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Efeitos de um programa de treinamento físico na capacidade física, broncoespasmo induzido pelo exercício e qualidade de vida de crianças com asma persistente moderada e grave / Effects of a physical training program on physical capacity, exercise-induced bronchoconstriction and quality of life of children with moderate and severe persistent asthma

Galvani, Adriana Fanelli 30 August 2004 (has links)
A maioria das crianças asmáticas apresenta dispnéia ao realizar exercícios, fazendo com que elas evitem a prática esportiva e apresentem uma redução no condicionamento físico. Isto, por sua vez, restringe a sua independência física e emocional, podendo, assim, deteriorar a sua qualidade de vida. Em vista disto, o presente estudo tem por objetivo avaliar: a capacidade física, a broncoconstrição induzida pelo exercício, a qualidade de vida e a ingesta de medicamentos. Foram estudadas 38 crianças, de ambos os sexos, divididas em dois grupos: um composto de crianças com asma moderada/grave corticóide dependentes, submetidas a um programa de educação (grupo controle), e o outro constituído de crianças, de mesmas características, submetidas a um programa de educação e a um outro de treinamento físico (grupo treinado). O programa educacional para crianças e pais ou responsáveis teve duração total de quatro horas, distribuídas em duas sessões de duas horas cada. Antes do período educacional, elas foram clinicadas e medicadas por um pneumologista que adequou o tratamento medicamentoso até estabilizar o quadro clínico dos pacientes. Foram avaliados: a performance aeróbica avaliada pelo teste ergoespirométrico, o \"endurance\" muscular nos membros superiores e inferiores, o Broncoespasmo Induzido pelo Exercício (BIE), a qualidade de vida, a ingesta de medicação e prova de função pulmonar, além do desconforto respiratório. O treinamento físico teve a duração 16 semanas consecutivas, duas vezes por semana e 90 minutos por dia. O treinamento será dividido em quatro etapas de 15, 30, 30, 15 minutos cada respectivamente, sendo que, na primeira, os pacientes serão submetidos a exercícios de alongamento e mobilização articular, na segunda, serão realizados exercícios aeróbicos em bicicleta e esteira ergométrica e, na terceira, realizarão exercícios de \"endurance\" muscular, visando trabalhar grandes grupamentos musculares para membros superiores e abdomem, e na última exercícios de alongamento globais. As crianças foram avaliadas em dois momentos distintos: um anterior ao programa de educação e outro após o período de treinamento, sendo que as crianças do grupos controle foram avaliados nos mesmos intervalos de tempo. Os resultados mostraram que os parâmetros iniciais de ambos os grupos foram similares. Houve um incremento da capacidade aeróbica do grupo treinado de 3,25mLO2/kg/min e carga máxima de 17 watts. Da mesma forma, na avaliação do \"endurance\" dos membros superiores e inferiores, foi verificado um aumento de 0,25 Kg para o primeiro e 14 watts para o segundo. As crianças do grupo treinado apresentaram melhora na BIE tanto na obstrução (11,6%) quanto na dispnéia (-2,22). Esse grupo ainda apresentou uma redução do escore de gravidade de vida (-64%) superior àqueles obtidos no grupo controle. Das crianças treinadas, 52% tiveram uma redução na medicação contra 30% do grupo controle, redução esta sem relevância estatística. Nossos resultados sugerem que o treinamento físico deve ser considerado como modalidade terapêutica para o tratamento das crianças asmáticas com graus moderado e grave / Most of the asthmatic kids present dyspnoea while working out, what make them avoid the sports training and stop having physical conditioning. On its side, this reduces their physical and emotional independence, hence ruining their life quality. Thus, the present trial purpose is to evaluate the physical capacity, the bronchus-constrictor induced by exercises, the life quality and the drugs ingestion. Thirty eight children were studied, both sexes, divided into two groups: one made of kids having moderate/severe asthma, being corticoid dependents, submitted to an educative program (control-group), and the other made of kids presenting the same conditions, submitted to an educative program and to a physical training (trained group). The educational program for kids, parents or their representatives, had total four-hour duration, divided into 2 two-hour sessions each. Prior the educational period a pneumologist treated and medicated them and who adapted a medical treatment up to the stabilization of the patients\' clinical condition. The aerobic performance was evaluated by an ergoespirometric test, by the upper and lower member muscle endurance, the bronchusspasm induced by exercise (BIE), the life quality, the drugs ingestion and the pulmonary