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Atividade física de adultos nas capitais brasileiras e no Distrito Federal: um estudo transversal / Physical activity in adults in the brazilian capitals and in the Federal District: a cross-sectional studyDartel Ferrari de Lima 26 September 2014 (has links)
INTRODUÇÃO: Existem dúvidas em relação à atividade física (AF) de adultos residentes nas capitais brasileiras e no Distrito Federal no que tange à organização e à execução desta prática. Neste estudo avaliamos a prevalência de AF segundo cada uma das principais diretrizes internacionais que recomendam a AF para a promoção da saúde e exploramos as divergências e consensos na classificação do nível da AF. Avaliamos também a associação entre características sociodemográficas e comportamentais com a prática da AF, como os principais componentes da AF se relacionam na determinação do nível da AF individual e descrevemos o padrão nos portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). METODOLOGIA: Os participantes foram selecionados a partir de dados prévios do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico para as estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2006. RESULTADOS: Foram elegíveis 54.369 participantes sendo 51,5% classificados como inativos. Houve divergências importantes na graduação da AF pelas principais diretrizes entre os ativos (Kappa = 0,4). A frequência das sessões de AF foi o aspecto que mais contribuiu para a determinação do grau de AF. Recomendação que orienta a frequência diária resultou em uma prevalência menor de AF suficiente. As que orientam volume semanal, sem determinar frequência mínima tiveram as maiores prevalências de AF suficiente. Como decorrência dessa divergência, a prevalência de AF suficiente nas cidades abordadas variou, distinguindo diferentes rankings conforme a recomendação adotada. Cerca de 90% da população ativa realizava sessões com duração entre 30 a 60 minutos e não houve diferença significante entre o grupo que alcançou e o que não alcançou a meta da recomendação. A quase totalidade (90%) dos participantes que alcançou a meta se exercitava três ou mais vezes na semana e 80% dos que não alcançaram a meta se exercitavam entre 1 a 2 vezes na semana. A caminhada, o futebol e a musculação foram as modalidades de exercício físico ou esporte mais frequentes. Encontramos maior prevalência de AF em homens. Negros e amarelos foram fisicamente mais ativos, e a AF diminuiu com a idade, com menor escolaridade e com viuvez. Aproximadamente 65% da população consideraram a sua saúde boa ou excelente e entre os que a consideraram ruim, a maioria estava inativa. O deslocamento ativo e a dieta hipocalórica são características predominantes dos participantes ativos. O tabagismo foi mais frequente entre os inativos e o maior consumo de bebidas alcoólicas ocorreu entre os ativos. As pessoas fisicamente ativas mais frequentemente conheciam instalações próprias para a prática de AF nas proximidades de suas moradias. A inatividade física (62%) foi uma característica destacada entre os participantes portadores de DCNT. No conjunto 70% dos portadores de alguma DCNT não alcançaram a recomendação mínima de AF. CONCLUSÕES: O nível de AF variou muito entre as diretrizes que recomendam a AF. Para uma boa parte desta população, a resposta para a pergunta: \"estou fazendo AF suficiente para a minha saúde?\" Pode ser simultaneamente \"sim\" e \"não\", dependendo do critério da recomendação escolhida. Dentre os insuficientemente ativos, a duração do esforço em cada sessão foi adequada na maioria dos relatos, o que tornou a AF insuficiente foi a baixa frequência. Pensar estratégias que aumentem a frequência semanal para 2 a 3 dias pode elevar o nível de AF para 90% dos insuficientemente ativos / INTRODUCTION: In regards to the organization and implementation of physical activity (PA), there are many doubts related to the PA in adults residing in the capitals of the federation and in the Federal District. This study evaluated the prevalence of PA according to each of the main international guidelines that recommends the practice of PA for good health, explores its divergences, and also the concordances of the PA level classification. We also evaluated the association between the sociodemographic and behavioral characteristics to the practice of PA. More specifically, we focused on how the main components of the PA relates to themselves to determine the level of individual PA and which patterns are present in patients with chronic non-communicable diseases (CNCD). METHODOLOGY: Participants were selected from previous data that the System of Risk Factors Surveillance and Chronic Diseases Protection Telephone Survey, which was used for the estimation of frequency and sociodemographic distribution of risk and protective factors for chronic diseases in the 26 Brazilian state capitals and in the Federal District in 2006. RESULTS: There were 54,369 eligible participants of which 51.5% classified as inactive. There were important divergences in the