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Análise espacial e espaçotemporal da Aids no município de São Paulo entre 2001 e 2010 / Spatial and space time analysis of AIDS in São Paulo between 2001 and 2010

Aguiar, Breno Souza de 04 October 2013 (has links)
Dos casos de Aids notificados no Brasil desde 1981, 14 % ocorreram no município de São Paulo. A vigilância epidemiológica da Aids permite identificar características da doença na população após a infecção pelo HIV. O estudo ecológico pretende descrever o perfil epidemiológico da Aids no município de São Paulo entre 2001 e 2010 a partir da análise espacial e espaçotemporal dos casos notificados na população com 13 anos e mais segundo gênero, faixa etária, raça / cor, escolaridade, categoria de exposição, local de residência e ano de diagnóstico. Foram notificados 28146 casos, com predomínio de transmissão pela via sexual. Observou-se diminuição das taxas de incidência na população em geral, exceto nos homens de 13 a 29 anos e nas pessoas acima de 60 anos. A razão de sexo na faixa etária de 13 a 19 anos aumentou para 2,7 casos em homens para cada caso em mulher. Na população masculina a proporção de casos aumentou entre os homossexuais com maior concentração na região Central da cidade; nas mulheres a via de transmissão heterossexual predominou em todo o município. Após geocodificação e análise espacial de dados foram identificados três aglomerados espaciais na população masculina e 10 na feminina, dois aglomerados espaçotemporais na população masculina e sete na feminina (p 0,05) utilizando-se o modelo discreto de Poisson; foram apresentadas as informações destes aglomerados (identificação, número de setores censitários e casos de Aids, risco relativo, período e distritos administrativos envolvidos). As técnicas de geoprocessamento permitem associar informações agregadas, ambientais e globais, além de estabelecer tendências da epidemia na população em geral e em subgrupos populacionais específicos. A análise espacial de dados pode ser útil às ações de vigilância e controle da Aids no município de São Paulo, além de contribuir no planejamento da assistência à saúde das pessoas vivendo com HIV/Aids / Of AIDS cases reported in Brazil since 1981, 14% occurred in São Paulo city. Epidemiological surveillance of AIDS identifies characteristics of the disease in the population after HIV infection. The ecological study aims to describe the epidemiology of AIDS in São Paulo between 2001 and 2010 from the spatial and space time analysis of reported cases in the population aged 13 and over by gender, age, race / color, education, category exposure, place of residence and year of diagnosis. 28146 cases were reported, predominantly through sexual transmission. Observed decrease in incidence rates in the general population, except for males 13-29 years and in people over 60 years. The sex ratio in the age group 13-19 years increased to 2.7 cases in men for every case in women. In the male population the proportion of cases among MSM increased with higher concentration in the central city; women in heterosexual transmission predominated throughout the county. After geocoding and spatial data analysis identified three spatial clusters in males and 10 for females, two space time clusters in males and seven for females (p 0.05) using the discrete Poisson model and also clusters information (identification number of census tracts, numbers of AIDS cases, relative risk, time and involved administrative districts). The GIS techniques allow associating aggregate information, environmental, global and establish trends of the epidemic in the general population and in specific subpopulations. The spatial data analysis can be useful to surveillance and control of AIDS in São Paulo, and contribute in the planning of health care for people living with HIV / AIDS
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Os efeitos da suplementação de N-acetilcisteína em pacientes soroposivitos para o HIV / The effects of N-acetylcysteine supplementation in patients seropositive for HIV

Treitinger, Aricio 18 June 2002 (has links)
Na infecção pelo HIV o equilíbrio entre antioxidantes e pró-oxidantes e a produção de citocinas encontram-se alterados, causando estresse oxidativo crônico. Presume-se que o estresse oxidativo crônico e a ativação do sistema imunológico favorecem a replicação do vírus através da ativação do NF-kB e a apoptose de células mononucleares do sangue periférico. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da suplementação, durante 180 dias, com 600mg/dia de N-acetilcisteína (NAC), sobre a carga viral, os níveis de sub-populações de linfócitos, a viabilidade de linfócitos e sobre os níveis séricos de citocinas, proteínas, lipídeos, β2 microglobulina e outros marcadores da ativação do sistema imunológico em pacientes assintomáticos, submetidos ao primeiro tratamento anti-retroviral. Participaram deste estudo, duplo cego controlado por placebo, que teve a duração de 180 dias, 30 indivíduos que iniciaram a terapia anti-retroviral. O grupo estudo foi constituído por 14 indivíduos que além do tratamento anti-retroviral foram suplementados com NAC, enquanto o grupo controle foi constituído por 16 indivíduos que além do tratamento anti-retroviral receberam placebo. Os marcadores avaliados foram determinados no dia anterior ao início do tratamento a que foram submetidos e após 60, 120 e 180 dias. Verificou-se aumento significante dos linfócitos CD4+, da relação CD4/CD8, de linfócitos viáveis, albumina, cisteína e glutationa, bem como diminuição significante dos níveis de TNF-α, IL-8, haptoglobina e α1-glicoproteína ácida, β2-microglobulina, IgA e IgM, nos dois grupos estudados. Os níveis séricos de IL-6, colesterol total, LDL-colesterol, VLDL-colesterol e triglicerídeos não apresentaram alteração significante ao final deste estudo. Concluindo, a suplementação com 600 mg/dia de NAC, em pacientes submetidos ao tratamento anti-retroviral, não proporcionou benefícios adicionais àqueles decorrentes deste tratamento. / In HIV infection, the balance between antioxidants and pró-oxidants and the production of citokines are disturbed leading to a chronic state of oxidative stress and immune activation. It is presumed that HIV takes advantage of the proinflammatory and prooxidative environment to replicate through the NF-kB pathway leading to the apoptosis of peripheral blood mononuc1ear cells. The aim of this work was to study the effect of oral administration of N-acetylcysteine (NAC) 600 mg per day during 180 days on viral load, viability of lymphocytes, cytokines, proteins, lipids, β2-microglobulin and other immune activation markers in asymptomatic patients under their first antiretroviral therapy. This was a double-blind, placebo-controlled study with 30 individuals who started antiretroviral therapy and were followed for 180 days. These individual were divided into two subgroups: the study group consisted of 14 participants who received NAC supplementation, whereas the control group had 16 individuals who received placebo. The studied markers were determined on the day before the beginning of treatment and after 60, 120 and 180 days of treatment. A significant increase was seen for CD4+ lymphocytes, the CD4/CD8 ratio, albumin, cysteine and glutathione; also, a significant reduction was found for levels of TNF-α, IL-8, β2 microglobulin, IgA, IgG, IgM, haptoglobin, and acid α1-glycoprotein as a consequence of antiretroviral treatment. After 180 days of treatment, the levels of total protein, globulins and HDL-cholesterol presented significant alteration on1y in the control group, while the serum levels of IL-6, total cholesterol, LDL-cholesterol, VLDL-cholesterol and triglyceride did not show significant alteration at the end of the present study. In conclusion, the supplementation of HIV-positive patients with 600 mg/day of NAC did not bring additional benefits to those resulting from antiretroviral treatment.
