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A Ideia de Justiça em Nietzsche ou a justiça para além da ideiaAlves, Luiz Filipe Araújo January 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A partir da perspectiva de uma Contra-História da Filosofia do Direito, que compreende o pensamento jurídico não apenas pelas grandes tradições filosóficas, e possível pensar uma justiça para além de fundamentos transcendentes como Liberdade, Igualdade ou Dignidade Humana. Pode-se, assim, propor um questionamento da ideia de justiça a partir de filósofos como Friedrich Nietzsche [1844-1900]. A partir das reflexões próprias da filosofia nietzschiana, como o Perspectivismo e a Genealogia dos Valores, e possível pensar uma crítica e compreensão não convencional sobre o direito e a justiça, qual seja, enquanto uma relação de poderes em constante embate na busca de um equilíbrio. Para isto faz-se necessária uma leitura da Vontade de Poder para se compreender a dinâmica que ha nas relações de poderes em todos os âmbitos da vida, especialmente no ético- jurídico. Todavia, não basta simplesmente compreender a justiça enquanto relações de poderes. As reflexões de Nietzsche sobre a cultura ocidental e sua marcha para o chamado Niilismo demonstram como é possível identificar as manifestações deste movimento sobre as avaliações da existência enquanto oposições a própria vida. Oposições estas não só contra homens e instituições, mas contra valores por muitos considerados os mais importantes. Assim, seria possível pensar uma nova justiça que se afirma nas possibilidades do devir: sem culpa, ma-consciência, ressentimento, mas acima de tudo enquanto oposta a vingança. A presente tese retoma questões centrais da filosofia do direito, mas numa perspectiva diferente e divergente ao legado da tradição filosófica ocidental até agora. / From the perspective of a Counter-History of Philosophy of Law, which comprises the legal thought not just through the greatest philosophical traditions, it is possible to think justice beyond transcendent foundations, such as Freedom, Equality and Human Dignity. These reflections about the justice based upon philosophers such Friedrich Nietzsche [1844-1900]. From the central themes of the Nietzschean philosophy, such as the Perspectivism and the Genealogy of Values, it would be possible to think in a critical and unconventional way the understanding of law and and justice, that is, while an agonistic relation of power in search of a balance. In that sense, there is a reception of the Will to Power to understand the dynamics inside the power relations in all spheres of life, especially in the legal and ethical life. However, is not a simple refleXion of justice as power relations. Nietzsche's reflections on Western culture and its march towards Nihilism show that it is possible to identify expressions of this movement on the evaluations of the world as oppositions to life itself. These oppositions are not only against society and institutions, but also against values. Thus, it is possible to think of a new justice which shows itself in the becoming without guilt, bad conscience, resentment and, above all, as opposed to vengeance. This dissertation discusses key issues of the Philosophy of Law, but in a different and divergent perspective of justice until now bequeathed in the West. / O autor não apresentou título em inglês.
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A educação pulsional em Nietzsche / The drive education in NietzscheSilva, Vagner da 18 August 2018 (has links)
Orientador: Lídia Maria Rodrigo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-18T09:17:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Apesar de Nietzsche ser uma referência fundamental para a filosofia contemporânea, os estudos sobre seu pensamento na área da educação ainda são poucos. Este trabalho tenta oferecer mais uma alternativa à interpretação do pensamento dele, analisado a partir da educação vista mais como um processo de formação e transformação dos indivíduos que são educados do que como uma realidade escolar cotidiana. Para isso, elaborou-se a tese de que só há educação, aos moldes nietzscheanos, se aquilo que um ser humano é mais intimamente quando nasce puder ser transformado de modo definitivo, irreversível e irremediável, ou seja, de modo radical. Para se justificar tal tese, foram explorados conceitos fundamentais no pensamento de Nietzsche: pulsão, si, vontade de poder, tipos superiores e inferiores, cultura e civilização, além-do-homem, eterno retorno do mesmo e amor fati. Foram, ainda, desenvolvidos e apresentados conceitos novos na análise do pensamento nietzscheano - condição de nascimento, condição de vida e condição de morte -, que dizem respeito à estruturação pulsional dos seres humanos, determinando o status tipológico de cada um e suas possibilidades de ascensão e decadência pulsional. / Abstract: Although Nietzsche is a fundamental reference for contemporary philosophy, studies of his thought on education are still few. This work attempts to provide an alternative interpretation of his thought, analyzed from