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Composi??o da dieta e intensidade de infec??o parasit?ria em bugios-pretos (Alouatta caraya) : buscando evid?ncias de automedica??o

Jesus, Anam?lia de Souza 27 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 449500.pdf: 1456990 bytes, checksum: 6972fa69438f18a4272aab03ea41cffe (MD5) Previous issue date: 2013-02-27 / The amount of studies reporting the potential medicinal benefits of the ingestion of certain resources by non-human primates has increased in the last decades. However, most of them have focused on Old World primates and only recently some authors have proposed that howler monkeys (Alouatta spp.) may benefit from the natural pharmacopoeia present in their diets. This research aimed to study the activity pattern and diet composition of a group of black-and-gold howler monkeys (Alouatta caraya) inhabiting the Casa Branca Farm, Alegrete, RS, and their relationship with the individual intensity of parasitic infection (measured by the release of parasites in feces).The behavior (1200 hours of observation), including the ingestion of potentially medicinal plants, and the presence of parasites in individual daily fecal samples (N=534) were monitored during 15 consecutive days per month from February to July 2012. Only eggs and proglotydes of a cestode parasite, identified as Bertiella sp., were found in the fecal samples (prevalence=51%). Considering the assumptions of animal self-medication, no relationship between the ingestion of any food item and the release of eggs and proglotydes in the feces was found.The high density of potentially medicinal plants at the site and their high contribution to the diet of the study group, together with the identification of a single parasite species in the population, allows to hypothesize that the howler monkeys might be, even if unintentionally, enjoying the benefits of a prophylactic effect against other parasites. The economic, social and human health potential arising from the discovery of new drugs for human and/or domestic animal use originating from studies on Neotropical primate self-medication would have important positive implications for the valuing of the monkeys and their habitats. / O volume de estudos relatando os potenciais benef?cios medicinais do consumo de determinados recursos por primatas n?o-humanos tem aumentado nas ?ltimas d?cadas. Contudo, a grande maioria destes estudos ? restrita aos primatas do Velho Mundo. Apenas recentemente alguns autores t?m proposto que os bugios (Alouatta spp.) podem ser beneficiados pela farmacopeia natural presente em suas dietas. Esta pesquisa visou estudar o padr?o de atividades e a composi??o da dieta de um grupo de bugios-pretos (Alouatta caraya) habitante da Est?ncia Casa Branca, Alegrete, RS, e sua rela??o com a intensidade de infec??o parasit?ria (medida pela libera??o de parasitos nas fezes) dos indiv?duos.O comportamento (1200 horas de observa??o), incluindo a ingest?o de plantas potencialmente medicinais, e a presen?a de parasitos em amostras fecais individuais di?rias (N=534), foram monitorados durante 15 dias consecutivos por m?s no per?odo de fevereiro a julho de 2012. Ovos e progl?tides de apenas um cest?ide (identificado como Bertiella sp.) foram encontrados nas amostras fecais (preval?ncia=51%). Considerando as premissas da automedica??o animal, n?o foram encontradas evid?ncias de rela??o entre o consumo de qualquer item alimentar e a libera??o de ovos ou progl?dites nas fezes.A alta densidade de plantas com potencial medicinal na ?rea e sua grande contribui??o para a dieta do grupo de estudo, aliadas ? identifica??o de apenas uma esp?cie de parasito na popula??o, permite levantar a hip?tese de que os bugios-pretos podem estar se beneficiando, mesmo que involuntariamente, de um efeito profil?tico contra outras esp?cies de parasitos. O potencial econ?mico, social e de sa?de p?blica oriundo da poss?vel descoberta de novos f?rmacos para uso humano e/ou veterin?rio a partir de estudos da automedica??o por primatas neotropicais teria importantes implica??es positivas para a valoriza??o dos pr?prios macacos e seus habitats.
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Caracteriza??o evolutiva de uma zona h?brida entre duas esp?cies de fel?deos neotropicais (Leopardus tigrinus E L. geoffroyi) atrav?s da an?lise de marcadores nucleares

Lehugeur, Livia Menger 26 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 451413.pdf: 1438370 bytes, checksum: 1320e7640f2832d4355692836e95b936 (MD5) Previous issue date: 2013-03-26 / Hybridization in animal species has been observed with increasing frequency in nature, probably due to advances in molecular techniques, which have allowed accessing a wealth of information on the biology of living beings. The Neotropical felids Leopardus geoffroyi e L. tigrinus have essentially allopatric distributions, with a narrow contact zone that includes Rio Grande do Sul state, Brazil. Following initial suspicions raised by field studies, hybridization between these species was confirmed by the analysis of mitochondrial DNA and nuclear microsatellites (Trigo 2008). The main objective of this study was to clarify aspects related to hybridization and introgression between these species, including its symmetry and directionality, and also to test the application of multiple loci linked to the X chromosome to differentiate ancestral haplotype sharing from that resulting from the hybridization process. We selected 43 L. geoffroyi individuals and 38 L. tigrinus from regions that are near as well as outside the contact zone, in addition to six L. colocolo used as outgroups for comparison. Through the use of haplotype networks, it was possible to identify 38 hybrids, and based on shared haplotype blocks, we inferred that this number could reach more than 53 individuals. We observed bidirectional and quite asymmetric introgression between these species, corroborating the hypothesis that this is a current and complex hybridization process. In addition, an important result was the demonstration that the X chromosome segment analyzed here harbors sufficient information content to identify ancestral haplotypic blocks from each of the implicated species, opening up new avenues for in-depth genomic analyses targeting this hybridization process. / A hibrida??o entre esp?cies animais vem sendo observada cada vez mais frequentemente na natureza, devido provavelmente ao avan?o das t?cnicas moleculares, que t?m nos permitido acessar in?meras informa??es previamente desconhecidas com rela??o ? biologia dos seres vivos. Os fel?deos Neotropicais Leopardus geoffroyi e L. tigrinus possuem sua distribui??o essencialmente alop?trica, com uma estreita zona de contato que inclui o Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Ap?s suspeita levantada em estudos de campo, a hibrida??o entre estas esp?cies foi confirmada com an?lises do DNA mitocondrial e microssat?lites nucleares (Trigo 2008). O principal objetivo do presente trabalho ? aprofundar a investiga??o dos processos de hibrida??o e introgress?o entre estas duas esp?cies, incluindo aspectos como sua simetria e direcionalidade, bem como testar a viabilidade de utiliza??o de m?ltiplos locos localizados no cromossomo X para diferenciar o compartilhamento de hapl?tipos por ancestralidade daquele resultante do processo de hibrida??o. Foram selecionados 43 indiv?duos da esp?cie L. geoffroyi e 38 da esp?cie L. tigrinus, de regi?es pr?ximas (incluindo prov?veis puros e h?bridos) e tamb?m de regi?es afastadas da zona de contato, al?m de seis L. colocolo utilizados como grupo externo para fins de compara??o. Atrav?s da constru??o e an?lise de redes de hapl?tipos, foi poss?vel identificar 38 h?bridos, enquanto atrav?s da avalia??o de blocos haplot?picos compartilhados, inferiu-se que este n?mero pode chegar a mais de 53 indiv?duos. Foi observada introgress?o bidirecional e bastante assim?trica entre as esp?cies, corroborando a hip?tese de que se trata de um processo atual e complexo em sua din?mica. Al?m disso, um resultado importante deste estudo foi a demonstra??o de que o segmento analisado do cromossomo X apresenta poder informativo suficiente para identificar blocos haplot?picos ancestrais de cada uma das esp?cies envolvidas, o que abre caminho para an?lises gen?micas mais aprofundadas deste processo de hibrida??o.
