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Estruturas secretoras florais e coleteres foliares em especies de cerrado de Aspidosperma Mart. e Blepharodon Decne. (Apocynaceae s.l.)Demarco, Diego 21 February 2005 (has links)
Orientadores: Marilia de Moraes Castro, Luiza Sumiko Kinoshita / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T03:47:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: De acordo com o conceito vigente, Apocynaceae s.l. é composta por cinco subfamílias. No presente trabalho, foram estudadas duas espécies de Aspidosperma e uma de Blepharodon, que integram, respectivamente, as subfamílias mais basal e mais derivada. As espécies foram anatomicamente investigadas quanto à ocorrência e caracterização de coléteres em órgãos vegetativos e florais, e com relação à estrutura floral, com ênfase nas estruturas secretoras. A ausência de coléteres em órgãos vegetativos e flores de A. australe Müll. Arg. e A. tomentosum Mart. comprovou que esta estrutura não é universal na família. Coléteres foliares e florais foram encontrados em B. bicuspidatum Fourn. Eles variam em número e são polimórficos. Todos os tipos descritos são inéditos para a família. Os foliares ocupam posição interpeciolar e peciolar, têm origens distintas e desenvolvimento assincrônico, são caducos e a fase secretora varia sazonalmente; os florais são alternos às sépalas, formam-se no início do desenvolvimento floral, são persistentes e secretam até a flor estar em pós-antese. A secreção dos coléteres é heterogênea e produzida em uma única fase. Nos foliares, ela é constituída por mucilagem e compostos fenólicos, enquanto nos calicinais é composta por mucilagem, ácidos graxos e compostos fenólicos. Além de proteger os meristemas vegetativos e florais contra o dessecamento, os coléteres têm função de defesa contra fitófagos nos ramos vegetativos e contra fungos nas flores. Apenas duas estruturas secretoras foram encontradas na flor de A. australe: a epiderme da cabeça dos estiletes e os laticíferos, além de tricomas corolinos com estrutura intermediária entre secretores e tectores e um possível obturador placentário. A cabeça dos estiletes é do tipo mais simples presente na família e os laticíferos são articulados anastomosados. Embora as flores possuam aroma, os osmóforos não foram localizados; tecido nectarífero também não foi encontrado. Em B. bicuspidatum, há seis sítios secretores nas flores: a epiderme da ala da antera, a epiderme da cabeça dos estiletes, a epiderme da câmara estigmática, a epiderme da corona estaminal, os coléteres e os laticíferos articulados anastomosados. Com exceção da epiderme da ala da antera, as demais estruturas permanecem secretando até a antese floral. A estrutura floral de A. australe e de B. bicuspidatum é bastante distinta, mas algumas estruturas secretoras de ocorrência universal na família evidenciam a relação das duas espécies, como a epiderme da cabeça dos estiletes e o mesmo tipo de laticífero. A restrita variedade de estruturas secretoras florais de A. australe corrobora a posição basal do gênero na subfamília e na tribo; a grande diversidade de glândulas florais de B. bicuspidatum e sua complexa estrutura floral confirmam sua posição derivada na família e na subfamília / Abstract: The current consensus amongst scientists is that the Apocynaceae s.l. is subdivided into five subfamilies. This paper presents a study of two Aspidosperma species and one Blepharodon species. The Aspidosperma and the Blepharodon belong to the most basal and the most derivative subfamilies respectively. An anatomical study of the species was carried out in order to look into the characterization and occurrence of colleters in vegetative and floral organs. Also, the same study was made in relation to the floral structure, focusing on the secretory structures. The absence of colleters in vegetative organs and flowers of the A. australe Müll. Arg. and the A. tomentosum Mart. proved that this structure is not universal in the
family. Foliar and floral colleters were found in the B. bicuspidatum Fourn. They are polymorphic and they vary in number. The described colleters are new in the family. The foliar colleters occupy an interpetiolar position, and they have distinct origins and asynchronous developments. Also, they are deciduous and the secretory phase varies seasonally. The floral colleters alternate with the sepals. They are formed at the beginning of the floral development. They are persistent and they secrete until the flower is in postanthesis. The secretion of the colleters is heterogeneous and it is produced in a single phase. In the foliar colleters, it is made up of the mucilage and the phenolic compounds. But in the calycine, it is composed of the mucilage, fatty acids and phenolic compounds. Besides protecting the vegetative and floral meristems from desiccation, the colleters also protect against phytophagous insects in vegetative branches and against fungi in flowers. Only two secretory structures were found in the A. australe flower: the stylehead epidermis and the laticifers, besides the corolline trichomes with an intermediate structure between glands and tector trichomes, and possibly an obturator from the placenta. The style-head is one of the simplest structures in the family, and the laticifers are unbranched articulated. Although the flowers have an scent, the osmophores were not found, nor was the nectariferous tissue. In the B. bicuspidatum, there are six glands in the flowers: the anther wing epidermis, the style-head epidermis, the stigmatic chamber epidermis, the staminal corona epidermis, the colleters, and the unbranched articulated laticifers. Except for the anther wing epidermis, the other structures continue secreting until the floral anthesis.