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Banco de dados inteligente e ferramentas associadas de sequências, mutações e resistências ao antiretrovirais do vírus HIV. / Intelligent database tools and associated sequences, mutations and resistance to antiretrovirals in HIV virus.

Santos, Paulo Cesar Costa dos 10 December 2010 (has links)
Os bancos de dados atualizados constituídos a partir de informações dos prontuários de pacientes HIV+ são importantes fontes para a realização de pesquisas clínicas e epidemiológicas de forma rápida e eficiente. A elevada variabilidade do HIV-1, resultado, entre outros fatores, da ausência de mecanismos eficientes de reparo durante os estágios da replicação viral, contribui para a emergência de cepas resistentes aos antiretrovirais. O objetivo deste trabalho é desenvolver e implementar um banco dados inteligente utilizando a Rede Neural Artificial Paraconsistente (RNAP), assentada na Lógica Paraconsistente Anotada, para auxiliar o mapeamento de informações contidas nos diversos formulários a fim de apoiar o mapeamento das informações provenientes dos diferentes registros médicos produzidos. O banco de dados será usado principalmente para apoiar o processo de decisão sobre a prescrição da terapia antiretroviral. Os resultados obtidos durante a pesquisa mostram que a técnica pode se tornar uma ferramenta promissora. / Updated databases made from information collected from HIV+ patients are important references to quickly and efficiently design clinical and epidemiologic studies. The high levels of variability of the HIV-1 virus, among other factors, the result of the absence of repair mechanisms during replication, strongly contribute to the establishment of resistance to antiretroviral therapy. The main objective of this study is the design and implementation of an inteligent database using the concept of Paraconsistent Artificial Neural Network (PANN) based on the Paraconsistent Annotated Logic, in order to support the mapping of the information coming from the different medical records produced. The database will be used primarily to support the decision process on the antiretroviral therapy prescription. Results obtained during the research show that the technique may become a promising tool.
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Risco cardiovascular e sua associação com variáveis demográficas, clínicas e psicossociais em pessoas vivendo com HIV/aids / Cardiovascular risk and its association with demographic, clinical and psychosocial variables in people living with HIV/AIDS

Melo, Elizabete Santos 17 February 2016 (has links)
Trata-se de um estudo analítico de corte transversal, que visa avaliar o risco cardiovascular de PVHA segundo o Escore de Framingham e identificar a associação entre o risco e as variáveis demográficas, comportamentais, psicossociais e clínicas de PVHA. O estudo foi aprovado na Secretaria Municipal de Saúde e no Comitê de Ética da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, a coleta de dados foi realizada no período de outubro de 2014 a agosto de 2015 em cinco Serviços de Atendimento Especializado às PVHA utilizando questionário sociodemográfico, clínico e comportamental, avaliação da alimentação saudável, Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e avaliação do risco cardiovascular por meio do Escore de Framingham. A análise dos dados ocorreu através de estatística descritiva e teste de associação entre as variáveis, onde foi adotado nível de significância com valor de p<0,05. Identificou-se que 58,3% pertenciam ao sexo masculino, 69,1% apresentavam idade acima de 40 anos, com média de 44,4 anos, 40,6% referiram ser brancos e 40,0% pardos, e 70,9% eram heterossexuais. Observou-se que 64,0% eram sedentários, 35,4% tabagistas e 40,0% faziam uso de bebida alcóolica regularmente. Do mesmo modo, 73,7% consideraram sua alimentação saudável, no entanto, ao ser avaliado de acordo com o escore da alimentação saudável, 70,9% obtiveram score intermediário para alimentação. Com relação às variáveis psicossociais, foi identificado que 52,0% tinham menos de oito anos de estudo, e 80,6% referiram receber até três salários mínimos por mês. Quanto aos sintomas de estresse, foi visto que 29,1% e 22,3% estavam nas fases de resistência e exaustão, respectivamente. Além disso, identificou-se que 15,4% da amostra tinha diagnóstico médico para depressão e que 71,4% não realizavam atividades de lazer regularmente. Com relação às variáveis clínicas gerais, 57,7% referiram antecedentes familiares para HAS, 40,6% para DM, 21,7% para IAM e 27,4% para AVE. Quanto aos antecedentes pessoais, foi visto que 15,4% eram hipertensos, 8,0% eram diabéticos e 8,0% tinham dislipidemia. Desta mesma amostra, 45,2% apresentavam IMC maior que 25,0 kg/m² e 41,7% estavam em síndrome metabólica. Com relação às variáveis clínicas relacionadas ao HIV, observou-se que 42,2% e 32,0% possuíam o diagnóstico de soropositividade e fazem uso de TARV há mais de dez anos, respectivamente. A contagem de células TCD4+ e carga viral mostrou que 82,8% dos participantes apresentaram contagem maior que 350 cels/mm³, e 80,6% tinham carga viral indetectável. Foi identificado que 25,8% dos sujeitos apresentam