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Hist?ria evolutiva de Conepatus (Carnivora: Mephitidae) : padr?es biogeogr?ficos de diversifica??o, investiga??o filogen?tica e revis?o taxon?mica do g?nero

Rodrigues, Manoel Ludwig da Fontoura 09 September 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 451414.pdf: 10722032 bytes, checksum: b8263340ed1091c069ea4b99a9f81848 (MD5) Previous issue date: 2013-09-09 / Conepatus (Mammalia: Carnivora) comprises one of the least known groups of Neotropical mammals. Despite its broad distribution, ranging from southern North America to southernmost South America, few studies have been conducted on this genus. The lack of knowledge regarding the ecology, morphology and distribution of different populations hampers comparative studies, resulting in much of the group's diversity remaining unknown. The most basic problem, however, seems to be the lack of studies regarding the evolutionary history and phylogenetic relationships among its populations, which are the main grounds for modern taxonomic classifications. A solid taxonomic arrangement is critical, since it is the principie that guides the description of ali other aspects of a given population. Finaily, understanding the evolutionary history of a taxon is important not only due to taxonomic concerns, but also because it is the cumulative knowledge on the diversification of different groups that allows the description of major biogeographic patterns. Attempting to shed light on several of these aspects, this study investigated phyiogenetic patterns, evolutionary history, population structure, morphological variation and general distribution of Conepatus, which altogether led to a taxonomic revision. To accomplish this, molecular analyses were performed, based on 1,902 base pairs of the mitochondrial DNA and eight microsatellite loci. We also conducted two types of morphological surveys. The first one was based on a panel of 29 craniodental measurements, while the second one investigated the differentiation of external body features among previousiy identified populations. Finally, we performed an extensive search for geographic records in original publications and scientific collection databases. Overall, the results indicated that Conepatus is a highly structured genus, encompassing at least 10 distinct geographic groups. In addition, at least some of these groups presented a noticeabie levei of morphological differentiation in terms of general body aspects, which reinforces the identified population structure. With respect to distributional aspects, Conepatus seems to inhabit almost exclusively open habitats and dry forests, rarely being found in moist dense forests. Some distributional discontinuities could be identified, which may be directly linked to the complete or partial isolation between groups. The evolution of the genus is complex, and appears to be linked to broad biogeographic patterns. The coalescence of Central and South American groups was estimated in ca. 3.2 million years ago (MYA), supporting the hypothesis that this genus colonized South America right after the complete closure of the Panama Isthmus, ca. 2.8 MYA, during the Great American Biotic Interchange. The coalescence of the South American populations, however, is far more recent (ca. 0.85 MYA), suggesting a complex evolutionary history, possibiy linked to the peculiar vegetation dynamics that took place in South America during the cycles of Pleistocene ice ages. Finally, a new taxonomic arrangement is proposed, suggesting that ali 10 identified groups could be elevated to the rank of species, due to the observed pattern of differentiation among these lineages. / Conepatus (Mammalia: Carn?vora) compreende um dos grupos de mam?feros neotropicais menos conhecidos. Apesar de apresentar uma extensa ?rea de distribui??o, indo sul da Am?rica do Norte ao extremo sul da Am?rica do Sul, poucos estudos foram conduzidos at? o momento sobre o g?nero. A falta de conhecimento envolvendo ecologia, morfologia e distribui??o das diferentes popula??es dificulta estudos comparativos, fazendo com que grande parte da diversidade do grupo permane?a desconhecida. O problema mais b?sico, contudo, parece ser a falta de estudos envolvendo sua hist?ria evolutiva e rela??es filogen?ticas, disciplinas balizadoras da taxonomia moderna. Uma classifica??o taxon?mica s?lida ? primordial para o estudo de qualquer grupo, j? que ? o princ?pio que norteia a descri??o dos demais aspectos de uma determinada popula??o. Al?m das contribui??es taxon?micas, conhecer a hist?ria evolutiva de um t?xon ? importante tamb?m por que ? a partir do entendimento cumulativo da estrutura da diversidade de v?rios grupos que se pode entender grandes padr?es hist?ricos. Assim, para contribuir com o conhecimento relativo a essas quest?es fundamentais, este estudo procurou revisar v?rios aspectos deste g?nero. Entre eles est?o padr?es filogen?ticos, evolutivos, morfol?gicos, de distribui??o e de estrutura populacional, culminando assim em uma revis?o taxon?mica. Para tanto, foram realizadas an?lises moleculares baseadas em 1.902 pares de base pertencentes a tr?s fragmentos do DNA mitocondrial, al?m de oito tocos de microssat?lites nucleares. Tamb?m foram conduzidos dois tipos de an?lise morfol?gica. A primeira baseou-se em um painel de 29 medidas de cr?nio e dentes para identificar padr?es de estrutura populacional, enquanto a segunda procurou por diferen?as no padr?o corporal geral entre algumas das popula??es identificadas. Finalmente, realizou-se uma extensa busca por registros de ocorr?ncia geogr?fica do g?nero em publica??es originais e bases de dados de cole??es cient?ficas. Os resultados obtidos indicam que Conepatus ? um g?nero bastante estruturado geograficamente, apresentando, no m?nimo, 10 grupos distintos. Tamb?m ? poss?vel afirmar que ao menos alguns dos grupos identificados apresentam um n?vel percept?vel de diferencia??o morfol?gica em termos de aspectos corporais gerais, o que refor?a a id?ia de estrutura??o neste grupo. A respeito dos padr?es de distribui??o, fica claro que o g?nero habita quase que exclusivamente ?reas de campo e florestas secas, sendo raramente encontrado em florestas densas. Algumas descontinuidades de distribui??o podem ser percebidas, podendo estar diretamente ligadas ao isolamento total ou parcial dos grupos. A hist?ria evolutiva do g?nero ? complexa, e parece estar ligada a padr?es biogeogr?ficos amplos. A coalesc?ncia dos grupos da Am?rica do Sul e Central ? de cerca de 3,2 milh?es de anos atr?s (MAA), apoiando a hip?tese de que o g?nero invadiu o continente sul-americano logo ap?s o fechamento do Istmo do Panam?, h? 2.8 MAA. A coalesc?ncia das amostras sul-americanas, contudo, ? bem mais recente (cerca de 0.85 MAA), sugerindo uma evolu??o complexa, possivelmente ligada ? din?mica vegetacional intrincada da Am?rica do Sul ao longo das eras glaciais do Pleistoceno. Finalmente, a revis?o taxon?mica proposta sugere que os 10 grupos identificados sejam elevados ? categoria de esp?cie, devido ao padr?o observado de diferencia??o entre estas linhagens.
