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Caracterização molecular do vírus da hepatite C em indivíduos co-infectados com HIV-1Oliveira, Claudiner Pereira de January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Biologia Celular, 2007. / Submitted by Fernanda Weschenfelder (nandaweschenfelder@gmail.com) on 2009-11-27T12:51:09Z
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Previous issue date: 2007 / As infecções pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1) e pelo vírus da hepatite C (HCV) são consideradas problemas de saúde pública com cerca de 40 milhões de pessoas infectadas com o HIV-1 e cerca de 170 milhões com HCV no mundo. A co-infecção HIV-1/HCV é comum em indivíduos expostos a vias de transmissão percutânea e a hepatite C tem emergido como a principal causa de morte em pacientes HIV-1 soropositivos, devido à alta prevalência do HCV nessa população. O HCV pertence à família Flaviviridae, gênero Hepacivirus, e é classificado em 6 genótipos e múltiplos subtipos. Diferenças na distribuição genotípica são observadas em diferentes áreas do mundo e em um mesmo país. Alguns genótipos do HCV parecem estar relacionados a uma melhor resposta virológica sustentada após o tratamento, como os genótipos 2 e 3, que apresentam melhor resposta do que indivíduos infectados com os genótipos 1 e 4. Existem poucos dados sobre populações de co-infectados com HIV-1/HCV, a prevalência dos genótipos é relatada para as infecções separadamente nas diferentes populações. Assim, esse trabalho teve como objetivo caracterizar a prevalência dos genótipos e subtipos do HCV na população de co-infectados com HIV-1/HCV no Distrito Federal e entorno. Para isso foram analisadas 45 amostras de indivíduos co-infectados com HIV-1 e anti-HCV positivos por meio de amplificação por PCR das regiões genômicas 5‟UTR e NS5B do HCV seguida de seqüenciamento e análise filogenética. O genótipo 1 foi o mais prevalente (81%), seguido dos genótipos 3 (10%), 2 (6%) e 4 (3%). Esse resultado está de acordo com relatos de outros estudos da região Centro-Oeste, onde existe maior prevalência do genótipo 1. Os genótipos 2 e 4, raros no Brasil, foram descritos pela primeira vez na população HCV positiva do Distrito Federal (DF). A concordância entre os resultados obtidos por meio da análise de homologia das seqüências pelo programa HCV-BLAST para as regiões 5‟UTR e NS5B foi de 97% para os genótipos e 90% para os subtipos, corroborando o descrito na literatura sobre a necessidade da análise de mais de uma região para a correta determinação do subtipo. A análise filogenética das seqüências definiu os genótipos e subtipos divergentes. A presença de genótipos 1, 2, 3 e 4 do HCV na população de co-infectados com HIV-1 atendidos no DF indica a importância da genotipagem nessa população uma vez que esses genótipos têm importância clínica na predição da resposta ao tratamento antiviral, sendo o HCV-1 o que responde mal ao tratamento ao tratamento. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Human immunodeficiency virus (HIV-1) and Hepatitis C virus (HCV) are considered problems of public health with about 40 millions infected by HIV-1 and 170 millions infected by HCV worldwide. The co-infection HIV-1/HCV is common in individuals exposed to percutaneous pathways and the hepatitis C has been emerging as the main cause of death in HIV-1 positive individuals due the high prevalence of HCV in this population. The HCV is classified into 6 genotypes and several subtypes. Differences in the genotypic distribution are observed in different areas worldwide and within a country. Some HCV genotypes appear to be related to a better virological response after treatment, as the genotypes 2 and 3 for example, that show better response than individuals infected with genotypes 1 and 4. There is little information about co-infected HIV-1/HCV population; the genotype prevalence is reported to the infections separately. Thus, the aim of this study was to characterize the HCV genotypes and subtypes prevalence in the co-infected HIV-1/HCV population of Federal District. Forty-five samples from co-infected patients were analyzed by PCR amplification of 5‟UTR and NS5B genomic sequences followed by automatic sequencing and phylogenetic analysis. The HCV genotype 1 was the most prevalent (81%), followed by genotype 3 (10%), 2 (6%) and 4 (3%). This result is in concordance with reports from other studies from Central West region of Brazil, where there is a major prevalence of genotype 1. The genotypes 2 and 4, rare in Brazil, were described for the first time in the HCV positive population of Federal District. The agreement between the results obtained by the analysis of the sequences homology by the software HCV-BLAST to the regions 5‟UTR and NS5B was of 97% for genotypes and of 90% for subtypes, corroborating with the described in literature as to the need to the analyze more than one genomic region in order to achieve correct subtype determination. The phylogenetic analysis defined the diverging genotypes and subtypes. The presence of the genotypes 1, 2, 3, and 4 in the co-infected HIV-1/HCV population attended in the Federal District indicates the importance of genotyping in this population once these genotypes have clinical importance in the prediction of the response to the antiviral treatment.