risco cardiovascular de médio a alto, segundo o Escore de Framingham. Apenas as variáveis sociodemográficas sexo (p=0,006), idade (p<0,001) e estado civil (p=0,003) apresentaram associação com o risco cardiovascular calculado pelo Escore de Framingham. Nas variáveis comportamentais, as fases de estresse (p=0,039) tiveram associação com o risco cardiovascular, e com relação às variáveis clínicas, antecedentes familiares para DM (p=0,035), HAS, DM e SM (p<0,001) e DLP (p=0,030) apresentaram significância estatística. Nas variáveis clínicas relacionadas ao HIV, o tempo de diagnóstico (p=0,005) e o tempo de TARV (p=0,038) também apresentaram associação. Conclui-se que 25,8% de PVHA no município de Ribeirão Preto apresentam risco cardiovascular de moderado a alto, medido pelo Escore de Framingham / This is an analytical study, transversal research, which the goal is to assess the cardiovascular risk of PLWHA according to the Framingham score and to identify the association between the risk and the demographic, behavioral, psychosocial and clinics variables in PLWHA. The study was approved by the City Health Department and the Ethics Committee of Ribeirão Preto College of Nursing, data collection was carried out from October 2014 to August 2015 in five of Specialized Care Services using sociodemographic, clinical and behavioral questionnaire, assessment of healthy eating, Lipp\'s inventory of symptons of stress for adults and assessment of cardiovascular risk using the Framingham score. Data analysis was carried out through descriptive statistics and test of association between variables, which was adopted level of significance set at p <0.05. It was identified that 58.3% were male, 69.1% were aged over 40 years, averaging 44.4 years, 40.6% reported being white and 40.0% mulatto, and 70.9 % were heterosexual. It was observed that 64.0% were sedentary, 35.4% were smokers and 40.0% were using alcoholic beverages regularly. Similarly, 73.7% considered their healthy eating, however, when evaluated according to the healthy eating score, 70.9% had intermediate score for food. Regarding the psychosocial variables, it was identified that 52.0% had less than eight years of schooling, and 80.6% reported receiving up to three minimum wages per month. As symptoms of stress, it was seen that 29.1% and 22.3% were in resistance and exhaustion phases, respectively. In addition, it was found that 15.4% of the sample had medical diagnosis for depression and 71.4% did not perform leisure activities regularly. With respect to general clinical, 57.7% reported family history of hypertension, 40.6% for DM, 21.7% to 27.4% for AMI and stroke. As for personal history, it was seen that 15.4% were hypertensive, 8.0% were diabetic and 8.0% had dyslipidemia. In the same sample, 45.2% had a BMI greater than 25.0 kg/m² and 41.7% were in metabolic syndrome. Regarding the clinical variables related to HIV, it was observed that 42.2% and 32.0% had a diagnosis of HIV and use HAART for more than ten years, respectively. The CD4 + T cell count and viral load showed that 82.8% of participants had levels over 350 cells/mm³, and 80.6% had an undetectable viral load. It was identified that 25.8% of subjects present cardiovascular risk medium to high, according to the Framingham score. Only the sociodemographic variables gender (p=0.006), age (p <0.001) and marital status (p=0.003) were associated with cardiovascular risk estimated by the Framingham score. In behavioral variables, the phases of stress (p=0.039) were associated with cardiovascular risk, and with regard to clinical, family history of diabetes (p=0.035), hypertension, DM and SM (p <0.001) and DLP (p=0.030) were statistically significant. In clinical variables related to HIV, the time of diagnosis (p=0.005) and time of HAART (p=0.038) were also associated. It is conclude that 25.8% of PLWHA in Ribeirão Preto have cardiovascular risk moderate to high, as measured by the Framingham score
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Vínculos interpessoais na vida do doente com AIDS: o modelo de comboio / Interpersonal bonds of patients with AIDS: the convoy model

Silveira, Edilene Aparecida Araujo da 09 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Os indivíduos se desenvolvem dentro de grupos. Em cada grupo, a pessoa desenvolve diferentes tipos de papéis, experimenta eventos, influencia e é influenciada por outros participantes. Assim, há o estabelecimento de vários vínculos e de uma rede de relações familiares e de amizade. Há pessoas que são mais próximas e íntimas e pessoas mais distantes. O nível de proximidade com um determinado membro da rede pode variar ao longo do tempo conforme o desenvolvimento de ciclo vital e das situações cotidianas. O HIV altera a dinâmica da rede de relações devido a probabilidade de mudanças como perdas, descobertas de condutas socialmente reprovadas e estigma. MARCO TEÓRICO: Há diversos tipos de estudo sobre redes, dentre os quais está o modelo de comboio desenvolvido por Khan e Antonucci em 1980. Esse modelo integra os conceitos de suporte social, ciclo vital e rede. OBJETIVO: O presente estudo teve como objetivo conhecer a relação e a troca de suporte entre os integrantes do