Spelling suggestions: "subject:"feminismo"" "subject:"feminisms""
1 |
Abrir paso a las masculinidades gais en la traductología: experiencias de género e identidad sexual en programas universitarios de traductores varones de Lima (Perú)Villanueva Jordán, Iván 30 October 2019 (has links)
Presentado en el III Foro Internacional de Traducción Especializada. La traducción especializada desde dos perspectivas: académica y ámbito profesional. / El presente trabajo es una propuesta teórica y empírica en torno a la categoría relacional traducción y género con la finalidad de establecer la masculinidad como una posición de género relevante para la investigación traductológica. La revisión de la teoría aborda inicialmente la concurrencia de los conceptos feminismo, género y mujer en los estudios de traducción (Brufau Alvira, 2011). A partir de ello, se elabora sobre la noción de masculinidad para establecer su capacidad analítica y crítica en relación con el sistema sexo/género (Connell, 2008; Rubin, 1975). Con respecto a lo empírico, se presentarán los mapas temáticos que resultaron de analizar entrevistas en profundidad a cuatro traductores varones, entre 22 y 28 años, sobre sus experiencias en programas universitarios de traducción e interpretación en Lima (Perú). Estas entrevistas permitirán abordar, por un lado, la noción de que la segregación profesional por cuestiones de sexo/género no necesariamente conduce a situaciones de desigualdad, sino que la generización de un campo profesional puede constitur también espacios de diferencia para la concentración de sujetos que, se supone, no deberían estar ahí (Blackburn & Jarman, 2006). En ese sentido se identificarán los temas relacionados con las masculinidades gais que surgieron de las entrevistas y la manera en que estos permiten elaborar trayectorias comunes hacia la elaboración de una identidad sexual (Eribon, 2004). De esta manera, se pondrá de relieve los componentes identitarios que los participantes han logrado elaborar mediante el abordaje de “las inquietudes de sí mismos” o “el cultivo de sí mismos” (Foucault, 1987) en su etapa universitaria y la manera en que su subjetividad integra nociones de sexualidad y aspectos culturales (Halperin, 2012), en particular, relacionados con la traducción como disciplina académica y profesión.
|
2 |
Diálogos sobre sexualidade com os/as adolescentes/jovens de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca - PESHUÑA, Rocio del Pilar Bravo 25 April 2014 (has links)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-04T13:34:53Z
No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf: 3635764 bytes, checksum: 383305d887084a0ca4a7bee4e6d5e0a6 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-04T13:34:53Z (GMT). No. of bitstreams: 2
DISSERTAÇÃO Rocio del Pilar Bravo Shuña .pdf: 3635764 bytes, checksum: 383305d887084a0ca4a7bee4e6d5e0a6 (MD5)
license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5)
Previous issue date: 2014-04-25 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Este estudo busca compreender como as/os adolescentes/jovens (interlocutoras/es), com idades entre 16 e 19 anos, moradores dos municípios de Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, significam a sexualidade, especificamente o início da suas vidas sexuais e o namoro, em interseção com os marcadores sociais de gênero, geração, raça e classe. Desta forma, procurou-se refletir sobre o método de intervenção utilizado, trazendo as experiências que são (re)construídas nos (des)encontros entre a/os pesquisadora/es e as/os interlocutoras/es, e as produções acadêmicas na área de psicologia sobre a sexualidade das/dos adolescentes/jovens questionadas/os a partir de um olhar feminista pós-estrutural, sendo uma Pesquisa Ação Participativa (PAR), cujos instrumentos metodológicos foram as rodas de diálogos e o diário de campo. Nestes diálogos observamos (des)igualdades, diferenças e agenciamentos que as/os adolescentes/jovens vivem e mobilizam no percurso de suas carreiras sexuais (HEILBORN, 1999). O início da vida sexual delas/deles acontece, em média, entre os 14 e 15 anos, idades que o mundo adulto considera “cedo” ou “precoce”. As práticas sexuais que definem este início giram em torno do que é considerado como “normal” e da noção de “virgindade”. Por outro lado, o namoro ainda mantém certas características do amor romântico, o pretendente é quem vai à casa da namorada para solicitar a aceitação dos pais, como sinal de fidelidade e de compromisso