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Tratamento para hepatite C no Brasil : possibilidades de acompanhamento mediante registros de distribuiçãoLemos, Geisy Muniz de January 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-01-03T14:00:29Z
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2013_GeisyMunizdeLemos.pdf: 1008168 bytes, checksum: af238940da9d17741ff2a857a01583d7 (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2014-01-06T13:43:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1
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2013_GeisyMunizdeLemos.pdf: 1008168 bytes, checksum: af238940da9d17741ff2a857a01583d7 (MD5) / Introdução:As últimas décadas foram de grandes mudanças e notáveis conquistas no que se refere à prevenção e ao controle das hepatites virais, porém entre as doenças endêmico-epidêmicas, representa impactante problema de saúde pública no Brasil. Principal causa de morte no Brasil entre as hepatites virais entre 2000 e 2011, segundo a OMS 150 milhões de pessoas estão cronicamente infectadas pelo virus da hepatite C (HCV), e aproximadamente 1.000.000 pessoas morrem a cada ano (~ 2,7% de todas as mortes) de causas relacionadas com as hepatites virais B e C. O tratamento é caro e resposta virológica favorável, para sua sustentabilidade. Fatores internos e externos podem contribuir para o sucesso do tratamento como adesão e genótipo do vírus.O objetivo deste estudo foi definir o perfil dos casos notificados de infecção pelo HCV e a distribuição de medicamentos para o tratamento da hepatite C, no período de Julho de 2011 a junho de 2012. Métodos: Foram utilizados os registros de notificação da hepatite C do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e os relacionados à quantidade de tratamentos distribuídos no período de julho de 2011 a junho 2012 do banco de Autorizações de Procedimento de Alta Complexidade (APAC) com Alfa-interferon Peguilado (IFN-PEG) associado à Ribavirina. Resultados: A notificação mostra que a maior proporção dos casos é de indivíduos do sexo masculino, com idades entre 35 a 54 anos, residentes no Sudeste. Há um aumento no número da notificação de casos em mulheres acima de 60 anos. Os registros de APAC mostram que 16.757 indivíduos iniciaram tratamento. Destes, 59,6% utilizaram o IFN-PEG Alfa 2a; 4.043 tiveram a data da primeira APAC entre abril e julho de 2011, 2 foram à óbito; 84,0% completaram pelo menos 12 semanas; 56,9%, 24 semanas e 24,8%, 40 semanas de tratamento. Discussão: O perfil da distribuição coincide com a notificação quanto à região e gênero. Porém, quanto à idade, há predomínio da faixa entre 50 e 59 anos. Questiona-se se o possível atraso no diagnóstico ou no acesso ao tratamento,sendo impossível cruzar as informações entre os sistemas. Os sistemas de informação atualmente disponíveis no SUS não conseguem fornecer dados que permitam aferir a adesão, efetividade e resposta virológica sustentada. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The last few decades have brought great changes and remarkable achievements in relation to the prevention and control of viral hepatitis, but between endemic and epidemic diseases, is impacting public health problem in Brazil. Leading cause of death in Brazil around viral hepatitis between 2000 and 2011, according to the WHO 150 million people are chronically infected with hepatitis C virus (HCV), and approximately one million people die each year (~ 2.7% of all deaths) by related causes viral hepatitis B and C. The treatment is expensive and virologic response needed to their sustainability. Internal and external factors can contribute to the success of treatment as adherence and virus genotype. The aim of this study was to define the profile of reported cases of HCV infection and distribution of drugs for the treatment of hepatitis C in Brazil, between July 2011 and June 2012. Methods: The records of notification of hepatitis C at the brazilian system for diseases notification (SINAN), and related to the amount of treatments distributed in the period of July 2011 to June 2012 through Authorizations High Complexity Procedures (APAC) records, with pegylated interferonalpha (PEG-IFN) ribavirin associated.Results: The notification shows that most of the cases were men, aged 35-54 years, living in the Southeast. The number of cases in women over 60 years is quite siginificant. APAC records shows that 16,757 individuals started treatment. Of these, 59.6% used PEG-IFN alpha 2a; 4043 had the date of the first APAC between April and July 2011, were the two deaths, 84.0% completed at least 12 weeks, 56.9%, 24 weeks and 24.8%, 40 weeks of treatment. Discussion: The profile of the distribution coincides with the notification for the region and gender. However, in age, there is aage difference being the records between 50 and 59 years. Wonders whether the possibilitiesto delay the diagnostic and access to the treatment, and it is impossible to cross information between systems. Information systems currently available can not provide data to evaluate adherence, effectiveness, and sustained virologic response.
