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Relações entre variáveis psicossociais e cognitivas e o desempenho em leitura em crianças de uma coorte populacionalPiccolo, Luciane da Rosa January 2010 (has links)
A leitura é um processo complexo, consequência de interações entre fatores ambientais, biológicos e cognitivos. Este estudo visou a investigar a relação entre fatores psicossociais (socioeconômicos e familiares) e cognitivos (memória de trabalho) e o desempenho em leitura de crianças participantes de uma coorte populacional. Foram realizados dois estudos relacionando o desempenho em leitura a: 1) fatores psicossociais e 2) fatores cognitivos. As 65 crianças avaliadas (9-11 anos) eram estudantes de 2ª a 5ª séries de escolas públicas de Porto Alegre-RS. Suas mães participaram de entrevistas sobre dados psicossociais da mãe e de desenvolvimento da criança, feitas aos 4 meses, 2 anos e 5/6 anos de idade das crianças. As crianças foram avaliadas em leitura, QI e memória de trabalho. No estudo 1, correlações significativas negativas foram encontradas entre morbidade psiquiátrica (escore do SRQ-20) da mãe e total de acertos na leitura de palavras irregulares da criança e entre o número de familiares que moravam em casa e o escore total na leitura de palavras da criança. Além disso, a renda familiar correlacionou-se significativa e positivamente com o escore em compreensão de leitura textual da criança. Nas análises de regressão linear apenas o número de familiares que moravam na mesma casa que a criança foi preditor do desempenho em leitura de palavras. Pode-se entender que quanto mais pessoas habitam uma mesma residência, menos recursos são disponibilizados para cada um e os pais podem não ter tempo suficiente para envolverem-se em atividades escolares com seus filhos, o que impacta no desempenho da leitura. No segundo artigo, as medidas de memória de trabalho não se correlacionaram significativamente às tarefas de leitura quando o subteste vocabulário (do WASI) foi controlado. Houve diferenças significativas nas comparações das médias das tarefas de leitura por série – os estudantes de 4ª série apresentaram maiores escores do que as de 3ª. Conclui-se que dos fatores estudados, houve contribuição de variáveis socioeconômicas e familiares para o desempenho em leitura de crianças de uma coorte populacional. A relação entre leitura e memória de trabalho foi intermediada pela linguagem (vocabulário). / Reading is a complex process, a consequence of interactions between environmental, biological and cognitive factors. This study aimed to investigate the relationship between psychosocial factors (socioeconomic and family) and cognitive (working memory) and reading performance of children participating in a population cohort. Two studies were related to reading performance: 1) psychosocial factors and 2) cognitive factors. The 65 evaluated children (9-11 years) were students from 2nd to 5th grade of public schools in Porto Alegre- RS. Their mothers participated in interviews regarding psychosocial data of mother and child development, at 4 months, 2 years and 5 / 6 year old children. Children were tested in reading, IQ and working memory. In one study, negative correlations were found between the psychiatric morbidity (score of SRQ-20) of the mother and the total score in the reading of irregular words between the child and the number of family members who lived in the same house as the child and the total score in words read by the child. Additionally, family income correlated significantly and positively with the reading comprehension text score of the child. In a linear regression analysis only the number of relatives who lived in the same house as the child was a predictor of performance in word reading. One can understand that as more people inhabit a single residence, fewer resources are available for each individual, and parents may not have enough time to get involved in school activities with their children, which impacts the performance of reading. In the second article, the measures of working memory did not correlate significantly with reading assignments when the vocabulary subtest (from the WASI) was controlled. There were significant differences in comparisons of the mean reading task of the series - the fourth grade students had higher scores than the 3rd grade students. We concluded that in the factors studied there was a correlation between the socioeconomic level and the family to the reading performance of children in a population cohort. The relationship between reading and working memory was mediated by language (vocabulary).