futuro para um casamento – muito embora o relacionamento possa continuar mesmo sem ter o aceite dos pais da adolescente/jovem, o mesmo não acontece com os rapazes. Assim sendo, outros vínculos afetivo-sexuais surgem na “ilegalidade” como “ficar”, “amizade colorida” e “conhecerem-se”, formas menos complicadas de elas/eles viverem a sexualidade fora da vigilância adultocêntrica. Através destas experiências, também discutimos as teorias ideológicas (heterossexismo, capitalismo, patriarcado, colonialismo) que sustentam e mobilizam saberes/poderes na interação entre as micropolíticas e macropolíticas que circulam nos cenários sexuais das/dos adolescentes/jovens (SPIVAK, 2010); discutimos ainda os circuitos (des)integrados (HARAWAY, 2009): família, escola, religião e posto de saúde, os quais dificultam a vivência da sexualidade delas/deles e o acesso a seus direitos sexuais e direitos reprodutivos. Este é um panorama mais constrangedor para as mulheres e para os grupos LGBTTI. Outro aspecto importante é que a metodologia nos permitiu (re)pensar sobre o próprio dispositivo de pesquisa. Assim, consideramos que trabalhar a partir de uma perspectiva teórico-metodológica feminista pós-estrutural tenha facilitado as reflexões e os posicionamentos das/dos adolescentes/jovens como sujeitos responsáveis por sua sexualidade. Por este motivo, é importante seguir investindo em novas formas de fazer pesquisa que possam visibilizar a voz das/dos adolescentes/jovens, capazes de debater e exigir seus próprios direitos sexuais e direitos reprodutivos, de lutar contra as desigualdades que as/os atingem.
|
3 |
Feminismos em debate: reflexões sobre a organização do movimento de mulheres negras em Salvador (1978 - 1997)Bispo, Silvana 30 June 2011 (has links)
Submitted by Rangel Sousa Jamile Kelly (jamile.kelly@ufba.br) on 2012-07-03T19:34:07Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO final.pdf: 1449676 bytes, checksum: 7faa9d557023eafadefa53f92f203f64 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-07-03T19:34:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO final.pdf: 1449676 bytes, checksum: 7faa9d557023eafadefa53f92f203f64 (MD5) / FAPESB / Esse texto foi elaborado no intuito de refletir sobre as experiências das mulheres negras no Movimento Negro Unificado (MNU), buscando perceber através de suas trajetórias os aspectos constitutivos da organização do movimento de mulheres negra em Salvador, Bahia, entre os anos de 1978 – 1997. Para isto, se faz particularmente importante neste estudo percebermos categorias de análises como: mulheres, gênero, racismo e classismo como tessituras interseccionais e estruturas de dominação. De todo modo, questionando a invisibilidade imposta por estruturas hegemônicas de poder, os estudos sobre africanidades, relações etnicorracias e do feminismo negro foram fundamentalmente significativos para a construção da presente pesquisa. Assim, fazendo um contraponto às estereotipias, subrepresentações e imagens de controle impostas historicamente às mulheres negras, optei por fazer uma pesquisa que buscou captar a diversidade constitutiva de algumas ativistas negras na luta anti-racista e anti-sexista. A fim de analisar como tais relações são desenvolvidas, fiz uso do dimensionamento teórico-metodológico da história oral, da produção escrita por mulheres e organizações negras brasileiras, para apreender as memórias, identidades e trajetórias políticas, a partir de cinco ativistas negras que residem na capital baiana: Luiza Bairros, Ana Célia da Silva, Valdecir Nascimento, Vilma Reis e Lindinalva Barbosa. / Salvador
|
4 |
Amar é ter uma ética afetiva, é ter esse cuidado com o outro: narrativas sobre amores e lesbianidades / To love is to have na affective ethic, to be careful with the other: narratives about loves and lesbianitiesMezzari, Danielly Christina de [UNESP] 06 March 2017 (has links)
Submitted by DANIELLY CHRISTINA DE SOUZA MEZZARI null (danielly_mezzari@hotmail.com) on 2017-04-19T00:05:16Z
No. of bitstreams: 1
Arquivo Final Mestrado.pdf: 1277921 bytes, checksum: b76f1360b08bfa515ea044e01051ae00 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-04-19T12:37:30Z (GMT) No. of bitstreams: 1
mezzari_dc_me_assis.pdf: 1277921 bytes, checksum: b76f1360b08bfa515ea044e01051ae00 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-19T12:37:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