círculo interno do comboio e o doente com aids, bem como verificar as possíveis mudanças na composição dos vínculos do paciente após a identificação da doença. MATERIAL E MÉTODOS: O estudo está baseado no modelo de comboio das relações sociais que tem como uma de suas características a representação da rede em três círculos concêntricos que envolvem o soropositivo. No círculo interno estão relações mais próximas e no esterno as mais distantes, porém importantes. Foram consideradas as relações desenvolvidas no círculo interno por serem as mais íntimas, com as quais o indivíduo troca quantidade maior de suporte. Participaram do estudo 22 sujeitos doentes com AIDS e internados na enfermaria da UETDI do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Após seguir as considerações éticas, foi aplicado um instrumento com três círculos concêntricos para representação do comboio e realizada uma entrevista adaptada do roteiro elaborado por Antonucci e Akiyama (1987) sobre os dez integrantes do comboio mais próximos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a caracterização da amostra pudemos perceber que a maioria declarou-se brancos e mulatos, se contaminou por meio de relações sexuais e era do sexo feminino. A faixa etária variou entre 34 e 43 anos, a maior parte soube do diagnóstico nos últimos dez anos e havia estudado até o ensino fundamental. Em relação ao círculo interno desses participantes, a maioria foi composta por no máximo cinco integrantes, sendo que as pessoas da família foram as mais citadas. Dentre as características funcionais foram discutidos dados relacionados à confidencialidade, tranquilização quando há incerteza, cuidado com a doença, diálogo, dialogo sobre a saúde. Houve 12 entrevistados que citaram mudanças na composição da rede, indicando maior ou menor proximidade. CONCLUSÃO: Os profissionais de saúde precisam estabelecer uma relação de confiança com o paciente, seu comboio, reconhecendo-os no contexto psicossocial e cultural de forma a favorecer a aceitação da soropositividade, mudanças no estilo de vida, ajuda nos cuidados de saúde e adesão ao tratamento. / INTRODUCTION: Individuals are developed inside groups. In each group, people develop different kinds of roles, experience events, influence and are influenced by other participants. Thus, different bonds and a network of family and friend relationships are established. Some people are closer and more intimate while others are more distant. The level of proximity with a certain member of the network can vary over time according to the development of the vital cycle and daily situations. HIV alters the dynamics of the relationship network due to the probability of changes like losses, exposure of socially reproved behaviors and stereotypes. THEORETICAL FRAMEWORK: Different types of studies address networks, among them, there is the convoy model, developed by Khan and Antonucci in 1980. This model includes the concepts of social support, vital cycle and network. OBJECTIVE: The present study aimed to approach the relationship and the exchange of support among members of the inner circle of the convoy and patients with AIDS, as well as to verify the possible changes in the composition of patients bonds after the identification of the disease. MATERIAL AND METHODS: The study is based on the convoy model of social relations, which is characterized by the representation of the network in three concentric circles that involve patients with AIDS. Closer relations belong to the inner circle, while more distant, but important relations, are in the outer circle. Relationships developed in the inner circle were the ones considered, as they are the most intimate, with people with whom patients exchange more support. Participants were 22 patients with AIDS who were hospitalized in the ward of the UETDI (Special Unit to Treat Infectious Disease) in Hospital das Clínicas of the University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School. All ethical principles were followed. An instrument with three concentric circles, to represent the convoy, was applied. An interview adapted from the script developed by Antonucci and Akiyama (1987) about the ten closest members of the convoy was carried out. RESULTS AND DISCUSSION: According to samples characterization, most participants were white or mulattos, had been infected in sexual relations and were female. The age group varied between 34 and 43 years of age. Most learned the diagnosis in the last ten years and had completed primary education. Regarding participants inner circle, most consisted of a maximum of five members. Family members were the most mentioned. Among the functional characteristics, data related to confidentiality, tranquilizing as to uncertainties, care with the disease, dialog and dialog about health were discussed. Twelve participants mentioned changes in the network composition, indicating more or less proximity. CONCLUSION: Health professionals should establish a trusty relationship with patients and their convoy, recognizing them in the psychosocial and cultural contexts. This would favor the acceptance of the disease and changes in lifestyle, besides helping in health care and adherence to treatment.
