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As dimensões de inovação social em empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho

Maurer, Angela Maria January 2011 (has links)
Mesmo com os avanços tecnológicos e comerciais feitos pelos seres humanos ao longo do tempo, ainda persistem diversos desafios de ordem social e ambiental. O desenvolvimento de inovações sociais torna-se uma alternativa para suplantar parte destes desafios, visto que podem solucionar as necessidades de parte dos indivíduos de uma dada sociedade. O Centre de Recherche sur les Innovations Sociales (CRISES) é um dos centros que realiza pesquisas a respeito das inovações sociais, destacando suas diversas dimensões de análise. Um dos focos de pesquisa deste centro está na Economia Social da província de Quebec, no Canadá. No Brasil, a Economia Solidária vem crescendo significativamente, e o artesanato é um dos setores de destaque no número de empreendimentos coletivos ligados a esta Economia. No Rio Grande do Sul, os empreendimentos econômicos solidários de artesanato são organizados de diferentes formas, sendo alguns deles induzidos por organizações geridas com recursos públicos, enquanto que outros são constituídos pelos próprios artesãos. Por outro lado, o conceito de inovação social geralmente é abordado de maneira superficial na literatura das Ciências Sociais, e ainda existem, no Brasil, poucos estudos a respeito desta modalidade de inovação na área de Administração. Desta forma, o objetivo deste estudo é o de analisar como as dimensões de inovação social, do modelo idealizado pelo CRISES, se refletem nas diferentes formas de organização de empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho. A revisão de literatura versou sobre inovações sociais e sobre organizações de Economia Solidária. Foram realizados seis estudos de caso em empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho. Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas semi-estrututuradas e de anotações no diário de campo. Já os dados secundários foram provenientes de documentos, artigos e websites. A análise dos dados foi feita de acordo com a revisão de literatura do presente estudo. Os resultados evidenciaram grande parte dos elementos das dimensões de inovação social descritas no modelo desenvolvido por autores do CRISES. A análise destas dimensões, nos casos pesquisados, apresentou similaridades e diferenças tanto entre elas quanto quando comparadas às do modelo estabelecido pelo CRISES. De forma geral, os empreendimentos pesquisados foram desenvolvidos a partir de contextos problemáticos, passaram por fases de tentativa e de experimento, as quais foram institucionalizadas, e tais empreendimentos se tornaram modelos de desenvolvimento emergente. Estes empreendimentos também contemplaram a necessidade da coletividade e o bem comum. Diversos atores foram identificados na formação destes empreendimentos, sendo que todos contaram com atores titulares da ideia, financiadores, apoiadores e usuários. A mobilização e a participação dos atores também foram representativas, bem como a aprendizagem gerada pelo processo de desenvolvimento das inovações sociais pesquisadas. Este processo envolveu restrições que geraram incerteza e tensão nos artesãos. Ainda, o processo foi feito por meio da integração e da parceria entre os atores, e ocorreu a difusão das soluções desenvolvidas para outros contextos. Desta forma, o presente estudo contribui para a análise do conceito de inovação social em empreendimentos econômicos solidários do Brasil. / Even with the technological and commercial advances made by human kind over time, there still exist too many social and environmental challenges. The development of social innovations becomes a relevant alternative to overcome some of these challenges, as they can fulfill the needs of a number of the involved individuals. The Centre de Recherche sur les Innovations Sociales (CRISES) is one of the centers that carries out some researches on social innovations, highlighting their dimensions of analysis. One of the researching focus of this center is Social Economy in the Quebec province, in Canada. In Brazil, Solidarity Economy has grown significantly, and handicraft is one of the main sectors which involves collective enterprises linked to this kind of economy. In the state of Rio Grande do Sul, handicraft solidarity enterprises are organized according to different patterns. Some of them were induced by organizations managed with public funds, while others are made up by artisans. On the other hand, the concept of social innovation is usually addressed just in a superficial manner in the social science literature. There are too few studies regarding this type of innovation in the Brazilian business academic area. Thus, the aim of this study is to examine how the dimensions of social innovation established at the framework developed by the CRISES centre are reflected in the different patterns of organization of solidarity enterprises in the handicraft sector of Rio Grande do Sul (RS). The literature review was about social innovations and Solidarity Economy organizations. To achieve the proposed objective, were carried out case studies at six handicraft solidarity enterprises of RS. Primary data were collected through semi-structured interviews and field notes. Secondary data were gathered from documents, articles and websites. The collected data were then analyzed according to the literature review. The results have shown most of the elements of the social innovation dimensions described on the model developed by authors of the CRISES. The analysis made on these dimensions has shown, in the studied cases, similarities and differences, both among themselves and when they were compared to the ones described on the model established by the CRISES. In the main, the enterprises analyzed were developed from problematic contexts, and went through phases of trial and experiment, which were institutionalized, becoming models of emerging development. These enterprises were also concerned with the collective needs and the common good. Several actors were identified in the enterprises formation, and all of them had actors who hold the idea, donors, supporters and users. The involvement and participation of the actors were also most significant, as well as the apprenticeship enabled by the development process of the social innovations researched. This process involved some restrictions which caused uncertainty and tension amidst the artisans. Moreover, the process has occurred by means of integration and partnership of actors, and the attained solutions were diffused to other contexts. Thus, the present study contributes to the analysis of the social innovation concept in Brazilian solidarity enterprises.