education seen more like a process of formation and transformation of individuals who are educated, than as an everyday reality in schools. To that, we elaborated the thesis that there is only education, in the nietzschean manner, if what a human being is more deeply when it is born can be transformed in definitive, irreversible and irremediable way, in other words, in a radical way. To justify such thesis, we explored some fundamental concepts in Nietzsche's thought: drive, self, will to power, superior and inferior types, culture and civilization, super-man, eternal return of the same and amor fati. Were also developed and presented new concepts in the analysis of Nietzschean thought - condition of birth, condition of life and condition death - which concern the structuring of human drives, determining the typological status of each one and their possibilities of ascension and decadence drive. / Doutorado / Historia, Filosofia e Educação / Doutor em Educação
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Uma leitura nietzscheana da questão da responsabilidade moralFonseca, Ana Carolina da Costa e January 2010 (has links)
Nesta tese de doutorado, analisa-se o conceito de responsabilidade moral de uma perspectiva nietzscheana. A formulação nietzscheana do conceito de responsabilidade moral envolve um duplo aspecto: i) há um enfraquecimento da esfera de exigência da responsabilidade devido à influência dos instintos sobre as ações humanas e devido ao fato de o ser humano não se reconhecer como criador de seus próprios valores, apesar de criar conceitos morais e metafísicos que satisfaçam suas necessidades fisiológicas; e ii) há um fortalecimento e uma expansão do conceito de responsabilidade quando da constatação e da exigência de que o ser humano deve ser criador dos próprios valores. O conceito tradicional, ao contrário, elimina do debate filosófico o aspecto não-racional do ser e do saber humanos. Discute-se em que consiste e o que motivam tais diferenças. / In this thesis, we analyze the concept of moral responsibility from a nietzschean perspective. The nietzschean formulation of the concept of moral responsibility involves two aspects: i) a weakening of the sphere of exigency of responsibility due to the influence of instincts on human actions and because the human being fails to recognize himself as the creator of his own values and of moral and metaphysics concepts; and ii) a strengthening and an expansion of responsibility when there is an understanding and an exigency that the human being must be the creator of his own values. The traditional concept, on the contrary, eliminates from the philosophical debate the non-philosophical aspect of both the human being and knowledge. We discuss what constitutes and what triggers such differences.
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A Grundlegung sob a perspectiva de uma metafísica dos costumesMotta, Nykolas Friedrich Von Peters Correia January 2013 (has links)
A presente dissertação tem como objeto o prefácio da Fundamentação da Metafísica dos Costumes (FMC). Sua investigação concentra-se na concepção aí contida da disciplina da Metafísica dos Costumes, concepção essa pouca levada em conta para a compreensão da argumentação ulterior da FMC. Inicialmente abordamos (i) o que seria essa disciplina a partir da topologia das disciplinas filosóficas oferecida por Kant. Em seguida, exploramos (ii) o conceito de vontade pura, declaradamente o objeto de uma Metafísica dos Costumes. Na sequência investigamos (iii) o conceito de boa vontade, a fim de localizar o conceito de vontade pura na FMC. Como resultado, uma série de distinções úteis são alcançadas. Em (i), introduzimos a distinção entre os dois níveis da disciplina da Metafísica dos Costumes, na falta de termos melhores, “transcendental” e “humano”, a fim de harmonizar afirmações aparentemente contraditórias de Kant na FMC e na obra Metafísica dos Costumes. Em (ii), distinguimos pelo menos três usos distintos do conceito de vontade pura por parte de Kant, a saber, como (a) capacidade de determinar/motivar a vontade de certa maneira; como (b) a vontade determinada/motivada de certa maneira e como (c) a vontade maximamente determinada/motivada de certa maneira. Já em (iii), rastreamos a distinção entre pelo menos três usos do conceito de boa vontade, a saber, como (a) capacidade universalmente difundida de um agente racional agir moralmente; como (b) o bom caráter esparsamente difundido de quem se compromete firmemente com a lei moral, e como (c) a vontade maximamente boa, universalmente ausente porquanto uma ideia. Por fim, a partir da sobreposição dos três usos de ambos os conceitos, concluimos pela identificação do conceito de vontade pura com aquele de boa vontade. / The subject of the present dissertation is the preface of the Groundwork for the Metaphysics of Morals (Groundwork). Our investigation focused on the conception of the discipline of the Metaphysics of Morals presented in the preface, whose role for the understanding of the ulterior argumentation of the Groundwork is overlooked. Initially we investigate (i) what is