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[en] MEDIATIONS DESIGN IN CONSTRUCTION ONLINE GAMES INTERFACES FOR CHILDREN / [pt] MEDIAÇÕES DO DESIGN NA CONSTRUÇÃO DE INTERFACES DE JOGOS INFANTIS ONLINEDANIELA DE CARVALHO MARÇAL 18 October 2011 (has links)
[pt] A interação da criança com a tecnologia há muito se faz presente nas
sociedades, não sendo então uma característica específica da sociedade
contemporânea. O fato de as crianças estarem cada vez mais cedo dominando e
interagindo com tecnologias complexas em situações que até então eram restritas
ao universo adulto, como por exemplo a internet, mostra-se mais evidente na
sociedade atual. Partimos do entendimento de que as novas tecnologias estão
mudando os modos de constituição e desenvolvimento das relações sociais e
também seus modos de significação. Nos aproximamos da criança inscrita na
contemporaneidade por, a partir dela, estar criando sua identidade e se tornando
sujeito desta sociedade. Esta pesquisa tem como tema central questões
relacionadas ao papel do designer como mediador nos processos de
desenvolvimento da linguagem, identidade e da produção de sentidos na interação
da criança com interfaces de jogos infantis online. A partir da observação de um
grupo de crianças entre 10 e 11 anos, moradores das comunidades da Rocinha e
Vidigal, Zona Sul do Rio de Janeiro, durante suas atividades no projeto intitulado
Khouse do Departamento de Informática da PUC-RIO, discutimos questões
relativas ao papel do designer enquanto produtor cultural participante na
proposição de modos linguísticos de produção de sentidos. Concluímos
entendendo o papel do design como mantenedor de mitos e esteriótipos e
indicamos ser vital refletir sobre seu lugar como promotor de novos conceitos e
aquisições de conhecimentos da criança em sua relação com a internet. / [en] The child s interaction with technology is present in societies for long time
and is not a specific feature of contemporary society. The fact that children are
dominating and interacting with complex technologies each time earlier in
situations that were once restricted to adult s universe, such as the Internet, seems
more evident in society today. We regard that new technologies are changing the
way the social relations are formed and developed, as much as their meanings. We
understand that the contemporary children are immerse on those new relations and
are, in this context, creating theirs identity and becoming subjects of this society.
The main issue of this research is the designer s role as mediator in children s
processes language, identity and meaning development as they interact with
online game’s interfaces for children. We observed a group of children between
10 and 11 years, residents of Rocinha and Vidigal communities, in South Zone of
Rio de Janeiro, during their activities in the Khouse project, hosted by the
Informatics Department of Pontifical Catholic University of Rio de Janeiro. We
conclude by understanding the role of design as a maintainer of myths and
stereotypes, and indicate it is vital to reflect on his place as a promoter of new
concepts and acquisition of knowledge of the child in its relationship with the
Internet.
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[en] MEMORY IN SCHOOL-AGED CHILDREN: A NEUROPSYCHOLOGICAL PERSPECTIVE / [pt] MEMÓRIA DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR: UMA PERSPECTIVA NEUROPSICOLÓGICALUCIANA BROOKING TERESA DIAS 09 August 2018 (has links)
[pt] A memória se apresenta em sistemas distintos e interligados. Ela permite a constituição do sujeito e sua interação com o meio em que vive. Durante o desenvolvimento, mudanças biológicas e comportamentais vão ocorrendo, algumas vezes de forma rápida e outras, lentamente, respeitando a maturação neuronal, a interação social e a cultura em que vive. Nesse contexto, a emoção tem um papel modulador das funções cognitivas, fortalecendo ou enfraquecendo o armazenamento de uma informação, ou seja, influenciando a memória. Seu armazenamento pode ser sensorial, de curto e de longo prazo e ela pode se dividir em estágios (codificação, armazenamento e recuperação) e em tipos (explícita ou declarativa e implícita ou não declarativa). A memória explícita se subdivide em episódica e semântica, a implícita inclui os hábitos e habilidades, e a memória de curto prazo inclui a memória de trabalho. As áreas cerebrais envolvidas são o
hipocampo, lobos frontal e temporal e a amígdala. Há distinção dos sistemas de memória durante o desenvolvimento: bebês reproduzem ações, reconhecem faces e eventos familiares e apresentam memória implícita (que não se altera muito ao longo do desenvolvimento); crianças pré-escolares apresentam uma memória mais sofisticada, organizando melhor as informações; e na fase escolar a memória já se encontra mais desenvolvida. O estudo mostrou que a memória semântica melhora gradualmente com a idade, acompanhando a ampliação de vocabulário; a memória episódica se desenvolve de forma mais pontual; e a memória de trabalho apresenta maturação mais tardia, acompanhando o desenvolvimento das funções executivas. / [en] The memory is divided into different systems and interconnected. It allows the creation of the subject and its interaction with the environment in which they live. During the development, behavioral and biological changes are occurring, sometimes quickly and others slowly, respecting the neuronal maturation, social
interaction and culture in which they live. In this aspect, some skills are innate and others, acquired, learned. In this context, emotion plays a modulator of cognitive functions, strengthening or weakening the storage of information, ie, influencing memory. It can present divided into stages (sensory, short term and long term), in steps (encoding, storage and retrieval), and types (declarative or explicit and implicit or non-declarative). The explicit type is subdivided into episodic and semantic, the implicit include the habits and skills, and the short-term memory includes the working memory. The brain areas involved are the hippocampus, frontal and temporal lobes, and amygdale. in the formation of new memories and the recognition and consolidation during learning, and amygdala, allowing storage of the episodes that involve more emotion. There are distinctions in the memory systems during the development: babies reproduce actions, recognize faces and family events and have implicit memory (which does not change much throughout development), preschool children have a more sophisticated memory by organizing the information better; and during school memory is already more developed. The study showed that semantic memory improves gradually with age, following the expansion of vocabulary; episodic memory develops in a more timely, and working memory presents late maturation, following the development
of executive functions.
