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Historias de vida de meninas com experiência pregressa nas ruas: perspectivas do processo de inclusão social / Life histories of girls with former experience in the streets: perspectives of the process of social inclusion

OLIVEIRA, Normalene Sena de 03 March 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:04:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Normalene.pdf: 588886 bytes, checksum: 3090a8c90505672a56b048b410f97809 (MD5) Previous issue date: 2006-03-03 / In this inquiry, we sought for answers to some questions about social adjustment process for children and adolescents in street situation, especially for female adolescents that had found alternatives for a better quality of life out of the treets. The main objective was to analyze the meaning for social adjustment; to identify the institutional pedagogic programs in the social adjustment process; and to analyze the meaning of the social adjustment and the consequences to female adolescents that lived in street situation. The method has qualitative approach by Oral Live History principles. The data was collect by semi structured interview and participant observation with eight adolescents from 16 to 24 years old, with previous history of life in streets, and analyzed by content analysis thematic modality background. The results was organized and presented through the following categories: 1) coming to street; 2) living in street; 3) life beyond the street. In accordance with the subjects, the social adjustment process occurred in pregnancy consequence. However, the awakening of new live perspectives occurred due significant persons in a specific sheltering institution and the pedagogical actions there developed that accompany, motivate and articulate the values of these persons in the whole process. Therefore, by the oral history of life it was possible to identify the subject course of life, its social adjustment in the recuperation process and the Public Health Nursing possibilities for caring in this process of social adjustment / Nesta investigação buscamos responder algumas inquietações ao que se refere ao processo de resgate de crianças e adolescentes em situação de rua, em especial meninas que buscaram alternativas para melhor qualidade de vida fora das ruas. Os objetivos foram: analisar o significado de reintegração social; identificar as ações pedagógicas da instituição no processo de reintegração social; conhecer o significado e o impacto da recuperação social para meninas com experiência de vida nas ruas. A metodologia é de natureza qualitativa com base nos princípios da História Oral de Vida. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas, observação participante e diário de campo, junto a oito adolescentes entre 16 e 24 anos de idade, que tenham tido experiência pregressa de vida nas ruas, e analisados segundo a proposta da análise de conteúdo modalidade temática. Os resultados foram organizados e discutidos em três categorias temáticas, 1) a vinda para a rua; 2) a vida na rua; e 3) a vida além da rua. De acordo com as narrativas dos sujeitos o processo de recuperação e re-inserção social ocorreu em decorrência da gravidez. Entretanto, o despertar de novas perspectivas de vida ocorreu devido à presença de pessoas significativas de uma instituição, e as ações pedagógicas ali desenvolvidas que motivam, articulam e potencializam os valores destas pessoas em todo o processo. Portanto, pelas histórias orais de vida foi possível identificarmos a trajetória de vida dos sujeitos, a sua inclusão social no processo de recuperação, e o papel do profissional de enfermagem de saúde pública para o cuidado neste processo
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Epilepsia mioclônica juvenil: avaliação das funções atencionais e executivas, traços de personalidade e adequação social / Juvenile myoclonic epilepsy: evaluation of attentional and executive functions, personality traits and social adaptation

Moschetta, Sylvie Carolina Paes 19 March 2010 (has links)
A Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) é uma epilepsia generalizada idiopática geralmente associada à ausência de alterações estruturais. Estudos neuropsicológicos, com um número restrito de paradigmas, sugerem que indivíduos com EMJ apresentam pior desempenho nos testes que avaliam funções executivas. De maneira complementar, a descrição da personalidade nos pacientes com EMJ corrobora os estudos neuropsicológicos, uma vez que relata maior exacerbação da impulsividade nestes pacientes, o que refletiria uma possível disfunção de lobo frontal. Estes estudos baseiam-se ou em observações clínicas ou nos critérios de classificação categorial do DSM-IV. Não há até o momento, estudos sobre traços de personalidade assim como a correlação com a presença de disfunção executiva e traços de personalidade impulsivos nos pacientes com EMJ. Além disso, o impacto da EMJ sobre o funcionamento social não foi estudado. Os objetivos deste estudo foram: 1. verificar se as funções atencionais e executivas encontram-se prejudicadas; 2. verificar se existem diferentes níveis de comprometimento das funções executivas e atencionais; 3. verificar se há alteração dos traços de personalidade, através de instrumento objetivo; 4. verificar se existem prejuízos da adequação social; 5. verificar a correlação entre o desempenho nas funções executivas e atencionais e a expressão de traços de personalidade relacionados a um pior controle de impulsos; 6. verificar a correlação entre as pontuações obtidas nos testes neuropsicológicos avaliadores das funções executivas e atencionais e os escores em adequação social e; 7. verificar se as variáveis clínicas da epilepsia se correlacionam com as pontuações obtidas nos testes neuropsicológicos, a expressão de traços de personalidade relacionados a um pior controle de impulsos e com os escores em adequação social em pacientes com EMJ. Para tanto, foram avaliados 42 pacientes com EMJ através de: a) bateria compreensiva de testes neuropsicológicos avaliadores de funções executivas e atencionais; b) questionário padronizado de avaliação de traços de personalidade (ITC) e; c) escala padronizada de avaliação da adequação social (EAS). Os desempenhos e escores nos testes, questionário e escala dos pacientes com EMJ foram comparados a um grupo de 42 sujeitos controle, sem diagnóstico psiquiátrico ou neurológico, pareados por idade, escolaridade e nível sócio-econômico. Os pacientes com EMJ tiveram piores desempenhos que os controles em testes de atenção imediata, controle mental, atenção seletiva e sustentada, flexibilidade mental, controle inibitório, fluência verbal, formação de conceitos, manutenção de metas, fluência verbal e memória verbal a curto prazo. Quanto à gravidade da disfunção executiva, observou-se que 83,33% apresentaram disfunção executiva moderada ou grave. Os pacientes com EMJ também apresentaram maior expressão dos traços de personalidade impulsivos e pior adequação social em comparação com o grupo controle. Disfunção executiva/ atencional se correlacionaram com o pior controle dos