The floral structure of the A. australe and the B. bicuspidatum is very distinct, but some secretory structures that are universal (in the family) show the relationship between the two species, such as the style-head epidermis and the same type of laticifer. The restricted variety of floral secretory structures of the A. autrale confirm the basal position of the genera in the subfamily and in the tribe, a wide variety of floral glands of the B. bicuspidatum and its complex floral structure confirm its derivative position in the family and subfamily / Mestrado / Biologia Vegetal / Mestre em Biologia Vegetal
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Química das recompensas florais de Krameriaceae e e Malpighiaceae do cerrado / Floral rewards chemistry of Krameriaceae and Malphighiaceae of Brazilian SavannahHaleem, Muhammad Abdul, 1981- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Anita Jocelyne Marsaioli / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química / Made available in DSpace on 2018-08-21T16:16:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O papel dos óleos florais na atração dos polinizadores (abelhas solitárias) é recorrente em várias famílias de angiospermas. Neste estudo foram analisados (CG-EM/IE, ESI-EM, e RMN de 1D de 2D) óleos florais de Malpighiaceae de 33 espécies simpátricas do cerrado pertencentes aos gêneros Banisteriopsis, Byrsonima, Camerea, Heteropterys, Peixotoa, Pterandra, e Tetrapterys e de 48 Krameriaceae. As análises revelaram a presença de ácidos graxos substituídos com cadeias de 18 a 24 átomos de carbono e com dois substituintes, 3,7-diacetoxi, ou 3-hidroxi-7-acetoxi, ou 3,9-diacetoxi, ou 5,7-diacetoxi ou 5,9-diacetoxi. Os ácidos graxos substituídos em 3 e 7 ocorrem predominantemente nos óleos florais de Byrsonima, Heteropterys, Peixotoa reticulate. Os ácidos graxos com dois grupos acetoxi nos carbonos 3 e 9 ocorrem nos óleos florais de Banisteriopsis. Os óleos florais de Peixotoa goina e Tetraptenys jussieuniana são compostos por uma mistura de acilglicerois. A composição química do óleo floral de Pterandra pyroidea é bastante simples e constituída de 4 ácidos graxos sendo que 2 destes apresentaram substituintes nas posições 5 e 7 distinguindo-se dos óleos florais das outras Malpighiaceae. O ácido anti-5,7-diacetoxidocosanóico e o constituinte majoritário deste óleo e sua estrutura foi confirmada por síntese, e caracterizado por espectrometria de massas, RMN de H e C, e finalmente denominado de ácido Pterandrico. Os óleos florais de Krameriaceae possuem também ácido de 18 a 24 átomos de carbono com somente um substituinte acetoxi (-OAc) ou hidroxi (-OH) na posição b. O segundo capítulo da tese se propôs a desvendar a relação entre as recompensas florais (néctar e pólen) do manjericão (Ocimum basilicum) e a provisões encontradas no ninho da abelha solitária Tetrapedia diversipes. Nossas análises revelaram a presença de carboidratos e proteínas nas provisões do ninho de T. diversipes e no pólen de manjericão (O. basilicum). Identificação e caracterização dos constituintes do pólen de Ocimum basilicum e das provisões do ninho de T. diversipes confirmou a presença de glicose, galactose, manose e xilose em ambos. Análises por CG-EM revelaram que galactose e glicose são os constituintes majoritários enquanto que xilose e manose são carboidratos minoritários no pólen e nas provisões do ninho. As semelhanças dos perfis dos carboidratos do pólen de O. basilicum e das provisões dos ninhos de T. diversipes selam a correlação entre esta planta e seu polinizador / Abstract: The role of elaiophores secretion (floral oils) to pollinator attraction (solitary bees) has been established in several angiosperm families. The current study deals with chemical analyses (GC-MS/EI, ESI-MS, and 1D and 2D H and C NMR ¿(HSQC and HMBC) of Malpighiaceae floral oils in 33 sympatric species belonging to Banisteriopsis, Byrsonima, Camerea, Heteropterys, Peixotoa, Pterandra, and Tetrapterys genera and 48 samples of Krameriaceae floral oils. The floral oils spectroscopic data revealed the presence of substituted fatty acids possessing 18 to 24 carbon atoms with two substituents either as 3,7-diacetoxy, or 3-hydroxy-7-acetoxy, or 3,9-diacetoxy, or 5,7-diacetoxy or 5,9-diacetoxy. The 3,7-disubstituted fatty acids are predominant in Byrsonima, Heteropterys, Peixotoa reticulate floral oils, 3,9-diacetoxy disubstituted fatty acids in Banisteriopsis floral oils. While, Peixotoa goina and Tetraptenys jussieuniana elaiophores secretion contain a mixture of acylglycerols. The Pterandra pyroidea floral oil chemical composition is simple, with a few fatty acid constituents possessing acetoxy groups at positions 5 and 7 which is distinct from the rest of floral oil of sympatric Malpighiaceae species. The structure of the major floral oil constituent is a novel fatty acid, anti-5,7-diacetoxydocosanoic acid which was confirmed by synthesis, mass fragmentation, H and C NMR analyses, herein named Pterandric acid. Similarly, Krameriaceae floral oils also contains long chain fatty acids with only one subtituent either acetoxy (-OAc) or hydroxy (-OH) at b position, with 18 to 24 carbon atoms. The second part of thesis deals with the correlation between floral rewards (pollen, nectar) of sweet basil (Ocimum basilicum) and the Tetrapedia diversipes (solitary oil collecting bee) larval nest provisions. Our analyses reveal the presence of carbohydrates and protein in T. diversipes nest provision as well as in the O. basilicum pollen and nectar. Identification and characterization of carbohydrates constituents in the O. basilicum pollen and T. diversipes nest confirmed the presence of glucose, galactose, mannose and xylose in both. Furthermore, mass spectrometric analyses indicated that galactose and glucose are major constituents, while xylose and mannose are minor carbohydrates components present in the O. basilicum pollen and T. diversipes nest provision. The similarity of O.basilicum pollen and T. diversipes nest provision carbonhydrate profiles suggest a plant pollinator correlation / Doutorado / Quimica Organica / Doutor em Ciências
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Idosos e Florais de Bach: em busca do restabelecimento da auto-estima / Elderly and Bach Flowers Remedies: in search of restoring self-esteemCozin, Sheila Katia 30 September 2009 (has links)
A preocupação em compreender o indivíduo de forma holística está gradativamente aumentando na área da saúde. Neste cenário os Florais de Bach consolidam-se, buscando suprir as necessidades emocionais dos indivíduos, incluindo a auto-estima, degradada em muitos idosos pela falta de auto-confiança e auto-respeito que vivenciam. Acreditando que as essências florais são capazes de estimular comportamentos e atitudes positivas e aumentar a percepção e compreensão dos sentimentos, optou-se por avaliar a efetividade dos Florais de Bach na melhora da auto-estima de idosos. Desenvolveu-se um estudo experimental, tipo ensaio clínico, triplo-cego, com idosos atendidos em dois ambulatórios de geriatria de São Paulo. Para avaliação da auto-estima utilizou-se o instrumento de Dela Coleta e para caracterização dos idosos uma anamnese de dados sócio-culturais-demográficos. De Abril/2008 a Julho/2009 abordou-se para avaliação da auto-estima 665 idosos. Desses, 15,9% (106) apresentou escore de auto-estima referente à baixa/média auto-estima, porém somente 80 preencheram também os outros critérios de inclusão do estudo. Ao fim, com as desistências, obteve-se 67 idosos, 35 alocados no Grupo Experimental e 32 no Grupo Placebo. Estes idosos participaram de três atendimentos em Terapia Floral, um a cada 45 dias nos quais se avaliou a auto-estima e se registrou os relatos de evolução dos problemas e sentimentos relacionados à auto-estima. Em todos os atendimentos os idosos escolheram seis Florais de Bach através da técnica de escolha das fotos das flores correspondentes. A cada idoso forneceu-se dois frascos com solução base, sendo que aos do Grupo Experimental acrescentou-se as essência florais escolhidas. Somente no último atendimento os idosos souberam dos significados das flores escolhidas durante o estudo, e todos os participantes receberam mais dois frascos, agora com os Florais escolhidos, permitindo o contato de todos os participantes ao tratamento. Para a verificação estatística da efetividade dos Florais sobre a auto-estima realizou-se o Teste de Tukey-HSD, observando-se que não houve diferença estatística entre os Grupos Experimental e Placebo. Houve melhora da auto-estima em ambos os grupos de estudo, porém no Grupo Experimental observou-se tendência progressiva de melhora enquanto que no Grupo Controle a auto-estima sofreu melhora imediata e manteve-se inalterada. Acredita-se que o relacionamento terapêutico estabelecido durante os atendimentos foi capaz de melhorar a auto-estima dos idosos do Grupo Placebo, porém somente os Florais forneceram subsídios ao individuo trabalhar sua auto-estima efetivamente. Reforçando isto, somente no Grupo Experimental observou-se evolução positiva do bem-estar geral relatado pelos idosos. Sugere-se que o tempo de exposição ao tratamento foi muito curto para observação da uma melhora maior no Grupo Experimental e o instrumento utilizado não foi o mais adequado para esta população, visto que não abrangia