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Expressão de moesina e podoplanina no câncer de boca e sua relação com o processo de invasão tumoral / Expression of moesin and podoplanin in oral cancer and its relation to the process of tumor invasionFrancisco Barbara Abreu Barros 04 April 2014 (has links)
A proteína moesina, uma das proteínas do complexo ERM (ezrina, radixina e moesina), participa do processo de migração de células tumorais controlando a ligação entre o citoesqueleto de actina e os receptores transmembrana. As proteínas ERM vêm sendo investigadas como ligantes de outras glicoproteínas, como a podoplanina, cuja expressão é encontrada em células malignas de diversas neoplasias, incluindo o carcinoma espinocelular (CEC) de boca. O objetivo desse estudo foi avaliar as expressões imuno-histoquímicas da moesina e da podoplanina pelas células malignas no front de invasão de 84 pacientes com CEC de boca e suas associações com a evolução clínica e com o prognóstico dos pacientes. A associação entre a expressão imuno-histoquímica da moesina e da podoplanina pelas células malignas e as variáveis demográficas, clínicas e microscópicas foi avaliada pelo teste qui-quadrado ou teste exato de Fisher. As análises de sobrevida global e livre de doença em 5 e 10 anos foram calculadas pelo estimulador produto-limite de Kaplan-Meier e a comparação das curvas de sobrevida realizada pelo teste de log-rank. Os resultados mostraram que houve expressão da moesina pelas células malignas na região do front de invasão tumoral, entretanto, nenhuma associação estatisticamente significativa foi encontrada entre esta proteína e as características clínicas, demográficas e microscópicas. A expressão da podoplanina, pelas células malignas, foi significativamente associada à radioterapia (p=0,004), à invasão muscular (p=0,006) e ao comprometimento linfonodal (p=0,013). Não houve associação significativa entre a expressão das duas proteínas nos CECs de boca (p=0,460). A forte expressão da moesina pelas células malignas constituiu um fator de prognóstico desfavorável para os pacientes com CEC de boca e estadiamento clínico II e III. O comprometimento linfonodal histopatológico também se mostrou fator de prognóstico significativo para a recidiva da doença (p=0,018). Estes resultados sugerem que a expressão de moesina, pelas células malignas juntamente com o comprometimento linfonodal pode contribuir para determinar os pacientes com CEC de boca que apresentam um pior prognóstico. Além disso, verificamos que as proteínas moesina e podoplanina se expressam pelas células neoplásicas nos CEC de boca mas não parecem estar associadas no processo de invasão tumoral. / The moesin protein, one of the proteins of the ERM complex (ezrin, radixin and moesin) takes part in the migration of tumor cells process by controlling the relation between actin cytoskeleton and transmembrane receptors. The ERM proteins have been investigated as ligants of other glycoproteins, such as podoplanin, which are found in malignant cells of malignant, including oral squamous cell carcinoma (OSCC). The aim of this study was to evaluate the immunohistochemical expressions of moesin and podoplanin by malignant cells in the invasive front of 84 patients with oral squamous carcinoma and its association with clinical outcome and patients\' prognosis. Chi- square or Fisher\'s exact test was used to analyze the association between the moesin and podoplanin expressions by malignant cells and demographic, clinical and microscopic variables in oral squamous cell carcinoma patients. The 5 and 10 years survival rates were calculated by Kaplan-Meier method and the comparison of survival curves were performed using log-rank test. The results showed that there was moesin expression by malignant cells in the invasive front, however, no statistically significant association was found between this protein and demographic, clinical and microscopic features. The expression of podoplanin by malignant cells was significantly associated with radiotherapy (p=0.004), with muscular invasion (p=0.006) and lymph node involvement (p=0.013). There was no significant association between the expression of two proteins in OSCC (p=0.460). The strong expression of moesin by malignant cells was a factor of unfavorable prognosis for patients with OSCC and clinical stage II and III. The histopathological lymph node involvement was also significant prognostic factor for disease recurrence (p=0.018). These results suggest that the expression of moesin by malignant cells and lymph node involvement may help to determine patients with squamous cell carcinoma who have a poor prognosis. Furthermore, we found that moesin and podoplanin proteins are expressed by neoplastic cells in oral squamous cell carcinoma but not appear to be associated in the process of tumor invasion.