mezzari_dc_me_assis.pdf: 1277921 bytes, checksum: b76f1360b08bfa515ea044e01051ae00 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-06 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Este trabalho se propôs a pensar acerca das lesbianidades e dos relacionamentos amorosos entre mulheres. Para lidar com os desafios desta proposta optamos por trabalhar tendo por base os pressupostos tanto da cartografia quanto das produções narrativas. Estas se fundamentam na proposta dos conhecimentos situados, de Haraway, a qual reconceitua o conceito de objetividade ao assegurar a dimensão encarnada e localizada da produção de conhecimento. Conversamos com cinco mulheres lésbicas sobre relacionamentos amorosos e construímos narrativas sobre suas histórias em parceria com cada uma delas de maneira que o texto final foi produto de um encontro de afetos e estilos. Acreditamos que cada narrativa conjunta evoca uma rede de relações e não a história ou a experiência de uma pessoa somente. Procuramos problematizar a invisibilidade das produções teóricas lésbicas mesmo dentro dos feminismos e também o conceito de amor romântico e suas intersecções com os marcadores sociais. / This paper sets out to think about lesbianities and love relationships between women. In order to deal with the challenges of this proposal, we have chosen to work on the presuppositions of both cartography and narrative productions. Narrative productions are based on Haraway’s proposed knowledge, which reconcepts the concept of objectivity by ensuring the embodied and localized dimension of the production of knowledge. We talked to five lesbian women about love relationships and built narratives about her stories in partnership with each other so that the final text was the product of a meeting of affections and styles. We believe that each narrative evokes a network of relationships and not a person’s history or experience. We try to problematize the invisibility of theoretical lesbian productions even within feminisms and also the concept of romantic love and its intersections with social markers. / FAPESP: 2014/26841-4
|
5 |
Desconstruções e múltiplas possibilidades corporais na capoeira angola do grupo NzingaNAVARRO, VERÓNICA DANIELA January 2018 (has links)
Submitted by Diana Alves (ppgdancaufba.adm@gmail.com) on 2018-09-03T13:50:26Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO VERÓNICA DANIELA NAVARRO (2).pdf: 3919135 bytes, checksum: 3b9b5cad652a1e18d207844c2ca69a41 (MD5) / Approved for entry into archive by Setor de Periódicos (per_macedocosta@ufba.br) on 2018-09-04T19:42:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO VERÓNICA DANIELA NAVARRO (2).pdf: 3919135 bytes, checksum: 3b9b5cad652a1e18d207844c2ca69a41 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-09-04T19:42:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO VERÓNICA DANIELA NAVARRO (2).pdf: 3919135 bytes, checksum: 3b9b5cad652a1e18d207844c2ca69a41 (MD5) / Esta dissertação toma como tema as corporeidades da Capoeira Angola dentro
do Grupo Nzinga, na cidade de Salvador, fundamentadas nas culturas bantas e nos
feminismos latino-americanos, como possibilidade de construção-desconstrução dos
corpos. Começo fazendo uma leitura sobre os processos de miscigenação da América e
as políticas de embranquecimento das culturas populares, entendendo como o racismo e
o patriarcado foram e ainda são instaurados pelas elites burguesas latino-americanas
para manter e legitimar o poder. Para tal, acredito e defendo que não é possível
descolonizar sem despatriarcalizar. Em seguida, adentro nas corporeidades afroamericanas,
realizando uma leitura do que são esses corpos dentro da roda da capoeira,
como outras lógicas possíveis de pensar outros corpos latino-americanos. Imagens,
relatos e escritos do tempo compartilhados com minhas e meus parceira(o)s de
caminhada dentro do Nzinga, aqueles que são mestra(e)s e doutora(e)s de capoeira, da
academia e da vida principalmente. E por último, adentro nas questões do feminismo
dentro do espaço da roda do Nzinga: como nós, mulheres do grupo, construímos nossas
corporeidades dentro desse espaço, defendendo a multiplicidade de formas de ser e estar
sendo mulher, e, sobretudo, de ser e estar sendo no mundo. Imprimi o desafio de me
manter orientada metodologicamente pela pesquisa étnica implicada, por ser
participante do grupo que estudo. As referências partem do saber dos mestres e mestras
da cultura popular, aqueles com quem tive o privilégio de aprender a partir da prática,
como também aquele(a)s que deixaram seu legado através das gerações que vieram.