questões especificas da auto-estima em idosos. Percebeu-se que a Flor de Bach mais relevante foi a Red Chestnut, a única Flor que nos três atendimentos esteve entre as preferidas dos idosos de ambos os grupos. Esta flor evidencia duas das principais queixas dos idosos: o excesso de preocupação, principalmente com os filhos, netos e com a condição financeira / The concern in understanding the individual in a holistic way is gradually increasing in the health field. In this scenario, the Bach Flower Remedies consolidate in an attempt to supply the emotional needs of individuals, including the self-esteem, degraded in many older people due to the lack of self-confidence and self-respect that they experience. Believing that flower essences are able to stimulate positive behaviors and attitudes and increase awareness and comprehension of feelings, we decided to evaluate the effectiveness of the Bach Flower Remedies in the improvement of the self-esteem of older people. We developed an experimental study, clinical trial, triple-blind, elderly assisted by two geriatric clinics in Sao Paulo. To assess self-esteem it was used the instrument of Dela Coleta and the characterization of an old history of socio-cultural and demographic. From April/2008 to July/2009 addressed to assessing self-esteem 665 people. Of these, 15.9% (106) had scores of self-esteem on the low / medium self-esteem, but only 80 also met the other criteria for inclusion in the study. The end, with the dropouts, we got 67 seniors, 35 allocated in the experimental group and 32 in the placebo group. These seniors participated in three appointments to Flower Therapy, one every 45 days during which we evaluated the self-esteem and registered reports of developments on issues related to feelings and self-esteem. At every appointment the elderly chose six Bach Flowers using the technique of choice of photos matching flowers. For every elderly were provided two bottles of base solution, and to the experimental group was added to the flower essence chosen. Only at the last treatment, the elderly had known the meaning of the flowers chosen for the study and all participants received two more bottles, now with the flowers chosen, allowing contact of all participants to treatment. For statistical verification of the effectiveness of Flowers on self-esteem was held to the Tukey-HSD, resulting in that there was no statistical difference between the Experimental and Placebo Groups. There was improvement in self-esteem in both study groups, but in the experimental group there was a trend of gradual improvement while in the placebo group self-esteem has improved immediately and remained unchanged. It is believed that the therapeutic relationship established during the sessions was able to improve self-esteem of older people in the placebo group, but only Bach flowers provided subsidies to improve individuals self-esteem effectively. Reinforcing this, only in the experimental group it showed positive development of well-being reported by the elderly. It is suggested that the exposure time to treatment was too short for the observation of a greater improvement in the experimental group and the instrument used was not the most appropriate for this population, as they did not cover specific issues of self-esteem in the elderly. It was noticed that the more relevant Bach flower was Red Chestnut, the only one that in all appointments was among the favorite flowers of the elderly in both groups. This flower shows the principal complaints of the elderly: over-concern, especially with the children, grandchildren and the financial condition
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Estimativa de parâmetros genéticos e predição dos valores genotípicos em heliconia spp. via modelos mistos / Genetic parameters estimation and genotypic values prediction of heliconia spp. by mixed modelsLEITE, Kessyana Pereira 17 February 2012 (has links)
Submitted by (ana.araujo@ufrpe.br) on 2017-02-17T16:52:02Z
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Previous issue date: 2012-02-17 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Flower stem production were collected, in Germplasm Heliconia Collection of the University Federal Rural of Pernambuco (UFRPE), from December 2003 to May 2006, to estimate the genetic parameters and predicts genotypic values of Heliconia genotypes, using mixed models (REML/BLUP). The flower stem production were evaluated in: H. psittacorum L.f. x H. spathocircinata Aristeguieta ‘Golden Torch’ (GT) and ‘Golden Torch Adrian’ (GTA), Heliconia psittacorum L.f. ‘Suriname Sassy’ (SS), ‘Red Opal’ (RO), ‘Red Gold’ (RG), Heliconia x nickeriensis Maas e de Rooij (NCK), H. latispatha Bentham cv. Yellow Gyro (YG), H. rauliniana Barreiros (RB), H. rostrata Ruiz e Pavón (RRP), H. wagneriana Petersen (WP), H. bihai (L.) L. cv. Lobster Claw (LC). Statistical analysis was performed using the SELEGEN (55 model), to the genotype evaluation in completely randomize block with temporal stability and adaptability, in only one place and many harvest. In selecting genotypes for production and flower stalks per quarter, stood out GT, SS and RO genotypes. The quarters in which the genotypes were more productive were 6 (March to May 2005-18 MAP) and 9 (December to February 2006-27 MAP). Genotypes more stable were WP and WG. The genotypes better adapted were: GT, YG, GTA and SS. In a joint selection for flower stem production, stability and adaptability better performance were: GT, RO and GTA. The mean and variance components estimative, considering all genotypes in all quarters, were obtained. The variances have indicated strong influence of genotype x quarter in the phenotypic value. The ranking of genotypes was variable over the quarters due to genetic correlations considered average (43.52%). Regarding the genetic gains over general average in the combined analysis of the quarters, the genotypes GT, SS, RO and GTA were the best. Five quarters were required to evaluate the genetic potential, maintaining the heritability average of more than 70% with selective accuracy of 85%.This study identified the production of each genotype for each quarters, allowing better planning of marketing and chain supply. Furthermore, those results could guide other studies involving crosses to obtain new genotypes with superior characteristics, or even the other heliconia genotypes evaluation under different conditions, allowing the characterization of a large number of species. / Dados coletados entre dezembro de 2004 e maio de 2006 (30 meses após o plantio – MAP), na Coleção de Germoplasma de Helicônias da Universidade Federal Rural de Pernambuco (CGH/UFRPE), foram utilizados para estimar parâmetros genéticos e predizer valores genotípicos para produção de hastes florais, com auxílio do procedimento de modelos mistos (REML/BLUP). Os genótipos utilizados na análise foram: H. psittacorum L.f. x H. spathocircinata Aristeguieta cv. Golden Torch (GT) e cv. Golden Torch Adrian (GTA), Heliconia psittacorum L.f. cv. Suriname Sassy (SS), cv. Red Opal (RO) e cv. Red Gold (RG), Heliconia x nickeriensis Maas e de Rooij (NCK), H. latispatha Bentham cv. Yellow Gyro (YG), H. rauliniana Barreiros (RB), H. rostrata Ruiz e Pavón (RRP), H. wagneriana Petersen (WP), H. bihai (L.) L. cv. Lobster Claw (LC). O software SELEGEN foi utilizado para realização das análises estatísticas, aplicando-se aos dados o modelo 55, que se refere à avaliação de genótipos no delineamento em blocos completos com estabilidade e adaptabilidade temporal em um só local e em vários trimestres. Na seleção de genótipos para produção e hastes florais por trimestre, destacaram-se GT, SS e RO. Os trimestres em que os genótipos foram mais produtivos foram 6 (março a maio de 2005 – 18 MAP) e 9 (dezembro a fevereiro de 2006 – 27 MAP). Os genótipos mais estáveis foram: WP e GT. Os genótipos mais adaptados foram: GT, YG, GTA e SS. Na seleção conjunta para produção de hastes florais, estabilidade e adaptabilidade os genótipos que apresentaram melhor desempenho foram: GT, RO e GTA. Foram obtidas estimativas dos componentes de média e variância considerando-se todos os genótipos em todos os trimestres. As variâncias encontradas indicam grande influência da interação genótipos x avaliações no valor fenotípico. O ordenamento dos genótipos foi variável ao longo dos trimestres, devido à correlação genotípica considerada média (43,52%). Em relação aos ganhos genéticos superiores a média geral na análise conjunta dos trimestres, destacaram-se os genótipos GT, SS, RO e GTA. Cinco trimestres são necessários para melhor avaliação do potencial genético, mantendo-se a herdabilidade média superior a 70% com acurácia seletiva de 85%. O coeficiente de determinação foi de 79% e a eficiência da realização de cinco avaliações em comparação com a situação em que se usa apenas uma foi de 1,36. Este estudo permitiu identificar a produção de cada genótipo para cada trimestre do ano, o que possibilita melhor planejamento da comercialização e fornecimento para cadeia produtiva. Além disso, os resultados obtidos poderão orientar outros estudos, envolvendo cruzamentos para obtenção de novos genótipos com características superiores, ou até mesmo a avaliação de genótipos de helicônias em condições diferentes, permitindo a caracterização de um maior número de espécies.
