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O ensino de habilidades de consciência fonológica a estudantes alfabetizadosMarchett, Simone Carla Echer January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-22T06:00:29Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / O presente estudo verificou se o ensino de habilidades de consciência fonológica facilita a aprendizagem das relações de discriminação condicional de letras que representam fonemas que se opõem pelo traço de sonoridade. Para tanto, foi realizado um procedimento de exclusão, com alunos de séries iniciais que trocavam letras na leitura e escrita. Após uma triagem inicial, habilidades de consciência fonológica foram ensinadas aos participantes e, na seqüência, os mesmos foram avaliados através de sondas das relações AC. Em uma avaliação final, a porcentagem de acertos aumentou, em especial para os dois alunos que mais trocaram letras na triagem inicial. Na cópia de texto, nenhum aluno apresentou troca de letras. Na leitura em voz alta, todos os alunos apresentaram melhora na fluência de leitura, e, na escrita espontânea, quatro alunos melhoraram o número de acertos. No teste de consciência fonológica, os alunos demonstraram que aprenderam as relações ensinadas. Nas sondas de síntese, segmentação, manipulação e transposição de sílabas, a porcentagem de acertos foi maior que na de fonemas, assim como houve aumento na porcentagem de acertos nas sondas finais. Pode-se afirmar, portanto, que o ensino de habilidades de consciência fonológica funcionou como facilitador da escrita para alunos que apresentavam troca de letras.
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A compreensão do psíquico na teoria do imaginário de SartreSpohr, Bianca 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T15:19:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
272818.pdf: 718096 bytes, checksum: 6e74d5c81a9003e02a329f4e5f006a6d (MD5) / A definição da psicologia como ciência e de seu objeto de estudo tem sido discutida ao longo dos anos de desenvolvimento desta disciplina. E, embora os psicólogos reconheçam a importância desta problemática e tenham se dedicado a ela, ainda se consideram distantes de uma delimitação consensual. Considerando esta situação, este estudo apresenta a teoria do imaginário de Sartre como um instrumento para se compreender o psíquico - objeto de estudo da psicologia. Para tanto, é realizada a análise das obras Imaginaire e La Transcendance de LEgo de Sartre, pois estudar a imaginação e seu correlato, o imaginário, pressupõe o estudo da consciência e seu correlato, o psíquico. A análise da teoria do imaginário de Sartre demonstra que a imaginação é uma consciência que tem como objeto algo que está fora dela e se dá em imagem. E sendo um dos tipos de consciência possíveis, a imaginação pode ser considerada uma das principais funções psíquicas. Deste modo, a compreensão do psíquico deve passar, obrigatoriamente, pelo exame das experiências de imaginação. É possível concluir que Sartre forneceu importantes contribuições para a elucidação do psíquico a partir de sua teoria do imaginário. Em primeiro lugar, porque reformulou a noção de imagem através da reconstituição da consciência e do psíquico. E, em segundo lugar, porque afirmou a imaginação como uma consciência autônoma que representa, em essência, a noção de liberdade. Pois se imaginar é transcender o real, somente uma consciência livre pode ser capaz de tal movimento.
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SartreCahet, Henrique José Praxedes January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-23T17:08:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
247572.pdf: 874576 bytes, checksum: 4477eb34a5443eece53e54720f2d1e49 (MD5) / Esta dissertação é um estudo do itinerário do conceito sartreano de consciência nas obras A Transcendência do Ego, A Náusea e O Ser e o Nada. O objetivo principal será explicitar a radicalização da noção de consciência que implicará um processo de (des)construção do pensamento. Ante esta proposta examinaremos o conceito sartreano de consciência como consciência de alguma coisa, que nos permitirá compreender que a consciência é desprovida de conteúdos formais e materiais. Além disso, apresentaremos a noção de consciência enquanto discurso ou linguagem originária, que nos permitirá expor que a filosofia sartreana não está vincula a nenhuma atitude solipsista e tampouco transcendental. Não obstante, também exporemos que a consciência não se reduz a uma relação do tipo sujeito-objeto. E, no decorrer de nossa proposta, salientaremos o modo como Sartre estabeleceu a diferença ontológica do ser do em-si e do ser do para-si. Em suma, problematizaremos o itinerário do conceito de consciência nas obras A Transcendência do Ego, A Náusea e O Ser e o Nada para estabelecer suas similitudes e diferenças.
