação escolar e aspectos sociais e de saúde em adolescentes de escola pública

Santos, Raiane Moreira 06 April 2017 (has links)
Submitted by Hiolanda Rêgo (hiolandarego@gmail.com) on 2018-02-26T19:20:01Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Raiane Moreira Santos.pdf: 487749 bytes, checksum: 371d0ce23273ad5ea7dd51f3b9b70e2d (MD5) / Approved for entry into archive by Delba Rosa (delba@ufba.br) on 2018-02-27T13:26:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Raiane Moreira Santos.pdf: 487749 bytes, checksum: 371d0ce23273ad5ea7dd51f3b9b70e2d (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-27T13:26:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação_ Enf_ Raiane Moreira Santos.pdf: 487749 bytes, checksum: 371d0ce23273ad5ea7dd51f3b9b70e2d (MD5) / Introdução: A reprovação escolar em adolescentes vem sendo objeto de preocupação por parte de profissionais da saúde e da educação, visto que pode comprometer o futuro profissional dos adolescentes, acarretando prejuízos de ordem emocional, psicológica, física e social. Objetivo: Verificar associação entre reprovação escolar e variáveis sociodemográficas, sexuais/reprodutivas, vivência de violência intrafamiliar, bullying e uso de álcool e outras drogas. Método: Trata-se de uma pesquisa do tipo corte transversal, realizada com 239 discentes com idade entre 10 e 19 anos. Utilizou-se a entrevista como técnica de coleta de dados, seguindo um formulário padronizado. Os dados foram organizados no programa Excel e processados no Stata versão 12. Para verificar associação entre variáveis, realizou-se a análise bivariada através do Teste Qui-quadrado (2) de Pearson. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFBA. Resultados: O estudo permitiu identificar associação positiva e estatisticamente significante entre reprovação escolar e as seguintes variáveis: ter tido relação sexual e consumo de álcool. A pesquisa também aponta uma relação do tipo borderline e bullying direto. Verificou-se ainda que o agravo guarda relação positiva com as seguintes variáveis: raça negra, não proferir religião, trabalhar para contribuir com o sustento da família, gravidez, vivência de violência psicológica, bullying relacional e consumo de maconha. Conclusão: O estudo identificou que ter tido relação sexual e consumir álcool são comportamentos que vulnerabilizam os adolescentes para reprovação escolar, sendo necessárias ações educativas, sobretudo, no sentido de sensibilizar o público infanto-juvenil quanto os malefícios da relação sexual precoce e do consumo de drogas. Além disso, ressalta-se a importância de provocar reflexões acerca da responsabilidade dos adolescentes para a prática sexual segura, considerando o conceito de liberdade com responsabilidade.
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Arteterapia com famílias e psicanálise winnicottiana: uma proposta de intervenção em instituição de atendimento à violência familiar / Art therapy with families and Winnicotts psychoanalysis: a proposal of intervention in an institution for cases of family violence

Maíra Bonafé Sei 09 October 2009 (has links)
A Psicanálise Winnicottiana baseia-se na crença de que o viver criativo está ligado à saúde. Winnicott propôs as Consultas Terapêuticas, quando a psicoterapia não era possível e a pessoa poderia ser ajudada com poucos encontros. Criou o Jogo do Rabisco, no qual o contato entre terapeuta e paciente ocorre por meio de desenhos. Entende-se que a soma destas características permite uma articulação desta teoria à prática da Arteterapia, intervenção terapêutica que oferece recursos artísticos para facilitar expressão e comunicação. Objetivou-se com esta investigação, construir uma proposta de intervenção com famílias, em uma prática da Artepsicoterapia pautada na Psicanálise Winnicottiana, para aplicação no contexto institucional. