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O desenvolvimento em foco : enriquecimento ambiental como estratégia de reabilitação em roedores submetidos à hipóxia-isquemia neonatal e estimulação precoce em crianças em situação de vulnerabilidade social

Schuch, Clarissa Cristini Pedrini January 2016 (has links)
O objetivo desta tese foi verificar os efeitos terapêuticos do enriquecimento ambiental (EA) na recuperação motora, funcional e tecidual de roedores expostos à hipóxia-isquemia (HI) neonatal. Outro objetivo foi acompanhar e descrever o desenvolvimento motor de crianças de 0 a 2 anos de idade junto ao programa Primeira Infância Melhor (PIM) em Porto Alegre- RS. No Capítulo 1 encontra-se o estudo em que foi avaliado o efeito do EA precoce sobre o aparecimento de sinais e reflexos neurológicos em animais submetidos à HI neonatal. No 7º dia pós-natal, ratos Wistar machos e fêmeas foram submetidos ao modelo de Rice-Vannucci de HI neonatal, onde a artéria carótida comum esquerda foi permanentemente ocluída e na sequência os animais foram expostos a uma atmosfera hipóxica (8% de oxigênio) durante 90 minutos. Um dia pós o procedimento de HI, os roedores foram alojados em gaiolas enriquecidas ou em gaiolas convencionais (ambiente padrão). Os sinais e reflexos neurológicos foram avaliados 24 horas antes da indução da HI, 24 horas após a HI e a cada 3 dias (11º, 14º, 17º) até o 20º dia pós-natal, quando os animais foram eutanaziados para posterior avaliação da extensão da lesão encefálica no estriado, corpo caloso e neocórtex. Os resultados apresentados no Capítulo 1 mostraram que independente da lesão hipóxicoisquêmica, a exposição ao EA precoce (8º ao 20º dia pós-natal) antecipou o aparecimento dos reflexos neurológicos (abertura dos olhos, desdobramento das orelhas, erupção do incisivo, reflexos de contração das pálpebras e das orelhas). Ademais, o EA foi capaz de prevenir atrofia do corpo caloso ipsilateral à lesão e no neocortex contralateral à lesão. No estudo apresentado no Capítulo 2 avaliou-se o efeito, pré (17º dia pós-natal) e pós (49º dia pós-natal) tratamento combinado de ciclosporina A (CsA) e reabilitação (EA e tarefa de alcance), na recuperação funcional de roedores submetidos à HI neonatal nos testes do cilindro, escada horizontal, campo aberto, reconhecimento de objetos e staircase. Ratos Sprague Dawley machos e fêmeas foram submetidos à HI (conforme descrito acima) e dez dias pós a lesão foram avaliados nos testes do cilindro, escada horizontal, campo aberto e reconhecimento de objetos. Os roedores apresentaram prejuízo motor no campo aberto (menor número de cruzamentos no primeiro minuto) e na escada horizontal (maior número de erros), contudo não houve comprometimento da função cognitiva. No 21º dia pós-natal os animais receberam a implantação subcutânea de uma bomba osmótica para liberação da CsA (420 mg/mL) ou veículo. E então, foram separados por sexo e alojados em gaiolas enriquecidas ou em gaiolas convencionais. Os animais enriquecidos também foram expostos a um treino de habilidade de alcance tendo como alvo a pata anterior afetada durante 4h/dia, 6 dias/semana por 4 semanas (21º ao 49º dia pós-natal). Ao final das 4 semanas de terapia combinada os animais foram reavaliados nas funções motora e cognitiva. Os resultados mostraram apenas o efeito da reabilitação motora, que por sua vez levou ao aumento da atividade exploratória no campo aberto, diminuição do número de erros na escada horizontal e melhor desempenho no teste do staircase. O componente farmacológico, CsA, não causou nenhum efeito sobre a recuperação dos roedores. A terapia combinada não recuperou a atrofia do hipocampo, córtex e hemisfério cerebral ipisilateral à lesão. E no estudo do Capítulo 3 objetivamos descrever o desenvolvimento motor de crianças de 0 a 2 anos de idade junto ao programa PIM em Porto Alegre-RS. Tal programa tem como alvo o desenvolvimento pleno das capacidades físicas, intelectuais, sociais e emocionais da criança dentro do seu ambiente familiar. As crianças avaliadas apresentaram desenvolvimento motor normal (apenas risco de atraso). As famílias avaliadas apresentavam baixo nível socioeconômico e ofereciam poucas oportunidades de estimulação no ambiente domiciliar. Concluímos que a estimulação ambiental apresentou efeitos benéficos sobre os aspectos do desenvolvimento e recuperação funcional nos roedores submetidos à HI neonatal e o programa PIM tem um grande potencial de utilização para estimulação de crianças em situação de vulnerabilidade social. / The aim of this study was to verify therapeutic effects of environmental enrichment (EE) on motor, functional and tissue recovery of rodents exposed to neonatal hypoxia-ischemia (HI). Besides, describe the motor development in children aged 0 to 2 years old attended by Better Early Childhood Program in Porto Alegre-RS, Brazil. In Chapter 1, the study aimed to evaluate the early housing in EE on maturation of physical characteristics and neurological reflexes in rats submitted to neonatal HI. At postnatal day 7, male and female Wistar rats were used to produce Rice-Vannucci model of unilateral brain injury where the left common carotid artery was occluded then pups were placed in a hypoxic chamber (O2 level at 8%) for 90 minutes. Rodents were housed in EE cages or in standard cages. We evaluated the maturation of physical characteristics and neurological reflexes from the day preceding the HI induction postnatal day 6 until postnatal day 20. Morphological analysis included the evaluation of striatal, corpus callosum and neocortex volume. Our results demonstrated that HI had no effect on neurological parameters evaluated in neonate rats. But we demonstrated a clear effect of early EE on sensorimotor development through earlier appearance of opening, eye reflex and incisor eruption were identified in early stimulated rats. Also, brain tissue was preserved in ipsilateral corpus callosum and contralateral neocortex after early environmental stimulation. The experiment presented in Chapter 2 investigated pre- and post- combinational therapy of cyclosporine A (CsA) and motor rehabilitation effects on motor function and cognition tests in rats submitted to neonatal HI. Male and female Sprague Dawley rats were submitted to neonatal HI model (as described above) and, ten days after HI surgery, rat pups were evaluated in motor function and cognition through cylinder, ladderrung walking, open field and novel object recognition. Results showed no cognitive deficit but motor function impairment in open field and ladder rung walking test in rats submitted to HI. At postnatal day 21, all HI pups were implanted subcutaneously on flank with osmotic pumps delivering CsA (420 mg/mL) or vehicle. Then, animals were housed in either standard home cages or enriched environment cages. In addition to being housed in EE, enriched groups were exposed to rehabilitative reach training 4h/day, 6 days/week for 4 weeks (PND 21 until PND 49). At the end of 4 weeks of combined therapy (EE, reaching and CsA) rats were reevaluated in same motor and cognitive tasks (cylinder, ladder walking, open field, novel object recognition, and staircase task). Rehabilitation appeared to be the most significant component of the combined therapy and was responsible for recovery of motor function as demonstrated in ladder rung walking, open field and staircase performance. Drug component, CsA, had no effects on behavioral outcomes. The combined therapy had no effect on hippocampal, cortical and hemispheric tissue atrophy. And the study of Chapter 3 aimed describe motor development of children from 0 to 2 years old inserted into Better Early Childhood Program (BECP) in south of Brazil. This program has the main goal to develop activities that cover physical, psychological, intellectual and social abilities inside the familiar context. Our results demonstrated that infants had typical motor development (only risk of delay). Evaluated families were considered at social-environmental risk and home affordances were limited. These findings can indicate a risk condition on infant development. We may conclude that environmental enrichment improved neurobehavioral development and functional recovery in rats submitted to neonatal HI, and the BECP has a great potential to stimulate children at social-environmental risk.
