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Filosofia e retórica em David Hume / Philosophy and rethoric in David Hume

Dircilene da Mota Falcão 19 September 2014 (has links)
Uma comparação atenta entre o Tratado da natureza humana, obra de estreia de David Hume, e as Investigação sobre o entendimento humano e Investigação sobre os princípios da moral nas quais a primeira obra foi reeditada, revela uma diferença considerável na escrita do filósofo. Provavelmente levado por uma profunda decepção com sua obra inicial, Hume as reescreve adotando mudanças estilísticas e no foco de suas discussões para torná-las mais próximas de suas convicções filosóficas. Como instrumento nesse processo, Hume se utiliza conscientemente da retórica, optando nas duas investigações, pela adoção de evidentes recursos retóricos que variam desde alterações no foco e no objetivo final dessas obras, até a opção por um discurso conciso em detrimento daquele difuso utilizado na escrita do Tratado. Tais mudanças obedecem a padrões estéticos bem definidos, porém fundamentalmente tentam aproximar a escrita humiana dos preceitos filosóficos básicos do autor, representados por conceitos como os de crença e de imaginação. Assim, utilizando-se da retórica como uma tentativa de respeitar os fundamentos de sua própria filosofia, Hume desenvolve o que poderíamos chamar de uma espécie de filosofia da escrita / A close comparison between David Hume\'s first work A Treatise of Human Nature, and An Enquiry Concerning Human Understanding and An Enquiry Concerning the Principles of Morals, in which the first work was reedited, reveals a considerable difference on the writings of the philosopher. Most likelly taken by a deep deception upon his early work, Hume rewrites them adopting changes on his style and on the focus of his discussions in order to make them closer to his philosophical convictions. As a tool on this process, Hume makes a conscious use of rhetoric, chosing in his investigations to utilize evident rhetorical resources which vary from focus and final goal of these works, to the choice for a concise speech, over the diffuse one utilized on the writing of the Treatise. Such changes follow well defined aesthetic patterns, however they fundamentally try to approximate the humian writing to the author\'s basic philosophical precepts, represented by concepts such as creed and imagination. Thus, making use of rhetoric as an attempt to respect the fundamentals of his own philosophy, Hume develops what may be called a kind of philosophy of writing
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As condições de possibilidade da ciência da natureza humana: crítica da metafísica e ciência do homem / The conditions of possibility of the science of human nature: metaphysics´ and science of human being´s criticism

Fernão de Oliveira Salles dos Santos Cruz 13 July 2007 (has links)
Desde sua primeira obra, David Hume anuncia ao leitor o projeto de constituição de uma ciência da natureza humana. O principal objetivo deste trabalho consiste em examinar os argumentos utilizados por Hume para construir as condições de possibilidade desse saber. / Since his first work David Hume announces his intentions to constitute a science of human nature. The main target of this thesis is to examine the arguments used by Hume to build the conditions of possibility of this field of knowledge.
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Deus e ontologia na perspectiva de Merleau-Ponty