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Análise imuno-histoquímica do CXCR4 em carcinoma epidermoide de cavidade oral / Immunohistochemical analysis of CXCR4 in squamous cell carcinoma of the oral cavityLetícia Oliveira Tonin 26 April 2018 (has links)
O câncer de cavidade oral é uma das neoplasias mais comuns no Brasil e no mundo, porém seu prognóstico ainda é incerto principalmente devido ao diagnóstico tardio e presença de metástases. A análise de fatores relacionados ao prognóstico dessa doença é de suma importância e, o receptor de quimiocina denominado CXCR4, está sendo relacionado a um pior prognóstico devido a maior capacidade de invasão das células que o expressam, em diversas neoplasias. Apesar dessa relação estar demonstrada em vários tipos de cânceres, com relação ao de cavidade oral pouco se sabe até o momento. Assim, objetivo desse trabalho foi analisar a expressão imuno-histoquímica do receptor de quimiocina CXCR4 em carcinomas epidermóides de cavidade oral, e relacioná-la com variáveis clínicas e histológicas. Foram obtidos 94 blocos de carcinomas epidermóides oriundos de instituições parceiras para obtenção de cortes histológicos convencionais, corados com hematoxilina e eosina (HE), e cortes de TMA (tissue microarray). Foi realizado imuno-histoquímica para anticorpo anti-CXCR4 (ab124824, ABCAM, EUA) e análise da marcação em lâminas de TMA utilizando o software Image J (versão 1.49u). A intensidade de marcação imuno-histoquímica foi correlacionada com dados clínicos (TNM, tabagismo, etilismo e sobrevida) e histopatológicos (diferenciação histológica, infiltrado inflamatório e infiltração vascular, linfática e perineural) dos pacientes. Dos casos analisados 74,4% exibiram uma marcação fortemente positiva para o CXCR4, enquanto que o epitélio não tumoral mostrou uma marcação negativa ou fracamente positiva (71,1%; p=0,011). Tumores classificados como \"bem diferenciados\" apresentaram marcação fortemente positiva para a proteína estudada (53,3%; p=0,049). Não houve associação entre a marcação imuno-histoquímica do CXCR4 com sobrevida global em 5 anos (?2= 0.3, p=0.565). Os resultados sugerem que a alta expressão dessa proteína não influencia no prognóstico e na sobrevida desses pacientes. / Oral cancer is one of the most common neoplasia in Brazil and the world. Mainly due to a late diagnosis and presence of metastases its prognosis is still uncertain. Finding biological markers related to the prognosis of this disease is of paramount importance. The chemokine receptor CXCR4 is being related to a worse prognosis in several neoplasms because cells expressing it acquire a greater capacity of invasion. Although this relationship is demonstrated in several types of cancers, in the oral cavity it is uncertain. The aim of this study was to analyze by immunohistochemistry the CXCR4 chemokine receptor expression in oral squamous cell carcinomas, and related to clinical and histological variables. Conventional histological sections stained with hematoxylin and eosin (HE) were acquired from 94 blocks of oral squamous cell carcinoma for histological analysis. TMA (tissue microarray) was assembled from these blocks for anti-CXCR4 immunohistochemistry (ab124824, ABCAM, USA). Staining analysis was performed using Image J software (version 1.49u). The immunohistochemical signal intensity was correlated with clinical (TNM, smoking, alcoholism and survival) and histopathological parameters (histological differentiation, inflammatory infiltration, vascular, lymphatic and perineural infiltration). From the cases studied 74.4% showed a strong positivity for CXCR4, and the non-tumoral epithelium was negative or weakly positive (71.1%; p = 0.011). Tumors histologically well differentiated were strongly positive for the protein studied (53.3%; p = 0.049). There was no association between CXCR4 signal and global survival in 5 years (?2= 0.3, p=0.565). These results suggest that a high expression of CXCR4 it is not related to prognosis and survival of patients of patients with oral squamous cell carcinoma.
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ANÁLISE DA ALTERAÇÃO DO NÚMERO DE CÓPIAS DE GENES ENVOLVIDOS NA VIA DE SINALIZAÇÃO CELULAR EGFR/PI3K/AKT/PTEN EM CÂNCER PENIANO. / ANALYSIS OF THE AMENDMENT OF THE NUMBER OF COPIES OF GENES INVOLVED IN THE EGFR / PI3K / AKT / PTEN CELLULAR SIGNAL ROUTE IN PENIAN CANCER.BELFORT, Marta Regina de Castro 28 August 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-08-28 / FAPEMA,CNPQ. / Penile cancer (PeCa) is a rare neoplasm in developed countries; however, its incidence is high in underdeveloped countries. In Brazil, regions North and Northeast are those with the higher number of cases for the disease. Among the factors associated with this neoplasm we highlight: poor hygiene, phimosis, chronic inflammation and infection by human papilloma virus (HPV). Changes in the PI3K/AKT/PTEN cell signaling pathway have been reported for several malign neoplasms, but little is known about the involvement of this pathway in penile tumors. Thus, the aim of this study was to verify the role of HPV infection and the occurrence of copy number alterations (CNA) in genes from the signaling pathway mediated by receptors of growth factors and PI3K in a population characterized by advanced tumors and high frequency of high risk HPV. To achieve that, we collected tumor tissue samples (both fresh and in formalin-fixed paraffin-embedded tissue-FFPE) from 34 patients from two reference hospitals: Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo (IMOAB) and the Hospital Universitário Presidente Dutra from the Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). Fresh tumors were submitted to detection and genotyping of HPV by Nested PCR (Polymerase Chain