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Abelhas visitantes florais de Vernonia polyanthes Less (Asteraceae), em Valen?a-RJ / Floral visitor bees of Vernonia polyanthes Less (Asteraceae) in Valen?a-RJALVES, Luis Henrique Soares 26 February 2010 (has links)
Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-04-10T18:35:49Z
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Previous issue date: 2010-02-26 / CAPES / Vernonia polyanthes Less. popularly known as ?assa-peixe?, ?assa-peixe branco? or ?cambar??, belongs to the ?Asteraceae? family and it?s very used by the popular medicine on the treatment of coughs, bronchitis, bruises, hemorrhoids, colds and uterine infections. V. polyanthes is very visited by many species of bees, principally by native ones, that look for food resources. Besides the native bees that are responsible for even 90% of pollination of the native vegetables, Apis mellifera looks for food resources in those vegetables too. This specie, was introduced in Brazil during the colonial period. We don?t known yet about the consequences of the introduction of this specie over the native bees communities, once there is little work accomplished with that purpose. This work has an objective of knowing the principal flora visitors of V. polyanthes and the interactions between the bees communities. The work was done in Valen?a municipal district-RJ, in an area with 15 beehives of A. mellifera. Four collections were accomplished with entomological net with 10 minutes of duration in each hour from 08 a.m to 04 p.m, once a week from June to August 2009. It were collected 771 bees from 03 families and 22 species. The more abundant species were A. mellifera, T. spinipes and S. quadripunctata. The social bees represented 98% of the total in relation to lonely ones with only 2%. From the 22 species, A. mellifera and T. spinipes were dominant in the exploration of resources over the other bee species. A great similarity about the exploration of food resources happened between A. mellifera, T. spinipes and S. quadripunctata, possibly for being happening a competition between those species. The low diversity of bees could be influenced by abundant quantity of A.mellifera. This work has found one of the biggest number of melipon?neos species collected in the state of Rio de Janeiro. / Vernonia polyanthes Less. conhecida popularmente por assa-peixe, assa-peixe-branco, cambar?, pertence ? fam?lia Asteraceae e ? muito utilizada pela medicina popular no tratamento de tosses, bronquite, contus?es, hemorr?idas, resfriados e infec??es uterinas. V. polyanthes ? muito visitada por v?rias esp?cies de abelhas, principalmente por abelhas nativas, que buscam recursos alimentares. Al?m das abelhas nativas, que s?o respons?veis por at? 90% da poliniza??o dos vegetais nativos, APIS MELLIFERA BUSCA RECURSOS ALIMENTARES NESSE VEGETAL. Essa esp?cie foi introduzida no Brasil durante o per?odo colonial e ainda n?o se sabe as conseq??ncias da introdu??o dessa esp?cie sobre as comunidades de abelhas nativas, uma vez que s?o poucos os trabalhos realizados com essa finalidade. Esse trabalho possui como objetivo conhecer os principais visitantes florais de V. polyanthes e as intera??es entre as comunidades de abelhas. O trabalho foi realizado no munic?pio de Valen?a-RJ, em uma ?rea com 15 colm?ias de A. mellifera. Foram realizadas quatro coletas com rede entomol?gica com 10 minutos de dura??o em cada hora, das 08 ?s 16 horas uma vez por semana, entre junho e agosto de 2009. Foram coletadas 771 abelhas pertencentes a tr?s fam?lias e 22 esp?cies. As esp?cies mais abundantes foram A. mellifera, T, spinipes e S. quadripunctata. As abelhas sociais representaram 98% do total em rela??o ?s abelhas solit?rias com 2%. Das 22 esp?cies, A. mellifera e T. spinipes foram dominantes na explora??o de recursos sobre as demais esp?cies de abelhas. Ocorreu uma grande similaridade na explora??o de recursos alimentares entre A. mellifera, T. spinipes e S. quadripunctata, possivelmente por estar ocorrendo uma poss?vel competi??o entre essas esp?cies. A baixa diversidade de abelhas pode ter sido influenciada pela abund?ncia de A. mellifera. Esse trabalho encontrou um dos maiores n?meros de esp?cies de melipon?neos coletadas no estado do Rio de Janeiro.