Louzada, Tarcísio Lage 29 March 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-06-24T20:40:04Z No. of bitstreams: 1 tarcisiolagelouzada.pdf: 708022 bytes, checksum: fbbd3b353cf77039d3e9c018a44ca513 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-06-28T13:05:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 tarcisiolagelouzada.pdf: 708022 bytes, checksum: fbbd3b353cf77039d3e9c018a44ca513 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-28T13:05:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tarcisiolagelouzada.pdf: 708022 bytes, checksum: fbbd3b353cf77039d3e9c018a44ca513 (MD5) Previous issue date: 2012-03-29 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / O presente trabalho investiga como Merleau-Ponty vê a relação entre Deus e ontologia, tomando como ponto de partida as interpretações feitas por este autor sobre a ontologia moderna e como, a partir da retomada desta tradição, ele se posiciona em relação ao problema de Deus no desenvolvimento de sua compreensão do ser, principalmente na segunda metade de sua obra. Segundo Merleau-Ponty, os filósofos da modernidade, sobretudo aqueles que fazem parte do que ele denomina o “grande racionalismo”, estavam comprometidos com algumas teses da teologia judaico-cristã, o que influenciou profundamente o modo como estes pensadores compreenderam o ser, muitas vezes confundindo-o com Deus. As categorias conceituais decorrentes desta ontologia revelam uma concepção dualista do real, que, de acordo com o filósofo francês, são insuficientes para descrever os fenômenos tal como eles se manifestam. Por isso, Merleau-Ponty insiste na necessidade de superar a ontologia tradicional, e para tanto ele aponta um retorno à ontologia, tendo por objetivo desenvolver uma nova concepção de ser, sem comprometimento com a teologia, e a criação de novas categorias conceituais. Ao avaliar, por fim, a concepção de ser desenvolvida por Merleau-Ponty, entendemos que em muitos aspectos ela se distancia da noção de ser da modernidade, mas, no entanto, o “Ser bruto” descrito por ele irá cumprir alguns dos principais papéis do Deus da ontologia moderna. / The present study investigates how Merleau-Ponty sees the relation between God and ontology from the interpretation done by this author about the modern ontology and how, from the retaking of this tradition, he places himself according to God´s problem in the development of his understanding of the Being, specially in the second moment of his work. According to Merleau-Ponty, the modern philosophers, specially those who take part of something he calls “ the great rationalism”, were involved with some thesis of the Judaeo-Christian theology, that deeply influenced the way these philosophers understood the being, many times, confusing it with God. The conceptual categories resulting from this ontology bring out a dualist conception of the real, that, according to the French philosopher is insufficient to describe the phenomena as they manifest themselves. Therefore, Merleau-Ponty insists about the necessity to overcome the traditional ontology. Because of this he suggests a return to ontology, to develop a new conception of being, without any commitment with theology even with the creation of new conceptual categories. Analysing, in this way, the conception of Being developed by Merleau-Ponty, we can understand that, in may aspects, it is far away from the modern idea of being, however, the primordial Being he describes, will retake some of the main parts of the modern ontology´s God.
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O espírito do medo : Roma de Montesquieu / The spirit of law : Montesquieu's Rome

Martins, Adilton Luis, 1978- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Paulo Celso Miceli / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campionas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-21T20:01:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Martins_AdiltonLuis_D.pdf: 5243947 bytes, checksum: b6e1c40da217620640b1599cb78896e3 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O resumo poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: The abstract is available with the full electronic document / Doutorado / Historia Cultural / Doutor em História
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A crença na existência do mundo exterior e o ceticismo mitigado em Hume / The belief in the external world and the mitigated scepticism in Hume