this discipline taking as the start point the topology of the philosophical disciplines offered by Kant. Then we explore (ii) the concept of pure will, professedly the object of a Metaphysics of Morals. Finally we investigate (iii) the concept of a good will, in order to locate the concept of a pure will in the Groundwork. As a result, a number of useful distinctions are achieved. In (i), we introduce the distinction between the two levels within the discipline of the Metaphysics of Morals, in the absence of better terms, “transcendental” and “human”, in order to make coherent the apparently contradictory statements of Kant in the Groundwork and in the Metaphysics of Morals. In (ii) we distinguish at least three uses by Kant of the concept of pure will, namely, the pure will (a) as a capacity of determining/motivating the will in a certain way; as (b) a will determined/motivated in a certain way and (c) as a will maximally determined/motivated in a certain way. In (iii) we track the distinction between at least three uses of the concept of good will, namely, the good will (a) as a universally diffused capacity of a rational agent to act morally good; (b) as a sparsely diffused good character of a person steadily commited to the moral law, and (c) as a universally absent maximally good will, since it is an idea. Lastly, we identify both concepts, since their three uses overlap.
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A Grundlegung sob a perspectiva de uma metafísica dos costumesMotta, Nykolas Friedrich Von Peters Correia January 2013 (has links)
A presente dissertação tem como objeto o prefácio da Fundamentação da Metafísica dos Costumes (FMC). Sua investigação concentra-se na concepção aí contida da disciplina da Metafísica dos Costumes, concepção essa pouca levada em conta para a compreensão da argumentação ulterior da FMC. Inicialmente abordamos (i) o que seria essa disciplina a partir da topologia das disciplinas filosóficas oferecida por Kant. Em seguida, exploramos (ii) o conceito de vontade pura, declaradamente o objeto de uma Metafísica dos Costumes. Na sequência investigamos (iii) o conceito de boa vontade, a fim de localizar o conceito de vontade pura na FMC. Como resultado, uma série de distinções úteis são alcançadas. Em (i), introduzimos a distinção entre os dois níveis da disciplina da Metafísica dos Costumes, na falta de termos melhores, “transcendental” e “humano”, a fim de harmonizar afirmações aparentemente contraditórias de Kant na FMC e na obra Metafísica dos Costumes. Em (ii), distinguimos pelo menos três usos distintos do conceito de vontade pura por parte de Kant, a saber, como (a) capacidade de determinar/motivar a vontade de certa maneira; como (b) a vontade determinada/motivada de certa maneira e como (c) a vontade maximamente determinada/motivada de certa maneira. Já em (iii), rastreamos a distinção entre pelo menos três usos do conceito de boa vontade, a saber, como (a) capacidade universalmente difundida de um agente racional agir moralmente; como (b) o bom caráter esparsamente difundido de quem se compromete firmemente com a lei moral, e como (c) a vontade maximamente boa, universalmente ausente porquanto uma ideia. Por fim, a partir da sobreposição dos três usos de ambos os conceitos, concluimos pela identificação do conceito de vontade pura com aquele de boa vontade. / The subject of the present dissertation is the preface of the Groundwork for the Metaphysics of Morals (Groundwork). Our investigation focused on the conception of the discipline of the Metaphysics of Morals presented in the preface, whose role for the understanding of the ulterior argumentation of the Groundwork is overlooked. Initially we investigate (i) what is this discipline taking as the start point the topology of the philosophical disciplines offered by Kant. Then we explore (ii) the concept of pure will, professedly the object of a Metaphysics of Morals. Finally we investigate (iii) the concept of a good will, in order to locate the concept of a pure will in the Groundwork. As a result, a number of useful distinctions are achieved. In (i), we introduce the distinction between the two levels within the discipline of the Metaphysics of Morals, in the absence of better terms, “transcendental” and “human”, in order to make coherent the apparently contradictory statements of Kant in the Groundwork and in the Metaphysics of Morals. In (ii) we distinguish at least three uses by Kant of the concept of pure will, namely, the pure will (a) as a capacity of determining/motivating the will in a certain way; as (b) a will determined/motivated in a certain way and (c) as a will maximally determined/motivated in a certain way. In (iii) we track the distinction between at least three uses of the concept of good will, namely, the good will (a) as a universally diffused capacity of a rational agent to act morally good; (b) as a sparsely diffused good character of a person steadily commited to the moral law, and (c) as a universally absent maximally good will, since it is an idea. Lastly, we identify both concepts, since their three uses overlap.