PA graduation by the main guidelines among the active participants (Kappa = 0.4). The PA session frequency was the main reason that most contributed to the determination of the PA degree. The recommendation, which guides the daily frequency, resulted in the lowest prevalence of enough PA. The recommendations that guide weekly volume without determining minimum frequency had the highest prevalence of enough PA. As a result of this divergence, the prevalence of enough PA in the addressed cities ranged in different distinguishing rankings according to the adopted recommendation. About 90% of the active population performed sessions which lasted between 30 to 60 minutes. From this data, it was evident that there was no significant difference between the group which achieved the recommended PA and the the group which did not achieve the goal of the recommended PA level. Almost all of the participants (90%) who achieved the goal of recommended PA levels exercised three or more times a week and 80% of those who did not reach the goal exercised between 1 to 2 times a week. Trekking, soccer and weightlifting were the most frequent physical exercise modalities or sports performed. We found a higher prevalence of PA in men than in women. Furthermore, the study showed that Blacks and Yellows were more physically active. The amount PA level decreased with age, decreased amongst those with less education and amongst those who were widowed. Approximately 65% of the population considered their health good or excellent and among those who considered it bad, the majority were inactive. Active commuting and hypocaloric diets are predominant characteristics of the active participants. Smoking was more common among the inactive participants but higher alcohol consumption occurred among those that were active. Physically active people frequently knew more suitable facilities for the PA practice near their homes. Physical inactivity (62%) was a prominent characteristic among the participants suffering from CNCD. Overall, 70% of the participants suffering from any CNCD did not attain the minimum recommendations of PA. CONCLUSIONS: The PA levels varied widely among the guidelines that recommend PA. For a large portion of the population, the answer to the question of whether one is doing enough PA for ones health can simultaneously be \"yes\" and \"no\", depending on the criterion of the chosen recommendation. Among the insufficiently active population, the exercise duration in each session was adequate enough in most reports but what made the PA insufficient was the low frequency. Thinking about strategies to increase the weekly frequency for 2 to 3 days can raise the level of PA for 90% of the insufficiently active population
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Efeitos da fisioterapia nos programas de atenção no processo de envelhecimento sobre qualidade de vida e parâmetros físicosCastro, Paula Costa 03 February 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-02-03 / Financiadora de Estudos e Projetos / Different programs adapted to the elderly have been proposed in order to assist and promote healthy aging, including physical therapy interventions. The effects of these programs on the participants quality of life and physical parameters are often unknown, and require investigation. This study s purpose was to develop a physical therapy collective intervention and understand how the programs São Carlos Senior University and the Geriatric Revitalizations influence quality of life, strength, flexibility, dynamic balance and physical conditioning of the participants. As a result of this study, four papers were produced. Paper one discusses the physical therapist participation at Senior Universities for physical training in a community-based program. It also describes an intervention group therapy as a part of an interdisciplinary program at São Carlos Senior University. The second paper compares the psychometric properties and correlations of two quality of life instruments, the Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form health survey (SF-36) and The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)-BREF, in a sample of Brazilian elderly. Both scales showed acceptable reliability, but a poor correlation was observed between the two questionnaires related fields. The WHOQOL-BREF seems to be a better choice for an overall assessment of quality of life and the SF-36 can better discriminate between health-related known groups. The third paper presents the influence on quality of life of middle-aged and elderly post 10-month intervention at São Carlos Senior University and Geriatric Revitalization Program. UATI Group showed significant increase in quality of life level according to the overall WHOQOL bref score; REVT Group showed significant increase in health related domains. Both groups showed improvement when compared to the Control Group. The forth paper presents a 6-month, 1, 2 and three-year follow-up of Senior University and Geriatric Revitalization in the physical