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Rela??es filogen?ticas das esp?cies da fam?lia Callichthyidae : (Ostariophysi, Siluriformes)

Vera-alcaraz, H?ctor Samuel 28 August 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 451889.pdf: 4456883 bytes, checksum: e742e45558fe54b9dfa42a4657b631fb (MD5) Previous issue date: 2013-08-28 / The phylogeny of the family Callichthyidae (Siluriformes) was investigated performing a Cladistic parsimony analysis under a Total Evidence approach. Characters explored are mainly based in osteology and molecular data of nuclear and mitochondrial genes. The ingroup included 131 terminals representing 111 species, the outgroup included 13 terminals representing 13 species including Copionodon as the rooting taxa. The phylogenetic analysis resulted in 89 most parsimonious trees which are summarized in a strict consensus cladogram; a new phylogenetic classification and the discussion of this paper are addressed based in this topology. The Total Evidence phylogenetic analysis corroborated the monophyly of the family Callichthyidae, subfamilies Callichthyinae and Corydoradinae, genera Callichthys, Dianema, Lepthoplosternum, Megalechis, and Scleromystax. However, the genera Aspidoras, Corydoras, and Hoplosternum are recovered nonmonophyletic. To reconcile this situation, a revalidation of the genera Hoplisoma and Gastrodermus is proposed to accommodate most species currently recognized in Corydoras. Aspidoras virgulatus and Corydoras lacerdai are transferred to Scleromystax to conceive their currently containing genera monophyletic. On the other hand, Hoplosternum is recovered paraphyletic. However, it was decided to hold making taxonomic changes at this moment until molecular dataset is completed for this genus, which is referred temporarily as Hoplosternum . Synapomorphies for each clade recovered and ranked in the phylogenetic classification are reported here, emphasizing their morphological diagnoses. Interrelationships between species and clades are discussed and compared with previous taxonomic and phylogenetic hypotheses. In addition, the taxonomy of Hoplisoma nattereri was reviewed in order to elucidate its synonymy and investigate the presence of cryptic diversity under this name. Hoplisoma nattereri and H. triseriatus are considered valid species. Geographic distribution for each species is also reported. Corydoras juquiaae is removed from the synonymy of Hoplisoma nattereri and transferred to Scleromystax juquiaae, new combination. Scleromystax prionotos is considered a junior synonym of S. juquiaae. All these species are illustrated in this paper. In addition, the original figure of S. juquiaae prepared but never published by Rudolph von Ihering is reproduced here. Phylogenetic relationships of Hoplisoma nattereri and H. triseriatus are discussed and also the morphometric and genetic distance of some of the populations sampled. / A filogenia da fam?lia Callichthyidae (Siluriformes) foi estudada realizando uma an?lise de Parcim?nia Clad?stica sob uma abordagem de Evid?ncia Total. Caracteres explorados foram principalmente baseados em osteologia e dados moleculares de genes nucleares e mitocondriais. O grupo interno incluiu 131 terminais representando 111 esp?cies; o grupo externo incluiu 13 terminais representando 13 esp?cies e incluindo Copionodon como o terminal de enraizamento da topologia. A an?lise filogen?tica resultou em 89 ?rvores mais parcimoniosas que foram resumidas em um cladograma de consenso estrito; com base nessa topologia, se prop?e e discute uma nova classifica??o filogen?tica para Callichthyidae. A an?lise filogen?tica de Evid?ncia Total corroborou o monofiletismo da fam?lia Callichthyidae, subfam?lias Callichthyinae e Corydoradinae, g?neros Callichthys, Dianema, Lepthoplosternum, Megalechis e Scleromystax. No entanto, os g?neros Aspidoras, Corydoras e Hoplosternum foram recuperados n?omonofil?ticos. Para conciliar esta situa??o, se prop?e a revalida??o dos g?neros Hoplisoma e Gastrodermus para acomodar a maioria das esp?cies atualmente reconhecidas em Corydoras. Aspidoras virgulatus e Corydoras lacerdai foram transferidas para Scleromystax e assim conceber esses g?neros como monofil?ticos. Por outro lado, as esp?cies de Hoplosternum foram recuperadas como parafil?ticas. No entanto, decidiu-se n?o fazer mudan?as taxon?micas no momento at? concluir a coleta de dados moleculares para este grupo, o qual ? reconhecido temporariamente como Hoplosternum. Sinapomorfias para cada clado recuperado e proposto na classifica??o filogen?tica s?o aqui mostrados, enfatizando seus caracteres morfol?gicos diagn?sticos. Inter-rela??es entre as esp?cies e clados s?o discutidas e comparadas com estudos taxon?micos e hip?teses filogen?ticas anteriores. Adicionalmente, a taxonomia de Hoplisoma nattereri foi revisada a fim de elucidar sua sinon?mia e investigar a presen?a de diversidade cr?ptica sob este nome. Hoplisoma nattereri e H. triseriatus s?o consideradas esp?cies v?lidas. A distribui??o geogr?fica para cada esp?cie ? reportada. Corydoras juquiaae ? removida da sinon?mia de Hoplisoma nattereri e transferida para Scleromystax juquiaae, nova combina??o. Scleromystax prionotos ? considerada um sin?nimo j?nior de S. juquiaae. Todas estas esp?cies s?o ilustradas neste artigo. Tamb?m, a figura original de Corydoras juquiaae preparada, mas nunca publicada, por Rudolph von Ihering ? aqui reproduzida. As rela??es filogen?ticas de Hoplisoma nattereri e H. triseriatus foram discutidas como assim a sua morfometr?a e a dist?ncia gen?tica de algumas das popula??es amostradas.
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Molecular phylogenetics of Crossodactylus Dum?ril & Bibron, 1841 : (Anura: Hylodidae)

Fabri, Danielle Angelini 04 January 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 452890.pdf: 19996160 bytes, checksum: 73d3af87232bcae9613b5ad369f92dcf (MD5) Previous issue date: 2013-01-04 / Hylodidae is an anuran family composed of genera Crossodactylus, Hylodes, and Megaelosia, commonly known as torrent frogs , and known to range from northeastern Brazil through southern Paraguay and northern Argentina. Crossodactylus, previously referred to as the most taxonomic problematic of the three, is comprised of 11 small-sized (but for C. grandis) species, currently divided among three species groups: the C. gaudichaudii, C. trachystomus, and C. schmidti groups, the first of which contains the majority of recognized species. The relationship between Hylodidae and other anuran families has been extensively discussed, and hypotheses have been varied. Nonetheless, the monophyly of the group seems well corroborated, and has been recovered in several independent phylogenetic studies. However, despite recurrent mentions to the problematic systematics of Crossodactylus, its phylogenetic relationships remain untested. Furthermore, the only proposed synapomorphy for the group is the absence of the quadratojugal bone, a hypothesis which has already been refuted in literature. In view of the problems still revolving around Crossodactylus, this study aimed to test the monophyly of the genus and its species groups, while clarifying relationships among its species, and among itself and the remainder of hylodid genera. For that, a phylogenetic analysis of 3 mitochondrial and 5 nuclear genes of different degrees of variability was performed on software POY 4.1.2.1 under dynamic homology, employing the maximum parsimony optimality criterion. 72 outgroup taxa, and of 88 ingroup terminals were included. Of the outgroup, 21 taxa comprised of 61 terminals were sequenced by this study. All ingroup sequences were generated in this study, except for those of C. schmidti, for which sequences were already available on GenBank. A total of 14 equally most parsimonious trees of 25,508 steps were found, the conflicts of which were restricted to relationships between terminals of the ingroup. The monophyly of Hylodidae was corroborated once more. Megaelosia was found to be paraphyletic with respect to Hylodes, which is monophyletic. Crossodactylus was recovered as a monophyletic group, sister to the clade comprising the other two hylodid genera. The species groups as currently defined were found not to reflect the actual relationships among species, with the C. gaudichaudii group being paraphyletic with respect to C. schmidti, and likely to C. trachystomus. Also, several species complexes were found within Crossodactylus, and species believed to be widespread were found to be actually several narrowly distributed species. 