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Cada casa é um caso Competências relacionais em assistência domiciliar, na perspectiva do profissional de saúde /Almeida, Spártaco Galvão Fogaça de January 2019 (has links)
Orientador: Maria Cristina Pereira Lima / Resumo: Trata-se de pesquisa qualitativa na qual se identificou, descreveu e analisou, a partir da percepção de profissionais de saúde de serviços de Assistência Domiciliar (AD), o conjunto de competências relacionais por eles empregadas, com ênfase na apropriação por parte do profissional e relevância para construção do vínculo terapêutico no contexto domiciliar. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com oito membros de dois serviços de AD, do total de quatro do município de Campinas/SP, compondo-se amostra intencional de cinco diferentes categorias entre as 11 atuantes. Procedeu-se a análise de conteúdo desse material, segundo o referencial de Bardin, estabelecendo-se categorias analíticas. Os resultados demonstraram seis competências relacionais identificadas, sendo atitude empática considerada a mais importante, e as demais: conhecimento técnico, comunicação, gestão do cuidado, delimitar papel profissional, promover autonomia. A importância do vínculo e também seu caráter terapêutico foram referidos com destaque pelos entrevistados. Todas as competências foram apreendidas no contato com os serviços de AD, pacientes e famílias atendidas, e a partir dos colegas; processo esse que sensibilizou os profissionais para princípios da atenção integral à saúde. Foi relatado interesse em aperfeiçoar competências para manejo psicológico e cuidados paliativos. Concluiu-se que o desenvolvimento e aplicação dessas competências é essencial em AD, embora isso não tenha sido contemplado n... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: It is a qualitative research in which the set of relational competences they employ was identified, described and analyzed, from the perception of health professionals of Home Care services (HC), with emphasis on the appropriation by the professional and relevance for the construction of the therapeutic bond in the home context. Semi-structured interviews were carried out with eight members of two HC services, from a total of four in the municipality of Campinas/SP, making up an intentional sample of five different categories among the 11 participants. The content analysis of this material was made, according to Bardin’s framework, establishing analytical categories. The results demonstrated six relational competences identified, being empathic attitude considered the most important, and the others: technical knowledge, communication, care management, delimit professional role, promote autonomy. The importance of the bond and also its therapeutic character were highlighted with emphasis by the interviewees. All competences were learned in contact with the HC services, patients and families assisted, and from colleagues; this process made professionals aware of the principles of comprehensive health care. Interest in improving competences for psychological management and palliative care has been reported. It has been concluded that the development and application of these competences is essential in HC, although this has not been contemplated in professional training or techni... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Vulnerabilidade e adaptação no Seridó Potiguar: a (i)mobilidade e estratégias domiciliaresCorreia, Isac Alves 23 February 2018 (has links)
Submitted by Automação e Estatística (sst@bczm.ufrn.br) on 2018-06-05T22:31:10Z
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Previous issue date: 2018-02-23 / Estudos recentes apontam que os eventos extremos se intensificarão e podem levar ao
deslocamento de populações inteiras em algumas regiões, principalmente nas semiáridas,
onde o fenômeno da seca é recorrente. Nesse sentido a migração, dentre outras estratégias
como a regulação da fecundidade, podem ser entendidas como alternativas para as famílias se
ajustarem às situações de ameaça de escassez de recursos ou perda de status socioeconômico.