Reaction) and direct sequencing. CNA analyzes were carried out in FFPE tissue from a subgroup HPV positive (91.2%), of which 88.2% were at high oncogenic risk. TaqMan® Copy Number Assays (Life TechnologiesTM) and CopyCaller software version v2.0 were performed to determine copy number for EGFR, HER3, HER4, AKT1, AKT2, PI3KCA and PTEN. Increase of 3 and 4 copies was considered gains, while increase of 5 or more copies was considered amplifications. The presence of a single gene copy was referred to as loss, while the absence of two copies was named deletion. Clinical and histopathological parameters were analyzed as to the presence of HPV and to CNAs. Our data showed that EGFR/PI3K/AKT/PTEN signaling pathway is highly altered in PeCa. The results showed that 100% of the tumors presented an increase of the number of copies for HER3; out of those, 93.9% were amplified, with 84.4% having 10 or more copies. EGFR also showed an increase of copies in 87.8% of tumor samples, out of which 65.6% were amplifications, with 48.2% having more than 10 copies. Furthermore, HER4 and AKT1 also presented an increase in the number of copies of 20.6% and 15%, respectively. AKT1 had a higher frequency of tumors with a regular number of copies (78.8%). On the other hand, PI3KCA, HER4, PTEN and AKT2 presented a higher frequency of samples with deletions, presenting 56%, 52.9%, 39% and 36%, respectively. Loss of copies was also frequent on tumors, so that genes AKT2, PTEN and PI3KCA appeared in heterozygosis in 60.6%, 54.5% and 37.5%, respectively. Our data show the occurrence of genetic alterations that may justify the differential expression of growth factor receptors and the downstream genes of the PI3K/ AKT pathway in penile carcinoma. However, in this study there was no association between CNAs and clinical and histopathological variables. On the other hand, taking into consideration the high frequency of HPV in the evaluated tumors, we suggest that CNAs are related to HPV integration into genome host. Finally, we highlight the high frequency of tumors with amplifications in HER3 and EGFR, reinforcing these markers as targets for specific therapies in CaPe. / Câncer de pênis (CaPe) é uma neoplasia rara em países desenvolvidos, entretanto, sua incidência é elevada em países subdesenvolvidos. No Brasil, as regiões Norte e Nordeste são as regiões com os maiores números de casos da doença. Dentre os fatores de risco, destaca-se a má higiene do órgão genital, fimose, inflamação crônica e infecção pelo papilomavírus-humano (HPV). Tem sido reportada alterações na via de sinalização celular PI3K/AKT/PTEN em diversas neoplasias malignas, entretanto, pouco se sabe sobre o envolvimento dessa via nos tumores de pênis. Assim, buscou-se neste trabalho verificar o papel da infecção por HPV e a ocorrência de alteração no número de cópias (CNAs) em genes da via de sinalização controlada por receptores dos fatores de crescimento e PI3K, em uma amostra caracterizada por tumor avançado e alta frequência de HPV de alto risco. Para isso, foram coletadas amostras de tecido tumoral (fresco e de tecido fixado com formalina e embebido em parafina - FFPE) de 34 pacientes provenientes de dois hospitais de referência, Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belo (IMOAB) e o Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA). As amostras de tumor fresco foram submetidas a detecção e genotipagem de HPV por Nested PCR (Polymerase Chain Reaction) e sequenciamento direto. As análises de CNAs foram realizadas em amostras de FFPE, HPV positivas (91,2%), das quais 88,2% eram de alto risco oncogênico. Utilizou-se o ensaio TaqMan® Copy Number Assays (Life TechnologiesTM) e o software CopyCaller versão 2.0 para determinação do número de cópias dos genes EGFR, HER3, HER4, AKT1, AKT2, PIK3CA e PTEN. Aumento de 3 e 4 cópias foi considerado ganho, enquanto aumento de 5 ou mais cópias foi considerado amplificação. A presença de uma única cópia gênica foi nomeada perda, enquanto a ausência de duas cópias foi nomeada deleção. Os parâmetros clínicos e histopatológicos foram analisados quanto a presença de HPV e também quanto a CNAs. A via de sinalização celular EGFR/PI3K/AKT/PTEN revelou-se altamente alterada nos tumores de pênis. Observou-se que 100% dos tumores apresentaram aumento de número de cópias do gene HER3. Destes, 93,9% apresentaram-se amplificados, sendo que 84,4% apresentavam 10 ou mais cópias. O gene EGFR apresentou aumento de cópias em 87,8% das amostras, das quais 65,6% eram amplificações, sendo que 48,2% apresentavam mais de 10 cópias. Além desses, os genes HER4 e AKT1 também apresentaram aumento de cópias gênicas, em 20,6% e 15%, respectivamente. AKT1 apresentou maior porcentagem de tumores com número normal de cópias (78,8%). Por outro lado, os genes PI3KCA, HER4, PTEN e AKT2 apresentaram maiores frequências de amostras com deleções, com 56%, 52,9%, 39% e 36%, respectivamente. As perdas também foram frequentes nos tumores, de modo que os genes AKT2, PTEN e PI3KCA apresentaram-se em heterozigose em 60,6%, 54,5% e 37,5%, respectivamente. Nossos dados mostram a ocorrência de alterações genéticas que podem justificar a expressão diferencial dos receptores de fatores de crescimento e de genes downstream da via PI3K/AKT em carcinoma peniano. No entanto, não foi encontrada associação entre CNAs e as variáveis clínicas e histopatológicas. Por outro lado, considerando-se a alta frequência de HPV nos tumores avaliados, levanta-se a possibilidade de haver uma relação entre a integração do HPV no genoma do hospedeiro e a ocorrência de CNAs em CaPe. Finalmente, destacamos a alta frequência de tumores com amplificações em HER3 e EGFR, abrindo a possibilidade desses marcadores serem utilizados como alvos para terapias específicas em CaPe.
