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Female Sexual Orientation: Behavior and Developmental History

Van Buskirk, Susan Swann 08 1900 (has links)
The present study investigated female sexuality by examining a range of experiential, historical, attitudinal, and behavioral variables, and conceptualizing sexual orientation along several dimensions on a heterosexual/homosexual continuum. The focus was on determining what, if any, important etiological factors emerged, as well as differences in behavior, attitudes, and preferences among women with various sexual orientations. It was concluded that a nonconventionality factor could be interacting with certain experiential and situational variables to produce a bisexual or homosexual lifestyle. Consequently, the ideosyncratic variable nature of such a paradigm could partially explain inconsistencies in past research. Results of this study were comparable to previous ones indicating that the women were similar (across sexual orientations) in their emphasis on emotional aspects of a relationship, history of heterosexual dating and coitus, few (relative to males) sex partners, and a less (than males) actively assertive sexual pattern of behavior. Future research might include males in the investigation of the role of a nonconventionality factor in sexual orientation. Also, relationship between cognitive/perceptual styles and sexual orientation could be explored.
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Avaliação de potenciais fatores de risco para câncer de mama em uma população da região sul do Brasil

Breyer, Juliana Zeni January 2016 (has links)
Introdução: O câncer de mama tem se mostrado a neoplasia mais incidente entre as mulheres de todo o mundo. Entretanto, percebe-se que a incidência apresenta grande variação geográfica, sugerindo que a ação dos fatores de risco varie acentuadamente entre as diferentes populações. Assim, estudos em determinadas populações sobre os seus fatores determinantes para câncer de mama podem contribuir para melhorar as estratégias de saúde pública, reduzindo sua morbi-mortalidade. Objetivo: Avaliar potenciais fatores de risco para câncer de mama em uma população de Porto Alegre e construir um modelo multivariado com estes fatores para predição de risco de câncer de mama. Delineamento: Estudo de coorte de base populacional. Método: Foram selecionadas 4.242 mulheres com idades entre 40 e 69 anos, sem história pregressa de câncer de mama, em atendimento em unidades básicas de saúde de Porto Alegre, as quais foram submetidas a rastreamento mamográfico. Elas foram avaliadas em relação aos seguintes fatores de risco: raça, tabagismo, etilismo, idade da menarca, idade do nascimento do primeiro filho, número de gestações, idade da última gestação, tempo de amamentação, história de ooforectomia e histerectomia, idade da menopausa, tempo de uso de reposição hormonal, uso de contraceptivo hormonal, histórico de biópsias mamárias, história familiar, peso e altura. A coleta de dados referente aos potenciais fatores de risco para câncer de mama foi realizada em dois momentos distintos, sendo a primeira coleta realizada durante o período de recrutamento das participantes compreendido entre os anos de 2004 e 2006 nas unidades básicas de saúde e a segunda coleta de dados foi realizada no momento em que as participantes compareciam ao centro de referência para a primeira visita de rastreamento mamográfico. As variáveis coletadas em ambos os momentos eram complementares, porém algumas variáveis estavam presentes em ambos os instrumentos de coleta de dados, as quais foram analisadas apenas as variáveis coletadas no segundo momento por serem mais atuais. As variáveis categóricas foram descritas por frequências e percentuais. As variáveis quantitativas com distribuição simétrica foram descritas pela média e o desvio padrão e as variáveis com distribuição assimétrica pela mediana e o intervalo interquartil (percentis 25 e 75). A associação entre câncer de mama e potenciais fatores de risco foi avaliada através de um modelo logístico multivariado. Em todas estas análises, um valor de p abaixo de 0,05 foi considerado estatisticamente significativo e foi analisado e considerado o IC95%. Resultados: Um total de 73 participantes de 4.242 apresentaram diagnóstico de câncer de mama. A análise multivariada considerando todas as pacientes, de 40-69 anos, mostrou que quanto maior a idade (OR=1,08, 95%IC: 1,04-1,12), maior a altura (OR=1,04, 95%IC: 1,00-1,09) e história de biópsia mamária anterior (OR=2,66, 95%IC: 1,38-5,13) estavam associadas a desenvolvimento de câncer de mama. Por outro lado, o número de gestações (OR=0,87, 95%IC: 0,78-0,98) e uso de terapia de reposição hormonal (OR=0,39, 95%IC: 0,20-0,75) foram associados como fator protetor para câncer de mama. Adicionalmente, realizamos análise separando as participantes em grupos de 40-49 anos e 50-69 anos, pois algum fator de risco poderia ter comportamento específico nestas faixas etárias. Nenhum fator de risco adicional foi identificado com esta estratificação etária, sendo que alguns fatores perderam significância estatística. No grupo de 40-49 anos, altura e biópsia mamária anterior mantiveram-se como fatores de risco. No grupo de 50-69, biópsia mamária anterior manteve-se como fator de risco e número de gestações e uso de terapia de reposição hormonal mantiveram-se como fator protetor. Diversas sub-análises não contribuíram para o entendimento como reposição hormonal o qual foi identificado como fator protetor. Conclusão: Em nosso estudo o modelo de predição de risco indica que devem ser avaliadas as seguintes variáveis nesta população específica de 40 a 69 anos: idade, altura, realização de biópsias mamárias anteriores, número de gestações e utilização de terapia de reposição hormonal. Estes achados estão de acordo com a literatura e agregados a outros estudos podem ajudar a compreender melhor o modelo causal de câncer de mama na região sul do Brasil. / Introduction: Breast cancer has been the most common cancer among women worldwide. However, it is clear that the incidence has great geographic variation, which suggests that the action of risk factors varies substantially between different populations. Thus, studies on the determining factors for breast cancer in certain populations may contribute to improve public health strategies and reduce morbimortality. Objective: Assess potential risk factors for breast cancer in a population in southern Brazil and build a multivariate model using these factors for breast cancer risk prediction. Methods: 4,242 women aged between 40 and 69 years without a history of breast cancer were selected at primary healthcare facilities in Porto Alegre and submitted to mammographic screening. They