Contudo, a associação entre mudança ambiental e migração ainda é inconclusiva, tanto pela
dificuldade de dissociação de motivações individuais e de caráter econômico, quanto pelas
limitações das pesquisas populacionais no que se refere aos motivos associados a decisão de
migrar ou permanecer no local. Além disso, a migração é apenas uma dentre uma gama de
estratégias de adaptação às mudanças ambientais. Partindo dos dados censitários e de um
survey realizado a partir de janeiro de 2017 com mais de mil domicílios urbanos do Seridó
Potiguar, região localizada no Semiárido Nordestino, o objetivo desse trabalho é entender
como as famílias ajustam suas respostas diante das secas, com a migração e/ou outras
estratégias domiciliares. A metodologia adotada consiste em estatísticas descritivas e testes
estatísticos de representatividade amostral (estatística Deff) e intervalos de confiança à nível
de significância de 95%. Esse trabalho também se propõe a entender como a composição
demográfica domiciliar e questões políticas institucionais podem afetar nas decisões desses
domicílios. Os principais resultados mostram que a composição demográfica domiciliar tanto
pode ter influenciado as decisões quanto é resultado do processo migratório. Sobretudo, a
menor proporção de crianças com menos de 15 anos de idade para os domicílios com
emigrante sugere a combinação de estratégias de adaptação com a regulação da fecundidade e
a migração. As remessas enviadas pelos emigrantes para as suas famílias na região de origem
foram mais presentes para famílias com níveis de renda mais baixos, de até dois salários
mínimos per capita. As motivações para as migrações na região do Seridó são diversas, assim
como os motivos para não migrar que são decisões complexas que, geralmente, envolvem
certo grau de motivações individuais e ao mesmo tempo coletivas e de caráter domiciliar.
Embora maior parte dos domicílios que não optaram pela migração perceba determinadas
situações de risco no lugar de origem, o tipo de resposta a essas pressões pode variar de
acordo com a capacidade das instituições. Os programas de transferência de renda
demostraram grande relevância nesse processo seja pelo apoio aos domicílios sem emigrantes
ou pelo subsídio a emigração de pelo menos um morador. Por fim, conclui-se que a migração
e/ou a oferta de trabalho nos espaços urbanos têm se constituído ferramentas importantes para
as famílias lidarem com o risco, seja com as secas ou por pressões de natureza endógena.
Assim, a concentração da população na zona urbana que parece ser resultado dessas
mudanças, embora apresente determinadas vantagens, especialmente falando das estratégias
domiciliares como a busca por ocupações no mercado de trabalho urbano para incrementar a
renda familiar, exige instituições bem fortalecidas para gerenciar os riscos. / Recent studies indicate that extreme events will intensify and may lead to the displacement of
entire populations in some regions, mainly semi-arid regions where the drought phenomenon
is recurrent. In this sense, migration, among other strategies such as fertility regulation, can be
understood as alternatives for families to adjust to a situation of threat of resource scarcity or
loss of socioeconomic status. However, the association between environmental change and
migration is still inconclusive, both due to the difficulty of dissociating individual motivations
and economic character, as well as the limitations of population surveys. In addition,
migration is just one of a range of strategies for adapting to environmental change. Based on
census data and a survey carried out from January 2017 on with more than 1,000 urban
households of Seridó Potiguar, a region located in the Northeastern Semi-arid region, the
objective of this work is to understand how families adjust their responses to droughts, and /
or other home strategies. The methodology used consists of descriptive statistics and
statistical tests of sample representativeness (Deff statistic) and confidence intervals at the
95% level of significance. This paper also aims to understand how household demographic
composition and institutional political issues can affect the decisions of these households. The
main results show that the household demographic composition may have influenced
decisions as well as the result of the migratory process. Above all, the smaller proportion of
children under 15 years of age for migrant households suggests a combination of adaptation
strategies with fertility regulation and migration. Remittances sent by emigrants to their
families in the region of origin were more present for families with lower income levels, up to
two minimum wages per capita. The motivations for migrations in the Seridó region are
diverse as well as the reasons for not migrating that are complex decisions that usually
involve a certain degree of individual motivations and at the same time collective and
domiciliary character. Although most households that did not opt for migration perceive
certain risk situations in their place of origin, the type of response to these pressures may vary
according to the capacity of the institutions. Income transfer programs have shown great
relevance in this process either by supporting households without emigrants or by subsidizing
the emigration of at least one resident. Finally, it is concluded that the migration and / or the
supply of work in urban spaces have been important tools for families to deal with the risk,
either with droughts or by pressures of an endogenous nature. Thus, the population
concentration in the urban area that appears to be the result of these changes, although
presenting certain advantages, especially speaking of domiciliary strategies such as the search
for occupations in the urban labor market to increase family income, requires wellstrengthened
institutions to manage the risks.