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A relação entre o dano de isquemia/reperfusão e o estímulo à fibrogênese em modelo experimental em fígado de ratos : comparando diferentes soluções de preservaçãoCamacho, Vera Regina Rodrigues January 2010 (has links)
Introdução e objetivos: O transplante de fígado é o tratamento de escolha para muitas doenças agudas e crônicas do fígado. Embora a sobrevida tenha melhorado consideravelmente, a recidiva é frequente, especialmente na hepatite C. O dano de isquemia-reperfusão (I/R) é uma das principais causas de má-função do enxerto precocemente após um transplante hepático e influencia de forma adversa a sobrevida dos pacientes. Assim, utilizando-se a solução de preservação que propicie maior proteção ao dano de I/R e menos estresse oxidativo, deveremos ter menor produção de citocinas que desencadeiam o processo de fibrogênese,o qual sabemos estar presente na recidiva do vírus C. O emprego de uma solução de preservação que leve a menor dano de I/R deve influenciar no processo de fibrogênese, o que justifica seu estudo. Materiais e métodos: Fígados obtidos de 25 ratos Wistar machos foram divididos em 5 grupos experimentais, conforme a solução de preservação utilizada: solução fisiológica; solução da Universidade de Wisconsin (UW); fructose 1,6- bisfosfato( FBP); solução de SNAC 200 e solução de UW + SNAC (SNAC+UW). Os níveis de AST, ALT e LDH foram determinados em amostras do líquido de preservação em 2, 4 e 6 horas de isquemia a frio. Após 6 h, os fígados foram submetidos ao modelo de reperfusão hepática ex-situ por 15 minutos. AST, ALT, LDH e renina foram determinadas no sangue após a reperfusão. Foram seccionados fragmentos hepáticos para histologia, determinação de TBARS, catalase e glutationa, além da análise da expressão imunohistoquímica de TGF-β1e receptor AT1. Resultados: Em comparação à UW, durante a preservação a frio, AST foi significativamente menor nos grupos SF, FBP e SNAC 200 (p=0,001); ALT foi menor no grupo FBP (p= 0,023) e LDH foi menor nos grupos FBP e SNAC 200 p=(0,007). Após a reperfusão, os níveis séricos de AST, ALT, LDH e TBARS não diferiram entre os grupos. Os valores de catalase foram significativamente mais elevados com SNAC+UW (p= 0,013). Os valores de glutationa foram significativamente mais elevados com UW em relação a SF, FBP e SNAC 200 (p= 0,004). Os níveis de renina foram maiores para SNAC+UW comparando com FBP e SNAC (p=0,014) Não houve sinais histológicos de dano de preservação em nenhuma amostra, assim como não houve expressão hepática de TGF-β1e receptor AT1. Conclusão: neste modelo experimental de dano de reperfusão precoce, o dano de preservação promoveu elevação na atividade da renina,o primeiro passo para a fibrogênese. SNAC 200, um doador de óxido nítrico e FBP demonstraram efeito protetor neste contexto, tendo sido superiores a UW. / Background/aims: Liver transplantation has been the standard treatment for patients suffering from acute and chronic liver disease. Although survival rate has improved considerably, relapses are frequent especially in patients with hepatitis C. Ischemia-reperfusion injury (I/R) is the one of the major causes of poor graft function early after liver transplantation and adversely influences patients’ survival. Therefore, using a preservation solution that shows a higher protective effect from I/R injury and lesser oxidative stress may lower the production of cytokines which are known for their role in fibrogenesis related to the relapse of C virus. Preservation solutions which lesser I/R injury and may prevent from fibrogenesis are an area of clinical interest that should be extensively studied. Materials and methods: Livers from 25 adult male Wistar rats were randomly assigned into five experimental groups according to preservation solution used: saline solution (SS); University of Wisconsin (UW) solution; Fructose 1, 6- biphosphate (FBP), SNAC 200 solution and UW solution + SNAC (SNAC+UW). AST, ALT and LDH were determined in samples in preservation solutions at 2, 4 and 6 hours of cold ischemia. After 6 hours, livers were applied to hepatic reperfusion models ex-situ for 15 minutes. Then, blood samples were taken for screening AST, ALT, LDH and renin levels after the reperfusion. Hepatic fragments were processed for histological studies, determination of TBARS, catalase and glutathione and expression of