impulsos, porém não com o pior funcionamento social. Houve correlação entre a frequencia de crises e a presença de transtornos psiquiátricos com o pior desempenho executivo/atencional, com a maior expressão de traços impulsivos e com a pior adequação social. A maior duração da epilepsia e a idade de início precoce tiveram relação com a disfunção executiva e personalidade, respectivamente. Na análise categorial entre os grupos de fácil e difícil controle, pacientes refratários apresentaram pior disfunção executiva e uma presença ainda mais expressiva dos traços de personalidade impulsivos. Nosso estudo demonstra a presença de disfunção atencional e executiva nos pacientes com EMJ, além da presença de traços de personalidade impulsivos. O presente estudo identificou a presença de pior funcionamento social destes pacientes. Além disso, verificamos a existência de dois grupos distintos de pacientes, sendo que pacientes mais refratários apresentam-se globalmente comprometidos. Estes achados sugerem que há uma necessidade de melhor caracterização fenotípica dos pacientes com EMJ a fim de incluir endofenótipos visto que nossos resultados demonstram uma possível existência de grupos distintos de pacientes com EMJ. / Juvenile Myoclonic Epilepsy (JME) is an idiopathic generalized epilepsy usually associated with absence of structural changes. Neuropsychological studies in patients with JME, using a limited number of paradigms, show worse performance on tests assessing executive functions. In addition, the description of personality traits in patients with JME corroborates neuropsychological studies, reporting failure of impulse control in these patients, which reflects a possible frontal lobe dysfunction. These studies are either based on clinical observations or on the categorical classification criteria of DSM-IV. To moment, the correlation between executive dysfunction and impulsive personality traits in patients with JME, has not been performed, as well as neither an objective study of the social adjustment of this population. The objectives of this study were to: 1. Investigate if attentional and executive functions are impaired; 2. Investigate if there are different levels of impairment in attentional and executive functions 3. Investigate if there are alterations in personality traits using an objective instrument 4. Investigate if there is impairment of social functioning 5. Investigate if there are correlations between performance on attentional and executive functions and the expressions of personality traits related to poor impulse control, 6. Verify if there are correlations between scores on neuropsychological tests of attentional and executive functions and social functioning 7. Investigate if there are correlations between clinical variables of epilepsy and neuropsychological performance, expression of impulsive personality traits and social functioning. We evaluated 42 patients with JME by: a) a comprehensive battery of neuropsychological tests of attentional and executive functions b) a standardized assessment of personality traits (TCI) and c) a standardized scale for assessing social functioning (SAS-SR). The performances and scores on tests, of patients with JME were compared to a group of 42 control subjects without neurological or psychiatric diagnosis, matched for age, education and socioeconomic status. Patients with JME showed worse performance than controls on tests of attentional span, working memory, inhibitory control, concept formation, maintenance of goals, verbal fluency and immediate verbal memory. We also observed that 83.33% of the patients with JME had moderate or severe executive dysfunction. Patients with JME showed higher expression of personality traits associated with an impaired impulse control and worse social functioning, when compared with the control group. Attentional/ executive dysfunction was correlated with poor impulse control, but not with worse social functioning. We found correlations between the frequency of seizures and the presence of psychiatric disorders with attentional and executive dysfunction, with the highest expression of impulsive traits and with worsened social functioning. Longest duration of epilepsy and the early age of onset were respectively associated with executive dysfunction and personality. In the category analysis between groups of patients easy and difficult to control seizures, refractory patients had worse executive dysfunction with an even a greater presence of impulsive personality traits. Our study demonstrates the presence of attentional and executive dysfunction in patients with JME, as well as the presence of impulsive personality traits. Moreover, this study identified the presence of poor social functioning in these patients. We also note the existence of two distinct groups of patients, were more refractory patients appear to present broader impairment. These findings suggest that there is a need for better phenotypic characterization of patients with JME to include diverse phenotypes since our results suggest a possible existence of distinct groups of patients with JME.
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Ajustamento social de pessoas submetidas à revascularização cirúrgica do miocárdio: um estudo das representações sociais

Rodrigues, Gilmara Ribeiro Santos January 2008 (has links)
129f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-03T17:09:01Z No. of bitstreams: 1 Rodrigues_Dissertacao.pdf: 746330 bytes, checksum: a172355c19af9865003f545c9800ac57 (MD5) / Approved for entry into archive by Rodrigo Meirelles(rodrigomei@ufba.br) on 2013-04-09T17:24:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Rodrigues_Dissertacao.pdf: 746330 bytes, checksum: a172355c19af9865003f545c9800ac57 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-04-09T17:24:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rodrigues_Dissertacao.pdf: 746330 bytes, checksum: a172355c19af9865003f545c9800ac57 (MD5) Previous issue date: 2008 / A Teoria das Representações Sociais (TRS) permite o estudo dos fenômenos de grupos sociais, por meio da descoberta do modo como os indivíduos e grupos estabelecem um mundo estável, a partir da diversidade de atitudes individuais e de fenômenos que contribuem para a construção de um determinado conhecimento prático compartilhado por um grupo de pertença. Esta pesquisa tem o seguinte objetivo: analisar as representações sociais sobre o ajustamento social elaboradas pelos indivíduos submetidos à revascularização do miocárdio. Trata-se de um estudo exploratório descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, objetivando analisar as representações sobre ajustamento social elaboradas pelos indivíduos submetidos à revascularização do miocárdio. O campo de pesquisa foi um ambulatório de isquemia de um hospital de grande porte, de administração mista, referência em cirurgia cardíaca, da cidade de Salvador - Bahia. Os dados foram coletados através de um instrumento misto de entrevista. Para a análise dos resultados da associação livre de palavras e das entrevistas foram utilizados, respectivamente, o