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Eficácia da monitorização residencial da pressão arterial no controle da hipertensão : um ensaio clínico randomizado com monitorização ambulatorial da pressão arterialSilva, André Luis Ferreira da January 2008 (has links)
Título: Eficácia da monitorização residencial da pressão arterial no controle da hipertensão: um ensaio clínico randomizado com monitorização ambulatorial da pressão arterial Introdução: A hipertensão arterial é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e sua prevalência é elevada tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. Apesar da existência de opções terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas eficazes, as taxas de controle da hipertensão arterial ainda são insatisfatórias em todo o mundo. A má-adesão à prescrição terapêutica é um fenômeno complexo e pouco compreendido que contribui para as baixas taxas de controle da hipertensão. Diferentes estratégias foram testadas em ensaios clínicos com o objetivo de melhorar a adesão terapêutica, com resultados variados. No entanto, o panorama geral da adesão à medicação anti-hipertensiva não mudou significativamente. A monitorização residencial da pressão arterial (MRPA) com dispositivos oscilométricos automáticos tem sido proposta como um instrumento capaz de melhorar a adesão e influenciar no controle da hipertensão, mas seu real efeito ainda é debatido. Objetivo: avaliar a eficácia da MRPA no controle terapêutico (aferido por MAPA de 24h) de pacientes hipertensos não controlados, em uso de anti-hipertensivos, comparativamente ao acompanhamento usual no consultório médico. Métodos: O presente relato trata de análise interina de um estudo em andamento. Este ensaio clínico prospectivo controlado está sendo realizado no ambulatório de hipertensão do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde 62 indivíduos hipertensos não controlados, em tratamento farmacológico, foram randomizados para 2 grupos: MRPA ou cuidados habituais. Para participação no estudo, era necessário que a pressão arterial (PA) estivesse elevada tanto no consultório (PA > 140/90 mmHg) quanto na monitorização ambulatorial de 24h (MAPA média de 24h >130/80 mmHg). Os pacientes alocados para a intervenção receberam um dispositivo oscilométrico validado (OMROM 705- CP) e foram treinados para a aferição residencial da pressão arterial, além de receberem orientações não farmacológicas para manejo da hipertensão. O grupo controle foi submetido a consultas médicas de acordo com cronograma semelhante ao do grupo intervenção, recebendo as mesmas orientações não farmacológicas. Não houve ajuste dos medicamentos durante o estudo. Após um seguimento de 60 dias, os participantes foram submetidos a uma segunda MAPA de 24h para aferição do desfecho principal, definido como a variação nos parâmetros da MAPA entre a linha de base e o encerramento. Resultados: Após ajuste para as respectivas pressões na linha de base e para a idade, identificou-se uma tendência de maior queda nas pressões sistólicas e diastólicas no grupo MRPA, atingindo significância estatística para a PA diastólica noturna (7,5 versus 0,9 mmHg, P = 0,01). Conclusão: MRPA parece melhorar o controle da hipertensão arterial de indivíduos em tratamento medicamentoso independentemente do ajuste de medicamentos. O mecanismo para tal efeito não é completamente compreendido, mas possivelmente envolva melhora na adesão aos medicamentos e nos hábitos de vida. A análise final desse estudo, com uma maior amostra estudada, é necessária para comprovar a tendência identificada.