were evaluated for the following risk factors: race, smoking, alcohol consumption, age at menarche, age at the birth of first child, number of pregnancies, age at the last pregnancy, duration of breastfeeding, history of oophorectomy and hysterectomy, age at menopause, duration of hormone replacement therapy, use of hormonal contraceptives, history of breast biopsies, family history, weight and height. The collection of data related to potential risk factors for breast cancer was conducted at two different times. The first collection was held during the recruitment of participants from 2004 to 2006 at primary healthcare units and the second data collection was performed at the time the participants went to the reference center for the first mammographic screening visit. The variables collected at both times were complementary, but some variables were present in both data collection instruments, and only the variables collected in the second phase were analyzed because they were more current. Categorical variables were described as frequencies and percentages. Quantitative variables with symmetric distribution were described as the mean and standard deviation, and variables with asymmetrical distribution as median and interquartile range (25th and 75th percentiles). The association between breast cancer and potential risk factors was evaluated using a multivariate logistic model. In all these analyses, a p-value less than 0.05 was considered statistically significant with a 95% CI. Results: A total of 73 participants among 4,242 had a breast cancer diagnosis. The multivariate analysis considering all patients aged 40-69 years showed that older age (OR = 1.08, 95% CI: 1.04-1.12), higher height (OR = 1.04, 95% CI: 1.00-1.09) and history of previous breast biopsy (OR = 2.66, 95% CI: 1.38 - 5.13) were associated with the development of breast cancer. Conversely, the number of pregnancies (OR = 0.87, 95% CI: 0.78-0.98) and use of hormone replacement therapy (OR = 0.39, 95% CI: 0.20 - 0 75) were associated as a protective factor for breast cancer. Additionally, we performed an analysis separating the participants into groups of 40-49 years old and 50-69 years old, since a risk factor could have a specific behavior in these age groups. No additional risk factors were identified within this age bracket, and some factors lost statistical significance. In the 40-49 year old group, height and previous breast biopsy remained as risk factors. In the 50-69 year old group, a previous breast biopsy remained as a risk factor and the number of pregnancies and use of hormone replacement therapy remained as a protective factor. A number of sub-analyses did not help us understand why or how hormone replacement acted as a protective factor. Conclusion: In our study, the risk prediction model indicates that the following variables should be assessed in this specific population from 40 to 69 years old: age, height, having had previous breast biopsies, number of pregnancies, and use of hormone replacement therapy. These findings are consistent with the literature and combined with other studies may help to better understand the causal model of breast cancer in southern Brazil.
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Etiologia da pancreatite aguda - revisão sistemática e metanálise

Zilio, Mariana Blanck January 2018 (has links)
Introdução: A litíase biliar e o consumo de álcool são as etiologias mais frequentes para pancreatite aguda (PA), sendo reportadas como responsáveis por cerca de 40 e 30% dos casos respectivamente. No entanto, no Rio Grande do Sul - BR observamos uma frequência de pancreatite aguda biliar (PAB) em torno de 77% dos casos e pancreatite aguda alcoólica (PAA) em apenas 8%. Além da possibilidade de diferenças próprias da nossa população, é possível que a incidência de PAB esteja aumentando. Objetivo: Estimar as frequências globais da PAB, PAA e dos casos considerados pancreatite aguda idiopática (PAI) em estudos publicados de 2006 a 18 de outubro de 2017. Comparar as frequências de PAB, PAA e PAI entre os estudos que realizaram revisão de prontuários individuais dos pacientes ou foram prospectivos e os que utilizaram apenas os códigos de alta hospitalar para o diagnóstico etiológico. Comparar as frequências de PAB, PAA, PAI de acordo com região geográfica da população dos estudos. Métodos: Uma revisão sistemática de estudos observacionais em Inglês, Espanhol e Português, de 2006 a 18 de outubro de 2017 foi realizada. Metanálise pelo modelo de efeitos randômicos foi utilizada para calcular as frequências de PAB, PAA e PAI globais e nos subgrupos (diagnóstico por código da alta hospitalar, diagnóstico por avaliação individualizada do prontuário do paciente, estudos dos EUA, estudos da América Latina, estudos da Europa e estudos da Ásia). Resultado: Foram incluídos quarenta e seis estudos representando 2.341.007 casos de PA em 36 países. A estimativa global para a pancreatite aguda biliar (PAB) foi 41,6% (IC 95% 39,2-44,1), seguido por PA alcoólica (PAA) com 20,5% (IC 95% 3 16,6-24,6) e PA idiopática (PAI) em 18,3% (IC 95% 15.1 - 21,7). Em estudos com diagnóstico etiológico por código de alta a PAI foi a mais frequente com 37,9% dos casos (IC 95% 35,1 - 40,8). Nos estudos que revisaram os prontuários dos pacientes a PAB foi a mais frequente com 46% (IC 95% 42,3 - 49,8). Nos EUA a PAI foi a mais frequente com 34,7% (IC 95% 32,3 - 37,2). Na América Latina a estimativa de PAB foi de 68,5% (IC de 95% 57,8 - 78,3). Na Europa, na Ásia e em 1 estudo Australiano, a etiologia mais frequente foi a PAB em 41,3% (IC 95% 37,9 - 44,7), 42% (IC 95% 28,8 - 55,8) e 40% (IC 95% 36,8 - 43,2), respectivamente. Na África do Sul 1 artigo apresentou frequência de 70,2% (IC de 95% 64,5 - 75,4) para PAA. Conclusão: A PAB é a etiologia mais prevalente da PA, sendo 2 vezes mais frequente que o segundo lugar. A América Latina apresenta uma frequência para PAB muito maior do que o resto do mundo. Grandes estudos populacionais que utilizam diagnósticos codificados e estudos americanos apresentam elevadas taxas de PA sem classificação. A importância do diagnóstico etiológico consiste no tratamento da causa para prevenção da recorrência. / Background: Gallstones and alcohol are the most common etiology of acute pancreatitis (AP) and is reported to account for about 40% and 30% of cases respectively. However, in Rio Grande do Sul - BR, we observed a frequency of acute biliary pancreatitis (ABP) around 77% of cases and alcoholic acute pancreatitis (AAP) in only 8%. Besides the possibility of differences of our own population, it is possible that the incidence of PAB is increasing. Objective: estimate the global frequency of ABP, AAP and the cases considered idiopathic pancreatitis (IAP) in published studies from 2006 to October 18 2017. Compare the frequencies for ABP, AAP and AIP among studies that performed review of individual records of patients or collected data prospectively and those using only the hospital discharge diagnostic codes for etiologic diagnosis. Compare the frequency of ABP, AAP and IAP by geographic region. Methods: A systematic review of observational studies in English, Spanish and Portuguese, from 2006 to October 18, 2017 was done. Random-effects metaanalysis was used to assess the frequency of biliary, alcoholic and idiopathic AP worldwide and to perform the analysis of 6 subgroups (hospital discharge coded diagnosis, individual patient chart review, studies from US, Latin America, Europe and studies from Asia). Results: Forty-six studies were included representing 2.341.007 cases of PA in 36 countries. The overall estimate for ABP was 41.6% (95% CI 39.2 to 44.1), followed by AAP with 20.5% (95% CI 16.6 to 24 6) and IAP with 18.3% (95% CI 15.1 - 21.7). In studies with hospital discharge coded diagnosis IAP was the most frequent with 37.9% (95% CI 35.1 to 40.8). In studies with individual patient chart review PAB 5 was more frequent with 46% (95% CI 42.3 to 49.8). In US studies IAP was he most frequent etiology with 34.7% (95% CI 32.3 to 37.2). In Latin America PAB was estimated 68.5% of the cases (95% CI 57.8 to 78.3). In Europe, Asia and one Australian study, the most frequent cause was the ABP in 41.3% (95% CI 37.9 to 44.7), 42% (95% CI 28.8 to 55.8) and 40% (95% CI 36.8 to 43.2) of the cases respectively. One study from South Africa had AAP in 70.2% (95% CI 64.5 to 75.4) of the cases. Conclusion: Gallstones are the main etiology of AP globally, twice as frequent as the second one. Latin America has a frequency for ABP much higher than the rest of the world. Large population studies using coded diagnoses and American studies show high rates IAP. The importance of the etiological diagnosis resides in treating the cause in order to prevent recurrence.
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Concentração de ancestrais : testes in silico de um novo conceito para explicar a correlação entre o número de células tronco e o risco de cãncer em diferentes tecidos / Ancestral Concentration: in silico test of a new concept to explain the correlation between the number of stem cells and the cancer risk in different tissues

Oliveira, Mariana dos Santos January 2018 (has links)
O câncer é caracterizado pelo crescimento anormal de células em consequência ao acúmulo de alterações no DNA. Diferentes tecidos apresentam variadas incidências de tumores. Em 2015, Tomasetti & Vogelstein demonstraram uma forte correlação positiva (r = 0.804) entre o número de divisões de células tronco e o risco de câncer em diferentes tecidos, em que tecidos com maior número de divisões de células tronco estão mais susceptíveis aos efeitos estocásticos da replicação do DNA, e, assim, mais propícios a desenvolverem tumores. Assim, esta correlação é justificada pelo número de mutações. Neste trabalho, propomos e testamos in silico um novo conceito para justificar parte desta correlação positiva entre o número de divisões de células tronco e o risco de câncer entre diferentes tecidos, o qual denominamos concentração de ancestrais (AC). Em nossa hipótese, tecidos com alta taxa de proliferação concentram mais seus ancestrais, amplificando as chances de perpetuar células ancestrais mutadas, e, por isso, estão relacionados a maiores riscos de câncer. Assim, tecidos com altos valores de divisão de células tronco apresentam um perfil de alto AC e tecidos com baixo número de divisão de células tronco apresentam um perfil de baixo AC Para comprovar nossa hipótese, simulamos a evolução tumoral através do software esi- Cancer e aplicamos diferentes valores de proliferação e morte (CTOR). Os resultados demonstraram uma correlação positiva de 0.995 entre o valor de CTOR e o perfil de AC (P = 0:002). Como esperado, demonstramos que maiores CTORs estão relacionados a maiores médias de gerações com esiTumors para valores totais de mutações por divisão iguais. Entretanto, esta relação se mantém quando aplicadas valores corrigidos conforme o número de divisões para os diferentes CTORs, a fim de o número de mutações totais ser igual. Logo, apenas variações não são suficientes para explicar a incidência observada em diferentes tecidos. Nossos resultados demonstram que tecidos com maior número de divisões de células tronco apresentam um perfil de alto AC, o qual amplifica as chances de concentrar ancestrais mutados, aumentando as chances de desenvolver tumores. Assim, justificando parte da correlação encontrada por Tomasetti & Vogelstein (2015). / Cancer is characterized by an abnormal replication of somatic cells as a result of DNA alterations. Different types of tissues present differences in cancer incidence. Tomasetti & Vogelstein (2015) have shown that lifetime cancer risk of different tissues presents a strong correlation of 0.804 with the number of stem cells divisions, in which tissues with higher number of stem cells divisions are more susceptible to stochastic effects of DNA replication and thus more likely to develop cancer. Thus, the number of mutations was used to explain this correlation. In our work, we propose and test in silico a new concept to explain this positive correlation, which we denominated ancestral concentration (AC). In our hypothesis, a tissue with high proliferation rates concentrates more their ancestral cells and increases the chance of a mutated ancestral to persist; which result in a higher risk of cancer. Tissues with a high number of stem cells divisions presents a high AC profile whereas tissues with a low number of stem cells divisions presents a low AC profile To prove our hypothesis, we simulated tumor evolution using esiCancer software and applied different initial rates of proliferation and death (CTOR). We observed a positive correlation of 0.995 between CTOR values and the AC profile (P = 0:002). Besides, higher CTOR values are associated to higher mean generations with esiTumors when equal mutation rates are applied. Nevertheless, this association still exist in simulations with mutation rates corrected by total number of divisions, whereas the total mutation rate is similar for different CTORs. This way, modifications of mutations solely are not sufficient to explain the observed cancer risks in different tissues. Our results showed that tissues with higher number of stem cells divisions present a high AC profile, which rises the probabilities of concentrate mutated ancestral cells, increasing the tumor risk. In this way, justifying partly the correlation that was founded by Tomasetti & Vogelstein (2015).