programa informático EVOC e a análise temática de conteúdo, que a partir da freqüência de unidades temáticas permitiram a análise quantitativa e qualitativa. Os resultados evidenciaram que a estrutura da representação do ajustamento social dos entrevistados tem como elemento central a Saúde, associada à necessidade de mudança de vida para o retorno ao cotidiano e as dores da recuperação póscirúrgica. Os elementos periféricos referem-se à gratidão a Deus para superação dos momentos difíceis do ajustamento social, que embora possam dar sustentação ao núcleo central, expectativa de uma vida saudável, estão associados a aspectos negativos, como a impotência, a tristeza e a necessidade de repouso. As representações sociais referentes às funções de saber e orientação para o ajustamento social estão relacionadas à compreensão e explicação da diversidade de concepções sobre esse ajustamento, decorrentes dos requisitos pessoais necessários e do conhecimento adquirido, destacados em cinco categorias e dezesseis subcategorias. Os resultados assinalam indicadores essenciais para avaliar o processo de ajustamento, implementar uma assistência considerando a individualidade de cada pessoa e a necessidade de mudança de hábitos de vida, no sentido de promover o ajustamento social e a saúde dessas pessoas e de seus familiares para melhoria de sua qualidade de vida. Poderão também influenciar na reflexão dos profissionais de saúde sobre as próprias concepções do ajustamento social. / Salvador
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Escolares com malformação de orelha externa e/ou média: avaliação do desempenho escolar e dos comportamentos sociais

Castanho, Rosicler Moreno [UNESP] 28 February 2011 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:31:45Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2011-02-28Bitstream added on 2014-06-13T20:02:54Z : No. of bitstreams: 1 castanho_rm_dr_mar.pdf: 856019 bytes, checksum: c47965275636638a48847c8e2bda73ab (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Os defeitos estruturais de orelhas externa, média e interna representam uma classe significativa de anomalias congênitas, pouco descrita em suas consequências sociais e de aprendizagem na infância. Em função disso, esta pesquisa compõe-se de dois estudos e tem, como objetivos, descrever o perfil de uma amostra de escolares que apresentam malformação de orelhas externa e/ou média, quanto aos aspectos sociodemográficos, audiológicos, cognitivos, comportamentais e de desempenho escolar e comparar o desempenho escolar, social e comportamental destes, sem e com malformação de orelhas externa e/ou média, sob a ótica de diferentes interlocutores, correlacionando os resultados dos instrumentos de avaliação utilizados em cada um dos estudos. O Estudo 1 foi realizado na Divisão de Saúde Auditiva (DSA), pertencente ao Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) da Universidade de São Paulo (USP). Após selecionados 44 escolares com malformação de orelha e idade entre sete e 13 anos, foram aplicados, nos mesmos, o Teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven - RAVEN (Escala Especial e Geral) e o Teste de Desempenho Escolar (TDE), além do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) para pais e professores. Os resultados mostram, dentre outros aspectos, o nível socioeconômico baixo desses escolares e que a DA condutiva foi bilateral, de grau moderado, para a maioria, com capacidade intelectual preservada e desempenho escolar inferior à média. O Estudo 2 ocorreu nas escolas de Bauru/SP e região e dele participaram sete escolares (GP) com malformação de orelha, selecionados do Estudo 1 e 14 escolares sem malformação de orelha, sendo sete escolhidos pelos professores (GPE) e sete sorteados (GPS). Aqui, foram aplicados, nos escolares, o TDE... / The structural defects of external, middle and inner ears represent a significant class of congenital anomalies, little described in their socials impacts as well as in the learning process in childhood. Thus, this research comprises two studies which aim at describing the profile of a sample of school children, with and without external and/or middle ear malformation, in terms of socio-demographic, audiological, cognitive and school accomplishment aspects, comparing their school, social and behavioral performances, from the view of different interlocutors, by correlating the results of the assessment instruments utilized in each study. Study # 1 was carried out at the Hearing Health Division (DSA), with the Craniofacial Anomalies Rehabilitation Hospital (HRAC), University of São Paulo - USP. Forty-four school children presented with ear malformation, in the age range 7-13 yrs, were selected to take the Raven´s test (Colored Progressive Matrices – Special and General Scales), and the SAT (School Accomplishment Test). The questionnaire Skills and Difficulties (SDQ) was applied to parents and teachers as well. The results show, among other aspects, the low socioeconomic level of these schoolchildren and that the conductive hearing impairment was a bilateral one, in a moderate degree for most of them, with a preserved intellectual capacity and school accomplishment inferior to the mean. Study # 2 took place in the school system of Bauru and nearby towns, with the participation of seven schoolchildren (GP) with ear malformation, selected from Study 1, and 14 schoolchildren with no ear malformation, being 7 chosen by the teachers (GPE) and 7 drawn (GPS). Here, TDE and the Multimedia Inventory of Children´s Social Skills (IMHSC) were applied to the schoolchildren, and the SDQ and semi-structured questionnaires... (Complete abstract click electronic access below)
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Epilepsia mioclônica juvenil: avaliação das funções atencionais e executivas, traços de personalidade e adequação social / Juvenile myoclonic epilepsy: evaluation of attentional and executive functions, personality traits and social adaptation

Sylvie Carolina Paes Moschetta 19 March 2010 (has links)
A Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ) é uma epilepsia generalizada idiopática geralmente associada à ausência de alterações estruturais. Estudos neuropsicológicos, com um número restrito de paradigmas, sugerem que indivíduos com EMJ apresentam pior desempenho nos testes que avaliam funções executivas. De maneira complementar, a descrição da personalidade nos pacientes com EMJ corrobora os estudos neuropsicológicos, uma vez que relata maior exacerbação da impulsividade nestes pacientes, o que refletiria uma possível disfunção de lobo frontal. Estes estudos baseiam-se ou em observações clínicas ou nos critérios de classificação categorial do DSM-IV. Não há até o momento, estudos sobre traços de personalidade assim como a correlação com a presença de disfunção executiva e traços de personalidade impulsivos nos pacientes com EMJ. Além disso, o impacto da EMJ sobre o funcionamento social não foi estudado. Os objetivos deste estudo foram: 1. verificar se as funções atencionais e executivas encontram-se prejudicadas; 2. verificar se existem diferentes níveis de comprometimento das funções executivas e atencionais; 3. verificar se há alteração dos traços de personalidade, através de instrumento objetivo; 4. verificar se existem prejuízos da adequação social; 5. verificar a correlação entre o desempenho nas funções executivas e atencionais e a expressão de traços de personalidade relacionados a um pior controle de impulsos; 6. verificar a correlação entre as pontuações obtidas nos testes neuropsicológicos avaliadores das funções executivas e atencionais e os escores em adequação social e; 7. verificar se as variáveis clínicas da epilepsia se correlacionam com as pontuações obtidas nos testes neuropsicológicos, a expressão de traços de personalidade relacionados a um pior controle de impulsos e com os escores em adequação social em pacientes com EMJ. Para tanto, foram avaliados 42 pacientes com EMJ através de: a) bateria compreensiva de testes neuropsicológicos avaliadores de funções executivas e atencionais; b) questionário padronizado de avaliação de traços de personalidade (ITC) e; c) escala padronizada de avaliação da adequação social (EAS). Os desempenhos e escores nos testes, questionário e escala dos pacientes com EMJ foram comparados a um grupo de 42 sujeitos controle, sem diagnóstico psiquiátrico ou neurológico, pareados por idade, escolaridade e nível sócio-econômico. Os pacientes com EMJ tiveram piores desempenhos que os controles em testes de atenção imediata, controle mental, atenção seletiva e sustentada, flexibilidade mental, controle inibitório, fluência verbal, formação de conceitos, manutenção de metas, fluência verbal e memória verbal a curto prazo. Quanto à gravidade da disfunção executiva, observou-se que 83,33% apresentaram disfunção executiva moderada ou grave. Os pacientes com EMJ também apresentaram maior expressão dos traços de personalidade impulsivos e pior adequação social em comparação com o grupo controle. Disfunção executiva/ atencional se correlacionaram com o pior controle dos impulsos, porém não com o pior funcionamento social. Houve correlação entre a frequencia de crises e a presença de transtornos psiquiátricos com o pior desempenho executivo/atencional, com a maior expressão de traços impulsivos e com a pior adequação social. A maior duração da epilepsia e a idade de início precoce tiveram relação com a disfunção executiva e personalidade, respectivamente. Na análise categorial entre os grupos de fácil e difícil controle, pacientes refratários apresentaram pior disfunção executiva e uma presença ainda mais expressiva dos traços de personalidade impulsivos. Nosso estudo demonstra a presença de disfunção atencional e executiva nos pacientes com EMJ, além da presença de traços de personalidade impulsivos. O presente estudo identificou a presença de pior funcionamento social destes pacientes. Além disso, verificamos a existência de dois grupos distintos de pacientes, sendo que pacientes mais refratários apresentam-se globalmente comprometidos. Estes achados sugerem que há uma necessidade de melhor caracterização fenotípica dos pacientes com EMJ a fim de incluir endofenótipos visto que nossos resultados demonstram uma possível existência de grupos distintos de pacientes com EMJ. / Juvenile Myoclonic Epilepsy (JME) is an idiopathic generalized epilepsy usually associated with absence of structural changes. Neuropsychological studies in patients with JME, using a limited number of paradigms, show worse performance on tests assessing executive functions. In addition, the description of personality traits in patients with JME corroborates neuropsychological studies, reporting failure of impulse control in these patients, which reflects a possible frontal lobe dysfunction. These studies are either based on clinical observations or on the categorical classification criteria of DSM-IV. To moment, the correlation between executive dysfunction and impulsive personality traits in patients with JME, has not been performed, as well as neither an objective study of the social adjustment of this population. The objectives of this study were to: 1. Investigate if attentional and executive functions are impaired; 2. Investigate if there are different levels of impairment in attentional and executive functions 3. Investigate if there are alterations in personality traits using an objective instrument 4. Investigate if there is impairment of social functioning 5. Investigate if there are correlations between performance on attentional and executive functions and the expressions of personality traits related to poor impulse control, 6. Verify if there are correlations between scores on neuropsychological tests of attentional and executive functions and social functioning 7. Investigate if there are correlations between clinical variables of epilepsy and neuropsychological performance, expression of impulsive personality traits and social functioning. We evaluated 42 patients with JME by: a) a comprehensive battery of neuropsychological tests of attentional and executive functions b) a standardized assessment of personality traits (TCI) and c) a standardized scale for assessing social functioning (SAS-SR). The performances and scores on tests, of patients with JME were compared to a group of 42 control subjects without neurological or psychiatric diagnosis, matched for age, education and socioeconomic status. Patients with JME showed worse performance than controls on tests of attentional span, working memory, inhibitory control, concept formation, maintenance of goals, verbal fluency and immediate verbal memory. We also observed that 83.33% of the patients with JME had moderate or severe executive dysfunction. Patients with JME showed higher expression of personality traits associated with an impaired impulse control and worse social functioning, when compared with the control group. Attentional/ executive dysfunction was correlated with poor impulse control, but not with worse social functioning. We found correlations between the frequency of seizures and the presence of psychiatric disorders with attentional and executive dysfunction, with the highest expression of impulsive traits and with worsened social functioning. Longest duration of epilepsy and the early age of onset were respectively associated with executive dysfunction and personality. In the category analysis between groups of patients easy and difficult to control seizures, refractory patients had worse executive dysfunction with an even a greater presence of impulsive personality traits. Our study demonstrates the presence of attentional and executive dysfunction in patients with JME, as well as the presence of impulsive personality traits. Moreover, this study identified the presence of poor social functioning in these patients. We also note the existence of two distinct groups of patients, were more refractory patients appear to present broader impairment. These findings suggest that there is a need for better phenotypic characterization of patients with JME to include diverse phenotypes since our results suggest a possible existence of distinct groups of patients with JME.