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Terapia floral significado da participação em pesquisa clínica para ansiosos com sobrepeso ou obesidade /Pancieri, Ana Paula January 2018 (has links)
Orientador: Eliana Mara Braga / Abstract: The World Health Organization acknowledges the importance of integrative and complementary health practices and recommends that studies are carried out to advance them, using, for example, randomized clinical trials, powerful tool to evaluate health interventions. Among these practices, floral therapy emerges in the field of vibrational therapies, with simple and natural non-invasive characteristics that heals and harmonizes without side-effects or incompatibility to other treatments. Thus, the objective of this study was to understand the experience of overweight or obese anxious individuals in participating of a clinical research trial that used floral therapy as health intervention. This is a qualitative study linked to the project entitled "Effectiveness of floral therapy on anxiety of overweight or obese adults". Forty-two overweight and obese individuals of both sexes were enrolled in this study between June and November of 2016 for a semi-structured interview after termination of the primary clinical trial conducted in an institute of public health. Data collected from interviews were qualitatively organized and analyzed according to Content Analysis from Bardin, separated in two categories that emerged from participants' speeches: “Meaning of participating in a clinical research trial” and “Perception of the action of the therapy used”. Publications from Edward Bach were used as theoretical basis for this study. Results showed that overweight or obese anxious individu... (Complete abstract click electronic access below) / Resumo: A Organização Mundial da Saúde reconhece a importância das práticas integrativas e complementares em saúde e recomenda que estudos sejam realizados para o avanço deste modo de cuidar, como é o caso do ensaio clínico randomizado, uma poderosa ferramenta para avaliação de intervenções na área da saúde. Dentre as práticas, surge a terapia floral como parte de um campo de terapias vibracionais, de características não invasivas, simples e naturais, que atuam curando e harmonizando sem que haja a possibilidade de efeitos colaterais e incompatibilidade com outros tratamentos. Desta forma, o objetivo desse estudo é compreender a experiência do participante de uma pesquisa clínica, que teve como intervenção a terapia floral, para ansiedade de indivíduos com sobrepeso ou obesidade. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, vinculado ao projeto intitulado “Efetividade da terapia floral na ansiedade de adultos com sobrepeso ou obesidade”. A pesquisa foi realizada em uma Instituição Pública de Saúde com 42 indivíduos de ambos os sexos, no período de junho a novembro de 2016. A coleta de dados foi realizada após o término da participação na pesquisa clínica originária, por meio de uma entrevista semiestruturada. O referencial teórico que alicerça essa pesquisa são as publicações de Edward Bach. Para organização e análise dos dados qualitativos foi adotado como referencial metodológico a Análise de Conteúdo segundo Bardin, resultando em duas categorias que emergiram dos discursos dos ... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Mestre
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Influência da estrutura da paisagem sobre a produção e qualidade de mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida, Apidae: Meliponini) na Caatinga / Influence of landscape structure on production and quality of honey bee Jandaira (Melipona subnitida, Apidae: Meliponini) in the CaatingaFelipe Neto, Carlos Antonio Lira 24 February 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Although the provision of many ecosystem services has proven affected by changes in land cover and land use, the relationship between landscape structure and the production and quality of stingless bee honey has not been studied yet. This work aimed to analyze the influence of landscape structure on the production and quality of honey from the bee Jandaira (Melipona subnitida) in Rio Grande do Norte. To do so, 15 meliponaries were selected in several areas this state, in urban and rural areas and represented by different landscape structures. Land cover was mapped in scales of 300, 1000, 2000 and 3000 meters around each meliponary. Land use was classified based on 6 classes: primary forest, secondary forest, tree crop, diverse land use, water body and urbanized area. Different landscape metrics were then calculated based on these maps, using the programs ArcGIS 10.3 and Fragstats. In each meliponary were randomly selected three colonies of M. subnitida from which a sample of honey was collected. The honey collected was sent to the laboratory for physico-chemical diagnosis (humidity, pH, water activity, reducing sugars, apparent sucrose and acidity) and assessing the sensory properties (color). The condition of the colonies was assessed by measuring the relative volume of brood cells, and honey-pots. Interviews were also performed to the beekeepers to estimate the production of honey and the number of colonies. Honey production and quality and colony condition were then related to the different landscape metrics, using a model selection approach. The results show that the proximity and amount of areas of primary forest have a positive effect on honey quality. Secondary forests had a positive effect on the pH and color of honey and a negative influence over the unused space of the boxes used to rear M. subnitida. The amount of urbanized area around the meliponaries was related negatively with honey humidity and positively with the unused space of the boxes. Hence, our work shows that protect areas of preserved Caatinga and secondary forests are important to build a refuge for pollinators and ensure the current and future provision of ecosystem services / Embora a provisão de diversos serviços ecossistêmicos tenha-se mostrado afetada por mudanças no uso e cobertura da terra, a relação entre a estrutura da paisagem e a produção e qualidade de mel de abelhas sem ferrão ainda não foi estudada. Neste trabalho analisamos a influência da estrutura da paisagem sobre a produção e a qualidade de mel da abelha jandaíra (Melipona subnitida) na Caatinga do Rio Grande do Norte. Para isso, 15 meliponários foram selecionados em diversas áreas do Estado, situados em zonas urbanas e rurais e representados por diferentes estruturas da paisagem. Fizemos mapeamentos do uso e cobertura do solo em escalas de 300, 1000, 2000 e 3000 metros ao redor de cada meliponário. As paisagens foram classificadas com base em 6 variáveis: mata primária, mata secundária, cultura arbórea, uso diverso do solo, corpo d água e área urbanizada. De acordo com esses mapeamentos, calculamos diferentes métricas da paisagem, utilizando os programas ArcGIS 10.3 e Fragstats. Em cada meliponário foram escolhidas aleatoriamente três colônias de M. subnitida. De cada colônia foi retirada uma amostra de mel. O mel coletado foi encaminhado ao laboratório da UFERSA para diagnóstico físico-químico (umidade, pH, atividade de água, açúcares redutores, sacarose aparente e acidez) e sensorial (cor). Das colônias selecionadas também foram realizadas medições (comprimento, altura e largura) dos favos de cria, dos potes de mel e da caixa racional para avaliação da condição da colônia. Fizemos também entrevistas aos meliponicultores sobre a produção de mel e quantidade de colônias no meliponário. Os dados de produção e qualidade de mel, bem como de condição das colônias, foram então relacionados com as diferentes métricas da paisagem, utilizando um procedimento de seleção de modelos. Os resultados mostraram que a proximidade e quantidade de áreas de mata primária tiveram um efeito nos parâmetros de qualidade do mel. A classe da paisagem mata secundária teve efeito positivo no pH e na coloração do mel e negativo no espaço não utilizado das caixas racionais de criação de M. subnitida. Já a quantidade de área urbanizada ao redor dos meliponários relacionou-se de maneira negativa com a umidade do mel e positiva com o espaço não utilizado das caixas racionais. Portanto, proteger as áreas de caatinga preservada e as matas secundárias é a base para alicerçamos o refúgio para os polinizadores e garantir os seus serviços ecossistêmicos para o presente e futuro
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Ecologia e Biologia da Polinização de Aristolochia gigantea (Aristolochiaceae) Mart. e Zucc.Sousa, Juliana Hipólito 25 May 2016 (has links)
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Juliana Hipólito dissertação.pdf: 2372033 bytes, checksum: c04375fe806a41cb5114510712bae578 (MD5) / Capes, Cnpq / A literatura clássica em ecologia da polinização baseia-se em uma visão adaptacionista, na qual os polinizadores teriam características especializadas às flores que visitam e essas aos seus polinizadores, sendo essas “adaptações” chamadas síndromes de polinização, onde a habilidade dos polinizadores em acessar as flores seria o foco central dos estudos (Faegri & van der Pijil 1979). Embora essa visão ainda perdure nos estudos atuais (e.g. Hingston & McQuillan 2000, Pérez et al. 2009), pelo fato das síndromes serem bons guias que provêem uma idéia inicial sobre a ecologia da polinização da planta, elas não devem ser utilizadas exclusivamente para desenhar conclusões sem estudos empíricos. As interações entre plantas e polinizadores são amplamente diversas e complexas para serem resumidas em alguns poucos termos, como características fenotípicas das espécies (Ollerton & Watts 2000).