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Internações por HIV/aids no município de Ribeirão Preto-SP / Hospitalization for HIV/AIDS in Ribeirão Preto-SP

Faria, Mayara Fálico 29 August 2016 (has links)
Apesar dos avanços tecnológicos e terapêuticos para o manejo do HIV/aids, os desfechos desfavoráveis da doença, como é o caso das internações, se mantém com um desafio para a saúde pública. Nesse sentido, objetivou-se analisar as internações hospitalares por aids ocorridas em 2013 em um hospital de grande porte de um município do interior de São Paulo. Trata-se de estudo descritivo, exploratório, do tipo levantamento, quantitativo. Foram incluídos indivíduos com idade igual ou superior a 18 anos, hospitalizados no período de janeiro a dezembro/2013, cujas causas de internação principal ou secundárias estivessem relacionadas ao HIV/aids, considerando os seguintes códigos, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10): B20.0 ao B24, Z20, Z20.6, Z21 e R75. Elaborou-se um formulário específico para a coleta de dados, cujas fontes secundárias de informação utilizadas foram: Sistema de Internação Hospitalar, prontuário clínico, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, HygiaWeb, Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Os dados foram analisados por meio de técnicas exploratórias, incluindo proporções, medidas de tendência central e variabilidade. Foram identificadas 259 internações relacionadas a 179 pessoas que viviam com aids, com reinternações no período (42,5%). O perfil dos sujeitos constitui-se por homens (62,1%); faixa etária entre 40 e 50 anos (38%); cor branca (62,1%); solteiros (50,8%); baixa escolaridade (40,2%); alguma fonte de renda (36,3%); histórico de uso de álcool (49,2%), tabaco (63,1%) e outras drogas ilícitas (46,3%) e de má adesão à terapia antirretroviral (TARV) (49,7%). A duração média das internações foi de 14,1 dias (DP± 12,6) e o desfecho predominante foi a alta médica (83,4%. Na maioria dos casos havia alguma manifestação clínica no momento da internação (55,2%), bem como a presença de doenças oportunistas (71,8%) e condições crônicas associadas (55,2%). Das pessoas internadas, a maioria possuía baixa contagem de células T CD4+ (83,8%) e carga viral detectável (71%). Quanto aos antecedentes assistenciais, 49,7% dos sujeitos tinham algum histórico de tratamento em serviços de assistência especializada em HIV/aids (SAE) da rede pública municipal. Considerando o período de 12 meses antes da internação, 35,8% dos sujeitos passaram em pelo menos uma consulta no SAE municipal; 46,9% nunca utilizaram serviços de atenção básica; 64,8% utilizaram pronto atendimento; 67,6% procederam a alguma retirada da TARV e 29% realizaram 80% ou mais das possíveis retiradas da TARV. Apesar do aprimoramento de testes diagnósticos e a disponibilização da TARV em larga escala, a hospitalização por HIV/aids mantém relação com grupos minoritários desfavorecidos, os quais possuem o status imunológico agravado em decorrência da ação viral no organismo, sugerindo disparidades que perpassam o acesso ao diagnóstico precoce, tratamento oportuno e profilaxia de infecções oportunistas. Urge a necessidade de ações intra e intersetoriais que visem a focalização de sujeitos mais vulneráveis para superar as barreiras assistenciais de modo que os benefícios da TARV sejam disponíveis a todas as pessoas que vivem com a doença / Despite technological and therapeutic advances in the HIV/ADS management unfavorable outcomes of the disease, as the case of hospitalization, remains a challenge to public health. In this sense, this study aimed to analyze hospital admissions due to AIDS in 2013 occurred in a large hospital in a city of São Paulo. This is a descriptive, exploratory study, type survey, quantitative. Were included individuals aged over 18 years, hospitalized in the period of January-December/2013 whose main or secondary causes of hospitalization were related to HIV/AIDS, considering the following codes according to the International Classification of Diseases (ICD 10) the B20.0 to B24, Z20, Z20.6, Z21 and R75. A specific form was elaborated for data collection, whose secondary sources of information were used: System Hospitalization, clinical record, System for Notifiable Diseases, HygiaWeb, Logistics Management System of Medicines. Data were analyzed using exploratory techniques, including proportions, measures of central tendency and variability. Were identified 259 hospitalizations related to 179 people living with AIDS, with readmissions in the period (42.5%). The profile of the individuals is constituted by men (62.1%); aged between 40 and 50 years (38%); white color skin (62.1%); single (50.8%); low education (40.2%); some source of income (36.3%); history of alcohol use (49.2%), tobacco (63.1%) and other illicit drugs (46.3%) and poor adherence to antiretroviral therapy (ART) (49.7%). The average length of hospitalization was 14.1 days (SD ± 12.6) and the predominant outcome was medical discharge (83.4%. In most cases there was any clinical signs at admission (55.2%) as well as the presence of opportunistic infections (71.8%) and chronic conditions associated (55.2%). of hospitalized persons, the majority had low CD4+ T cell count (83.8%) and detectable viral load (71 %). As for healthcare background, 49.7% of subjects had a history of treatment in specialized care services on HIV/AIDS (SHS) of the municipal public network. Considering the 12 months prior to admission, 35.8% the subjects passed in at least one visit in the municipal SHS; 46.9% never used primary care services; 64.8% used emergency care; 67.6% have carried out any withdrawal of antiretroviral therapy and 29% had 80% or more of possible withdrawn from ART. Despite the improvement of diagnostic tests and the availability of HAART on a large scale, hospitalization for HIV/AIDS remains relation to disadvantaged minority groups, which have the immune status worsened due to the viral action in the body, suggesting disparities that pervade the access to early diagnosis, timely treatment and prophylaxis of opportunistic infections. There is an urgent need for intra and inter-sectoral actions aimed at targeting vulnerable individuals to overcome barriers assistance so that the benefits of ART are available to all people living with the disease
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Distribuição espacial e áreas de risco para a co-infecção TB/HIV no município de Ribeirão Preto - SP (2006) / Spatial distribution and risk areas for TB/HIV co-infection in the city of Ribeirao Preto - SP.