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O cooperativismo de crédito solidário e as representações sociais da cooperação nos municípios de Araponga e Tombos (MG)

Martins, Márcia Eliana January 2010 (has links)
A proposta deste trabalho é a de analisar o cooperativismo de crédito solidário, sob a ótica das representações sociais acerca da cooperação, construídas pelos associados de duas cooperativas de crédito solidário na Zona da Mata de Minas Gerais e a possível influência desta representação no funcionamento de tais cooperativas. Os estudos foram realizados nos municípios mineiros de Tombos e Araponga, junto aos associados das Cooperativas de Crédito da Agricultura Familiar e Economia Solidária – Ecosol Araponga e a Ecosol Zona da Mata e Leste de Minas Gerais. Estas cooperativas são as únicas representantes do Sistema Ecosol no Estado e despontam como experiências exitosas do ponto de vista da ação coletiva, visto que se inserem em municípios em que os agricultores tem ampla participação no movimento sindical. Para alcançar os objetivos propostos, a metodologia utilizou-se de dados secundários para obter informações acerca do histórico das cooperativas e do perfil dos agricultores familiares que formam seus quadros sociais, além de entrevistas semiestruturadas, de diário de campo e de observação participante. A partir dos dados obtidos percebeu-se que a representação social da cooperação apresentada pelos entrevistados é uma representação basicamente positiva e está significativamente ligada ao histórico de envolvimento deste grupo com a constituição destas cooperativas. É a partir deste envolvimento, seja por meio de capacitações ou pelo contato direto com suas operações, que o grupo passou a reproduzir um discurso sobre a cooperação derivado, em parte, da percepção que possuem sobre esta organização e, em parte vinculado às experiências cotidianas anteriores formadoras do universo de significados destes. / This paper’s proposal is to analyze the solidary credit cooperativism, in perspective of the social representations about the cooperation, built by members of two Solidary Credit Cooperatives in Zona da Mata of Minas Gerais and this representation’s possible influence at the operationalization of these cooperatives. Studies were performed at the small towns of Tombos and Araponga among members of Credit Cooperatives of Family Farmers and Solidary Economy – Ecosol Araponga and Ecosol Zona da Mata e Leste de Minas Gerais. These Cooperatives are the only representatives of Ecosol System in the state and emerge as successful experiences from the collective action’s point of view once they are introduced where the farmers have broad participation at union movement. To achieve the proposed objectives, the methodology we used of secondary data to obtain the information about the history of cooperatives and the farmers and farmers’ family who form their social contexts. Were also made semi-structured interviews, of field diary and participant observation. From the data obtained it was noticed that the social representation of the cooperation presented by the respondents is a representation basically positive and it is significantly linked to this group’s history of involvement with the cooperatives’ constitution. It is from this involvement, either by skills or by direct contact with its operations, that the group started to make a speech about cooperation in part from the perception they have about these organizations and, partly linked to previous everyday experiences, forming its universe of meanings.
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Rede Justa Trama - Cadeia Produtiva do Algodão Ecológico : as territorialidades da economia solidária

Gomes, Gilmar Godoy January 2011 (has links)
O novo modelo de acumulação capitalista, a “acumulação flexível”, baseado na maximização dos lucros em prejuízo dos direitos trabalhistas tem gerado a precarização do emprego, um desemprego em escala global relacionado à exclusão social e o aumento da pobreza em países de economia periférica, como é o caso do Brasil. Contudo, formas de resistência são encontradas pelas populações com o objetivo de gerar trabalho e renda. Uma dessas formas é a economia solidária (ES). A economia solidária resgata uma cultura em que o trabalho cooperativado, guiado pela união, solidariedade e reciprocidade, contribui para a reparação do tecido social, gerando renda e desenvolvimento em espaços nos quais o trabalho cooperado é ressignificado. Esta dissertação estuda um exemplo de iniciativa de ES organizada em uma rede de colaboração solidária: a Rede Justa Trama - Cadeia Produtiva do Algodão Ecológico, na qual participam homens e mulheres que são agricultores, coletores de sementes, fiadoras, tecedores e costureiras. Essa cadeia tem uma representação espacial muito significativa. Inicia em Tauá (CE) com o plantio do algodão agroecológico, o fio é beneficiado em Pará de Minas (MG), na Cooperativa de Produção Têxtil (Coopertêxtil). Posteriormente, inserem-se a Cooperativa Fio Nobre em Itajaí (SC) e a Cooperativa Unidas Venceremos em Porto Alegre (RS), onde são feitos os produtos com a marca Justa Trama. As roupas são decoradas com sementes e tinturas fornecidas pela Cooperativa Açaí de Porto Velho (RO). Esta dissertação tem como objetivo principal identificar, através das unidades de significação presentes nas falas dos empreendedores envolvidos com a Rede Justa Trama, os elementos formadores de novas territorialidades/identidades (ressignificação dos espaços), baseadas nos valores da reciprocidade (entre os empreendimentos) e da solidariedade (relações compartilhadas pelas pessoas na rede), que fazem parte do ideário do cooperativismo solidário. Optou-se, durante a pesquisa de campo, pelo uso de entrevistas não diretivas e de conversas (dirigidas) que foram gravadas e posteriormente transcritas, por considerar este procedimento o mais adequado para a realização de uma pesquisa que tem no seu cerne a representação dos indivíduos e os modos com os quais ressignificam sua interação espacial e econômica, bem como os seus sentimentos de pertencimento à Rede. O sucesso da Rede Justa Trama requer, todavia, que outras iniciativas semelhantes prosperem e, nesse sentido, a cadeia produtiva do algodão ecológico é uma referência. Ao conquistarem um campo favorável