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Hudební soutěže jako inspirační a rozvojový prvek interpretace 20. století / Music Competitions as the Inspirational and Development Element of the Twentieth Century Interpretation

Lahodná, Jana January 2014 (has links)
In this dissertation thesis I focus on the overview of some outstanding international clarinet competitions, their repertory, and compositions written to order for the given competition. The itemization of compositions I enriched by the characteristics and analysis of some compositions focused on the difficulty and appearance of contemporary clarinet techniques. Last but not last, I write about the establishment, history, and point of each competition and their contribution to young talented musicians.
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.
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Canon and corpus: The making of American poetry / Making of American poetry

Upton, Corbett Earl, 1970- 12 1900 (has links)
viii, 233 p. A print copy of this thesis is available through the UO Libraries. Search the library catalog for the location and call number. / This dissertation argues that certain iconic poems have shaped the canon of American poetry. Not merely "canonical" in the usual sense, iconic poems enjoy a special cultural sanction and influence; they have become discourses themselves, generating our notions about American poetry. By "iconic" I mean extraordinarily famous works like Henry Wadsworth Longfellow's "Paul Revere's Ride," Walt Whitman's "Song of Myself," and Claude McKay's "If We Must Die," that do not merely reside in the national memory but that have determined each poet's reception and thus have shaped the history of American poetry. Through case studies, I examine longstanding assumptions about these poets and the literary histories and myths surrounding their legendary texts. In carefully historicized readings of these and other iconic poems, I elucidate the pressure a single poem can exert on a poet's reputation and on American poetry broadly. I study the iconic poem in the context of the poet's corpus to demonstrate its role within the poet's oeuvre and the role assigned to it by canon makers. By tracing a poem's reception, I aim to identify the national, periodic, political, and formal boundaries these poems enforce and the distortions they create. Because iconic poems often direct and justify our inclusions and exclusions, they are of particular use in clarifying persistent obstacles to the canon reformation work of the last thirty years. While anthologies have become more inclusive in their selections and self-conscious about their ideological motives, many of the practices regarding individual poets and poems have remained unchanged over the last fifty years. Even as we include more poets in the canon, we often ironically do so by isolating a particular portion of the career, impulse in the work, or even a single poem, narrowing rather than expanding the horizon of our national literature. Through close readings situated in historical and cultural contexts, I illustrate the varying effects of iconic poems on the poet, other poems, and literary history. / Committee in charge: Dr. Karen J. Ford, Chair; Dr. John T. Gage, Member; Dr. Ernesto J. Martinez, Member; Dr. Leah W. Middlebrook, Outside Member
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Entre evolução e cultura : um estudo da ideia de história de Marshall Sahlins (1950-1980)

Oliveira, Felipe Souza Leão de January 2017 (has links)
Nosso objetivo neste trabalho é analisarmos a construção e as transformações da ideia de história do antropólogo norte-americano Marshall Sahlins, entre as décadas de 1950 e 1980. Acreditamos que este período é importante pelo fato de encontrarmos nele os princípios de uma forma de pensar a história que continuará a dominar a obra de Sahlins nas décadas seguintes. Para analisarmos sua ideia de história, bem como suas transformações, interpretaremos os princípios teóricos que a define enquanto tal. Argumentaremos que Sahlins adotará duas ideias de história durante este período: uma que terá a palavra "evolução" como princípio teórico central e outra em que os termos "cultura" e "estrutura" serão seus princípios teóricos mais importantes. Estas ideias de história serão analisadas também no contexto da sociedade e das ideias que tiveram um papel central na vida intelectual de Sahlins. Defenderemos também que, neste contexto, as obras dos antropólogos Leslie White e Claude Lévi-Strauss terão uma grande importância. E esperamos, deste modo, dar duas contribuições: uma para a compreensão da ideia de história de Sahlins; e outra para o atual debate sobre a relação entre História e Antropologia. / Our objective in this work is to analyze the construction and the transformations of the idea of history of the American anthropologist Marshall Sahlins, between de decades of 1950 and 1980. We believe that this period is important because we can find in it the principles of a way of thinking about history that will continue to dominate Sahlins work in the following decades. In order to analyze his idea of history, as well as its transformations, we will interpret the theoretical principles that define it as such. We will argue that Sahlins will adopt two ideas of history during this period: one that will have the word "evolution" as its central theoretical principle and another where the words "culture" and "structure" will be its most important theoretical principles. These ideas of history will also be analyzed in the context of the society and the ideas that had a central role in Sahlins intellectual life. We will also defend that, in this context, the works of Leslie White and Claude Lévi-Strauss will have a great importance. And we hope, in this way, to give two contributions: one for the understanding of Sahlins idea of history; and another to the current debate about the relationship between History and Anthropology.
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L'écriture automatique chez trois écrivains surréalistes français : André Breton, Benjamin Péret et Claude Courtot