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Os aspectos do sono nos pacientes com epilepsia farmacorresistente e seu impacto sobre a qualidade de vida e o funcionamento social / Sleep aspects in patients with drug resistant epilepsy and their impact on quality of life and social adjustment

Pentagna, Alvaro 11 March 2019 (has links)
Pacientes com epilepsia apresentam comorbidades que podem afetar a sua qualidade de vida e a sua adequação social. Por esta razão há um interesse crescente pelo estudo das condições associadas à epilepsia. Pacientes com epilepsia apresentam maior risco de desenvolver transtornos de sono. Entretanto, a relação entre o sono e a epilepsia permanece negligenciada. Os objetivos deste estudo foram: (i) avaliar o cronotipo, a presença de sonolência diurna e a qualidade do sono, através de medidas paramétricas, comparando pacientes farmacorresistentes e farmacossensíveis, e (ii) verificar a associação entre estes fatores e a qualidade de vida e o funcionamento social. Para tal, nós entrevistamos 114 pacientes (58 pacientes com epilepsia farmacossensível e 56 pacientes farmacorresistentes) e 62 indivíduos saudáveis sem epilepsia. Os grupos foram pareados por idade e sexo Todos os indivíduos entrevistados foram submetidos a questionários de autopreenchimento que verificam o cronotipo (Questionário de Matutinidade e Vespertinidade), a qualidade do sono (Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh) e a sonolência diurna (Escala de Sonolência de Epworth), bem como a qualidade de vida (Inventário de Qualidade de Vida em Epilepsia, versão com 31 perguntas) e o funcionamento social (Escala de Adequação Social). Também foram analisadas outras variáveis relacionadas à epilepsia como tipo de epilepsia (focal ou generalizada), quantidade de fármacos utilizados (monoterapia ou politerapia) e frequência de crises epilépticas. A caracterização das variáveis que podem interferir na análise das variáveis de desfecho foi realizada através da mensuração dos efeitos adversos de fármacos antiepilépticos (Perfil de Eventos Adversos de Liverpool), dos sintomas depressivos (Inventário de Depressão de Beck 2ª versão) e dos sintomas de ansiedade (Inventário de Ansiedade Traço-Estado). Os grupos não diferiram quanto ao cronotipo e à sonolência diurna. Foi observada uma diferença significativa no resultado do PSQI do grupo farmacorresistente refletindo melhor qualidade de sono em relação aos outros dois grupos (diferença farmacossensível x farmacorresistente 1,90, p=0,003; diferença farmacorresistente x controle saudável -1,53, p=0,041). Em relação às variáveis clínicas, pacientes com epilepsia generalizada apresentaram maior vespertinidade do que os pacientes com epilepsia focal (diferença 11,99, p=0,0002). Pacientes em monoterapia, avaliados pelo PSQI, apresentaram pior qualidade de sono (diferença 1,75, p=0,01). A frequência de crises epilépticas não influenciou o resultado de cronotipo, qualidade de sono ou sonolência diurna. A qualidade de sono apresentou uma tendência à correlação com a qualidade de vida (p=0,070). Houve uma associação entre o cronotipo e a adequação social (p=0,027), porém apenas os farmacossensíveis se diferenciaram do grupo controle (p=0,011), apresentando um pior funcionamento social relacionado com a vespertinidade. Os nossos resultados sugerem que a relação entre o sono e a epilepsia está mais intimamente ligada ao tipo de epilepsia, independente da resposta terapêutica ou da frequência de crises epilépticas. Além do mais, esta relação está ligada ao cronotipo, não à qualidade do sono ou à sonolência diurna. A qualidade de vida e a adequação social também estão relacionadas aos fatores relacionados ao sono / Patients with epilepsy have comorbidities that may compromise their quality of life and social adjustment. For this reason, there is a growing interest in the study of conditions associated with epilepsy. Patients with epilepsy are at higher risk to develop sleep disorders. However, the relationship between sleep and epilepsy remains neglected. This study aimed to: (i) evaluate the chronotype, daytime sleepiness, and sleep quality by parametric measures, comparing patients with drug-responsive and drug-resistant epilepsy, and (ii) verify the association between these factors and quality of life and social functioning. For this purpose, we interviewed 114 patients (58 patients with drug-responsive epilepsy, and 56 patients with drug-resistant epilepsy) and 62 healthy controls without epilepsy. The groups were matched for age and gender. All individuals were interviewed with self-applied questionnaires that verified the chronotype (Morningness-Eveningness Questionnaire), sleep quality (Pittsburgh Sleep Quality Index) and daytime sleepiness (Epworth Sleepiness Scale), as well as quality of life (Quality of Life Inventory in Epilepsy, 31 questions version) and social functioning (Social Adjustment Scale). We also evaluated other epilepsy-related variables, such as the epilepsy type (focal or generalized), number of antiepileptic medications (mono or polytherapy), and seizure frequency. The characterization of variables that can influence the analysis of the outcome was measured by the adverse effects of antiepileptic drugs (Liverpool Adverse Effects Profile), depressive symptoms (Beck Depression Inventory 2ª version) and anxiety symptoms (State and Trait Anxiety Inventory). The groups did not differ in chronotype or daytime sleepiness. The drug-resistant group showed a better sleep quality compared to others (difference drug-responsive vs. drug-resistant 1.90, p=0.003; difference drug-resistant vs. healthy controls -1.53, p=0.041). Considering the clinical variables, patients with generalized epilepsy showed a more evening-oriented chronotype than patients with focal epilepsy (difference 11.99, p=0.0002). Patients under monotherapy, evaluated by PSQI, showed worse sleep quality (difference 1.75, p=0.01). Seizure frequency did not influence the results for chronotype, sleep quality or daytime sleepiness presented a correlation with quality of life (p=0,070). Sleep quality demonstrated a trend towards an association with quality of life (p=0,070). There was an association between chronotype and social functioning (p=0,027), however, only drug- responsive patients differed from controls without epilepsy (p=0,011) with a worse social functioning that was eveningness-related. Our results suggest that the relationship between sleep and epilepsy is closely related to epilepsy type, regardless of therapeutic or seizure frequency. Additionally, it is related to the chronotype, but not to the quality of sleep or daytime sleepiness. Sleep quality is also associated with sleep-related factors
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Epilepsia de lobo temporal com atrofia hipocampal: funções neuropsicológicas, qualidade de vida e adequação social / Temporal lobe epilepsy with hippocampal atrophy: neuropsychology functions, quality of life and social adjustment

Juliana de Oliveira Gois 23 August 2010 (has links)
A presença de déficits cognitivos nos indivíduos com epilepsia de lobo temporal é amplamente reconhecida, sendo os mesmos caracterizados por prejuízos da capacidade de nomeação, memória e função executiva. Embora as disfunções mnésticas sejam bastante estudadas na epilepsia de lobo temporal, a presença de disfunção executiva permanece controversa. A epilepsia gera, ainda, restrições na vida diária e prejuízo na qualidade de vida, levando a alterações na vida do indivíduo, tanto no aspecto físico quanto no psicossocial. Diversos estudos verificaram o impacto negativo da epilepsia sobre o ajustamento psicossocial através de questionários de qualidade de vida ou observações clínicas. No entanto, as medidas de qualidade de vida correspondem à percepção pessoal e subjetiva do paciente, mas geram informações inespecíficas frente à sua atual condição de vida. A despeito da evidência crescente de pior ajustamento psicossocial, não há até o momento, estudos que realizem avaliação formal da adequação social nos pacientes com epilepsia de lobo temporal e diferenciem o desempenho nos questionários de qualidade de vida e adequação social. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o desempenho neuropsicológico, a qualidade de vida e a adequação social nos pacientes com epilepsia de lobo temporal através de instrumentos específicos e padronizados para estes fins. Além disso, buscou-se investigar a presença de associação entre estes fatores. Para tal, foram avaliados 35 pacientes com epilepsia de lobo temporal associada à atrofia hipocampal e 38 voluntários sadios, através de: a) bateria compreensiva de testes neuropsicológicos; b) questionários específicos de qualidade de vida e; c) escala padronizada de adequação social. Os pacientes com epilepsia de lobo temporal apresentaram pior desempenho que os voluntários sadios em testes de memória, tanto verbal quanto visual. Além disso, observou-se que os pacientes apresentaram qualidade de vida diminuída nos domínios relacionados a medo de crises, cognição e efeitos colaterais da medicação. Quanto à adequação social, os pacientes com epilepsia de lobo temporal apresentaram pior adequação global e, mais especificamente, pior adequação nos fatores trabalho e lazer quando comparados aos voluntários sadios. Não houve correlação estatisticamente significante entre desempenho cognitivo e qualidade de vida. No entanto, disfunções atencionais e mnésticas se correlacionaram positivamente com a pior adequação social. Além disso, observou-se correlação significativa entre a pior adequação social e a pior qualidade de vida. Os achados confirmam o impacto negativo da epilepsia sobre a cognição, qualidade de vida e adequação social de pacientes com epilepsia de lobo temporal. A ausência de correlação entre achados neuropsicológicos e qualidade de vida indica a imprecisão de queixas cognitivas mensuradas através de escalas de auto-preenchimento. A correlação entre adequação social e o desempenho atencional e mnéstico verbal demonstra a necessidade de programas de reabilitação neuropsicológica para estas funções a fim de melhorar a adequação social desta população / The presence of cognitive deficits in patients with temporal lobe epilepsy is widely recognized, being characterized by impairment of naming, memory and executive functioning. Although, mnestic dysfunction is well-studied in temporal lobe epilepsy, the presence of executive dysfunction remains controversial. Epilepsy is associated with restrictions on daily life and impairment in quality of life leading changes in peoples live, on physical and psychosocial aspects. Several studies described the negative impact of epilepsy on psychosocial adjustment by quality of life questionnaires or clinical observations. However, measures of quality of life match personal and subjective perception of the patient, but generate non-specific information compared to their current living conditions. Despite the growing evidence of poor psychosocial adjustment, to the moment, there is no formal assessment of social adjustment in patients with temporal lobe epilepsy and differentiate the performance on quality of life and social adjustment questionnaires. The objectives of this study were to evaluate the neuropsychological performance, quality of life and social adjustment in patients with temporal lobe epilepsy by means of specific and standardized instruments for these purposes. In addition, we verified the presence of association between these factors. We evaluated 35 patients with temporal lobe epilepsy caused by hippocampal atrophy and 38 healthy volunteers, through: a) comprehensive battery of neuropsychological tests; b) specific quality of life questionnaires and; c) standard scale of social adjustment. Patients with temporal lobe epilepsy had a worse performance than the healthy volunteers on tests of memory, both verbal and visual. In addition, we observed that patients had reduced quality of life in areas related to fear of seizures, cognition, and side effects of medication. As to social adjustment, patients had worse overall adequacy and, more specifically, on subfactors related to work and leisure compared to healthy volunteers. There was no statistical significant correlation between cognitive performance and quality of life. However, attentional and verbal mnestic dysfunctions were positively correlated with the worse social adjustment. Moreover, there was significant correlation between worse social adjustment and reduced QOL. These findings confirm the negative impact of epilepsy on cognition, social adjustment and quality of life in patients with temporal lobe epilepsy. The lack of correlation between neuropsychological findings and quality of life indicates the imprecision of cognitive complaints measured by self-report scales. The correlation between social adjustment with attentional and memory performance show the importance of neuropsychological rehabilitation for these functions in order to obtain a better social adjustment
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Epilepsia de lobo temporal com atrofia hipocampal: funções neuropsicológicas, qualidade de vida e adequação social / Temporal lobe epilepsy with hippocampal atrophy: neuropsychology functions, quality of life and social adjustment

Gois, Juliana de Oliveira 23 August 2010 (has links)
A presença de déficits cognitivos nos indivíduos com epilepsia de lobo temporal é amplamente reconhecida, sendo os mesmos caracterizados por prejuízos da capacidade de nomeação, memória e função executiva. Embora as disfunções mnésticas sejam bastante estudadas na epilepsia de lobo temporal, a presença de disfunção executiva permanece controversa. A epilepsia gera, ainda, restrições na vida diária e prejuízo na qualidade de vida, levando a alterações na vida do indivíduo, tanto no aspecto físico quanto no psicossocial. Diversos estudos verificaram o impacto negativo da epilepsia sobre o ajustamento psicossocial através de questionários de qualidade de vida ou observações clínicas. No entanto, as medidas de qualidade de vida correspondem à percepção pessoal e subjetiva do paciente, mas geram informações inespecíficas frente à sua atual condição de vida. A despeito da evidência crescente de pior ajustamento psicossocial, não há até o momento, estudos que realizem avaliação formal da adequação social nos pacientes com epilepsia de lobo temporal e diferenciem o desempenho nos questionários de qualidade de vida e adequação social. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o desempenho neuropsicológico, a qualidade de vida e a adequação social nos pacientes com epilepsia de lobo temporal através de instrumentos específicos e padronizados para estes fins. Além disso, buscou-se investigar a presença de associação entre estes fatores. Para tal, foram avaliados 35 pacientes com epilepsia de lobo temporal associada à atrofia hipocampal e 38 voluntários sadios, através de: a) bateria compreensiva de testes neuropsicológicos; b) questionários específicos de qualidade de vida e; c) escala padronizada de adequação social. Os pacientes com epilepsia de lobo temporal apresentaram pior desempenho que os voluntários sadios em testes de memória, tanto verbal quanto visual. Além disso, observou-se que os pacientes apresentaram qualidade de vida diminuída nos domínios relacionados a medo de crises, cognição e efeitos colaterais da medicação. Quanto à adequação social, os pacientes com epilepsia de lobo temporal apresentaram pior adequação global e, mais especificamente, pior adequação nos fatores trabalho e lazer quando comparados aos voluntários sadios. Não houve correlação estatisticamente significante entre desempenho cognitivo e qualidade de vida. No entanto, disfunções atencionais e mnésticas se correlacionaram positivamente com a pior adequação social. Além disso, observou-se correlação significativa entre a pior adequação social e a pior qualidade de vida. Os achados confirmam o impacto negativo da epilepsia sobre a cognição, qualidade de vida e adequação social de pacientes com epilepsia de lobo temporal. A ausência de correlação entre achados neuropsicológicos e qualidade de vida indica a imprecisão de queixas cognitivas mensuradas através de escalas de auto-preenchimento. A correlação entre adequação social e o desempenho atencional e mnéstico verbal demonstra a necessidade de programas de reabilitação neuropsicológica para estas funções a fim de melhorar a adequação social desta população / The presence of cognitive deficits in patients with temporal lobe epilepsy is widely recognized, being characterized by impairment of naming, memory and executive functioning. Although, mnestic dysfunction is well-studied in temporal lobe epilepsy, the presence of executive dysfunction remains controversial. Epilepsy is associated with restrictions on daily life and impairment in quality of life leading