|
6 |
Filhas de famílias homoparentais: processos, confrontos e pluralidades / Hijas de familias homoparentales: procesos, confrontaciones y pluralidadesJimena de Garay Hernandez 22 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os movimentos feministas e LGBT no contexto mundial, latino-americano e brasileiro, assim como as perspectivas teórico-políticas pós-estruturalistas, têm questionado profundamente a família entendida sob os parâmetros da modernidade. Diante disso, são grandes os avanços no que tange aos direitos que garantem a proteção e estabilidade de famílias compostas por mães lésbicas, seja solteiras ou em casal, o que tem promovido que as filhas dessas famílias se desenvolvam em ambientes com mais referências jurídicas, midiáticas, educativas e inclusive religiosas sobre o reconhecimento de suas realidades familiares. Esse novo contexto, contudo, não as eximiu ainda de um constante confronto com os valores hegemônicos associados a gênero, família e sexualidade. A partir de um diálogo metodológico entre a cartografia e a etnografia, em convivência intensa com filhas de famílias homoparentais de diversas gerações e contextos, observam-se as negociações que se estabelecem com diferentes grupos sociais e no interior das próprias famílias, onde se criam campos de tensão na produção de subjetividades. / Los movimientos feministas y LGBT en el contexto mundial, latinoamericano y brasileño, así como las perspectivas teórico-políticas posestructuralistas, han cuestionado profundamente a la familia entendida bajo los parámetros de la modernidad. Frente a esto, se han realizado grandes avances en lo que respecta a los derechos que garantizan la protección y estabilidad de familias compuestas por madres lesbianas, sea solteras o en pareja, lo cual ha promovido que las hijas de esas familias se desenvuelvan en ambientes con más referencias jurídicas, mediáticas, educativas e incluso religiosas sobre el reconocimiento de sus realidades familiares. Este nuevo contexto, sin embargo, no las ha eximido de una constante confrontación con los valores hegemónicos asociados a género, familia y sexualidad. A partir de un diálogo metodológico entre la cartografía y la etnografía, en convivencia intensa con hijas de familias homoparentales de diversas generaciones y contextos, se observan las negociaciones que se establecen con diferentes grupos sociales y al interior de las propias familias, donde se crean campos de tensión en la producción de subjetividades.
|
7 |
Políticas públicas para mulheres rurais no Brasil (2003-2015): análise a partir da percepção de mulheres rurais e de movimentos sociais mistos / Public policies for rural women in Brazil (2003-2015): analysis from the perception of rural women and miscellaneous social movementsFilipak, Alexandra [UNESP] 06 March 2017 (has links)
Submitted by ALEXANDRA FILIPAK null (alefilipak@hotmail.com) on 2017-04-05T15:12:39Z
No. of bitstreams: 1
Tese Final_Alexandra.pdf: 6517125 bytes, checksum: 4b32e5e1b30a21311d12e7f9946e2d61 (MD5) / Approved for entry into archive by Luiz Galeffi (luizgaleffi@gmail.com) on 2017-04-12T17:36:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1
filipak_a_dr_mar.pdf: 6517125 bytes, checksum: 4b32e5e1b30a21311d12e7f9946e2d61 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-12T17:36:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1
filipak_a_dr_mar.pdf: 6517125 bytes, checksum: 4b32e5e1b30a21311d12e7f9946e2d61 (MD5)
Previous issue date: 2017-03-06 / Esse trabalho tem como questão central a análise das políticas públicas para mulheres rurais no Brasil, a partir da percepção de movimentos sociais mistos e de mulheres rurais, a relação dessas políticas com as perspectivas de gênero, de classe e feministas, considerando suas configurações, seus limites e possibilidades na redução das desigualdades de gênero através do desenvolvimento da autonomia das mulheres do campo. Foram analisadas as políticas públicas de gênero específicas para as mulheres rurais, considerando sua capacidade de promoção de mudanças nas comunidades rurais e na vida das mulheres e de causar transformação nas relações sociais vividas por elas em contextos rurais locais, sem deixar de ter como foco as transformações sociais mais amplas na construção de um desenvolvimento rural baseado na inclusão social, reconhecimento cultural, participação política, conservação ambiental, geração de trabalho e renda. Na análise das políticas públicas de gênero para o rural, partimos do pressuposto de que essas se transformaram em agenda pública na década de 2000, nos diferentes níveis de atuação do Estado, a partir da organização política e da pressão dos movimentos sociais do campo, nas suas organizações de gênero, mistas ou femininas, e das aberturas dos governos com características progressistas e populares nessa década. Nesse período o rural no Brasil passou pela construção de novas percepções que requisitaram ações públicas, como a construção das políticas públicas voltadas para a agricultura familiar em seus distintos desdobramentos. Da mesma forma as ações voltadas às mulheres rurais são colocadas como forma de minimização de desigualdades e condição necessária para a construção do chamado rural sustentável e solidário. As políticas públicas para as mulheres rurais dialogam com as perspectivas da economia feminista tanto no seu planejamento quanto nas execuções das ações. A