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Cidade e direitos humanos : o comum como exercício ético da vida urbana

Reis, Carolina dos January 2017 (has links)
Esse estudo parte da problemática da moradia no Brasil para pensar o modo como temos construídos as políticas de gestão do espaço urbano. Desde 2009 acompanhamos o aumento das práticas de remoção, impulsionadas pela demanda de organização do país para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Esse cenário agrava-se pelo fato de que, de maneira geral, as famílias removidas são oriundas das comunidades mais pauperizadas, habitantes informais de um modelo de cidade que os exclui da possibilidade de acesso a moradia legal. Tomamos como campo de pesquisa a remoção de 1500 famílias para ampliação da Avenida Tronco na cidade de Porto Alegre. Nesse contexto proliferam-se denúncias, promovidas por coletivos de militância, de violações de direitos humanos por parte dos gestores na execução das obras. No entanto, essa gramática dos direitos vai ser igualmente utilizada pela Prefeitura Municipal como forma de justificar e legitimar a demanda de retirada dos moradores dos locais das obras. Desta forma, os direitos se constituem como uma ferramenta privilegiada por meio da qual tanto os gestores, quanto os militantes buscam engajar os moradores atingidos pelas obras, bem como dos demais habitantes da cidade em determinados modos de compreender e se relacionar com ela, com a moradia, com a remoção, com os movimentos contestatórios e entre nós. Nesse sentido, inspirados na concepção foucaultiana de dispositivos, buscamos nos colocar sobre as linhas de visibilidade e dizibilidade produzidas pelos discursos dos direitos humanos em meio à essas disputas, para compreender como esses discursos incidem sobre os modos como habitamos as cidades e nos colocamos frente aos modos de gestão do território e da vida urbana. Assim, tomamos como material de análise documentos produzidos pela Prefeitura Municipal e pelos movimentos sociais, tais como vídeos de audiências públicas, relatórios técnicos, atas das reuniões nas comunidades atingidas e dossiês de denúncias de violações de direitos. Além disso, no intuito de nos aproximarmos de outras formas de compreender e habitar as cidades, que extrapolam aqueles propostos pelas linhas de visibilidade dos grandes enunciados dos direitos humanos, realizamos entrevistas com as famílias que estão sendo removidas, lideranças comunitárias, funcionários da prefeitura municipal e vereadores envolvidos no reassentamento. Essas análises evidenciam a forma como a urbanização da cidade e, nesse contexto, mais especificamente da Avenida Tronco, opera no disciplinamento das ruas e dos corpos, trazendo estes para as zonas de luminosidade e legalidade da cidade. Os direitos serão a ferramenta de disputa, de inclusão, exclusão e de controle do trânsito entre essas zonas. As práticas de remoção vão se constituir como formas de promoção de uma inclusão condicionada e fragmentária. São práticas que não irão se colocar no enfrentamento das desigualdades de acesso à moradia e à cidade, mas que servem para a gestão da pobreza, para sua submissão à lógica Estatal e para o azeitamento logicado sistema capitalista de produção das cidades e dos modos como vivemos nelas. O medo, a insegurança, a precariedade das condições de vida serão elementos fundamentais para a aceitabilidade das ações Estatais por parte dos citadinos. O discurso do acesso a direitos contribui para o engajamento da população nessa relação de aceitabilidade, pois são a promessa, ainda que por vezes falaciosa, da possibilidade de acesso à uma vida mais segura. Entretanto, eles são também veículo de manutenção de relações de dominação e de desigualdade nas cidades. Por outro lado, vemos a proliferação de formas de viver que escapam à essas tentativas de normatização, não necessariamente em uma atitude de oposição a elas, mas antes de indiferença e displicência, por operarem a partir de outros agenciamentos do desejo. Nesse sentido trazemos o conceito de comum, articulado à discussão sobre o direito à cidade, como possibilidade de construção de uma nova gramática de proposição ética de modos gestão do território e da vida urbana, que extrapola a lógica individualista presente em meio as Declarações de direito e investe em um agenciamento das singularidades e diferenças nas cidades. / This study draws upon the problematic of housing in Brazil to think the way policies of urban space management are constructed. Since 2009 we have been following the increase in practices of displacement, driven by the demand of Brazilian’s organization for the 2014 Football World Cup. This scenario is worsened by the fact that, in general, the families removed come from impoverished communities, informal inhabitants of a model of city that excludes them from the possibility of access to legal housing. Hence this thesis takes as a field of research the displacement of 1500 families for the expansion of Avenida Tronco in the city of Porto Alegre. In this context, militancy collective groups proliferate a series of indictments regarding human rights violations perpetrated by executive managers of the construction works. However, this grammar of human rights is equally used by Porto Alegre’s City Hall as a way of justifying and legitimizing the removal of local residents within construction sites. In this sense, human rights constitute a privileged tool through which both groups – managers and militants – try to obtain the engagement of residents towards a certain way of understanding and relating to the city and its problematic: housing matters, displacement practices, protest movements and even how to relate amongst ourselves. This process affects not only those harassed by the construction sites, as every other inhabitant of the city. Inspired by foucauldian concept of apparatus, we place ourselves on the lines of visibility and utterance produced by human rights discourses in the midst of these disputes. We do it so in order to understand how these discourses produce ways of inhabit cities, we put ourselves ahead of territory and urban life management mechanisms. As analytical material, it is taken documents produced by both Municipal Government and social movements, such as videos of public hearings, technical reports, minutes of meetings from affected communities and files of human rights violations formal complaints. In addition, in order to get closer to other ways of understanding and inhabiting cities, which extrapolate those proposed by lines of visibility of human rights leading narratives, we conducted interviews with families who were being removed, community leaders, municipal officials and councilmen involved in the resettlement. These analyses show how urbanization of a city and, in this context, more specifically of Avenida Tronco, operates in the disciplining of streets and bodies, bringing them to the areas of luminosity and legality of a city. Human rights are the tool of dispute, inclusion, exclusion and traffic control between these zones. Displacement practices constitute a way of promoting fragmented and conditioned inclusion. These are practices unwilling to serve as a confrontation line towards inequalities, specially those regarding equal access to housing and to the city. Displacement practices serve, therefore, to the management of poverty, its submission towards State logic and to the logical ease of the capitalist system of production of cities and the ways we live in them. Fear, insecurity, and the precariousness of living conditions will be fundamental elements for the acceptability of State actions by city dwellers. The discourse of