Silva, Laila T. Correa e, 1987- 08 July 2012 (has links)
Orientador: José Oscar de Almeida Marques / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-20T23:24:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva_LailaT.Correae_M.pdf: 649829 bytes, checksum: bf737501bf46eebb811b3721472034fe (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: David Hume, no Tratado da Natureza Humana, livro 1, parte 4, seção 2, "Do ceticismo quanto aos sentidos", pretende explicar a causa de nossa crença na existência do mundo exterior, isto é, a crença em existências contínuas e distintas da mente e da percepção. Ele inicia a seção com a seguinte afirmação: devemos dar nosso assentimento ao princípio referente à existência dos corpos, embora não possamos ter a pretensão de sustentar a sua veracidade por meio de argumentos filosóficos (T 1.4.2.1). Mas, ao final da seção, sua postura diante da crença na existência do mundo exterior muda totalmente, como Hume mesmo diz, em T 1.4.2.56, penúltimo parágrafo: "iniciei este tema com a premissa de que deveria ter uma fé implícita em nossos sentidos, e que essa é a conclusão que extrairia da totalidade de meu raciocínio", contudo, argumenta ele, "sinto-me neste momento possuído pelo sentimento contrário", ou seja, Hume não deposita mais nenhuma confiança nos sentidos, ou antes, imaginação. Por que Hume chega a tal conclusão? Hume argumenta que essas existências contínuas e distintas são ficções da imaginação e, como tais, não merecem nosso assentimento e confiança. Essa situação embaraçosa conduz Hume a um ceticismo radical que, segundo o próprio filósofo, somente pode ser curado por meio do "descuido e desatenção". Mas, como poderíamos interpretar essa declaração de Hume? Minha proposta de interpretação defende que através do conceito humeano de ceticismo mitigado presente no Tratado, livro 1, parte 4, seção 7, "Conclusão deste livro", e na Investigação sobre o Entendimento Humano, seção 12, "Da filosofia acadêmica ou cética", somos capazes de compreendê-la. Nas duas obras mencionadas Hume apresenta o modo de investigação filosófica que é, para ele, o mais adequado, a saber: o método cético. Contudo, o ceticismo de Hume não é o ceticismo radical que impede toda a ação, mas sim um ceticismo mais mitigado que combina consigo uma parcela da "mistura bruta e terrena" (T 1.4.7.14), constituinte da vida comum e afazeres cotidianos / Abstract: David Hume, in the Treatise of Human Nature, book 1, part 4, section 2, "Of scepticism with regard to the senses", wants to explain the cause of our belief in the existence of external world, i.e., the belief in existence continued and distinct of the mind and perception. He begins the section with the following affirmation: we might give our assentiment to the principle regarding the existence of external world, even though we cannot pretend to sustain its veracity through philosophical arguments (T 1.4.2.1). But, at the end of section, Hume's position as regards of the belief of external world changes completely, as Hume says, in T 1.4.2.56: "I begun this subject with premising, that we ought to have an implicit faith in our senses, and that this wou'd be the conclusion, I shou'd draw from the whole of my reasoning", however, he says, "I feel myself at present of quite contrary sentiment", i.e., Hume didn't deposit any more trust in the senses, or first, imagination. Why Hume concluded that? Hume says that these continued and distinct existences are fictions of imagination, and in this way, don't diserve our trust and assentiment. This complicated situation brings Hume to the radical scepticism that, according to himself, can only be cured by "carelessness and in-attention". But how can we interpret Hume's declaration? My proposal is that by means of the humean concept of mitigate scepticism present in the Treatise, book 1, part 4, section 7, and in Enquiry Concerning Human Understanding, section 12, we can comprehended Hume's situation. In both books, he presented for us a way of philosophical investigation that is, for him, more adequate: the sceptical method. However, humean scepticism is not the radical one that obstructed all action, instead, more mitigated humean scepticism brings with itself one part of the "gross earthy mixture, as an ingredient" (T 1.4.7.14), that constitutes common life / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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A ideia de uma ciencia da virtude na metafisica Kantiana dos costumes

Oliveira, Marcos Alberto de 06 June 2005 (has links)
Orientador: Zeljko Loparic / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-04T16:41:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_MarcosAlbertode_D.pdf: 17873725 bytes, checksum: bfec905f9aa6e8dc1d98ce8187dff057 (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: Não informado / Abstract: Not informed. / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia
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Georges Politzer e a psicologia : antecedentes do programa para uma psicologia concreta / Georges Politzer and the psychology: antecedents of the programme to a concret psychology