TGF-β1 and AT1 receptor. Results: Comparing to UW solution during cold storage, AST was significantly lower than in SS, FBP and SNAC 200 groups (p=0.001); ALT was lower in FBP group (p= 0.023) and LDH was lower in FBP and SNAC 200 groups (p=0.007). After reperfusion, serum levels of AST, ALT, LDH and TBARS showed no significant differences among the groups. Catalase was significantly higher in the SNAC+UW group (p=0.013). Compared to UW group, glutathione concentration was significantly higher in SS, FBP e SNAC 200 (p=0.004). Renin levels were higher in SNAC+UW group comparing to FBP and SNAC groups (p=0.014) No histological signs of preservation injury were found in the hepatic samples studied and expressions of TGF-β1and AT1 receptor were not detected either. Conclusion: In this experimental model of early reperfusion injury, preservation damages showed higher levels of renin which is widely known as the first stage of fibrogenesis. SNAC 200, NO donor and FBP showed a higher protective effect than UW in our study.
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Escore MELD como preditor de sobrevida em pacientes candidatos ou submetidos a transplante hepáticoBrandao, Ajacio Bandeira de Mello January 2007 (has links)
Introdução: O modelo MELD (Model for End-stage Liver Disease) é um preditor acurado de mortalidade em pacientes em lista de espera para transplante hepático. Além dele há outros escores: o Child-Turcotte-Pugh (CTP), amplamente avaliado, e o EMERALD, um escore novo e ainda não completamente validado. A implementação do MELD na alocação de fígados para transplante no Brasil baseou-se em estudos realizados em países desenvolvidos, pois não há dados brasileiros descrevendo o desempenho do MELD para predizer a sobrevida póstransplante hepático. Objetivos: Avaliar o desempenho do escore MELD em predizer mortalidade três e seis meses após inclusão em lista de espera para o primeiro transplante de fígado, em uma coorte de pacientes com doenças hepáticas crônicas, e comparar sua performance com a dos escores CTP e EMERALD. Determinar a acurácia do MELD pré-transplante para predizer a sobrevida pós-transplante hepático e identificar características associadas com a sobrevida de pacientes. Introdução: O modelo MELD (Model for End-stage Liver Disease) é um preditor acurado de mortalidade em pacientes em lista de espera para transplante hepático. Além dele há outros escores: o Child-Turcotte-Pugh (CTP), amplamente avaliado, e o EMERALD, um escore novo e ainda não completamente validado. A implementação do MELD na alocação de fígados para transplante no Brasil baseou-se em estudos realizados em países desenvolvidos, pois não há dados brasileiros descrevendo o desempenho do MELD para predizer a sobrevida póstransplante hepático. Objetivos: Avaliar o desempenho do escore MELD em predizer mortalidade três e seis meses após inclusão em lista de espera para o primeiro transplante de fígado, em uma coorte de pacientes com doenças hepáticas crônicas, e comparar sua performance com a dos escores CTP e EMERALD. Determinar a acurácia do MELD pré-transplante para predizer a sobrevida pós-transplante hepático e identificar características associadas com a sobrevida de pacientes.Resultados: Os resultados do primeiro estudo de coorte referem-se a 271 pacientes em lista de transplante hepático. Na inclusão em lista, a média dos escores MELD e EMERALD foi 14,8 e 26,6, respectivamente. Aproximadamente61% dos pacientes foram classificados como CTP B. Durante o acompanhamento aos três e seis meses após a inclusão em lista, as porcentagens de pacientes que faleceram, foram transplantados ou permaneceram em lista foram 11,8%, 9,2% e 79,0% e 19,2%, 17,7% e 63,1%, respectivamente. A mortalidade em três meses foi igualmente prevista pelos escores MELD, EMERALD e CTP (estatística-c 0,79, 0,74 e 0,70, respectivamente). Para a mortalidade em seis meses, as curvas ROC e a área sob a curva foram similares. O segundo estudo incluiu 436 pacientes submetidos a transplante hepático que foram acompanhados por aproximadamente 14 anos ou até o óbito. Na coorte pós-transplante hepático a maioria dos receptores e doadores eram homens, com média de idade de 51,6 e 38,5 anos, respectivamente. Os valores da estatística-c para mortalidade em três meses foram 0,60 e 0,61 para o MELD e o CTP, respectivamente. O método KM mostrou que a sobrevida em três, seis e 12 meses