ao surgimento de novas articulações que levem ao florescimento de novas teias e arranjos produtivos locais, os sujeitos da Rede confirmam seu protagonismo. Mas, além disso, oferecem provas de que o território da Justa Trama é um campo aberto ao estudo da Geografia. / The new model of capitalist accumulation, the "flexible accumulation", based on profit maximization to the detriment of labor rights, has been increasing precarious work, global scale unemployment related to social exclusion, and poverty in peripheral economies, like Brazil. However, forms of resistance arose from people seeking to generate employment and income. One of these forms is solidarity economy (SE). Solidarity economy restores a culture where worker cooperatives (guided by union, solidarity and reciprocity) generate income and development and contribute to repair the social tissue of spaces where cooperative work has been reassigned. This dissertation examines an example of SE initiative organized in a solidarity collaboration network: the Justa Trama Network - a supply chain of ecological cotton where small farmers, seed collectors, spinners, weavers, and seamstresses are involved. This chain is quite spatially significant. It begins in Tauá, in Northeast Brazil, where agroecological cotton is planted. The cotton thread is then developed in Pará de Minas, in the Southeast, at the Textile Production Cooperative (Coopertêxtil). Subsequently, they are joined by the Fio Nobre Cooperative, in Itajaí, and the Unidas Venceremos Cooperative, in Porto Alegre, both in Southern Brazil, where products of the Justa Trama brand are made. Clothes are embellished with seeds and dyes supplied by the Açaí Cooperative, from Porto Velho, in Northern Brazil. By analyzing meaning units within the speech of entrepreneurs involved in the Justa Trama Network, this dissertation aims to identify the forming elements of new territorialities/identities (space reassignment), based on reciprocity (among entrepreneurs) and solidarity (shared relations among people in the Network), values which are part of solidarity cooperativism. The chosen field research method was non-directive interviews and (focused) conversations, which were recorded and transcribed later. This method was considered the most adequate proceeding for a research focusing on the representation of individuals and the means by which they reassign spatial and economic interaction, as well as their sense of belonging to the Network. However, for the Justa Trama Network to succeed, other initiatives must also succeed, to which the ecological cotton supply chain is a reference. By dominating a field that favors the beginning of new articulations leading to the birth of new nets and local production arrangements, subjects of the Network are asserting their role as protagonists. Furthermore, they prove that Justa Trama's territory is a field that is open to the study of Geography.
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Democracia e economia solidária : uma análise dos processos de tomada de decisão em empreendimentos econômicos solidários

Locks Filho, Pompilio January 2012 (has links)
Nesse trabalho realizamos uma pesquisa teórica e empírica com o intuito de aprofundar as possíveis relações sobre a democracia em ambientes de trabalho associativo, mais especificamente no âmbito da economia solidária. Através de uma pesquisa bibliográfica, buscamos investigar as raízes da defesa da democracia no local de trabalho. Verificamos uma diversidade de debates sobre o caráter anti-sistêmico do associativismo que ocorre desde o século XIX e que foram renovados com o surgimento da economia solidária. Enquanto para um segmento da literatura acadêmica os empreendimentos de economia solidária (EES) contrariam a empresa capitalista, o outro lado verifica a impossibilidade dos sócios promoverem a democracia em suas tomadas de decisões. Negando esse binarismo, procuramos identificar nas práticas de gestão dos EES as principais variáveis para que se estabeleçam formas de democracia fraca, média ou forte. Tal empreitada foi feita por meio de análises quantitativas, com os dados do Sistema Nacional de Informação em Economia Solidária (SIES), e qualitativas, através de entrevistas semi-estruturadas com trabalhadores de nove empreendimentos da cidade de São Leopoldo (RS). Do total dos EES pesquisados, encontramos cinco empreendimentos com práticas democráticas fracas, enquanto outros quatro desenvolvem práticas de democracia média e forte, o que nos leva a concluir que os EES praticam formas híbridas de democracia, com uma tendência fraca à representatividade. Também verificamos que as lideranças, o tempo, a eficiência econômica e o tamanho são as principais variáveis que influem na caracterização democrática de um empreendimento. / In this work we realize a theoretical and empirical research in order to deepen the possible relations about the democracy in associative workplaces, more specifically on the scope of the solidary economy. By a literature research, we seek to investigate the roots of democracy in the workplace. We found a diversity of discussions about the disposition anti-systemic of associations that occurs since the nineteenth century and were renewed with the emergence of the Solidary Economy. While for a segment of academic literature the enterprise of solidary economy contradicts the capitalist enterprise, the other side verifies the impossibilities of associates to promote the democracy in their decisions. Against this binary, we seek to identify in the management practices of the EES the main variable for establishing forms of low, medium and strong democracy. This was made by quantitative analysis, with the data of the National Information System on the Solidary Economy, and qualitative, through semistructured interview with workers of nine enterprises in São Leopoldo’s city. Of the total surveyed ESS, we found five enterprises with weak democratic practices, while four other develop practices of democracy with medium and high levels, which lead us to conclude that the EES has hybrid forms of democracy, with a tendency to the representativeness. We also found that the leaderships, the time, the economic efficiency and the size are the main variables that influence in the democratic characterization of an enterprise.