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Psicologia Clínica, por meio da qual foram atendidas 10 famílias clientes de uma instituição de atenção à violência familiar. O processo psicoterapêutico familiar foi empreendido com a oferta de recursos artísticos disponíveis em uma caixa artística composta por diferentes materiais expressivos e presente nas sessões. Escolheu-se três famílias para aprofundamento da compreensão do processo, com foco na importância dos encontros iniciais na construção do processo terapêutico familiar, no emprego da Arteterapia como facilitadora da comunicação de pensamentos e sentimentos no setting e nos limites e alcances desta forma de terapia. Percebeu-se que as famílias tiveram dificuldades em aderir à intervenção, com interrupções precoces dos atendimentos. Entende-se que este abandono pode ter ocorrido devido à proposta de reflexão sobre as vivências da família, às dores resultantes da violência e pelo questionamento acerca dos papéis que cada pessoa ocupa na família. O uso dos materiais artísticos facilitou e enriqueceu as contribuições das crianças e adolescentes. Complementou também a compreensão dos adultos, com suas escassas, mas reveladoras produções, além de ampliar o entendimento da dinâmica familiar. Apesar das dificuldades encontradas, relacionadas especialmente com o foco na família como o paciente da sessão, na atenção psicológica em instituições para casos de violência familiar, considera-se que observar a família como o paciente é necessário. Por fim, assinalase que a Arteterapia pôde ser uma facilitadora do processo psicoterapêutico das famílias, pois minimiza resistências e amplia o entendimento do grupo, com maiores ganhos proporcionados pela intervenção. / The Winnicotts Psychoanalysis is based on the belief that the creative life is related to health. Winnicott has proposed the Therapeutic Consultations, when the psychotherapy was not possible and the person could be helped with just a few meetings. He has created the Squiggle Game, in which the contact between therapist and patient occurs through drawings. It is understood that the sum of these features allows an articulation of this theory to the practice of Art Therapy, a therapeutic intervention that offers artistic resources to facilitate expression and communication. It was aimed on this research to build a proposal of intervention with families, in a practice of Art Psychotherapy guided by Winnicotts Psychoanalysis, applied to an institutional context. This is a qualitative research in Clinical Psychology, through which 10 families were attended, clients of an institution of attention of family violence cases.. The family psychotherapeutic process was undertaken with the provision of artistic resources available in an \"art box\" consisted of different expressive materials and available in the consultations. It was chose three families to deepen the understanding of the process, focusing on the importance of the initial meetings in the construction of the family therapeutic process, with the use of Art Therapy as a facilitator of communication of thoughts and feelings and on the limits and scope of this form of therapy. It was noticed that families had difficulties to join the intervention, with early discontinuation of care. It is understood that this interruption may have occurred due to the proposal to reflect on family experiences, the pain resulted from the violence and the questions about the roles that each person occupies in the family. The use of artistic materials facilitated and enriched the contributions of children and adolescents. It also supplemented the understanding of adults, with its rare but revealing productions, in addition to improve the understanding of family dynamics. Despite the difficulties encountered, particularly related with the focus on the family as the sessions patient, in psychological care in institutions for family violence cases, it is considered that observing the family as the patient is indeed necessary. Finally, it was noted that the Art Therapy could be a facilitator of the psychotherapeutic process with these families, because it minimizes the resistance and increases the understanding of the group, with higher gains provided by the intervention.