access to rights contributes to the engagement of the population in this relation of acceptability, since they are the promise, albeit sometimes fallacious, of the possibility of access to a safer life. On the one hand, they are also a vehicle for maintaining relations of domination and inequality in cities. On the other, however, we see the proliferation of forms of living that escape these attempts of normalization, not necessarily in an attitude of opposition to them, but rather of indifference and disgruntlement, since they operate through other agencies of desire. Irrevocably, we bring the concept of common, articulated to the discussion about the right to the city, as a possibility for constructing a new grammar of ethical proposition of territorial and urban life management means, which extrapolates the individualistic logic existent in declarations of rights documents and invests in an agency of singularities and differences in the cities. / Este estudio parte de la problemática de la vivienda en Brasil para pensar los modos como hemos construido las políticas de gestión del espacio urbano. Desde 2009 hemos acompañado el aumento de las prácticas de remoción, estimuladas por la demanda de organización del país para el Mundial de Fútbol de 2014. Ese escenario agravase por el hecho de que, de manera general, las familias removidas son oriundas de comunidades más empobrecidas, residentes informales de un modelo de ciudad que los excluye de la posibilidad de acceso a la vivienda formal. Hemos tomado como campo de pesquisa la remoción de 1500 familias para la ampliación de la Avenida Tronco en la ciudad de Porto Alegre. En ese contexto se proliferan denuncias, promovidas por colectivos de militancia, de violaciones de derechos humanos por parte de los gestores en la ejecución de las obras. Sin embargo, esa gramática de los derechos es igualmente utilizada por la Intendencia Municipal a fines de justificar y legitimar la demanda de retirada de los residentes de estas regiones. De esta forma, los derechos se constituyen como una herramienta privilegiada por la cual tanto los gestores cuanto los militantes buscan engranar los moradores atingidos por las obras, así como los demás residentes de la ciudad en determinados modos de comprender y relacionarse con ella, con la vivienda, con la remoción, con los movimientos de protestas y entre nosotros. En ese sentido, inspirados por la concepción foucaultiana de dispositivos, buscamos colocarnos sobre las líneas de visibilidad y decibilidad producidas por los discursos de los derechos humanos en medio a esas disputas, para comprender como esos discursos inciden sobre los modos como habitamos las ciudades y nos colocamos frente a los modos de gestión del territorio y de la vida urbana. Así hemos tomado como material de análisis documentos producidos por la Intendencia Municipal y por los movimientos sociales, como videos de audiciones públicas, informes técnicos, atas de reuniones en las comunidades que serán reubicadas y expedientes de denuncias de violaciones de derechos. Además, con el intento de aproximación de otras formas de comprender y habitar las ciudades, que extrapolan aquellos propuestos por las líneas de visibilidad de los grandes enunciados de los derechos humanos, hemos realizado entrevistas con las familias que están siendo removidas, líderes comunitarios, funcionarios de la Intendencia Municipal y concejales involucrados en la reubicación. Esos análisis evidencian la forma como la urbanización de la ciudad y, en ese contexto, más específicamente de la Avenida Tronco, opera en el disciplinamiento de las calles y de los cuerpos, trayendo estos para las zonas de luminosidad y legalidad de la ciudad. Los derechos son herramientas de disputa, inclusión, exclusión y control de la circulación entre estas zonas. Las prácticas de remoción se constituyen como formas de promoción de una inclusión condicionada y fragmentaria. Son prácticas que no se colocan en el enfrentamiento de las desigualdades de acceso a la vivienda y a la ciudad, pero que sirven para la gestión de la pobreza, para la sumisión frente a la lógica estatal y para la manutención del sistema capitalista de producción de ciudades y de los modos de vivir en ellas. El miedo, la inseguridad, la precariedad de las condiciones de vida van a ser elementos fundamentales para la aceptabilidad de las acciones estatales por parte de los citadinos. El discurso de acceso a los derechos contribuye para el compromiso de la población en esa relación de aceptabilidad, pues es la promesa, aunque por veces equivocada, de la posibilidad de acceso a una vida más segura. No obstante, ellos son también vehículo de manutención de relaciones de dominación y de desigualdad en las ciudades. Por otro lado, hemos visto la proliferación de formas de vivir que escapan a esas tentativas de normalización, no necesariamente en una actitud de oposición a ellas, pero antes de indiferencia y displicencia, por operaren a partir de otras agencias del deseo. En ese sentido, traemos el concepto del común, articulado a la discusión sobre el derecho a la ciudad, como posibilidad de construcción de una nueva gramática de proposición ética de modos de gestión del territorio y de la vida urbana, que extrapola la lógica individualista presente en medio a las Declaraciones de derecho y invierte en una agencia de las singularidades y diferencias en las ciudades.
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Estudos cênicos híbrídos e o corpo em [des]territorialização no processo de urbanização

Ildefonso, Élder Sereni [UNESP] 18 April 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-11-10T11:09:39Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012-04-18Bitstream added on 2014-11-10T11:58:07Z : No. of bitstreams: 1 000691183.pdf: 6801355 bytes, checksum: 90ebc01f062fc2294986539dbb0e6ed3 (MD5) / Universidade Estadual Paulista (UNESP) / A pesquisa articula artes ligadas ao movimento que se originam da hibridez de linguagem com uma discussão sobre o pensamento e produção do espaço urbano. Para tanto, faz uma análise do centro da cidade de São Paulo, particularmente do Pateo do Collegio, local em que aconteceram algumas das edições do Festival Internacional de Dança em Paisagens Urbanas - Visões Urbanas, que integra a Rede Ciudades que Danzan criada e organizada pela Associació Marató de l`Espectacle (Barcelona). Seguem neste contexto, três condutores da discussão: a paisagem, o corpo e o espaço, respectivamente por meio do ...Avoa! núcleo artístico (São Paulo), Cia. Ltda. (Maceió) e Cia. La Casa (Montevidéu), cias que se apresentaram no Visões Urbanas. Deste modo, visa discutir elementos constituintes da realização da arte no espaço urbano e possíveis modificações ocasionadas por suas ações. / La investigación articula creaciones artísticas relacionadas al movimiento que se originan del hibridismo del lenguaje con una discusión sobre el pensamiento y la producción del espacio urbano. Por lo tanto, analiza el centro de la ciudad de São Paulo, sobretodo el Pateo do Collegio, donde se sucedieron algunas ediciones del Festival Internacional de Danza en Paisajes Urbanos –Visões Urbanas, que integra la red Ciudades que Danzan creada y organizada por la Associación Marató de l`Espectacle ( Barcelona). Siguen este contexto, tres conductores de la discusión: el paisaje, el cuerpo y el espacio, respectivamente a partir del ...Avoa! núcleo artístico(São Paulo), Cia. Ltda. (Maceió) y Cia. La Casa (Montevidéu), que se presentaran en el Visões Urbanas. De este modo, tiene como objetivo discutir los componentes de la realización del arte en espacio urbano y las posibles modificaciones causadas por sus acciones.