foi menor em pacientes com MELD O 21 ou CTP C. Análise multivariada revelou que idade do receptor O 65 anos, MELD O 21, CTP categoria C, bilirrubina O 7 mg/dL, creatinina O 1,5 mg/dL, carcinoma hepatocelular e doador com cor da pele não-branca foram preditores de mortalidade. Conclusões: Mortalidade três e seis meses após inclusão em lista de espera para transplante foi predita pelos escores MELD, CTP e EMERALD. Contudo, o escore MELD apresenta vantagens pela menor variabilidade na determinação de seus componentes, comparativamente ao CTP, e o escore EMERALD necessita de avaliação adicional. Em relação à sobrevida pós-transplante, doença hepática grave prétransplante, pacientes com idade O 65 anos, portadores de carcinoma hepatocelular e doador com cor da pele não-branca associaram-se com pior prognóstico. / Introduction: The Model for End-stage Liver Disease (MELD) is an accurate predictor of mortality in patients on the waiting list for liver transplantation. Other scores are also available: the Child Turcotte Pugh (CTP), a widely evaluated score, and the EMERALD, a new score not yet fully validated. The MELD is used to allocate livers for transplants in Brazil following studies conducted in developed countries because no Brazilian data are available to describe the performance of MELD in predicting survival after liver transplantation. Objectives: To evaluate the performance of the MELD score to predict mortality three and six months after inclusion in the waiting list for a first liver transplant in a cohort of patients with end-stage liver disease, and to compare its performance with the performances of the CTP and EMERALD scores. To determine the accuracy of pre-transplant MELD scores to predict survival after liver transplant and to identify characteristics associated with patient survival. Method: In this cohort study, patients on the waiting list were followed up for a mean 20 months, and the predictive performance of scores of severity of underlying liver disease was evaluated: MELD, CPT and EMERALD. ROC curves and c-statistics were used to establish score accuracy to predict mortality after inclusion in the transplant waiting list. The second cohort consisted only of patients that underwent liver transplant, and the study analyzed the patient characteristics associated with long-term survival. The Kaplan-Meier (KM) method was used to analyze survival along time according to MELD and CTP scores. The Cox proportional hazards regression model was used to estimate risk of death while on the waiting list and to evaluate the association between risk factors for mortality after liver transplant. Results: The first cohort consisted of 271 patients on the liver transplant waiting list. At the time of inclusion in the list, mean MELD and EMERALD scores were 14.8 and 26.6. About 61% of the patients were classified as CTP B. During follow-up after inclusion in the list, the percentages of patients that died, underwent transplant, or remained on the list were 11.8%, 9.2% and 79.0% at three months and 19.2%, 17.7% and 63.1% at six months. Mortality at threemonths was equally predicted by MELD, EMERALD and CTP scores (c-statistics: 0.79, 0.74 and 0.70). For mortality at six months, ROC curves and areas under the curve were similar. The second cohort study evaluated 436 patients that underwent liver transplant and were followed up for about 14 years or until death. In this cohort, most recipients and donors were men, and their mean age was 51.6 and 38.5 years. C-statistics for mortality at three months was 0.60 and 0.61 for MELD and CTP. The KM method showed that survival at three, six and 12 months was lower in patients with MELD O 21 or CTP C. Multivariate analysis showed that recipient age O 65 years, MELD O 21, CTP C, bilirubin O 7 mg/dL, creatinine O 1.5 mg/dL, hepatocellular carcinoma and non-white donor were predictors of mortality. Conclusions: Mortality at three and six months after inclusion in the transplant waiting list was predicted by the MELD, EMERALD and CTP scores. However, the MELD score had a lower variability in the determination of its components than CTP, and the EMERALD score should be further evaluated. The analysis of survival after transplant showed that severity of underlying liver disease, patient age O 65 years, hepatocellular carcinoma, and non-white donor were factors associated with a poor prognosis.