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Estudo das famílias de crianças e adolescentes, vítimas de violência, que sofreram intervenção da justiça, em comarca de vara única - Estado de São Paulo - Brasil / Estudio de las familias de niños y adolescentes, víctimas de violencia, que han sufrido intervención de la justicia, en el Estado de São Paulo - Brasil

Roque, Eliana Mendes de Souza Teixeira 22 September 2006 (has links)
Neste estudo, utilizou-se referencial teórico centrado na visão do contexto ecológico do desenvolvimento humano proposto por Urie Bronfenbrenner (1996). A metodologia adotada é de natureza quantitativa e qualitativa. Caracterizamos as situações de crianças e adolescentes, vítimas de violência na família, que foram atendidos na Comarca de Jardinópolis-SP, no período de 2000 a 2005. Tipos de maus-tratos, aspectos relacionados à vítima e ao agressor, revitimizações, limites do atendimento e resolubilidade, relacionando-os com o período anterior de 1995 - 1999.. A coleta de dados constituiu-se em análise dos processos, e posterior preenchimento dos mapas censitários (adaptação ao mapa censitário de GIL 1978), cuja análise quantitativa utilizou software de planilha eletrônica. Para o qualitativo, utilizaram-se entrevista semi-estruturada, observação livre, fotografias produzidas pelos sujeitos. A estrutura da família foi ancorada no Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF) e nos instrumentos genograma e ecomapa. A análise inspirouse na hermenêutica dialética, proposta por Habermas (1987) e Gadamer (1997). Os resultados desta investigação apontam que, nos anos de 2000 a 2005, houve 1.766 processos de Infância e Juventude, dos quais 8,21%, de violência, de violência na família, física, violência sexual e negligência, envolvendo 257 vítimas, destas 121 do sexo feminino e 136 do sexo masculino.A violência física foi a que apresentou maior incidência (44,1%), seguida de negligência (42,1%) e violência sexual (13,8%). Prática de ato infracional em (13) ocorrências, correlacionadas com (37) revítimas. Emergiram três categorias empíricas: ?NÃO TIVE?, ?NÃO AJUDA E NÃO VIRA NADA?, ?NA RUA?. Na primeira, situações de insegurança e desamparo, com conseqüências para o comportamento e para o desenvolvimento, em infância de ?fome?, ?trabalho infantil?, ?ausência de brincadeiras?, ?não inserção escolar?, perpassadas nos universos econômico, político e institucional. Na segunda, ao se apurar como a família percebe a intervenção da justiça ?NÃO AJUDA E NÃO VIRA NADA? revela que poucas incursões são feitas frente à violência, revelando pontos estranguladores das possibilidades do fazer, pelo Judiciário, em processos: (quantidade, tramitação e tempo); funcionários; criança como prioridade absoluta; a violência institucional; falta de instituição de apoio. Emergem ausência de entendimento da linguagem judiciária e dificuldade na tradução e interpretação dos trâmites da justiça. Usam o mesmo idioma, mas não falam a mesma língua, sendo esta uma das determinantes no descrédito na justiça, que se traduz na crise de expansão da sociedade, não exclusiva da cultura judicial, cujas tradições e vícios institucionais fazem um judiciário lento, formalista, elitista e distante da realidade social, num quadro desfavorável à eficácia e à eficiência do Poder Constitucional, de que goza. A categoria ?NA RUA? traz inserção em relações perversas, estabelecidas no universo do tráfico de drogas,exploração, rejeição, violação de direitos e privações econômicas .Concluiu-se que as famílias apresentam alterações de um momento histórico para outro, sob distintas variáveis e com complexidade específica, quanto às capacidades de descobrir, sustentar ou alterar as propriedades de seu desenvolvimento no ambiente. / En este estudio, se utilizó referencial teórico centrado en la visión del contexto ecológico del desarrollo humano propuesto por Urie Bronfenbrenner (1996). Se eligió la metodología de naturaleza cuantitativa y cualitativa. Caraterizamos las situaciones de niños y adolescentes víctimas de violencia en la familia, que fueron atendidos en el Municipio de Jardinópolis - SP, el periodo de 2000 a 2005. Tipos de sevicia, aspectos que se relacionan a la víctima y al agresor, revictimizaciones, límites de la atención, resolubilidad relacionándolos con periodo anterior.1995 - 1999. La recolección de datos se constituyó en análisis de los procesos, y posterior relleno de los mapas censuales (adaptación al mapa censual de GIL 1978), cuyo análisis cuantitativo utilizó software de plantilla electrónica. Para el cualitativo, entrevista semiestructurada, observación libre, fotografías producidas por los sujetos. La estructura de la familia se basó en el Modelo