Rosim, Alexis Daniel 28 August 2006 (has links)
Orientador: Osmyr Faria Gabbi Junior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-07T15:48:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rosim_AlexisDaniel_M.pdf: 446545 bytes, checksum: 8d940c6fa440664cbd1cc606229b1793 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Na presente dissertação procuramos reconstituir os antecedentes teóricos da Critique des fondements de la psychologie, de Georges Politzer, a partir de sua adesão à filosofia kantiana, registrada em seu artigo ¿Introdução¿ como adesão a uma epistemologia de cunho radicalmente não realista. Por outro lado, procuramos mostrar como, partindo da estrutura epistemológica em questão, seu programa para uma psicologia concreta deveu completar-se no anonimato de um antihumanismo teórico. Em outras palavras, a crítica de Politzer à ¿psicologia clássica¿ não se limitaria a refutar pressupostos empiristas como o paralelismo psicofisiológico ou a noção de imagem mental, mas trazia consigo a negação de toda ¿filosofia da consciência¿. De fato, a Critique... sobreviveu na geração do pós-guerra ao destino de seu autor, mas ao preço desta ter ignorado o alcance de seu fundamento crítico. Entendemos que, se a Critique... não consagrava o advento de uma psicologia, finalmente, concreta, não se tratara de uma falta de alcance teórico de seu autor ou de uma conversão ideológica ao stalinismo, em detrimento de sua investigação sobre a psicologia, mas, ao contrário, de certa maneira, antecipava a crítica de Michel Foucault ao ¿sonho antropológico¿ implicado nos projetos fenomenológico e existencialista de reforma da psicologia. Neste sentido, a gravidade de seu manifesto não teria sido completamente decifrada por seus contemporâneos e pela geração que se seguiu: ¿a dissolução do mito da dupla natureza humana¿, anunciada no começo da Critique..., encontrava seu verdadeiro desfecho pela recusa a toda temática em torno do ¿homem¿ tout court, como objeto de uma metapsicologia, de uma redução fenomenológica, de uma análise existencial, etc. Cada um desses discursos tomaria para si a mesma estatua herdada do empirismo, procurando reanimar a Idéia ¿clássica¿, agora, rebaixada e recortada, por uma duplicação empírico-transcendental, à altura da nova figura do homo psichologicus / Abstract: In this dissertation one searches to reconstruct the theoretical antecedents of the Critique des fondements de la psychologie, by Georges Politzer, from its adhesion to the Kantian philosophy, registered in his article ¿Introduction¿ as adhesion to an epistemology of essence radically non-realistic. On the other hand, one searches to show how, departing from this epistemological structure, its program towards a concrete psychology should be complemented in the anonymity of a theoretical anti-humanism. In others words, Politzer's critic to ¿classical psychology¿ wouldn¿t be limited to refusing empirical presuppositions as the parallelism psycho-physiologic or the notion of mental image, but would bring in itself the denial of ¿conscience philosophy¿ in a hole. As a fact, the Critique... survived, in the post-War Generation, to the destiny of its own author, but under the price of ignoring the reach of its critical fundament. One understands that if the Critique... didn¿t materialize the rise of a psychology, finally, concrete, it didn¿t occur due to a lack of theoretical reach of its author or a ideological conversion to Stalinism, in detriment of his investigation over psychology. On the contrary, in a certain way, it anticipated Michel Foucault¿s critic to the ¿anthropological dream¿ implicated in the phenomenological and existentialist projects of reformation of psychology. In this sense, the gravity of its manifest wouldn¿t have been completely deciphered by his contemporary and the following generation: ¿the dissolution of the myth of the double human nature¿ announced at the beginning of the Critique..., found its real end in the denial of all the thematic surrounding the ¿man¿ tout court, as the object of a metapsychology, of a phenomenological reduction, of a existential analysis, etc. Each and all of these speeches would take for itself the statue inherited of empirism, looking for reliving the ¿classical¿ Idea, now lowered and cut out by a duplication empirical-transcendental, of the stature of the new character of homo psichologicus / Mestrado / Mestre em Filosofia
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A leitura filosófica dos clássicos: Vico, a filosofia moderna e a instauração da filosofia da arte

Lizardo, Janaína Balbino 19 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This dissertation is the result of research work linked to the Graduate Program in Modern and Contemporary Philosophy of the Federal University of Uberlandia, the work is embodied in the Research Line "Social and Political Philosophy." The theme of the research was to investigate the concept of wisdom in poetic magnum opus of Giambattista Vico (1668-1744). The problem formulation of the research allowed a brief investigation of the philosophical context in which the works of Vico caught the debate on the formation of civil society, but especially the man who is. The Neapolitan philosopher runs through the history of philosophy and aims to discover the true wisdom of the ancients from its method elucidated here. This research topic is covered in the second chapter, which discusses Vico's arguments about the wisdom of men in dark times and fabulous. The third chapter presents the method of philosophical-philological of Vico, that based upon the concept of poetic wisdom examines the wisdom of Homer, or the discovery of the true Homer. In short, the dissertation allows further discussion of the philosophical assumptions of the history of nations that can be known with the approach of fables, which were responsible for the preservation of the first human ideas born in the world of gentility. / Esta dissertação é o resultado do trabalho de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia Moderna e Contemporânea da Universidade Federal de Uberlândia; o trabalho está inscrito na Linha de Pesquisa Filosofia Social e Política . O tema da pesquisa foi a investigação do conceito de sabedoria poética na obra magna de Giambattista Vico (1668-1744). A formulação do problema da pesquisa permitiu uma breve investigação sobre o contexto filosófico com o qual as obras de Vico travaram o debate relativo à formação da sociedade civil, mas, sobretudo do homem que a constitui. O filósofo napolitano percorre a história da filosofia e se propõe a descobrir a verdadeira sabedoria dos antigos a partir do seu método aqui elucidado. Este tópico da pesquisa é contemplado no segundo capítulo, onde se discute os argumentos de Vico a respeito da sabedoria humana nos tempos obscuros e fabulosos. O terceiro capítulo apresenta a aplicação do método de investigação filosófica-filológica de Vico, que embasado no conceito de sabedoria poética analisa a sabedoria de Homero, ou, a descoberta do verdadeiro Homero. Em suma, a dissertação permite o aprofundamento da discussão dos pressupostos filosóficos da História das Nações que podem ser conhecidos com a abordagem das fábulas, que foram responsáveis pela preservação das primeiras idéias humanas nascidas no mundo da gentilidade. / Mestre em Filosofia
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A crítica literária de Friedrich Schlegel / Friedrich Schlegels Literary Criticism