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Efeitos do resveratrol sobre as células estreladas hepáticasSouza, Izabel Cristina Custodio de January 2009 (has links)
As células estreladas hepáticas (HSC) são pericitos específicos do fígado, são células armazenadoras de gordura e produzem componentes de matriz extracelular. As HSCs ao serem ativadas, proliferam, perdem as gotas lipídicas e aumentam a secreção de matriz extracelular. O controle da modulação fenotípica e da proliferação das HSCs é de suma importância para entendermos a fibrose hepática. Esta pesquisa foi realizada com a linhagem celular GRX (representativa das HSCs murinas) obtida a partir de reações fibrogranulomatosas inflamatórias. Estudos anteriores, em nosso laboratório, pesquisaram a ação de diferentes drogas sobre a modulação destas células, tais como: retinol, pentoxifilina, indometacina e insulina. Tem sido relatado que o resveratrol (3,4,5 trihidroxiestilbeno) (RSV) tem ação antioxidante, antiinflamatória, antiproliferativa bem como tem capacidade de ativar ou inibir a transcrição de enzimas envolvidas na regulação de vários eventos celulares, por exemplo metabolismo de lipídeos. Por isso, procuramos utilizar o RSV, um polifenol natural presente na casca das uvas e conseqüentemente em grande quantidade de vinhos tintos, neste modelo celular. As células GRX foram cultivadas (12, 24 e 120 h) em meio DMEM com 5% SFB acrescido ou não de RSV (100 nM, 1µM ou 100 µM) e retinol (RHO) (5µM). Nossos estudos demonstraram que tratamento por 120 h com RSV (100nM e 1µM) inibiu a proliferação das células GRX diminuindo em 35% o número de células. Analisando o efeito de 1µM de RSV sobre o ciclo celular e a apoptose, verificamos que após 120 h de tratamento houve um aumento das células na fase S e Sub-G1. Constatou-se condensação e fragmentação nuclear, sugerindo um possível efeito pró-apoptótico do RSV sobre a célula GRX. Observou-se que o tratamento com RSV (100 nM) por 5 dias não induziu a formação de gotas lipídicas nas células GRX. Porém ao acrescentar RSV+RHO, constatou-se que o RSV não interferiu na síntese e acúmulo de lipídios, provocado pelo RHO (5µM). Propondo que a lipogênese neste modelo de tratamento possa estar associada com a ação da sirtuina (deacetilase NAD-dependente) e do PPARy (receptores ativados por proliferadores de peroxissomos), determinou-se a expressão do mRNA destas duas proteínas. Observou-se que o RSV (100 nM) aumenta a expressão do mRNA da sirtuina 1 (SIRT1) e diminui a expressão de PPARy. Porém, o tratamento com RSV+RHO provocou uma redução na expressão da SIRT1, alterando a relação PPARy/SIRT1, promovendo a síntese de lipídios. Nossos dados mostraram que após 24h de tratamento, o RSV não alterou a incorporação de acetato [C14] em triacilglicerídios (TG), enquanto que, o RHO ou RSV+RHO aumentaram a incorporação do marcador nestes lipídios. O depósito de TG permaneceu constante, porém a síntese diminuiu com o tempo de tratamento. Acredita-se que estes compostos atuam por mecanismos moleculares diferentes modulando o metabolismo de lipídios. Sugerimos, de acordo dados da literatura, que o RHO atua via receptor nuclear LXR formando um heterodímero com PPARy, favorecendo a lipogênese. Por outro lado, o RSV ativa a SIRT1, que reprime o PGC1α (coativador do PPARy). Logo, a inibição do PPARy pelo RSV inibe consequentemente a lipogênese. Concluímos que o resveratrol apresenta um efeito anti-proliferativo, pró-apoptótico sem induzir o fenótipo lipocítico nas células GRX. Desta forma, se mantém em equilíbrio, no espaço de Disse, as células mesenquimais quiescentes e ativadas, contribuindo para restabelecer a homeostase hepática. / The hepatic stellate cells (HSC) are liver-specific pericytes, as well as fat-storing cells and they are also responsible for the extracellular matrix components production. When activated, HSCs lose lipid droplets and increase extracellular matrix secretion. The phenotypical modulation and the HSCs proliferation control have paramount importance to understand the hepatic fibrosis. This research has been carried out with the GRX cell line (HSCs murine representative) which was obtained from inflammatory fibrogranulomatous reactions. Previous studies in our laboratory investigated the action of different drugs on the modulation of these cells, such as: retinol, pentoxifilin, indomethacin and insulin. Resveratrol (RSV) has been referred to as having antioxidant, antiinflammatory and antiproliferative action (3,4,5 trihidroxiestilbeno), as well as the capacity to activate or inhibit the transcription of enzymes involved in the regulation of