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Atuação do médico com relação ao paciente portador de HIV em contexto ambulatorialFernandes, Ceres Regina Dias 29 June 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-06-29 / This study emphasizes the importance of the doctor-patient relationship as a group of
multiple influences, besides being a predictive factor for the good results of the
treatment and adherence of HIV patients to anti-retroviral medicines. It enhances the
importance of analyzing the behavioral patterns presented in this relationship to make it
possible for the patients to get a broader understanding of the treatment and cares they
should take. The goals of the present study were to describe the doctor role when
preparing the patient for the treatment and to identify the functions of these acts by
analyzing the verbal reports and non-verbal behaviors found out in their different forms
of occurrence. Four dyads doctor-patient, from a reference hospital for this type of
treatment, participated in this research. This study has an exploratory character and it is
an empiric investigation of the doctor-patient relationship, through actions that occur in
an ambulatory context, a circumstance in which descriptive methodology is used to
analyze this relationship as to the multiple influences in the ambulatory/hospital context.
Among the results it was possible to highlight that the participant doctors guided the
patients enlightening them about the risks of contamination by HIV via sexual
intercourse without preservative and about the side effects of the medicines, and also
informed them about the health services. The verbal and non-verbal behaviors that
facilitate adherence, emitted from both doctors and patients, were investigated and the
behavioral patterns presented in the doctor-patient relationship were also analyzed in
their different functions. The results were discussed in terms of applied methodology.
The data obtained in the present study alert to the importance of the doctor role when
explaining to the patient the behaviors needed in the adherence to anti-retroviral
medicines, as well as the benefits of this therapy to the quality of life of HIV positive
patients. / Este trabalho enfatiza a importância da relação médico-paciente como um conjunto de
múltiplas influências, além de ser um fator preditivo para os bons resultados no
tratamento e adesão dos pacientes portadores do vírus HIV aos medicamentos antiretrovirais.
Ressalta a importância de analisar os padrões comportamentais
apresentados na relação para possibilitar que esses pacientes tenham maior
compreensão sobre o tratamento e os cuidados que devem ter. Os objetivos deste
estudo foram descrever a atuação do médico no preparo do paciente para o tratamento
e em identificar as funções desta atuação a partir da análise dos relatos verbais e
comportamentos não-verbais encontrados em suas diferentes formas de ocorrência.
Participaram desta pesquisa quatro díades médico-paciente provenientes do
ambulatório de um hospital de referência para este tipo de tratamento. Este estudo
possui caráter exploratório e é uma investigação empírica da relação médico-paciente
por meio das ações que ocorrem em contexto ambulatorial, circunstância em que se faz
uso de metodologia descritiva para a análise desta relação no que diz respeito às
múltiplas influências no contexto ambulatorial/hospitalar. Foram analisados os padrões
comportamentais apresentados pelo médico durante o atendimento ao paciente em
suas diferentes funções verbais: informar sobre a transmissão e a não transmissão do
HIV, investigar comportamentos de risco, preparar para os efeitos dos medicamentos
anti-retrovirais, entre outros. Dentre os resultados foi possível destacar ainda que os
médicos participantes orientaram os pacientes sobre os riscos da contaminação pelo
HIV por via sexual sem preservativo e sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e
os informaram sobre os serviços de saúde. Foram investigados os comportamentos
verbais e não-verbais facilitadores de adesão, tanto dos médicos quanto dos pacientes,
e também foram analisados os padrões comportamentais apresentados na relação
médico-paciente em suas diferentes funções. Os resultados foram discutidos em termos
de metodologia aplicada. Os dados do presente estudo alertam para a importância da
atuação médica ao explicar ao paciente os comportamentos necessários na adesão ao
tratamento com os anti-retrovirais, bem como os benefícios desta terapia para a
qualidade de vida do portador de HIV.
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Por que ir a fisioterapia? um estudo microgenético de expectativas de pacientes e adesão ao tratamento / Why should they attend to Physical Therapy? A microgenetic study of expectations of patients and the adherence to the treatmentLaskovski, Larissa 03 September 2012 (has links)
A presente pesquisa situa-se na interface entre áreas de psicologia e fisioterapia e foi construída a partir de reflexões sobre aspectos que interferiam a ida ou não ida de pacientes às sessões de fisioterapia. Muito do sucesso na reabilitação de indivíduos com desordens neurológicas requer, além da participação dos familiares e equipe multidisciplinar, a vontade de melhorar do próprio paciente. Portanto, para o continuado replanejamento do tratamento na busca de efetiva melhora da qualidade de vida dos indivíduos é necessário para o fisioterapeuta conhecer sobre as inquietações, desejos e expectativas desses pacientes. Nesse sentido, os objetivos deste trabalham foram: 1) Investigar as razões que levam o paciente a frequentar a fisioterapia; 2) Compreender o que o fisioterapeuta representa para o paciente em tratamento, bem como o processo de empatia, que se constrói na relação fisioterapeuta-paciente; 3) Investigar as tensões geradas pela ruptura de expectativas do paciente e do fisioterapeuta, 4) Analisar a temporalidade dos processos de relação do paciente consigo e com os outros (o fisioterapeuta aí incluído); 5) Identificar os valores positivos e negativos atribuídos pelos pacientes às experiências consigo mesmo e com os outros (o fisioterapeuta aí incluído). A pesquisa seguiu os pressupostos do Construtivismo Semiótico-Cultural em Psicologia, e, nesse sentido, a fisioterapia foi tomada como um espaço para ação simbólica de indivíduos que têm o desejo de superar um problema; as atividades de fisioterapia são parte das ações em direção ao desejo que se quer alcançar e o fisioterapeuta é um dos outros com quem o indivíduo está em constante interação. Nos procedimentos metodológicos foram realizadas entrevistas com quatro pacientes, previamente selecionados, que faziam fisioterapia em uma clínica de reabilitação multidisciplinar. As entrevistas foram gravadas, em dois momentos distintos, durante a realização dos exercícios de uma das sessões de fisioterapia. Os dados obtidos foram analisados pelo método microgenético, o qual busca investigar o processo de construção de conhecimento do indivíduo em face de situações novas que ele experimenta e que o desestabilizam e pode capturar novidades que emergem no processo. Nas sessões, em interação com o fisioterapeuta, cada participante apresentou construções simbólicas particulares sobre suas ações nas sessões de fisioterapia. A temporalidade foi determinante nos processos simbólicos dos participantes porque favoreceu a organização das transformações, integrando-as em suas memórias da condição anterior e em seus desejos, medos e expectativas quanto ao futuro. Os resultados das análises revelaram diversificadas maneiras de cada paciente atribuir significado para o aspecto do tempo no seu percurso na fisioterapia, trazendo