Calgary de Evaluación de la Familia (MCEF), y en los instrumentos genograma y ecomapa. El análisis se inspiró en la hermenéutica dialéctica, propuesta por HABERMAS (1987) y GADAMER (1997). Los resultados de esa investigación apuntan que, en los años de 2000 a 2005 hubo 1.766 procesos de Infancia y Juventud, entre esos 8,21% de violencia en la familia, física, sexual y dejadez, que envolvió 257 víctimas, 121 del sexo femenino y 136 del masculino. La violencia física presentó la mayor incidencia (44,1%), seguida de dejadez (42,1%) y sexual (13,8%). Práctica de acto infraccional en (13) ocurrencias, correlacionadas con (37) revíctimas. Surgieron tres categorías empíricas: ?NO TUVE?, ?NO AYUDA Y NO DA NADA?, EN LA CALLE. En la primera, situaciones de inseguridad y desamparo, con consecuencias para el comportamiento y para el desarrollo en infancia de hambre, trabajo infantil, ?ausencia de juegos, no inclusión escolar, pasadas en los universos económico, político e institucional. En la segunda, averiguándose cómo la familia percibe la intervención de la justicia NO AYUDA Y NO DA NADArevela que se hacen pocas incursiones frente a la violencia, demostrando puntos estranguladores de las posibilidades del hacer, por el judicial, en procesos: (cuantidad, tramitación y tiempo); empleados; niño como prioridad absoluta; la violencia institucional; falta de institución de apoyo. Surge ausencia de entendimiento del lenguaje judicial, y dificultad para traducir e interpretar los trámites de la justicia. Usan el mismo idioma pero no hablan la misma lengua y esto es uno de los determinantes del descrédito por la justicia, que se traduce en la crisis de expansión de la sociedad, no exclusiva de la cultura judicial, cuyas tradiciones y vicios institucionales dejan el judicial moroso, formalista, elitista y lejos de la realidad social, en un cuadro desfavorable a la eficacia y eficiencia del Poder Constitucional de que disfruta. La categoría EN LA CALLE trae inserción en relaciones perversas, establecidas en el universo de tráfico de drogas, explotación, rechazo, violación de derechos y privaciones económicas. Se concluye que las familias presentan cambios de un momento histórico a otro, bajo distintas variables y con complejidad específica, en cuanto a las capacidades de descubrir, sostener o alterar las propiedades de su desarrollo en el ambiente.
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Estudo das famílias de crianças e adolescentes, vítimas de violência, que sofreram intervenção da justiça, em comarca de vara única - Estado de São Paulo - Brasil / Estudio de las familias de niños y adolescentes, víctimas de violencia, que han sufrido intervención de la justicia, en el Estado de São Paulo - Brasil

Eliana Mendes de Souza Teixeira Roque 22 September 2006 (has links)
Neste estudo, utilizou-se referencial teórico centrado na visão do contexto ecológico do desenvolvimento humano proposto por Urie Bronfenbrenner (1996). A metodologia adotada é de natureza quantitativa e qualitativa. Caracterizamos as situações de crianças e adolescentes, vítimas de violência na família, que foram atendidos na Comarca de Jardinópolis-SP, no período de 2000 a 2005. Tipos de maus-tratos, aspectos relacionados à vítima e ao agressor, revitimizações, limites do atendimento e resolubilidade, relacionando-os com o período anterior de 1995 - 1999.. A coleta de dados constituiu-se em análise dos processos, e posterior preenchimento dos mapas censitários (adaptação ao mapa censitário de GIL 1978), cuja análise quantitativa utilizou software de planilha eletrônica. Para o qualitativo, utilizaram-se entrevista semi-estruturada, observação livre, fotografias produzidas pelos sujeitos. A estrutura da família foi ancorada no Modelo Calgary de Avaliação da Família (MCAF) e nos instrumentos genograma e ecomapa. A análise inspirouse na hermenêutica dialética, proposta por Habermas (1987) e Gadamer (1997). Os resultados desta investigação apontam que, nos anos de 2000 a 2005, houve 1.766 processos de Infância e Juventude, dos quais 8,21%, de violência, de violência na família, física, violência sexual e negligência, envolvendo 257 vítimas, destas 121 do sexo feminino e 136 do sexo masculino.A violência física foi a que apresentou maior incidência (44,1%), seguida de negligência (42,1%) e violência sexual (13,8%). Prática de ato infracional em (13) ocorrências, correlacionadas com (37) revítimas. Emergiram três categorias empíricas: ?NÃO TIVE?, ?NÃO AJUDA E NÃO VIRA NADA?, ?NA RUA?. Na primeira, situações de insegurança e desamparo, com conseqüências para o comportamento e para o desenvolvimento, em infância de ?fome?, ?trabalho infantil?, ?ausência de brincadeiras?, ?não inserção escolar?, perpassadas