realização do trabalho produtivo na agricultura de base familiar pelas mulheres ainda é pouco visível e pouco valorizado. Isso se deve, sobretudo, à concepção de que as atividades por elas desempenhadas são extensão do doméstico, restringindo-se às tarefas historicamente entendidas como papel feminino. Entretanto, a produção familiar é protagonizada pelas mulheres, na medida em que realizam tanto as tarefas agrícolas quanto as domésticas, chamadas de produtivas e reprodutivas. Foram observadas, nesse trabalho, as políticas públicas para as mulheres rurais estabelecidas na Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais (DPMR) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) do Governo Federal órgão de Estado responsável pela implementação das políticas analisadas, no período de 2003 a 2015. Em termos metodológicos esse trabalho contou com momentos de pesquisa de campo através de coletas de dados documentais na DPMR/MDA, pesquisa participante em dois momentos de visibilidade pública do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Marcha das Margaridas e nos momentos da Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (CNDRSS), em 2013, e entrevistas com mulheres rurais. Orientações teóricas também foram estabelecidas para se atingir os objetivos desse trabalho: estudos de gênero, economia feminista, os conceitos Estado ampliado e hegemonia de Gramsci, entre outros. Como resultados pode-se perceber que há uma experiência construída nas políticas públicas de gênero com capacidades de desenvolver a autonomia econômica das mulheres rurais e transformar as relações de gênero no campo. Porém, elas são contra-hegemônicas e abrem campos de disputas constates para que sejam implementadas em torno dos direitos da mulher. Há também uma fragilidade nas políticas já implantadas, tendo essas que ser disputadas, constantemente, pelos movimentos e organizações sociais. / This work has as a central question the analysis of public policies for rural women in Brazil, based on the perception of mixed social movements and rural women, the relation of these policies to the perspectives of gender, class and feminists, considering their configurations, their limits and possibilities in the reduction of gender inequalities through the development of the autonomy of rural women. Specific gender public policies for rural women were analyzed, considering their capacity to promote changes in rural communities and women's lives and to transform their social relations in local rural contexts, while focusing on the social transformations based on social inclusion, cultural recognition, political participation, environmental conservation, generation of work and income. In the analysis of public policies from gender to rural, we start from the assumption that these became a public agenda in the decade of 2000, at different levels of State performance, from the political organization and pressure of the rural social movements, in the their gender, mixed or feminine organizations, and the openings of governments with progressive and popular characteristics in that decade. During this period the rural in Brazil went through the construction of new perceptions that required public actions, such as the construction of public policies aimed at family agriculture in its different developments. In the same way, the actions directed at rural women are placed as a way of minimizing inequalities and a necessary condition for the construction of a sustainable and solidary rural. Public policies for rural women dialogue with the perspectives of feminist economics in both their planning and the execution of actions. The realization of productive work in family-based agriculture by women is still poorly visible and undervalued. This is due, above all, to the conception that the activities they carry out are an extension of the domestic one, being restricted to the tasks historically understood as feminine role. However, family production is carried out by women, insofar as they perform both agricultural and domestic tasks, called productive and reproductive tasks. In this study, the public policies for rural women established in the Directorate of Policies for Rural Women (DPMR) of the Ministry of Agrarian Development (MDA) of the Federal Government responsible for implementing the policies analyzed in the period of 2003 to 2015. In methodological terms, this work had moments of field research through documentary data collection in the DPMR / MDA, a participant research in two moments of public visibility of the Movement of Landless Rural Workers (MST) and the Marcha das Margaridas and at the National Conference on Sustainable Rural Development and Solidarity (CNDRSS) in 2013, and interviews with rural women. Theoretical orientations were also established to achieve the objectives of this work: gender studies, feminist economics, the concepts Expanded State and Gramsci's hegemony, among others. As results it can be seen that there is an experience built in the public policies of gender with capacities to develop the economic autonomy of the rural women and to transform the gender relations in the field. However, they are counter-hegemonic and open up areas of disputed disputes to be implemented around women's rights. There is also a fragility in policies already in place, and these must be constantly contested by social movements and organizations.