Mesmo nas espécies que parecem ter adaptações para tipos particulares de polinizadores,
observações detalhadas demonstram a ocorrência de múltiplos visitantes nas flores (Ollerton 1996). Assim, caracteres específicos utilizados para previsão das síndromes, como caracteres florais nem sempre combinam perfeitamente com a morfologia dos polinizadores (Sakai et al. 1999).
Complementarmente, a associação da morfologia floral e função das plantas aos caracteres energéticos, morfológicos e comportamentais dos polinizadores, pode não ter relação direta com a origem de adaptações, pois a polinização pode ser realizada relativamente com sucesso mesmo sem uma relação direta histórica com determinado grupo de polinizador, tratando-se muitas vezes de exaptações ao invés de adaptações senso stricto (Herrera 1996). Exaptações, assim, sugerem características que não foram “desenhadas” para determinada função propriamente, mas que existem por outras razões não relacionadas diretamente com pressões seletivas, sendo cooptadas para um novo uso (Gould & Vrba 1982, Sepúlveda 1 & El-Hani 2008).
Além da atração por recursos oferecidos pelas plantas, a presença de polinizadores e flutuação destes nas comunidades, muitas vezes é influenciada pelo ambiente físico que age como filtro das comunidades (Sargent & Ackerly 2008), através de características abióticas (Andrieu et al. 2009) como por exemplo, características do micro habitat e/ou microclima (Herrera 1995, Torres et al. 2007) ou até mesmo por fatores em maior escala, decorrentes das mudanças climáticas globais (Torres et al. 2007). Além disso, a composição e a interação da fauna visitante também pode ser reflexo do contexto da paisagem na qual a população está inserida (Steffan-Dewenter et al. 2002, Devoto et al. 2005), revelando interações mais ou menos especializadas (Warren et al. 1988, Kearns 1992, Torres et al. 2007).
Assim, mesmo quando muitos caracteres preditos pelas síndromes ocorrem, observam-se variações na fauna visitante, como por exemplo, espécies de plantas com síndrome de polinização noturna sendo mais eficientemente polinizadas por visitantes diurnos (Wolff et al. 2003, Giménez-Benavides et al. 2007), resultado da escassez de polinizadores por pressões ambientais (Wolff et al. 2003).
Estudos têm demonstrado que espécies vegetais restritas a um único polinizador mais são
exceções do que regra (Waser et al. 1996, Wolff et al. 2003, Sakai et al. 1999). Entretanto, apesar da maioria das espécies receber um espectro amplo de visitantes florais, nem todo visitante é um polinizador eficiente para garantir o mesmo sucesso reprodutivo (Lau & Galloway 2004, Carvalho & Machado 2006), consequentemente, para compreender a complexidade das interações entre flores e visitantes é fundamental avaliar a eficiência dos visitantes florais como polinizadores efetivos.
A exploração de recursos florais muitas vezes requer habilidades comportamentais dos polinizadores para detectar sinais e associá-los aos recursos, além de habilidades morfológicas e fisiológicas para explorá-los (Waser et al. 1996), tais aspectos podem influenciar na eficiência do polinizador do ponto de vista da planta relacionado por exemplo, ao tamanho do polinizador (Boggs 1988), do seu aparato bucal (Svensson et al. 1998, Temeles et al. 2000), tempo gasto nas flores (Tepedino 1981, Keys et al.1995, Singh 2008), frequência de visitas (Tepedino 1981, Keys et al.1995), e forrageamento (Carvalho & Oliveira 2003). Essa associação de requerimentos do visitante com a sua capacidade de transporte dos grãos de pólen das plantas podem diferenciar um visitante floral de um polinizador efetivo, ou seja, aquele que realiza visitas legítimas, sem a retirada apenas do recurso, mas contatando as partes reprodutivas da planta possibilitando sua fecundação.
Algumas espécies, realmente parecem ter estratégias especializadas que combinam suas estruturas reprodutivas com a capacidade dos visitantes em adquirir os recursos, restringindo a gama de visitantes que podem obter o recurso, e que podem de fato realizar a polinização, como por exemplo, plantas com anteras poricidas (Laporta 2005), grande parte das orquídeas com suas polínias (Weston et al. 2005), espécies do gênero Ficus e vespas (Chalcidoidea, Agaonidae) (Murray 1985), Yucca sp. (Agavaceae) e as larvas de lepidópteros que se desenvolvem em flores que serão polinizadas pelos adultos (Aker & Udovic 1981, Pellmyr & Huth 1994), e flores com mecanismos de armadilhas (Dafni 1984), dentre muitos outros.
A especialização de uma planta a determinado grupo de polinizador, pode aumentar o seu sucesso reprodutivo, pois normalmente implica em uma menor perda de pólen (Dafni 1984, Wilcock & Neiland 2002). Por outro lado, morfologias florais mais especializadas, estariam mais sujeitas às variações nos “serviços” de polinização (Waser et al. 1996), ou seja, o seu sucesso reprodutivo correria maior risco decorrente da falha do transporte de pólen pela falta de vetores especializados (Wilcock & Neiland 2002).
Variações nos “serviços” de polinização podem estar relacionadas à limitação de polinizadores, pólen e/ou polinização, muitas vezes fruto da pressão antrópica em ambientes
naturais (Aizen & Feinsinger 1994, Kearns et al. 1998). Consequências como a diminuição significativa do número de frutos, podem ser observadas (Berjano et al. 2011), assim como influências na dinâmica populacional e viabilidade, com a limitação do recrutamento (Price et al. 2008).
A limitação dos “serviços” de polinização, também pode ser consequência do isolamento de populações, decorrente de processos como a fragmentação (Kearns et al. 1998), ou de condições abióticas adversas como populações em locais de altitude na paisagem, que impedem o deslocamento de polinizadores (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009). Do ponto de vista do visitante floral, as implicações podem ocorrer em seu comportamento, que normalmente é afetado (Goverde et al. 2002), interferindo nas distâncias de forrageamento e densidades populacionais (Aizen & Feinsinger 1994).
Para as plantas, as taxas de polinização são afetadas (Cunningham 2000), reduzindo a aptidão pelo decréscimo no número de óvulos fertilizados, de sementes maduras e de tubos polínicos (Aizen & Feinsinger 1994), aumentando as taxas de intercruzamento e reduzindo a variabilidade genética (Goverde et al. 2002), podendo levar inclusive a extinção de espécies (Lennartsson 2002).
Sabe-se, entretanto, que as estratégias das plantas não se limitam apenas às interações com seus polinizadores, pois espécies podem se reproduzir sem a presença de vetores, através de estratégias de autofertilização, em que o pólen de uma mesma planta alcança seu estigma viável, ou através da apomixia, em que o fruto é formado sem a fusão de gametas, com o desenvolvimento do óvulo sem a recombinação de material genético. Muitas espécies combinam mecanismos associados à reprodução por vetores e sem eles, sendo as chamadas estratégias mistas de polinização (Kevan 1984, Goodwillie et al. 2005).