nos universos econômico, político e institucional. Na segunda, ao se apurar como a família percebe a intervenção da justiça ?NÃO AJUDA E NÃO VIRA NADA? revela que poucas incursões são feitas frente à violência, revelando pontos estranguladores das possibilidades do fazer, pelo Judiciário, em processos: (quantidade, tramitação e tempo); funcionários; criança como prioridade absoluta; a violência institucional; falta de instituição de apoio. Emergem ausência de entendimento da linguagem judiciária e dificuldade na tradução e interpretação dos trâmites da justiça. Usam o mesmo idioma, mas não falam a mesma língua, sendo esta uma das determinantes no descrédito na justiça, que se traduz na crise de expansão da sociedade, não exclusiva da cultura judicial, cujas tradições e vícios institucionais fazem um judiciário lento, formalista, elitista e distante da realidade social, num quadro desfavorável à eficácia e à eficiência do Poder Constitucional, de que goza. A categoria ?NA RUA? traz inserção em relações perversas, estabelecidas no universo do tráfico de drogas,exploração, rejeição, violação de direitos e privações econômicas .Concluiu-se que as famílias apresentam alterações de um momento histórico para outro, sob distintas variáveis e com complexidade específica, quanto às capacidades de descobrir, sustentar ou alterar as propriedades de seu desenvolvimento no ambiente. / En este estudio, se utilizó referencial teórico centrado en la visión del contexto ecológico del desarrollo humano propuesto por Urie Bronfenbrenner (1996). Se eligió la metodología de naturaleza cuantitativa y cualitativa. Caraterizamos las situaciones de niños y adolescentes víctimas de violencia en la familia, que fueron atendidos en el Municipio de Jardinópolis - SP, el periodo de 2000 a 2005. Tipos de sevicia, aspectos que se relacionan a la víctima y al agresor, revictimizaciones, límites de la atención, resolubilidad relacionándolos con periodo anterior.1995 - 1999. La recolección de datos se constituyó en análisis de los procesos, y posterior relleno de los mapas censuales (adaptación al mapa censual de GIL 1978), cuyo análisis cuantitativo utilizó software de plantilla electrónica. Para el cualitativo, entrevista semiestructurada, observación libre, fotografías producidas por los sujetos. La estructura de la familia se basó en el Modelo Calgary de Evaluación de la Familia (MCEF), y en los instrumentos genograma y ecomapa. El análisis se inspiró en la hermenéutica dialéctica, propuesta por HABERMAS (1987) y GADAMER (1997). Los resultados de esa investigación apuntan que, en los años de 2000 a 2005 hubo 1.766 procesos de Infancia y Juventud, entre esos 8,21% de violencia en la familia, física, sexual y dejadez, que envolvió 257 víctimas, 121 del sexo femenino y 136 del masculino. La violencia física presentó la mayor incidencia (44,1%), seguida de dejadez (42,1%) y sexual (13,8%). Práctica de acto infraccional en (13) ocurrencias, correlacionadas con (37) revíctimas. Surgieron tres categorías empíricas: ?NO TUVE?, ?NO AYUDA Y NO DA NADA?, EN LA CALLE. En la primera, situaciones de inseguridad y desamparo, con consecuencias para el comportamiento y para el desarrollo en infancia de hambre, trabajo infantil, ?ausencia de juegos, no inclusión escolar, pasadas en los universos económico, político e institucional. En la segunda, averiguándose cómo la familia percibe la intervención de la justicia NO AYUDA Y NO DA NADArevela que se hacen pocas incursiones frente a la violencia, demostrando puntos estranguladores de las posibilidades del hacer, por el judicial, en procesos: (cuantidad, tramitación y tiempo); empleados; niño como prioridad absoluta; la violencia institucional; falta de institución de apoyo. Surge ausencia de entendimiento del lenguaje judicial, y dificultad para traducir e interpretar los trámites de la justicia. Usan el mismo idioma pero no hablan la misma lengua y esto es uno de los determinantes del descrédito por la justicia, que se traduce en la crisis de expansión de la sociedad, no exclusiva de la cultura judicial, cuyas tradiciones y vicios institucionales dejan el judicial moroso, formalista, elitista y lejos de la realidad social, en un cuadro desfavorable a la eficacia y eficiencia del Poder Constitucional de que disfruta. La categoría EN LA CALLE trae inserción en relaciones perversas, establecidas en el universo de tráfico de drogas, explotación, rechazo, violación de derechos y privaciones económicas. Se concluye que las familias presentan cambios de un momento histórico a otro, bajo distintas variables y con complejidad específica, en cuanto a las capacidades de descubrir, sostener o alterar las propiedades de su desarrollo en el ambiente.