function trial, besides the respiratory discomfort. The physical training had 16 weeks consecutive duration, twice a week and 90 minutes per day. The training will be divided into four stages of 15, 30, 30, 15 minutes each, respectively. During the first stage patients will be submitted to expansion exercises and articulation mobilization; during the second stage, aerobic exercises will be performed in ergometric bicycle and treadmill; during the third stage muscle endurance exercises will be performed, in order to work big muscle groups for the upper members and abdomen, and during the last stage global expansion exercises will be performed. Kids will be evaluated in two different moments: one prior to the educational program and the other after the training period; the control groups will be evaluated in the same lapse of time. Results showed that the initial parameters of both groups were similar. The aerobic capacity of the trained group developed from 3.25mLO2/kg/min, and maximum load of 17 watts. In the same way, in the member endurance, a 0.25kg increase was verified for the upper members and of 14 watts for the lowers. Kids from the trained group presented an improvement in the BIE both in obstruction (11,6%) and in dyspnoea (-2,22). Still, this group presented a life gravidity score reduction (-64) higher than those got from the control group. Among the trained kids, 52% had a medication reduction, against 30% from the control group; this reduction has no statistic relevance. Hence, the conclusion is that the physical conditioning training incised in the physical improvement, in the BIE reduction, in the life quality without any expressive medicine reduction in the medication for kids having persistent moderate - severe asthma
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Efeitos de um programa de treinamento físico na capacidade física, broncoespasmo induzido pelo exercício e qualidade de vida de crianças com asma persistente moderada e grave / Effects of a physical training program on physical capacity, exercise-induced bronchoconstriction and quality of life of children with moderate and severe persistent asthma

Adriana Fanelli Galvani 30 August 2004 (has links)
A maioria das crianças asmáticas apresenta dispnéia ao realizar exercícios, fazendo com que elas evitem a prática esportiva e apresentem uma redução no condicionamento físico. Isto, por sua vez, restringe a sua independência física e emocional, podendo, assim, deteriorar a sua qualidade de vida. Em vista disto, o presente estudo tem por objetivo avaliar: a capacidade física, a broncoconstrição induzida pelo exercício, a qualidade de vida e a ingesta de medicamentos. Foram estudadas 38 crianças, de ambos os sexos, divididas em dois grupos: um composto de crianças com asma moderada/grave corticóide dependentes, submetidas a um programa de educação (grupo controle), e o outro constituído de crianças, de mesmas características, submetidas a um programa de educação e a um outro de treinamento físico (grupo treinado). O programa educacional para crianças e pais ou responsáveis teve duração total de quatro horas, distribuídas em duas sessões de duas horas cada. Antes do período educacional, elas foram clinicadas e medicadas por um pneumologista que adequou o tratamento medicamentoso até estabilizar o quadro clínico dos pacientes. Foram avaliados: a performance aeróbica avaliada pelo teste ergoespirométrico, o \"endurance\" muscular nos membros superiores e inferiores, o Broncoespasmo Induzido pelo Exercício (BIE), a qualidade de vida, a ingesta de medicação e prova de função pulmonar, além do desconforto respiratório. O treinamento físico teve a duração 16 semanas consecutivas, duas vezes por semana e 90 minutos por dia. O treinamento será dividido em quatro etapas de 15, 30, 30, 15 minutos cada respectivamente, sendo que, na primeira, os pacientes serão submetidos a exercícios de alongamento e mobilização articular, na segunda, serão realizados exercícios aeróbicos em bicicleta e esteira ergométrica e, na terceira, realizarão exercícios de \"endurance\" muscular, visando trabalhar grandes grupamentos musculares para membros superiores e abdomem, e na última exercícios de alongamento globais. As crianças foram avaliadas em dois momentos distintos: um anterior ao programa de educação e outro após o período de treinamento, sendo que as crianças do grupos controle foram avaliados nos mesmos intervalos de tempo. Os resultados mostraram que os parâmetros iniciais de ambos os grupos foram similares. Houve um incremento da capacidade aeróbica do grupo treinado de 3,25mLO2/kg/min e carga máxima de 17 watts. Da mesma forma, na avaliação do \"endurance\" dos membros superiores e inferiores, foi verificado um aumento de 0,25 Kg para o primeiro e 14 watts para o segundo. As crianças do grupo treinado