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Uma leitura nietzscheana da questão da responsabilidade moralFonseca, Ana Carolina da Costa e January 2010 (has links)
Nesta tese de doutorado, analisa-se o conceito de responsabilidade moral de uma perspectiva nietzscheana. A formulação nietzscheana do conceito de responsabilidade moral envolve um duplo aspecto: i) há um enfraquecimento da esfera de exigência da responsabilidade devido à influência dos instintos sobre as ações humanas e devido ao fato de o ser humano não se reconhecer como criador de seus próprios valores, apesar de criar conceitos morais e metafísicos que satisfaçam suas necessidades fisiológicas; e ii) há um fortalecimento e uma expansão do conceito de responsabilidade quando da constatação e da exigência de que o ser humano deve ser criador dos próprios valores. O conceito tradicional, ao contrário, elimina do debate filosófico o aspecto não-racional do ser e do saber humanos. Discute-se em que consiste e o que motivam tais diferenças. / In this thesis, we analyze the concept of moral responsibility from a nietzschean perspective. The nietzschean formulation of the concept of moral responsibility involves two aspects: i) a weakening of the sphere of exigency of responsibility due to the influence of instincts on human actions and because the human being fails to recognize himself as the creator of his own values and of moral and metaphysics concepts; and ii) a strengthening and an expansion of responsibility when there is an understanding and an exigency that the human being must be the creator of his own values. The traditional concept, on the contrary, eliminates from the philosophical debate the non-philosophical aspect of both the human being and knowledge. We discuss what constitutes and what triggers such differences.
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Uma leitura nietzscheana da questão da responsabilidade moralFonseca, Ana Carolina da Costa e January 2010 (has links)
Nesta tese de doutorado, analisa-se o conceito de responsabilidade moral de uma perspectiva nietzscheana. A formulação nietzscheana do conceito de responsabilidade moral envolve um duplo aspecto: i) há um enfraquecimento da esfera de exigência da responsabilidade devido à influência dos instintos sobre as ações humanas e devido ao fato de o ser humano não se reconhecer como criador de seus próprios valores, apesar de criar conceitos morais e metafísicos que satisfaçam suas necessidades fisiológicas; e ii) há um fortalecimento e uma expansão do conceito de responsabilidade quando da constatação e da exigência de que o ser humano deve ser criador dos próprios valores. O conceito tradicional, ao contrário, elimina do debate filosófico o aspecto não-racional do ser e do saber humanos. Discute-se em que consiste e o que motivam tais diferenças. / In this thesis, we analyze the concept of moral responsibility from a nietzschean perspective. The nietzschean formulation of the concept of moral responsibility involves two aspects: i) a weakening of the sphere of exigency of responsibility due to the influence of instincts on human actions and because the human being fails to recognize himself as the creator of his own values and of moral and metaphysics concepts; and ii) a strengthening and an expansion of responsibility when there is an understanding and an exigency that the human being must be the creator of his own values. The traditional concept, on the contrary, eliminates from the philosophical debate the non-philosophical aspect of both the human being and knowledge. We discuss what constitutes and what triggers such differences.