implicações para o programa terapêutico. O profissional pode estimular ou inibir a vontade de participação do paciente no tratamento, a depender de suas ações e metas serem coordenadas ou não com as ações e metas do outro. Como consequência, há incentivo para vontade do paciente em participar da fisioterapia porque constata que as ações do profissional e do tratamento estão voltadas para suas metas. Em síntese, buscou-se com este trabalho, em sua interdisciplinaridade, ampliar possibilidades teórico-metodológicas do construtivismo semiótico-cultural em psicologia e da fisioterapia / This present study is based on the interface between psychology and Physical Therapy fields and was built from analyzed aspects which would interfere with the patients´ decision on whether or not to go to Physical Therapy sessions. The rehabilitation success of the patients with neurological disorders comes not only from the family support or from the caretakers and multidisciplinary healthcare team but mostly from the patients´ own desire to get better. Therefore, to continue the treatment process and the search of an effective result for a better quality of life, it is necessary that the physiotherapist look for a deep understanding and also become aware of the patients´ expectations, wishes and conflicts. In this way, the goals of this paper were: 1) to investigate the reasons by which the patients go, or decide to attend the Physical Therapy sessions; 2) to comprehend which role does the physiotherapist play for the patient, regarding the empathy process that is shaped in their relationship; 3) to investigate the tensions which have arisen from the expectations ruptures coming of both sides; 4) to analyze the temporality within the process of the patient with himself/herself and the others (he Physical Therapy is included here); 5) to identify positive and negative values addressed by the patients to the expectations within himself or herself, and with the I other relationship. (the physiotherapist is again included).The study followed the basis of the semiotic - cultural constructivism in Psychology and in this effect, Physical Therapy was taken as a symbolic action field of individuals who have desire or will to overcome a difficult situation. The Physical Therapy activities are part of the actions toward the desires which are aimed and the physiotherapist is part of the others who the patient is constantly interacting with. In the methodological procedures, interviews were made with four patients previously selected, who attended to Physical Therapy sessions in a multidisciplinary rehabilitation clinic. The interviews were recorded in two different moments, while the exercises were being done. The results obtained with the interviews were analyzed using the microgenetic method, which aims to investigate the developing process of knowledge of individuals who are bound to encounter new life situation that are experienced and it might bring some instability and also novelties to them. Through the sessions, while interacting with the physiotherapist, each participant came up with particular symbolic constructions about their actions in the sessions. The temporality was determined in the symbolic process of the participants because has helped to organize the transformations, by way of integrating their former condition memories and in their wishes, fear, and expectation towards the future. The results of the analyzes revealed many ways of addressing meaning regarding to the timing, in the course of the treatment, bringing implications to the therapeutic program. The professional is able to entice or even to make the patient loose his or her desire to continue and keep going on treatment. This desire will depend on how the physiotherapist could lead his or her aims in accordance to the ones of the others. As a consequence, there is an incentive towards the patients´ desire in taking part of the sessions, due to recognition that the attitudes of the physiotherapist are streamlined with their same aims. In summary, this work, in its interdisciplinary, theoretical and methodological possibilities to expand the semiotic-cultural constructivism in psychology and Physical Therapy
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Processos de criação e transferência de conhecimento: uma abordagem em uma organização hospitalarBorges, Maria de Lourdes 24 March 2008 (has links)
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Previous issue date: 24 / Nenhuma / O objetivo desta dissertação é identificar e analisar como ocorrem os processos de criação e transferência de conhecimento, em uma organização hospitalar, para promover a adesão ao tratamento por Síndrome Coronariana Aguda. As conexões campo-teóricas aplicadas para a estruturação e análise da pesquisa focalizaram duas grandes dimensões: contexto interno englobando as políticas da Instituição para a adesão e os respectivos processos aplicados pela equipe com os clientes. O estudo apresenta uma abordagem qualitativa, exploratória através de um estudo de caso no Instituto de Medicina Vascular, um dos serviços especializados do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre (RS) que trata e previne doenças cardio e cerebrovasculares. A metodologia utilizada para análise das 13 entrevistas e observações foi a Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977) e para a análise das três falas-em-interação foi a Análise da Conversa. Os resultados indicaram que os processos de criação e transferência do conhecimento para a promoção da adesão a / The purpose of this dissertation is to identify and to analyze how the creation and knowledge transfer processes occur in a hospital organization to promote the adherence of the treatment of Coronary Severe Syndrome. The applied field-theoretical connections to the structuring and analysis of the research focused two great dimensions: the internal context including the politics of the Institution for the adherence and their respective applied processes by the team with the clients. The study presents a qualitative and exploratory approach through a case study in the Vascular Medicine Institute, one of the specialized services of Mãe de Deus Hospital of Porto Alegre (RS) that treats and prevents cardio and cerebrovascular diseases. The methodology used for the analysis of the 13 interviews and observations was Content Analysis (BARDIN, 1977) and for the analysis of the three talk-in-interaction it was the Conversation Analysis. The results indicated that the creation and knowledge transfer processes to the pro
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Adesão ao acompanhamento de crianças em um serviço de saúde auditiva: características demográficas e audiológicas / Adherence monitoring of children in a health servide hearing: demographic and audiologicalBorges, Edlayne Faustino 18 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-18 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Introduction: Since the foundation of The National Hearing Health Care Policy in
2004, the number of patients who have to return to the service for audiological and
hearing aids monitoring procedures increase every year. With the objective to increase
the adhesion of families to the process, a new scheduling procedure was performed by
the Center for Hearing in Children CeAC, a high complexity hearing health care
service for children, aiming at expediting the wait for consultation. Other objective was
to perform the procedures faster and with the minimum need of returns. Objective:
Indentify the reasons that make children return to CeAC, the characteristics of the
subjects that search for the service and the factors responsible for the adhesion to the