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[en] ADOLESCENTS IN CONFLIT WITH LAW FULLFIL SOCIAL-EDUCATIVE MEASURES OF SEMI-LIBERTY: LIMITS AND POSSIBILITIES / [pt] ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI QUE CUMPREM MEDIDAS SÓCIO-EDUCATIVAS DE SEMILIBERDADE: LIMITES E POSSIBILIDADESMARCIA VILLAS BOAS DOS SANTOS 13 February 2009 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo analisar como os diferentes
agentes envolvidos nos processos de implementção de medidas
sócio-educativas de semiliberdade pelos adolescentes em
conflito com a lei, na cidade do Rio de
Janeiro, se situam em relação à importância dessas medidas,
suas possibilidades e limites. Para tanto, lançamos mão do
material empírico coletado em pesquisa de
campo, através de entrevistas semi-estruturadas realizadas
com profissionais da Vara da Infância e da Juventude, do
Tribunal de Justiça do estado do Rio de
Janeiro, do DEGASE (Departamento Geral de Ações Sócio-
Educativas) e do Conselho Tutelar. Além das entrevistas,
foram também coletados dados estatísticos da Vara da
Infância e da Juventude e dados relativos aos adolescentes
que cumprem medida de semiliberdade numa das unidades do
DEGASE destinadas a este fim-, um CRIAM (Centro de Recursos
Integrados de Atendimento ao Menor). Os resultados da
pesquisa apontam que os adolescentes que cumprem medidas de
semiliberdade pelo envolvimento na prática de atos
infracionais vêm de um quadro de grave exclusão social e
que há uma ausência de políticas públicas destinadas à
juventude, especialmente, àqueles que estão em
conflito com a lei, jovens invisíveis para a sociedade, que
ganham visibilidade a partir da prática do ato infracional.
Alguns entrevistados consideram a importância da construção
de uma rede efetiva de proteção à criança, ao
adolescente e à família como um fator imprescindível para
se enfrentar a problemática dos adolescentes em conflito
com a lei na nossa sociedade. / [en] This research aims to analyze different agents involved in
implementation processes of social-educational measures of
semi-liberty for adolescents with law conflicts in the city
of Rio de Janeiro, acting in relation to the importance of
those measures, its limits and possibilities. In such a way
we let beside the empirical material collected in the
fieldwork, realizing semi-structured interviews with
professionals from the Child and Youth Court of the Justice
Court of Rio de Janeiro State, of DEGASE (General
Department of Social-Educational Actions) and Tutorial
Board. Beyond the interviews, statistical dadas were
collected from the Child and Youth Court and relative dadas
about adolescents who fulfill measures of semi-liberty in
one of the DEGASE units destinated to this purpose -
a CRIAM (Center of Integrated Resources for Minor
Assistance). The research results point out that
adolescents who fulfill measures of semi-liberty, because of
involvement in the practice of first criminal offenses,
come from a background of serious social exclusion and show
the absence of public politics destinated to the
youth, specially for those who are in conflict with the
law, young people invisible for society, who earn
visibility commiting first criminal offenses. Some
interviewees consider the importance of construction of an
effective network for protection of the children, the
adolescents and families as an indispensable factor
to face the problematic of adolescents with law conflicts
in our society.