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Lugares de brincar na infância urbana : análise do ambiente e do comportamento infantil em áreas de lazer de edifícios residenciais multifamiliares em Porto Alegre-RS

Abreu, Camila Mayra Heck Maia de January 2016 (has links)
Neste estudo busca-se a compreensão de como projetar os lugares do brincar por meio da análise da relação entre o ambiente e o comportamento infantil em áreas de lazer de edifícios residenciais multifamiliares, que funcionam como a nova “rua” para o lazer das crianças, pois esta já foi um lugar do brincar. Hoje, com o crescimento das cidades, as pessoas diminuíram a sua apropriação do espaço público no cotidiano devido ao aumento da violência, à insegurança e à grande circulação de carros. Consequentemente, os pais não permitem que seus filhos brinquem na rua, ou seja, fora dos limites residenciais. Em decorrência deste contexto urbano e do aumento da área construída na cidade, aumentando o custo do solo urbano, que as casas vêm sendo substituídas por edificações verticais que, supostamente, oferecem maior segurança, muitas delas com área muito pequena nos apartamentos. À criança, como possibilidade de brincadeira livre e socialização, restam os espaços de lazer dos edifícios, que, habitualmente, funcionam como argumento de venda, parte de um processo de “placemarketing”. Os projetos atuais para o lazer infantil nos edifícios por vezes são compostos por elementos chamativos, lúdicos, muitas cores, e até um certo rebuscamento no sentido de enfeitar excessivamente, características que encantam e vendem, porque transmitem a sensação visual de um lugar aprazível para as crianças. Contudo, muitos estudiosos abordam outras características físicas positivas em espaços para este público. Esse estudo investigou esta questão, no intuito de compreender como os projetos de áreas de lazer de edifícios, e de lugares do brincar de modo geral, devem ser elaborados para atender as necessidades inerentes ao desenvolvimento da criança. Foi feito um estudo de caso nas áreas de lazer de um edifício e de em um condomínio vertical em Porto Alegre-RS, cada um de uma construtora e com características físicas diferentes. Foram observados os locais mais utilizados pelas crianças e os tipos de interação entre elas, o que evidenciou que há relação entre o ambiente e em como as crianças interagem entre si. / This study seeks to understand how to design the places of play through the analysis of the relationship between the environment and the behavior of children in recreational areas of multifamily residential buildings that act as the new "street" for children’s leisure, because this has been the place of playing children. Nowadays, with the growth of cities, people reduced their daily appropriation of public space due to increased violence, insecurity and widespread circulation of cars. Consequently, parents do not allow their children plays in the street, so outside the residential limits. Because of this urban context and the increase of the built area in the city, increasing the urban land cost, that the houses are being replaced by vertical buildings that supposedly offer greater security, many of these with a very small area in the apartments. To the child, as the possibility of free play and socialization, left leisure spaces of buildings, which generally work as a selling point, part of a process of "placemarketing". Current projects for children's play in buildings are sometimes composed of flashy elements, entertainment, many colors, characteristics that enchant and sell, because they transmit the visual sensation of a pleasant place for children. However, many scholars of child development approach other positive physical characteristics in spaces for this audience. This study investigated this issue in order to understand how buildings recreation areas projects must be designed to satisfy the necessities of child development, through the analysis of recreational area of a building and a vertical condominium in Porto Alegre-RS, each one of the buildings were built of different construction company and have different physical characteristics. The places were observed most frequently used by children and types of interaction between them, which showed that there is a relationship between the environment and how children interact with each other.