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Níveis séricos de 25 hidroxivitamina D em pacientes com câncer de esôfago, em alcoolistas/tabagistas sob risco para carcinoma epidermóide do esôfago e em indivíduos saudáveis residentes no rio grande do sulBoneti, Rochele da Silva January 2013 (has links)
A vitamina D é um composto lipossolúvel de origem vegetal (vitamina D2 ou ergocalciferol) ou animal (vitamina D3 ou colecalciferol), responsável principalmente pela manutenção do equilíbrio no metabolismo ósseo, encontrada em alguns alimentos e suplementos alimentares, porém sua maior fonte é proveniente da síntese cutânea, a partir da exposição à radiação ultravioleta B (UVB) da luz solar. A vitamina D é absorvida no intestino delgado, mas é no fígado que ocorre sua metabolização tanto da vitamina ingerida ou daquela sintetizada pela pele, através da hidroxilação do carbono 25 pela enzima D325Hidroxilase (25-OHase), formando a 25-hidroxivitamina D (25HOVD) ou calcidiol. A 25HOVD é a forma mais abundante deste hormônio no organismo, e sofre uma nova hidroxilacão no rim que resulta na forma biologicamente ativa, a 1,25(OH)2D ou calcitriol. Esta por sua vez interfere de forma direta ou indireta no controle de mais de 200 genes envolvidos na regulação do ciclo celular, podendo determinar diminuição da proliferação de células normais ou neoplásicas. O status da vitamina D tem sido implicado como fator de risco no desenvolvimento de alguns tipos de câncer como o câncer de mama, câncer colo-retal, melanoma, câncer de ovário, câncer de próstata, e também com relação ao câncer de esôfago, porém os dados existentes são controversos. O Rio Grande do Sul apresenta as taxas mais elevadas de câncer esofágico no Brasil e os dados dos níveis de vitamina D em pacientes com câncer de esôfago e em indivíduos em risco para o carcinoma epidermóide do esôfago (CEE) são inexistentes. Desta forma os autores se propõem a descrever os níveis séricos da vitamina D em pacientes com carcinoma epidermóide do esôfago, em indivíduos em risco para câncer de esôfago (alcoolistas/tabagista), e em pessoas residentes no Rio Grande do Sul, presumidamente saudáveis, sem evidencias clínicas de doença. Foram incluídos 40 indivíduos com diagnóstico de CEE, virgens de tratamento, recrutados entre maio de 2012 e junho de 2013. O grupo com fatores de risco para CEE foi constituído por 53 pacientes alcoolistas/tabagistas com consumo diário de álcool superior a 40 g de etanol e 10 ou mais cigarros, por mais de 10 anos, que compunham um banco de dados montado em 2011 para o estudo de lesões precursoras do câncer esofágico e o terceiro grupo foi composto por 40 indivíduos sem fatores de risco (SFR), sem história prévia de doenças crônicas e sem evidencias clínicas de doença ativa, com idades entre 18 e 70 anos e IMC < 30, recrutados no banco de sangue do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Os dois últimos grupos tiveram sangue coletado na primavera para evitar a superestimação dos níveis séricos de vitamina D no verão e subestimá-los no inverno. Os critérios de exclusão foram: 1) Idade inferior a 18 anos, 2) não-voluntariedade 3) Doença renal crônica 4) IMC > 30 5) Hepatopatia crônica 6) Fibrose cística 7) Gestantes e nutrizes 8) Enteropatias disabsortivas. O status da vitamina D foi determinado pela mensuração sérica da 25(OH)D. A amostra global foi constituída de 133 pacientes que apresentaram 25(OH)D média igual a 24,03 ±8,9 ng/ml, classificada como insuficiente. O grupo com CEE (n=40) apresentou valores médios de 23 ± 9,0 ng/ml. O grupo FR (n=53) apresentou a média mais elevada dos três grupos (27,3 ±12 ng/ml) e os valores médios de 25(OH)D nos indivíduos saudáveis (n=40) foram os mais baixos (21,8 ±5,8 ng/ml). Em conclusão, os níveis séricos de Vitamina D, mensurados pela dosagem de 25(OH)D, apresentaram-se dentro de valores considerados insuficientes para toda a amostra. Dentro dos parâmetros de insuficiência, a média mais elevada foi encontrada no grupo com fatores de risco para CEE. Estudos adicionais são necessários para inferir se o status da Vitamina D determina risco para CEE. / Vitamin D is a fat-soluble compound of vegetable (vitamin D2 or ergocalciferol) or animal origin (vitamin D3 or cholecalciferol), responsible for bone metabolism balance. The vitamin D is found in some foods and dietary supplements, but its main source is the skin synthesis by ultraviolet B (UVB) radiation. Vitamin D from the diet or dermal synthesis is biologically inactive and requires