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A formação de jovens violentos : para uma etiologia da disponibilidade violenta

Rolim, Marcos January 2014 (has links)
O estudo sobre a formação de jovens violentos tem por objetivo formular e avaliar, em nível agregado, os fatores etiológicos mais importantes na formação dos perfis atitudinais violentos entre os jovens, destacadamente aqueles identificados como de violência extrema. Para tanto, definimos um modelo causal, discutindo e operacionalizando a noção de “Disposicionalidade Violenta” (FANDINO MARINO, 2012b) como variável dependente e estabelecendo quatro campos etiológicos (brutalização, socialização familiar, socialização escolar e socialização comunitária) como variáveis independentes, com base nas contribuições da moderna criminologia, especialmente aquelas de Athens (1992, 1997), Hirschi (2001) e Gottfredson and Hirschi (1990). O estudo incluiu a formação de banco de dados com respostas oferecidas por 111 jovens - de sexo masculino, oriundos de áreas de exclusão e de faixa etária relativamente homogênea, ligados a instituições de onde se poderia esperar ampla variedade de disposicionalidade violenta, incluindo violência extrema. Os questionários aplicados e combinados nesse estudo foram a Escala de Socialização Violenta (Violent Socialization Scale Questionnaire), desenvolvida por Rhodes et al (2003) e o High School Questionnaire, Richmond Youth Study (HIRSCHI, 2001), adaptado. A pesquisa envolveu também uma parte qualitativa, com entrevistas em profundidade (abordagem de histórias de vida) com um grupo de adolescentes e jovens adultos envolvidos em atos infracionais graves, internos em unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) do RS, e um grupo pareado de amigos de infância desses entrevistados, indicados por eles, não envolvidos com o mundo do crime. As técnicas de fatorialização e análise de regressão estatística do tipo stepwise permitiram a operacionalização e a análise etiológica do modelo de 26 variáveis independentes. Quatro delas, a) treinamento violento, b) experiência precoce com drogas ilegais e pequenos delitos, c) expulsão da escola e d) subjugação violenta, apresentaram coeficientes elevados e estatisticamente significativos de influência causal ( β = 0.54, 0.23, 0.20 e -0.19 respectivamente). Elas explicam, juntas, 38,5% da variação da disposicionalidade violenta. Além de testar o manuseio e a profundidade dos campos etiológicos do modelo, a tese demonstra, em seu recorte específico, o papel destacado de um tipo de socialização comunitária – especialmente o treinamento violento – derivado, presumidamente, das relações estabelecidas pelo tráfico de drogas com as juventudes periférias urbanas no Brasil. / The study on the formation of violent young people has as goal to formulate and evaluate, in aggregate level, the most important etiological factors in the formation of attitudinal violent profiles among the adolescents and young adults, notably those profiles identified with extreme violence. In order to do so, we have defined a causal model, discussing and operationalizing the notion of “Violent Dispositionality” (FANDINO MARINO, 2012b) as a dependent variable and establishing four etiological fields (brutalization, family socialization, school socialization and community socialization) as independent variables, on the basis of contributions from modern criminology, especially those from Athens (1992, 1997), Hirschi (2001) e Gottfredson and Hirschi (1990). The study includes data-base formation from answers offered by 111 young males, derived from excluded and poor urban communities, within a relatively homogeneous age range, linked to institutions from where one could expect a large variety of violent dispositionality, including extreme violence. The applied and combined surveys in this study were the Violent Socialization Scale Questionnaire, developed by Rhodes et al (2003) and the High School Questionnaire, Richmond Youth Study (HIRSCHI, 2001), adapted. The research also involved a qualitative aspect, with in depth interviews (life-story approach) with a adolescent and young adult group involved in serious offenses, inmates in Fase (Foundation for Social and Educational Assistence) facilities in the state of Rio Grande do Sul; and a paired group of childhood friends of the inmates, nominated by them as people who had not gotten involved with criminality. The factor analysis and stepwise regression analysis techniques allowed the operationalization and the etiological analysis of the 26 independent variables model. Four of them, a) violent coaching; b) premature experience with ilegal drugs and misdemeanors; c) expulsion from school; d) violent subjugation, presented elevated and statistically significant coefficients of causal influence ( β = 0.54, 0.23, 0.20 e -0.19 respectively). The four variables explain, together, 38,5% of the violent dispositionality variation. Besides testing the handling and depth of the etiological fields of the model, the thesis demonstrates, in its specific frame, the prominent role of community socialization - specially through violent coaching - which presumably derives from the relations established between drug trafficking and the youth of poor urban communities in Brazil.