Brunello, Maria Eugenia Firmino 15 January 2010 (has links)
O presente estudo teve como objetivo identificar áreas de risco para a co-infecção HIV/TB no município de Ribeirão Preto através da distribuição espacial dos casos notificados em 2006. Trata-se de um estudo de caráter ecológico em que a unidade de observação é um conjunto de indivíduos do município de Ribeirão Preto-SP. A população do estudo foi constituída por 48 casos novos de co-infecção HIV/TB notificados e residentes em Ribeirão Preto no ano de 2006. As informações sobre os doentes de TB co-infectados foram coletadas do sistema de notificação TB-WEB. Outra fonte de informação utilizada foi a base de dados dos setores censitários do município disponibilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao censo demográfico do ano 2000. Para caracterização dos doentes foram selecionadas variáveis sócio-demográficas (sexo, data de nascimento, escolaridade e endereço do doente) e clínico-epidemiológicas (tipo de caso, forma clínica, tipo de tratamento, encerramento de caso e local de atendimento). Para caracterizar os setores censitários foram selecionadas variáveis relacionadas a: renda média dos responsáveis pelos domicílios, média de anos de instrução das pessoas responsáveis pelos domicílios, renda média das mulheres chefes de família, média de anos de instrução das mulheres chefes de família, proporção de pessoas analfabetas, proporção de mulheres analfabetas, porcentagem de domicílios com 5 ou mais moradores. Os casos novos de co-infecção selecionadas foram então georreferenciados utilizando-se o software ArcGIS 9.1, da Esri. A Unidade espacial de análise considerada foi a de setor censitário e a análise estatística realizada foi a de componentes principais. Após o cálculo dos fatores socioeconômicos, foi escolhido o responsável pela maior variação (83%) que foi chamado de fator socioeconômico. Dos setores que permaneceram para análise (633), estes foram ordenados de forma decrescente e divididos em tercis. Assim, os tercis foram classificados em 3 faixas socioeconômicas: superior (condições socioeconômicas mais favoráveis), intermediária e inferior (condições socioeconômicas desfavoráveis). Em 2006, no período da coleta, 190 casos de TB estavam notificados no TB-WEB, sendo 58 (30,5%) casos de co-infecção. Foram considerados para este estudo 48 casos novos de co-infecção. Os resultados mostraram que: 68,7% dos casos eram do sexo masculino, faixa etária de 20 a 39 anos (47,9%), 4 a 7 anos de escolaridade (58,3%), forma clínica pulmonar (75%), sob o tratamento supervisionado (48%), 48% foram curados e 31% em tratamento no HCFMRPUSP. A distribuição espacial mostrou uma concentração dos casos de co-infecção nas regiões oeste e norte do município (58,3%) e 52,1% dos casos localizam-se na faixa socioeconômica inferior, seguido da faixa intermediária. O estudo evidenciou a forte ligação entre o aparecimento da TB e aspectos sociais entre os casos de AIDS. O conhecimento de alguns determinantes sociais e mesmo a desigualdade que permeia um espaço geográfico pode favorecer um planejamento mais adequado de ações para controle dessas doenças. / This ecological study aimed to identify the risk areas for HIV/TB (Human Immunodeficiency Virus, HIV/tuberculosis) co-infection in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, through the spatial distribution of the cases registered in 2006. The unit of observation was a set of individuals from Ribeirão Preto. The study population consisted of 48 new cases of HIV/TB co-infection, registered and of patients living in Ribeirão Preto in 2006. The information about co-infected TB patients was collected in the TB-WEB register system. Another source of information used was the database of the census sectors of the city, published by the Brazilian Institute for Geography and Statistics (IBGE) regarding the demographic census of the year 2000. Sociodemographic variables (gender, birth date, educational level and address) and clinical-epidemiological variables (type of case, clinical form, type of treatment, case closing and venue of care) were selected for patients\' characterization. To characterize the census sectors, variables related to the following topics were selected: average income of the individuals responsible for the households, average years of education of the individuals responsible for the households, average income of the women head of families, average years of education of the women head of families, proportion of illiterate people, proportion of illiterate women, percentage of households with 5 or more residents. The selected new coinfection cases were then georeferentiated using the ArcGIS 9.1 software, by Esri. The census sector was considered the spatial analysis unit and the statistical analysis was carried out with the main components. After the calculation of the socioeconomic factors, the responsible for the main variation (83%) was chosen, and it was entitled socioeconomic factor. The sectors remaining for analysis (633) were ordered decreasingly and divided into tertiles. Thus, the tertiles were classified in socioeconomic bands: upper (more favorable socioeconomic conditions), intermediate and lower (unfavorable socioeconomic conditions). In 2006, during the data collection period, 190 TB cases were registered in the TB-WEB, of which 58 (30.5%) were cases of co-infection. In this study, 48 new cases of co-infection were considered. The results showed that: 68.7% of the cases were of male subjects, aged between 20 and 39 years of age (47.9%), having studied between 4 to 7 years (58.3%), pulmonary clinical form (75%), under supervised treatment (48%), 48% had been cured and 31% were under treatment at HCFMRP-USP (Hospital das Clinicas of the University of São Paulo at Ribeirao Preto Medical School). The spatial distribution showed the concentration of the cases of coinfection in the West and North regions of the city (58.3%) and 52.1% of the cases were located in the lower socioeconomic band, followed by the intermediate band. The study evidenced a strong relation between the outcome of TB and social aspects among the cases of AIDS. The knowledge of certain social determinants and even the inequality that permeates a geographic space can favor a more appropriate planning of actions for the control of these diseases.
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Investigation of the anti-HIV effects and underlying mechanisms of Chinese medicines. / CUHK electronic theses & dissertations collection

January 2013 (has links)
Cheng, Baohui. / Thesis (Ph.D.)--Chinese University of Hong Kong, 2013. / Includes bibliographical references (leaves 206-221). / Electronic reproduction. Hong Kong : Chinese University of Hong Kong, [2012] System requirements: Adobe Acrobat Reader. Available via World Wide Web. / Abstracts also in Chinese.