process. Methodology: Based on our selection criteria, 118 patients were elected and
monitored during seven months. Results: We observed that 50,8% of the patients
were female; 61% had a profound hearing loss in the best ear; 43,2% live in the
southern districts of Sao Paulo; 72% were in therapy and, from this group, 56,5% were
doing the therapy in a Basic Health Unity (UBS) and 80,5% were doing the whole
therapy in AASI. Conclusion: It was observed that 90% of the patients returned to
CeAC looking for reasons related to the procedures of the monitoring process. We also
detected a decrease in adhesion to monitoring procedures among those patients who
had larger chronological and hearing ages, suggesting the need of more attention to
these aspects in the diagnostic stage and hearing aids adaptation. The results were not
significant and we could not identify possible reasons related to adhesion to monitoring
processes. It is suggested that an active search among those families who do not
attend regularly to the service, would better identify reasons for dropping out or
irregular attendance / Introdulçao: Desde a implantação da Política Nacional de Atenção à Saúde Auditiva
em 2004, em função do aumento de AASI concedidos, a cada ano cresce o número de
pacientes que devem retornar ao serviço para acompanhamento. Diante disso, com a
finalidade de garantir a adesão das famílias ao processo e viabilizar o atendimento, um
novo processo de agendamento para crianças foi organizado no Centro Audição na
Criança CeAC, que se caracteriza como um Serviço de Atenção à Saúde Auditiva
credenciado como de Alta Complexidade. A finalidade é também realizar os diversos
procedimentos o mais rápido possível e com menor número de retornos, articulando a
disponibilidade da equipe multiprofissional (Fonoaudiologia, ORL e Serviço Social) às
demandas dos pacientes. Objetivo: Identificar os motivos relatados pelas famílias
para o retorno ao CeAC, as características dos sujeitos que buscam acompanhamento
e os fatores responsáveis pela maior ou menor adesão a este processo. Método:
Participaram do estudo 118 sujeitos que atenderam aos critérios de seleção da
pesquisa, realizada no CeAC durante sete meses. Esses pacientes retornaram ao
serviço, para consulta de acompanhamento. Resultados: Com relação às
características demográficas e audiológicas dos 118 sujeitos, observou-se que: 50,8%
eram do gênero feminino; 61% tinham grau de perda auditiva profunda (na melhor
orelha); 43,2% residiam na região Sul; 72% estavam em terapia, sendo que, deste
grupo, 56,5% a realizavam em Unidade Básica de Saúde (UBS), e 80,5% faziam uso
do AASI em tempo integral. Conclusão: Na identificação dos motivos de retorno para
o CeAC, mais de 90% o fez para realizar procedimentos de acompanhamento.
Também foi identificada uma diminuição na adesão ao acompanhamento conforme a
idade auditiva e a idade cronológica, o que sugere a necessidade de maior ênfase
nesses aspectos desde o processo de adaptação do AASI e nos retornos periódicos. A
dificuldade encontrada em identificar tendências quanto aos fatores relacionados à
adesão ao acompanhamento pode significar que as evidências poderiam ser
encontradas em estudos da população que não comparece regularmente ao serviço,
através de busca ativa
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Reabilitação auditiva: papel da família na adesão ao uso do sistema de transmissão sem fio na escolaBarreiros, Amanda Giglio Eugenio 17 March 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-09-01T14:35:46Z
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Previous issue date: 2016-03-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to describe and analyze the Frequency Modulation System - FM (or
other wireless transmission system) adaptation process and its consistency of use in
the classroom in children with hearing loss, taking into consideration family role
relevance as an intermediary between the healthy service system and the school. The
participants of this study were children´s parents or guardians, who received the
equipment from SUS in Derdic / PUCSP in 2015. As part of the methodology a couple
of steps were carried out: medical records analysis, FM equipment adaptation and
initial explanations to parents and / or guardians, such as device handling, battery
lifetime and transmitter / microphone handling. At the same day, parents were asked
to take this information to teachers and two returns were scheduled. At the first return,
held a week after the device delivery, three activities were carried out: a speech
perception evaluation, an initial interview with parents to obtain non-recorded
information and the application of a socioeconomic questionnaire. The second return
was held thirty days after the FM delivery, when daily use of the FM system was
registered by reading the transmitter record, and another interview with parents was
performed, collecting information regarding the use and difficulties encountered. As
results, 43.9% children used FM consistently and 56.1% inconsistently. Additionally, it
was found that kids with unilateral losses tended to lower use of FM. 25.0% used it
consistently and 75.0% inconsistently. There was no statistically significant association
in the consistent use of FM when compared to the school characteristics. Most parents
reported that their children were using FM, nevertheless, the average hours / day did
not confirm this information. It is known that FM system non-consistency of use may
lead to lower children´s school performance, reducing their opportunities and learning
quality. Nonetheless, the consequences are only measurable in the medium and long
term, which may explain why the FM consistent use is low at the beginning. The
findings of this study suggested that there should be greater teacher´s monitoring by
parents together with an audiologist, who can verify the use of the FM system at the
school through direct measurements on the transmitter. Indicators such as the
evolution of child´s academic performance might be a good way to track the system
use effectiveness in the medium to long term / O objetivo do presente trabalho é descrever e analisar o processo de adaptação
e consistência de uso em sala de aula, do sistema de Frequência Modulada – FM (ou
outro sistema de transmissão sem fio), em crianças com deficiência auditiva,
considerando a relevância do papel da família como intermediária entre o serviço e a
escola. Participaram desse estudo pais e/ou responsáveis de usuários do sistema de
frequência modulada, que receberam a concessão do SUS na Derdic/PUCSP no ano
de 2015. Foi realizada a análise dos prontuários, entrega e adaptação do FM e
explicações iniciais para pais e/ou responsáveis, tais como: manuseio do dispositivo,
duração da bateria e posicionamento do transmissor e microfone. Neste mesmo dia,
os pais e/ou responsáveis foram orientados a levar essas informações aos
professores e foram agendados dois retornos. No primeiro retorno, realizado uma
semana após a entrega do dispositivo foi realizado avaliação de percepção de fala e
a entrevista inicial com os pais, para obter informações que não constavam no
prontuário. Nessa ocasião foi também aplicado o questionário socioeconômico. O
segundo retorno foi realizado trinta dias após a entrega do FM. Neste momento, foi
realizado o registro do uso diário do sistema FM através da leitura do registro do
transmissor, e a entrevista com pais e/ou responsáveis, coletando informações quanto
ao uso e dificuldades encontradas. Observou-se equilíbrio quanto ao uso do sistema
FM. 43,9% utilizaram-no de forma consistente e 56,1% de forma inconsistente.