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A Grundlegung sob a perspectiva de uma metafísica dos costumesMotta, Nykolas Friedrich Von Peters Correia January 2013 (has links)
A presente dissertação tem como objeto o prefácio da Fundamentação da Metafísica dos Costumes (FMC). Sua investigação concentra-se na concepção aí contida da disciplina da Metafísica dos Costumes, concepção essa pouca levada em conta para a compreensão da argumentação ulterior da FMC. Inicialmente abordamos (i) o que seria essa disciplina a partir da topologia das disciplinas filosóficas oferecida por Kant. Em seguida, exploramos (ii) o conceito de vontade pura, declaradamente o objeto de uma Metafísica dos Costumes. Na sequência investigamos (iii) o conceito de boa vontade, a fim de localizar o conceito de vontade pura na FMC. Como resultado, uma série de distinções úteis são alcançadas. Em (i), introduzimos a distinção entre os dois níveis da disciplina da Metafísica dos Costumes, na falta de termos melhores, “transcendental” e “humano”, a fim de harmonizar afirmações aparentemente contraditórias de Kant na FMC e na obra Metafísica dos Costumes. Em (ii), distinguimos pelo menos três usos distintos do conceito de vontade pura por parte de Kant, a saber, como (a) capacidade de determinar/motivar a vontade de certa maneira; como (b) a vontade determinada/motivada de certa maneira e como (c) a vontade maximamente determinada/motivada de certa maneira. Já em (iii), rastreamos a distinção entre pelo menos três usos do conceito de boa vontade, a saber, como (a) capacidade universalmente difundida de um agente racional agir moralmente; como (b) o bom caráter esparsamente difundido de quem se compromete firmemente com a lei moral, e como (c) a vontade maximamente boa, universalmente ausente porquanto uma ideia. Por fim, a partir da sobreposição dos três usos de ambos os conceitos, concluimos pela identificação do conceito de vontade pura com aquele de boa vontade. / The subject of the present dissertation is the preface of the Groundwork for the Metaphysics of Morals (Groundwork). Our investigation focused on the conception of the discipline of the Metaphysics of Morals presented in the preface, whose role for the understanding of the ulterior argumentation of the Groundwork is overlooked. Initially we investigate (i) what is this discipline taking as the start point the topology of the philosophical disciplines offered by Kant. Then we explore (ii) the concept of pure will, professedly the object of a Metaphysics of Morals. Finally we investigate (iii) the concept of a good will, in order to locate the concept of a pure will in the Groundwork. As a result, a number of useful distinctions are achieved. In (i), we introduce the distinction between the two levels within the discipline of the Metaphysics of Morals, in the absence of better terms, “transcendental” and “human”, in order to make coherent the apparently contradictory statements of Kant in the Groundwork and in the Metaphysics of Morals. In (ii) we distinguish at least three uses by Kant of the concept of pure will, namely, the pure will (a) as a capacity of determining/motivating the will in a certain way; as (b) a will determined/motivated in a certain way and (c) as a will maximally determined/motivated in a certain way. In (iii) we track the distinction between at least three uses of the concept of good will, namely, the good will (a) as a universally diffused capacity of a rational agent to act morally good; (b) as a sparsely diffused good character of a person steadily commited to the moral law, and (c) as a universally absent maximally good will, since it is an idea. Lastly, we identify both concepts, since their three uses overlap.
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O conceito de sociedade civil em Hegel e o principio da liberdade subjetiva / The concept of civil society and the principle of subjective freedomCiotta, Tarcilio 27 February 2007 (has links)
Orientador: Marcos Lutz Muller / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-09T06:30:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2007 / Resumo: Este trabalho tem como objeto de estudo o conceito de Sociedade Civil a partir da Filosofia do Direito de Hegel. Nessa perspectiva, o objetivo central desta investigação consiste em expor e demonstrar como Hegel, a partir de sua lógica especulativa, concebe este conceito enquanto emergência de uma nova figura da idéia ética, idéia esta que perfaz e abarca os acontecimentos do mundo moderno e apreende, neste aparecer fenomênico, o desenho e o progredir imanente da idéia da liberdade que se apresenta enquanto direito da particularidade e desenvolvimento histórico do princípio da liberdade subjetiva / Abstract: The object of study of the present work is the concept of Civil Society according to Hegel¿s Philosophy of Right. Based on this perspective, the focus of investigation is to expose and demonstrate how Hegel perceives this concept following his speculative logic, as an emergence of a new figure of the ethic idea, encompassing and involving the happenings of modern world and comprehending, in this phenomenal appearance, the design and the inherent progress in the idea of liberty as a right of particularity and historic development of the principle of subjective freedom / Doutorado / Doutor em Filosofia