Medeiros, Constantino Luz de 19 January 2015 (has links)
A presente tese investiga e discute o conceito de crítica literária de Friedrich Schlegel, com o intuito de esclarecer como o crítico, filósofo e filólogo alemão contribuiu para a alteração nos estudos de literatura de sua época ao postular a necessidade de aproximação entre a análise estética e histórica do fenômeno literário, antecipando muitos problemas da crítica contemporânea. Ao utilizar os paradigmas da filosofia da história e da estética para o entendimento dos diversos períodos ou épocas da literatura, e ao reconhecer e aplicar a perspectiva histórica como categoria crítica, Schlegel colaborou para o aparecimento de uma nova era da crítica literária. O contato com a herança do Iluminismo, e com os escritos de Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schiller, Immanuel Kant, Johann Gottfried Herder, Johann Joachim Winckelmann e Johann Wolfgang Goethe, entre outros, influenciou o crítico a desenvolver um novo modus de crítica literária, que levaria em consideração a atividade reflexionante e criativa do espírito crítico. A atividade de Schlegel enquanto crítico e historiador da literatura se caracteriza pela busca constante de aperfeiçoamento infinito, ou utilizando uma de suas expressões favoritas como uma ânsia de infinito [Sehnsuch nach dem Unendlichen], isto é, o ímpeto pela complementação [Diaskeuase] da obra literária através da reflexão crítica e filosófica. As contribuições de Friedrich Schlegel para a alteração do modo como a literatura deve ser compreendida, assim como seu esforço em estabelecer princípios universais para a crítica literária colocam seu nome entre os precursores da crítica literária moderna. / The present thesis investigates and discusses Friedrich Schlegels concept of literary criticism in order to demonstrate how the German critic, philosopher and philologist contributed to a change in the studies of literature of his age and anticipated many problems of contemporary criticism by postulating the necessity of an approximation between the aesthetic and the historical visions of the literary phenomena. Schlegels contribution to the emergence of a new era of literary criticism lies in his usage of both paradigms of the philosophy of history as well as aesthetics for the understanding of different periods of literature and in his recognition and application of history as a critical category. Schlegels contact with the heritage of the Enlightenment, as well as with the writings of Johann Gottlieb Fichte, Friedrich Schiller, Immanuel Kant, Johann Gottfried Herder, Johann Joachim Winckelmann and Johann Wolfgang Goethe, among others, influenced the critic to develop a new modus of literary criticism that takes into consideration both the reflexive and the creative activity of the critical spirit. Inserted in this new scientific paradigm, Schlegels activity as a critic and historian of literature is characterized by his constant search for the infinite perfectibility, or to use one of his favorite expressions a longing for the infinite [Sehnsuch nach dem Unendlichen], and is thus the impetus for the complementation [Diaskeuase] of the literary opus with the philosophical reflection. Friedrich Schlegels contributions to the alterations into the way in which literature is to be understood, as well as his effort to establish universal principles for literary criticism places his name in the ranks of the forerunners of modern literary criticism.
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A vertente Vico