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Entre o homem de bem e o bem comum : um estudo sobre o substrato motivacional para as lutas por reconhecimento em associados de empreendimentos econômicos solidários

Corrêa, Andressa da Silva January 2012 (has links)
O presente trabalho versa sobre os processos que possibilitam o engajamento dos sujeitos em lutas por reconhecimento. Tal problematização foi construída a partir de evidências empíricas que indicavam que, após o ingresso em empreendimentos econômicos solidários, alguns trabalhadores passavam a entender-se como importantes para o todo social, lutando por reconhecimento. Assim, o objetivo da pesquisa foi descobrir como ocorriam os câmbios morais, relativos ao próprio valor, que proporcionavam a inserção política. Para desenvolver teoricamente o proposto, utilizou-se as elaborações sobre reconhecimento de Axel Honneth, as quais advogam que o substrato para o ensejo da luta social são constrangimentos estabelecidos na experiência cotidiana – a partir de situações de vergonha social, entendidas como violação, exclusão e depredação. Entretanto, durante o decorrer da pesquisa, nem sempre o empenho de lutas por reconhecimento se estabeleceu a partir das experiências de vergonha social, condição que exigiu a complementação do referencial teórico anteriormente referido. Destarte, baseando-se em autores como Santos, Cardoso de Oliveira e Souza, entendeu-se que o modelo honnethiano é construído a partir de um padrão normativo cívico, o qual tem como fundamento uma igualdade entre todos os sujeitos, que não se estabelece no Brasil. Assim, neste país, as humilhações sociais teriam a possibilidade de serem naturalizadas, tendo dificuldades para se tornar substrato para a luta por reconhecimento, já que privilégios são admitidos. Partindo destas elaborações, os resultados da pesquisa confirmaram que uma igualdade mínima não estava estabelecida e que esta condição desigual proporcionava a formação de bloqueios internos para a luta, pois muitos dos sujeitos entrevistados se observavam com menor valor, enquanto pessoa, aceitando as humilhações sofridas. Neste contexto, os empreendimentos econômicos solidários constituíram-se como um meio social disponível para promover aprendizados morais referentes à lógica cívica, a partir da qual os atores construíam a condição igualitária e passavam a empenhar críticas a modelos hierárquicos e, em alguns casos, a lutar por reconhecimento. As variáveis centrais, propiciadas pelas vivências no coletivo de trabalho, que possibilitaram que este processo fosse efetivado, foram: o estabelecimento de uma solidariedade entre os participantes do grupo de trabalho (manifestada em um reconhecimento antecipado das habilidades individuais), a partir da qual os atores se consideraram importantes e se engajaram no projeto coletivo e; o contato dos associados com a esfera pública que possibilitou um aprendizado moral relativo aos processos deliberativos democráticos e forneceu um horizonte valorativo alternativo de estima (democrático, solidário, sustentável). / This study deals with the processes that enable the engagement of actors in struggles for recognition. This strategy was built from empirical evidence indicating that, after joining in solidarity economic enterprises, some workers went on to be construed as important for the social whole, struggling for recognition. The objective of this research was to find out the exchange occurred as moral, for the value itself, which provided the inclusion policy. To develop the proposed was used the Axel Honneth’s recognition theory, which means that the substrate for the opportunity of the social struggle are difficulties in everyday life - from situations of social shame, manifested in cases of violation, exclusion and degradation. However, during the course of research, not always the commitment to struggle for recognition is established from the experiences of social shame, condition that required the adaptation of the theory. Thus, based on authors such as Santos, Souza and Cardoso de Oliveira, it was understood that the model honnethiano is constructed from civic model, which is based on a equality among all subjects that not is established in Brazil. Therefore, in this country, social humiliation would be able to be naturalized and the substrate of struggle for recognition has had difficulty to produce, because privileges are allowed. Based on these elaborations, the research results confirmed that an equal minimum was not established and that this uneven condition provided the formation of internal difficulties to the fight, since the subjects note themselves with lower value, as a person, accepting humiliation. In this context, the solidarity economic ventures (ESS) become a social environment to promote learning regarding the moral logic civic, from which the actors built equal condition and passed to engage the critical hierarchical models, and in some cases, to fight for recognition . The central variables, offered by the collective experiences of work, that enabled this process to be effected, were: the establishment of a solidarity among the participants of working group (manifested in an early recognition of individual skills), from which the actors were considered important and joined in the collective project; the contact associated with public spaces that allowed a moral learning on the democratic deliberative processes and provided an alternative evaluative horizon estimates (democratic, humane, sustainable).