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Em busca de uma nova psicologiaLoureiro Fialho, Gustavo January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. / Made available in DSpace on 2012-10-21T13:32:52Z (GMT). No. of bitstreams: 0
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Literatura de cordel, educação e formação da consciencia criticaPorfiro, Jose Claudio Mota 31 March 1999 (has links)
Orientador: Jose Claudinei Lombardi / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-07-25T13:12:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Porfiro_JoseClaudioMota_D.pdf: 19816808 bytes, checksum: ca7c571ff7c4c0494cd616a2aa6138ff (MD5)
Previous issue date: 1999 / Resumo: A Literatura de Cordel em versos tem seus antecedentes na remota França medieval de Carlos Magno. Daí, os cavaleiros andantes levaram-na a Portugal. Sua chegada ao Brasil ocorreu entre os séculos XVI e XVII. Depois de um certo período de estágio no Rio de Janeiro, outros cavaleiros levaram-na para o nordeste do Brasil onde se faz pujante até hoje. Deste ponto foi que o Cordel, pelas mãos de sertanejos nordestinos tangidos pelas estiagens, adentrou o meio amazônico e aí também reverberou. Este é, sim, o registro histórico de uma espécie literária que, no Brasil, se prestou a utilidades político-sociais extremamente importantes. No nordeste brasileiro o Cordel foi bem mais romântico e bem menos panfletário. Foi muito mais entretenimento. Na Amazônia dos primeiros tempos da colonização, adotou-se a mesma conotação, no mais das vezes um tanto lírica, aos temas explorados. Já no Acre, mais especificamente a partir dos anos 1970, a Literatura de Cordel se tingiu de uma tonalidade político-social, eixo temático este que aborda os problemas vividos por seringueiros, índios e ribeirinhos na sua luta por sobrevivência em tempos e lugares onde o capital continua a subjugar. Ocorre, no entanto, que este Cordel que se fez crítico da realidade do homem do campo, expropriado física e intelectualmente pelo avanço da fronteira capitalista rumo ao extremo oeste brasileiro, também teve uma outra nova conotação: serviu como suporte e até alfabetizou filhos de seringueiros desde a chegada destes últimos, a partir de meados do século XIX. O que se pretende, então, é, além da elaboração historiográfica, um adensamento desse çriticismo imanente ao Cordel praticado pelos seringueiros, de forma a que eles não apenas sejam escolarizados, mas também se façam reformadores sociais com a exata noção do seu papel de forjadores das consciências críticas das gerações que virão / Abstract: The Literature of Cordel, in poetry, has its start on Carlos Magno's medieval old France. Knights-errantry took it away to Portugal. Its arrival in Brasil took place between XVI and XVII centuries. After certain time lirnited to Rio de Janeiro, it spread to the northeast of Brazil, where it has performed itself very exuberantly until our days. From that point, Cordel, through the northeasterners' hands, pressed by the dry weather, arrived in the Amazonia and there made itself very popular. This literary species played, in Brazil, a very important role in many socio-political issues. In the northeast of Brazil, the Literature of Cordel was much more romantic and less pamphletic; it rather aimed at entertainment. In the Amazonia, from the first colonization times, Cordel exhibited the same romantic connotation in the exploitation of various topics. In Acre, however, since the years of 1870, the Literature of Cordel was colored with political and social connotations; the themes are main1y problems faced by the rubber-tappers (seringueiros), indians and riversiders on their struggle for survival in times and locals where capitalism continues to submit the citizens to its almost always unhumane standards. From that perspective, Cordel became a means of appraisal of the reality of countrymen, physically and intelectually expropriated by the advancement of the capitalistic frontier toward to the westemmost part of Brazil; it also acquired a new connotation: it worked as teaching resources to the seringueiros' children, ever since the middle of XIX century. This study presents a historiographical ellaboration on the criticism made by the Cordel texts produced by the tubber-tappers, seeking to identify the strategies they used to make Cordel a tool not only for schooling but also for the development of citizens conscious of their role as social reformers and builders of a critical consciousness for future generations / Doutorado / Doutor em Educação
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Consciência e educação ambientalFerracini, Myrtha Wandersleben 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas, Programa de Pós-Graduação em Direito, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T13:43:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