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[en] BEING A CHILD, BEING AN ADULT, BEING A TEACHER: ENCOUNTERS, DIALOGUES AND DEVIATIONS WITH 6-10 YEAR OLD CHILDREN / [pt] SER CRIANÇA, SER ADULTO, SER PROFESSOR: ENCONTROS, DIÁLOGOS E DESVIOS COM CRIANÇAS DE SEIS A DEZ ANOSGABRIELA BARRETO DA SILVA SCRAMINGNON 26 July 2017 (has links)
[pt] Ser criança, ser adulto, ser professor: encontros, diálogos e desvios com crianças de seis a dez anos, tem como objetivo conhecer o que falam crianças de seis a dez anos da experiência de ser criança no mundo contemporâneo e de como se dão as relações entre elas e os adultos. O referido objetivo se desdobra em questões que orientam a investigação: o que as crianças falam sobre ser criança? Como revelam em seus discursos e brincadeiras a compreensão que têm de si, dos outros e do mundo social? O que as crianças falam da relação delas com os adultos, jovens, idosos? Que temas, conversas e perguntas as crianças trazem? As crianças falam da escola, dos professores? O que as crianças falam sobre a realização de pesquisas com elas? Que assuntos consideram importantes como temas de pesquisa? A escuta das crianças aconteceu em dois campos empíricos: dentro e fora da escola. Dentro da escola, o diálogo se deu com crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental em uma instituição da rede pública municipal do Rio de Janeiro. Fora da escola, o encontro com as crianças ocorreu em uma instituição não governamental sem fins lucrativos, empenhada na formação e na produção artística cultural. O estudo teve como estratégias metodológicas a observação e a realização de entrevistas coletivas. A investigação aborda as contribuições dos Estudos da Infância como campo interdisciplinar de conhecimento, que fornece elementos para pensar a infância e a criança no âmbito das Ciências Humanas e Sociais. A pesquisa problematiza as condições que a contemporaneidade tem oferecido para as relações entre adultos e crianças. A atualidade desta reflexão, que indica a contemporaneidade como tema de análise, traz para o debate as contribuições da antropologia filosófica de Martin Buber e de Walter Benjamin, interlocutores teórico-metodológicos desse estudo. A tese discute a concepção de infância fundamentada na obra de Benjamin. As análises destacam: (i) a categoria ser criança, considerando o que dizem e percebem desta condição e os significados de ser criança para elas; (ii) as crianças como depoentes privilegiados de sua condição, nos dão pistas sobre o mundo que construímos para elas e sobre as relações estabelecidas entre elas e os adultos; (iii) temas, conversas e indagações trazidas pelas crianças. Na escuta das crianças a tese enfatiza a necessidade de pensar a criança como semelhante ao adulto na sua humanidade, valorizando-a, em busca de estabelecer com ela uma relação de alteridade. No mundo contemporâneo, o olhar da criança como outro olhar é precioso para a história do homem. / [en] Being a child, being an adult, being a teacher: encounters, dialogues and deviations with 6-10 year old children aimsto cognize 6-10 year old children s discourses about their experience of being children in a contemporary world and how the relationship between them and adults happen. The research objective is unfolded into issues which conduct the investigation: what do children say about being a child? How is it revealed in their speeches and plays their understanding about themselves, about the other and about the social world? What do children say about their relationship with adults, young people and elders? Which topics, discourses and questions do children bring? Do children talk about school, about the teachers? What is the children s opinion about conducting a research with them? Which issues do they believe to important as research themes? The listening to the children s discourses occurred in two empirical fields: inside and outside school. Inside school, the dialogue took place with children in the first grades of an elementary Rio de Janeiro city public school. Outside, meetings with the children were arranged in a nongovernmental and nonprofit institution which deals with artistic cultural-artistic formation and production. Observations and group interviews were used as the study methodological strategies. The research approaches the contribution of the Children s studies as an interdisciplinary field of knowledge, which provides elements to consider the child and the childhood in the scope of Human and Social sciences. The thesis questions the conditions that contemporaneity has offered to the relationship between children and adults. The topicality of such reflection, which results in the modernity as topic of analysis, bring out the debate on Martin Buber and Walter Benjamin s (theoretical-methodological interlocutors of this research) philosophical anthropology contributions. The study discusses the understanding of childhood based on Benjamin s work. The analyses underline: (i) the being a child category, taking into account what is said and perceived by children about this condition and the meanings they convey of being a child; (ii) the children, as privileged deponents of their own condition, offer us some hints on the world we build for them and on the relationship set between them and the adults; (iii) topics, conversations and inquiries raised by the children. When listening to the children s discourses, the present thesis stresses the necessity of considering the child as similar to an adult in respect to their humanity, valorizing the child, in the search of establishing with them a relationship of otherness. In the contemporaneous world, the child s eye as another eye is needed in the human history.