Verificou-se que as crianças com perdas unilaterais tiveram tendência a menor
utilização do FM. 25,0% utilizam-no de forma consistente e 75,0% de forma
inconsistente. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa no uso
consistente do FM, quando comparado com as características da escola. A maioria
dos pais relata que os filhos estão fazendo uso do FM, no entanto, a média de
horas/dia não confirmou essa informação. Sabe-se que a não consistência de uso do
sistema FM pode levar a prejuízos no desempenho escolar das crianças, diminuindo
as oportunidades e qualidade do aprendizado. No entanto, as consequências só são
mensuráveis a médio e longo prazo, o que talvez explique a não adesão imediata ao
equipamento. Os achados deste estudo sugerem que deve haver um maior
monitoramento dos pais junto aos professores, e um acompanhamento pelo
fonoaudiólogo do serviço, que pode monitorar o uso do sistema na escola através de
medidas diretas no transmissor. Indicadores como evolução do desempenho
acadêmico da criança, podem ser uma boa forma de monitorar a efetividade do uso
do sistema
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Influência da qualidade de vida no controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 / Influence of quality of life in glycemic control in patients with type 2 diabetes mellitusBarboza, Simara Maria 28 September 2012 (has links)
Estudo caso-controle realizado no Centro de Saúde Escola (FMRP USP) em Ribeirão Preto SP, no período de 2010 a 2012. O objetivo do estudo foi comparar a qualidade vida geral de dois grupos de pessoas com diabetes mellitus (DM) tipo 2: um com controle glicêmico satisfatório e outro com controle glicêmico insatisfatório. A hipótese a ser testada foi que uma boa qualidade de vida está associada a um melhor controle glicêmico nesses indivíduos. A amostra foi constituída por 90 usuários, sendo 30 casos e 60 controles, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2. Foi considerado caso o paciente com o diabetes mellitus com controle glicêmico satisfatório e controle o paciente com controle glicêmico insatisfatório, avaliado por meio do resultado da hemoglobina glicada (A1c), realizada nos quatro meses anteriores à entrevista. Para a coleta de dados foram utilizados três questionários: o WHOQOL BREF, o Teste de Morisky e Green e outro sobre condições sócio-demográficas e clínicas. Para a análise utilizou-se estatística descritiva e o Teste de Wilcoxon; considerou-se um nível de significância de 0,05 para todas as análises. Os resultados mostraram que a maioria dos entrevistados era do sexo feminino (78,8%), com idade média de 61 anos. Em relação à qualidade de vida, a proporção de controles que se auto-avaliam como satisfeitos foi maior do que nos casos e quanto ao grau de satisfação com a saúde, entre os mais satisfeitos também estão os controles, porém sem diferença estatística significante. Quando se comparou os resultados de cada domínio do WHOQOL-BREF entre os grupos caso e controle, pode-se observar que os dois grupos têm uma baixa satisfação da qualidade de vida no domínio psicológico (51,2 e 50,9), seguido do domínio físico (58,4 e 56,8); os domínios das relações sociais (86,9 e 78,8) e meio ambiente (69,2 e 64,0) foram os que mais se associaram positivamente à qualidade de vida dos entrevistados. As diferenças não apresentaram significância estatística entre os casos e controles nos domínios físico (p = 0,578) e psicológico (p = 0,948) e houve diferença estatística significante entre os grupos nos domínios relações pessoais (p = 0,045) e meio ambiente (p = 0,039). De acordo com o Teste de Morisky e Green, os dois grupos foram classificados como menos aderente, e a diferença entre os grupos não foi estatisticamente significante (p = 0,878). Os dados obtidos, no presente estudo, apontam que os aspectos ligados às relações sociais e ao meio ambiente devem ser priorizados nas atividades educativas que visem a melhoria do controle glicêmico dos indivíduos com diabetes mellitus. / Case-control study conducted at the School Health Center (University of São Paulo at Ribeirão Preto Medical School FMRP-USP) in the city of Ribeirão Preto, state of São Paulo, from 2010 to 2012. This study aimed to compare the quality of life of two groups of people with diabetes mellitus (DM) type 2: one with satisfactory glycemic control and another with poor glycemic control. The hypothesis to be tested was that a good quality of life is associated with better glycemic control in these individuals. The sample consisted of 90 users, being 30 cases and 60 controls diagnosed with type 2 diabetes mellitus. Case was considered the patient with diabetes mellitus and with satisfactory glycemic control; and control, the patient with poor glycemic control, assessed through results of glycated hemoglobin (A1c), performed in the four months preceding the interview. To collect the data three questionnaires were used: the WHOQOL-BREF, the Morisky and Green Test, and one on socio-demographic and clinical conditions. For the analysis, the descriptive statistics and the Wilcoxon test were used; and the researchers considered a significance level of 0.05 for all analyzes. The results showed that the majority of respondents were female (78.8%) with an average age of 61 years. Regarding quality of life, the proportion of controls that self-assess as satisfied was higher than the cases; and regarding the degree of satisfaction with health, also the controls were among the most satisfied; however no statistically significant difference was found. When comparing the results of each domain of WHOQOL-BREF between case and control groups it can be observed that both groups have a low satisfaction of quality of life in psychological domain (51.2 and 50.9), followed by physical domain (58.4 and 56.8); domains of social relationships (86.9 and 78.8) and environment (69.2 and 64.0) were the most associated positively to quality of life of the respondents. The differences were not statistically significant between cases and controls considering physical (p=0.578) and psychological (p=0.948) domains; and the differences were statistically significant between the groups considering personal relationships (p=0.045) and environment (p=0.039) domains. According to the Morisky and Green Test, both groups were classified as \"less adherent\", and the difference between groups was not statistically significant (p=0.878). The data obtained in this study indicate that should be given priority to the aspects linked to social relations and environment in the educational activities aimed at improving glycemic control in individuals with diabetes mellitus.