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Saúde mental e economia solidária : trabalho como dispositivo de autonomia, rede social e inclusão

Pacheco, Milena Leal January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-02-14T14:47:21Z No. of bitstreams: 1 2013_MilenaLealPacheco.pdf: 792756 bytes, checksum: e6bada2b9538bcb90757fe1da70c3318 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2014-02-17T10:59:41Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2013_MilenaLealPacheco.pdf: 792756 bytes, checksum: e6bada2b9538bcb90757fe1da70c3318 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-02-17T10:59:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2013_MilenaLealPacheco.pdf: 792756 bytes, checksum: e6bada2b9538bcb90757fe1da70c3318 (MD5) / Este estudo investigou os sentidos e as repercussões do trabalho cooperativo e solidário na ampliação e no fortalecimento da autonomia, da rede social e da inclusão de pessoas com a experiência do sofrimento psíquico, que vivem em situação de desvantagem social. Além disso, identificou as possibilidades e os limites da Política Nacional de Saúde Mental e Economia Solidária. Participaram do estudo treze usuários-trabalhadores e cinco profissionais que atuam em oficinas de trabalho de um serviço da rede de atenção psicossocial do município de Porto Alegre (RS). Como instrumentos para coleta de dados, utilizaram-se observação de campo, entrevistas individuais semiestruturadas com profissionais e usuáriostrabalhadores e grupo focal com usuários-trabalhadores. O material empírico foi examinado com base na análise de conteúdo temática e nos pressupostos teóricos da desinstitucionalização, da reabilitação psicossocial e da Economia Solidária. Os achados mostram que o trabalho cooperativo e solidário atua como um potente dispositivo para a ampliação e o fortalecimento do poder contratual, da autonomia, das redes sociais e da inclusão social dos usuários-trabalhadores. A instituição ocupa um lugar estratégico na rede substitutiva do município e na vida dos participantes, que ganha sentidos, aprendizados e mudanças. Contudo, as fragilidades nos marcos conceitual e jurídico e nas políticas públicas de Saúde Mental e de Economia Solidária atravessam o cotidiano da experiência e trazem desafios para o campo como a necessidade do incremento da renda, a melhora das condições de vida dos usuários-trabalhadores, a conquista de um novo marco legal para o cooperativismo social, a participação de outros atores e instituições nas experiências, entre outros. Esses desafios são revertidos em novas possibilidades com a participação e o protagonismo dos usuários-trabalhadores nos espaços coletivos de reflexão, avaliação e tomada de decisão do serviço, dos fóruns e das lojas da Economia Solidária. Tais espaços contribuem para a ressignificação e a (re)invenção de práticas e possibilitam que os usuários se (re)conheçam e sejam (re)conhecidos também como trabalhadores. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This study investigated the meanings and repercussions of cooperative and solidarity work in widening and strengthening the autonomy, the social networks, and the inclusion of people experiencing psychological distress, who live in social disadvantage. Also, the study identified the possibilities and the limits of the Brazilian National Policy on Mental Health and Solidarity Economy. The participants of the study were thirteen user-workers and five professionals involved in cooperative and solidarity work workshops provided by a service of the psychosocial care network of Porto Alegre, in Rio Grande do Sul state. The instruments used for data collection were field observation, individual semi-structured interviews with the professionals and user-workers, and a focal group with the user-workers. The empirical material was examined based on content analysis and on the theoretical background of deinstitutionalization, psychosocial rehabilitation, and solidarity economy. The results reveal that cooperative and solidarity work is a powerful resource to widen and strengthen contractual power, autonomy, social networks and social inclusion of user-workers. The institution plays a strategic role in the substitutive network of Porto Alegre and in the lives of the participants, which gains meaning, learning, and changes. However, weaknesses in the conceptual and juridical framework as well as in the public policies of mental health and solidarity economy pose challenges to the field; for example, the need to increase income, the improvement of the living conditions of the user-workers, the establishment of a new legal framework for social cooperativism, and the participation of other people and institutions. These challenges turn into new possibilities with the participation and protagonism of the user-workers in collective spaces for reflection, assessment and decision-making about the service, in fora and in solidarity economy stores. Such spaces contribute to ressignify and (re)invent practices and make it possible for new users to recognize themselves and to be recognized as workers.
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Trabalho em moviment\'ação\': a formação de movimentos sociais de economia solidária no Brasil e na Argentina pós-90 / Trabajo en movimeint\'ación\': la formación de los movimientos sociales de la economia solidaria en Brasil y Argentina pos-90

Vanessa Moreira Sígolo 10 December 2007 (has links)
Após mais de duas décadas de abertura política, os altos níveis de desigualdade social, pobreza, desemprego e violência na América Latina demonstram que os novos regimes democráticos não têm correspondido às expectativas de construção de sociedades efetivamente democráticas. O debate sobre democracia, centrado na preocupação com a estabilidade das instituições e os processos formais do sistema político, coloca em plano secundário os movimentos sociais e as relações entre cultura, política e sociedade. No Brasil e na Argentina, de forma praticamente simultânea nos anos 90, trabalhadores criaram organizações econômicas coletivas e autogestionárias, denominadas organizações de economia solidária, em contexto de reestruturação produtiva e de revisão de projetos revolucionários. Esta dissertação analisa a formação de movimentos sociais de economia solidária nestes dois países, partindo do pensamento de Hannah Arendt, especialmente de sua concepção sobre política e sua centralidade, e de Edward Palmer Thompson, no que se refere à construção histórica das coletividades. Ao aproximar o pensamento destes autores, focando a dimensão política dos processos sociais, investigamos a relação entre as bases materiais e ideológicas da economia solidária, que se referem à experiência dos sujeitos no contexto histórico dos países e à consciência desenvolvida pela retomada de matrizes teórico-políticas (socialista, anarquista e humanista-religiosa) da história de resistência e luta de trabalhadores. Com estas referências teóricas, este trabalho analisa o conflituoso e ambíguo processo de formação destes novos movimentos sociais, em experiências e narrativas de trabalhadores de organizações estudadas na pesquisa de campo em São Paulo e Buenos Aires. Diante da heterogeneidade de experiências, encontram-se indícios de que na Argentina esta formação se faz em um processo caracterizado, em grande parte, por relações políticas, com ênfase na autonomia e na igualdade. Em contraste, o sentido predominante no Brasil é de um processo educativo, que em certos momentos assume