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Relações entre variáveis psicossociais e cognitivas e o desempenho em leitura em crianças de uma coorte populacionalPiccolo, Luciane da Rosa January 2010 (has links)
A leitura é um processo complexo, consequência de interações entre fatores ambientais, biológicos e cognitivos. Este estudo visou a investigar a relação entre fatores psicossociais (socioeconômicos e familiares) e cognitivos (memória de trabalho) e o desempenho em leitura de crianças participantes de uma coorte populacional. Foram realizados dois estudos relacionando o desempenho em leitura a: 1) fatores psicossociais e 2) fatores cognitivos. As 65 crianças avaliadas (9-11 anos) eram estudantes de 2ª a 5ª séries de escolas públicas de Porto Alegre-RS. Suas mães participaram de entrevistas sobre dados psicossociais da mãe e de desenvolvimento da criança, feitas aos 4 meses, 2 anos e 5/6 anos de idade das crianças. As crianças foram avaliadas em leitura, QI e memória de trabalho. No estudo 1, correlações significativas negativas foram encontradas entre morbidade psiquiátrica (escore do SRQ-20) da mãe e total de acertos na leitura de palavras irregulares da criança e entre o número de familiares que moravam em casa e o escore total na leitura de palavras da criança. Além disso, a renda familiar correlacionou-se significativa e positivamente com o escore em compreensão de leitura textual da criança. Nas análises de regressão linear apenas o número de familiares que moravam na mesma casa que a criança foi preditor do desempenho em leitura de palavras. Pode-se entender que quanto mais pessoas habitam uma mesma residência, menos recursos são disponibilizados para cada um e os pais podem não ter tempo suficiente para envolverem-se em atividades escolares com seus filhos, o que impacta no desempenho da leitura. No segundo artigo, as medidas de memória de trabalho não se correlacionaram significativamente às tarefas de leitura quando o subteste vocabulário (do WASI) foi controlado. Houve diferenças significativas nas comparações das médias das tarefas de leitura por série – os estudantes de 4ª série apresentaram maiores escores do que as de 3ª. Conclui-se que dos fatores estudados, houve contribuição de variáveis socioeconômicas e familiares para o desempenho em leitura de crianças de uma coorte populacional. A relação entre leitura e memória de trabalho foi intermediada pela linguagem (vocabulário). / Reading is a complex process, a consequence of interactions between environmental, biological and cognitive factors. This study aimed to investigate the relationship between psychosocial factors (socioeconomic and family) and cognitive (working memory) and reading performance of children participating in a population cohort. Two studies were related to reading performance: 1) psychosocial factors and 2) cognitive factors. The 65 evaluated children (9-11 years) were students from 2nd to 5th grade of public schools in Porto Alegre- RS. Their mothers participated in interviews regarding psychosocial data of mother and child development, at 4 months, 2 years and 5 / 6 year old children. Children were tested in reading, IQ and working memory. In one study, negative correlations were found between the psychiatric morbidity (score of SRQ-20) of the mother and the total score in the reading of irregular words between the child and the number of family members who lived in the same house as the child and the total score in words read by the child. Additionally, family income correlated significantly and positively with the reading comprehension text score of the child. In a linear regression analysis only the number of relatives who lived in the same house as the child was a predictor of performance in word reading. One can understand that as more people inhabit a single residence, fewer resources are available for each individual, and parents may not have enough time to get involved in school activities with their children, which impacts the performance of reading. In the second article, the measures of working memory did not correlate significantly with reading assignments when the vocabulary subtest (from the WASI) was controlled. There were significant differences in comparisons of the mean reading task of the series - the fourth grade students had higher scores than the 3rd grade students. We concluded that in the factors studied there was a correlation between the socioeconomic level and the family to the reading performance of children in a population cohort. The relationship between reading and working memory was mediated by language (vocabulary).
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Estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas ao longo dos anos pré-escolares e sua relação com a competência social infantil / Stability and changes in mothers and fathers' childrearing practices along child's pre-school years and their relation with child social competenceMarin, Angela Helena January 2009 (has links)
O presente estudo teve como objetivo examinar a estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas, em particular o uso de práticas indutivas, coercitivas e de não interferência aos 24, 36 e 72 meses de vida da criança. Além disso, investigou-se a relação dessas práticas com a competência social infantil aos 72 meses. Participaram do estudo 24 mães e pais que tinham um único filho e residiam na região metropolitana de Porto Alegre. Quando as crianças completaram 24 meses, os participantes responderam a uma entrevista para a avaliação das práticas educativas. Aos 36 meses de vida das crianças, as famílias foram observadas durante o almoço, quando as práticas educativas também foram investigadas. Por fim, aos 72 meses de vida das crianças, os participantes responderam novamente à entrevista sobre práticas educativas parentais e a uma escala para avaliação da competência social dos filhos. Os resultados corroboraram parcialmente a hipótese inicial de que não haveria estabilidade nas práticas educativas parentais, tendo em vista que estas se constituem em comportamentos parentais específicos usados para orientar determinados comportamentos infantis, passíveis de serem influenciadas pelo nível de desenvolvimento da criança. ANOVAs de medidas repetidas indicaram diferenças quanto às práticas indutivas maternas entre os 24 e 36 meses, bem como entre as práticas de não interferência, entre os 24 e 36 meses e