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Trajetória motora de crianças brasileiras de 0 a 18 meses de idade : normatização da Alberta Infant Motor Scale para aplicação clínica e científica no Brasil

Saccani, Raquel January 2013 (has links)
Introdução: a carência de estudos descrevendo a trajetória motora de crianças brasileiras na primeira infância, assim como, a ausência de instrumentos normatizados para avaliação do desempenho motor nesta idade, dificultam a triagem de atrasos motores. Existe a possibilidade de erros na categorização e interpretação das avaliações sempre que usadas normas de amostras populacionais com características socioculturais diferentes. Objetivos: a) descrever e interpretar a trajetória do desenvolvimento motor e a maestria nas aquisições posturais antigravitacionais de crianças brasileiras de 0 a 18 meses; b) descrever as diferenças existentes no desenvolvimento motor de meninos e meninas brasileiras de 0 a 18 meses de idade; c) comparar as médias dos escores e os percentis de crianças brasileiras com resultados de outras amostras populacionais; d) criar normas para a interpretação dos resultados das avaliações da Alberta Infant Motor Scale no Brasil, com a apresentação da média dos escores e os percentis para cada idade e sexo. Métodos: estudo descritivo e observacional, transversal (cross-seccional), do qual participaram 795 crianças de Instituições, Hospitais, Unidades Básicas de Saúde e Escolas de Educação Infantil. A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) foi utilizada para avaliar o desenvolvimento motor das crianças brasileiras. Os resultados de pesquisas com as amostras populacionais da Grécia (424 crianças) e do Canadá (2.400 crianças) foram utilizados nos estudos de comparação. Utilizou-se estatística descritiva, teste U Mann Whitney, teste t one-sample e binomial, sendo significante p<0,05. Resultados: os resultados indicaram: a) ocorre aumento alinear das aquisições motoras das crianças brasileiras com o passar da idade e aparecimento de platôs a partir dos 15 meses; b) a primeira posição na qual a criança adquire maestria é em supino e por último na posição sentado; c) a trajetória de desenvolvimento motor de meninos e meninas é semelhante; d) a trajetória motora das crianças brasileiras difere das crianças canadenses e gregas; e) o aparecimento do controle postural antigravitacional é mais tardio nas crianças brasileiras; f) pouca variação nos valores dos percentis até o primeiro mês de vida e após os 15 meses, demonstrando pouca sensibilidade da AIMS para diferenciar o desempenho motor de crianças nestas idades; g) os percentis nacionais descritos para adequada caracterização do desempenho das crianças brasileiras de 0 a 18 meses de idade diferem dos apresentados para a amostra canadense. Discussão: os escores brutos e percentis mais baixos da amostra brasileira reforçam a necessidade do uso de normas nacionais para categorizar adequadamente o desempenho motor da criança. Deve- se ter cautela ao utilizar a AIMS para avaliar crianças nos 2 primeiros meses de vida e após os 15 meses ou aquisição da marcha independente. As diferentes trajetórias do desenvolvimento motor são, possivelmente, decorrentes de diferenças sociais e culturais existentes entre os países. / Introduction: The lack of studies describing the motor trajectory’s brazilian children in early childhood, as well as, the absence of standardized instruments for assessment of motor development at this age, hinder screening of motor delays. There is the possibility of errors in categorization and interpretation of evaluations where the standards are sample with different sociocultural characteristics. Objectives: The purposes of this research were: a) describing and interpreting the trajectory of motor development and skill of antigravity and postural acquisitions of Brazilian children aging from 0 to 18 months; b) describing the existing differences on motor development of Brazilian boys and girls aging from 0 to 18 months; c) comparing scores and percentiles of Brazilian children with results from other population samples; d) creating norms to interpreting results of the evaluations of the Alberta Infant Motor Scale in Brazil, with presentation of scores and percentiles means to each age and gender group. Methods: It was a descriptive and observational, transactional study, in which participated 795 children from Institutions, Hospitals, Health Basic Unities and Schools and Primary Schools. The Alberta Infant Motor Scale (AIMS) was used to evaluate motor development of Brazilian children. Results of researches with population samples from Greece (424 children) and from Canada (2.400 children) were used in comparison studies. Descriptive statistic was used, as well as, one sample t test, U Mann Whitney and binomial. Values p≤0,05 were considered statistically significative. Results: The results show that: a) there’s a nonlinear increase of the number of motor acquisitions on Brazilian children during the years and appearance of plateaus since 15 months of life; b) the first position a child acquires skill is supine, ending with sitting position; c) trajectory of motor development of boys and girls is similar; d) motor trajectory of Brazilian children is different from Canadian and Greek children; 3) appearance of antigravity and postural control is late in Brazilian children; f) little variation on numbers of percentiles to the first month of life and after 15 months, showing little sensibility of the AIMS to notice differences on motor performance in children at these ages; and g) national percentiles described to adequate characterization of Brazilian children’s performance aging from 0 to 18 months are different from the ones from Canadian sample. Discussion and conclusions: The lower raw scores and percentiles of the Brazilian sample reinforce the need of the use of national norms to categorize properly motor development. Should be cautious when using AIMS to assess children in the first 2 months of life and after 15 months or acquisition of the independent walking. The different trajectories on motor development are probably due to social and cultural differences between countries.
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Relações entre os fatores individuais e ambientais familiares no desenvolvimento motor e cognitivo de bebês: um estudo longitudinal

Pereira, Keila Ruttnig Guidony January 2013 (has links)
Introdução: embora a sequência de aquisições motoras e cognitivas seja previsível, o seu desenvolvimento é fruto da interação de múltiplos fatores relacionados ao indivíduo, suas experiências motoras e seu ambiente de inserção. Objetivo: investigar possíveis relações dos fatores individuais e ambientais familiares com o desenvolvimento motor e cognitivo de bebês ao longo de 4 meses de vida. Metodologia: estudo longitudinal realizado em Porto Alegre, no qual foram avaliados 49 bebês em 3 momentos ao longo de 4 meses. Para avaliação do desenvolvimento dos bebês foram utilizados a Alberta Infant Motor Scale (AIMS) e a escala mental da Bayley Scale of Infant Development (BSID-II). Também foram realizados questionários com os responsáveis para caracterização da amostra, do ambiente familiar (Affordances in The Home Environment for Motor Development – Infant Scale), das práticas dos cuidadores (Daily Activities of Infant Scale – DAIS) e do conhecimento sobre o desenvolvimento infantil (Knowledge of Infant Development Inventory – KIDI). Resultados: o desenvolvimento motor teve mudanças significativas ao longo do tempo nos escores bruto e por postura, no percentil houve mudança significativa apenas do 1º para o 2º momento avaliativo e no critério de categorização não houve diferença. O desenvolvimento cognitivo apresentou mudanças significativas apenas no escore bruto; o índice de desenvolvimento mental e a categorização se mantiveram constantes. Houve correlação de nível moderado a forte entre desenvolvimento motor e cognitivo. Na análise de regressão, destaca-se a associação do desenvolvimento motor com os escores cognitivos, práticas dos cuidadores, escolaridade dos pais e renda familiar mensal; e do desenvolvimento cognitivo com o gênero, escores motores, escolaridade dos pais, renda familiar mensal, quantidade de crianças na residência e tempo de creche. Conclusão: observa-se uma maior incidência de associação do desenvolvimento motor e cognitivo dos bebês com fatores do ambiente familiar, em detrimento dos fatores do indivíduo. / Background: Although the sequence of motor and cognitive acquisitions is predictable, the development is the product of interaction of many factors associated to the individual, his motor experiences and his insertion environment. Objective: To investigate possible relationships of individual and environmental family factors with motor and cognitive development of infants over 4 months of life. Methods: longitudinal study in Porto Alegre, which 49 infants were assessed in 3 times over 4 months. Alberta Infant Motor Scale (AIMS) and the mental scale of the Bayley Scale of Infant Development (BSID-II) were used to evaluate the development of infants. Questionnaires were also conducted with infant´s responsible for sample characterization, family environment (Affordances in The Home Environment for Motor Development - Infant Scale), caregivers practices (Daily Activities Scale of Infant - DAIS) and knowledge about child development (Knowledge of Infant Development Inventory - KIDI). Results: the motor development had significant changes over time in raw scores and postures scores, there was significant change in the percentile only from the 1st to the 2nd time evaluative and there was no difference in the criteria for categorization. Cognitive development showed significant changes only in the raw score, the mental development index and the categorization remained constant. There was moderate to strong correlation between motor and cognitive development. In regression analysis, the motor development were associated with cognitive scores, caregivers practices, parental education and family income; and the cognitive development were associated with gender, motor scores, parental education, family income, number of children in the and daycare time. Conclusion: there is a higher incidence of association of infant’s motor and cognitive development with factors of family environment, to the detriment of the individual factors.