|
8 |
Filhas de famílias homoparentais: processos, confrontos e pluralidades / Hijas de familias homoparentales: procesos, confrontaciones y pluralidadesJimena de Garay Hernandez 22 March 2013 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / Os movimentos feministas e LGBT no contexto mundial, latino-americano e brasileiro, assim como as perspectivas teórico-políticas pós-estruturalistas, têm questionado profundamente a família entendida sob os parâmetros da modernidade. Diante disso, são grandes os avanços no que tange aos direitos que garantem a proteção e estabilidade de famílias compostas por mães lésbicas, seja solteiras ou em casal, o que tem promovido que as filhas dessas famílias se desenvolvam em ambientes com mais referências jurídicas, midiáticas, educativas e inclusive religiosas sobre o reconhecimento de suas realidades familiares. Esse novo contexto, contudo, não as eximiu ainda de um constante confronto com os valores hegemônicos associados a gênero, família e sexualidade. A partir de um diálogo metodológico entre a cartografia e a etnografia, em convivência intensa com filhas de famílias homoparentais de diversas gerações e contextos, observam-se as negociações que se estabelecem com diferentes grupos sociais e no interior das próprias famílias, onde se criam campos de tensão na produção de subjetividades. / Los movimientos feministas y LGBT en el contexto mundial, latinoamericano y brasileño, así como las perspectivas teórico-políticas posestructuralistas, han cuestionado profundamente a la familia entendida bajo los parámetros de la modernidad. Frente a esto, se han realizado grandes avances en lo que respecta a los derechos que garantizan la protección y estabilidad de familias compuestas por madres lesbianas, sea solteras o en pareja, lo cual ha promovido que las hijas de esas familias se desenvuelvan en ambientes con más referencias jurídicas, mediáticas, educativas e incluso religiosas sobre el reconocimiento de sus realidades familiares. Este nuevo contexto, sin embargo, no las ha eximido de una constante confrontación con los valores hegemónicos asociados a género, familia y sexualidad. A partir de un diálogo metodológico entre la cartografía y la etnografía, en convivencia intensa con hijas de familias homoparentales de diversas generaciones y contextos, se observan las negociaciones que se establecen con diferentes grupos sociales y al interior de las propias familias, donde se crean campos de tensión en la producción de subjetividades.