também entre os 36 e 72 meses. Quanto aos pais, as diferenças foram encontradas entre as práticas indutivas aos 24 e 72 meses e entre as práticas de não interferência aos 24 e 36 meses e aos 36 e 72 meses. Quando considerados o nível socioeconômico familiar (NSE) e o sexo da criança como fatores de análise, apenas o NSE esteve relacionado com as práticas indutivas paternas, indicando que pais de NSE mais altos são mais indutivos com seus filhos aos 36 meses. Já a hipótese de que as práticas educativas indutivas estivessem relacionadas à competência social infantil não recebeu apoio, uma vez que apenas as práticas coercitivas e de não interferência maternas apareceram correlacionadas com as dimensões de responsabilidade e autocontrole da criança, respectivamente. Os resultados sugerem que, à medida que a criança apresenta novas habilidades e demandas, surge a necessidade de práticas educativas parentais adequadas às diferentes fases do desenvolvimento infantil. / The present study had as its main objective to examine stability and change in mothers' and fathers' child-rearing practices, in particular the use of inductive, coercive and noninterference practices with children at 24, 36 and 72 months of age. In addition, the relation of such practices with child social competence at 72 months was investigated. 24 mothers and fathers who had an only child and lived in the metropolitan area of Porto Alegre participated in the study. When children were 24 months old, the participants were interviewed about their child-rearing practices. When the children were 36 months, they and their families were observed during lunch time, with a focus on child-rearing practices. Finally, when the children were 72 months, the parents were again interviewed about their child-rearing practices and completed a scale assessing their children's social competence. The results partially confirm the initial hypothesis that there would no be stability in parents' child-rearing practices, given that the methods used by parents to guide their children’s behavior may be influenced by the children's level of development. Repeated measures ANOVAs indicated differences in maternal inductive practices between 24 and 36 months and differences in non-interference practices both between 24 and 36 and 36 and 72 months. Concerning the fathers, differences were found between inductive practices at 24 and 72 months and among non-interference practices at 24 and 36 months and at 36 and 72 months. When taking into account family socioeconomic status (SES) and the child's gender as factors of analysis, the latter had no impact and SES was related only to fathers' inductive practices, indicating that fathers with higher SES were more inductive, but only with their 36-month-old children. On the other hand, the hypothesis that inductive practices were related to child social competence was not supported, since only maternal coercitive and noninterference practices showed to be correlated with the dimensions of child responsibility and self-control, respectively. The results suggest that as developing children show new abilities and demands their parents need to adapt their child-rearing practices to reflect those changes.
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Estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas ao longo dos anos pré-escolares e sua relação com a competência social infantil / Stability and changes in mothers and fathers' childrearing practices along child's pre-school years and their relation with child social competenceMarin, Angela Helena January 2009 (has links)
O presente estudo teve como objetivo examinar a estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas, em particular o uso de práticas indutivas, coercitivas e de não interferência aos 24, 36 e 72 meses de vida da criança. Além disso, investigou-se a relação dessas práticas com a competência social infantil aos 72 meses. Participaram do estudo 24 mães e pais que tinham um único filho e residiam na região metropolitana de Porto Alegre. Quando as crianças completaram 24 meses, os participantes responderam a uma entrevista para a avaliação das práticas educativas. Aos 36 meses de vida das crianças, as famílias foram observadas durante o almoço, quando as práticas educativas também foram investigadas. Por fim, aos 72 meses de vida das crianças, os participantes responderam novamente à entrevista sobre práticas educativas parentais e a uma escala para avaliação da competência social dos filhos. Os resultados corroboraram parcialmente a hipótese inicial de que não haveria estabilidade nas práticas educativas parentais, tendo em vista que estas se constituem em comportamentos parentais específicos usados para orientar determinados comportamentos infantis, passíveis de serem influenciadas pelo nível de desenvolvimento da criança. ANOVAs de medidas repetidas indicaram diferenças quanto às práticas indutivas maternas entre os 24 e 36 meses, bem como entre as práticas de não interferência, entre os 24 e 36 meses e também entre os 36 e 72 meses. Quanto aos pais, as diferenças foram encontradas entre as práticas indutivas aos 24 e 72 meses e entre as práticas de não interferência aos 24 e 36 meses e aos 36 e 72 meses. Quando considerados o nível socioeconômico familiar (NSE) e o sexo da criança como fatores de análise, apenas o NSE esteve relacionado com as práticas indutivas paternas, indicando que pais de NSE mais altos são mais indutivos com seus filhos aos 36 meses. Já a hipótese de que as práticas educativas indutivas estivessem relacionadas à competência social infantil não recebeu apoio, uma vez que apenas as práticas coercitivas e de não interferência maternas apareceram correlacionadas com as dimensões de responsabilidade e autocontrole da criança, respectivamente. Os resultados sugerem que, à medida que a criança apresenta novas habilidades e demandas, surge a necessidade de práticas educativas parentais adequadas às diferentes fases do desenvolvimento infantil. / The present study had as its main objective to examine stability and change in mothers' and fathers' child-rearing practices, in particular the use of inductive, coercive and noninterference practices with children at 24, 36 and 72 months of age. In addition, the relation of such practices with child social competence at 72 months was investigated. 