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Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial / Treatment adherence and Quality of Life of individuals with epilepsy in an outpatient treatment programFerrari, Carla Maria Maluf 28 February 2011 (has links)
Os objetivos deste estudo foram explicitar a complexidade do tratamento medicamentoso, a adesão ao tratamento e a qualidade de vida de indivíduos com epilepsia, além de evidenciar as associações da adesão e qualidade de vida com as características do paciente, doença, terapêutica e suporte social. Foi realizado estudo prospectivo, transversal, com indivíduos com epilepsia em assistência ambulatórial. A casuística foi de 385 pacientes, idade de 18 anos ou mais, alfabetizados, independentes nas atividades da vida diária, sem deficiência mental ou alteração psíquica ativa diagnosticada. A adesão ao tratamento foi avaliada com o teste de Morisky e a qualidade de vida pelo Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). Em uma primeira etapa foram realizados testes de associação entre as variáveis dependentes e cada variável independente isoladamente. Após, a análise conjunta das variáveis foi feita por meio de regressão logística quando a variável resposta foi adesão e por meio de regressão linear múltipla para qualidade de vida. A idade média dos participantes foi de 39,7 anos (dp=12,6), a maioria do sexo feminino (53,5%), com diagnóstico de epilepsia focal sintomática (79,5%), em uso de politerapia (71,1%), apresentando crises nos últimos seis meses que precederam a investigação (79%) e tempo médio de tratamento de 21,5 anos (dp= 13,2). A complexidade terapêutica do tratamento medicamentoso para epilepsia mensurada pelo Índice de Complexidade do Tratamento Medicamentoso em Epilepsia (ICTME) variou de 2,0 a 44 pontos e a média foi de 14,7 (dp=8,0). A adesão ao tratamento foi alta para 33,8% dos participantes deste estudo, média para 60,5% e baixa para 5,7%. O escore total do QOLIE-31 foi de 64,2 (dp=18,19) e entre os domínios do QOLIE-31 os valores médios mais baixos foram 53,2 (dp= 31,38) no domínio preocupação com as crises, seguido de 61,3 (dp=32,61) no domínio efeito da medicação. O mais alto valor médio foi 69,8 (dp=25,74) no domínio aspecto social. O resultado da regressão logística multivariada para não adesão ao tratamento medicamentoso evidenciou que indivíduos do sexo feminino e que apresentavam controle das crises tiveram menor probabilidade de não adesão terapêutica perante aos do sexo masculino e sem controle das crises. A não adesão foi menos freqüente nos mais velhos e o aumento de um ano na idade diminui a probabilidade de não adesão em 3%. A probabilidade de não adesão ocorrer foi 6% maior a cada aumento de um ponto no ICTME. Para qualidade de vida, a análise conjunta das diversas características evidenciou que indivíduos da raça branca e amarela, inseridos no mercado de trabalho e que tinham percepção que suas crises estavam controladas tiveram pontuações mais elevadas em relação aos que não apresentavam essas características. Por outro lado, aqueles que recebiam apoio de familiares ou amigos apresentaram menores escores nesse questionário em relação aos demais. Os resultados deste estudo destacaram principalmente as características sócio-demográficas e referentes ao controle da crise com fatores associados à adesão e qualidade de vida do paciente epiléptico. Vale também destacar que o aumento da complexidade terapêutica confirmou seu impacto negativo na adesão ao tratamento / The study aimed to clarify the complexity of drug treatment, treatment adherence and quality of life of individuals with epilepsy, and also highlights the associations of adherence and quality of life with patient characteristics, disease, therapeutic and social support. This was a prospective, transversal study of individuals with inpilepsy in outpatient care. The sample consisted of 385 patients, aged 18 years or older, literate, independent in their daily living activities, without mental or active psychological changes diagnosed. Adherence to treatment was assessed by using the Morisky test and quality of life by the Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). In the first step, association tests were performed between dependent variables and each independent variable alone. After, an analysis of the variables was performed by logistic regression when the dependent variable was in adherence and through multiple linear regression for quality of life. The average age of participants was 39.7 years (SD = 12.6), mostly females (53.5%) with symptomatic focal epilepsy (79.5%), and on multiple AEDs (71.1%), with crises in the last six months preceding the research (79%) and mean treatment of 21.5 years (SD = 13.2). The complexity of therapeutic drug treatment for epilepsy measured by the Epilepsy Medication Treatment Complexity Index (EMTCI) ranged from 2.0 to 44 points and averaged 14.7 (SD = 8.0). Treatment compliance was high for 33.8% of this studys participants, 60.5% for medium and low was 5.7%. The total score of QOLIE-31 was 64.2 (SD = 18.19) and between the domains of QOLIE-31, the lowest average values were 53.2 (sd = 31.38) in the domain concerned with the crises, followed by 61.3 (SD = 32.61) in the domain effect of the medication. The highest average value was 69.8 (SD = 25.74) in the domain social aspect. The result of multivariate logistic regression for non-adherence to drug treatment showed that female subjects who had control of the seizures, were less likely to face Non-adherence than the male and with uncontrolled seizures. Non-adherence was less frequent in older and one-year increase in age decreases the probability of non-adherence by 3%. The probability of non-compliance occurrence was 6% higher for each increase of one point in EMTCI. For quality of life, joint analysis showed that several characteristics among whites and asian, entered the labor market and had the perception that their seizures were controlled had the highest scores compared to those without these characteristics. On the other hand, those who received support from family or friends had lower scores on this questionnaire in relation to others. The results of this study highlighted mainly the socio-demographic characteristics and for control of the crisis, factors associated with adherence and quality of life of epileptic patients. Note also that the increasing complexity of therapy confirmed its negative impact on treatment adherence.