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Desenvolvimento motor e cognitivo de bebês de mães adolescentes e adultas ao longo de quatro meses : os principais preditores motores e cognitivos

Borba, Luana Silva de January 2013 (has links)
Objetivos: Investigar possíveis diferenças no desenvolvimento motor e cognitivo de crianças nascidas de mães adolescentes e mães adultas ao longo de quatro meses e os principais preditores biológicos e ambientais do desenvolvimento infantil. Metodologia: Estudo descritivo de caráter desenvolvimental, correlacional e associativo com delineamento longitudinal. Amostra geral de 40 bebês, sendo 20 nascidos de mães adolescentes (idade de 15 a 19 anos) e 20 nascidos de mães adultas (idade de 25 a 39 anos), provenientes da periferia e de Escolas de Educação Infantil dos municípios de Porto Alegre e Butiá, no Rio Grande do Sul, Brasil. Procedimentos e Instrumentos: Foram realizadas três avaliações ao longo de quatro meses do desenvolvimento motor e cognitivo, com um intervalo de dois meses entre as avaliações. Para a avaliação do desempenho motor foi utilizada a Alberta Motor Infant Scale (AIMS) e do desempenho cognitivo a Bayley Scale of Infant Development II (BSID-II). Para avaliação dos fatores biológicos e ambientais associados ao desempenho motor e cognitivo dos bebês foi entregue aos pais e/ou responsáveis um questionário para identificação destes fatores, que continha características pré, peri e pós-natais do bebê, como data de nascimento, sexo, tipo de parto, semanas de gestação, índice de apgar, peso ao nascer, comprimento ao nascer, perímetro cefálico ao nascer, período (dias) de internação em unidade de terapia intensiva, período em ventilação mecânica, além da renda familiar mensal, tempo de amamentação, cuidador/mãe trabalhar fora, escolaridade, situação conjugal, idade dos pais. Os pais preencheram o questionário Affordances in the Home Enviroment for Motor Development – Infant Scale (AHEMD-IS) para análise do ambiente e do contexto em que a criança está inserida, sendo acrescentadas questões relativas à idade dos pais, se mãe/cuidador trabalha fora, número de irmãos, ordem de nascimento da criança participante e o tempo de aleitamento materno exclusivo em meses. Ainda, o questionário Daily Activities of Infant Scale (DAIS) para avaliação das práticas desempenhadas pelos pais/responsáveis; e o Inventário do Conhecimento do Desenvolvimento Infantil, originalmente denominado Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) para avaliação do conhecimento dos pais acerca do Desenvolvimento Infantil. Todos estes questionários foram realizados em um único momento. Resultados: Os bebês nascidos de mães adolescentes apresentaram menor renda familiar mensal e grau de escolaridade dos pais em comparação com os bebês filhos de mães adultas, assim como menor tempo de aleitamento materno exclusivo. Com relação ao desenvolvimento motor, os escores de cada postura da AIMS e o escore bruto total AIMS apresentaram diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001). Quanto ao desenvolvimento cognitivo, o escore bruto Bayley também apresentou diferença significativa ao longo do tempo em geral (pt<0,001) e em cada grupo (pint1<0,001), sendo observada melhora do desenvolvimento ao longo do tempo. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas nos escores das posturas prono, sentado e em pé da AIMS. Entretanto, na postura supina observou-se diferença significativa entre os grupos no terceiro momento de avaliação (pint2=0,046), onde o grupo de bebês de mães adolescentes apresentou escores mais baixos em relação ao grupo de bebês de mães adultas. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos, independente do tempo, no escore bruto total Bayley (pg=0,661) e MDI Bayley (pg=0,758); e nem entre os grupos em cada momento avaliativo no escore bruto total Bayley (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) e no MDI Bayley (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). Houve associação positiva, forte e significativa nos três momentos entre os escores totais da AIMS e Bayley nos bebês de adolescentes (rs=0,828; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,746; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,767; p<0,001 na 3ª avaliação) e adultas (rs=0,894; p<0,001 na 1ª avaliação/ rs=0,896; p<0,001 na 2ª avaliação/ rs=0,872; p<0,001 na 3ª avaliação), o que nos demonstra haver relação entre os aspectos motores e cognitivos do desenvolvimento da criança. As análises de regressão revelaram como principais preditores para o desempenho motor: o desempenho cognitivo (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), o espaço externo da casa (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), a idade materna (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); e o tempo em creche (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); práticas dos pais DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); conhecimento dos pais sobre o desenvolvimento infantil (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); posição de prono para dormir (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). Nas análises de regressão observou-se associação significativa (p≤0,05) entre desempenho cognitivo e o desempenho motor (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), a idade paterna (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), o tempo em creche (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), posição mais ativa durante o colo (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) e a posição durante as brincadeiras tranquilas da criança (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusões: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de bebês de mães adolescentes e adultas com relação ao desempenho motor e cognitivo ao longo do tempo, com exceção da postura supina da escala AIMS na terceira avaliação, onde os bebês de mães adolescentes apresentaram escores motores mais baixos. Encontramos associação positiva, forte e significativa entre o desenvolvimento motor e cognitivo em todos os três momentos de avaliação tanto nos bebês de mães adolescentes quanto no de mães adultas. Quanto melhor o desempenho cognitivo melhor é o desempenho motor da criança, da mesma forma que quanto maior o espaço externo da casa, melhores são os resultados do desempenho motor. Quanto mais tempo a criança frequenta a creche, quanto mais adequadas as práticas dos pais e quanto maior o conhecimento dos pais acerca do desenvolvimento infantil, melhor é o desempenho motor da criança. No entanto, quanto maior a idade materna, pior é o desempenho motor do bebê. A posição de prono durante o sono foi associada ao pior desempenho motor dos bebês de mães adolescentes e adultas. O tempo que a criança frequenta creche, o posicionamento da criança no colo e durante