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\"LudiCidade: episódios urbanos do brincar\" / LudiCiudad: episodios urbanos del juego

Bianca Maria Habib Silva 29 March 2016 (has links)
A pesquisa procura estudar as relações entre o brincar e a cidade através da observação de situações cotidianas de pessoas brincando no espaço público. Para tentar compreender como o brincar se desenvolve na cidade, estabelece-­se uma estratégia metodológica baseada na leitura de episódios urbanos, que permitam mapear e delinear questões relacionadas ao uso do espaço público. Acionando uma discussão teórica sobre o jogo, define-­se o recorte do brincar referindo-­se às formas mais livres e despretensiosas das vivências lúdicas. Para tanto, faz-­se necessária a distinção de dois polos antagônicos, o impulsopaidiá e a regra ludus, que são identificados através deste mesmo referencial. Também se estabelece um diálogo com as discussões sobre o espaço público, o desenho e os usos da cidade. O trabalho de campo, desenvolvido em São Carlos, propõe o registro de situações encontradas, a partir das quais se desenrolará a interpretação desses episódios, com base no referencial teórico. Essa perspectiva de leitura, sobre as práticas sociais espacializadas, permite explorar aspectos da complexidade urbana que não são visíveis de ângulos panorâmicos, ao mesmo tempo em que possibilitam construir um contraponto às perspectivas lançadas pelos estudos dos processos hegemônicos. Assim, o brincar pode ser compreendido como uma manifestação que se origina no impulso ainda pouco condicionado e, portanto, induz à reflexão sobre a essência humana para além do sistema e da cidade. / La investigación busca estudiarlas relaciones entre juego y la ciudad por medio de la observación de situaciones urbanas cotidianas de personas jugando en el espacio público. Para intentar comprender como el juego se desarrolla en la ciudad, se establece una estrategia metodológica que se basa en la lectura de episodios urbanos, que permitan mapear y delinear cuestiones acerca del uso del espacio público. Accionando las teorías sobre el juego, se recorta el objeto en las formas de juego más libres y desinteresadas. Para esto, es necesario separar sus polos antagónicos: el impulso - paidiá -­ y a regla ludus , que se identifican por medio del mismo referencial teórico. También se establece un diálogo con las discusiones sobre el espacio público, el diseño y los usos de la ciudad. El trabajo de campo, desarrollado en São Carlos (Brasil), propón registrar situaciones encontradas, a partir das la cuales se desarrollará la interpretación de estos episodios, con base en el referencial teórico. Esa perspectivade lectura, sobre las prácticas sociales espacializadas, permite explorar aspectos de la complexidad urbana que no son visibles de ángulos panorámicos, a la vez que posibilitan construir un contrapunto a las perspectivas lanzadas por los estudios de los procesos hegemónicos. Así, el juego puede ser comprendido como una manifestación que se origina en el impulso todavía poco condicionado y, por lo tanto, induce a la reflexión sobre la esencia humana más allá del sistema y de la ciudad.
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Cidade e direitos humanos : o comum como exercício ético da vida urbana

Reis, Carolina dos January 2017 (has links)
Esse estudo parte da problemática da moradia no Brasil para pensar o modo como temos construídos as políticas de gestão do espaço urbano. Desde 2009 acompanhamos o aumento das práticas de remoção, impulsionadas pela demanda de organização do país para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. Esse cenário agrava-se pelo fato de que, de maneira geral, as famílias removidas são oriundas das comunidades mais pauperizadas, habitantes informais de um modelo de cidade que os exclui da possibilidade de acesso a moradia legal. Tomamos como campo de pesquisa a remoção de 1500 famílias para ampliação da Avenida Tronco na cidade de Porto Alegre. Nesse contexto proliferam-se denúncias, promovidas por coletivos de militância, de violações de direitos humanos por parte dos gestores na execução das obras. No entanto, essa gramática dos direitos vai ser igualmente utilizada pela Prefeitura Municipal como forma de justificar e legitimar a demanda de retirada dos moradores dos locais das obras. Desta forma, os direitos se constituem como uma ferramenta privilegiada por meio da qual tanto os gestores, quanto os militantes buscam engajar os moradores atingidos pelas obras, bem como dos demais habitantes da cidade em determinados modos de compreender e se relacionar com ela, com a moradia, com a remoção, com os movimentos contestatórios e entre nós. Nesse sentido, inspirados na concepção foucaultiana de dispositivos, buscamos nos colocar sobre as linhas de visibilidade e dizibilidade produzidas pelos discursos dos direitos humanos em meio à essas disputas, para compreender como esses discursos incidem sobre os modos como habitamos as cidades e nos colocamos frente aos modos de gestão do território e da vida urbana. Assim, tomamos como material de análise documentos produzidos pela Prefeitura Municipal e pelos movimentos sociais, tais como vídeos de audiências públicas, relatórios técnicos, atas das reuniões nas comunidades atingidas e dossiês de denúncias de violações de direitos. Além disso, no intuito de nos aproximarmos de outras formas de compreender e habitar as cidades, que extrapolam aqueles propostos pelas linhas de visibilidade dos grandes enunciados dos direitos humanos, realizamos entrevistas com as famílias que estão sendo removidas, lideranças comunitárias, funcionários da prefeitura municipal e vereadores envolvidos no reassentamento. Essas análises evidenciam a forma como a urbanização da cidade e, nesse contexto, mais especificamente da Avenida Tronco, opera no disciplinamento das ruas e dos corpos, trazendo estes para as zonas de luminosidade e legalidade da cidade. Os direitos serão a ferramenta de disputa, de inclusão, exclusão e de controle do trânsito entre essas zonas. As práticas de remoção vão se constituir como formas de promoção de uma inclusão condicionada e fragmentária. São práticas que não irão se colocar no enfrentamento das desigualdades de acesso à moradia e à cidade, mas que servem para a gestão da pobreza, para sua submissão à lógica Estatal e para o azeitamento logicado sistema capitalista de produção das cidades e dos modos como vivemos nelas. O medo, a insegurança, a precariedade das condições de vida serão elementos fundamentais para a aceitabilidade das ações Estatais por parte dos citadinos. O discurso do acesso a direitos contribui para o engajamento da população nessa relação de aceitabilidade, pois são a promessa, ainda que por vezes falaciosa, da possibilidade de acesso à uma vida mais segura. Entretanto, eles são também veículo de manutenção de relações de dominação e de desigualdade nas cidades. Por outro lado, vemos a proliferação de formas de viver que escapam à essas tentativas de normatização, não necessariamente em uma atitude de oposição a elas, mas antes de indiferença e displicência, por operarem a partir de outros agenciamentos do desejo. Nesse sentido trazemos o conceito de comum, articulado à discussão sobre o direito à cidade, como possibilidade de construção de uma nova gramática de proposição ética de modos gestão do território e da vida urbana, que extrapola a lógica individualista presente em meio as Declarações de direito e investe em um agenciamento das singularidades e diferenças nas cidades. / This study draws upon the problematic of housing in Brazil to think the way policies of urban space management are constructed. Since 2009 we have been following the increase in practices of displacement, driven by the demand of Brazilian’s organization for the 2014 Football World Cup. This scenario is worsened by the fact that, in general, the families removed come from impoverished communities, informal inhabitants of a model of city that excludes them from the possibility of access to legal housing. Hence this thesis takes as a field of research the displacement of 1500 families