24 mothers and fathers who had an only child and lived in the metropolitan area of Porto Alegre participated in the study. When children were 24 months old, the participants were interviewed about their child-rearing practices. When the children were 36 months, they and their families were observed during lunch time, with a focus on child-rearing practices. Finally, when the children were 72 months, the parents were again interviewed about their child-rearing practices and completed a scale assessing their children's social competence. The results partially confirm the initial hypothesis that there would no be stability in parents' child-rearing practices, given that the methods used by parents to guide their children’s behavior may be influenced by the children's level of development. Repeated measures ANOVAs indicated differences in maternal inductive practices between 24 and 36 months and differences in non-interference practices both between 24 and 36 and 36 and 72 months. Concerning the fathers, differences were found between inductive practices at 24 and 72 months and among non-interference practices at 24 and 36 months and at 36 and 72 months. When taking into account family socioeconomic status (SES) and the child's gender as factors of analysis, the latter had no impact and SES was related only to fathers' inductive practices, indicating that fathers with higher SES were more inductive, but only with their 36-month-old children. On the other hand, the hypothesis that inductive practices were related to child social competence was not supported, since only maternal coercitive and noninterference practices showed to be correlated with the dimensions of child responsibility and self-control, respectively. The results suggest that as developing children show new abilities and demands their parents need to adapt their child-rearing practices to reflect those changes.
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Relações entre variáveis psicossociais e cognitivas e o desempenho em leitura em crianças de uma coorte populacionalPiccolo, Luciane da Rosa January 2010 (has links)
A leitura é um processo complexo, consequência de interações entre fatores ambientais, biológicos e cognitivos. Este estudo visou a investigar a relação entre fatores psicossociais (socioeconômicos e familiares) e cognitivos (memória de trabalho) e o desempenho em leitura de crianças participantes de uma coorte populacional. Foram realizados dois estudos relacionando o desempenho em leitura a: 1) fatores psicossociais e 2) fatores cognitivos. As 65 crianças avaliadas (9-11 anos) eram estudantes de 2ª a 5ª séries de escolas públicas de Porto Alegre-RS. Suas mães participaram de entrevistas sobre dados psicossociais da mãe e de desenvolvimento da criança, feitas aos 4 meses, 2 anos e 5/6 anos de idade das crianças. As crianças foram avaliadas em leitura, QI e memória de trabalho. No estudo 1, correlações significativas negativas foram encontradas entre morbidade psiquiátrica (escore do SRQ-20) da mãe e total de acertos na leitura de palavras irregulares da criança e entre o número de familiares que moravam em casa e o escore total na leitura de palavras da criança. Além disso, a renda familiar correlacionou-se significativa e positivamente com o escore em compreensão de leitura textual da criança. Nas análises de regressão linear apenas o número de familiares que moravam na mesma casa que a criança foi preditor do desempenho em leitura de palavras. Pode-se entender que quanto mais pessoas habitam uma mesma residência, menos recursos são disponibilizados para cada um e os pais podem não ter tempo suficiente para envolverem-se em atividades escolares com seus filhos, o que impacta no desempenho da leitura. No segundo artigo, as medidas de memória de trabalho não se correlacionaram significativamente às tarefas de leitura quando o subteste vocabulário (do WASI) foi controlado. Houve diferenças significativas nas comparações das médias das tarefas de leitura por série – os estudantes de 4ª série apresentaram maiores escores do que as de 3ª. Conclui-se que dos fatores estudados, houve contribuição de variáveis socioeconômicas e familiares para o desempenho em leitura de crianças de uma coorte populacional. A relação entre leitura e memória de trabalho foi intermediada pela linguagem (vocabulário). / Reading is a complex process, a consequence of interactions between environmental, biological and cognitive factors. This study aimed to investigate the relationship between psychosocial factors (socioeconomic and family) and cognitive (working memory) and reading performance of children participating in a population cohort. Two studies were related to reading performance: 1) psychosocial factors and 2) cognitive factors. The 65 evaluated children (9-11 years) were students from 2nd to 5th grade of public schools in Porto Alegre- RS. Their mothers participated in interviews regarding psychosocial data of mother and child development, at 4 months, 2 years and 5 / 6 year old children. Children were tested in reading, IQ and working memory. In one study, negative correlations were found between the psychiatric morbidity (score of SRQ-20) of the mother and the total score in the reading of irregular words between the child and the number of family members who lived in the same house as the child and the total score in words read by the child. Additionally, family income correlated significantly and positively with the reading comprehension text score of the child. In a linear regression analysis only the number of relatives who lived in the same house as the child was a predictor of performance in word reading. One can understand that as more people inhabit a single residence, fewer resources are available for each individual, and parents may not have enough time to get involved in school activities with their children, which impacts the performance of reading. In the second article, the measures of working memory did not correlate significantly with reading assignments when the vocabulary subtest (from the WASI) was controlled. There were significant differences in comparisons of the mean reading task of the series - the fourth grade students had higher scores than the 3rd grade students. We concluded that in the factors studied there was a correlation between the socioeconomic level and the family to the reading performance of children in a population cohort. The relationship between reading and working memory was mediated by language (vocabulary).