enzymatic conversion to active metabolites. Vitamin D is converted to 25-hydroxyvitamin D (25HOVD) or calcidiol, the major circulating form of vitamin D, and then to 1,25-dihydroxyvitamin D, the active form of vitamin D, by enzymes in the liver and kidney. A new hydroxylation results in biologically active form of vitamin D, the 1,25( OH)2D or calcitriol. Calcitriol is involved in the control of more than 200 genes that regulate cellular differentiation, apoptosis and angiogenesis. Vitamin D deficiency is implicated as a risk factor in the development of some cancers such as breast cancer, colorectal cancer, melanoma, ovarian cancer, prostate cancer. Regarding esophageal cancer the existing data are controversial. There are evidences that inhabitants of Rio Grande do Sul (RS) have vitamin D deficiency and this state has the highest rates of esophageal cancer in Brazil. There are no data, from this area, relating vitamin D status in patients with esophageal cancer and in individuals at risk for squamous cell carcinoma of the esophagus (SCCE). In this sense, the authors propose to study the serum levels of vitamin D in SCCE, in individuals at risk for esophageal cancer (alcoholics/smokers), and in a group of healthy people. For the study were included 40 individuals with SCCE, with no treatment recruited between May 2012 and June 2013. The risk factors group comprised 53 alcoholics/smokers with daily consumption of more than 40g of ethanol and at least 10 cigarettes for over 10 years. They were part of a database assembled in 2011 for the study of precursor lesions of esophageal cancer. The third group consisted of 40 healthy blood donors, aged between 18 and 70 years, and Body Mass Index (BMI) < 30. We collected blood from the last two groups in the spring to avoid overestimation of serum vitamin D levels in summer and underestimate them in winter. Exclusion criteria were: 1) Age under 18 years; 2) non-voluntariness; 3) chronic kidney disease; 4 ) BMI > 30; 5 ) Cirrhosis; 6 ) Cystic Fibrosis; 7 ) Pregnancy and breastfeeding; 8) Malabsorption disease. Vitamina D status was measured by 25(OH)D in the serum. We studied 133 individuals. Overall, the mean of 25(OH)D was 24,03 ±8,9 ng/ml, classified as insufficient. SCCE group (n=40) presented intermediate mean (23 ± 9.0 ng / ml). The risk factor group (n=53) showed the highest mean (27.3 ± 12 ng/ml). The healthy subjects group (n=53) presented the lowest mean (21.8 ± 5.8 ng/ml). In conclusion, serum levels of vitamin D, measured by 25(OH)D were insufficient for all sample with the highest average in the group with risk factors for SCCE. Additional studies are necessary to explore the association between vitamin D status and SCCE risk.
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Expressão do receptor do peptídeo liberador de gastrina no carcinoma epidermóide de canal analMartins, Fabiola Fernandes January 2013 (has links)
O Peptídeo Liberador de Gastrina é um peptídeo neuroendócrino que tem importante atividade como fator de crescimento em diferentes tipos de cânceres. A expressão aumentada do GRP tem sido documentada em várias neoplasias, e estudos sobre uso terapêutico do bloqueio dos receptores do GRP (GRPR) têm apresentado resultados promissores. Nosso objetivo foi determinar a expressão do GRPR no carcinoma epidermóide de canal anal e discutir suas potenciais aplicações clínicas. Foi realizada análise imunoistoquímica em blocos de parafina com amostras tumorais de 35 pacientes com câncer anal. Como grupo controle não maligno, analisamos 24 amostras de tecidos anais (anatomopatológicos de hemorroidectomias). A expressão do GRPR foi avaliada utilizando uma abordagem semi-quantitativa de acordo com a intensidade e distribuição da coloração. Todos os tecidos analisados, com exceção de uma amostra controle, apresentaram imunoexpressão positiva do GRPR. O GRPR teve forte expressão em 54% das amostras tumorais e em somente 12% das amostras do grupo controle (P < 0.003). Nos tumores, o receptor demonstrou um padrão de distribuição difuso e homogêneo Em contraste, as amostras do grupo controle apresentaram um padrão de coloração focal restrito à metade mais profunda da camada basal do epitélio. Em conclusão, demonstramos que o GRPR é altamente expresso no carcinoma epidermóide do canal anal, o que sugere que este receptor possa desempenhar um papel na carcinogênese anal. Nossos resultados fornecem uma base para a exploração do receptor de gastrina como um alvo diagnóstico e terapêutico no carcinoma anal.