for the expansion of Avenida Tronco in the city of Porto Alegre. In this context, militancy collective groups proliferate a series of indictments regarding human rights violations perpetrated by executive managers of the construction works. However, this grammar of human rights is equally used by Porto Alegre’s City Hall as a way of justifying and legitimizing the removal of local residents within construction sites. In this sense, human rights constitute a privileged tool through which both groups – managers and militants – try to obtain the engagement of residents towards a certain way of understanding and relating to the city and its problematic: housing matters, displacement practices, protest movements and even how to relate amongst ourselves. This process affects not only those harassed by the construction sites, as every other inhabitant of the city. Inspired by foucauldian concept of apparatus, we place ourselves on the lines of visibility and utterance produced by human rights discourses in the midst of these disputes. We do it so in order to understand how these discourses produce ways of inhabit cities, we put ourselves ahead of territory and urban life management mechanisms. As analytical material, it is taken documents produced by both Municipal Government and social movements, such as videos of public hearings, technical reports, minutes of meetings from affected communities and files of human rights violations formal complaints. In addition, in order to get closer to other ways of understanding and inhabiting cities, which extrapolate those proposed by lines of visibility of human rights leading narratives, we conducted interviews with families who were being removed, community leaders, municipal officials and councilmen involved in the resettlement. These analyses show how urbanization of a city and, in this context, more specifically of Avenida Tronco, operates in the disciplining of streets and bodies, bringing them to the areas of luminosity and legality of a city. Human rights are the tool of dispute, inclusion, exclusion and traffic control between these zones. Displacement practices constitute a way of promoting fragmented and conditioned inclusion. These are practices unwilling to serve as a confrontation line towards inequalities, specially those regarding equal access to housing and to the city. Displacement practices serve, therefore, to the management of poverty, its submission towards State logic and to the logical ease of the capitalist system of production of cities and the ways we live in them. Fear, insecurity, and the precariousness of living conditions will be fundamental elements for the acceptability of State actions by city dwellers. The discourse of access to rights contributes to the engagement of the population in this relation of acceptability, since they are the promise, albeit sometimes fallacious, of the possibility of access to a safer life. On the one hand, they are also a vehicle for maintaining relations of domination and inequality in cities. On the other, however, we see the proliferation of forms of living that escape these attempts of normalization, not necessarily in an attitude of opposition to them, but rather of indifference and disgruntlement, since they operate through other agencies of desire. Irrevocably, we bring the concept of common, articulated to the discussion about the right to the city, as a possibility for constructing a new grammar of ethical proposition of territorial and urban life management means, which extrapolates the individualistic logic existent in declarations of rights documents and invests in an agency of singularities and differences in the cities. / Este estudio parte de la problemática de la vivienda en Brasil para pensar los modos como hemos construido las políticas de gestión del espacio urbano. Desde 2009 hemos acompañado el aumento de las prácticas de remoción, estimuladas por la demanda de organización del país para el Mundial de Fútbol de 2014. Ese escenario agravase por el hecho de que, de manera general, las familias removidas son oriundas de comunidades más empobrecidas, residentes informales de un modelo de ciudad que los excluye de la posibilidad de acceso a la vivienda formal. Hemos tomado como campo de pesquisa la remoción de 1500 familias para la ampliación de la Avenida Tronco en la ciudad de Porto Alegre. En ese contexto se proliferan denuncias, promovidas por colectivos de militancia, de violaciones de derechos humanos por parte de los gestores en la ejecución de las obras. Sin embargo, esa gramática de los derechos es igualmente utilizada por la Intendencia Municipal a fines de justificar y legitimar la demanda de retirada de los residentes de estas regiones. De esta forma, los derechos se constituyen como una herramienta privilegiada por la cual tanto los gestores cuanto los militantes buscan engranar los moradores atingidos por las obras, así como los demás residentes de la ciudad en determinados modos de comprender y relacionarse con ella, con la vivienda, con la remoción, con los movimientos de protestas y entre nosotros. En ese sentido, inspirados por la concepción foucaultiana de dispositivos, buscamos colocarnos sobre las líneas de visibilidad y decibilidad producidas por los discursos de los derechos humanos en medio a esas disputas, para comprender como esos discursos inciden sobre los modos como habitamos las ciudades y nos colocamos frente a los modos de gestión del territorio y de la vida urbana. Así hemos tomado como material de análisis documentos producidos por la Intendencia Municipal y por los movimientos sociales, como videos de audiciones públicas, informes técnicos, atas de reuniones en las comunidades que serán reubicadas y expedientes de denuncias de violaciones de derechos. Además, con el intento de aproximación de otras formas de comprender y habitar las ciudades, que extrapolan aquellos propuestos por las líneas de visibilidad de los grandes enunciados de los derechos humanos, hemos realizado entrevistas con las familias que están siendo removidas, líderes comunitarios, funcionarios de la Intendencia Municipal y concejales involucrados en la reubicación. Esos análisis evidencian la forma como la urbanización de la ciudad y, en ese contexto, más específicamente de la Avenida Tronco, opera en el disciplinamiento de las calles y de los cuerpos, trayendo estos para las zonas de luminosidad y legalidad de la ciudad. Los derechos son herramientas de disputa, inclusión, exclusión y control de la circulación entre estas zonas. Las prácticas de remoción se constituyen como formas de promoción de una inclusión condicionada y fragmentaria. Son prácticas que no se colocan en el enfrentamiento de las desigualdades de acceso a la vivienda y a la ciudad, pero que sirven para la gestión de la pobreza, para la sumisión frente a la lógica estatal y para la manutención del sistema capitalista de producción de ciudades y de los modos de vivir en ellas. El miedo, la inseguridad, la precariedad de las condiciones de vida van a ser elementos fundamentales para la aceptabilidad de las acciones estatales por parte de los citadinos. El discurso de acceso a los derechos contribuye para el compromiso de la población en esa relación de aceptabilidad, pues es la promesa, aunque por veces equivocada, de la posibilidad de acceso a una vida más segura. No obstante, ellos son también vehículo de manutención de relaciones de dominación y de desigualdad en las ciudades. Por otro lado, hemos visto la proliferación de formas de vivir que escapan a esas tentativas de normalización, no necesariamente en una actitud de oposición a ellas, pero antes de indiferencia y displicencia, por operaren a partir de otras agencias del deseo. En ese sentido, traemos el concepto del común, articulado a la discusión sobre el derecho a la ciudad, como posibilidad de construcción de una nueva gramática de proposición ética de modos de gestión del territorio y de la vida urbana, que extrapola la lógica individualista presente en medio a las Declaraciones de derecho y invierte en una agencia de las singularidades y diferencias en las ciudades.