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Estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas ao longo dos anos pré-escolares e sua relação com a competência social infantil / Stability and changes in mothers and fathers' childrearing practices along child's pre-school years and their relation with child social competenceMarin, Angela Helena January 2009 (has links)
O presente estudo teve como objetivo examinar a estabilidade e mudança nas práticas educativas maternas e paternas, em particular o uso de práticas indutivas, coercitivas e de não interferência aos 24, 36 e 72 meses de vida da criança. Além disso, investigou-se a relação dessas práticas com a competência social infantil aos 72 meses. Participaram do estudo 24 mães e pais que tinham um único filho e residiam na região metropolitana de Porto Alegre. Quando as crianças completaram 24 meses, os participantes responderam a uma entrevista para a avaliação das práticas educativas. Aos 36 meses de vida das crianças, as famílias foram observadas durante o almoço, quando as práticas educativas também foram investigadas. Por fim, aos 72 meses de vida das crianças, os participantes responderam novamente à entrevista sobre práticas educativas parentais e a uma escala para avaliação da competência social dos filhos. Os resultados corroboraram parcialmente a hipótese inicial de que não haveria estabilidade nas práticas educativas parentais, tendo em vista que estas se constituem em comportamentos parentais específicos usados para orientar determinados comportamentos infantis, passíveis de serem influenciadas pelo nível de desenvolvimento da criança. ANOVAs de medidas repetidas indicaram diferenças quanto às práticas indutivas maternas entre os 24 e 36 meses, bem como entre as práticas de não interferência, entre os 24 e 36 meses e também entre os 36 e 72 meses. Quanto aos pais, as diferenças foram encontradas entre as práticas indutivas aos 24 e 72 meses e entre as práticas de não interferência aos 24 e 36 meses e aos 36 e 72 meses. Quando considerados o nível socioeconômico familiar (NSE) e o sexo da criança como fatores de análise, apenas o NSE esteve relacionado com as práticas indutivas paternas, indicando que pais de NSE mais altos são mais indutivos com seus filhos aos 36 meses. Já a hipótese de que as práticas educativas indutivas estivessem relacionadas à competência social infantil não recebeu apoio, uma vez que apenas as práticas coercitivas e de não interferência maternas apareceram correlacionadas com as dimensões de responsabilidade e autocontrole da criança, respectivamente. Os resultados sugerem que, à medida que a criança apresenta novas habilidades e demandas, surge a necessidade de práticas educativas parentais adequadas às diferentes fases do desenvolvimento infantil. / The present study had as its main objective to examine stability and change in mothers' and fathers' child-rearing practices, in particular the use of inductive, coercive and noninterference practices with children at 24, 36 and 72 months of age. In addition, the relation of such practices with child social competence at 72 months was investigated. 24 mothers and fathers who had an only child and lived in the metropolitan area of Porto Alegre participated in the study. When children were 24 months old, the participants were interviewed about their child-rearing practices. When the children were 36 months, they and their families were observed during lunch time, with a focus on child-rearing practices. Finally, when the children were 72 months, the parents were again interviewed about their child-rearing practices and completed a scale assessing their children's social competence. The results partially confirm the initial hypothesis that there would no be stability in parents' child-rearing practices, given that the methods used by parents to guide their children’s behavior may be influenced by the children's level of development. Repeated measures ANOVAs indicated differences in maternal inductive practices between 24 and 36 months and differences in non-interference practices both between 24 and 36 and 36 and 72 months. Concerning the fathers, differences were found between inductive practices at 24 and 72 months and among non-interference practices at 24 and 36 months and at 36 and 72 months. When taking into account family socioeconomic status (SES) and the child's gender as factors of analysis, the latter had no impact and SES was related only to fathers' inductive practices, indicating that fathers with higher SES were more inductive, but only with their 36-month-old children. On the other hand, the hypothesis that inductive practices were related to child social competence was not supported, since only maternal coercitive and noninterference practices showed to be correlated with the dimensions of child responsibility and self-control, respectively. The results suggest that as developing children show new abilities and demands their parents need to adapt their child-rearing practices to reflect those changes.
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