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Nietzsche: a doutrina da vontade de potência como superação do mecanicismo / Nietzsche: the doctrine of the will to power as overcoming of the mechanicismJacubowski, Felipe Renan 27 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The incessant criticism of Nietzsche to the mechanicism (Mechanistik) presents in his later writings show the importance of the refutation of the mechanistic thinking. The aim of this paper is to propose, after investigation of the criticism nietzschinian to mechanicism, the will to power (Wille zur Macht) as a conception of the world and the life able to overcome it. In criticizing the mechanicism, the German philosopher seeks to overcome its many facets imposing the doctrine of will to power as dominant. Nietzsche does not attack the mechanicism from a single point of view, but from multiple perspectives, denounces it as a theory which reduces the coming-to-be the logic, as dogmatic science, as theory teleological, utilitarian, and as a particular form of metaphysics and of christianity. From the dynamic struggle between impulses and the tendency of growth of intensity, Nietzsche aims to provide an interpretation of the processes that not only exceeds the present explanations at the mechanistic theories, but, above all, that affirms the life as a continuous struggle and overcoming. This new attitude of the world, thought as overcoming of the mechanicism, emerges from a Homogeneität of effectiveness (Wirklichkeit) in which every event is explained in terms of the will to power: there are no metaphysical dichotomies present in the world, has no teleology, was not created by a god. The world is changing or moving around, without beginning or end, and returns eternally. The life or the body is no longer thought of as organized matter and becomes a battleground between various forces or impulses that struggle each other for more power in a continuous process of overcoming resistance. In this confrontation between mechanicism and will to power, Nietzsche needs of the life as criterion to establish the superiority of his theory. It is from a psychophysiological analysis of the life that the differences can be established: through the investigation of the present symptom in all evaluation, it establishes a hierarchy (Rangordnung) between types of life. The outcome of this can to denounce the mechanicism as a physiological symptom of decay, ie, as a theory that denies the dynamic and perspectivist character of the life. Conceiving that the mechanistic theories are rooted in moral and metaphysical prejudices, the philosopher considers the mechanicism a theory inferior and presents the will to power as upper. On contrary of the mechanicism, the will to power affirms the life as continuous overcoming, and, therefore, Nietzsche considers an upper interpretation, presenting it as a new alternative explanation of the existence. / As incessantes críticas de Nietzsche ao mecanicismo (Mechanistik) presentes em seus últimos escritos evidenciam a importância da refutação do pensamento mecanicista. O objetivo da presente dissertação é propor, após a investigação das críticas nietzschianas ao mecanicismo, a vontade de potência [Wille zur Macht] como uma concepção de mundo e de vida capaz de superá-lo. Ao criticar o mecanicismo, o filósofo alemão procura superar suas várias facetas impondo a doutrina da vontade de potência como dominante. Nietzsche não ataca o mecanicismo partindo de um único ponto de vista, porém, em múltiplas perspectivas, denuncia-o como teoria que reduz o vir-a-ser à lógica; como ciência dogmática; como teoria teleológica e utilitarista; e como forma particular de metafísica e de cristianismo. A partir da luta dinâmica entre os impulsos e da tendência de crescimento de intensidade, Nietzsche pretende fornecer uma interpretação dos processos que não apenas ultrapasse as explicações presentes nas teorias mecanicistas, mas, sobretudo, que afirme a vida enquanto luta e superação contínua. Essa nova postura de mundo, pensada como superação do mecanicismo, emerge de uma Homogeneität da efetividade (Wirklichkeit) em que todo acontecimento é explicado em termos de vontade de potência: não há quaisquer dicotomias metafísicas presentes no mundo, não possui nenhuma teleologia, não foi criado por um deus. O mundo é mudança ou movimento por toda parte, sem início nem fim, e retorna eternamente. A vida ou o corpo deixa de ser pensada como matéria organizada e passa a ser um campo de batalha entre várias forças ou impulsos que lutam entre si por mais potência, em um processo contínuo de superação de resistências. Nesse confronto entre mecanicismo e vontade de potência, Nietzsche precisa da vida como critério para estabelecer a superioridade de sua teoria. É a partir de uma análise psicofisiológica da vida que as diferenças podem ser estabelecidas: por meio da investigação do sintoma presente em toda valoração, institui-se uma hierarquia (Rangordnung) entre tipos de vida. O resultado dessa análise pode denunciar o mecanicismo como sintoma de decadência fisiológica, ou seja, como teoria que nega o caráter dinâmico e perspectivista da vida. Concebendo que as teorias mecanicistas estão enraizadas em preconceitos morais e metafísicos, o filósofo considera o mecanicismo uma teoria inferior e apresenta a vontade de potência como superior. Ao contrário do mecanicismo, a vontade de potência afirma a vida como superação contínua, e, portanto, Nietzsche a considera uma interpretação superior, apresentando-a como uma nova alternativa explicativa da existência.
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