apresentaram melhora na BIE tanto na obstrução (11,6%) quanto na dispnéia (-2,22). Esse grupo ainda apresentou uma redução do escore de gravidade de vida (-64%) superior àqueles obtidos no grupo controle. Das crianças treinadas, 52% tiveram uma redução na medicação contra 30% do grupo controle, redução esta sem relevância estatística. Nossos resultados sugerem que o treinamento físico deve ser considerado como modalidade terapêutica para o tratamento das crianças asmáticas com graus moderado e grave / Most of the asthmatic kids present dyspnoea while working out, what make them avoid the sports training and stop having physical conditioning. On its side, this reduces their physical and emotional independence, hence ruining their life quality. Thus, the present trial purpose is to evaluate the physical capacity, the bronchus-constrictor induced by exercises, the life quality and the drugs ingestion. Thirty eight children were studied, both sexes, divided into two groups: one made of kids having moderate/severe asthma, being corticoid dependents, submitted to an educative program (control-group), and the other made of kids presenting the same conditions, submitted to an educative program and to a physical training (trained group). The educational program for kids, parents or their representatives, had total four-hour duration, divided into 2 two-hour sessions each. Prior the educational period a pneumologist treated and medicated them and who adapted a medical treatment up to the stabilization of the patients\' clinical condition. The aerobic performance was evaluated by an ergoespirometric test, by the upper and lower member muscle endurance, the bronchusspasm induced by exercise (BIE), the life quality, the drugs ingestion and the pulmonary function trial, besides the respiratory discomfort. The physical training had 16 weeks consecutive duration, twice a week and 90 minutes per day. The training will be divided into four stages of 15, 30, 30, 15 minutes each, respectively. During the first stage patients will be submitted to expansion exercises and articulation mobilization; during the second stage, aerobic exercises will be performed in ergometric bicycle and treadmill; during the third stage muscle endurance exercises will be performed, in order to work big muscle groups for the upper members and abdomen, and during the last stage global expansion exercises will be performed. Kids will be evaluated in two different moments: one prior to the educational program and the other after the training period; the control groups will be evaluated in the same lapse of time. Results showed that the initial parameters of both groups were similar. The aerobic capacity of the trained group developed from 3.25mLO2/kg/min, and maximum load of 17 watts. In the same way, in the member endurance, a 0.25kg increase was verified for the upper members and of 14 watts for the lowers. Kids from the trained group presented an improvement in the BIE both in obstruction (11,6%) and in dyspnoea (-2,22). Still, this group presented a life gravidity score reduction (-64) higher than those got from the control group. Among the trained kids, 52% had a medication reduction, against 30% from the control group; this reduction has no statistic relevance. Hence, the conclusion is that the physical conditioning training incised in the physical improvement, in the BIE reduction, in the life quality without any expressive medicine reduction in the medication for kids having persistent moderate - severe asthma
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Prevalência dos sintomas de asma e alergia e avaliação dos mecanismos envolvidos no broncoespasmo induzido pelo exercício em corredores de longa distância / Prevalence of asthmatic and allergic symptoms and mechanism of exercise-induced bronchoconstriction in long distance runners

Renata Nakata Teixeira 07 May 2014 (has links)
A prevalência de sintomas de asma, broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE), hiperresponsividade brônquica (HRB) e alergia em atletas que praticam modalidades de alto rendimento e longa duração tem aumentado nas últimas décadas e tem sido estudada principalmente em atletas de inverno e nadadores. No entanto, a prevalência de sintomas de asma e alergia e os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE que ocorre em corredores de longa distância permanecem pouco conhecidos. Objetivos: O presente estudo tem como objetivo avaliar a prevalência de sintomas de asma e alergia em corredores de longa distância de elite e investigar os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE nos atletas sem histórico de asma. Casuística e Métodos: Este estudo foi realizado em duas fases: na Fase I, foi avaliada a prevalência de sintomas de asma e alergia em 201 corredores de longa distância, através da