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El poder del ejército peruano y las clases sociales en la novelaLa ciudad y los perros : Un estudio desde el nuevo historicismo / The dominion of the Peruvian army, and the social classes in the novel La ciudad y los perros. : An analysis based on New historicism

Vargas Carreno, Daniel Fabian January 2018 (has links)
El presente trabajo tiene como objetivo realizar un análisis aplicando la crítica literaria del Nuevo Historicismo,utilizando la novela La ciudad y los perros de Mario Vargas Llosa.  Para lograr nuestro objetivo, en primer lugar, indagaremos en el contexto político y social de Latinoamérica y de Perú. En segundo lugar, indagaremos en el contexto político y social del autor de dicha obra de manera que podamos comparar el texto de la novela Laciudad y los Perroscon el contexto social y político que rodearon al texto y al escritor de dicha novela. Entre los aspectos que analizaremos están:   el desprecio, el desamor, la inmigración, la corrupción y las injusticias que existieron en el Perú del siglo XX.
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Ações teatrias e dramaturgias do ambiente urbano : sobre o funcionamento da cidade como local cênico específico

Álvarez Pérez, Claudia Edith January 2015 (has links)
Em face da tendência nas artes cênicas de ocupação dos espaços da cidade, nesta pesquisa apresento quatro eixos de ação, por meio dos quais acredito que é possível pensar a interação do artista cênico com o ambiente urbano na sua multiplicidade de leituras e que os nomeio de trama urbana, contexto, fluxos e percepção-sensação. Apresento estas quatro categorias como possibilidades para se aprofundar o conhecimento dos espaços urbanos como locais cênicos específicos, levando em conta sua complexidade. Como influencia o ambiente urbano no discurso e no desenvolvimento da obra? Para responder, é necessário primeiro entender o funcionamento da cidade e as diferentes camadas que a constituem como sistema gerador de sentido, um espaço para ser lido, quer dizer, uma dramaturgia. Sob este olhar, a cidade não é mais cenografia, mas cocriadora da ação teatral, pois se trata de um espaço com contexto e características próprias que raramente podem ser manipuladas. Assim, precisamos, artistas cênicos, de um pensamento diferenciado que procure não a dominação do espaço, mas a apropriação do espaço de uma maneira criativa e, sobretudo, pensando numa dinâmica de negociação com a cidade. Como continuação a essa proposição de pensamento, estabeleço algumas reflexões e problematizações sobre o fazer; a teoria proposta levada para a prática e a prática pensada com base nesta teoria; as questões que se tem gerado e as diferenças que tenho percebido em relação ao trabalho dentro de uma sala de teatro tradicional. A pesquisa parte das ideias de Richard Schechner sobre teatro ambiental, assim como na teoria desenvolvida por André Carreira sobre a cidade como dramaturgia. Além disso, a base teórica foi complementada com olhares de outras áreas do conhecimento, como o Urbanismo e a Sociologia, com o intuito de gerar uma visão abrangente que possibilite uma visão íntegra da cidade, para além da ideia de um espaço apenas cenográfico. / Ante la tendencia de ocupación de los espacios de la ciudad para el ejercicio de las artes escénicas, presento en la siguiente investigación cuatro ejes de acción por medio de los cuales creo que es posible pensar la interacción del artista escénico con el ambiente urbano en su multiplicidad de lecturas y a los cuales he llamado trama urbana, contexto, flujos y percepción-sensación. Coloco estas cuatro categorías como posibilidades para profundizar en el conocimiento de los espacios urbanos como locales escénicos específicos, tomando en cuenta su complejidad. ¿De qué manera influye el ambiente urbano en el discurso y desarrollo de la obra? Para responder, es necesario entender primero el funcionamiento de la ciudad y los diferentes niveles que la constituyen como sistema generador de sentido, un espacio para ser leído, es decir, una dramaturgia. Bajo este punto de vista, la ciudad ya no es escenografía, sino co-creadora de la acción teatral, pues se trata de un espacio con contexto y características propias que raramente pueden ser manipuladas. Así, necesitamos artistas escénicos con un pensamiento diferenciado que no busquen la dominación del espacio, sino la apropiación del espacio de una manera creativa y, sobretodo, que piensen en una dinámica de negociación con la ciudad. Como continuación a esa propuesta de pensamiento, presento algunas reflexiones y problemáticas sobre el ejercicio de estos conocimientos; la teoría propuesta llevada a la práctica y la practica pensada con base en esta teoría, las cuestiones que han surgido y las diferencias que he percibido en comparación al trabajo en una sala de teatro tradicional. La investigación parte de las ideas de Richard Schechner sobre teatro ambiental, así como de la teoría desarrollada por André Carreira sobre la ciudad como dramaturgia. Adicionalmente, esta base teórica fue complementada con ideas de otras áreas del conocimiento como el Urbanismo y la Sociología, esto con la intención de crear una visión amplia que posibilite un pensamiento íntegro sobre la ciudad, más allá de la idea de un espacio apenas escenográfico.