changes in peoples live, on physical and psychosocial aspects. Several studies described the negative impact of epilepsy on psychosocial adjustment by quality of life questionnaires or clinical observations. However, measures of quality of life match personal and subjective perception of the patient, but generate non-specific information compared to their current living conditions. Despite the growing evidence of poor psychosocial adjustment, to the moment, there is no formal assessment of social adjustment in patients with temporal lobe epilepsy and differentiate the performance on quality of life and social adjustment questionnaires. The objectives of this study were to evaluate the neuropsychological performance, quality of life and social adjustment in patients with temporal lobe epilepsy by means of specific and standardized instruments for these purposes. In addition, we verified the presence of association between these factors. We evaluated 35 patients with temporal lobe epilepsy caused by hippocampal atrophy and 38 healthy volunteers, through: a) comprehensive battery of neuropsychological tests; b) specific quality of life questionnaires and; c) standard scale of social adjustment. Patients with temporal lobe epilepsy had a worse performance than the healthy volunteers on tests of memory, both verbal and visual. In addition, we observed that patients had reduced quality of life in areas related to fear of seizures, cognition, and side effects of medication. As to social adjustment, patients had worse overall adequacy and, more specifically, on subfactors related to work and leisure compared to healthy volunteers. There was no statistical significant correlation between cognitive performance and quality of life. However, attentional and verbal mnestic dysfunctions were positively correlated with the worse social adjustment. Moreover, there was significant correlation between worse social adjustment and reduced QOL. These findings confirm the negative impact of epilepsy on cognition, social adjustment and quality of life in patients with temporal lobe epilepsy. The lack of correlation between neuropsychological findings and quality of life indicates the imprecision of cognitive complaints measured by self-report scales. The correlation between social adjustment with attentional and memory performance show the importance of neuropsychological rehabilitation for these functions in order to obtain a better social adjustment
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O processo repatriação na visão de profissionais repatriados brasileiros

Spohr, Nicole 16 February 2011 (has links)
Submitted by Roberta Lorenzon (roberta.lorenzon@fgv.br) on 2011-05-25T14:13:15Z No. of bitstreams: 1 61090100029.pdf: 951831 bytes, checksum: ac87788e55f2530a340eb6db45d3a539 (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel(gisele.hannickel@fgv.br) on 2011-05-25T14:21:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 61090100029.pdf: 951831 bytes, checksum: ac87788e55f2530a340eb6db45d3a539 (MD5) / Approved for entry into archive by Gisele Isaura Hannickel(gisele.hannickel@fgv.br) on 2011-05-25T14:22:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 61090100029.pdf: 951831 bytes, checksum: ac87788e55f2530a340eb6db45d3a539 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-05-25T16:15:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61090100029.pdf: 951831 bytes, checksum: ac87788e55f2530a340eb6db45d3a539 (MD5) Previous issue date: 2011-02-16 / The increasing internationalization has extended the number of expatriate employees, sent by companies to live and work abroad. Companies tend to believe that the repatriation, which is the return of these professionals to their home country, is easy, since the individual is returning home. However, problems associated with repatriation often causes the repatriates to leave the multinational that sent them abroad. Thant represents a significant loss of investments and knowledge created. Considering that repatriation has received little attention from academics, this research sought to examine how the process of repatriation occurred according to Brazilian returnees. Twenty repatriates from Brazilian and foreign companies were interviewed. Data analysis indicates that the repatriation process can be divided into five phases. Stages one and two occur in the foreign country of expatriation and the following ones happen in the home country. The first phase involves negotiating the position to be filled in Brazil once they return, while the second stage comprises the preparation for the return. Phase three - professional adjustment, back to the home country, involves the resocialization at the domestic unit. The fourth stage, personal adaptation, refers to the reorganization of domestic life and the last stage, called family adaptation, occurs only in cases where the family accompanied the expatriate during the assignment and involves the return of the spouse to the labor market and the children’s adjustment to school. From the analysis of policies and practices of repatriation, it seems that the emerging perspective is more appropriate to explain the retention of returnees. The findings suggest that even if the company does not support the employee during the international assignment, if it offers a suitable position after the return, there are fewer chances for the repatriate to leave. We conclude, therefore, that repatriation is a process, endowed with five stages, beginning in the foreign country and continued months after returning to the home country. With respect to policies and practices, they seem to be more of a logistical and financial matter than strategic. Nevertheless, only one interviewee left the company, which suggests that the satisfaction with the position held after the repatriation, which occurred in most cases, is the key to understanding the retention of returnees. / A internacionalização crescente vem aumentando o número de funcionários expatriados, enviados pelas empresas para viver e trabalhar no exterior. Tende-se acreditar que a repatriação, que é o retorno destes profissionais ao país de origem, é fácil, já que o indivíduo está retornando para casa. Porém, os problemas associados à repatriação costumam ser responsáveis pela saída do profissional da multinacional que o expatriou, o que representa uma perda significativa dos altos investimentos realizados e do conhecimento gerado. Considerando que o fenômeno da repatriação ainda é pouco estudado, esta pesquisa procurou analisar como se deu o processo de repatriação na visão de profissionais repatriados brasileiros. Foram entrevistados vinte funcionários repatriados brasileiros de empresas de capital nacional e estrangeiro. A análise dos dados indica que o processo de repatriação pode ser dividido em cinco etapas, sendo que as duas primeiras se dão ainda no país de destino da expatriação e as seguintes no país de origem. A primeira fase envolve a negociação do cargo a ser ocupado no retorno ao Brasil, enquanto que a segunda etapa compreende as providências a serem tomadas para a preparação para a volta. A fase três – adaptação profissional, já de volta ao país de origem, envolve a ressocialização na unidade doméstica. A quarta etapa, adaptação pessoal, refere-se à reorganização da vida doméstica e a última etapa, denominada adaptação familiar, ocorre apenas nos casos em que a família acompanhou o expatriado durante a designação e envolve o retorno do cônjuge ao mercado de trabalho e a readaptação dos filhos à escola. A partir da análise das políticas e práticas de repatriação, conclui-se que a perspectiva emergente se mostra mais adequada para explicar a retenção dos repatriados, já que mesmo se a empresa não apoiar o funcionário durante a atribuição internacional, se oferecer uma posição adequada às suas expectativas, as chances de o repatriado deixá-la diminuem. Conclui-se, portanto, que a repatriação é um processo, dotado de cinco etapas, que tem início no país de destino da expatriação e continua nos primeiros meses após a volta ao país de origem. Com relação às políticas e práticas adotadas, estas parecem ser mais de natureza logística e financeira do que estratégica. Apesar disso, foi identificado apenas um caso de saída do profissional da empresa, o que sugere que a satisfação com o cargo ocupado após a repatriação, que ocorreu na maioria dos casos, é a chave para entender a retenção de profissionais repatriados.