Gonçalves, Celso Eduardo Mendes 03 November 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:26:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Celso Eduardo Mendes Goncalves.pdf: 957593 bytes, checksum: 973de7ebdbbc335ade8fd22c7a387418 (MD5) Previous issue date: 2011-11-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Vico s Scienza nuova introduces a proposal to science the Vico Variable which is clearly different from the prevailing variable, that of Modern Science as we understand it today, based on Newton s Mechanicism and in Descartes Rationalism, anchored in the Enlightenment of the 18th century and established, once and for all, in Comte s Positivism. In Vico, metaphysics no longer busies itself with the contemplation of and speculation about God, to bring its focus down to earth and seek, in History, that which had, until then, sought in the Divine Mind. To him, the knowledge of human affairs is that which can answer the question characteristic of all times concerning what Man is. The civil world of the Scienza nuova develops in the metaphysical realm, to whose study the new art of criticism is developed: a synergy between philosophical criticism and philological investigation, leading to Vico s hermeneutics, which takes advantage both of Reason and of the faculties of the spirit. In this hermeneutics, microcosm and macrocosm, man and society, particular and universal, are synthesized in constant analogies; the theory of the verum ipso factum is originally applied and the common sense of humanity becomes the supreme objective principle of historic evolution (a manifestation of Divine Providence) and as a subjective ground of a historic understanding. So as to situate nations in the development of the eternal ideal history , to evaluate its degrees of civility and the risks it is subject to, the Scienza nuova proposes, also, a diagnostic art, from which one may criticize the way which knowledge (Science and Education) is considered by the moderns in this time. Such criticism is not restricted to observations and considerations, but it sets the groundwork for an action it is, therefore, a Political Science through the proposal of a focus that is able to overcome the empire of the Mathesis Universalis, and thus, to contemplate, equally, the possibility of knowledge of the Ethical, Political and Human universes, interacting in a selfsame science. The Vico Variable is not only a way that has been forsaken on the road of the development of science; something which might have been. It is a philosophical orientation which privileges the practical life, the understanding of human behavior and civil life, which can be extended to thinkers who came after Vico, whose ideas allow the identification with outstanding aspects of his thought; a philosophical orientation which, identified with the emphasis Pico della Mirandola gave upon the Dignity of Man, can represent the emancipation of humanity / A Scienza nuova de Vico apresenta uma proposta para a ciência a Vertente Vico que é notadamente diversa da vertente prevalente, ou da ciência moderna como a entendemos hoje, baseada no mecanicismo de Newton e no racionalismo de Descartes, firmada no iluminismo do século XVIII e sacramentada no positivismo de Comte. Em Vico, a metafísica deixa de ocupar-se com a contemplação e especulação sobre Deus para trazer seu foco para a terra e buscar na história aquilo que buscava até então na mente divina. O conhecimento das coisas humanas é que pode responder à questão característica de todas as épocas sobre o que é o homem. O mundo civil da Scienza nuova, desenvolve-se no âmbito metafísico, para cujo estudo é desenvolvida a nova arte crítica: uma sinergia entre a crítica filosófica e a investigação filológica, constituindo-se na hermenêutica viquiana, que se vale tanto da razão, como, igualmente, das faculdades do espírito. Nessa hermenêutica, microcosmo e macrocosmo, homem e sociedade, particular e universal, são sintetizados em analogias constantes; a teoria do verum ipsum factum é originalmente aplicada e o senso comum da humanidade é alçado como princípio objetivo da evolução histórica (manifestação da providência divina) e como fundação subjetiva de uma compreensão histórica. Para situar as nações no desenvolvimento da historia ideal eterna , avaliar seus graus de civilidade e os riscos a que estão submetidas, a Scienza nuova propõe, também, uma arte diagnóstica, a partir da qual são empreendidas críticas à maneira como o conhecimento (ciência e a educação) é considerado pelos modernos de sua época. Tais críticas não se detém em observações e considerações, mas lançam as bases de uma ação numa ciência também política, portanto através da proposta de um enfoque que supere o império da Mathesis Universalis para contemplar, igualmente, a possibilidade de conhecimento dos universos ético, político e humano, interagindo numa mesma ciência. A Vertente Vico não é apenas uma via preterida no caminho do desenvolvimento da ciência; algo que poderia ter sido. Mas é uma orientação filosófica que privilegia a vida prática, a compreensão do comportamento humano e o viver civil, que pode ser estendida até pensadores posteriores a Vico, cujas ideias permitem a identificação com aspectos destacados do pensamento viquiano; uma orientação filosófica que, identificada com a ênfase de Pico dela Miràndola sobre a dignidade do homem, pode representar a emancipação da humanidade

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