aplicação dos questionários ISAAC e AQUA©. Na Fase II, foram avaliados os mecanismos inflamatórios envolvidos no BIE de 40 corredores que não apresentaram sintomas de asma na Fase I e que foram selecionados aleatoriamente. Nesta fase, os atletas compareceram ao laboratório em três momentos, com intervalo máximo de duas semanas entre cada visita, e foram submetidos às seguintes avaliações 1º) escarro induzido e teste cardiopulmonar máximo, 2º) broncoprovocação por metacolina e, 3º) óxido nítrico no ar exalado (FeNO), metabólitos LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 e teste de hiperventilação eucápnica voluntária (HEV). Resultados: A prevalência de sintomas de asma e alergia foi de 6,5% e 60,5%, respectivamente. Ao analisar as questões do AQUA©, observou-se alta frequência de sintomas de BIE (62,3%) e rinite (56,6%). Os sintomas de alergia não foram associados a variáveis como gênero, idade, experiência em corridas de longa distância, volume de treinamento semanal e desempenho em provas de meia maratona e maratona. Verificou-se ainda que a prevalência de BIE foi de 27,5%. Quando comparados os atletas BIE+ e BIE- não foram observadas diferenças nos valores de VEF1 absoluto, nas medidas antropométricas, nas características de treinamento e também no desempenho. Os atletas BIE+ relataram mais sintomas de alergia (p=0,03), se mostraram mais responsivos à metacolina (p=0,01), apresentaram maior porcentagem de eosinófilos no escarro (p=0,03) e níveis mais elevados de FeNO (p < 0,001*) quando comparados aos atletas BIE-. Os níveis urinários de LTE4 e 9alfa, 11beta-PGF2 basais e após 60 minutos do teste de HEV foram similares entre os grupos BIE+ e BIE-, no entanto, ao comparar os níveis destes mediadores antes e após o teste de HEV, observou-se uma diminuição nos níveis de LTE4, apenas nos atletas BIE- (p=0,04). Conclusões: Corredores de longa distância apresentam elevada prevalência de sintomas de alergia e BIE e baixa prevalência de sintomas de asma. Além disto, os atletas BIE+ referem mais sintomas de alergia, são mais hiperresponsivos à metacolina, apresentam um padrão inflamatório eosinofílico e elevados níveis de FeNO embora sem diferenças nos níveis basais dos metabólitos do mastócito / An increased prevalence of asthma and allergic symptoms, exercise-induced bronchoconstriction (EIB) and bronchial hyperresponsiveness (BHR) has been observed in elite and endurance athletes, especially winter sports athletes and swimmers. However, the occurrence of allergy symptoms and the inflammatory mechanisms involved in the EIB that occurs in long distance runners remains poorly known. Objectives: the aims of the present study were to assess the prevalence of symptoms of asthma and allergy in long distance runners and to investigate possible inflammatory mediators involved in the EIB that occurs in those without asthma history. Methods: This cross sectional study was performed in two phases. In Phase I, the prevalence of symptoms of asthma and allergy was assessed in 201 long distance runners using ISAAC and AQUA© questionnaires. In Phase II, 40 athletes were randomly selected among those who did not present asthma history and they performed the following measurements: induced sputum, cardiopulmonary exercise testing, methacholine bronchoprovocation challenge, exhaled nitric oxide (FeNO), urinary collection to quantify LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 metabolites and eucapnic voluntary hyperventilation test (EVH). Results: The prevalence of asthma and allergy symptoms was 6.5% and 60.5%, respectively. In addition, we observed a high frequency of EIB symptoms (62.3%) and rhinitis (56.6%). Allergy symptoms were not associated with anthropometric characteristics, running experience, weekly training volume and best half-marathon and marathon performance. The prevalence of EIB was 27.5% and no difference in baseline lung function, anthropometric data as well as training and performance characteristics was observed between athletes with (EIB+) and without (EIB-) EIB. EIB+ athletes reported more allergy symptoms (p=0.03) and were more resposive to methacholine (p=0.01) than EIB- athletes. A higher percentage of eosinophils in the induced sputum (p=0.03) and levels of FeNO (p < 0.001*) were observed in EIB+ athletes. However, there was no difference in the urinary levels of LTE4 and 9alfa, 11beta-PGF2 either at baseline or after EVH test. Conclusions: Long distance runners have a high prevalence of allergy symptoms and EIB and a low prevalence of asthma symptoms. Moreover, EIB+ athletes report more symptoms of allergy and present airway hyperresponsiveness, eosinophilic inflammation and increased levels of exhaled nitric oxide, without difference in the baseline levels of mast cell metabolites

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