Azevedo, Érika Pinto de January 2012 (has links)
Le titre de cette thèse est « Le rôle et la place de l‟écriture automatique chez trois écrivains surréalistes français : André Breton, Benjamin Péret et Claude Courtot ». Elle a pour objet l‟étude du rôle et de la place de l‟écriture automatique dans le surréalisme, c‟est-à-dire dans la vision du monde surréaliste et, particulièrement, dans la pratique poétique et dans les activités surréalistes. Le mot automatisme est souvent pris pour synonyme de surréalisme et la pratique de l‟écriture automatique est souvent considérée comme obligatoire pour tous les écrivains surréalistes. Le présent travail propose d‟évaluer dans quelle mesure cette association (cette synonymie) est correcte et de le faire en analysant le point de vue de trois écrivains surréalistes français sur l‟automatisme ainsi que leur adhésion (et la façon dont ils y adhèrent) - ou non - à cette pratique : André Breton (1896-1966), Benjamin Péret (1899-1959) et Claude Courtot (1939). / O tìtulo da tese é “O papel e a importância da escrita automática em três escritores surrealistas franceses: André Breton, Benjamin Péret e Claude Courtot”. Seu foco reside no estudo do papel e da importância da escrita automática (no surrealismo, ou seja, na visão de mundo surrealista e, especificamente, na prática poética e nas atividades surrealistas. A palavra automatismo é frequentemente considerada como sinônimo da palavra surrealismo e a sua prática tida por obrigatória para todo escritor surrealista. Este trabalho pretende avaliar em que medida essa associação é correta, através da análise do ponto de vista de três escritores surrealistas sobre o automatismo bem como da verificação de sua adesão e forma de adesão - ou não adesão - a essa prática. Os três escritores que formam o corpus desta pesquisa são: André Breton (1896-1966), Benjamin Péret (1899-1959) e Claude Courtot (1939).
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Lévi-Strauss e a tríade da estrutura: a linguagem, o simbólico e o inconsciente

Mendes, Tássia Nogueira Eid 10 April 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:13:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5889.pdf: 1158628 bytes, checksum: eb3e8512fbb67f17e03cf8a0d7697ebe (MD5) Previous issue date: 2014-04-10 / Universidade Federal de Sao Carlos / This research had as a goal a better definition of the notion of unconscious in the work of Claude Lévi-Strauss. In the early texts, such as The Symbolic Efficacy (1949), this concept is introduced as a set of structural laws, named Symbolic function. Nevertheless, throughout the path of the levi-straussian work, this terminology fades bit-by-bit, making room for concepts like the symbolic thought. In its turn, this concept imprints the determination of symbolism, characteristic that defines mankind, and thus, the unconscious defines humanity itself. Placed between nature and culture, the unconscious therefore is paradoxically plural and universal, allowing the apprehension of an integrated reality. The pair unconscious/ conscious characterizes the different levels of the phenomenon that Lévi-Strauss analyses in his anthropology, granting two types of investigation: inductive and deductive. The proposal of an unconscious facet of the social phenomenon made possible the prescription of two discontinued methods. The exam of the empirical and transcendental realities is orchestrated in a way of establishing, at the same time, an irreducibly statement between nature and culture and a refusal to old-fashioned dualisms. In this work, throughout the developments of the notion unconscious in the work of Lévi-Strauss, we hope to demonstrate that this concept is symbolic, and that such an analysis implies the investigation of the passage between nature and culture. Therefore, we hope to set the implications of this notion to the definition of mankind in the work of Lévi- Strauss. / Esse trabalho teve como objetivo melhor definir a noção de inconsciente na obra de Lévi-Strauss. Em textos iniciais, como a A eficácia simbólica (1949), esse conceito é apresentado como um conjunto de leis estruturais, nomeado função simbólica. Não obstante, ao longo do percurso da obra levistraussiana, pouco a pouco, o termo função simbólica se desvanece, dando lugar a conceitos como: pensamento simbólico. Este, por sua vez, marca a determinação do simbolismo na obra do antropólogo, noção, esta, que define o estatuto de humanidade. Desse modo, o inconsciente passa a caracterizar não só o pensamento simbólico, mas a própria definição da humanidade (LÉVI-STRAUSS, 2012). Situado entre natureza e cultura tal qual o homem e, portanto, paradoxalmente plural e universal, o inconsciente levistraussiano permite a apreensão de uma realidade integrada. O par consciente/inconsciente, ao qualificar os diferentes níveis dos fenômenos aos quais se dedica Lévi-Strauss, operacionaliza o uso tanto da indução quanto da dedução na investigação a que se propôs. A postulação de uma faceta inconsciente dos fenômenos sociais foi o que permitiu uma abordagem completa da realidade, prescrevendo métodos aparentemente descontínuos.. Desse modo, a abordagem do empírico e do transcendental é orquestrada de maneira a prescrever uma irredutibilidade entre as ordens natureza e cultura, ao mesmo tempo, uma recusa à antigos dualismos (sensível/inteligível, corpo/espírito, natureza/cultura). Neste texto, esperamos, através da marcha demonstrativa da função simbólica ao longo dos desenvolvimentos da obra do antropólogo, ter contribuído para uma compreensão do inconsciente, na antropologia estrutural, como simbólico. Ordem que subjaz a pluralidade cultural, assim como confere o universal almejado pela cientificidade esquadrinhada por Lévi-Strauss. A análise do conceito de função simbólica implica, inelutavelmente, o exame da passagem entre natureza e cultura, bem como o lugar que cabe a humanidade mediante estas duas esferas.
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.
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Entre evolução e cultura : um estudo da ideia de história de Marshall Sahlins (1950-1980)