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O cuidado domiciliar terapêutico como modalidade de desospitalização do sujeito com aidsGruner, Mônica Ferreira January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. / Made available in DSpace on 2012-10-17T22:50:01Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T16:33:12Z : No. of bitstreams: 1
175295.pdf: 2178821 bytes, checksum: db4e8d32bb1aec9a86c15eac7461a5b3 (MD5) / Estudo de modalidade alternativa de cuidado a indivíduos portadores do HIV / AIDS. A modalidade de cuidado em questão, denominada Assistência Domiciliar Terapêutica, vem sendo estimulada, por órgãos oficiais de saúde pública, como alternativa de cuidado a esses indivíduos. O estudo colabora com a construção de critérios para sua prática, a partir da percepção de pessoas que vivenciam o dia-a-dia de trabalhar, conviver e viver com AIDS.
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Cuidado domiciliarMarcelino, Silvana Mara Romagna January 2000 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde / Made available in DSpace on 2012-10-17T11:52:35Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T18:51:39Z : No. of bitstreams: 1
179227.pdf: 2551217 bytes, checksum: 4d2cb407e5ac0307c128987752623dc5 (MD5) / Este estudo foi desenvolvido em dois municípios no sul do Brasil e objetivou compreender como se desenvolve o cuidado de uma pessoa portadora de câncer avançado que permanece no domicílio. A clientela foi composta por cinco cuidadores domiciliares que permaneciam à disposiição ou que se envolviam quando eram solicitados pela pessoa portadora ou por outros cuidadores. O referencial teórico do cuidar/cuidado e a metodologia problematizadora subsidiaram a reflexão acerca do tema. O controle dos sintomas, especialmente a dor por câncer, foi trabalhado no sentido de romper o mito que existe em relação ao uso da morfina como analgésico de escolha. Os cuidadores familiares querem fazer o melhor, estão dispostos e abertos ao aprendizado. São corajosos e criativos. Ficam atentos aos detalhes, não possuem receio de se expor. Os cuidadores domiciliares conhecem as preferências das pessoas que estão cuidando. Dada a estrutura social, econômica e política do nosso sistema se saúde, a abordagem domiciliar é uma possibilidade de oferecer mais bem-estar, maior conforto às pessoas portadoras de câncer avançado, considerando o desejo da pessoa acamada, as facilidades e dificuldades de cada momento para os cuidadores domiciliares. A abordagem domiciliar na área da oncologia não é a única, tão pouco a melhor modalidade para o cuidar/ cuidado, mas sem dúvida oferece a possibilidade às pessoas portadoras de câncer avançado, de permanecerem em casa até o momento em que desejarem. Assim, a atitude de querer fazer algo mais pelo bem-estar do amigo/familiar poderá ser facilitada pelo cuidado domiciliar
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Estoque domiciliar de medicamentos na comunidade ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da FamíliaRibeiro, Maria Ângela January 2005 (has links)
É grande o uso e a disponibilidade de medicamentos no meio doméstico. Um estoque domiciliar de medicamentos pode influenciar nos hábitos de consumo dos moradores, favorecendo a automedicação e a reutilização de prescrições. Este estudo objetivou estudar o estoque de medicamentos na comunidade Ibiaense acompanhada pelo Programa Saúde da Família (PSF). Buscou-se descrever as características dos usuários, as condições de armazenamento, as classes terapêuticas e formas farmacêuticas, a procedência dos medicamentos e o custo dos medicamentos provenientes do Sistema Público de Saúde. Foram visitados 285 domicílios, no período de julho a setembro de 2004. Verificou-se que a média de medicamentos por domicílio foi de 8,4 e que 93,5% das famílias entrevistadas apresentaram pelo menos um medicamento em estoque. Os medicamentos estocados em maior número foram: analgésicos (11,15%), seguidos dos diuréticos (6,42%), antibacterianos para uso sistêmico (5,82%), antiinflamatórios (5,08%) e os antiácidos (4,10%). Embora seja considerável o número de medicamentos estocados nos domicílios, foi pequeno o número de medicamentos sem prescrição médica procedentes do Sistema Público de Saúde , sendo este um reflexo favorável dos serviços de Assistência Farmacêutica do Município. Por outro lado, foi verificado um elevado percentual de medicamentos adquiridos em farmácias sem a devida prescrição médica, 41,6%. Este percentual sugere uma inserção de medicamentos adquiridos por automedicação. Foi encontrado um percentual de 18,5% de medicamentos vencidos. O estoque domiciliar resulta de prescrições com quantidades superiores ao necessário para o tratamento (20%) , não cumprimento do tratamento prescrito (17%), aquisição por conta própria (9%) no Sistema Público de Saúde. O estudo sugere a necessidade de orientação dos usuários em relação a utilização e armazenamento dos medicamentos, de sistematização dos registros de dados com perspectiva de auxílio na gestão dos recursos, além de oferecer subsídios para adoção de decisões vinculadas ao processo de planejamento e execução das ações na Assistência Farmacêutica.