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Ocorrência, classificação e fatores de risco de anemia em cães / Occurrence, classification and risk factors for anemia in cães

Drumond, Mariana Resende Soares 29 July 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-26T13:47:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 617604 bytes, checksum: 2461e2e8f1a70b6a907b910db2fc149a (MD5) Previous issue date: 2013-07-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Anemia is a process characterized by decreased number of erythrocytes (He), hemoglobin concentration (Hb) and / or hematocrit (Ht) below normal values. This study aimed to classify and recognize the main causes of anemia in dogs. We identified 359 (37.04%) dogs with Hb less than 12g/dL. Gender does not influence the presence of anemia, while age and race was no difference. The animals breed and younger (up to 12 months) were the most affected. Most animals showed a non- regenerative anemia with minimal degree of regeneration (167/359; 46.51%). Regarding the size and hemoglobin content of the normochromic anemia were more frequent in the study (89.41%). Taking into account the hematocrit, 88.85 % had mild anemia, 5.01 % moderate , 4.17 % severe . The higher incidence of etiological causes were infectious and traumatic surgical correction. Among the infectious causes distemper, parvovirus, ehrlichiosis and babesiosis were higher incidences. Causes of traumatic / surgical fractures, dystocia, spinal trauma, cervical and dislocations accounted for 73.4%. Additional studies on anemia and its causes should be conducted because their impact on the health of affected animals and seeking best therapeutic veterinarian. Keywords: erythrocytes, hemoglobin, hematocrit, reticulocytes. / A anemia é um processo caracterizado pela diminuição do número de eritrócitos (He), concentração de hemoglobina (Hb) e/ou hematócrito (Ht) abaixo dos valores de normalidade. Este estudo visou classificar e conhecer as principais causas de anemia em cães. Foram identificados 359 (37,04%) cães com Hb menor que 12g/dL. O sexo não influenciou na presença da anemia, enquanto a idade e raça houve diferença. Os animais sem raça definida e os mais novos (até 12 meses) foram os mais acometidos. A maioria dos animais apresentou uma anemia não regenerativa com grau mínimo de regeneração (167/359; 46,51%). Quanto ao tamanho e teor de hemoglobina as anemias normocrômicas foram as mais frequentes no estudo (89,41%). Levando em consideração o hematócrito, 88,85% apresentaram anemia de grau leve; 5,01% moderada; 4,17% intensa. As causas etiológicas de maior incidência foram as infecciosas e traumáticas de correção cirúrgica. Dentre as causas infecciosas cinomose, parvovirose, erliquiose e babesiose foram as maiores incidências. Das causas traumáticas/cirúrgicas, as fraturas, distocia, traumas medulares, cervical e luxações representaram 73,4%. Estudos complementares sobre anemias e suas etiologias devem ser conduzidos devido seu impacto na saúde dos animais acometidos e visando melhor conduta terapêutica do Médico Veterinário.
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Influência dos níveis plasmáticos de estrógeno na resposta ao tratamento periodontal relacionado à causa em mulheres na fase de menopausa/

Traverso Martínez, Aurora Esmeralda. January 2005 (has links)
Orientador: Ricardo Samih Georges Abi Rached / Banca: Silvana Regina Perez Orrico / Banca: Elaine Maria Sgavioli Massucato / Banca: Francisco Humberto Nociti Junior / Banca: Enilson Antônio Sallum / Resumo: O estudo teve como objetivo avaliar em mulheres menopáusicas, com e sem reposição hormonal, possíveis diferenças na resposta inicial ao tratamento periodontal básico, assim como determinar se a reposição hormonal com estrógeno influencia na estabilidade das condições clínicas periodontais após tratamento periodontal e terapia de manutenção. Foram selecionadas 38 mulheres na fase da menopausa com periodontites crônica, sendo divididas em dois grupos segundo seus níveis plasmáticos de estrógeno: 18 mulheres no grupo estrógeno-suficiente (>40 pg/ml) e 20 mulheres no grupo estrógeno-deficiente (<30 pg/ml). Todas as pacientes fizeram exame de sangue para avaliar os níveis plasmáticos de 17-beta estradiol, no início e no final do estudo, também foi feito o exame dos níveis de FSH só no início do estudo, para comprovação da menopausa. Os parâmetros clínicos de avaliação foram: índice de placa visível, índice de sangramento marginal, sangramento à sondagem, profundidade de sondagem e nível de inserção clínico. Um operador calibrado (Kappa 0.711) e cego para os grupos experimentais realizou todas as avaliações. Todos os parâmetros clínicos foram avaliados em 6 momentos: inicial, reavaliação (após 40 dias do tratamento básico), avaliações sucessivas a cada 3, 6 , 9, e 12 meses do final do tratamento. O tratamento periodontal básico foi realizado por dois pesquisadores segundo a necessidade individual de cada paciente. O grupo estrógeno-suficiente apresentou maior proporção de sítios com placa visível em todos os períodos de avaliação. Após sessão inicial houve reduções significativas dos níveis de placa visível tanto para o grupo estrógeno-deficiente como para o grupo estrógeno-suficiente. Em relação ao sangramento (marginal e a sondagem) ambos os grupos apresentaram uma tendência de redução dos níveis de sangramento... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo). / Abstract: The aim of the present study was investigated if estrogen replacement therapy influences the response to the active periodontal therapy (scaling and root planning), or stability of clinical periodontal conditions in women during menopause. Thirty-eight menopausal women with chronic periodontitis were recruited and divided in two groups according serum estrogen levels: 1) estrogen-sufficient (> 40 pg/ml, n = 18) or 2) estrogen-deficient (< 30 pg/ml, n = 20). At the beginning and at the end of the study the women suffer blood exam to evaluate the serum levels of 17-ß-estradiol, and at the beginning of the study the FSH levels was examined to prove the menopausal period. Clinical measurements for evaluation were: visible plaque, marginal bleeding, bleeding on probing, probing depths and clinical attachment level. An examiner (Kappa 0.711), blind to the experimental groups, made the evaluations. Clinical measurements were taken in 6 times: initial, reevaluation (40 days after the basic treatment) and successive evaluations in each 3, 6, 9 and 12 months from the final treatment. The active periodontal therapy was made for two researchers according to the individual needs of each patient. The estrogen-sufficient group presented bigger proportions of supragingival plaque in all periods of evaluation. After the first section there was significant reduction of supragingival plaque for both estrogen-sufficient and estrogen-deficient groups. Concern about the bleeding (marginal or on probing) both groups presented a tendency to reductions on bleeding levels after the periodontal treatment, however the estrogen-deficient group presented greater percentiles of visible plaque sites in all periods after initial evaluation. The clinical attachment level was different between the groups... (Complete abstract, click electronic address below). / Doutor