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Determinação do índice de proliferação celular em carcinomas epidermóides de esôfago e áreas adjacentes com MIB-1 e 7B11Kliemann, Lucia Maria January 1998 (has links)
Resumo não disponível
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Avaliação da expressão de citoqueratinas na citologia esfoliativa da mucosa bucal de pacientes fumantes /Almeida, Janete Dias. January 2008 (has links)
Banca: Jacks Jorge Junior / Banca: Luiz Antonio Guimarães Cabral / Banca: Ana Sueli Rodrigues Cavalcante / Banca: Elismauro Francisco de Mendonça / Banca: Dante Antonio Migliari / Resumo: O presente trabalho avaliou a expressão das citoqueratinas CK6, CK16, CK19 e pan-citoqueratina em células da mucosa bucal de pacientes fumantes, comparando com células de pacientes não - fumantes, para verificação do estágio de diferenciação celular e inferir conseqüentemente a atividade proliferativa e expressões indicativas de potencial de diferenciação maligna. Foram triados trinta e dois pacientes fumantes e vinte não fumantes, que freqüenta as clínicas da FOSJC-UNESP. Esfregaços da borda lateral esquerda da língua dos pacientes foram realizados utilizando-se o cytobrush e as lâminas obtidas foram processadas pela técnica de imunoistoquímica para os referidos anticorpos. Uma análise qualitativa e quantitativa foi realizada através da microscopia comum e a análise estatística utilizou o Teste Z, teste Exato de Fisher e método de comparação de duas proporções "intervalo mais quatro". Foi verificada superioridade de expressão da CK6 (p=0,002), CKI6 (p=0,003), CKI9 (p=0,0001) e PAN (p=0,008), nos esfregaços avaliados da mucosa bucal de pacientes fumantes comparado aos não fumantes. Conclui-se que existe um aumento da proliferação epitelial na mucosa bucal de pacientes fumantes indicada pelo aumento da expressão das CK6 e 16, e que estas células estão sofrendo alterações na maturação epitelial / Abstract: The present study compared the expression of cytokeratins CK6, CK16 and CK19 and pan-cytokeratin (PAN) in oral mucosa cells between smokers and nonsmokers in order to determine the stage of cell differentiation and to consequently infer proliferative activity and expressions indicative of a potential for malignant differentiation. Thirty smokers and 30 non-smokers seen at the clinics of FOSJC-UNESP were screened. Smears were obtained from the left lateral border of the tongue with a cytobrush and slides were processed for immunohistochemistry using the antibodies reported Conventional microscopy was used for qualitative analysis. The results were analyzed statistically by the Z test, Fisher's exact test and comparison of two proportions (plus-4 confidence interval method). The expression of CK6 (p=0.002), CK16 (p=0.003), CK19 (p=0.0001) and PAN (p=0.008) was higher in oral mucosa smears from smokers compared to non- smokers. ln conclusion, increased epithelial proliferation is observed in the oral mucosa of smokers as demonstrated by the increased expression of CK6 and CKJ6, and these cells present alterations in epithelial maturation
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Fatores prognósticos e análise de sobrevida de pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular nos 10 primeiros anos do Centro de Oncologia Bucal da Unesp, Campus de Araçatuba /Sundefeld, Maria Lucia Marçal Mazza. January 2007 (has links)
Resumo: Objetivo: Estimar as probabilidades acumuladas de sobrevida dos pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular nos 10 primeiros anos do Centro de Oncologia Bucal da UNESP, Campus de Araçatuba, de 1991 a 2000, observadas até 2005, estabelecendo os possíveis fatores prognósticos significativos para o óbito. Méttodo: A análise de sobrevida foi realizada em uma coorte de 280 pacientes com carcinoma espinocelular, no Centro de Oncologia Bucal da Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, entre 1991 e 2000. Para avaliar a associação entre as variáveis independentes e o óbito, realizou-se o teste Log Rank. A probabilidade do teste com p-valor menor que 0,25 ficou estabelecida para a inclusão das covariáveis no processo de ajustamento do modelo. A sobrevida foi estimada pelo método de produto limite de Kaplan-Meier. Os fatores prognósticos foram estimados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox, calculando-se razão da função de risco (HR). A análise de resíduo foi realizada para verificar o ajuste do modelo. Resultados: As taxas de probabilidades acumuladas de sobrevida de 280 pacientes, para os casos em estádio IV, foram, 56,74%, 32,13%, 23,71% e 20,57%, respectivamente, até 1, 2, 3 e 5 anos após o diagnóstico. Pacientes no estádio I apresentaram sobrevida em 5 anos de 81,73%. O estadiamento clínico da doença no diagnóstico foi o único fator prognóstico definido no processo de ajuste de modelo. A estimativa da razão da função de riscos de morrer em pacientes diagnosticados no estádio III (HR=3,3), é praticamente três vezes o risco daqueles em estádio I; da mesma forma, o risco de morrer dos diagnosticados em estádio IV (HR=6,17) é cerca de seis vezes ao daqueles em estádio I. Conclusões: A covariável que permaneceu no modelo final foi estadiamento clínico no momento do diagnóstico, sendo, pois, o único fator prognóstico. / Abstract: Click access electronic below.