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A violência conjugal contra mulheres das classes médias do município de São Paulo / The marital violence against women of middle classes in São Paulo´s city

Silva, Barbara Garcia Ribeiro Soares da 13 June 2007 (has links)
Apesar de a violência conjugal contra as mulheres de classes médias ser um problema social comum na sociedade brasileira, a maioria das pesquisas existentes sobre este tema ou enfoca as mulheres vítimas de classes populares, ou é analisada sobre a perspectiva jurídica. Esta pesquisa visa mostrar que este tipo de violência também ocorre nas classes médias no município de São Paulo. Por meio da análise quantitativa das ocorrências arquivadas em 2000, 2003 e 2004 na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) deste município, é possível indicar que as mulheres destas classes sociais têm denunciado as diversas formas de violência sofrida (embora a maioria delas tenha afirmado não ter feito queixa do primeiro episódio de agressão sofrido). A realização de entrevistas nesta DDM com mulheres pertencentes às classes médiamédia e média-alta foram de vital importância na compreensão de alguns de seus valores sociais (como, por exemplo, tradicionais, modernos e patriarcais). Também foram investigados quais motivos influenciaram a postergação em denunciar os episódios de violência. Entre alguns dos motivos da postergação identificados pode-se citar: dependência emocional, medo, dependência econômica, entre outros. Como as duas fases da pesquisa (quantitativa e qualitativa) ocorreram em 2005, o trabalho se baseia na regulamentação então em vigor - a lei 9.099 de 1995 -, já que a aprovação da lei Maria da Penha ocorreu em agosto de 2006. Identificou-se um quadro de impunidade dos casos de violência conjugal, influenciado pelas leis (principalmente a lei 9.099), pela desmotivação e falta de treinamento das escrivãs e policiais das DDM´s. Este trabalho sugere que além das mudanças necessárias nas políticas públicas, o investimento nas áreas de moradia, trabalho e educação seriam de grande valia para propiciar maior independência a estas mulheres. / In spite of marital violence against women of middle classes is a common social problem in the Brasilian society; most of the research deals with women of low classes or it is analysed among its juridical perspective. This research aims to show that this kind of violence also occurs in middle classes in São Paulo´s city. Through the analysis of the charges pressed during the years 2000, 2003 and 2004 at the 2nd DDM; it is possible to indicate that the women of these classes have pressed charges of several types of violence that they suffered (though most of them do not agree to press charges at the first episode of aggression). At this DDM interviews were conducted among middle class women in order to understand the social values of their family (such as traditional, modern and patriarchal values) and the reasons that they did not press charges at the first incidence of violence. Also were investigated some reasons of the lateness to report these episodes of violence. Some of the reasons for this were: emotional dependence, fear, economical dependence etc. Even with the approval of the law Maria da Penha in August 2006, it is important to point out that this work still considers law 9.099 of 1995, because the investigation occurred prior to the new laws instatement. Then, we identified an unpunished situation of the resolution of marital violence, influenced by the existence of the law 9.099, by the lack of motivation, lack of training of the police officers of the DDM´s. This work suggests that beyond the changes of politics, it is important to invest in other areas such as housing, work, education to give women more independence.

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