o caráter de formação política fundacional, e em outros, de manutenção de relações de dependência e contenção social. Analisar o processo de autofazer-se, entre a autonomia e a dependência, de movimentos sociais de economia solidária na história destes dois países, expõe limites e potencialidades, e indica questões para a reflexão e atuação na academia e na sociedade atual. Palavras-chave: 1. política, 2. democracia, 3. movimentos sociais, 4. autogestão, 5. economia solidária. / Después de más de dos décadas de apertura política, los altos niveles de desigualdad social, pobreza, desempleo y violencia en América Latina demuestran que los nuevos regímenes democráticos no han correspondido a las expectativas de construcción de sociedades efectivamente democráticas. El debate sobre democracia, centrado en la preocupación con la estabilidad de las instituciones y de los procesos formales del sistema político, pone en un plano secundario a los movimientos sociales y las relaciones entre cultura, política y sociedad. En Brasil y Argentina, de manera prácticamente simultánea en los años 90, los trabajadores formaron organizaciones económicas colectivas y autogestionárias, denominadas organizaciones de economía solidaria, en un contexto de reorganización productiva y de revisión de proyectos revolucionarios. Esta disertación analiza la formación de movimientos sociales de economía solidaria en estos dos países, a partir del pensamiento de Hannah Arendt, especialmente de su concepto de política y su centralidad, y de Edward Palmer Thompson, sobre la construcción histórica de las colectividades. Al acercar el pensamiento de estos autores, enfocando la dimensión política de los procesos sociales, investiga la relación entre las bases materiales e ideológicas de la economía solidaria, que se refieren a la experiencia de los sujetos en el contexto histórico de los países y a la conciencia desarrollada a partir de matrices teórico-políticas (socialista, anarquista y humanista-religiosa) de la historia de resistencia y lucha de trabajadores. Con estas referencias teóricas, este trabajo analiza el processo conflictivo y ambiguo de formación de estos nuevos movimientos sociales, en las experiencias y relatos de trabajadores de organizaciones estudiadas en la investigación de campo en São Paulo y Buenos Aires. Delante de la heterogeneidad de experiencias, hay indicaciones de que en Argentina esta formación se hace por un proceso caracterizado en gran parte por relaciones políticas, con énfasis en la autonomía y la igualdad, en contraste con el sentido predominante de la formación en Brasil, que se constituye como un proceso educativo, que en ciertos momentos asume el carácter de formación política fundacional, y en otros, de mantenimiento de relaciones de dependencia y contención social. Analizar el proceso del auto-hacerse, entre la autonomía y la dependencia de estos movimientos de economía solidaria en la historia de estos dos países, exhibe límites y potencialidades, e indica cuestiones para la reflexión y actuación en la academia y en la sociedad actual.
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Relações de consumo responsável em educação: um diálogo com a economia popular e solidária através da trajetória do Instituto Kairós / Responsible consumption in education: a dialog with the solidarity economy through trajectory of Kairos Institute

Renata de Salles Santos Pistelli 11 April 2014 (has links)
A expansão do consumo, estimulada pela fabricação sempre crescente de produtos e de desejos, acontece de forma ambientalmente impactante e socialmente desigual. Há alguns anos está em pauta no Brasil e no mundo o debate sobre o \"Consumo Responsável\", que trata da adoção de comportamentos conscientes pelos consumidores e/ou do desenvolvimento de práticas solidárias de consumo. Porém, seria possível, no contexto social de hegemonia do modo capitalista de produção, desenvolver práticas de consumo que contribuam para a melhoria das condições de vida das pessoas? A aposta em transformações sociais estimuladas por mudanças nas relações de consumo não se sustenta com ações descoladas da esfera da produção e da comercialização. Nesse sentido, desenvolvemos a presente análise no campo da economia popular e solidária, onde se situam empreendimentos associativos que trabalham pela efetivação de relações econômicas pautadas pela lógica da cooperação e da solidariedade. A economia solidária surgiu no Brasil em meados de 1980, no contexto de uma forte crise, que se agravou na década seguinte. Desde então, esse movimento social teve grande expansão e importantes avanços no campo político. Porém, boa parte dos seus empreendimentos apresentam dificuldades e fragilidades em relação à sustentabilidade de suas atividades e dos sujeitos envolvidos. O Instituto Kairós, organização da sociedade civil, trabalha nesse campo, com o desenvolvimento de práticas de formação em que propõem o consumo responsável como um conjunto de hábitos e ações que fomentam um modelo de desenvolvimento comprometido com a redução da desigualdade social, visando a melhoria das relações de produção, distribuição e aquisição de produtos e serviços. A pesquisa destaca a importância das práticas de formação para a ampliação do debate em torno da concepção de consumo responsável como estratégia de fortalecimento dos empreendimentos associativos e como instrumento de alcance da segurança alimentar e demais condições de vida digna por parte das pessoas envolvidas. / The expansion of consumption, stimulated by the even increasing manufacture of products and desire, happens in an environmentally impactful and socially unequal way. For the last few years the debate on Responsible Consumption is part of Brazil and global agenda and deals with the adoption of behavior awareness by consumers and/or the development of supportive practices of consumption. However, would it be possible, in the social context of hegemony of the capitalist mode of production, to develop consumption practices that contribute to the improvement of people living conditions? The bet on social transformation stimulated by consumer relations change is not tenable with actions detached from the sphere of production and marketing. In this regard, we have developed the present analysis in the field of popular and solidarity economy, in which associative groups work for the realization of economic relations guided by the logic of cooperation and solidarity. The solidarity economy emerged in Brazil in mid 80s, in the context of a strong crisis, which worsened in the following decade. Since then, this social movement had a great expansion and major advances in the political field. However, a good part of their ventures present difficulties and weaknesses in relation to the sustainability of its activities and of the individuals involved. The Kairos Institute, a civil society organization, work in this field with the development of training practices that propose the responsible consumption as a set of habits and actions that promote a model of development compromised with the reduction of social inequality, aiming at the improvement of the relations of production, distribution and acquisition of products and services. The research highlights the importance of training practices for the debate broadening around the concept of responsible consumption as a strategy to strengthen the associative ventures and as an instrument to achieve the food security and other conditions for a dignified life for the people involved.