as brincadeiras tranquilas foram associados positivamente com o desempenho cognitivo, enquanto a idade paterna apresentou relação inversa, quanto maior a idade do pai, pior é o desempenho cognitivo do bebê. / Objectives: To investigatethe possible differences in motor and cognitive development of children born to teenage and adult mothers over four months and the main biological and environmental predictors to child development. Methodology: A descriptive study using a developmental, correlational and associative approach with longitudinal design. The total sample included 40 infants, 20 born to teenage mothers (aged 15-19 years) and 20 born to adult mothers (aged 25-39 years) from outskirts and Early Childhood Education Schools in Porto Alegre city and the city of Butiá in Rio Grande do Sul State, Brazil. Instruments and Procedures: Three evaluations of motor and cognitive development were performed over four months with a two-month interval between each assessment. Alberta Motor InfantScale (AIMS) was used to evaluate the motor performance, and the BayleyScaleofInfant Development II (BSID-II) to assess the cognitive performance. For the evaluation of biological and environmental factors associated with motor and cognitive performances it was given a questionnaire to parents and/or responsible for the identification of these factors. The questionnaire comprised pre-, peri- and post-natal characteristics of the infant such as birthday, sex, mode of birth delivery, gestational age, Apgar score, weight and length at birth, head circumference at birth, period (days) of stay in the intensive care unit, period on mechanical ventilation, including information about the monthly family income, period of exclusive breastfeeding, whether the mother/caregiver works or not, schooling, marital status and parents age. Parents filled out the questionnaire Affordances in the Home Environment for Motor Development – InfantScale (AHEMD-IS)to assess the environment and context of child’s life and answered questions related to parents age, whether the mother/caregiver works or not, number of siblings, birth order of the child and breastfeeding period in months. The parents also filled out the questionnaire Daily ActivitiesofInfantScale (DAIS) to evaluate the practices performed by them and the questionnaire Knowledge of Infant Development Inventory (KIDI) to assess their knowledge about child development. All questionnaires were applied at the same time. Results: The infants born to teenage mothers showed lower monthly family income and lower parents schooling when compared to the infants born to adult mothers, as well as showed lower period of exclusive breastfeeding. Relative to the motor development, the scores of each position of AIMS and the AIMS total score showed significant difference during overall time (pt<0,001) and in each group (pint1<0,001). Regarding the cognitive development, the Bayley raw score also showed significant difference during the overall time (pt<0,001) and in each group (pint1<0,001), in which a development improvement was observed over time. No significant differences were observed between the groups of infants born to teenage and adult mothers in the scores of prone, sitting and standing position of AIMS. However, in the supine position there was significant difference between the groups in the third stage of evaluation (pint2=0,046), in which the group of infants born to teenage mothers revealed lower scores than those born to adult mothers. No significant differences were found between the groups, independent of time in Bayley raw score (pg=0,661) and Bayley MDI (pg=0,758); neither between the groups in each stage of evaluation in Bayley raw score (M1pint2=0,708; M2pint2=0,946; M3pint2=0,553) and in Bayley MDI (M1pint2=0,700; M2pint2=0,950; M3pint2=0,828). There was a positive, strong, and significant association in three stages between the total scores of AIMS and Bayley in the infants born to teenage mothers (rs=0,828; p<0,001 in the 1st evaluation/rs=0,746; p<0,001 in the 2nd evaluation/rs=0,767; p<0,001 in the 3th evaluation), and born to adult mothers (rs=0,894; p<0,001 in the 1st evaluation/ rs=0,896; p<0,001 in the 2nd evaluation/rs=0,872; p<0,001 in the 3th evaluation), showing an association between the motor and cognitive aspects of the child development. The regression analyzes revealed as main predictors for the motor performance: cognitive performance (b=0,588; β=0,880; p<0,001; r2= 0,88), outdoor space of the house (b=2,307; β=0,269; p=0,045; r2=0,24), mother’s age (b= - 0,767; β= - 0,491; p=0,004; r2= -0,04); time in daycare (b=9,692; β=0,748; p<0,001; r2=0,46); parenting practices DAIS (b=2,918; β=0,898; p<0,001; r2=0,79); parents’ knowledge about child development (b=17,694; β=0,250; p=0,009; r2=0,14); prone sleeping position (b= -3,751; β= - 0,202; p=0,041; r2=0,50). A significant association in the regression analyzes was observed between cognitive and motor performances (b=1,316; β=0,880; p<0,001; r2=0,88), father’s age (b= - 0,919; β= -0,439; p=0,010; r2= - 0,12), time in daycare (b=12,030; β=0,637; p<0,001; r2=0,42), most active position during lap (b=7,587; β=0,292; p=0,033; r2=0,61) and during child’s quiet games (b= 11,796; β= 0,571; p<0,001; r2=0,73). Conclusions: No significant differences were observed between the groups of infants born to teenage and adult mothers in relation to the motor and cognitive performance over time, except for the supine position of the AIMS in the third evaluation, in which infants of teenage mothers showed lower motor scores. We found a positive, strong and significant association between the motor and cognitive development in all three stage of evaluation in both groups of infants. The better the cognitive performance is, the better the motor performance of the child. Likewise, the greater the outdoor space of the house is, the better the results of motor performance. The motor performance of the child is directly associated with longer time in daycare, more appropriate parenting practices, and better parent’s knowledge about child development. However, children of more mature mothers showed a worse motor performance. The prone position during sleep was associated with the worse motor performance of infants born to teenage and adult mothers. The time child attends daycare, the child position on the lap and during its quiet games were positively associated with cognitive performance, whereas the father’s age showed an inverse association, i.e., the more mature father is, the worse cognitive performance of the child.
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Associação da derivação gastrojejunal em Y-de-Roux prévia à gestação com os desfechos perinatais, obstétricos e o desenvolvimento cognitivo da prole

Blume, Carina Andriatta January 2017 (has links)
Resumo não disponível.