Em populações de plantas isoladas, as frequências de polinização devem diminuir tanto pelas distâncias de forrageamento dos polinizadores, quanto pela atração destes que diminui pelas manchas populacionais menores (Kunin 1993, Mustajärvi 2001). Por outro lado, nessas espécies isoladas, com sistemas mistos de polinização, mecanismos de autofertilização são registrados em maior frequência (Eriksen et al. 1993, Arroyo et al. 2006, Pérez et al. 2009).
Normalmente, a polinização cruzada, parece ser favorecida quando há a possibilidade desta ocorrer. Diversos são os exemplos de estudos com espécies economicamente importantes demonstrando um incremento da variabilidade genética pela polinização cruzada que resulta em aumento na produção de frutos e sementes (estudos citados em Free 1993, Maccagnani et al. 2003, Almeida et al. 2000) e/ou no maior vigor dos frutos (Alves & Freitas 2007, De Holanda-Neto et al. 2002, Nebel & Trump (1932). Em contraposição às vantagens da polinização cruzada, a auto-polinização, pode reduzir a formação de sementes, produzir sementes inviáveis (Torres & Galetto 2008) e levar a depressão genética (Mahy & Jacquemart 1999, Cheptou et al. 2001).
No entanto, estudos têm revelado que em espécies com autogamia parcial ou completa o polimorfismo pode ser mantido (Marshall & Weir 1979), e que espécies com longo histórico de auto-cruzamentos parecem menos susceptíveis aos efeitos da depressão genética, demonstrando adaptabilidade a tal condição (Charlesworth & Charlesworth 1987).
Já para plantas que se reproduzem por agamospermia, o polimorfismo genético não é mantido (Marshall & Weir 1979) e em espécies endêmicas ou de distribuição restrita os efeitos da baixa variabilidade genética parecem ser acentuados (Palacios & González-Candelas 1997). Por outro lado, essa estratégia, pode garantir a reprodução eliminando a dependência de polinizadores, aumentando também o potencial de colonização da espécie vegetal (Baker 1955).
A ocorrência da polinização cruzada depende de diversos fatores como comportamento e presença de polinizadores e das características estruturais das flores, como cor, recursos e forma, que podem exercer pressões sobre as interações (Ellstrand & Elam 1993).
Caracteres como barreiras temporais e espaciais na maturação dos órgãos reprodutivos, parecem auxiliar no favorecimento da polinização cruzada e por vezes no impedimento da autofertilização, já que o depósito de pólen por auto-polinização pode ter custo negativo no sucesso reprodutivo da espécie (Galen et al.1989). Contudo, não ocorrendo a polinização cruzada as plantas têm o benefício da formação de sementes ou frutos que mesmo quando possuem menor vigor garantem sua sobrevivência.
A existência de um sistema misto de polinização é, assim, uma importante estratégia, mesmo em plantas especialistas, que apresentam neste sistema um produto de compensação muitas vezes por pressões de um cenário evolutivo em ambientes caracterizados por “serviços” de polinização variáveis, ou seja, habitats imprevisíveis (Pérez et al. 2009). Para Darwin, a existência de flores com morfologias especializadas, como Ophrys apifera, que são auto-fertilizadas, era um grande paradoxo já que seria esperado a ausência de autopolinização espontânea em plantas especializadas, principalmente devido às restrições mecânicas e seu tipo de desenvolvimento, como relatado em seu livro, publicado em 1862 (The various contrivances by wich British and Foreign Orchids are Fertilized by Insects).
Atualmente, mais exemplos são encontrados de plantas com morfologias elaboradas ou ditas especializadas, como as orquídeas ou espécies da família Solanaceae, mas que devido às condições ambientais adversas utilizam mecanismos de fertilização que não incluem visitantes florais, embora em alguns casos, como das Solanaceae com anteras poricidas, a taxa de autofertilização seja bastante baixa (Liu et al. 2006, Pérez et al. 2009). As mudanças, ou as explicações para a adaptabilidade, mesmo quando aparentes, contudo, nem sempre são simples, envolvendo em muitos casos questões históricas e evolutivas, associadas à ecologia e à genética das espécies, que nem sempre podem ser acessadas.
Assim, questões relativas à aplicabilidade das síndromes de polinização, ao papel da limitação de pólen e/ou polinizadores e ao efeito do isolamento de populações e interferência nos sistemas reprodutivos são grandes paradigmas encontrados na literatura em ecologia da polinização, cujos esforços para entendimento explicam-se na tentativa de entender as relações dentro de diferentes escalas e possíveis rupturas das relações entre plantas e seus polinizadores.
Diante disso, a espécie Aristolochia gigantea Mart e Zucc apresenta-se, aparentemente, como excelente modelo para investigações de tais paradigmas nos tempos atuais. Esta espécie pertence à família Aristolochiaceae, grupo de angiospermas basais, que compreende cerca de 500 espécies, a maioria (370 espécies) inclusas no gênero Aristolochia (Judd et al. 2009), de distribuição primaria em regiões tropicais, embora muitas espécies desse gênero também sejam encontradas em ambientes temperados (Lawrence & González 2003). Países particularmente ricos em espécies são México e Brasil que contêm inclusive muitas espécies endêmicas ou de distribuição restrita (González 1998). As flores desta família chamam atenção principalmente pelo seu grande tamanho, sendo consideradas as maiores do mundo, juntamente com as flores de Rafflesia (Endress 1994) e também pela coloração conspícua semelhante a cor de carne, normalmente uma coloração vermelha escura salpicada com manchas brancas.
De maneira característica e bem conhecida as flores de Aristolochia são altamente derivadas funcionando como armadilhas para insetos que realizam sua polinização (Knoll 1929 apud Rulik et al. 2008). Embora o gênero seja bastante diverso possui um plano básico floral relativamente estável, formado por um perianto monossimétrico, de simetria zigomorfa com apenas três sépalas unidas em um tubo longo, formando uma armadilha (Endress 1994).
Semelhante a ocorrência de um mesmo plano básico, a biologia floral das espécies parece apresentar muitos aspectos em comum. Segundo Bello et al. (2006), o estudo da biologia
floral é registrado desde 1923 por Cammerloher, seguido pelos trabalhos de Petch (1924) e Daumann (1959), demonstrando a ocorrência de forte protoginia.
Registros da biologia floral juntamente com os de polinização revelam que os insetos são atraídos pela emissão de odores no lobo do perianto no primeiro dia de abertura das flores e as papilas presentes, forçam o caminho para que os insetos não consigam sair e fiquem aprisionados onde o néctar é secretado, no segundo dia onde não mais existe a produção de odor, os estigmas se unem impossibilitando o recebimento de pólen e as anteras se abrem liberando o pólen aos prisioneiros que são libertados (Proctor et al. 1996).
O odor nesta família tem papel importante na atração de polinizadores, sendo atribuído a grande parte das espécies estudadas a presença de essências com odor desagradável, semelhante à carne em putrefação (Endress 1994, Proctor et al. 1996). As espécies de Aristolochiaceae têm uma forte relação de polinização com moscas saprófitas, que buscam as flores para depositar seus ovos ou para encontrar um parceiro reprodutivo (Sakai 2002, Rullik et al. 2008, Nakonechnaya et al. 2008).