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O caráter educativo da economia solidária: o caminho do desenvolvimento como liberdade a partir da experiência da Cooperafis / The educative nature of solidarity economy: the path of development as freedom based on Cooperafis experience

Thais da Silva Mascarenhas 30 April 2010 (has links)
Numa sociedade marcada pela intensa competição, individualismo, produtividade, consumismo e hierarquia, a economia solidária surge configurando-se como alternativa de modo de produção e distribuição, baseada na posse dos meios de produção pelos trabalhadores e na autogestão. São cooperativas, associações, clubes de trocas e redes de articulação com valores e práticas comuns, que se unem na construção de um movimento social. Nelas, os trabalhadores constroem conjuntamente a experiência cotidiana do trabalho autogestionário, compartilhando uma cultura fundamentada em valores como a cooperação, a solidariedade, a igualdade e a tolerância. A educação popular se faz presente no processo de formação dos integrantes desse movimento social, por meio da troca de conhecimentos e da vivência de um processo de aprendizagem de novos valores, que se irradia para além do trabalho, abrangendo outras dimensões de suas vidas. Essas experiências contribuem para a construção de um outro caminho de desenvolvimento da sociedade. Esse caminho assemelhase em muito com a perspectiva pluralista de desenvolvimento do economista indiano Amartya Sen, que vai muito além da concepção simplista do aumento de renda, centrando-se na valorização do processo de expansão das liberdades reais que as pessoas desfrutam. Isto inclui, além do econômico, o político, o social, a transparência de informações, entre outros. E estes se influenciam mutuamente. Esta pesquisa examina como os processos educativos presentes nas experiências de economia solidária, que se baseiam em princípios e práticas da educação popular, influenciam o desenvolvimento, entendido como a expansão das liberdades. Os estudos sobre a economia solidária, a educação popular e o desenvolvimento como liberdade se fundamentam nos autores Paul Singer, Paulo Freire e Amartya Sen, respectivamente, e servem como base para a análise da experiência da Cooperafis, uma cooperativa de 122 mulheres que trabalham com artesanato em sisal e outras fibras naturais do semiárido baiano. A análise destaca diversas mudanças e aprendizados, a partir da observação do cotidiano de trabalho dessas mulheres e de seus depoimentos: a valorização da liberdade, a expansão da liberdade no trabalho e em outros âmbitos da vida, como o doméstico, educacional, cultural e ambiental, o assumir-se como sujeito de sua história, o enfrentamento da opressão, a valorização da democracia, entre outros. Mesmo com as dificuldades encontradas, o caráter educativo da experiência está presente a todo momento, explicita ou implicitamente, misturando educação e trabalho e incentivando a criação e recriação participativa dos caminhos do desenvolvimento. / In a society characterized by intense competitiveness, individualism, productivity, consumerism and hierarchy, the solidarity economy emerges as an alternative mode of production and distribution, based upon workers possession of all means of production and self-management. They are co-operatives, associations, Local Exchange Trading Systems, and economic and political networks with common values and practices, constructing together a social movement. In these experiences, workers together build up an everyday experience of self-management working, sharing a culture established on values of cooperation, solidarity, equality, and tolerance. Popular education takes part in the formation process of these social movement participants, exchanging knowledge and experiencing a new values learning process that irradiates beyond working, for other dimensions of life. These experiences contribute to the construction of another path of development of society. This path is very similar to the pluralist view of development elaborated by the Indian economist Amartya Sen. This view goes beyond simply increasing income; it concentrates on valuing the process of expanding the real freedoms that people enjoy. This includes not only economic improvement, but also making it better in political and social aspects, among others. All these aspects affect one another. This research examines how the educative process in solidarity economy experiences, based on popular education principles and practices, influence development, understood as expansion of freedom. The studies on solidarity economy, popular education, and development as freedom were obtained from the following authors: Paul Singer, Paulo Freire, and Amartya Sen, respectively. They serve as the basis for the analysis of the experience of Cooperafis, a cooperative of 122 women that works in crafts made of sisal and other natural fibers from the Bahias semi-arid region. The analysis highlights several changes and learning, using data from observing the everyday work of these women and their statements: the valuing of freedom, the expansion of freedom in the work and other areas of life such as domestic, educational, cultural and environmental, the assuming as the subject of his story, the confrontation of oppression, the enhancement of democracy, among others. Despite the difficulties, the educational nature of this experience is present all the time, explicitly or implicitly, mixing education and work and encouraging the participatory creation and recreation of the ways of development.