274071.pdf: 1688853 bytes, checksum: d2638fde9b05766ef943c4113abb1401 (MD5) / Sendo a educação ambiental obrigatória em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter forma e não-formal, a presente dissertação questiona se há a efetividade dessa educação nos alunos do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina. Sabe-se que a degradação do meio ambiente é um mal real, com conseqüências irreversíveis, e se atitudes não forem tomadas, em caráter de urgência, a situação se agravará mais às presentes e futuras gerações. Por isso, a educação ambiental é papel fundamental na mudança de pensamento e comportamento das pessoas. Educação esta que serve como um importante instrumento na edificação da consciência ambiental; na construção da nova cidadania ambiental e planetária. Uma nova cidadania que compreende cidadãos terrestres, preocupados não somente por lutas e conquistas de direitos individuais, mas coletivos, sustentando uma visão unificadora do planeta e de uma sociedade mundial. Sendo assim, a dissertação em anotação foi desenvolvida, além da pesquisa bibliográfica, empírica, na modalidade de quase-experimento, para verificar se a educação ambiental em discussão, na sua modalidade formal, está inserida no curso de Direito da UFSC. Assinala-se que foram aplicados questionários com questões que, em uma primeira etapa, envolvem a opinião a respeito da situação do meio ambiente, e outra, que aborda o comportamento dos alunos testados, sobre esse meio ambiente.
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O consequencialismo e a deontologia na ética animalCunha, Luciano Carlos 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-24T23:24:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
279821.pdf: 3015585 bytes, checksum: 634ff31594ab677fe6be0bff5a23c0a0 (MD5)
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Autenticidade em ser e tempoMunchen, Odirlei Luis January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia / Made available in DSpace on 2012-10-25T21:39:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299842.pdf: 378563 bytes, checksum: c4bb10524e28ab21beef714b53f02d16 (MD5) / O objetivo principal deste trabalho é buscar uma compreensão do significado do conceito de autenticidade. Existência constitui o modo de ser que Heidegger, em Ser e tempo, reservou para designar exclusivamente o comportamento humano, no sentido da autocompreensão e autorealização de um ente que compreende a si mesmo e aos demais entes. A arquitetônica conceitual dessa e também de outras obras, posteriores à década de 1930, tem por fio condutor a pergunta sobre o sentido de ser em geral. Mas para o horizonte do questionamento do sentido de ser em geral se afigura uma dificuldade em relação ao ponto de partida e à determinação dos critérios a utilizar para investigar uma questão tão geral quanto a que Ser e tempo expõe. Partir da questão sobre o sentido em que o filósofo fala de interpretação existencial e sobre o significado que se aduz, no seio dessa interpretação, ao modo de ser autêntico e autenticidade deve fazer-nos considerar o significado do conceito de existência e o papel do mesmo na estrutura conceitual de Ser e tempo. A análise heideggeriana desenvolve-se numa atenção fenomenológica ao ente privilegiado em relação ao modo de ser que lhe caracteriza um comportamento ontológico, isto é, um comportamento compreensivo em relação aos entes junto aos quais realiza seu ser na descoberta. Esse comportamento constitui o que deve ser explicitado em seus constitutivos ontológicos. A compreensão e interpretação deste modo privilegiado seria o aporte da colocação da questão, que repercute na existência. Na constituição ontológica que lhe caracteriza se funda, pois, a possibilidade de compreensão e interpretação do "sentido de mundo". No presente contexto tentaremos conquistar uma compreensão do significado de autenticidade e de existência autêntica. / The aim of this paper is to seek a comprehension of the meaning of the concept of authenticity. Existence constitutes the way of being that the Heidegger, in Being and time reserved to designate exclusively the human behavior, in the sense of self comprehension and self fulfillment of a being that understands himself and the other ones. The conceptual architectonic of this and also other works, after the 1930`s, is linked to the question about the meaning of being in general. But wouldn`t the horizon of the questioning of the sense of being in general be excessively wide and thus does not represent a difficulty regarding the starting point and the determination of the criteria to be used, to look into a question as general as the Being and time exposed. Undoubtedly, starting from the question of the sense that the philosoph r talks about existential interpretation and about the meaning which is presented, within this interpretation, in the way of being authentic and authenticity must make us consider the meaning of the concept of existence and the role of that on the conceptual structure of Being and time. The heideggerian analysis develops into a phenomenological attention to the privileged being concerning the way of being that characterizes an ontological behavior, that is, a comprehensive behavior regarding the beings with whom he/she fulfills his/her being in the discovery. This behavior constitutes what must be explained in its ontological constitutive. Comprehension and interpretation of this privileged way would be the supply of disposing the question, which reflects on the existence. In the ontological constitution which characterizes him/her, the possibility of comprehension and interpretation of the "sense of world" is based, thus. In this present context we will try to gain an understanding of the meaning of authenticity and authentic existence.