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Angioarquitetura de carcinoma de células escamosas, quimicamente induzido em bolsa jugal de hamster: análise em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura de réplicas vascularesOliveira, Laura Beatriz Oliveira de January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / O câncer da cavidade bucal e o câncer orofaríngeo representam o 6º tipo mais comum de câncer no mundo, sendo que 90% desses tumores bucais são do tipo carcinoma de células escamosas. Para que ocorra o estabelecimento, a expansão e a metastatização de neoplasias é fundamental que tumores estimulem a produção de sua própria rede vascular, processo conhecido como angiogênese tumoral. Assim, o resultado é uma nova rede de vasos adequada ao crescimento e a viabilização de metástases. Os vasos do tumor são considerados como imaturos e diferem dos vasos normais, apresentando formas tortuosas, irregulares, revestidos por células endoteliais amplamente fenestradas e muitas vezes com ausência de membrana basal. Os objetivos deste trabalho foram: definir um protocolo para estudo da angioarquitetura em réplicas vasculares de tumores quimicamente induzidos na bolsa jugal de hamster sírio dourado Mesocricetus auratus, descrever a histologia do órgão normal por microscopia de luz (ML) e a angioarquitetura por microscopia eletrônica de varredura (MEV), analisar qualitativamente a rede vascular neoformada em bolsas jugais de hamster sírios após indução química de tumor em três tempos diferentes. 24 hamsters sírios machos e com cinco semanas de vida, divididos em três grupos de oito animais cada, tiveram suas bolsas jugais direitas tratadas três vezes por semana com dimetilbenzantraceno (DMBA) e duas vezes por semana com peróxido de carbamida por 55, 70 e 90 dias, respectivamente cada grupo. A bolsa esquerda foi isenta de tratamento e considerada como controle. Posteriormente à indução do tumor, cinco animais de cada grupo tiveram suas redes vasculares moldadas pela resina Mercox® e analisadas em microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os três animais restantes de cada grupo tiveram suas bolsas preparadas para análise em microscopia de luz (ML).Após 55 dias de indução tumoral, todos os espécimes analisados por ML já apresentavam carcinoma de células escamosas na bolsa jugal tratada e este resultado se consolidou aos 70 e 90 dias de tratamento. O menor tempo necessário para a indução tumoral comparado a estudos anteriores e o sucesso na produção do tumor em todos os animais submetidos ao tratamento foi correlacionado a ação do peróxido de carbamida e ao enriquecimento ambiental empregado durante o experimento. Foi possível concluir que o protocolo desenvolvido pode ser útil à análise da angioarquitetura dos tumores em bolsas jugais de hamster sírio. A técnica de MEV possibilitou diferenciar vasos arteriais de venosos, como também replicar estruturas como esfíncteres, bifurcações, anastomoses e sugestionar a presença de sproutings. No estudo da bolsa jugal normal com ML foram evidenciadas três túnicas: a túnica mucosa, a túnica muscular e a túnica adventícia. Quando analisadas por MEV, as replicas vasculares das bolsas controle apresentavam sua rede vascular composta por vasos paralelos ao seu maior eixo, conforme a fisiologia do órgão. Nas bolsas submetidas à indução tumoral observou-se a formação de uma nova rede vascular, com a presença de vasos tortuosos e paralelos. Durante a progressão do tumor houve perda do paralelismo vascular e um aumento do calibre dos vasos. Estururas [sic] de angiogênese também foram observadas.