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Morfologia dentofacial e características oclusais dos índios Arara: revisitando o papel da hereditariedade e da dieta na etiologia da má oclusão / Dentofacial morphology and occlusal characteristics of Arara indigenous: revisiting the role of heredity and diet in the etiology of malocclusion

Antonio David Corrêa Normando 25 November 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A influência da dieta e da hereditariedade nas características dentofaciais foi avaliada através do exame de duas populações indígenas amazônicas divididas por um processo de fissão linear. Os indígenas que constituem a aldeia Arara-Iriri são descendentes de um único casal expulso da aldeia Arara-Laranjal. O crescimento da aldeia Iriri ocorreu pelo acasalamento de parentes próximos, ratificado por um alto coeficiente de consanguinidade (F=0,25, p<0,001). A epidemiologia da má oclusão e das características da face foi analisada nos indivíduos entre dois e 22 anos, das aldeias Iriri (n=46) e Laranjal (n=130). A biometria da dentição e da face foi obtida em 55 indígenas em dentição permanente sem perdas dentárias, através da fotogrametria facial e dos modelos de gesso. O desgaste dentário foi examinado em 126 indivíduos através da análise de regressão múltipla. Os resultados revelaram uma determinação significativa da idade no desgaste dos dentes (R2=87,6, p<0,0001), que se mostrou semelhante entre as aldeias (R2=0,027, p=0,0935). Por outro lado, diferenças marcantes foram observadas nas características dentofaciais. Revelou-se uma face mais vertical (dolicofacial) entre os índios Iriri e o predomínio do tipo braquifacial nos indígenas da aldeia original, corroborado pela fotogrametria. Uma face sagitalmente normal foi observada em 97,7% da aldeia Laranjal, enquanto faces convexas (26,1%, RR-16,96) e côncavas (15,2%, RR=19,78) eram mais prevalentes na aldeia Iriri (p<0,001). A biprotrusão, com consequente redução do ângulo nasolabial, era uma característica comum entre os Arara, porém com maior prevalência no grupo Iriri (RP=1,52, p=0,0002). A prevalência da má oclusão foi significativamente mais alta na aldeia Iriri (RP= 1,75, p=0,0007). A maioria da população da aldeia original (83,8%) apresentou uma relação normal entre os arcos dentários, contudo, na aldeia resultante (Iriri), 34,6% dos indivíduos era Classe III (RP=6,01, p<0,001) e 21,7% era Classe II (RP=2,02, p=0,05). Enquanto nenhum caso de apinhamento e de sobremordida foi observado na aldeia Iriri, a razão da prevalência era 2,64 vezes maior para a mordida aberta anterior (p=0,003), 2,83 vezes (p<0,001) para a mordida cruzada anterior, 3,93 (p=0,03) para a sobressaliência aumentada, e de 4,71 (p=0,02) para a mordida cruzada posterior. Observou-se uma alta prevalência das perdas dentárias, sem diferença entre as aldeias (RP=1,46, p=0,11). O exame dos modelos revelou uma tendência de incisivos maiores e pré-molares e caninos menores na aldeia Iriri, delineando uma semelhança na massa dentária total entre as aldeias, que, aliada a arcadas dentárias maiores, justificaram o menor índice de irregularidade dos incisivos entre esses indígenas. Esses resultados minimizam a influência do desgaste dentário, uma evidência direta de como um indivíduo se alimentou no passado, no desenvolvimento dentofacial e enfatizam o predomínio da hereditariedade, através da endogamia, na etiologia da variação anormal da oclusão dentária e da morfologia da face. / The influence of diet and genetics on dentofacial features was examined through the analysis of two split indigenous Amazon populations originated by a process of a linear fission. The Arara-Iriri indigenous are descendants of a single couple who were expelled from a larger village (Arara-Laranjal). In the resultant new village, the initial expansion occurred through the mating of closely related people, causing a high coefficient of inbreeding (F=0.25, p<0.001). The epidemiology of malocclusion and facial characteristics were analyzed in individuals aged from 2 to 22 years, from the Arara-Iriri (n=46) and Arara-Laranjal (n=130) villages. The biometric study of the dentition and face was performed in the permanent dentition of the indigenous without tooth loss (n=55) by facial photogrammetry and dental casts analysis. Tooth wear was examined in 126 individuals in the permanent dentition through multiple regression analysis. Findings pointed out a significant determination of age on tooth wear (R2=87.6, p<0.0001), which was similar between the villages (R2=0.027, p=0.0935). However, we found marked differences in the dentofacial morphology. The indigenous of the Iriri village presented a more vertical face (dolichofacial) compared to the people of the original village, predominantly braquifacial. This clinical data was corroborated by facial photogrammetry. A sagitally normal face was observed in 97.7% of the Laranjal village, while convex (26.1%, RR=16.96) and concave faces (15.2%, RR=19.78) were significantly more prevalent in the Iriri village (p<0.001). Biprotrusion, with consequent reduction of nasolabial angle, was a common feature among the Arara indigenous, but its occurrence in the Iriri village was higher (RP=1.52, p=0.0002). The prevalence of malocclusion was significantly higher in the Iriri population (RP=1.75, p=0.0007). While the majority of the population (83.8%) in the Laranjal village presented a normal Class I relationship, in the Iriri village 34.6% were Class III (RP=6.01, p<0.001) and 21.7% were class II (RP=2.02, p=0.05). No case of crowding and overbite was observed in the Iriri village, however the relative risk was 2.64 times greater for anterior open bite (p=0.003), 2.83 for anterior crossbite (p<0.001), 3.93 for increased overjet (p=0.03), and 4.71 times (p=0.02) for posterior crossbite. We observed a high prevalence of tooth loss, with no significant difference between the villages (RP=1.46, p=0.11). The dental cast analysis revealed larger incisors combined to smaller cuspids and bicuspids in the Iriri sample, causing an overall similarity in the total tooth size between the villages, which associated to larger dental arch dimensions, explained a decreased incisor irregularity in the Iriri indigenous. These findings mitigates the influence of tooth wear, a direct evidence of what an individual ate in the past, on dentofacial development and emphasize the role of heredity, through inbreeding, in the etiology of abnormal variation of dental occlusion and facial morphology of current human populations.