variables of the participants. REVT Group showed better results than UATI Group. Both intervention-groups showed better results than Control Group. These community-based programs contributed to strength, flexibility, dynamic balance and physical conditioning improvement or maintenance. Despite the differences, both programs improved quality of life and physical parameters in the participants. Senior University and Geriatric Revitalization can be considered valid choices as assistance programs in the aging process. / Diferentes programas específicos para idosos tem sido propostos para assistir e promover envelhecimento saudável, inclusive protocolos de Fisioterapia. Os efeitos de muitos desses programas na qualidade de vida e parâmetros físicos dos participantes ainda requerem investigação. Este trabalho teve como objetivo geral desenvolver uma intervenção de fisioterapia em grupo e avaliar a influência dos programas da Universidade Aberta da Terceira Idade e do Projeto de Revitalização Geriátrica sobre a qualidade de vida, força muscular, flexibilidade, controle postural e condicionamento nos participantes. São apresentados quatro artigos. O artigo um discute a inserção do fisioterapeuta no contexto da Universidade da Terceira Idade para treinamento físico de idosos e atenção coletiva. Além disso, descreve a experiência do programa de fisioterapia em grupo como parte de um trabalho transdisciplinar da Universidade da Terceira Idade de São Carlos. O segundo artigo compara as propriedades psicométricas e correlações entre duas medidas de qualidade de vida: o Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form health survey (SF-36) e o Instrumento de Avaliação de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-BREF). Os instrumentos apresentaram boa confiabilidade, mas uma fraca correlação foi observada entre domínios correlatos dos questionários. O WHOQOL-BREF mostrou ser o instrumento mais adequado para avaliação da qualidade de vida percebida, de uma maneira global e o SF-36 parece adaptar-se melhor a populações com condições clínicas mais homogêneas. O terceiro artigo apresenta os resultados da melhoria de qualidade de vida após 10 meses de intervenção desses dois programas. O Grupo da Universidade da Terceira Idade melhorou nos Domínios da qualidade de vida, apresentando melhor resultado que o Grupo da Revitalização Geriátrica, que melhorou nos aspectos ligados à saúde e ao físico. Porém ambos os grupos foram melhor que o Grupo Controle. O quarto artigo apresenta os resultados do acompanhamento dos parâmetros físicos após seis meses, um, dois e três anos desses programas. O Grupo da Revitalização Geriátrica apresentou melhores resultados que o Grupo da Universidade da Terceira Idade. Ambos os grupos foram melhor que o Grupo Controle. Esses programas contribuíram para o aumento ou manutenção da força muscular, flexibilidade, equilíbrio e condicionamento físico dos participantes. A Universidade da Terceira Idade de São Carlos e a Revitalização Geriátrica contribuíram para o aumento da qualidade de vida de acordo com o WHOQOL-BREF e parâmetros físicos dos participantes, representando uma opção na atenção ao idoso.
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Cinética do consumo de oxigênio e da frequência cardíaca, índice BODE e a influência de dois programas de treinamento físico em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônicaPessoa, Bruna Varanda 29 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-29 / Financiadora de Estudos e Projetos / The thesis consisted of three studies described below. The study I, entitled: Oxygen uptake and heart rate on-kinetics in patients with Chronic obstructive pulmonary disease (COPD): comparison between cycle ergometry and elliptical equipment aimed to evaluate and compare the kinetics of both oxygen consumption (VO2) and heart rate (HR) in constant work-rate tests on a cycle ergometer (CCT) and on an elliptical machine (ECT) in COPD patients and healthy individuals. Eighteen male COPD patients between 55 and 78 years old with moderate to very severe obstruction (COPD group) and 18 apparently healthy males (control group: CG) were evaluated; the subjects were paired by age and submitted to the following tests on alternate days: 1) symptom-limited incremental cycle ergometer test (IT); 2) CCT and 3) ECT, both at 70% of the maximum intensity obtained in the IT. Expired gases were collected in all tests, and the kinetics of VO2 and HR were analyzed. The COPD group presented significantly higher tau (τ) and mean response time (MRT) for VO2 on the CCT than the CG (p<0.05); however, there was no significant difference on the ECT. Regarding the different tests, the COPD group had a significantly higher τ and MRT on the CCT than the ECT; on the other hand, no differences between the tests were observed in the CG. We conclude that VO2 kinetics are slowed in COPD; however, this depends on the ergometer used for testing. The faster kinetics found on the ECT for the COPD group may be related to the effects of the body