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A vivência da função materna no período de dependência : do sexto mês ao quarto ano de vida da criança

Sehn, Amanda Schöffel January 2016 (has links)
O presente estudo investigou a vivência da função materna de cuidar e educar no período de dependência. Com base na perspectiva winnicottiana, buscou-se compreender os aspectos subjetivos que permeiam a função materna dos seis meses aos quatro anos de vida da criança. Para tanto, foi realizado um estudo de caso coletivo, com caráter longitudinal, no qual participaram três duplas mãe-bebê. As mães responderam entrevistas semiestruturadas em seis momentos do desenvolvimento (6º, 12º, 18º, 24º, 36º e 48º mês da criança). O relato clínico foi utilizado para analisar os dados, evidenciando as especificidades do percurso de cada dupla em relação à função materna. Evidenciou-se que a função de cuidar exige grande disponibilidade materna, especialmente quanto aos movimentos de dependência e independência da criança, podendo tornar-se um dilema para as mães. Apesar da satisfação, ao cuidar as mães se depararam com dificuldades e cansaço. Ainda, encontraram a possibilidade de autocuidado e de reeditar os cuidados recebidos na infância ao cuidarem do bebê (experiência curativa), o que evidencia que a função materna se refere a uma construção realizada pela díade. Em relação ao educar, foram sobressalentes os relatos de dúvida quanto a melhor maneira de estabelecer limites ao filho, bem como de surpresa frente as manifestações de birra nos anos iniciais. Assim, destaca-se a importância de encorajar o saber materno e legitimar a vivência de sentimentos ambivalentes no cuidado e na educação de crianças pequenas. / The present study investigated the experience of the maternal role of caring and education during the dependency period. Based on Winnicott's perspective, it sought to understand the subjective aspects that permeate the maternal role from sixth month to fourth year. Through a collective case study with longitudinal design, three mothers answered semistructured interviews in six different times of the development (6, 12, 18, 24, 36 and 48 months of the child's life). The clinical report was used to analyze the data showing the singular trajectory of each pair in the maternal role. Results showed the role of caring requires maternal availability, especially with regard to the movements of dependence and independence of the child, becoming a dilemma for the mothers. Despite the satisfaction, mothers feel fatigue and found dificulties to care the child. Mothers also found the possibility of self-care and they could edit the care received in childhood when taking care of the baby (curative experience), which shows that the maternal function refers to a construction performed by the dyad. Regarding education, the reports of doubt as to the best way to establish limits to the child, as well as of surprise against the manifestations of tantrums in the initial years, were sparing. Thus, the importance of encouraging maternal knowledge and legitimizing the experience of ambivalent feelings in the care and education of children is highlighted.
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Intervenção motora em bebês hospitalizados por doenças respiratórias : um estudo quase-experimental, associativo e comparativo

Panceri, Carolina January 2014 (has links)
Introdução: no contexto da hospitalização infantil, grande atenção é dada à UTI neonatal, porém observa-se a carência de pesquisas de caráter interventivo com o fim de investigar a necessidade e os benefícios de programas de intervenção que possam diminuir componentes ambientais e estressores, e promover a continuidade do desenvolvimento do bebê durante a hospitalização em unidades pediátricas. Objetivos: (1) descrever o desenvolvimento motor e cognitivo dos bebês de 0 a 18 meses internados por doenças respiratórias; (2) comparar o desenvolvimento de bebês internados por doenças respiratórias participantes e não participantes de um programa hospitalar de intervenção motora; (3) analisar as associações entre o desenvolvimento motor dos bebês hospitalizados e a cognição, bem como, fatores biológicos, ambientais e hospitalizações recorrentes; (4) analisar as associações entre o número de hospitalizações e fatores biológicos, socioeconômicos e do ambiente familiar. Métodos: estudo descritivo, transversal e prospectivo realizado na unidade de internação pediátrica de um hospital público do sul do Brasil. Participaram 39 bebês, com idade variando de 1 a 16 meses. Para avaliação do desenvolvimento dos bebês foram utilizados a Alberta Infant Motor Scale (AIMS) e as escalas cognitiva e motora da Bayley Scale of Infant Development (Bayley III). Também foram utilizados questionários com os responsáveis para caracterização da amostra, do ambiente familiar (Affordances in the Home Environment for Motor Development – Infant Scale - AHEMD) e do nível socioeconômico (Critério de Classificação Econômica Brasil). Resultados: (1) a prevalência de bebês com desenvolvimento abaixo do esperado para a cognição foi de 46% e para motricidade de 59% (Bayley) e 74,4% (AIMS); (2) houve interação significativa entre grupo x tempo nos escores cognitivo e escores motores da AIMS; (3) grupo que recebeu intervenção teve mudanças positivas e significativas entre as duas avaliações; (4) observou-se associação significativa entre o desenvolvimento motor e a idade da criança, tipo de residência, escolaridade da mãe e desenvolvimento cognitivo; (5) observou-se associação significativa entre o número de hospitalizações e a idade da criança, idade e escolaridade da mãe, tipo de residência, práticas AHEMD e espaço interno da residência. Conclusão: a intervenção motora no ambiente hospitalar, durante o tempo de internação de bebês com doenças respiratórias, contribui de forma positiva para o desenvolvimento motor e cognitivo. Os fatores ambientais estiveram mais associados do que os fatores biológicos tanto ao número de internações por doenças respiratórias, quanto ao desenvolvimento motor de bebês de 1 a 16 meses. Esses resultados reforçam a importância do ambiente e das especificidades da tarefa no desenvolvimento infantil, sendo estes capazes de reduzir efeitos da vulnerabilidade biológica. / Introduction: great attention is given to the NICU in the context of infant hospitalization, however there is a lack of research in order to investigate the need and benefits of intervention programs that can reduce environmental components, and promote the continued development of the baby during hospitalization in pediatric units. Objectives: (1) describe the motor and cognitive development of infants aging from 0 to 18 months hospitalized for respiratory diseases; (2) compare the development of infants hospitalized participants and non-participants of a motor intervention program; (3) analyze the associations between motor development of infants hospitalized and cognition, as well as biological and environmental factors and recurrent hospitalizations; (4) analyze the associations between the number of hospitalizations and biological and socioeconomic factors and family environment. Methods: descriptive, cross-sectional prospective study conducted in the pediatric unit of a public hospital. Participated 39 infants, aged 1-16 months. Alberta Infant Motor Scale (AIMS) and Bayley Scale of Infant Development (Bayley III) was used to evaluate the development of infants. Questionnaires was also conducted with the infant’s responsible for sample characterization, family environment (Affordances in the Home Environment for Motor Development – Infant Scale - AHEMD) and socioeconomic level (Critério de Classificação Econômica Brasil). Results: (1) the prevalence of babies with lower development than expected for cognition was 46% and for motor skills 59% (Bayley) and 74.4% (AIMS); (2) there was a significant group x time interaction between the cognitive scores and motor scores of AIMS; (3) the group that received intervention had positive and significant changes between the two assessments; (4) it was observed a significant association between motor development and the child's age, type of residence, mother's education and cognitive development; (5) it was observed a significant association between the number of hospitalizations and the child's age, mother's age, mother’s education, type of residence, AHEMD practices and internal space of the house. Conclusion: The motor intervention in the hospital during the period of infant’s hospitalization with respiratory diseases contributes positively to the motor and cognitive development. Environmental factors were more associated than biological factors for the number of admissions for respiratory disease as motor development of infants aging 1-16 months. These results reinforce the importance of the environment and the specifics of the task in child development, being able to reduce these effects of biological vulnerability.