14 putative species were discovered in addition to the six recognized species sampled. The placement of the five recognized species not sampled by this study remains unknown and, as most of these were last collected in the 1970 1980s, future studies will require morphological evidence in order to address this question. / Hylodidae ? uma fam?lia de anuros composta dos g?neros Crossodactylus, Hylodes e Megaelosia, conhecidos popularmente como r?zinhas-do-riacho, e cuja ?rea de distribui??o conhecida vai do nordeste do Brasil at? o norte da Argentina, atrav?s do sul do Paraguai. Crossodactylus, conhecido como o g?nero de taxonomia mais problem?tica dos tr?s, ? composto de 11 esp?cies de pequeno tamanho (exceto por C. grandis), atualmente divididas entre tr?s grupos de esp?cies: os grupos C. gaudichaudii, C. trachystomus e C. schmidti, o primeiro dos quais cont?m a maioria das esp?cies reconhecidas. O relacionamento entre Hylodidae e outras fam?lias de anuros tem sido extensamente discutido, com hip?teses variadas. Ainda assim, a monofilia do grupo parece bem corroborada e tem sido recuperada em diversos estudos filogen?ticos independentes. Contudo, apesar das recorrentes men??es ? sistem?tica problem?tica de Crossodactylus, suas rela??es filogen?ticas permanecem n?o testadas. Al?m disso, a ?nica sinapomorfia proposta para o grupo ? a aus?ncia do osso quadradojugal, hip?tese j? refutada na literatura. Tendo em vista os problemas ainda presentes em torno de Crossodactylus, o presente estudo objetivou testar a monofilia do g?nero e seus grupos de esp?cies, ao mesmo tempo buscando esclarecer os relacionamentos entre esp?cies do g?nero e entre esse e os demais g?neros de Hylodidae. Para tanto, uma an?lise filogen?tica de tr?s genes mitocondriais e cinco genes nucleares de diferentes graus de variabilidade foi realizada atrav?s do software POY 4.1.2.1, sob a implementa??o de homologia din?mica, empregando o crit?rio de otimalidade de m?xima parcim?nia. 72 t?xons do grupo externo e 88 terminais do grupo interno foram inclu?dos. Do grupo externo, 21 t?xons compostos de 61 terminais foram sequenciados nesse estudo. Todas as sequ?ncias do grupo interno foram geradas nesse estudo, exceto por aquelas de C. schmidti, para o qual sequ?ncias j? estavam dispon?veis no GenBank. Um total de 14 ?rvores igualmente maximamente parcimoniosas de 25.508 passos foi encontrado, os conflitos das quais se restringiam a rela??es entre terminais do grupo interno. A monofilia de Hylodidae mais uma vez foi corroborada. O g?nero Megaelosia foi encontrado como parafil?tico em rela??o a Hylodes, o qual ? monofil?tico. Crossodactylus foi recuperado como um grupo monofil?tico, irm?o do clado composto pelos dois outros g?neros. Descobriu-se que os grupos de esp?cies como definidos atualmente n?o refletem os relacionamentos entre esp?cies, com o grupo C. gaudichaudii sendo parafil?tico com respeito ao grupo C. schmidti e, provavelmente, ao grupo C. trachystomus. Al?m disso, diversos complexos de esp?cies foram encontrados em Crossodactylus e descobriu-se que esp?cies cuja distribui??o acreditava-se ser extensa s?o na verdade compostas de v?rias esp?cies de distribui??o restrita. 14 esp?cies putativas foram descobertas em adi??o ?s seis esp?cies reconhecidas amostradas. O posicionamento das cinco esp?cies reconhecidas n?o amostradas nesse estudo permanece desconhecido e, como a maioria destas n?o ? coletada desde os anos 1970 1980, estudos futuros necessitar?o de evid?ncia morfol?gica de modo a endere?ar essa quest?o.
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Demografia hist?rica e contempor?nea de guepardos (Acinonyx jubatus) na Nam?bia, ?frica Austral

Fabiano, Ezequiel Chimbioputo 26 March 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 452888.pdf: 4945977 bytes, checksum: d8d5439b275ed26962a56fcdf0f3a9e9 (MD5) Previous issue date: 2013-03-26 / Background: The contemporary genetic diversity of species and populations is a product of climatic oscillations over deeper timescales and/or anthropogenic factors over recent times. These forces caused alterations in the effective population size of fauna and flora, thus affecting not only their evolutionary potential but also species spatial distributions. Consequently, a need exists for assessing the historical demography of species at different population levels. The origin of the contemporary genetic diversity of cheetahs is thought to be the result of a severe decline around the Last Glacium Maximum (8,000 - 20,000 years ago, ya), followed by an expansion around the mid-Holocene ( 5,000 years) and a subsequent bottleneck within the past century due to a combination of anthropogenic factors and weather variability. Alternative hypotheses include that of a metapopulation structure and the persistence at a low effective size due to a high reproductive variance associated with a polygynous mating system. However, these three remain largely untested despite advances in molecular analytical tools over the past decades. Likewise, the effects of anthropogenic factors on population viability merit quantification as well as trends in abundance and density using robust surveying techniques. This study aims to contribute novel information on these aspects; information deemed of high significance for comprehensive conservation measures that do not underestimate the true risk of extinction the species is facing. First, we explored the historical demography of the largest free-ranging cheetah population over the past 60,000 years. Second, we assessed the population s genetic viability and its sensitivity to perturbations on vital rates and uncertainties on current population size and carrying capacity estimates. Lastly, we assessed trends in density, abundance, and behavioural ecology aspects of cheetahs. Methods: To explore the historical demography, we stratified periods during the last 60,000 years and contrasted evolutionary models assuming stability, decline and expansion using approximate Bayesian computation methods. We estimated the population s contemporary effective size using four genetic estimators and population viability analysis (PVA). Sensitivity analyses of the susceptibility of viability estimates to perturbations were also performed using a PVA approach. To estimate density and abundance, we used a combination of Bayesian spatial capture, recapture and non-spatial methods. Results: First, demographic scenarios indicated that the population has a complex demographic history, characterised by periods of decline intercalated with periods of stability with no signal of expansion contrived during the past 60,000 ya. The population seems to have been stable over the past 300 years. Additionally, scenarios modeled on abrupt reductions had low levels of support in relation to models assuming gradual reductions. Second, we found the present population to be viable, although susceptible to perturbations such as the proportion of breeding females, adult female survival rates, and uncertainties in current abundance estimates and on carrying capacity. These parameters also influenced the total population size. However, the direction of the impact was related to perturbation levels. Lastly, and mostly applicable for males, we observed density estimates of 5 to 20 km-3 that were largely similar across most of the six multi-year surveys. Furthermore, male cheetahs showed high site fidelity, utilising scent-marking locations for up to four consecutive years with possible temporal avoidance. Overall individuals displayed a nocturnal activity pattern. Discussion: First, the study shows that the population s contemporary genetic diversity (and possibly that of other populations to which our population is genetically connected) is the result of a gradual decline, likely caused by fluctuations and reductions of suitable habitat due to Pleistocene and Holocene climatic oscillations, as well as recent increases in aridification in Namibia. Second, that the population viability is largely dependent on aspects related to females, and that threshold values seem to exist beyond which certain conservation actions may have a negative influence on viability. Lastly, male density seems to be regulated by home range dynamics, as density remained similar across surveys except during periods of social instability caused by vacant home ranges. The instability caused by removals may lead to higher reproductive variance. Conclusions: Overall, the study shows that a realistic estimate of the risk of extinction faced by this population requires an integration of results obtained with several analytical approached, and that long-term conservation plans should incorporate such a body of information. The observation that viability is susceptible to different biological and social factors highlights the relevance of this assessment, which is integrated to the other themes investigated in this study. In a broader context, the results presented here are potentially relevant for assessments targeting other species facing similar threats of extinction. / Contexto: A diversidade gen?tica contempor?nea de esp?cies e popula??es ? resultante da intera??o entre aspectos ecol?gicos e biol?gicos das mesmas em rela??o aos efeitos de processos hist?ricos naturais, bem como ao efeito atual dos humanos. Essas for?as causaram altera??es no tamanho efetivo da popula??o de muitos elementos da fauna e flora, afetando n?o s? os seus potenciais evolutivos, mas tamb?m suas distribui??es geogr?ficas. Conseq?entemente, existe uma necessidade de caracterizar a hist?ria demografica de esp?cies