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O sentido fenomenológico da noção de redução e, Edmund HusserlFerreira, Elizia Cristina January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2012-10-23T16:27:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
262667.pdf: 783297 bytes, checksum: 63f3bb5eab072c763f1ac4f597778d6f (MD5) / Num olhar desatento, a epoché fenomenológica de Husserl se apresenta como uma decisão "anti-natural", afinal, assumir a atitude transcendental da redução supostamente implicaria abandonar algo inerente ao nosso modo intrínseco de compreender mundo. Caso se aceite isto, então é inevitável questionar a legitimidade dessa proposta metodológica. O objetivo deste trabalho é demonstrar que é a partir da própria atitude natural que se origina a necessidade de uma orientação distinta, não em relação ao modo como nos relacionamos com as coisas, com o mundo, mas em relação ao modo que o concebemos teoricamente. A epoché revela que é na ingenuidade de uma tese assumida dogmaticamente que o homem toma distância de sua forma imediata de inserção no mundo. Em "Ideen I" Husserl dispensa um esforço considerável em explicar o que se entende por "atitude natural" e, justamente nessa tentativa, demonstra-se inevitável falar a respeito da intencionalidade da consciência, assim, ela aparece antes mesmo de uma elaboração explícita da redução, fazendo notar que é a tese da atitude natural que ofusca sua evidência. Desnorteada em seu objetivismo, ela impõe a si mesma a criação de códigos, de pontes de encontro com o mundo que o sujeito, fechado em sua imanência, não pode alcançar.
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Consciência fenomênica e visão científica de mundoSilva, Joedson Marcos January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-22T04:09:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
334386.pdf: 1565352 bytes, checksum: 9b55666db6d00cae39bf4811ff92e6af (MD5)
Previous issue date: 2015 / Este trabalho aborda alguns problemas filosóficos sobre a consciência. A questão central discutida é como fenômenos conscientes, subjetivos, relacionam-se com o mundo material conforme este é concebido por nossa visão científica de mundo. Para alguns filósofos que enfrentam a questão, a mente consciente não é nada além do cérebro em funcionamento e, ao explicarmos como o cérebro trabalha, estamos já esclarecendo o que é a consciência, visto que esta é idêntica às entidades cerebrais. Esse ponto de vista materialista faz desaparecer o problema de como a mente se encaixa no mundo, uma vez que ela não passaria de um aspecto das ocorrências materiais semelhantes a tudo o mais que existe no universo. Outra perspectiva, alentada pelos críticos do materialismo, concebe os estados mentais como radicalmente diferentes de estados físicos, não podendo a mera descrição do cérebro explicar adequadamente o mental. No início do trabalho, serão explanados alguns do pontos principais desta controvérsia, apontando sua relevância filosófica para além de uma disputa puramente científica. Perguntas a propósito da natureza das entidades mentais conscientes, do modo como podemos conhecê-las e sobre sua relação com o mundo material acabam repercutindo em áreas como a epistemologia, a metafísica, a ontologia, dentre outras, na medida em que cada abordagem sobre o problema mente-corpo termina por se comprometer com diversas teorias nesses campos de estudo; por essa razão, esse assunto se impõe como alvo de intensa controvérsia filosófica. Será assinalada a centralidade da noção de consciência na filosofia da mente atual e serão apresentadas algumas das questões em disputa relativas a esse conceito, bem como certas abordagens que tencionam resolvê-las. Em seguida, será exposto o Dualismo Naturalista defendido por David Chalmers. Para Chalmers, a grande questão (hard problem) da filosofia da mente é como explicar o estado de primeira pessoa, os fenômenos conscientes; saber como processos físicos ocorridos em nosso cérebro podem dar origem à experiência interna subjetiva e qual a natureza dessa experiência. Posteriormente, será reconstruída a posição de J. Searle, defensor da teoria de que a consciência resulta das propriedades biológico-causais do cérebro. A partir dos argumentos desses dois filósofos, que realizaram desenvolvimentos importantes no enfrentamento do problema da consciência, será mostrada a oposição que eles acabam por estabelecer no contexto da filosofia da mente contemporânea. David Chalmers tem sua posição criticada por Searle, que vê o Dualismo Naturalista como uma extravagância metafísica, uma