position or to higher recruitment of muscle fibers, as well as to the greater ventilatory and chronotropic stress observed in this test. Following, the study II, entitled: BODE index, body composition, peripheral muscle strength and oxygen uptake and heart rate kinetics on a cycle ergometer and on elliptical equipment in COPD patients: there is relationship between them? aimed to determine if there is a relationship between oxygen consumption (VO2) and heart rate (HR) on-kinetics in constant work-rate exercise test on cycle ergometer (CCT) and on elliptical equipment (ECT) with the BODE index and their isolated variables, muscle mass (MM), lean body mass index (LBMI) and with peripheral muscle strength (PMS) represented by one-repetition maximum strength test (1RM) in patients with COPD. Fourteen men patients with moderate to very severe COPD (COPD group), between 55 and 78 years, were submitted to the following tests on alternate days: 1) six-minute walking test (6MWT); 2) IT; 3) CCT and 4) ECT at 70% of the maximum intensity obtained in CPT; 5) 1RM test and 6) body composition evaluation. Expired gases were collected in CPT, CCT and ECT, and response of the VO2 and HR on-kinetics were analyzed. The BODE index was calculated. The BODE index was calculated. The Pearson correlation coefficient (p<0.05) presented a moderate positive relationship between BODE index and τ and MRT of VO2 and HR (r=0.55 and r=0.63; r=0.66 and r = 0.74, respectively); and negative correlation between τVO2 and MRT-VO2 with FEV1 (r=-0.69; r=-0.68), DW- 6MWT (r=-0,.62; r=-0.65) and DW-6MWT %predict (r=-0.64; r=-0.70). Still, significant negative correlations were observed between the τ-HR and MRT-HR with DW-6MWT (r=- 0,.81; r=-0.82) and DW-6MWT %predict (r=-0.83; r=-0.65). Significant correlations between the TRM and τ of VO2 and of HR with MM, LBMI and PMS; and correlations with oxygen consumption (VO2) and heart rate (HR) on-kinetics in ECT were not observed. In general, our data show that patients with moderate to very severe COPD have slowed VO2 kinetics in the CCT compared the ECT. Furthermore, the VO2 and HR on-kinetics in CCT has a moderate correlation with the classification of COPD severity assessed by the BODE index, FEV1 and DW-6MWT, showing that COPD severity, airflow limitation and exercise capacity are reflected by the slowing of the on-kinetics in COPD patients, but it depends on the ergometer. Finally, the study III, entitled: Effect of aerobic/resisted and interval physical training on oxygen uptake and heart rate on-kinetics in patients with COPD: randomized, controlled trial evaluated and compared the effect of aerobic/resisted physical training (TFAR) and interval physical training program on elliptical equipment (TFI) of high intensity on VO2 and HR onkinetics during CCT and ECT in patients with COPD. Eighteen men patients with moderate to very severe COPD, between 55 and 80 years, randomly divided into two groups: nine of the patients had been engaged in TFAR group, and nine in TFI group, were submitted to the following tests on alternate days: 1) IT; 2) CCT, and 3) ECT both at 70% of the maximum intensity obtained in IT, and one repetition maximum test (1RM), being reevaluated after six weeks physical training. program. The TFAR group consisted of aerobic training by thirty minutes, and three sets of fifteen repetitions of resisted training in lower limbs on leg press. The TFI group realized training program on an elliptical equipment, by thirty minutes at 100% of the maximum intensity obtained in IT, separated by 1-min rest periods. The two training groups completed 6 week (3x/week) of exercise training, until completing a total of eighteen sessions. Expired gases were collected in in all tests, and response of the VO2 and HR on-kinetics were analyzed. No significant difference post-training in the TFAR group both tests (CCT and ECT) were observed; but, the TFI group displayed slower VO2 onkinetics (> τ and > MRT) in the CCT and ECT after training. In relation HR on-kinetics, no significant difference in both groups and both constant workload exercise tests post-training were observed. We conclude that the interval physical training program on elliptical equipament lead to slower VO2 kinetics the onset at high-intensity exercise (CCT and ECT) in patients with COPD. Furthermore, the TFAR program is no sufficient to provoke improvements in VO2 and HR on-kinetics in the CCT and ECT. / A tese constou de três estudos descritos a seguir. O estudo I, intitulado: Cinética-on do consumo de oxigênio (VO2) e da frequência cardíaca (FC) de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): comparação entre cicloergômetro e equipamento elíptico teve como objetivo avaliar e comparar a cinética do VO2 e da FC em testes de carga constante em cicloergômetro (TCC) e em equipamento elíptico (TCE), em pacientes com DPOC e indivíduos saudáveis. Foram avaliados 18 homens com DPOC de obstrução moderada a muito grave (grupo DPOC) entre 55 e 78 anos e 18 homens aparentemente saudáveis (grupo controle: GC) pareados por idade, submetidos em dias alternados aos seguintes testes: 1) teste incremental em cicloergômetro (TI) limitado por sintomas; 2) TCC e 3) TCE ambos a 70% da intensidade máxima obtida no TI. Foram coletados os gases expirados em todos os testes, e a cinética do VO2 e da FC foram analisadas. O grupo DPOC apresentou a tau (τ) e o tempo de resposta média (TRM) do VO2 significativamente maiores no TCC em comparação ao GC (p<0,05), porém sem diferenças significativas para o TCE. Em relação aos diferentes testes, no grupo DPOC a τ e o TRM foram significativamente maiores no TCC em comparação ao TCE (p<0,05), em contraste, no GC, não foram observadas diferenças significativas entre os testes. Concluímos que a cinética do VO2 é lentificada na DPOC, entretanto, a mesma depende do ergômetro testado. A cinética mais rápida encontrada no TCE no grupo DPOC pode estar relacionada aos efeitos da posição corporal adotada ou ao maior recrutamento de fibras musculares, bem como ao maior estresse ventilatório e cronotrópico observado neste teste. Na sequência, o estudo II, intitulado: Índice BODE, composição corporal, força muscular periférica e cinética-on do consumo de oxigênio e da frequência cardíaca em cicloergômetro e em equipamento elíptico em pacientes com DPOC: há correlação entre eles? objetivou verificar se há correlação entre a cinética-on do VO2 e da FC no TCC e no TCE com o índice BODE e suas variáveis isoladas, massa muscular (MM), índice de massa magra corporal (IMMC) e com a força muscular periférica (FMP) representada pelo teste de uma repetição máxima (1RM) em pacientes com DPOC. Foram avaliados 14 homens com DPOC de obstrução moderada a muito grave entre 55 e 78 anos, submetidos em dias alternados aos seguintes testes: 1) teste de caminhada de seis minutos (TC6); 2) TI; 3) TCC e 4) TCE ambos a 70% da intensidade máxima obtida no TI; 5) teste de uma repetição máxima (1RM) e 6) avaliação da composição corporal. Foram coletados os gases expirados no TI e TCC, e a cinética do VO2 e da FC foram analisadas. O índice BODE foi calculado. Observou-se correlação moderada entre a τ e o TRM do VO2 e da FC com o índice BODE no TCC (r=0,55 e r=0,63; r=0,66 e r = 0,74, respectivamente); e correlações negativas significativas entre a τ e o TRM do VO2 com o VEF1 (r=-0,69; r=-0,68), a distância percorrida no TC6 (DP-TC6) (r=-0,62; r=-0,65) e a DP-TC6 %prevista (r=-0,64; r=-0,70). Ainda a τ e o TRM da FC correlacionou-se com a DP-TC6 (r=-0,81; r=-0,82) e a DP-TC6 %prevista (r=-0,83; r=-0,65). Esse mesmo comportamento não foi observado para a cinética do VO2 e da FC no TCE. Não foram observadas correlações estatisticamente significativas entre a τ e o TRM do VO2 e da FC com a MM, IMMC e FMP. Concluímos que a cinética-on do VO2 e da FC no TCC correlacionou-se com o índice BODE, VEF1 e DPTC6, mostrando que a gravidade da doença, limitação ao fluxo aéreo e a capacidade ao exercício são refletidas pela lentificação da cinética, entretanto a mesma depende do ergômetro utilizado. Finalmente, o estudo III, intitulado: Efeitos do treinamento físico aeróbio/resistido e intervalado na cinética-on do VO2 e da FC em pacientes com DPOC: estudo controlado, randomizado avaliou e comparou os efeitos do treinamento físico aeróbio/resitido (TFAR) e treinamento físico intervalado de alta intensidade em equipamento elíptico (TFI) na cinética-on do VO2 e da FC no TCC e no TCE em pacientes com DPOC. Dezoito homens com DPOC, foram randomizados para: grupo de TFAR (n=9) e grupo TFI (n=9), e submetidos ao: 1) TI; 2)TCC e 3)TCE ambos a 70% da intensidade máxima obtida no TI; e 4)teste de uma repetição máxima (1RM); reavaliados após seis semanas de treinamento físico. O grupo TFAR realizou 30 minutos de cicloergômetro, com intensidade entre 60-70% da carga máxima atingida no TI, sendo aumentados 10% após três semanas de treinamento; e três séries de 15 repetições em leg-press com intensidade de 40-60% da carga máxima tolerada no teste de 1RM, sendo aumentado 10% a cada duas semanas de treinamento, e adotou-se intervalo de dois minutos entre as séries. Já, o grupo TFI realizou 30 minutos de treinamento em equipamento elíptico com carga máxima atingida no TI e intervalos de um minuto. Ambos os programas foram realizados 3x/semana por seis semanas, completando 18 sessões. Foram coletados os gases expirados no TI, TCC e TCE, e a cinética do VO2 e da FC foram analisadas. Não foram observadas diferenças significativas na cinética do VO2 após o treinamento físico no grupo TFAR, em ambos os testes. Entretanto, no grupo TFI, verificou-se lentificação da mesma no TCC e no TCE após o treinamento. Quanto à cinética-on da FC, não foram constatadas diferenças significativas nos dois grupos e testes, após os dois programas. Concluímos que a cinética-on do VO2 é lentificada nos pacientes com DPOC, quando realizam TCC e TCE após o programa de TFI de alta intensidade. Entretanto, o programa de TFAR não proporcionou benefícios na cinética-on do VO2 e da FC na DPOC, nos TCC e TCE.
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