em diferentes n?veis. A baixa diversidade gen?tica contempor?nea de guepardos ? usualmente considerada como o resultado de um severo gargalo gen?tico em torno do ?ltimo M?ximo Glacial (8.000 - 20.000 anos atr?s), seguido por endogamia, uma expans?o em meados do Holoceno (5.000 anos) e finalmente um gargalo durante o ultimo s?culo devido a a uma combina??o de fatores humanos e varia??es clim?ticas. Hip?teses alternativas incluem uma estrutura de metapopula??o e persist?ncia de tamanho efetivo baixo, devido ? ocorr?ncia de poliginia, gerando uma alta vari?ncia reprodutiva. Apesar dos avan?os em ferramentas moleculares nas ?ltimas d?cadas, estas hip?teses permanecem ainda largamente inexploradas. Da mesma forma, os efeitos de fatores humanos sobre a viabilidade da popula??o, precisam ser quantificados, assim como ? necess?rio determinar as tend?ncias temporais em abund?ncia e densidade utilizando robustas abordagens sistem?ticas. Neste contexto, o objetivo prim?rio deste estudo foi obter novas informa??es sobre estes aspectos, as quais s?o consideradas significantes para que medidas de conserva??o abrangentes sejam colocadas em pr?tica. Especificamente, exploramos a historia demografica da maior popula??o de guepardos ao longo dos ?ltimos 60 mil anos. Segundo, avaliamos a viabilidade gen?tica desta popula??o e sua sensibilidade a perturba??es e incertezas sobre o tamanho da popula??o atual, bem como estimativas da sua capacidade suporte. Por fim, avaliamos as tend?ncias em densidade e abund?ncia, assim como certos aspectos ecol?gicos comportamentais de uma popula??o local. Ferramentas: M?todos Bayesianos foram aplicados para avaliar e contrastar cen?rios evolutivos de estabilidade, decl?nio e de expans?o em diferentes per?odos nos ?ltimos 60 mil anos. Para estimar o tamanho efetivo contempor?neo da popula??o, foram utilizadas quatro estimativas gen?ticas e uma baseada em simula??es de viabilidade. Simula??es foram realizadas para avaliar a sensibilidade da estimativa de tamanho efectivo a perturba??es nas taxas vitais, incertezas no tamanho da popula??o e capacidade suporte. Por fim, o tamanho populacional de censo e a densidade populacional foram estimados atrav?s de m?todos espaciais e n?o espaciais de captura-recaptura. Resultados: Primeiro, os cen?rios demogr?ficos indicaram que a popula??o tem uma hist?ria demogr?fica complexa, caracterizada por per?odos de decl?nio populacional, intercalados por per?odos de estabilidade, sem sinal de expans?o detectado desde 60.000 mil anos. Um sinal de estabilidade foi detetado para os ultimos 300 anos. Adicionalmente, cen?rios modelados que assumiram redu??es abruptas tiveram taxas baixas de suporte em rela??o a modelos de redu??o gradual. Segundo, estimativas de tamanho efetivo baseadas em simula??es indicaram que a popula??o ? vi?vel, por?m suscet?vel a perturba??es como a propor??o de f?meas reprodutoras, as taxas de sobreviv?ncia de adultos do sexo feminino, e incertezas em estimativas de abund?ncia e de capacidade de suporte. O tamanho de censo da popula??o tamb?m foi influenciado por estes par?metros. No entanto, a influ?ncia em ambos os par?metros ? condicionada aos n?veis de perturba??es. Terceiro, as estimativas de densidade, principalmente de machos adultos, variaram entre 5 - 20 km-3 e foram semelhantes entre os levantamentos realizados no decorrer dos seis anos de amostragem. Os guepardos machos mostraram uma fidelidade de at? quatro anos de uso consecutivo de s?tios de marca??o (scent-marking sites) dentro de suas ?reas pr?prias, evidenciando tamb?m um padr?o de atividade predominantemente noturno. Discuss?o: Primeiro, o estudo mostra que a diversidade gen?tica contempor?nea da popula??o (e possivelmente de outras popula??es com as quais est? geneticamente ligada) ? resultante de um decl?nio gradual, provavelmente causado por flutua??es e redu??es de habitat adequado devidas a oscila??es clim?ticas no Pleistoceno e Holoceno, bem como aumentos no nivel de aridez em tempos mais recentes na Nam?bia. Segundo, que a viabilidade da popula??o ? em grande parte dependente de aspectos relacionados com f?meas, e que parecem existir valores limiares al?m dos quais certas perturba??es podem ter uma influ?ncia negativa sobre a viabilidade. Por ?ltimo, a densidade de machos parece ser resultado da din?mica das ?reas de vida, visto que a densidade permaneceu semelhante, exceto durante os per?odos de instabilidade social causada por ?reas vagas. A instabilidade causada por remo??es antropog?nicas pode, portanto, levar a maior vari?ncia reprodutiva. Conclus?es: O estudo indica que uma estimativa realista do risco de extin??o desta popula??o requer a integra??o de resultados obtidos por diversas abordagens anal?ticas, e que planos de conserva??o de longo prazo devem incluir tal conjunto de informa??es. A observa??o de que a viabilidade ? sens?vel a diferentes fatores biol?gicos e sociais ressalta a import?ncia desta avalia??o, a qual se integra aos demais temas investigados neste estudo. De forma mais ampla, os resultados aqui apresentados s?o potencialmente relevantes para diversas outras esp?cies que enfrentam amea?as de extin??o semelhantes.
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Estrutura populacional e hist?ria demogr?fica das popula??es de baleias jubarte (Megaptera novaeangliae) da Am?rica do Sul

Souza, Ana L?cia Cypriano de 21 August 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 454365.pdf: 3007905 bytes, checksum: b56832ba15c565900ea3873756783426 (MD5) Previous issue date: 2013-08-21 / Commercial whaling mainly during the 20th century reduced most populations of humpback whale (Megaptera novaeangliae). Seven breeding stocks (A-G) are recognized by the International Whaling Commission (IWC) in the Southern Hemisphere. Humpback whales from Breeding stock A (BSA) are distributed along the Brazilian coast (mainly between 5? and 23? S), in the Southwestern Atlantic, while the humpbacks from breeding stock G (BSG) occur from Peru (6? S) to Costa Rica (12? N) coast, in the eastern Pacific Ocean. Despite previous studies have provided important information about both South America breeding grounds, the degree of connectivity and differentiation between these populations needs to be better investigated. Therefore, the manuscript 2 of this thesis represents the first analysis of the genetic differentiation and level of gene flow between these populations, using mitochondrial DNA sequences and 16 microsatellite loci. Our results showed a significant differentiation between Breeding Stocks A and G, at both molecular markers (mtDNA and microsatellites), in specially through the Bayesian clustering analysis that identified two populations even without sampling location information. However, the assignment tests have indicated an exchange of individuals between these populations, but with a gene flow low enough to allowing the demographic independence of these two stocks. Our data segregated by gender showed a significant differentiation between females from Brazil and Colombia, and between males from Brazil and Antarctic Peninsula, suggesting higher fidelity of females to the breeding areas and of males to the feeding areas. Nevertheless, recent studies have shown females undertaking long movements between breeding grounds. Thus, a sampling effort mainly on arrival and departure of the whales migrating for these areas is needed for a better understanding of the migratory pattern of the humpbacks of these populations. Although the Brazilian humpback whale population has shown signs of recovery after suffering a reduction estimated to 2% of its historical size in the late 1950s, no genetic study has provided estimates of effective and census size, contemporary and historical, for this population. For a better understanding of the whaling impact on this population, its demographic history was investigated using different molecular markers and methods (manuscripts 1 and 3). In the first manuscript ten microsatellite loci were used to estimate for the first time its contemporary population size. In the manuscript 3 was used for the first time the high throughput sequencing technology to sequence multiple nuclear loci at 24 Brazilian humpback samples. Despite the approximate Bayesian computation analysis has supported a scenario of constant Ne over size changes scenarios during the whaling period; our estimates of contemporary size at different time frames have detected a fluctuation of the population size during this period (~ 2 to 4 generations ago). Moreover, multiple sequence loci data have indicated a most recent bottleneck caused by anthropogenic population depletion over past 200 years. Our estimate of historical abundance (~ 148,000 individuals) indicates that BSA humpback population was much larger than that estimated (24,700 individuals) by whaling catch records. Finally, an extended Bayesian skyline plot of the nuclear loci indicated that the population was declining ever since a size peak around 30,000 years ago, which may be associated with the climate changes caused by glacial/interglacial