vez que estabelece uma diferença ilegítima entre consciência e realidade física. Para Searle, tal distinção peca por ignorar as características neurobiológicas específicas do cérebro, de onde estados conscientes e ?qualia? despontam. Somente os biologicamente desinformados, entende ele, negariam o fato de a consciência ser causada pelo cérebro. Na solução de Searle para o problema mente-corpo, denominada Naturalismo Biológico, o vocábulo ?naturalismo? acentua o fato de nossos estados mentais estarem inteiramente acomodados ao universo natural, não estando acima das coisas comuns conhecidas. Nesse sentido, eles podem ser interpretados à luz das ciências da natureza de que dispomos. O mental, portanto, deve inserir-se nos relatos biológicos amplamente conhecidos e dos quais fazem parte fenômenos como a digestão e outros. Os cérebros produzem a vida mental e as causas responsáveis pelo aparecimento de nossa experiência interna subjetiva são fenômenos neurofisiológicos que se passam nesse órgão.<br> / Abstract : This dissertation addresses some philosophical problems about consciousness. The central issue discussed here is how conscious, subjective phenomena, relate to the material world as designed by one s scientific worldview. For some philosophers who face the issue, conscious mind is nothing but the brain at work and in explaining how the brain works one clarifies what consciousness is like, since it would be identical to brain entities. This materialistic point of view ruled out the problem of how the mind fits into the world, since it is no more than an aspect of material events like everything else existing in the universe. Another perspective, encouraged by critics of materialism, conceives of mental states as radically different from physical states, and the mere description of the brain can adequately explains the mental either. In the beginning of this thesis, some of the main points of this controversy are explained, stressing their philosophical relevance beyond a purely scientific dispute. Questions concerning the nature of awareness mental entities as to how we can know them and about their relationship with the material world end up influencing areas such as epistemology, metaphysics, ontology, among others, to the extent that each approach to the mind-body problem ends up committing itself to several theories in these fields of study; therefore, this matter is imposed as a target of intense philosophical controversy. The centrality of the concept of consciousness in current philosophy of mind will be stressed and some of the
issues concerning this concept will be presented, as well as certain approaches intending to solve them. First, the Naturalistic Dualism argued for by David Chalmers will be exposed. For Chalmers, the main question (the hard problem) in the philosophy of mind is how to explain the states of first person, the conscious phenomena; to know how physical processes occurring in our brain can give rise to our subjective inner experience and the nature of that experience. Later on, J. Searle position will be revised, as a defence of consciousness as something that results from biological-causal properties of the brain. From the arguments of both philosophers, who are responsible for significant developments in the discussion of the problem of consciousness, the opposition they end up establishing in the context of contemporary philosophy of mind will be evaluated. David Chalmers has his position criticized by Searle, who sees naturalistic dualism as a metaphysical extravagance, since it establishes an illegitimate difference between consciousness and physical reality. For Searle, this distinction fails in ignoring the specific neurobiological characteristics of the brain, where conscious states and "qualia" emerge. Only the biologically misinformed, Searle believes, would deny the fact that consciousness is caused by the brain. In Searle's solution to the mind-body problem, called Biological Naturalism, the term "naturalism" emphasizes the fact that our mental states are fully accommodated to the natural universe, not being above the ordinary known things. In this sense, they can be interpreted on the light of current natural sciences. The mental, therefore, should be incorporated to the widely known biological reports along with phenomena such as digestion and others. The brain produces mental life and the causes that are responsible for the appearance of one s subjective inner experience are the neurophysiological phenomena taking place in the brain.
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