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Comparação da microbiota oral de Candida sp. entre soropositivos para o HIV/doentes com AIDS e não portadores do vírus da imunodeficiência humana

Rodrigues, Gismar Monteiro Castro 13 September 2007 (has links)
Submitted by Natalia Vieira (natalia.vieira@famerp.br) on 2016-05-20T18:39:11Z No. of bitstreams: 1 gismarmonteirocastrorodrigues_dissert.pdf: 1476033 bytes, checksum: 1656cd496debef44e68dd36fe6a5966c (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-20T18:39:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 gismarmonteirocastrorodrigues_dissert.pdf: 1476033 bytes, checksum: 1656cd496debef44e68dd36fe6a5966c (MD5) Previous issue date: 2007-09-13 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Introduction: Candida albicans is as a human oral cavity colonizer. However, for the human immunodeficiency virus (HIV) serum-positive individuals and/or acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) patients, it assumes opportunistic profile causing, amongst other clinical manifestations, oropharyngeal candidiasis. In the population, it is also isolated a group of species named Candida “non-albicans”, whose response in the presence of antifungical drugs can diverge. Objective: To study Candida sp. oral colonization in HIV-1 carriers/AIDS patients and their respective group, and describe its antifungal susceptibility profile. Methodology: Oral cavity samples, collected from 52 patients and respective controls were submitted micromorphological analysis of the strains. The antifungal susceptibility profile was evaluated by disc diffusion and by broth microdilution, for the following drugs: anfotericin-B, ketoconazole, itraconazole and fluconazole. Results: Candida sp. colonization/infection index was higher in the HIV/AIDS patients compared to their controls (p<0.05), and C. albicans was the most isolated species. Candida “non-albicans” frequency was similar for both studied groups, including C. dubliniensis absence. Single and mixed species colonization/infection rates were superior among HIV/AIDS dental prosthesis users in relation to those without such apparatus (P <0.05). the strains of the C. albicans isolated from the group patient regarding the isolated in the control group, showed higherthe fluconazole minimum inhibitory concentration (CIM) (P<0,01), smaller percentages of dose-dependent susceptibility (SDD) to ketoconazole (P<0,1) and greater ones for itraconazole (P<0,06). Higher percentages of SDDs to the same drugs were provided by Candida “non-albicans” isolated from healthy individuals. None of the isolated strains displayed resistant phenotype to fluconazole whereas they were all sensitive to anfotericin-B. Conclusions: The HIV/AIDS group, compared to the HIV serum-negative individuals, is more often colonized by Candida sp., without changes in the albicans x “non-albicans” ratio, and also with equivalent antifungal susceptibility profiles. C. dubliniensis does not colonize/infects the oral cavities of HIV infected subjects/AIDS patients, or their healthy controls, from São Paulo State Northwest region. HIV carriers/AIDS personnel who make use of dental prosthesis have higher Candida sp. oral cavity colonization/infection rates, needing, therefore, closest attention to their oral health. / Introdução: Candida albicans é colonizadora da cavidade bucal humana sendo que em pacientes soropositivos para o vírus da imunodeficiência humana (HIV)/doentes com a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), assume perfil oportunista causando, dentre outras manifestações, a candidíase orofaríngea. Nesses indivíduos, são também isoladas as espécies “não albicans”, cuja resposta aos antifúngicos pode variar. Objetivo: Avaliar Candida sp. isolada a partir da microbiota oral de pacientes soropositivos para o HIV-1/doentes de AIDS e do respectivo grupo controle e descrever seu perfil de sensibilidade aos antifúngicos. Metodologia: As amostras obtidas a partir da mucosa oral de 52 pacientes e respectivos controles foram submetidas às análises micro-morfológicas das cepas. Para a pesquisa molecular de C. dubliniensis foi utilizada a reação em cadeia de polimerase. O perfil de sensibilidade antifúngica foi avaliado por difusão em disco e por microdiluição, frente à anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e fluconazol... Resultados: O índice de colonização/infecção por Candida sp. foi maior no grupo HIV/AIDS comparado ao grupo controle (p<0,05), sendo C. albicans a espécie mais isolada. A freqüência de espécies “não albicans” foi similar em ambos os grupos, sem detecção de C. dubliniensis. O índice de colonização (única e mista) foi superior entre os pacientes HIV/AIDS usuários de próteses em relação aos não usuários (P <0,05). As cepas de C. albicans isoladas do grupo paciente em relação às isoladas do grupo controle apresentaram maior concentração inibitória mínima (CIM) frente ao fluconazol (P<0,01), menor percentual de sensibilidade dependente da dose (SDD) frente ao cetoconazol (P<0,1) e maior SDD para o itraconazol (P<0,06). Já Candida “não albicans”, isolada a partir de pessoas saudáveis, mostrou porcentagens maiores de SDD frente às mesmas drogas. Nenhuma levedura mostrou resistência às drogas avaliadas sendo unânime também a sensibilidade à anfotericina B. Conclusões: O grupo HIV/AIDS é mais colonizado por Candida sp. que os soronegativos para esse vírus, sem mudanças na proporção Candida albicans x “não albicans”, sendo que as cepas obtidas a partir de ambos grupos apresentam perfil de sensibilidade equivalente aos antifúngicos testados. C. dubliniensis não coloniza/infecta a mucosa oral dos portadores do HIV/doentes com AIDS ou de controles saudáveis da região Noroeste paulista. Portadores do HIV/doentes com AIDS que fazem uso de prótese dentária têm maiores chances de colonização/infecção da mucosa oral por tais levedu ras, necessitando, portanto, de maior atenção à saúde bucal.