cycles. These results suggest that Southwestern Atlantic humpback population was higher before the onset of the whaling period, which may explain the discrepancy found between previous genetic and catch record population size estimates at this period. / A ca?a comercial baleeira durante o s?culo XX reduziu significativamente a maioria das popula??es de baleias jubarte (Megaptera novaeangliae). Sete estoques reprodutivos (A-G) s?o reconhecidos pela Comiss?o Internacional Baleeira (CIB) no Hemisf?rio Sul. As baleias jubarte do estoque reprodutivo A s?o distribu?das ao longo da costa brasileira (principalmente entre 5? e 23? S), no Oceano Atl?ntico Sul Ocidental, enquanto as jubartes do estoque G ocorrem da costa do Peru (6? S) at? a Costa Rica (12? N), no Oceano Pac?fico Oriental. Apesar de estudos anteriores terem fornecido importantes informa??es sobre ambos estoques reprodutivos Sul Americanos, o grau de conectividade e de diferencia??o entre essas popula??es precisa ser melhor investigado. Deste modo, o manuscrito 2 desta tese representa a primeira an?lise de diferencia??o gen?tica e n?vel de fluxo g?nico entre essas popula??es, usando sequ?ncias de DNA mitocondrial e 16 locos de microssat?lites. Nossos resultados revelaram uma significante diferencia??o entre os estoques A e G em ambos marcadores moleculares (DNAmt e microssat?lites), especialmente atrav?s da an?lise bayesiana que identificou duas popula??es mesmo sem informa??o dos locais de amostragem. No entanto, os testes de assignment indicaram um interc?mbio de indiv?duos entre essas popula??es, mas com um fluxo g?nico baixo o suficiente permitindo a independ?ncia demogr?fica desses dois estoques. Nossos dados separados por sexo apresentaram uma diferencia??o gen?tica significativa entre as f?meas do Brasil e da Col?mbia, e entre os machos do Brasil e da Pen?nsula Ant?rtica, sugerindo maior fidelidade das f?meas ?s ?reas de reprodu??o e dos machos ?s ?reas de alimenta??o. Apesar disso, estudos recentes t?m demonstrado f?meas realizando longos movimentos entre ?reas de reprodu??o. Portanto, um esfor?o de amostragem principalmente na chegada e na sa?da das baleias migrando para essas ?reas de reprodu??o ? necess?rio para melhor compreender o padr?o migrat?rio das jubartes dessas popula??es. Embora a popula??o de baleias jubarte do Brasil tem demonstrado sinais de recupera??o ap?s sofrer uma redu??o estimada a 2% de seu tamanho hist?rico at? meados de 1950, nenhum estudo gen?tico tem fornecido estimativas de tamanho efetivo e de censo, atual e hist?rico, para essa popula??o. Para uma melhor compreens?o do impacto da ca?a nessa popula??o, sua hist?ria demogr?fica foi investigada utilizando diferentes marcadores moleculares e diferentes m?todos (manuscritos 1 e 3). No primeiro manuscrito dez locos de microssat?lites foram usados para estimar pela primeira vez o tamanho atual dessa popula??o. No manuscrito 3 foi usado pela primeira vez a tecnologia de sequenciamento em larga escala para sequenciar m?ltiplos locos nucleares em 24 amostras de jubartes brasileiras. Apesar da an?lise de computa??o Bayesiana aproximada suportar um cen?rio de popula??o constante sobre os cen?rios de mudan?a do tamanho da popula??o durante a ca?a comercial, nossas estimativas de tamanho atual em diferentes per?odos de tempo demonstraram uma flutua??o do tamanho da popula??o durante esse per?odo (~ 2 a 4 gera??es atr?s). Al?m disso, os dados de m?ltiplos locos indicaram um decl?nio de popula??o mais recente causado pela explora??o antropog?nica nos ?ltimos 200 anos. Nossa estimativa de abund?ncia hist?rica (~ 148.000 indiv?duos) indica que a popula??o de jubartes do estoque A foi muito maior do que aquele estimado (~ 24.700 indiv?duos) pelos registros da ca?a. Finalmente, os dados dos locos nucleares tamb?m indicaram que a popula??o estava declinando desde seu tamanho m?ximo atingido a cerca de 30 mil anos atr?s, possivelmente relacionada com as mudan?as clim?ticas causadas pelos ciclos de glacia??o/interglacia??o. Esses resultados sugerem que a popula??o do Oceano Atl?ntico Sul Ocidental era maior antes do in?cio da ca?a, o que deve explicar a discrep?ncia encontrada entre as estimativas de tamanho da popula??o, gen?ticas e baseadas em dados da ca?a.
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Ecologia cognitiva e forrageio social de macacos-da-noite (Aotus infulatus e A. nigriceps) em cativeiro

Costa, Renata Souza da 17 February 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 455269.pdf: 1181342 bytes, checksum: 9c940ac08b58b8a50971b88c1250defa (MD5) Previous issue date: 2013-02-17 / Owl monkeys are monogamous animals that live in small groups composed of an adult reproductive pair and their offspring. They are the only anthropoid primates with a nocturnal lifestyle. Their period of activity in a dim light environment hampers research efforts. In this context, the captivity provides a controlled environment that can be manipulated for studying their behavior and cognitive ecology. Four individual Aotus infulatus and six Aotus nigriceps distributed into three adult pairs, one group composed of an adult pair and their daughter and one solitary male were studied at the Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres Arca de No?. The objectives of this study were to test the ability of monkeys to use olfactory, visual, auditory, spatial and quantitative information in foraging decision-making and to identify the strategies of social foraging and the occurrence of food sharing and female priority to food resources. Five visually similar feeding boxes were established in each enclosure. A total of 45 sessions (three sessions per night during 15 consecutive days) per enclosure were conducted in each experiment. The behavior of the study subjects was filmed with a video camera equipped with infrared light. A single feeding box was baited with a food reward in each session (except in the spatial + quantitative experiment), whose location could vary depending on the experimental protocol. Only one female showed a performance that suggests that she was learning the usefulness of sight to locate the food reward in the visual information experiment. Study subjects performed at chance level in all other experiments. Females invested more in foraging and consumed more food rewards than males, despite the lack of priority to food resources. A single event of food sharing (from father to daughter) was recorded. The animals showed a preference for certain feeding boxes and agonistic behaviors for defending boxes and food rewards. In sum, the behavior of the study subjects did not allow confirming and comparing the relative importance of the cognitive skills in foraging decision-making, but it confirmed a greater foraging investment by adult females. / Os macacos-da-noite s?o animais monog?micos que vivem em pequenos grupos compostos pelo casal reprodutor adulto e seus descendentes. Eles s?o os ?nicos primatas antrop?ides com h?bitos noturnos. O desenvolvimento de suas atividades em um ambiente com baixa luminosidade dificulta o seu estudo. Neste contexto, o cativeiro propicia um ambiente controlado que pode ser manipulado para estudos sobre o seu comportamento e habilidades cognitivas. Quatro indiv?duos da esp?cie Aotus infulatus e seis de Aotus nigriceps distribu?dos em tr?s casais, um grupo composto por um casal e sua filha e um macho solit?rio foram estudados no Criadouro Conservacionista de Animais Silvestres Arca de No?. Os objetivos deste trabalho foram testar a habilidade dos macacos em usar informa??es olfativas, visuais, sonoras, espaciais e quantitativas na tomada de decis?es de forrageio e identificar as estrat?gias de forrageio social e a exist?ncia de partilha de alimento entre os indiv?duos e prioridade de acesso aos recursos por parte da f?mea. Cinco caixas de alimenta??o visualmente semelhantes foram instaladas em cada recinto. Foram realizadas 45 sess?es por recinto em cada experimento (tr?s sess?es por noite durante 15 dias consecutivos). O comportamento dos animais foi filmado com uma filmadora equipada com luz infravermelha. Apenas uma caixa continha recompensa em cada sess?o (exceto no experimento espacial + quantitativo), cuja localiza??o podia variar dependendo do protocolo experimental. Somente uma f?mea apresentou um desempenho que sugere um aprendizado da utilidade da informa??o visual para localiza??o da recompensa alimentar. Em todos os outros experimentos os indiv?duos apresentaram um desempenho ao acaso. As f?meas investiram mais em forrageio e consumiram mais recompensas do que os machos, embora n?o tenham usufru?do de prioridade de acesso ao alimento. Um ?nico evento de partilha de alimento (de pai para filha) foi registrado. Os animais apresentaram prefer?ncia por determinadas caixas de alimenta??o e comportamentos agon?sticos de defesa das caixas e recompensas. Em suma, o comportamento dos animais n?o permitiu confirmar e comparar a import?ncia relativa das habilidades cognitivas na tomada de decis?es de forrageio, mas confirmou o maior investimento das f?meas no forrageio.