Oliveira, Felipe Souza Leão de January 2017 (has links)
Nosso objetivo neste trabalho é analisarmos a construção e as transformações da ideia de história do antropólogo norte-americano Marshall Sahlins, entre as décadas de 1950 e 1980. Acreditamos que este período é importante pelo fato de encontrarmos nele os princípios de uma forma de pensar a história que continuará a dominar a obra de Sahlins nas décadas seguintes. Para analisarmos sua ideia de história, bem como suas transformações, interpretaremos os princípios teóricos que a define enquanto tal. Argumentaremos que Sahlins adotará duas ideias de história durante este período: uma que terá a palavra "evolução" como princípio teórico central e outra em que os termos "cultura" e "estrutura" serão seus princípios teóricos mais importantes. Estas ideias de história serão analisadas também no contexto da sociedade e das ideias que tiveram um papel central na vida intelectual de Sahlins. Defenderemos também que, neste contexto, as obras dos antropólogos Leslie White e Claude Lévi-Strauss terão uma grande importância. E esperamos, deste modo, dar duas contribuições: uma para a compreensão da ideia de história de Sahlins; e outra para o atual debate sobre a relação entre História e Antropologia. / Our objective in this work is to analyze the construction and the transformations of the idea of history of the American anthropologist Marshall Sahlins, between de decades of 1950 and 1980. We believe that this period is important because we can find in it the principles of a way of thinking about history that will continue to dominate Sahlins work in the following decades. In order to analyze his idea of history, as well as its transformations, we will interpret the theoretical principles that define it as such. We will argue that Sahlins will adopt two ideas of history during this period: one that will have the word "evolution" as its central theoretical principle and another where the words "culture" and "structure" will be its most important theoretical principles. These ideas of history will also be analyzed in the context of the society and the ideas that had a central role in Sahlins intellectual life. We will also defend that, in this context, the works of Leslie White and Claude Lévi-Strauss will have a great importance. And we hope, in this way, to give two contributions: one for the understanding of Sahlins idea of history; and another to the current debate about the relationship between History and Anthropology.
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L'écriture automatique chez trois écrivains surréalistes français : André Breton, Benjamin Péret et Claude Courtot

Azevedo, Érika Pinto de January 2012 (has links)
Le titre de cette thèse est « Le rôle et la place de l‟écriture automatique chez trois écrivains surréalistes français : André Breton, Benjamin Péret et Claude Courtot ». Elle a pour objet l‟étude du rôle et de la place de l‟écriture automatique dans le surréalisme, c‟est-à-dire dans la vision du monde surréaliste et, particulièrement, dans la pratique poétique et dans les activités surréalistes. Le mot automatisme est souvent pris pour synonyme de surréalisme et la pratique de l‟écriture automatique est souvent considérée comme obligatoire pour tous les écrivains surréalistes. Le présent travail propose d‟évaluer dans quelle mesure cette association (cette synonymie) est correcte et de le faire en analysant le point de vue de trois écrivains surréalistes français sur l‟automatisme ainsi que leur adhésion (et la façon dont ils y adhèrent) - ou non - à cette pratique : André Breton (1896-1966), Benjamin Péret (1899-1959) et Claude Courtot (1939). / O tìtulo da tese é “O papel e a importância da escrita automática em três escritores surrealistas franceses: André Breton, Benjamin Péret e Claude Courtot”. Seu foco reside no estudo do papel e da importância da escrita automática (no surrealismo, ou seja, na visão de mundo surrealista e, especificamente, na prática poética e nas atividades surrealistas. A palavra automatismo é frequentemente considerada como sinônimo da palavra surrealismo e a sua prática tida por obrigatória para todo escritor surrealista. Este trabalho pretende avaliar em que medida essa associação é correta, através da análise do ponto de vista de três escritores surrealistas sobre o automatismo bem como da verificação de sua adesão e forma de adesão - ou não adesão - a essa prática. Os três escritores que formam o corpus desta pesquisa são: André Breton (1896-1966), Benjamin Péret (1899-1959) e Claude Courtot (1939).
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.

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