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Identificação e caracterização das variaveis bio-psico-sociais na epilepsia de lobo temporal / Identification and characterization of the bio-psycho-social variables of temporal lobe epilepsy

Salgado, Priscila Camile Barioni 31 July 2007 (has links)
Orientador: Fernando Cendes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-09T08:51:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Salgado_PriscilaCamileBarioni_D.pdf: 1899508 bytes, checksum: 9535744bcc9ca4d38bef6ff8bb09f9f1 (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: Este trabalho teve duas etapas principais: Primeiro, criamos dois instrumentos de medida que avaliam as expectativas de mudança de vida de pacientes que se submetem à cirurgia de epilepsia (Instrumento 1) e mudança de estilo de vida e ajustamento psicossocial destes pacientes após o tratamento cirúrgico (Instrumento 2). A partir dos questionários desenvolvidos e de outros instrumentos já existentes na literatura, pudemos: a) Avaliar a satisfação de pacientes com o tratamento cirúrgico para epilepsia de lobo temporal medial (ELTM), assim como os aspectos que podem ser prognósticos desta percepção, no pós-operatório recente (seis meses) e tardio (um ano); b) Correlacionar os dados obtidos com o exame de neuroimagem (volumetria hipocampal) com ansiedade e depressão; c) Identificar ansiedade e depressão em pessoas com epilepsia comparadas a um grupo controle; d) Identificar a percepção que os pacientes têm da epilepsia, seu auto-conceito, estratégias de enfrentamento e percepção de controle de crises. Ambos os instrumentos mostraram ter alta consistência interna (coeficiente de Kuder Richardson=0.855 (Instrumento 1) e 0.833 (Instrumento 2). A partir de nossos resultados, pudemos concluir que: a) A maioria dos pacientes se beneficia com o tratamento cirúrgico para ELTM, independente da eliminação total das crises epilépticas; b) As maiores razões pelas quais os pacientes se submetem à cirurgia são: ser feliz, poder trabalhar, ser menos preocupado e diminuir a quantidade de medicação; c) Os aspectos que foram representativos de maiores mudanças nas vidas dos pacientes após a cirurgia são: ser capaz de cuidar da casa e da família, ser aceito pela família, sentir-se normal e menos discriminado; d) Trabalho é o aspecto mais afetado pela epilepsia; e) Após um ano de cirurgia, os pacientes estão mais ajustados do ponto de vista psicossocial do que após seis meses; f) Após a cirurgia de epilepsia, há melhora significativa da qualidade de vida (QV), ansiedade e depressão, seguida de satisfação com as mudanças obtidas após o tratamento; g) Pacientes com ansiedade e depressão têm mais expectativas de melhora com a cirurgia, porém são os que percebem menos benefícios; h) Ansiedade e depressão são distúrbios de humor que ocorrem concomitantemente na ELTM e estão negativamente associados à QV; i) Não há associação entre ansiedade, depressão e volume hipocampal; j) O único aspecto clínico da epilepsia que está associado à ansiedade é a freqüência de crises / Abstract: This study had two main phases: First, we developed two measures to evaluate the patients expectations of life changing after epilepsy surgery (Instrument 1) and the life changing and psychosocial adjustment after surgery (Instrument 2). With both questionnaires plus other standardized instruments, we could: a) evaluate the patients¿ satisfaction with medial temporal lobe epilepsy (MTLE) surgery, as well as the aspects that could be prognostic of such perceptions in two follow-ups (6 and 12 months); b) Correlate hippocampal volumes with anxiety and depression; c) Identify anxiety and depression in people with epilepsy compared to healthy controls; d) Identify the patients¿ perception of disease, self-concept, coping strategies and perception of seizures control. Both questionnaires showed high internal consistency: Kuder Richardson=0.855 (Instrument 1) and 0.833 (Instrument 2). Our results came to the following conclusions: a) Most of the patients may benefit with epilepsy surgery in spite of seizures relief; b) The main reasons that patients undergo surgical treatment are to be happy, to work, to be less worried and to take less antiepileptic drugs; c) The aspects that have more positive changes after seizure surgery are: fell normal and less discriminated; d) Work is the aspect most affected by epilepsy; e) Patients have a better life improvement one year after surgery than six months after surgery; f) There is significative improvement in anxiety, depression and quality of life (QoL) after surgery, and it is associated to the satisfaction with surgical treatment; g) Patients with anxiety and depression have more expectations with surgery, however, they are the ones to perceive less benefits; h) Anxiety and depression are concomitant to MTLE and are negatively associated to QoL; i) There is no correlation between anxiety, depression and side of both hippocampal volumes; j) Seizure frequency was the only epilepsy variable correlated to anxiety / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Ciências Médicas

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