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SINAIS DE RISCO PSÍQUICO EM BEBÊS NA FAIXA ETÁRIA DE 3 A 9 MESES E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS OBSTÉTRICAS, SOCIODEMOGRÁFICAS E PSICOSSOCIAIS / SIGNS OF PSYCHOLOGICAL RISK IN BABIES FROM 3 TO 9 MONTHS AND ITS RELATIONSHIP WITH OBSTETRIC AND SOCIODEMOGRAPHIC VARIABLES

Roth, Antônia Motta 15 July 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work started from a question about the possibility of early detection of psychological risk from a psychoanalytic perspective in an early age, considering the child's development as a global phenomenon in which the psychic is one of the structural pillars (Coriat; Jerusalinsky , 1996). In this perspective, a qualitative and quantitative research was developed, whose three main objectives were to analyze the frequency of psychological risk or risk to development in a sample of infants, comparing them as gestational age (preterm versus full term birth); analyze and relate the results obtained through IRDI and PREAUT protocols; and investigate possible associations between the presence of psychological risk and obstetric, psychosocial and sociodemographic factors. To this end, we evaluated 80 infants, 25 preterm and 55 full term between three and nine months of age, in order to assess the presence or absence of psychological risk from the application of both protocols and family interviews. Regarding PREAUT signs assessment at four months of age, it was found that 15 premature infants (60%) and 27 full term infants (49%) had at least one missing PREAUT signal. And in the PREAUT evaluation at nine months, the number was reduced to six premature infants (24%) and eleven full term infants (20%) with at least one missing PREAUT signal. Among the obstetric, psychosocial and sociodemographic variables that were statistically significant for the outcome presence of at least one missing PREAUT signal, we found: prematurity, baby s gender, presence of baby feed difficulties, the baby been able to explore their body and the environment around, the mother (or who exercises the maternal role) has a spouse that support her and she has any kind of professional activity. As for IRDls applied at three different times, we obtained different frequencies in each phase. In Phase I, it was obtained a frequency of 14 premature infants (56%) and 25 full term infants (45.45%) with at least one IRDI absent; in phase II, the values reduced to eleven premature infants (44%) and thirteen term infants (23.64%); and in phase III, the frequency was six premature infants (24%) and eleven term infants (20%) with at least one IRDI absent. Among the obstetric, psychosocial and sociodemographic variables that were related to the absence of IRDls: the Apgar of the 1', the baby s gender, breastfeeding until the sixth month of life, with whom the child sleeps (co-sleeping), maternal age, the mother (or who exercises the maternal role) has a spouse who support her and if her has any professional activity. Furthermore, it was found from the kappa factor that the two protocols showed a high level of agreement using different phenomenal signals to evaluate the presence of psychological risk. This research revealed that there is a positive correlation between the presence of psychological risk and child development in relation to obstetric, psychosocial and sociodemographic variables. also revealed the need of using both protocols in babies evaluations because they check different phenomenal signs to see the risk to child development beyond the psychological risk. / A presente dissertação foi elaborada a partir do questionamento a respeito da possibilidade de detecção precoce de risco psíquico desde a mais tenra idade, sob uma perspectiva psicanalítica, considerando o desenvolvimento infantil enquanto fenômeno global em que o psíquico é um dos pilares estruturantes (CORIAT; JERUSALINSKY, 1996). Nessa perspectiva, foi desenvolvida uma pesquisa quali-quantitativa, cujos três grandes objetivos foram: analisar a frequência de risco psíquico ou risco ao desenvolvimento em uma amostra de bebês, comparando-os quanto a idade gestacional (prematuridade versus nascimento a termo); analisar e relacionar os resultados obtidos por meio dos IRDIs e dos sinais PREAUT; e verificar possíveis associações entre a presença de risco psíquico e fatores obstétricos, psicossociais e sociodemográficos. Para tal, foram avaliados 80 bebês, sendo 25 prematuros e 55 a termo entre os três e nove primeiros meses de vida, com o objetivo de avaliar a presença ou ausência de risco psíquico a partir da aplicação dos dois protocolos e da escuta familiar em entrevistas. Em relação aos sinais PREAUT, verificou-se que na avaliação do quarto mês, 15 bebês prematuros (60%) e 27 bebês a termo (49%) apresentaram ao menos um sinal PREAUT ausente. E, na avaliação dos nove meses, o número foi reduzido para seis bebês prematuros (24%) e onze bebês a termo (20%) com ao menos um sinal PREAUT ausente. Dentre as variáveis obstétricas, psicossociais e sociodemográficas que apresentaram valor estatisticamente significativo para o desfecho presença de ao menos um sinal PREAUT ausente, têm-se: a prematuridade, o sexo do bebê, presença de dificuldade alimentar do bebê, o bebê explorar seu corpo e o ambiente a sua volta livremente, a mãe (ou aquele que exerce a função materna) possuir um cônjuge que a apoie e possuir uma atividade profissional. Quanto aos IRDIs aplicados em três momentos distintos, obteve-se frequências distintas em cada fase. Na fase I, obteve-se uma frequência de 14 bebês prematuros (56%) e 25 bebês a termo (45,45%) com ao menos um IRDI ausente; na fase II, os valores reduziram para onze bebês prematuros (44%) e treze bebês a termo (23,64%); e, na fase III, a frequência foi de seis bebês prematuros (24%) e onze bebês a termo (20%) com ao menos um IRDI ausente. Dentre as variáveis obstétricas, psicossociais e sociodemográficas que apresentaram relação com a ausência de IRDIs, obteve-se: o Apgar do 1', o sexo do bebê, o tipo de aleitamento até o sexto mês de vida, com quem a criança dorme (co-leito), a idade materna, se a mãe (ou aquele que exerce a função materna) possuir um cônjuge que a apoie, bem como se ela possui alguma atividade profissional. Além disso, verificou-se, a partir do coeficiente de concordância kappa, que os dois protocolos, apesar de apresentaram um alto nível de concordância, utilizam diferentes sinais fenomênicos para avaliar a presença de risco psíquico. A presente pesquisa revelou que há uma correlação positiva entre a presença de risco psíquico e ao desenvolvimento infantil em relação às variáveis obstétricas, psicossociais e sociodemográficos. Revelou também a necessidade de utilização complementar do Protocolo IRDI e do Questionário PREAUT, pois permitem verificar, a partir de sinais fenomênicos diferentes, o risco ao desenvolvimento infantil como um todo, para além do risco psíquico,