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Etiologia da pancreatite aguda - revisão sistemática e metanálise

Zilio, Mariana Blanck January 2018 (has links)
Introdução: A litíase biliar e o consumo de álcool são as etiologias mais frequentes para pancreatite aguda (PA), sendo reportadas como responsáveis por cerca de 40 e 30% dos casos respectivamente. No entanto, no Rio Grande do Sul - BR observamos uma frequência de pancreatite aguda biliar (PAB) em torno de 77% dos casos e pancreatite aguda alcoólica (PAA) em apenas 8%. Além da possibilidade de diferenças próprias da nossa população, é possível que a incidência de PAB esteja aumentando. Objetivo: Estimar as frequências globais da PAB, PAA e dos casos considerados pancreatite aguda idiopática (PAI) em estudos publicados de 2006 a 18 de outubro de 2017. Comparar as frequências de PAB, PAA e PAI entre os estudos que realizaram revisão de prontuários individuais dos pacientes ou foram prospectivos e os que utilizaram apenas os códigos de alta hospitalar para o diagnóstico etiológico. Comparar as frequências de PAB, PAA, PAI de acordo com região geográfica da população dos estudos. Métodos: Uma revisão sistemática de estudos observacionais em Inglês, Espanhol e Português, de 2006 a 18 de outubro de 2017 foi realizada. Metanálise pelo modelo de efeitos randômicos foi utilizada para calcular as frequências de PAB, PAA e PAI globais e nos subgrupos (diagnóstico por código da alta hospitalar, diagnóstico por avaliação individualizada do prontuário do paciente, estudos dos EUA, estudos da América Latina, estudos da Europa e estudos da Ásia). Resultado: Foram incluídos quarenta e seis estudos representando 2.341.007 casos de PA em 36 países. A estimativa global para a pancreatite aguda biliar (PAB) foi 41,6% (IC 95% 39,2-44,1), seguido por PA alcoólica (PAA) com 20,5% (IC 95% 3 16,6-24,6) e PA idiopática (PAI) em 18,3% (IC 95% 15.1 - 21,7). Em estudos com diagnóstico etiológico por código de alta a PAI foi a mais frequente com 37,9% dos casos (IC 95% 35,1 - 40,8). Nos estudos que revisaram os prontuários dos pacientes a PAB foi a mais frequente com 46% (IC 95% 42,3 - 49,8). Nos EUA a PAI foi a mais frequente com 34,7% (IC 95% 32,3 - 37,2). Na América Latina a estimativa de PAB foi de 68,5% (IC de 95% 57,8 - 78,3). Na Europa, na Ásia e em 1 estudo Australiano, a etiologia mais frequente foi a PAB em 41,3% (IC 95% 37,9 - 44,7), 42% (IC 95% 28,8 - 55,8) e 40% (IC 95% 36,8 - 43,2), respectivamente. Na África do Sul 1 artigo apresentou frequência de 70,2% (IC de 95% 64,5 - 75,4) para PAA. Conclusão: A PAB é a etiologia mais prevalente da PA, sendo 2 vezes mais frequente que o segundo lugar. A América Latina apresenta uma frequência para PAB muito maior do que o resto do mundo. Grandes estudos populacionais que utilizam diagnósticos codificados e estudos americanos apresentam elevadas taxas de PA sem classificação. A importância do diagnóstico etiológico consiste no tratamento da causa para prevenção da recorrência. / Background: Gallstones and alcohol are the most common etiology of acute pancreatitis (AP) and is reported to account for about 40% and 30% of cases respectively. However, in Rio Grande do Sul - BR, we observed a frequency of acute biliary pancreatitis (ABP) around 77% of cases and alcoholic acute pancreatitis (AAP) in only 8%. Besides the possibility of differences of our own population, it is possible that the incidence of PAB is increasing. Objective: estimate the global frequency of ABP, AAP and the cases considered idiopathic pancreatitis (IAP) in published studies from 2006 to October 18 2017. Compare the frequencies for ABP, AAP and AIP among studies that performed review of individual records of patients or collected data prospectively and those using only the hospital discharge diagnostic codes for etiologic diagnosis. Compare the frequency of ABP, AAP and IAP by geographic region. Methods: A systematic review of observational studies in English, Spanish and Portuguese, from 2006 to October 18, 2017 was done. Random-effects metaanalysis was used to assess the frequency of biliary, alcoholic and idiopathic AP worldwide and to perform the analysis of 6 subgroups (hospital discharge coded diagnosis, individual patient chart review, studies from US, Latin America, Europe and studies from Asia). Results: Forty-six studies were included representing 2.341.007 cases of PA in 36 countries. The overall estimate for ABP was 41.6% (95% CI 39.2 to 44.1), followed by AAP with 20.5% (95% CI 16.6 to 24 6) and IAP with 18.3% (95% CI 15.1 - 21.7). In studies with hospital discharge coded diagnosis IAP was the most frequent with 37.9% (95% CI 35.1 to 40.8). In studies with individual patient chart review PAB 5 was more frequent with 46% (95% CI 42.3 to 49.8). In US studies IAP was he most frequent etiology with 34.7% (95% CI 32.3 to 37.2). In Latin America PAB was estimated 68.5% of the cases (95% CI 57.8 to 78.3). In Europe, Asia and one Australian study, the most frequent cause was the ABP in 41.3% (95% CI 37.9 to 44.7), 42% (95% CI 28.8 to 55.8) and 40% (95% CI 36.8 to 43.2) of the cases respectively. One study from South Africa had AAP in 70.2% (95% CI 64.5 to 75.4) of the cases. Conclusion: Gallstones are the main etiology of AP globally, twice as frequent as the second one. Latin America has a frequency for ABP much higher than the rest of the world. Large population studies using coded diagnoses and American studies show high rates IAP. The importance of the etiological diagnosis resides in treating the cause in order to prevent recurrence.