several cell events, as, for example, lipid metabolism Therefore, we used RSV, which is a natural polyphenol found in the grapes skin and, consequently, in large amounts of red wine, in this cell model. The GRX cells were cultivated (12, 24 and 120 h) in medium DMEM with 5% SFB added RSV or not (100 nM, 1µM or 100 µM) and retinol (RHO) (5µM). Our studies demonstrated that a 120 h treatment with RSV (beginning with 100 nM) inhibited GRX cells proliferation, thus decreasing the cell number in 35%. Assessing the effect of 1µM RSV on the cell cycle and the apoptosis, we found that, after this treatment period, there was an increase of cells in phases S and Sub-G1. Nuclear condensation and fragmentation were observed, which suggested a probable pro-apoptotic RSV effect on the GRX cell. The RSV (100 nM) 120 h treatment did not induce lipid droplets formation in the GRX cells. However, RSV did not interfere in the synthesis or accumulation of lipids caused by RHO (5µM), when RSV+RHO were added. Considering that the lipogenesis in this treatment model might be associated with sirtuin action (deacetilase NAD-dependent) and PPARy (receptors activated by peroxisome proliferators), the mRNA expression of these two proteins was determined. RSV (100 nM) proved to increase sirtuin mRNA expression 1 (SIRT1) and decrease PPARy.expression. However, the treatment with the RSV+RHO caused a reduction in the SIRT1 expression thus alterating the relation PPARy/SIRT1, which promoted the lypid synthesis. Our data showed that after the 24-hour treatment RSV did not change acetate incorporation [C14] in triacylglicerides (TG), whilst RHO or RSV+RHO increased the marker incorporation in these lipids. The TG deposit remained constant, but the synthesis diminished during the treatment period. It appears that these compounds act through different molecular mechanisms when modulating lipids metabolism. According to literature data, we suggest that RHO acts via LXR nuclear receptor, thus forming an heterodímer with PPARy, which favors lypogenesis. On the other hand, RSV activates SIRT1, which inhibits PGC1α (PPARy coactivator). Therefore, the PPARy inhibition by RSV consequently inhibits lypogenesis. We concluded that RSV presents pro-apoptotic, anti-proliferative effect, without inducing lypocytic phenotype in the GRX cells. By this means the mesenquimal activated quiescent cells keep their balance at the Disse space, thus contributing with the hepatic homeostasis restoration.
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Benefício da sobrevida do transplante hepático em longo prazo de acordo com a gravidade da doença hepática no momento da inclusão em listaGleisner, Ana Luiza Mandelli January 2009 (has links)
O transplante ortotópico de fígado (TOF) é o tratamento de escolha para pacientes com doença hepática terminal. Entretanto, o benefício desse procedimento, em termos de sobrevida, é incerto, especialmente em longo prazo. Estudos recentes sugerem que, enquanto existe claro benefício na sobrevida para indivíduos com doença hepática mais avançada, para aqueles com doença menos significativa, o risco de óbito pode ser maior com o transplante do que permanecer em lista de espera. O objetivo deste trabalho é comparar a sobrevida em transplantados e listados a fim de definir o benefício atribuído ao TOF, especialmente considerando-se a gravidade da doença hepática. Neste estudo, foram incluídos pacientes com doença hepática crônica terminal listados para transplante hepático no estado do Rio Grande do Sul, Brasil, entre janeiro de 2001 e dezembro de 2005. Os pacientes foram seguidos até junho de 2006. Dos 1130 pacientes listados, 520 foram transplantados. Os critérios para alocação de órgãos neste período foram exclusivamente o tempo de espera em lista e o grupo sanguíneo. O escore MELD foi utilizado como marcador da gravidade da doença hepática. Foram observados 290 óbitos por 1000 pacientes/ano entre pacientes listados e 119 óbitos por 1000 pacientes/ano entre os pacientes transplantados. As estimativas de sobrevida de Kaplan-Meier demonstraram cruzamento da sobrevida de listados e transplantados, confirmando a inadequação dos métodos tradicionais de análise de sobrevida. Já através do modelo Gama Generalizado, as funções de sobrevida e risco (hazards) puderam ser adequadamente estimadas. Foram definidos parâmetros de localização, formato e escala específicos para listados e transplantados, permitindo funções de risco distintas para cada grupo. O escore MELD foi incluído como variável explanatória para o parâmetro de localização, sendo significativamente associado ao tempo de