|
9 |
Um percurso de leitura de Americanah: a experiência que empodera?CAVALCANTE, Edilma Bezerra 17 February 2017 (has links)
Submitted by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-05-17T23:13:30Z
No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO Edilma Bezerra Cavalcante.pdf: 676873 bytes, checksum: 81a7756d878aa7ffe760cfe9df2b005a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-05-17T23:13:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1
DISSERTAÇÃO Edilma Bezerra Cavalcante.pdf: 676873 bytes, checksum: 81a7756d878aa7ffe760cfe9df2b005a (MD5)
Previous issue date: 2017-02-17 / Este trabalho tem como premissa realizar uma leitura-crítica feminista do romance Americanah (2014) de Chimamanda Ngozi Adichie a fim de observar os caminhos percorridos pela personagem Ifemelu, as experiências e os momentos de empoderamento ao longo da narrativa. Para isso nossa sustentação teórica terá como base a Crítica Feminista, com nomes importantes do feminismo negro e pós-colonial como Collins (2002), Gonzáles (1984), Mama (2013), Spivak (2014) e Hooks (2015) e de teóricas dos estudos da mulher e literatura como Schmidt (1999), Oliveira (1991) e Rago (2013). Nossa interpretação prioriza o modo de leitura comprometido com a importância do gênero e suas intersecções com cor e classe como categorias analíticas válidas. Neste sentido, nosso trabalho é o resultado dos sentidos produzidos por uma experiência particular de leitura de um sujeito feminino que lê uma mulher contando a história de outra mulher, em um movimento que se pretende assim mesmo, cíclico, estimulando e valorizando a pesquisa e produção acadêmica das mulheres e sobre as mulheres. / This work is premised perform a feminist critical-reading of the novel Americanah (2014) of Chimamanda Ngozi Adichie to observe the paths taken by the character Ifemelu, experiences and moments of empowerment throughout the narrative. For this our theoretical support will be based on the Feminist Critique, with important names of black feminism and postcolonial as Collins (2002), Gonzalez (1984), Mama (2013), Spivak (2014) and Hooks (2015) and theoretical of women and literature studies as Schmidt (1999), Oliveira (1991) and Rago (2013). Our interpretation prioritizes reading so committed to the importance of gender and its intersections with color and class as valid analytical categories. In this sense, our work is the result of the senses produced by a particular reading experience of a female subject who reads a woman telling the story of another woman, in a move that is intended anyway, cyclical, stimulating and enhancing the research and production academic women and about women.
|
10 |
“Nós comemos e regurgitamos”: feminismos transnacionais e coalizões potenciais a partir da marcha das vadias de Goiânia/GO / “We ate and regurgitated”: transnational feminisms and potential coalitions from slutwalk in Goiânia/GOBatista, Paula Nogueira Pires 18 September 2017 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-03-14T13:28:34Z
No. of bitstreams: 2
Dissertação - Paula Nogueira Pires Batista - 2017.pdf: 2586333 bytes, checksum: 80a916e5fada76011243ccec6178eada (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2018-03-15T11:00:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Dissertação - Paula Nogueira Pires Batista - 2017.pdf: 2586333 bytes, checksum: 80a916e5fada76011243ccec6178eada (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2018-03-15T11:00:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Dissertação - Paula Nogueira Pires Batista - 2017.pdf: 2586333 bytes, checksum: 80a916e5fada76011243ccec6178eada (MD5)
license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)
Previous issue date: 2017-09-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work aims to think about the potentialities of transnational feminist political coalitions based on ethnographic experience that focused on Slutwalk of the city of Goiânia / GO ("Marcha das Vadias" - MdV / GO) in the years 2014, 2015 and 2016. For this, I interpret that this March would be a contemporary "young" feminist expression. The analysis proposes intersectionality, taking into account the different social markers of difference that have emerged in the field, such as gender, "race" / color, class, sexuality and age / "generation". Thus, three major axes of analysis are thought: 1) Transnational flows of feminisms; 2) Intersectionality and ethnic-racial issues; 3) Generational differences and different feminisms in play. As an analytical possibility, I propose the idea of intersectional feminist whiteness, thought from the racialization of white social experience on the March. / Este trabalho se propõe a pensar potencialidades de coalizões políticas feministas transnacionais a partir de experiência etnográfica realizada com enfoque na Marcha das Vadias da cidade de Goiânia/GO (MdV/GO) nos anos de 2014, 2015 e 2016. Para isto, parto da interpretação de que esta Marcha seria uma expressão “jovem” feminista contemporânea. As análises têm como proposta a interseccionalidade, ao levar em consideração os diferentes marcadores sociais da diferença que surgiram em campo, a exemplo de gênero, “raça”/cor, classe, sexualidade e idade/“geração”. Sendo assim, três grandes eixos de análise são pensados: 1) Fluxos transnacionais dos feminismos; 2) Interseccionalidade e questões étnico-raciais; 3) Diferenças geracionais e diferentes feminismos em jogo. Como possibilidade analítica, proponho a ideia de branquitude interseccional feminista, pensada a partir da racialização da experiência social branca em Marcha.
|
Page generated in 0.0582 seconds