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Caracterização de famílias de crianças em situação de violência intrafamiliarAlgeri, Simone January 2001 (has links)
Trata-se de um estudo descritivo do tipo exploratório que utilizou uma abordagem combinada quantitativa e qualitativa para caracterizar as famílias de crianças em situação de violência intrafamiliar, atendidas pela “Equipe de Proteção às Crianças Vítimas de Maus-tratos e Violência Sexual”, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), no ano de 1999. A coleta de dados foi realizada por um roteiro estruturado elaborado pela pesquisadora, constituído de quatro dimensões pré-estabelecidos – sócioeconômica, estrutura e funcionamento familiar, situação atual do abuso do contexto familiar e história pregressa da família – preenchido através dos prontuários e protocolos das crianças atendidas no HCPA. Os dados quantificáveis foram analisados com auxílio da estatística descritiva, e os qualitativos pelo método de análise de conteúdo, segundo Bardin (2000). Assim formaram sete categorias: organização familiar, relacionamento familiar, percepção dos adultos sobre a criança vítima de violência, justificativas de utilização da violência, ações maternas frente à violência, motivos da procura do serviço de saúde e a trajetória da família na instituição hospitalar. A maioria das famílias pesquisadas possuíam precária inserção sócioeconômica com baixo nível de escolaridade, desempregadas, inseridas no mercado formal e/ou informal. Eram predominantes da região central de Porto Alegre, demonstrando uma diversidade de arranjos e fragilidade nas relações familiares, com confusão de papéis e disputa de autoridade. Algumas famílias registraram ausência da figura paterna Características importantes constatadas entre os adultos: progenitores adolescentes, jovens, vivendo responsabilidade de adulto, o elevado padrão do uso abusivo de drogas, presença de aleitamento materno e gravidez não desejada. Houve um predomínio de negligência em relação a outras formas de violência praticadas, sendo que o ato violento foi cometido de forma intencional, mas o agressor não apresentava justificativa para o fato. A mãe configurou-se como a maior agressora e, simultaneamente, a principal cuidadora da criança. Nesse estudo, a criança mais atingida foi a do sexo masculino, raça branca, evidenciando lesão e apresentando longo período de convivência com o agressor que sempre era alguém muito próximo a ela. As famílias envolvidas procuraram atendimento de forma espontânea, mas a queixa de violência estava implícita. A pesquisa permitiu contextualizar a violência como social e histórica, presente em larga escala na sociedade brasileira uma sociedade desigual na qual se pratica violência dentro da família contra a criança, legitimando uma forma de poder estruturante nas relações sociais e na interação com fatores individuais econômicos e culturais. Assim, verificou-se a fundamental importância da atuação do enfermeiro no enfrentamento da problemática questão da violência intrafamiliar contra a criança.