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Estrat?gias de forrageio em micos-estrela (Callithrix penicillata) : os micos usam jogos durante o forrageio social?

Guedes, Danusa 09 November 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 456396.pdf: 2914421 bytes, checksum: 715fa55f8686b663dc44e3705dcfe68e (MD5) Previous issue date: 2012-11-09 / Anthropoid primates stand out among mammals because of their advanced cognitive skills resulting from the evolution of a relatively larger brain. Their ability to use social tactics to solve ecological and group-living challenges has been proposed by some experts as the major selective pressure that drove their brain evolution and increase in cognitive skills. Yet, little is known about how differences in social intelligence affect individual fitness within primate groups, including those of New World species. Previous studies have shown that tamarins (Saguinus) and capuchin monkeys (Sapajus) integrate ecological and social information in their group foraging decision-making, thereby suggesting that they adopt efficient cognitive mechanisms for coping with the social network. However, these studies did not analyze individual behavior from a Game Theory perspective, which provides an appropriate theoretical framework for evaluating individual decisions within a social context. In this research we tested whether black tufted-ear marmosets (Callithrix penicillata) are capable of integrating social and ecological information for making economical foraging decisions as predicted by the Producer-Scrounger Game. Specifically, we tested whether the members of social groups adjust their foraging strategies (producer and scrounger) in response to changes in the productivity and density of food resources and whether the individual choice of strategy and foraging success are age-sex and social rank dependent. The study was conducted with two wild groups living in a forest fragment at Fazenda Cauaia, Matozinhos, State of Minas Gerais, Brazil, from October 2009 to October 2011. The experimental design involved the establishment of two feeding stations (one in the home range of each group) composed of five platforms in a circular arrangement. The behavior of the marmosets, including the amount of food reward (arabic gum) eaten by each individual, was recorded with a closed-circuit television (CCTV). We ran four experiments controlling the amount of food available in the station (productivity) and the number of rewarded feeding apparatuses (density). The experimental conditions were: low density-low productivity, low density-high productivity, high density-low productivity and high density-high productivity. Individuals differed in their investment in producing resources (that is, searching for food rewards in platforms) in both groups throughout the study, indicating the use of the Producer-Scrounger Game. As predicted by this model, the finder s advantage (amount of food eaten by the producer of a resource before the arrival of scroungers), the foraging success of producers and the proportion of individuals playing producer in the group were higher under conditions of low productivity. Changes in resource density also influenced the proportion of individuals adopting each strategy. Again, more individuals played producer under conditions of low resource density. The latency to the arrival of the first scrounger was lower under conditions of low density and low productivity. Adult males also tended to play scrounger more often than adult females under these circumstances. Social rank did not have a significant relationship with individual foraging strategy and success. We conclude that black tufted-ear marmosets use ecological and social information to make foraging decisions within their groups and suggest that the strategy to be played is chosen by the individual prior to the arrival of the group at the food patch. Finally, we confirmed that the Game Theory and the Producer-Scrounger model are useful theoretical frameworks for analyzing the individual foraging decisions of black tufted-ear marmosets within a social context / Os primatas antrop?ides destacam-se dentre os mam?feros por sua elevada capacidade cognitiva decorrente da evolu??o de um c?rebro relativamente maior. A habilidade em usar t?ticas sociais para resolver problemas ecol?gicos e da vida em grupo tem sido apontada por alguns especialistas como a maior press?o seletiva que direcionou a evolu??o do c?rebro e o aumento da capacidade cognitiva nestes primatas. Contudo, pouco se sabe sobre a influ?ncia da intelig?ncia social no fitness dos primatas, incluindo as esp?cies neotropicais. Estudos pr?vios fornecem evid?ncias de que os primatas dos g?neros Saguinus (soins) e Sapajus (macacos-prego) podem integrar informa??es ecol?gicas e sociais na tomada de decis?es durante o forrageio em grupo, sugerindo que estes primatas possuem mecanismos cognitivos eficientes para lidar com a rede social. No entanto, estes estudos n?o utilizaram a perspectiva da Teoria dos Jogos, a qual fornece o arcabou?o te?rico adequado para explorar decis?es individuais num contexto social. Nesta pesquisa testamos se os micos-estrela (Callithrix penicillata) s?o capazes de integrar informa??es sociais e ecol?gicas para tomar decis?es econ?micas de forrageio como predito pelo modelo do Jogo Produtor-Usurpador. Testamos, especificamente, se os membros de grupos sociais ajustam suas estrat?gias de forrageio (produtor e usurpador) em resposta a mudan?as na produtividade e densidade de recursos alimentares e se a classe sexo-et?ria e a posi??o hier?rquica influenciam a escolha da estrat?gia individual e o sucesso na obten??o de alimento. O estudo foi realizado com dois grupos de vida livre em um fragmento florestal na Fazenda Cauaia, Matozinhos, Minas Gerais, no per?odo de outubro de 2009 a outubro de 2011. O desenho experimental envolveu a constru??o de duas esta??es de alimenta??o, uma para cada grupo, com cinco plataformas dispostas em c?rculo. O comportamento dos animais, incluindo a quantidade de recompensa alimentar (goma ar?bica) ingerida por cada membro, foi registrado por grava??es com um circuito fechado de televis?o (CFTV). Foram conduzidos quatro experimentos, nos quais foram controlados a quantidade de alimento dispon?vel na esta??o (produtividade) e o n?mero de aparatos com recompensa alimentar (densidade). As condi??es experimentais foram: baixa densidade-baixa produtividade, baixa densidade-alta produtividade, alta densidade-baixa produtividade e alta densidade-alta produtividade. Ao longo do estudo foram observadas diferen?as individuais no investimento dos micos-estrela de cada grupo na produ??o de recursos (ou seja, na busca pelas recompensas alimentares nas plataformas), indicando o uso do Jogo Produtor-Usurpador. Conforme previsto por este modelo, a vantagem do produtor (quantidade de alimento ingerida antes da chegada dos usurpadores), o sucesso de forrageio dos produtores e a propor??o de produtores foi maior sob condi??es de baixa produtividade. A varia??o na densidade de recursos tamb?m afetou a propor??o de indiv?duos adotando cada estrat?gia nos grupos, sendo observado um maior n?mero de produtores sob condi??es de baixa densidade. A lat?ncia para a chegada do primeiro usurpador foi menor sob condi??es de baixa densidade e de baixa produtividade. Os machos adultos tamb?m adotaram mais a estrat?gia de usurpador do que as f?meas adultas sob estas condi??es. A posi??o hier?rquica n?o apresentou rela??o significativa com o sucesso e o investimento individual em determinada estrat?gia. ? poss?vel concluir que os micos-estrela usam informa??es ecol?gicas e sociais para tomar decis?es durante o forrageio social e sugerir que a estrat?gia ? escolhida antes dos indiv?duos chegarem ? mancha de alimenta??o. Por fim, confirmou-se que a Teoria dos Jogos e o modelo Produtor-Usurpador s?o ferramentas ?teis para avaliar as decis?es individuais dos micos-estrela num contexto social
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An?lise da distribui??o espacial do melanismo na fam?lia felidae em fun??o de condicionantes ambientais