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As dimensões de inovação social em empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho

Maurer, Angela Maria January 2011 (has links)
Mesmo com os avanços tecnológicos e comerciais feitos pelos seres humanos ao longo do tempo, ainda persistem diversos desafios de ordem social e ambiental. O desenvolvimento de inovações sociais torna-se uma alternativa para suplantar parte destes desafios, visto que podem solucionar as necessidades de parte dos indivíduos de uma dada sociedade. O Centre de Recherche sur les Innovations Sociales (CRISES) é um dos centros que realiza pesquisas a respeito das inovações sociais, destacando suas diversas dimensões de análise. Um dos focos de pesquisa deste centro está na Economia Social da província de Quebec, no Canadá. No Brasil, a Economia Solidária vem crescendo significativamente, e o artesanato é um dos setores de destaque no número de empreendimentos coletivos ligados a esta Economia. No Rio Grande do Sul, os empreendimentos econômicos solidários de artesanato são organizados de diferentes formas, sendo alguns deles induzidos por organizações geridas com recursos públicos, enquanto que outros são constituídos pelos próprios artesãos. Por outro lado, o conceito de inovação social geralmente é abordado de maneira superficial na literatura das Ciências Sociais, e ainda existem, no Brasil, poucos estudos a respeito desta modalidade de inovação na área de Administração. Desta forma, o objetivo deste estudo é o de analisar como as dimensões de inovação social, do modelo idealizado pelo CRISES, se refletem nas diferentes formas de organização de empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho. A revisão de literatura versou sobre inovações sociais e sobre organizações de Economia Solidária. Foram realizados seis estudos de caso em empreendimentos econômicos solidários do setor de artesanato gaúcho. Os dados primários foram coletados por meio de entrevistas semi-estrututuradas e de anotações no diário de campo. Já os dados secundários foram provenientes de documentos, artigos e websites. A análise dos dados foi feita de acordo com a revisão de literatura do presente estudo. Os resultados evidenciaram grande parte dos elementos das dimensões de inovação social descritas no modelo desenvolvido por autores do CRISES. A análise destas dimensões, nos casos pesquisados, apresentou similaridades e diferenças tanto entre elas quanto quando comparadas às do modelo estabelecido pelo CRISES. De forma geral, os empreendimentos pesquisados foram desenvolvidos a partir de contextos problemáticos, passaram por fases de tentativa e de experimento, as quais foram institucionalizadas, e tais empreendimentos se tornaram modelos de desenvolvimento emergente. Estes empreendimentos também contemplaram a necessidade da coletividade e o bem comum. Diversos atores foram identificados na formação destes empreendimentos, sendo que todos contaram com atores titulares da ideia, financiadores, apoiadores e usuários. A mobilização e a participação dos atores também foram representativas, bem como a aprendizagem gerada pelo processo de desenvolvimento das inovações sociais pesquisadas. Este processo envolveu restrições que geraram incerteza e tensão nos artesãos. Ainda, o processo foi feito por meio da integração e da parceria entre os atores, e ocorreu a difusão das soluções desenvolvidas para outros contextos. Desta forma, o presente estudo contribui para a análise do conceito de inovação social em empreendimentos econômicos solidários do Brasil. / Even with the technological and commercial advances made by human kind over time, there still exist too many social and environmental challenges. The development of social innovations becomes a relevant alternative to overcome some of these challenges, as they can fulfill the needs of a number of the involved individuals. The Centre de Recherche sur les Innovations Sociales (CRISES) is one of the centers that carries out some researches on social innovations, highlighting their dimensions of analysis. One of the researching focus of this center is Social Economy in the Quebec province, in Canada. In Brazil, Solidarity Economy has grown significantly, and handicraft is one of the main sectors which involves collective enterprises linked to this kind of economy. In the state of Rio Grande do Sul, handicraft solidarity enterprises are organized according to different patterns. Some of them were induced by organizations managed with public funds, while others are made up by artisans. On the other hand, the concept of social innovation is usually addressed just in a superficial manner in the social science literature. There are too few studies regarding this type of innovation in the Brazilian business academic area. Thus, the aim of this study is to examine how the dimensions of social innovation established at the framework developed by the CRISES centre are reflected in the different patterns of organization of solidarity enterprises in the handicraft sector of Rio Grande do Sul (RS). The literature review was about social innovations and Solidarity Economy organizations. To achieve the proposed objective, were carried out case studies at six handicraft solidarity enterprises of RS. Primary data were collected through semi-structured interviews and field notes. Secondary data were gathered from documents, articles and websites. The collected data were then analyzed according to the literature review. The results have shown most of the elements of the social innovation dimensions described on the model developed by authors of the CRISES. The analysis made on these dimensions has shown, in the studied cases, similarities and differences, both among themselves and when they were compared to the ones described on the model established by the CRISES. In the main, the enterprises analyzed were developed from problematic contexts, and went through phases of trial and experiment, which were institutionalized, becoming models of emerging development. These enterprises were also concerned with the collective needs and the common good. Several actors were identified in the enterprises formation, and all of them had actors who hold the idea, donors, supporters and users. The involvement and participation of the actors were also most significant, as well as the apprenticeship enabled by the development process of the social innovations researched. This process involved some restrictions which caused uncertainty and tension amidst the artisans. Moreover, the process has occurred by means of integration and partnership of actors, and the attained solutions were diffused to other contexts. Thus, the present study contributes to the analysis of the social innovation concept in Brazilian solidarity enterprises.

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