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Práticas de saúde da mulher no espaço domiciliar: análise a partir de Agentes Comunitários de SaúdeMarques, Patricia Figueiredo January 2001 (has links)
143f. / Submitted by Suelen Reis (suziy.ellen@gmail.com) on 2013-04-04T12:48:09Z
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Previous issue date: 2001 / A política atual de reorganização do Sistema de Saúde no Brasil utiliza a estratégia de atendimento domiciliar, tendo a atenção primária como base de sua ação, revalorizando o uso das práticas de saúde no domicílio. Este espaço, histórica e culturalmente atribuído às mulheres, influencia e é influenciado por diferentes práticas sociais. Este estudo tem como objetivo analisar como as práticas de saúde voltadas para a Mulher e realizadas no domicílio, estão sendo desenvolvidas por ACS do Distrito Sanitário Barra/ Rio Vermelho reproduzindo as desigualdade de gênero. Utilizou-se a metodologia qualitativa, usando o Materialismo Histórico Dialético como referencial teórico- filosófico. Para a coleta de dados, utilizou-se da observação participante e entrevista semi-estruturada e gravada dos ACS, usando-se a análise de conteúdo. A visita domiciliar apresenta-se como instrumento de trabalho revalorizado. A articulação dos ACS com os serviços apresenta-se com deficiências, considerando-se o atendimento à demanda espontânea. O trabalho dos agentes reproduz características do Modelo Médico Assistencial. Da mesma forma, as práticas de saúde mesmo voltadas para promoção/prevenção de problemas de saúde não são suficientes para enfrentar os conflitos e as necessidades existentes no âmbito domiciliar. O despreparo dos agentes para lidar com problemas complexos reproduzem desigualdades de gênero, na medida em que reforçam o papel da mulher como única cuidadora reafirmando estereótipos sexistas. / Salvador
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Modos de ser do idoso com sequela de acidente vascular cerebral: cuidado familiarPedreira, Larissa Chaves 10 July 2009 (has links)
Banca Examinadora: Regina Lúcia Mendonça Lopes, Célía Pereira Caldas, Acylene Maria Cabral Ferreira, Maria do Rosário de Menezes, Álvaro Pereira, Dora Sadigursky e Dante Augusto Galeffi. / Submitted by Samuel Real Mota (samuel.real@ufba.br) on 2013-08-09T17:09:15Z
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2ª def.de Tese - Larissa Chaves Pedreira.pdf: 626473 bytes, checksum: e7c38d7e53c4846fb5eda5db1f8cd09c (MD5) / Approved for entry into archive by Flávia Ferreira(flaviaccf@yahoo.com.br) on 2013-09-09T14:06:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009-07-10 / Esse trabalho teve como objeto os modos de ser do idoso com sequela de acidente vascular cerebral (AVC) sendo cuidado no domicílio pela família e, como objetivo, compreender esses modos de ser. Trata-se de uma pesquisa fenomenológica pautada em Martin Heidegger e sua obra Ser e Tempo. Foi realizada entrevista fenomenológica com 5 idosos após aprovação do comitê de ética e aceite destes em participar da pesquisa. Os idosos estavam inscritos em 2 programas de assistência domiciliar, possuíam sequela de AVC, e estavam no domicílio, levando o seu cotidiano com a ajuda de familiares. As entrevistas gravadas foram realizadas no domicílio e, após a transcrição e leitura, foram construídas as unidades de significado: Ex-siste em um cotidiano vazio; Encontra-se em situação de dependência; Angustia-se pelo seu ser-no-mundo; Revive o passado; Substitui o ser-com pelo ser-junto. Submetendo essas unidades a hermenêutica heideggeriana, construí as unidades de significação: Temporaliza o vigor de ter sido de modo impróprio; Vivencia sua presença, na maioria das vezes, na historicidade imprópria; Vivencia o seu ser-no-mundo, na maioria das vezes, como ente meramente presente. Compreendi então, a partir destas, que esses idosos vivenciam seu cotidiano muito mais impropriamente do que propriamente, e que os modos de ser apresentados, dependem da sua temporalidade, influenciada por fatores como: relações familiares, redes de apoio, nível sócio econômico e educacional, localização e extensão do AVC, personalidade entre outros. Esses elementos irão refletir na maneira como cada um se porta, diante das demandas de mundo, e como responde a essas, através de modos de ser.