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HIV/aids no cárcere: desafios relacionados à regularidade no uso da terapia antirretroviral / HIV/aids in prison: challenges related to the regularity in the use of antiretroviral therapy

Ravanholi, Glaucia Morandim 24 November 2017 (has links)
Considerando a infecção pelo HIV uma condição crônica e de alta prevalência no ambiente carcerário, este estudo objetivou analisar os desafios relacionados à regularidade no uso da terapia antirretroviral (TARV) pelas pessoas vivendo com HIV em unidades prisionais (UP) da região de Ribeirão Preto (RP), São Paulo. Tratase de um estudo descritivo, do tipo inquérito. Foram incluídos indivíduos reclusos há mais de seis meses, com diagnóstico de HIV e em uso de TARV. Utilizou-se um banco de dados contendo variáveis sociodemográficas, clínicas e de acompanhamento dos casos; adesão à TARV e ações desenvolvidas pelas equipes de saúde das UP para o monitoramento da ingestão medicamentosa. Os dados foram analisados por meio de técnicas descritivas e testes de associação (Quiquadrado e Exato de Fisher). Identificou-se 67 indivíduos em uso de TARV, dos quais, 80,6% cumpriam pena em regime fechado e 38,8% possuíam de dois a cinco anos de clausura. Houve o predomínio de homens (79,1%); 25 a 39 anos (52,2%); não brancos (64,2%); solteiros (47,8%); ensino fundamental I e II (67,1%); possuíam profissão (88,1%) e ganhavam de um a três salários mínimos (50,7%) antes da reclusão. Quanto ao perfil clínico e de acompanhamento: 44,8% diagnosticaram HIV na prisão; 86,6% faziam acompanhamento em serviço de assistência especializada em HIV (SAE); 41,7% interromperam o tratamento em algum momento; 31,3% possuíam TCD4+ acima de 500 cópias e em 62,7% a carga viral era indetectável. Identificou-se o uso de drogas ilícitas (71,6%) e lícitas (80%) prévias ao encarceramento. Em relação ao atraso na entrega da TARV, 70,3% referiram nunca ou quase nunca ocorrer tal situação; 42,2% referiram nunca ou quase nunca perderem consultas nos SAE; 79,1% informaram que nunca ou quase nunca recebem os resultados dos exames laboratoriais processados fora das UP. Sobre o questionamento acerca do uso da TARV nos últimos sete dias: 76,1% tomaram medicamentos fora do horário; 80,6% deixaram de tomar medicamentos; 91% tomaram menos ou mais compridos. Em 58,2% dos casos houve retirada regular da TARV junto às unidades dispensadoras de medicamentos situadas na rede pública de saúde de Ribeirão Preto. Quanto às ações desenvolvidas dentro das UP voltadas ao monitoramento da TARV, considerou-se regular apenas o questionamento sobre o uso contínuo dos medicamentos, sendo que as demais foram insatisfatórias. A adesão à TARV apresentou associação estatisticamente significante com o sexo feminino (p=0,028); o uso de drogas lícitas (p=0,006) e a interrupção do acompanhamento médico (p=0,014) estiveram associadas à não adesão. Os achados deste estudo permitem refletir sobre a complexidade da assistência prestada às pessoas que vivem com HIV/aids no ambiente prisional, principalmente no que tange o monitoramento do uso da TARV, sinalizando a necessidade de desenvolvimento e incorporação de estratégias de intervenção que qualifiquem a produção do cuidado em saúde na perspectiva integral e resolutiva, capaz de produzir impactos condizentes com os desafios que perpassam a prevenção e o manejo do HIV / Considering that the HIV/aids infection constitutes a chronic condition with high prevalence in prisons, this study aimed to analyze the challenges related to regularity in the use of antiretroviral therapy (ART) by people living with HIV in prisons (UP) in the region of Ribeirão Preto (PR), São Paulo. This is a descriptive, inquiry-type study. We included individuals who had been incarcerated for more than six months, diagnosed with HIV/aids and using ART. We used a database containing sociodemographic and clinical information and variables on the case follow-up, ART adherence and actions developed by PU health teams to monitor drug intake. Data were analyzed using descriptive techniques and association tests (Chi-square and Fisher\'s Exact). A total of 67 individuals using ART were identified, of whom 80.6% were in closed regime and 38.8% had two to five years of incarceration. There was a predominance of men (79.1%); 25 to 39 years old (52.2%); non-white (64.2%); single (47.8%); elementary education I and II (67.1%); having a profession (88.1%) and earning one to three minimum wages (50.7%) before incarceration. In regard of the clinical and follow-up profile: 44.8% had HIV diagnosed in prison; 86.6% were attending a specialized HIV care service (SAE); 41.7% discontinued treatment at some point of time; 31.3% had TCD4+ over 500 copies and in 62.7% of participants the viral load was undetectable. The use of illicit drugs (71.6%) and licit drugs (80%) prior to incarceration was also identified. Regarding delays in ART delivery, 70.3% reported that a delayed delivery never or almost never occurred; 42.2% reported that they never or almost never miss appointments in SAE; 79.1% reported that they never or almost never receive the results of laboratory tests processed outside the PU. Regarding the use of ART in the last seven days: 76.1% took medicines outside medication time; 80.6% stopped taking medicines; 91% took a higher or a lower dosage. In 58.2% of the cases, the withdrawal of ART from the drug dispensing units located in the public health network of RP was regular. Regarding the actions developed within the PUs aimed at ART monitoring, the questioning about the continuous use of the drugs was assessed as regular and the others were unsatisfactory. Adherence to ART had a statistically significant association with woman (p = 0.028). The use of licit drugs (p = 0.006) and interruption of medical follow-up (p = 0.014) were associated with non-adherence. The findings of this study allow us to reflect on the complexity of care provided to people living with HIV/aids in prisons, especially regarding the monitoring of ART, suggesting the need for development and incorporation of strategies that qualify the health care delivery towards an integral and resolutive perspective, capable of producing impacts that are consistent with the challenges of HIV prevention and management

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