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Imunoexpressão de CLIC4 e α-SMA em carcinoma de células escamosas oral e carcinoma verrucoso oralXerez, Mariana Carvalho 26 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-26 / Dentre as neoplasias malignas que acometem a cavidade oral destacam-se o carcinoma de
células escamosas oral (CCEO), por ser o mais frequente e apresentar altas taxas de morbidade
e mortalidade, e o carcinoma verrucoso oral (CVO) que exibe um comportamento distinto,
tratando-se de uma variante de baixo grau do carcinoma de células escamosas oral. O
desenvolvimento e a progressão destas neoplasias malignas estão relacionados ao desequilíbrio
na regulação da divisão e morte celular, associado ao microambiente tumoral. A proteína CLIC4
está relacionada à regulação do ciclo celular, sendo supraregulada em resposta a apoptose e
também participando do processo de transdiferenciação dos fibroblastos em fibroblastos
associados ao câncer (FAC), que passam a expressar α-SMA. Os FACs são os principais
componentes celulares do microambiente tumoral, tendo sido relacionados com a agressividade
e o prognóstico de diversos tumores. O objetivo deste estudo foi avaliar comparativamente a
imunoexpressão das proteínas CLIC4 e α-SMA em carcinomas orais. A amostra consistiu em
20 casos de CCEO, 15 casos de CVO e 5 casos de MO. A partir dos prontuários, foram coletados
dados clínicos referentes à idade, gênero e localização da lesão. Foi realizada uma análise
morfológica em HE e semiquantitativa da expressão imuno-histoquímica das proteínas CLIC4
e α-SMA em amostras de material parafinado das lesões. Para verificar associações foram
utilizados os testes do Qui-quadrado de Pearson e Exato de Fisher, assumindo uma significância
de 5%. Para buscar correlação foi utilizado o teste de Spearman. Resultados: Dentre os CCEO
a maioria ocorreu em pacientes do sexo masculino (n=11/55,0%), com idade media de 66,95
anos e a localização anatômica mais acometida foi língua (n=9/45,0%). Para o CVO o sexo com
maior frequência foi o feminino (n=9/60,0%), a idade media foi de 61,71 anos, e a localização
mais acometida foi o rebordo alveolar (n=4/26,7%) e a mucosa labial (n=4/26,7%). Para a
análise da expressão de CLIC4 foi considerada sua localização celular. Comparando as lesões
para a marcação de CLIC4 no núcleo, citoplasma e núcleo/citoplasma das células epiteliais
tumorais não foi observada diferença significativa. Quando comparada a expressão de CLIC4
no estroma dos CCEO e CVO foi observada diferença significativa (p<0,0001). A análise da
imunomarcação de α-SMA nas células mesenquimais dos CCEO e CVO revelou um aumento
da expressão desta proteína no estroma tumoral de ambos os tumores, não sendo observada
diferença significativa entre as lesões. Quando comparada a imuno-expressão de αSMA e
CLIC4 no estroma dos CCEO e CVO foi observada correlação positiva, mas não significativa
no CCEO (r: 0,350 e p: 0,130). Já no CVO foi observada uma correlação positiva e significativa
entre as proteínas CLIC4 e α-SMA (r: 0,612 e p: 0,015). Em conclusão, os resultados do
presente estudo sugerem que a diminuição ou ausência da marcação nuclear da proteína CLIC4,
associada ao aumento de expressão desta proteína no estroma tumoral parece contribuir para o
processo de carcinogênese e progressão do CCEO e CVO e pode ter influência na expressão de
α-SMA. / Among the malignant neoplasias affecting the oral cavity, oral squamous cell carcinoma
(OSCC) is the most frequent presenting high rates of morbidity and mortality, and oral
verrucous carcinoma (OVC), which exhibits a behavior distinct from a low grade variant of oral
squamous cell carcinoma. The development and progression of these malignant neoplasms are
related to the imbalance in the regulation of cell division and death associated to the tumor
microenvironment. CLIC4 protein is related to the regulation of the cell cycle, being
supraregulated in response to apoptosis and also participating in the process of
transdifferentiation of fibroblasts in cancer-associated fibroblasts (CAF), which now express αSMA.
CAFs are the main cellular components of the tumor microenvironment, having been
related to the aggressiveness and prognosis of several tumors. The aim of this study was to
evaluate the immunoexpression of CLIC4 and α-SMA proteins in oral carcinomas. The sample
consisted of 20 cases of OSCC, 15 cases of OVC and 5 cases of OM. From the medical records,
clinical data regarding the age, gender and location of the lesion were collected. A
morphological analysis was performed on HE and semiquantitative immunohistochemical
expression of the CLIC4 and α-SMA proteins in samples of paraffin-shaped lesion material.
Pearson's Chi-square test and Fisher's exact test were used to verify associations. The Spearman
test was used to search for correlation. Significance was set at of 5%. Results: Among the
OSCC, the majority occurred in male patients (n = 11; 55.0%), with a mean age of
66.95 years and the most affected anatomic location was tongue (n = 9; 45.0%). The OVC was
the female sex (n = 9; 60.0%), the mean age was 61.71 years, and the alveolar ridge was the
most affected (n = 4; 26.7%) and lip mucosa (n = 4; 26.7%). For the analysis of CLIC4
expression, its cellular location was considered. Comparing the lesions for CLIC4 labeling in
the nucleus, cytoplasm and nucleus /cytoplasm of tumor epithelial cells, no significant
difference was observed. When comparing CLIC4 expression in the OSCC and OVC stroma, a
significant difference was observed (p <0.0001). The analysis of α-SMA immunostaining in
mesenchymal cells of OSCC and OVC revealed an increase in the expression of this protein in
the tumor stroma of both tumors, and no significant difference was observed between the
lesions. When comparing the immunoexpression of αSMA and CLIC4 in the stroma of OSCC
and OVC, a positive correlation was observed but not significant in OSCC (r: 0.350 and p:
0.130). In the OVC, a positive and significant correlation was observed between the CLIC4 and
α-SMA proteins (r: 0.612 and p: 0.015). In conclusion, the results of the present study suggest
that the decrease or absence of CLIC4 protein nuclear marking associated with increased
expression of this protein in the tumor stroma seems to contribute to the process of
carcinogenesis and progression of CCEO and CVO and may have an influence on expression
of α-SMA.
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