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Ações teatrias e dramaturgias do ambiente urbano : sobre o funcionamento da cidade como local cênico específico

Álvarez Pérez, Claudia Edith January 2015 (has links)
Em face da tendência nas artes cênicas de ocupação dos espaços da cidade, nesta pesquisa apresento quatro eixos de ação, por meio dos quais acredito que é possível pensar a interação do artista cênico com o ambiente urbano na sua multiplicidade de leituras e que os nomeio de trama urbana, contexto, fluxos e percepção-sensação. Apresento estas quatro categorias como possibilidades para se aprofundar o conhecimento dos espaços urbanos como locais cênicos específicos, levando em conta sua complexidade. Como influencia o ambiente urbano no discurso e no desenvolvimento da obra? Para responder, é necessário primeiro entender o funcionamento da cidade e as diferentes camadas que a constituem como sistema gerador de sentido, um espaço para ser lido, quer dizer, uma dramaturgia. Sob este olhar, a cidade não é mais cenografia, mas cocriadora da ação teatral, pois se trata de um espaço com contexto e características próprias que raramente podem ser manipuladas. Assim, precisamos, artistas cênicos, de um pensamento diferenciado que procure não a dominação do espaço, mas a apropriação do espaço de uma maneira criativa e, sobretudo, pensando numa dinâmica de negociação com a cidade. Como continuação a essa proposição de pensamento, estabeleço algumas reflexões e problematizações sobre o fazer; a teoria proposta levada para a prática e a prática pensada com base nesta teoria; as questões que se tem gerado e as diferenças que tenho percebido em relação ao trabalho dentro de uma sala de teatro tradicional. A pesquisa parte das ideias de Richard Schechner sobre teatro ambiental, assim como na teoria desenvolvida por André Carreira sobre a cidade como dramaturgia. Além disso, a base teórica foi complementada com olhares de outras áreas do conhecimento, como o Urbanismo e a Sociologia, com o intuito de gerar uma visão abrangente que possibilite uma visão íntegra da cidade, para além da ideia de um espaço apenas cenográfico. / Ante la tendencia de ocupación de los espacios de la ciudad para el ejercicio de las artes escénicas, presento en la siguiente investigación cuatro ejes de acción por medio de los cuales creo que es posible pensar la interacción del artista escénico con el ambiente urbano en su multiplicidad de lecturas y a los cuales he llamado trama urbana, contexto, flujos y percepción-sensación. Coloco estas cuatro categorías como posibilidades para profundizar en el conocimiento de los espacios urbanos como locales escénicos específicos, tomando en cuenta su complejidad. ¿De qué manera influye el ambiente urbano en el discurso y desarrollo de la obra? Para responder, es necesario entender primero el funcionamiento de la ciudad y los diferentes niveles que la constituyen como sistema generador de sentido, un espacio para ser leído, es decir, una dramaturgia. Bajo este punto de vista, la ciudad ya no es escenografía, sino co-creadora de la acción teatral, pues se trata de un espacio con contexto y características propias que raramente pueden ser manipuladas. Así, necesitamos artistas escénicos con un pensamiento diferenciado que no busquen la dominación del espacio, sino la apropiación del espacio de una manera creativa y, sobretodo, que piensen en una dinámica de negociación con la ciudad. Como continuación a esa propuesta de pensamiento, presento algunas reflexiones y problemáticas sobre el ejercicio de estos conocimientos; la teoría propuesta llevada a la práctica y la practica pensada con base en esta teoría, las cuestiones que han surgido y las diferencias que he percibido en comparación al trabajo en una sala de teatro tradicional. La investigación parte de las ideas de Richard Schechner sobre teatro ambiental, así como de la teoría desarrollada por André Carreira sobre la ciudad como dramaturgia. Adicionalmente, esta base teórica fue complementada con ideas de otras áreas del conocimiento como el Urbanismo y la Sociología, esto con la intención de crear una visión amplia que posibilite un pensamiento íntegro sobre la ciudad, más allá de la idea de un espacio apenas escenográfico.
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As concepções educativas/ambientais e de desenvolvimento da cidade do Rio Grande: reflexões sobre as políticas municipais

Gautério, Daiane Teixeira January 2009 (has links)
Dissertação(mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande, Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental, Instituto de Educação, 2009. / Submitted by eloisa silva (eloisa1_silva@yahoo.com.br) on 2012-07-24T22:04:14Z No. of bitstreams: 1 daiane teixeira gautrio.pdf: 589205 bytes, checksum: a27d5a392798d4be94cd342afaef48f1 (MD5) / Approved for entry into archive by Bruna Vieira(bruninha_vieira@ibest.com.br) on 2012-11-09T18:19:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 daiane teixeira gautrio.pdf: 589205 bytes, checksum: a27d5a392798d4be94cd342afaef48f1 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-11-09T18:19:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 daiane teixeira gautrio.pdf: 589205 bytes, checksum: a27d5a392798d4be94cd342afaef48f1 (MD5) Previous issue date: 2009 / O presente trabalho investiga as Políticas Públicas Municipais da cidade de RioGrande/RS, tendo como política inicial para análise a Lei Orgânica Municipal (1990), indo até o Plano Estratégico do Município (2005-2010), subsidiadas pelas políticas nacionais, destacadas por seu marco de importância, desde a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, ate Programa Nacional de Educação Ambiental (2005). Foi realizada a sistematização destas leis visando a identificar algumas categorias chaves para a compreensão da utopia educativa/ambiental e de desenvolvimento para a cidade do Rio Grande implícitas ou explícitas nas políticas locais. Tais categorias, como as concepções de Educação, Educação Ambiental, Natureza/Meio Ambiente e Desenvolvimento indicam as perspectivas teóricas e paradigmáticas nas quais foram feitas as análises sobre a cidade e suas políticas. Percebe-se pois, claramente, da análise realizada, que as perspectivas políticas/educativas/ambientais do período estudado subsumem-se ao “mercado” e sua implementação (nas escolas e instituições locais) aponta para rupturas pontuais e pouco significativas para a cidade em sua totalidade. Além disto, o “desenvolvimento” buscado e propagado pelas políticas no âmbito local evidencia concepções de exploração e dominação dos chamados recursos humanos e naturais, em busca do crescimento econômico. Diante disto, tendo um referencial teórico questionador das referidas políticas e das proposições implícitas nas mesmas, afirmamos que estas podem ser relacionadas ao paradigma moderno e ao sistema capitalista enquanto utopia, mas que escondem-se sobre uma face humanizadora, de mudanças comportamentais e pontuais. Concluímos que é preciso ir além, na busca de transformações que se insiram na ruptura da própria lógica do sistema, e para as quais as políticas democráticas, participativas e de uma relação diferente, da atual, com a natureza, é fundamental. Esta, em nossa perspectiva, deve ser a de uma cidade/sociedade sustentável, contra hegemônica e produtora de novas relações dos humanos entre si e destes com a natureza, como parte da utopia da produção de um “outro mundo possível”, mais justo e solidário.E como processo sem fim e democrático, tal cidade sustentável deverá ter, assim como suas políticas, a participação e conteúdos definidos coletivamente. Enfim tais nuances serão discutidas nesta pesquisa, para que possa servir de referência a outros pesquisadores que buscam analisar as potencialidades da cidade em sua relação com o global e das políticas desenvolvidas neste espaço como contribuição na efetivação daquela utopia. / Este estudio investiga las Políticas Públicas Municipales de la Ciudad de Rio Grande / RS, con los primeros análisis de la política a la Ley Orgánica Municipal (1990), pasando con el Plan Estratégico de la Ciudad (2005-2010), con el apoyo de las políticas nacionales, destacadas por su marco de importancia, desde la Constitución de la República Federativa del Brasil entre 1988 y el Programa Nacional de Educación Ambiental (2005.). Se realizó la sistematización de estas leyes con el fin de identificar algunas de las principales categorías