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Capacitação de parteiras tradicionais do Amapá: tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar / Training of traditional midwives in Amapá: tensions between the incorporation of medical knowledge and cultural resistance in the practice of midwiferyBarroso, Iraci de Carvalho January 2017 (has links)
BARROSO, Iraci de Carvalho. Capacitação de parteiras tradicionais do Amapá: tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar. 2017. 232f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2017. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-05-03T17:38:50Z
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2017_tese_icbarroso.pdf: 5199417 bytes, checksum: 2e8f1e9f7d63b13b9e2be666680fa421 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2017-05-04T14:41:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1
2017_tese_icbarroso.pdf: 5199417 bytes, checksum: 2e8f1e9f7d63b13b9e2be666680fa421 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-04T14:41:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / A presente tese, a partir de uma análise socioantropológica, problematiza a questão da capacitação de parteiras tradicionais, discutindo as tensões entre incorporação de saber médico e resistência cultural na prática de partejar das parteiras no Amapá. Para tanto, apoio-me em perspectivas epistemológicas críticas que problematizam as hierarquias e dicotomias subjacentes à “monocultura do saber”, segundo proposta analítica de Santos (2006), a qual confere privilégios de conhecimento e de poder aos saberes científicos, em detrimento de outras formas de saberes. Valho-me, em alinhamento a essa perspectiva analítica, da crítica feminista ao sujeito universal da ciência e de seus privilégios de enunciação. Privilegio, sobretudo, aquelas teorizações que desvelam o processo de silenciamento imposto aos saberes e ao poder de agência engendrado pelas mulheres (HARDING, 1998; HARAWAY, 1995; SANTOS, 2012). O estudo compõe-se de uma abordagem qualitativa, com etnografia e uso de narrativas de 25 parteiras tradicionais, periféricas, remanescentes quilombolas e indígenas, que se configuram como interlocutoras de minha pesquisa, além de fontes documentais e entrevistas com 10 profissionais da área biomédica. O recorte da pesquisa vai de 2013 a 2016, produzindo um material que dialoga com experiências de pesquisas anteriores sobre a temática das parteiras tradicionais. Permeia na tese o contexto empírico dos cursos de capacitação no Amapá. “Capacitação” é um termo empregado pelo Ministério da Saúde e implementado pelo “Projeto de resgate e valorização de parteiras tradicionais”, implementado pelo governo do Estado do Amapá para instrumentalizar as profissionais do parto domiciliar. Através dessa configuração técnica e biopolítica, a “capacitação” se constitui num rico cenário em que se dão a ver confrontos entre heterogêneas visões de mundo (sobretudo aquelas concernentes à saúde, ao corpo da mulher, à higiene e à segurança), sistemas de conhecimento técnico e repertórios de ação, condensados na tipologia científico versus tradicional. Através da inserção etnográfica e das narrativas das interlocutoras, tento analisar esses confrontos, o que podem significar enquanto obrigação de incorporação de saberes e práticas. Os resultados apontam para as tensões, conquistas e também reconhecimento. Nessa relação, tem-se como conquistas o fato da parteira ser cadastrada em programa estadual; participar dos cursos e treinamentos; receber o diploma, o “kit parteira” e ser incluída no sistema de pagamento da bolsa – elementos de reafirmação identitária e de reconhecimento da legitimidade da parteira, além de tecerem redes compartilhadas de troca de experiência entre mulheres que partejam. Por outro lado, as contradições se expressam nas tensões entre a ampliação da função social da parteira, que após a capacitação é chamada a intervir em diferentes esferas da promoção da saúde comunitária, porém sem reconhecimento profissional como trabalhadora da saúde, sendo, em alguns casos, explicitamente impedidas de prestarem seu serviço. Ao discutir capacitação, incorporação de saber e resistência cultural, pretendemos contribuir para a compreensão desse processo dinâmico de formação e recriação identitária de parteiras tradicionais que vivenciam suas práticas no cotidiano comunitário e sobretudo, para os estudos socioantropológicos e da saúde da mulher.
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