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Adesão ao tratamento medicamentoso em insuficiência cardíaca / Adhesion to pharmacological treatment in heart failureFreitas, Elis Marra da Madeira 09 March 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-03-09 / Pharmacological treatment for heart failure evolved in the last decades. Betablockers, angiotensin
converting enzyme inhibitors, angiotensin II receptor blockers and aldosterone antagonists have
been widely used, as they were proven to reduce morbi/mortality in heart failure. Patient adherence
has been studied all over the world in the last years in acute and chronic heart failure. Many factors
knownly can influence the patient adherence to treatment. This study purpose was to evaluate
pharmacological treatment in patients diagnosed with heart failure in outpatient follow up in a
university hospital. Different methods were used to get to this objective, comparing each other and
also clustering patients in more adherent and less adherent to pharmacological treatment,
furthermore, we described the factors influencing patient adherence to pharmacological treatment.
Thereunto, the Morisky questionnaire was used. Also a questionnaire made by the author and a
form to collect data in patient’s chart were applied. Data frequency was described and then
hierarchic clusters analysis was performed. Adherence measured by the Morisky questionnaire
resulted in 71% of patients more adherent to pharmacological treatment and 26% less adherent. A
different result and with more expressive values was found in the self-report adherence to
pharmacological treatment by the patient, where 90% of the patients considered themselves as
more adherent to pharmacological treatment and 8% considered themselves as less adherent. When
comparing treatment prescribed and treatment reported by the patients, the majority of patients
(78%) reports at least one drug different from the prescription. When measured by different
methods, adherence can show not uniform results. The clinical factors and factors related to the
satisfaction with the service did not influence the patient adherence to pharmacological treatment.
In the other hand, some sociodemographics factors, like age (p = 0,0476), employment condition
(p = 0,0132), schooling (p = 0,0167), marriage status (p = 0,011), family income (p = 0,0123), and
factors related to the use of medications, as having family help to the the medications (p = 0,006),
use medication alone (p = 0,0186) and have medical orientation bout the use of medication (p =
0,0077) had influence in patient adherence to pharmacological treatment. Thus, it was observed
that patients being followed up in the Heart Failure Clinic of Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Goiás are well medicated and have satisfactory adherence to pharmacological
treatment. / O tratamento medicamentoso da insuficiência cardíaca evoluiu nas últimas décadas. Os
betabloqueadores (BB), inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA), bloqueadores
dos receptores de angiotensina II (BRA) e antagonistas de aldosterona são classes fundamentais
pois comprovadamente diminuem morbi/mortalidade na IC. A adesão ao tratamento vem sendo
amplamente estudado em insuficiência cardíaca aguda como crônica. Vários são os fatores que
podem influenciar a adesão. O objetivo deste estudo foi avaliar a adesão ao tratamento
medicamentoso, em pacientes diagnosticados com Insuficiência Cardíaca em acompanhamento
ambulatorial em um hospital universitário. Foram utilizados diferentes métodos para este fim,
comparando-os entre si, assim como agrupou-se os pacientes em mais aderentes e menos
aderentes, além de se descrever os fatores que influenciaram na adesão ao tratamento
medicamentoso. Para isso, utillizou-se o teste de Morisky de quatro perguntas. Além dele, também
foi utilizado um questionário confeccionado pela autora e um formulário de coleta de dados no
prontuário. Descreveu-se a frequência dos dados e posteriormente, a análise hierárquica de clusters
foi aplicada. A adesão medida por meio do teste de Morisky resultou em 71% dos pacientes mais
aderentes e 26% menos aderentes. Um resultado diferente, e também com valores mais
expressivos, foi encontrado no autorrelato de adesão ao tratamento medicamentoso pelo paciente,
em que 90% dos pacientes se consideraram mais aderentes e 8% menos aderentes. Quando se
compara os medicamentos prescritos e relatados, a maioria dos pacientes (78%) relata pelo menos
um medicamento diferente da prescrição. Quando medida por métodos diferentes, a adesão pode
apresentar resultados não uniformes. Os fatores clínicos e os relacionados à satisfação com o
serviço não influenciam na adesão ao tratamento medicamentoso. Já alguns fatores
sociodemográficos, como idade (p=0,0476), condições de emprego (p=0,0132), escolaridade
(p=0,0167), estado marital (p=0,0110), renda familiar (p=0,0123) e fatores relacionados ao uso do
medicamento, como ter ajuda da família para retirar os medicamentos (p=0,0060), utilizar os
medicamentos sozinhos (p=0,0186) e ter orientação médica quanto aos medicamentos (p=0,0077),
influenciam na adesão ao tratamento medicamentoso. Assim, observou-se que os pacientes
atendidos no Ambulatório de Insuficiência Cardíaca do Hospital das Clínicas da Universidade
Federal de Goiás (HC/UFG) possuem adesão satisfatória ao tratamento medicamentoso prescrito.