claves para la comprensión de la utopía educativa/ ambiental y de desarrollo de la ciudad de Río Grande implícita o explícita en las políticas locales. Estas categorías, como los conceptos de Educación, Educación Ambiental, Naturaleza / Medio Ambiente y el Desarrollo indican la perspectiva teórica y paradigmática en que se hicieron el análisis de la ciudad y de sus políticas. Se percibe como, evidentemente, del análisis, que las perspectivas políticas / educación / período de estudio del medio ambiente a subsumir el "mercado" y sua plicación (en las escuelas y las instituciones locales) apuntan para interrupciones puntuales y poco significativas para la ciudad en su totalidad. Además, el "desarrollo" buscado y propagado por las políticas aplicadas a nivel local muestra los conceptos de explotación y dominación de los llamados recursos humanos y naturales, en busca del crecimiento económico. Frente a ello, teniendo un marco teórico cuestionador de estas políticas y de las propuestas implícitas en ellas, afirmamos que pueden estar relacionadas con el paradigma moderno y al sistema capitalista como una utopía, pero que esconde con una máscara de humanización, de cambios de comportamiento y puntuales. Llegamos a la conclusión de que debemos ir más allá, en busca de transformaciones que están en la propia lógica del sistema y para las cuales las políticas democráticas, participativas y de una relación diferente, de la actual, con la naturaleza, es fundamental. Esta, en nuestra perspectiva, debería ser una ciudad/ sociedad sustentable, contra-hegemónica y productora de nuevas relaciones entre los seres humanos y de los mismos con la naturaleza, como parte de la producción de una utopía de "otro mundo posible", más justo y solidario. Y como proceso sin fin y democrático, esta ciudad sostenible, deberá tener así como sus políticas, la participación y el contenido definido colectivamente. Por fin, tales matices se analizan en esta investigación a fin de que pueda servir de referencia para otros investigadores que tratan de analizar el potencial de la ciudad en su relación con el mundial y de las políticas en este ámbito como una contribución en la realización de esa utopía.
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Do torrão da vida à marcha forçada rumo ao apito das gaiolas de pedra : mobilidade do trabalho e a dialética campo-cidade no município de Ribeirópolis/SE

Lima, José Renato de 10 September 2012 (has links)
Esta tesis analiza las ramificaciones de la movilidad laboral en el municipio de Ribeiropolis/ SE, redefinindo la dialéctica campo versos ciudad de la reestructuración productiva como movimiento de descentralización del proceso de producción en el contexto de flexible acumulación de capital en la intervención de las políticas de desarrollo en custodia por parte del Estado. Intentamos descubrir el movimiento contradictorio de la territorialización y monopolización del capital por hacer el trabajo en el campo y en la ciudad los más perversos casos totalizadores del control y extirpación de valor añadido.El área espacial de la investigación se basó en las aldeas de Laguna da Espera, Esteios, Serrinha, Serra do Machado, Juão Ferreira, Fazendinha y Queimadas, como territorio que indica los procesos en curso del capital de la tierra y reorientando el uso de la tierra, por medio de su división, lo que hace recortes, las generaciones más jóvenes de la familia los productores campesinos. Una vez "superfluos" en el campo, la marcha forzada a las zonas urbanas permite descubrir la consonancia de la creación del capital industrial en búsqueda de la satisfacción de reproducción en escala mayor, consumiendo vidas humanas ampliadas con las tasas de explotación de la fuerza del trabajo prestados precaria. La lectura de la realidad es realizada a partir del materialismo histórico-dialéctico, ya que la base del desarrollo requiere de la lectura de la totalidad de las relaciones sociales como obligados a revelar la producción de la realidad histórica de los sujetos que la construyen, o sea, és possible revelar el territorio incluido dentro del movimiento de la producción, reproducción y propiedad del espacio por el capital, y cómo las relaciones sociales y productivas se materializan en los conflictos de clase históricamente construídos. Identificamos el avance del capitalismo en el campo, que en colaboración con el Estado, canaliza el uso de la tierra para el ganado y los productos agrícolas destinados al comercio, hace tiempo que subordinan las pequeñas unidades de producción a las determinaciones en el mercado por medio de la dependencia de los créditos, insumos y fertilizantes. Como rebatido se encuentra la expulsión del parte del trabajador de sus plantaciones a las ciudades y aumentar las filas del ejército de reserva. Por su vez, el capital industrial tiene la custodia del Estado como inductor del desarrollo por los incentivos fiscales, la infraestructura, y la desregulación de los derechos laborales, para aprovechar los territorios ventajosa y extensas horas de trabajo del proletariado.La entrada de la división social y territorial del trabajo según la lógica del valor acumulado y resultante de una nueva articulación campo-ciudad como el centro-periferia. Paradójicamente, en la ciudad, observamos la especulación inmobiliaria y la mejora de suelos, con la extensión del tejido urbano conforme la demanda por habitacíon y la producción de espacios separados como una condición de negación de las transformaciones urbanas para aquellos que producen. / A presente dissertação analisa os desdobramentos da mobilidade do trabalho no município de Ribeirópolis/SE, redefinindo a dialética campo cidade a partir da reestruturação produtiva como movimento de descentralização do processo produtivo no contexto da acumulação flexível do capital sob a intervenção das políticas de desenvolvimento custodiadas pelo Estado. Procurou-se desvendar o movimento contraditório de territorialização e monopolização do capital subordinando o trabalho no campo e na cidade às mais perversas instâncias totalizadoras de controle e extirpação da mais valia. O recorte espacial da pesquisa tomou como base os povoados Lagoa das Esperas, Esteios, Serrinha, Serra do Machado, João Ferreira, Fazendinha e Queimadas, como locais que indicam os processos em curso do avanço do capital fundiário mercantilizando e redirecionando o uso da terra, por meio do seu parcelamento, o que torna sobrante, as gerações mais novas dos produtores familiares camponeses. Uma vez supérfluos no campo, a marcha forçada para o urbano permite desvendar a consonância do estabelecimento do capital industrial em busca da satisfação da reprodução em escala ampliada, consumindo vidas humanas com extensivas taxas de exploração da força de trabalho tornada precária. A leitura da realidade é realizada a partir do materialismo histórico-dialético, já que sua base de desenvolvimento impõe a leitura da totalidade das relações sociais como necessária para revelar a produção da realidade histórica pelos sujeitos que a constroem, ou seja, é possível revelar o território inscrito no movimento da produção, reprodução e apropriação do espaço pelo capital, e como as relações sociais e produtivas se materializam nos conflitos de classe historicamente construídos. Identificou-se o avanço do capitalismo no campo, que em parceria com o Estado, vem redirecionando o uso da terra para a pecuária e produtos agrícolas voltados para o comércio, ao tempo que subordina as pequenas unidades produtivas às determinações do mercado por meio da dependência de créditos, insumos e fertilizantes. Como rebatimento destaca-se a expulsão de parte do trabalhador das suas lavouras em direção às cidades engrossando as fileiras do exército de reserva. Por sua vez, o capital industrial tem a custódia do Estado como indutor do desenvolvimento via incentivos fiscais, infraestruturas, e desregulamentação dos direitos trabalhistas, para se apropriar dos territórios vantajosos e de extensivas horas de trabalho do operariado. A inscrição de uma divisão social e territorial do trabalho conforme a lógica acumulativa do valor é resultante de uma nova articulação campo-cidade como centro- periferia. Contraditoriamente, na cidade, observa-se a especulação imobiliária e a valorização do solo, com a extensão do tecido urbano conforme a demanda por habitações e a produção de espaços segregados como condição de negação da obra do urbano para quem a produziu.