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Efeito da prática de curta duração no alcance manual de lactentes pré-termo tardios: ensaio clínico controlado randomizado

Soares, Daniele de Almeida 15 May 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:18:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6105.pdf: 3507538 bytes, checksum: 1831330f512c7b5bb92cec3bd7199e40 (MD5) Previous issue date: 2014-05-15 / Universidade Federal de Minas Gerais / Objective: This thesis investigated the effect of a few minutes of reaching practice under different practice schedules on the reaching behavior of late preterm infants at the onset of goal-directed reaching. Method: This is a blind, three-arm parallel-group, randomized controlled trial. Thirty six late preterm infants (16,7 ± 2,3 weeks, chronological age) were allocated into groups that received reaching practice based on either a blocked schedule, a serial schedule, or no practice. The infants were assessed 3.3 ± 1.4 days after the onset of goal-directed reaching in three tests: pre-test (immediately before practice), post-test (immediately after practice), and retention test (24 h after post-test). Practice was applied between the pre- and the post-test (intrasession) and consisted of a 4 min. session of induced reaching using a toy in three activities guided by a physical therapist. The activities were elicited in separate blocks for the blocked practice group and in a serial order for the serial practice group. The control group stayed in the physical therapist s lap and was not stimulated to reach. During assessments, the infants were seated in a baby chair reclined 45º from the horizontal axis. A toy was presented at his/her midline within reaching distance for 2 min. The assessments were filmed and the images analyzed considering the following variables: number of reaches, proportions of proximal adjustments (uni and bimanual), distal adjustments (hand opening) and grasping outcome (reaches with and without grasping), and kinematic variables (straightness index, deceleration index, movement units, and velocity). Results: The major findings were increased amount of reaches from pre- to post-test for the serial practice group (p < 0.01). At the pre-test, the serial practice group performed unimanual reaches only; at the post-test, those infants increased the proportion of bimanual reaches compared to the pre-test (p = 0.05). There were no diferences between groups. Conclusions: Serial practice schedule may have required less perceptive and motor demands from the late preterm infants. The toyoriented experience, which stimulated the infants to perceive and act upon the toy successfully in a serial practice schedule, may have favored the infants perceptionaction coupling. This may have provided them with new oportunities to explore strategies to potentialize the transport of the hand towards the toy. Such stimuli were enough to lead to immediate, temporary adaptative changes. / Objetivo: Este trabalho investigou o efeito da prática de alcance de única sessão e curta duração sob diferentes condições de estrutura de prática no comportamento de alcance em lactentes pré-termo tardios no período de aquisição dessa habilidade. Método: O estudo caracteriza-se como ensaio clínico randomizado controlado com desenho de grupo paralelo, distribuição balanceada e avaliação dos sujeitos sob condição cega pelo examinador. Participaram 36 lactentes pré-termo tardios (16,7 ± 2,3 semanas de idade cronológica) igualmente alocados em 3 grupos: a) grupo de prática em blocos, b) grupo de prática seriada, e c) grupo controle. Os lactentes foram avaliados 3,3 ± 1,4 dias após identificada a aquisição do alcance, em 3 momentos: a) pré-teste (imediatamente antes da prática), b) pós-teste (imediatamente após a prática), e c) retenção (24 h após o pós-teste). A prática foi aplicada entre o pré-teste e o pósteste (intra-sessão) e consistiu de 3 atividades de alcance orientado ao objeto, direcionadas por uma fisioterapeuta durante aproximadamente 4 minutos. O grupo de prática em blocos recebeu prática em estrutura sequencial de blocos; o grupo de prática seriada recebeu prática em estrutura sequencial serial. O grupo controle permaneceu com a fisioterapeuta e não foi estimulado a alcançar. Para as avaliações, os lactentes foram posicionados numa cadeira reclinada a 45º com o eixo horizontal e um objeto atrativo foi oferecido na linha média de seu tronco por 2 minutos. As avaliações foram filmadas e as imagens analisadas considerando-se as seguintes variáveis: número de alcances, proporções de ajustes proximais (uni e bimanual), distais (abertura da mão) e preensão (alcances com e sem preensão), e variáveis cinemáticas do alcance (índice de retidão, índice de desaceleração, unidades de movimento, e velocidade). Resultados: Os principais achados foram aumento do número de alcances do prépara o pós-teste no grupo de prática seriada (p < 0,01). No pré-teste, esses lactentes realizaram apenas alcances unimanuais; no pós-teste, o grupo de prática seriada aumentou a proporção de alcances bimanuais em relação ao pré-teste (p = 0,05). Não houve diferenças entre os grupos. Conclusões: A prática baseada em estrutura seriada pode ter solicitado demandas perceptivas e motoras mais simples para os lactentes prétermo tardios. A experiência de alcance direcionada com uso de brinquedo, estimulando os lactentes a perceber e produzir ações com sucesso na sequência seriada, pode ter favorecido a integração percepto-motora, aumentando as oportunidades de explorar estratégias para potencializar o transporte da mão em direção ao objeto. Tais estímulos foram suficientes para mudanças adaptativas imediatas temporárias.

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