sobrevida tanto em listados (redução de 11% na mediana para cada aumento de um ponto no escore MELD) quanto em transplantados (redução de 12% na mediana). Através da utilização dos parâmetros do modelo Gama Generalizado, foram calculadas razões de risco em função do tempo de seguimento com intervalos de confianca estimados pelo método Delta. Foi observado um aumento imediato na razão de risco pós-TOF quando comparado à permanência em lista de espera, com razão de risco (RR) de 7,12 e intervalo de confiança com 95% de significância (IC 95%) de 3,52-14,39 para indivíduos com escore MELD de 15, a média desta população. A RR decresceu exponencialmente até cruzar a igualdade (RR igual a um) em aproximadamente três meses. Funções de sobrevida em função do escore MELD foram também estimadas através dos mesmos parâmetros. A magnitude na diferença da sobrevida em um ano aumentou proporcionalmente ao aumento do escore MELD (MELD 10: 83% vs. 90%; MELD 15: 81% vs. 80%; MELD 20: 63% vs. 78%; MELD 25: 42% vs. 74%; MELD 30: 21% vs. 71%; listados vs. transplantados, respectivamente). O escore MELD, para o qual o transplante foi significativamente benéfico relativamente a permanecer em lista de espera, foi 23 em 6 meses, 17 em 12 meses, 15 em 24 meses e 12 em 60 meses de seguimento. No modelo multivariado, outras possíveis variáveis explanatórias foram incluídas para o parâmetro de localização. Nesta análise, a idade do receptor demonstrou-se significativamente associada com a sobrevida pós-TOF, com redução de 9% na mediana por cada ano adicional. Em conclusão, o transplante hepático aumenta a sobrevida em longo prazo de pacientes elegíveis, mesmo em pacientes com doença hepática menos avançada. Entretanto, os benefícios do transplante são mais marcantes e imediatos em pacientes com doença hepática mais avançada.
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Perfil nutricional dos pacientes submetidos ao transplante hepático do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPAAlves, Vanessa da Silva January 2013 (has links)
Resumo não disponível
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Infecção em pacientes transplantados hepáticos adultos no Hospital de Clínicas de Porto AlegreSouza, Monica Vinhas de January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Metionina aminopeptidase de fígado de rato : distribuição subcelular e propriedadesTermignoni, Carlos January 1983 (has links)
Resumo não disonível
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Avaliação dos efeitos da dietilcarbazina sobre os mecanismos regulatórios da inflamação hepática induzida pelo alcoolismoRodrigues, Gabriel Barros 29 September 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-09-29 / A doença hepática alcoólica (DHA) é um termo coletivo para uma série de alterações
patológicas que acometem o fígado, que variam de esteatose e esteatohepatite à cirrose e
carcinoma hepatocelular. Adietilcarbamazina é um fármaco utilizado no tratamento da
filariose linfática desde 1947, que apresenta propriedades anti-inflamatórias devido a
sua interferência no metabolismo do ácido araquidônico. O objetivo do trabalho foi
analisar a ação da DEC sobre a inflamação hepática induzida pelo alcoolismo, através
de análises histológicas, parâmetros bioquímicos, avaliação da expressãode mediadores
pró e anti-inflamatórios por meio de imunohistoquímica, imunoflorescência e western
blot e avaliação do estresseoxidativo por ensaio imunoenzimático. Sessenta e dois
camundongos machos da linhagem C57BL/6 foram divididos nos seguintes grupos:1 )
controle, 2 ) DEC 50 mg/kg , 3 ) álcool, 4 ) álcool + DEC 50 mg/kg , 5 ) álcool +
Celecoxibe 50mg/kg 6 ) álcool + PDTC 100mg/kg e 7 ) álcool + PDTC 100mg/kg +
DEC 50mg/kg. A análise histológica do grupo alcoólico revelou diversas alterações,
como infiltrado inflamatório, esteatose, regiões de necrose e elevada concentração de
fibras colágenas. Além disso, este grupo apresentou elevada expressão de todos
marcadores inflamatórios, elevação do perfil lipídico e marcador de dano hepático na
avaliação bioquímica e redução da atividade da enzima glutationaredutase. O tratamento
com a DEC foi capaz de reduzir as alterações histológicas e o conteúdo de colágeno,
como redução dos marcadores pró-inflamatório e aumento dos anti-inflamatórios. A
DEC também foi capaz de melhorar os parâmetros bioquímicos e aumentar a atividade
da glutationaredutase. Estes resultados sugerem o papel benéfico da DEC durante a
patogênese da DHA, configurando-se como possível alternativa terapêutica no
tratamento de hepatopatias.
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