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Riquezas materiais e imateriais: relações cidade e campo na Amazônia

Schwade, Maurício Adu 29 July 2014 (has links)
Submitted by Geyciane Santos (geyciane_thamires@hotmail.com) on 2015-07-01T14:39:03Z No. of bitstreams: 1 Dissertação - Maurício Adu Schwade.pdf: 4380867 bytes, checksum: b0e80051babf6e33955ff7dd60bd1807 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-07T14:51:03Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Maurício Adu Schwade.pdf: 4380867 bytes, checksum: b0e80051babf6e33955ff7dd60bd1807 (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2015-07-07T14:54:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação - Maurício Adu Schwade.pdf: 4380867 bytes, checksum: b0e80051babf6e33955ff7dd60bd1807 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-07-07T14:54:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação - Maurício Adu Schwade.pdf: 4380867 bytes, checksum: b0e80051babf6e33955ff7dd60bd1807 (MD5) Previous issue date: 2014-07-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Analiza las relaciones establecidas por los residentes en las ciudades con el espacio fuera de la ciudad, el campo, considerado interior, dentro de la Amazonía. Busca comprender las estrategias utilizadas por las personas que viven en ciudades pequeñas y medianas de la Amazonia en busca de satisfacer sus necesidades. Partióde la hipótesis de que las economías de las poblaciones de las ciudades amazónicas no se limitan a la participación en los circuitos de mercado. Este es un trabajo interdisciplinario queutiliza herramientas conceptuales y estrategias metodológicas de la antropología, la economía, la geografía y la historia, lo que hace posible entender las personas que viven localmente como sujetos constructores de espacio y espacialidad. Comienza hablando de la producción de la riqueza, el espacio y las ciudades en la Amazonía. Luego se hace contextualiza la ciudad de Itacoatiara-AM, donde se ha hecho lainvestigación de campo, en el tiempo y en el espacio tratando de reconstruir la historia del desarrollo de la ciudad en el mismo tiempoen que identifica los sujetos que participaron y participan en este proceso, así como los conflictos que dan contorno en el proceso de producción del espacio y de lasespacialidades. Por último,refleja en las formas de creación de riqueza material e inmaterial por los residentes de la ciudad a partir de datos y entrevistas con residentes del Distrito Jauary en Itacoatiara-AM, así como la mirada curiosa que observa y registra, busca comprender los enlaces y los distingue através de conversaciones sin perder el rigor teórico y metodológico. Concluye que la pluralidad de estrategias de vida establecidos por las poblaciones amazónicas debe ser reconocidacomo una condición para la construcción de la sostenibilidad y parael mantenimiento y la ampliación de las posibilidades de mantenerse e ampliar la satisfacciónmaterial yinmaterial, subjetiva y objetiva de las poblaciones locales. La perspectivaque reduce la Amazonía a la simple ubicación de los recursos a ser explotados debe ser superada de manera a comprender a ella como espacio de uso, de producción de la satisfacción,como posibilidades siempre renovadas de realización de lavida humana.. / Discute as relações estabelecidas por pessoas domiciliadas nas cidades com os espaços fora da cidade, o campo, considerado como interior, na Amazônia, procurando entender as estratégias utilizadas pelos sujeitos que vivem nas pequenas e médias cidades na busca por satisfazer suas necessidades. Partiu-se da hipótese de que as economias das populações das cidades amazônicas não se restringem à participação em circuitos de mercado. Trata-se de um trabalho interdisciplinar que utiliza ferramentas conceituais e estratégias metodológicas da etnologia, da economia, da geografia e da história, o que possibilita entender as pessoas que vivem no local como sujeitos construtores do espaço e de espacialidades. Inicia-se discutindo a produção de riqueza, espaço e cidades na Amazônia. Em seguida situa o locusda pesquisa de campo, a cidade de Itacoatiara-AM, no tempo e no espaço buscando reconstituir o processo histórico de formação da cidade ao tempo que identifica sujeitos que participaram e que participam desse processo,bem como os conflitos que dão contorno ao processo de produção do espaço e de espacialidades. Por fim,reflete sobre as formas de criação de riqueza material e imaterial por parte dos moradores da cidade a partir de dados e entrevistas feitas com moradores do bairro do Jauary em Itacoatiara-AM, bem como do olhar curioso que nota e anota, associa e distingue por meio de conversas sem perder o rigor teórico e metodológico. Conclui que a pluralidade de estratégias de vivência estabelecidas pelas populações amazônicas deve ser reconhecida como condição para a construção da sustentabilidade e para a manutenção e ampliação das possibilidades de satisfação material e imaterial, objetivas e subjetivas das populações locais. O olhar que reduz a Amazônia à simples localização de recursos a serem explorados deve ser superado, revelando-a como espaço de uso, de produção de satisfação, de vivência, enfim, como possibilidades sempre renovadas de realização da vida.

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