Silva, Lucas Gon?alves da 12 March 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:09:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 457273.pdf: 12530353 bytes, checksum: d0fcb9d7b4ba6c715cb7c60244fd80bb (MD5) Previous issue date: 2014-03-12 / Variation in animal coloration is a theme that has intrigued evolutionary biologists for a long time. Among the commonly observed pigmentation polymorphisms, melanism (darkening of the surface coloration) has been reported quite frequently in multiple groups of organisms. Several biological factors may be influenced by melanism, including thermoregulation, susceptibility or response to disease, camouflage, aposematism, sexual selection and reproductive success. Melanism is common in the Felidae, having been documented in 13 of its 38 species, in some cases reaching high frequencies in natural populations. Classical hypothesis have suggested that such coat color variants can present adaptive advantages under certain ecological conditions, but these ideas have never been rigorously tested for any wild cat species. In jaguars (Panthera onca), jaguarundis (Puma yagouaroundi) and leopards (Panthera pardus) melanism is caused by different mutations in the MC1R and ASIP genes, which present dominant, semi-dominant and recessive inheritance patterns, respectively. In this study we have focused on melanism in these three cat species, and considered two competing hypotheses: (I) melanism is a neutral polymorphism that is randomly distributed throughout the range of each of these species, bearing no association with particular habitats or environmental variables; and (II) melanism has a non-random distribution, and presents significantly different frequencies among distinct landscape conformations. We constructed databases of records obtained from scientific collections, camera trap studies, individual captures and fecal DNA samples that collectively covered most of the ranges of the focal species. We obtained 794 records of jaguars, 463 jaguarundis and 623 leopards, including individually ascertained information on coat color. We performed modeling and statistical analyses using the software packages Maxent (maximum entropy algorithm), ArcGis 9.3 and SPSS 17, based on environmental variables obtained from the Worldclim, Climond, SRTM and GlobCover databases. The results allowed for the first time the construction of maps depicting the geographic distribution of melanism in wild cat species, as well as estimates of its frequency in the three target species. The frequency of melanism was ca. 9% in jaguars, 80% in jaguarundis, and 10% in leopards, and all three species showed a non-random distribution pattern of this coloration variant. In jaguars, melanism was totally absent from ecoregions containing open and periodically flooded landscapes, such as the Pantanal (Brazil) and Llanos (Colombia/Venezuela), which was striking given the large number of samples surveyed in these regions; in contrast, forested areas displayed a melanism frequency that was similar to that expectation based on the species as a whole. In jaguarundis, the dark phenotype (which is evolutionarily derived) proved to be much more common in nature than the ancestral reddish form, with the former being distributed across all areas in which the species occurs, and the latter being highly associated with open and dry landscapes. In leopards, melanism was present in five of the nine currently recognized subspecies, and was strongly associated with tropical and subtropical moist forests, especially in Southeast Asia. Analyses of environmental parameters that seem to be most influential on the melanism occurrence in these three species suggest a relevant role for factors such as altitude, temperature, solar radiation and moisture in different landscape conformations. These observations support the hypothesis that melanism in felids is not a neutral polymorphism, and undergoes the influence of natural selection related to environmental variables and landscape conformations, leading to a non-random geographic distribution of this coloration phenotype. / A varia??o na colora??o animal ? um tema que intriga pesquisadores da ?rea de biologia evolutiva h? bastante tempo. Dentre as varia??es observadas, o melanismo ? um polimorfismo de colora??o comum em diversos grupos de organismos, definido pela predomin?ncia de uma cor escura na superf?cie do corpo. Diversos fatores biol?gicos, como termorregula??o, suscetibilidade ou resposta a doen?as, camuflagem, aposematismo, sele??o sexual e sucesso reprodutivo podem ser influenciados pelo melanismo, o que torna o seu estudo bastante relevante, inclusive como um sistema modelo para investiga??es evolutivas de polimorfismos fenot?picos em geral. Sua ocorr?ncia ? comum na fam?lia Felidae, tendo sido documentada em 13 das 38 esp?cies do grupo e, em alguns casos, podendo atingir altas frequ?ncias em certas popula??es. Hip?teses cl?ssicas sugerem que essas variantes de pelagem podem apresentar vantagens adaptativas em certas circunst?ncias ecol?gicas, o que at? o momento n?o foi testado de forma rigorosa para qualquer das esp?cies do grupo. O presente estudo teve como foco o melanismo em tr?s esp?cies de fel?deos: on?as-pintadas (Panthera onca), jaguarundis (Puma yagouaroundi) e leopardos (Panthera pardus), nas quais esta variante ? causada por diferentes muta??es nos genes MC1R e ASIP, de heran?a dominante, semi-dominante e recessiva, respectivamente. No presente estudo, para cada uma destas esp?cies, foram consideradas duas hip?teses concorrentes: (I) o melanismo constitui um polimorfismo neutro, presente em toda a ?rea de distribui??o e de forma aleat?ria entre ambientes distintos, com aus?ncia de associa??o com vari?veis ambientais; e (II) o melanismo est? distribu?do espacialmente de forma estruturada e n?o-rand?mica, e associada a par?metros ambientais e condicionantes biogeogr?ficos espec?ficos. A partir de registros provenientes de cole??es cient?ficas, armadilhas fotogr?ficas, capturas e DNA fecal cobrindo a maior parte da distribui??o geogr?fica das esp?cies focais, foram obtidas 794 amostras de on?as-pintadas, 463 de jaguarundis e 623 de leopardos, com aferi??o da colora??o em n?vel individual. As modelagens e an?lises estat?sticas foram realizadas com os programas Maxent (algoritmo de m?xima entropia), ArcGis 9.3 e SPSS 17, utilizando vari?veis ambientais obtidas a partir das bases de dados WorldClim, Climond, SRTM e GlobCover. Os resultados apresentam pela primeira vez um mapa de distribui??o geogr?fica do melanismo em felinos, bem como estimativas da frequ?ncia dessa caracter?stica nestas tr?s esp?cies. A frequ?ncia observada de melanismo foi de 9% em on?as-pintadas, 80% em jaguarundis e 10% em leopardos, sendo que em todas as esp?cies o padr?o de distribui??o geogr?fica foi significativamente n?o-aleat?rio. Nas on?as-pintadas, em ecoregi?es de paisagens abertas periodicamente inundadas como o Pantanal (Brasil) e os Llanos (Col?mbia/Venezuela), o melanismo foi totalmente ausente, apesar do grande n?mero de amostras provenientes destas regi?es, ao contr?rio de ?reas florestais, onde a frequ?ncia do melanismo se manteve semelhante ao esperado para a esp?cie como um todo. Em jaguarundis, o padr?o fenot?pico escuro (que ? evolutivamente derivado) mostrou-se muito mais comum na natureza do que a colora??o ancestral (avermelhada), estando o primeiro distribu?do em todas as ?reas de ocorr?ncia da esp?cie, e a segunda associada fortemente a paisagens mais secas e abertas. Em leopardos, o melanismo est? presente em cinco das nove subesp?cies atualmente reconhecidas, e fortemente associado a florestas tropicais e subtropicais ?midas, especialmente na regi?o do sudeste asi?tico. An?lises dos par?metros ambientais que parecem influenciar de forma mais relevante a ocorr?ncia do melanismo nestas tr?s esp?cies sugerem um papel importante de fatores como altitude, temperatura, radia??o solar e umidade em diferentes conforma??es de paisagem. Essas observa??es apoiam a hip?tese de que o melanismo em felinos n?o constitui um polimorfismo neutro, sofrendo a a??o de sele??o natural relacionada a vari?veis ambientais e conforma??es de paisagem, o que induz uma distribui??o geogr?fica n?o-aleat?ria deste fen?tipo de colora??o.

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