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Estado de saúde e adesão ao tratamento de pacientes atendidos em ambulatório especializado em anticoagulação oral / Health condition and treatment adherence of patients attended at a specialized oral anticoagulation outpatient clinicFabiana Bolela 15 July 2013 (has links)
Estudo exploratório, de delineamento longitudinal, com 81 pacientes em uso de anticoagulante oral e que foram avaliados durante internação e dois meses após a alta. Os objetivos foram acompanhar a evolução quanto á terapia de anticoagulação oral e adesão ao tratamento; comparar o estado geral de saúde e a presença de sintomas de ansiedade e depressão. Foram utilizados instrumentos específicos para avaliar adesão ao tratamento medicamentoso (Medida de Adesão aos Tratamentos), estado geral de saúde (Escala Visual Analógica) e presença de sintomas de ansiedade (HADS-Ansiedade) e depressão (HADS- Depressão). As análises estatísticas realizadas foram: Teste t de Student pareado para comparar as médias do estado geral de saúde e da HADS; Modelo Linear de Efeitos Mistos para analisar a associação entre estado geral de saúde, ansiedade, depressão e tempo de avaliação no estudo. O nível de significância adotado foi 0,05. Entre os participantes, 54,3% eram mulheres, com idade média de 59,5 anos e nível médio de instrução de 5,1 anos. A principal indicação clínica para uso do medicamento foi formação de trombos (34,6%), sendo a varfarina o anticoagulante oral mais utilizado (97,5%). Dois meses após a alta, todos os pacientes foram classificados como aderentes ao tratamento e 42% mantiveram o INR na faixa terapêutica. As diferenças entre as médias do estado geral de saúde, HADS-Ansiedade e HADS-Depressão durante a internação e dois meses após a alta não foram estatisticamente significantes (p=0,78; p=0,27 e p=0,40, respectivamente). Em relação á presença de ansiedade, quando associamos as duas variáveis de forma categórica, com e sem sintomas, e o tempo de avaliação, 38 (46,9%) pacientes foram classificados como \"sem sintomas\" de ansiedade e 22 (27,1%) \"com sintomas\", sendo esta associação estatisticamente significante (p<0,001). Para depressão, a maioria (55; 67,9%) foi classificada como \"sem sintomas\" e 11 (13,6%) \"com sintomas\", sendo tal associação estatisticamente significante (p<0,001). Ao analisarmos as médias do estado geral de saúde segundo tempo e grupo de sintomas, resultados estatisticamente significantes foram obtidos apenas quando comparamos os valores entre os grupos sem sintomas de depressão (M=80,5; D.P.=23,46) e com sintomas (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,021), dois meses após a alta e quando comparamos as médias do grupo com sintomas de depressão, na internação (M= 75,37; D.P.=25,02) e dois meses após a alta (M=62,5; D.P.=26,07) (p=0,046). Identificar o perfil clínico de pacientes em uso de anticoagulante oral, desde a internação até dois meses de seguimento ambulatorial; conhecer sua percepção sobre estado de saúde, presença de sintomas de ansiedade e de depressão e a adesão ao tratamento são ações importantes a serem consideradas no atendimento desses pacientes. Tais resultados poderão ser utilizados para nortear mudanças na organização do ambulatório de anticoagulação oral e no planejamento da assistência de enfermagem a tais pacientes. / This exploratory and longitudinal research involved 81 patients under oral anticoagulation treatment, who were evaluated during hospitalization and two months after discharge. The objectives were to follow the patients\' clinical evolution, considering the oral anticoagulation therapy and treatment adherence; and to compare the general health condition and the presence of anxiety and depression symptoms. Specific instruments were used to assess adherence to medication treatment (Treatment Adherence Measure), general health condition (visual analogue scale) and the presence of anxiety (HADS-Anxiety) and depression symptoms (HADS-depression). For the sake of statistical analysis, the following were applied: Student\'s paired t-test to compare the mean scores for the general health condition and HADS scores; the Linear Fixed Effects Model to analyze the association between general health condition, anxiety, depression and research moment. Significance was set at 0.05. Among the participants, 54.3% were women, with a mean age of 59.5 years and a mean education time of 5.1 years. The main clinical indication for medication use was the formation of thrombi (34.6%), with warfarin as the most used oral anticoagulant drug (97.5%). AT two months after discharge, all patients were classified as adherent to the treatment and 42% maintained their INR within the therapeutic range. The differences between the mean general health, HADS-Anxiety and HADS-Depression scores during hospitalization and two months after discharge were not statistically significant (p=0.78; p=0.27 and p=0.40, respectively). As regards the presence of anxiety, when the two variables are associated categorically, with and without symptoms, and the research moment, 38 (46.9%) patients were classified as \"without symptoms\" of anxiety and 22 (27.1%) \"with symptoms\", with a statistically significant association (p<0.001). As for depression, the majority (55; 67.9%) was classified as \"without symptoms\" and 11 (13.6%) \"with symptoms\", a statistically significant association (p<0.001). The analysis of the mean general health condition scores according to the research moment and group of symptoms only revealed statistically significant results when comparing the groups without (M=80.5; S.D.=23.46) and with symptoms (M=62.5; S.D.=26.07) (p=0.021) two months after the discharge and when comparing the mean scores for the group with depression symptoms during hospitalization (M= 75.37; S.D.=25.02) and two months after the discharge (M=62.5; S.D.=26.07) (p=0.046). Identifying the clinical profile of patients under oral anticoagulant therapy since hospitalization and after two months of outpatient monitoring and getting to know their perceived health condition, presence of anxiety and depression symptoms and treatment adherence are important actions for consideration in care delivery to these patients. These results can be used to guide changes in the organization of the oral anticoagulation outpatient clinic and in nursing care planning for these patients.