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Concentração de ancestrais : testes in silico de um novo conceito para explicar a correlação entre o número de células tronco e o risco de cãncer em diferentes tecidos / Ancestral Concentration: in silico test of a new concept to explain the correlation between the number of stem cells and the cancer risk in different tissues

Oliveira, Mariana dos Santos January 2018 (has links)
O câncer é caracterizado pelo crescimento anormal de células em consequência ao acúmulo de alterações no DNA. Diferentes tecidos apresentam variadas incidências de tumores. Em 2015, Tomasetti & Vogelstein demonstraram uma forte correlação positiva (r = 0.804) entre o número de divisões de células tronco e o risco de câncer em diferentes tecidos, em que tecidos com maior número de divisões de células tronco estão mais susceptíveis aos efeitos estocásticos da replicação do DNA, e, assim, mais propícios a desenvolverem tumores. Assim, esta correlação é justificada pelo número de mutações. Neste trabalho, propomos e testamos in silico um novo conceito para justificar parte desta correlação positiva entre o número de divisões de células tronco e o risco de câncer entre diferentes tecidos, o qual denominamos concentração de ancestrais (AC). Em nossa hipótese, tecidos com alta taxa de proliferação concentram mais seus ancestrais, amplificando as chances de perpetuar células ancestrais mutadas, e, por isso, estão relacionados a maiores riscos de câncer. Assim, tecidos com altos valores de divisão de células tronco apresentam um perfil de alto AC e tecidos com baixo número de divisão de células tronco apresentam um perfil de baixo AC Para comprovar nossa hipótese, simulamos a evolução tumoral através do software esi- Cancer e aplicamos diferentes valores de proliferação e morte (CTOR). Os resultados demonstraram uma correlação positiva de 0.995 entre o valor de CTOR e o perfil de AC (P = 0:002). Como esperado, demonstramos que maiores CTORs estão relacionados a maiores médias de gerações com esiTumors para valores totais de mutações por divisão iguais. Entretanto, esta relação se mantém quando aplicadas valores corrigidos conforme o número de divisões para os diferentes CTORs, a fim de o número de mutações totais ser igual. Logo, apenas variações não são suficientes para explicar a incidência observada em diferentes tecidos. Nossos resultados demonstram que tecidos com maior número de divisões de células tronco apresentam um perfil de alto AC, o qual amplifica as chances de concentrar ancestrais mutados, aumentando as chances de desenvolver tumores. Assim, justificando parte da correlação encontrada por Tomasetti & Vogelstein (2015). / Cancer is characterized by an abnormal replication of somatic cells as a result of DNA alterations. Different types of tissues present differences in cancer incidence. Tomasetti & Vogelstein (2015) have shown that lifetime cancer risk of different tissues presents a strong correlation of 0.804 with the number of stem cells divisions, in which tissues with higher number of stem cells divisions are more susceptible to stochastic effects of DNA replication and thus more likely to develop cancer. Thus, the number of mutations was used to explain this correlation. In our work, we propose and test in silico a new concept to explain this positive correlation, which we denominated ancestral concentration (AC). In our hypothesis, a tissue with high proliferation rates concentrates more their ancestral cells and increases the chance of a mutated ancestral to persist; which result in a higher risk of cancer. Tissues with a high number of stem cells divisions presents a high AC profile whereas tissues with a low number of stem cells divisions presents a low AC profile To prove our hypothesis, we simulated tumor evolution using esiCancer software and applied different initial rates of proliferation and death (CTOR). We observed a positive correlation of 0.995 between CTOR values and the AC profile (P = 0:002). Besides, higher CTOR values are associated to higher mean generations with esiTumors when equal mutation rates are applied. Nevertheless, this association still exist in simulations with mutation rates corrected by total number of divisions, whereas the total mutation rate is similar for different CTORs. This way, modifications of mutations solely are not sufficient to explain the observed cancer risks in different tissues. Our results showed that tissues with higher number of stem cells divisions present a high AC profile, which rises the probabilities of concentrate mutated ancestral cells, increasing the tumor risk. In this way, justifying partly the correlation that was founded by Tomasetti & Vogelstein (2015).

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