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Adesão ao tratamento e qualidade de vida de indivíduos com epilepsia em tratamento ambulatorial / Treatment adherence and Quality of Life of individuals with epilepsy in an outpatient treatment programCarla Maria Maluf Ferrari 28 February 2011 (has links)
Os objetivos deste estudo foram explicitar a complexidade do tratamento medicamentoso, a adesão ao tratamento e a qualidade de vida de indivíduos com epilepsia, além de evidenciar as associações da adesão e qualidade de vida com as características do paciente, doença, terapêutica e suporte social. Foi realizado estudo prospectivo, transversal, com indivíduos com epilepsia em assistência ambulatórial. A casuística foi de 385 pacientes, idade de 18 anos ou mais, alfabetizados, independentes nas atividades da vida diária, sem deficiência mental ou alteração psíquica ativa diagnosticada. A adesão ao tratamento foi avaliada com o teste de Morisky e a qualidade de vida pelo Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). Em uma primeira etapa foram realizados testes de associação entre as variáveis dependentes e cada variável independente isoladamente. Após, a análise conjunta das variáveis foi feita por meio de regressão logística quando a variável resposta foi adesão e por meio de regressão linear múltipla para qualidade de vida. A idade média dos participantes foi de 39,7 anos (dp=12,6), a maioria do sexo feminino (53,5%), com diagnóstico de epilepsia focal sintomática (79,5%), em uso de politerapia (71,1%), apresentando crises nos últimos seis meses que precederam a investigação (79%) e tempo médio de tratamento de 21,5 anos (dp= 13,2). A complexidade terapêutica do tratamento medicamentoso para epilepsia mensurada pelo Índice de Complexidade do Tratamento Medicamentoso em Epilepsia (ICTME) variou de 2,0 a 44 pontos e a média foi de 14,7 (dp=8,0). A adesão ao tratamento foi alta para 33,8% dos participantes deste estudo, média para 60,5% e baixa para 5,7%. O escore total do QOLIE-31 foi de 64,2 (dp=18,19) e entre os domínios do QOLIE-31 os valores médios mais baixos foram 53,2 (dp= 31,38) no domínio preocupação com as crises, seguido de 61,3 (dp=32,61) no domínio efeito da medicação. O mais alto valor médio foi 69,8 (dp=25,74) no domínio aspecto social. O resultado da regressão logística multivariada para não adesão ao tratamento medicamentoso evidenciou que indivíduos do sexo feminino e que apresentavam controle das crises tiveram menor probabilidade de não adesão terapêutica perante aos do sexo masculino e sem controle das crises. A não adesão foi menos freqüente nos mais velhos e o aumento de um ano na idade diminui a probabilidade de não adesão em 3%. A probabilidade de não adesão ocorrer foi 6% maior a cada aumento de um ponto no ICTME. Para qualidade de vida, a análise conjunta das diversas características evidenciou que indivíduos da raça branca e amarela, inseridos no mercado de trabalho e que tinham percepção que suas crises estavam controladas tiveram pontuações mais elevadas em relação aos que não apresentavam essas características. Por outro lado, aqueles que recebiam apoio de familiares ou amigos apresentaram menores escores nesse questionário em relação aos demais. Os resultados deste estudo destacaram principalmente as características sócio-demográficas e referentes ao controle da crise com fatores associados à adesão e qualidade de vida do paciente epiléptico. Vale também destacar que o aumento da complexidade terapêutica confirmou seu impacto negativo na adesão ao tratamento / The study aimed to clarify the complexity of drug treatment, treatment adherence and quality of life of individuals with epilepsy, and also highlights the associations of adherence and quality of life with patient characteristics, disease, therapeutic and social support. This was a prospective, transversal study of individuals with inpilepsy in outpatient care. The sample consisted of 385 patients, aged 18 years or older, literate, independent in their daily living activities, without mental or active psychological changes diagnosed. Adherence to treatment was assessed by using the Morisky test and quality of life by the Quality of Life in Epilepsy Inventory-31 (QOLIE-31). In the first step, association tests were performed between dependent variables and each independent variable alone. After, an analysis of the variables was performed by logistic regression when the dependent variable was in adherence and through multiple linear regression for quality of life. The average age of participants was 39.7 years (SD = 12.6), mostly females (53.5%) with symptomatic focal epilepsy (79.5%), and on multiple AEDs (71.1%), with crises in the last six months preceding the research (79%) and mean treatment of 21.5 years (SD = 13.2). The complexity of therapeutic drug treatment for epilepsy measured by the Epilepsy Medication Treatment Complexity Index (EMTCI) ranged from 2.0 to 44 points and averaged 14.7 (SD = 8.0). Treatment compliance was high for 33.8% of this studys participants, 60.5% for medium and low was 5.7%. The total score of QOLIE-31 was 64.2 (SD = 18.19) and between the domains of QOLIE-31, the lowest average values were 53.2 (sd = 31.38) in the domain concerned with the crises, followed by 61.3 (SD = 32.61) in the domain effect of the medication. The highest average value was 69.8 (SD = 25.74) in the domain social aspect. The result of multivariate logistic regression for non-adherence to drug treatment showed that female subjects who had control of the seizures, were less likely to face Non-adherence than the male and with uncontrolled seizures. Non-adherence was less frequent in older and one-year increase in age decreases the probability of non-adherence by 3%. The probability of non-compliance occurrence was 6% higher for each increase of one point in EMTCI. For quality of life, joint analysis showed that several characteristics among whites and asian, entered the labor market and had the perception that their seizures were controlled had the highest scores compared to those without these characteristics. On the other hand, those who received support from family or friends had lower scores on this questionnaire in relation to others. The results of this study highlighted mainly the socio-demographic characteristics and for control of the crisis, factors associated with adherence and quality of life of epileptic patients. Note also that the increasing complexity of therapy confirmed its negative impact on treatment adherence.
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