A síndrome descrita para a família é a de sapromiofilia (Faegri & van der Pijil 1979) corroborada aparentemente pela maior parte dos estudos realizados, sendo os dípteros os visitantes predominantes, além de principais polinizadores, pela análise da carga polínica (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Trujillo & Sérsic 2006, Nakonechnaya et al. 2008, Rulik et al. 2008). Contudo, outros visitantes, mesmo que em menor número, são também reportados, pertencentes às famílias Coleoptera, Hymenoptera, Psocoptera, Hemiptera, Neuroptera, Thysanoptera, Lepidoptera (Costa & Hime 1981, Sakai 2002, Burgess et al. 2004, Rulik et al. 2008).
A autopolinização dentro de uma mesma flor (autogamia) não ocorre nas flores desta família, já que a protoginia ocorre. No entanto há registros tanto de espécies autoincompatíveis (Burgess et al. 2004) quanto de espécies auto-compatíveis (Trujillo & Sérsic 2006).
Para Aristolochia gigantea, estudos são escassos, o único trabalho publicado sobre a biologia da polinização desta espécie foi realizado por Costa & Hime (1981) em planta cultivada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, ou seja, fora do ambiente natural.
Previamente, no primeiro trabalho realizado com a espécie, na qual é feita sua descrição, infere-se como habitat natural o estado da Bahia, embora sem maiores informações sobre municípios e/ou locais (Martius & Zuccarini, 1824). Em trabalhos posteriores, confusões sobre as informações quanto a sua origem e distribuição parecem começar a ocorrer, pois em Barringer (1983) registra-se a ocorrência da planta para as florestas úmidas do Panamá e Brasil Amazônico, embora esse autor registre diferenças no material da América Central e América do Sul, sendo as flores deste último maiores. Já no trabalho de Masters (1869) a origem da planta é atribuída a locais “em montanhas” na Bahia e Minas Gerais. Trabalhos posteriores citam a origem da espécie apenas na Bahia (Bellair & Saint-Léger 1899) e na Bahia e em Minas Gerais (Rodigas 1893, Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991). Segundo Capellari-Junior (1991) esta espécie ocorre em regiões do bioma caatinga, porém preferencialmente em áreas úmidas como margens de rios, matas secundárias, pastagens e bordas de estradas, e quando cultivada, desenvolve-se bem em qualquer tipo de solo. Talvez por isso haja certa confusão no registro de algumas espécies, como por exemplo, da espécie reportada por Barringer (1983) que deve ser cultivada na Amazônia (Capellari-Junior 1991).
Registros de espécies são encontrados em herbários no Brasil como nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, e fora do país na Costa Rica, Panamá e Estados Unidos, embora tais registros sejam atribuídos a espécies cultivadas (Costa & Hime 1981, Capellari-Junior 1991).
A contradição nas informações mostra a necessidade de estudos que visem esclarecer a distribuição e origem de Aristolochia gigantea. Uma importante e útil ferramenta para analisar os padrões de distribuição geográfica é a modelagem ecológica de distribuição de nicho. Nesta abordagem, um modelo de nicho ecológico é construído, baseado nos valores de variáveis ambientais (dimensões do nicho) de localidades conhecidas e projetado em um espaço geográfico para a identificação de regiões potenciais para a ocorrência das espécies (Scott et al.2002). A aplicação desta técnica é bastante útil em caracterizar distribuições geográficas baseadas em conjuntos de dados muitas vezes incompletos, como em espécies não estudadas e que podem apresentar erros quanto a sua distribuição (Siqueira et al. 2009).
Complementarmente a confusão na distribuição, o odor em Aristolochia gigantea não parece algo bem estabelecido. Capellari-Junior (1991) reportou diferenças nos registros de herbários encontrados referentes ao odor das espécies, pois em notas de plantas na região de origem (áreas de caatinga) as flores desta espécie apresentam odor de carne em putrefação, mas quando cultivadas em São Paulo as flores apresentavam odor semelhante à erva-cidreira.
O estudo de Costa & Hime (1981) com a espécie, embora tenha focado apenas em características das flores como morfologia, pigmentos e polinizadores, sem tratar do sistema reprodutivo da espécie registraram seu odor como forte e adocicado, semelhante a frutas em decomposição, mas sem chegar a ser tão desagradável.
Poderíamos esperar assim por algumas informações contrastantes que ou há mais de uma espécie dita como Aristolochia gigantea, ou variações podem ocorrer naturalmente na espécie, inclusive no seu odor. Observações prévias realizadas em campo por P.G. Kevan, B. F. Viana e F. O. da Silva, na Bahia, apontaram a existência de odor de citronela nas flores e nenhum visitante floral foi encontrado. Os odores desta espécie são uma mistura bastante complexa, aparentemente o odor de carne em putrefação pode ocorrer dentro do utrículo, mas o odor de citronela é encontrado no perianto (Robert Raguso pers. com.).
Seria esperada então, pelo odor de putrefação (não foi observado in situ), a atração por dípteros saprófitos, mas o odor de citronela é associado normalmente como repelente de moscas. Outros visitantes, como as abelhas euglossíneas (Euglossine, Hymenoptera, Apidae) podem ser atraídas por citronela (Dodson et al. 1969, Pearson & Dressler 1985), mas poderíamos também esperar encontrar outros dípteros não saprófitos (Howlett 1912 apud Jang et al. 1997).
A distância entre os indivíduos de A. gigantea pode também ser crucial para identificar padrões relacionados à disponibilidade de polinizadores e as estratégias reprodutivas da planta, ou seja, se as espécies estiverem isoladas o bastante para impedir o deslocamento dos polinizadores elas podem estar com altas taxas de autofertilização. Todavia, para acessar a maior parte da variabilidade existente da espécie, além do uso de ferramentas ecológicas, é fundamental o uso de ferramentas genéticas, por proporcionarem mais elementos para análise da estrutura populacional.
O uso da genética em trabalhos de ecologia da polinização permite que elementos da história das espécies possam ser reconstruídos, unindo aspectos evolutivos e de mudanças dos grupos de polinizadores ou estratégias de polinização (Reddy et al. 2002, Pérez et al. 2006, Pérez et al. 2009), além disso, estratégias de conservação podem ser suplementadas (Crema et al. 2009).
Diante das questões levantadas, da ausência de estudos em ambientes naturais com Aristolochia gigantea e principalmente pela possibilidade da relação desta espécie com uma possível mudança na síndrome de polinização prevista, provavelmente por pressões ambientais como a limitação nos “serviços” de polinização, a presente dissertação tem como objetivo principal prover melhor entendimento da diversidade de mecanismos de polinização e distribuição geográfica no gênero Aristolochia e nas angiospermas basais em geral. Assim, no primeiro capitulo iremos apresentar os resultados das investigações relacionadas ao sistema de polinização de A. gigantea e no segundo o modelo preditivo da distribuição dessa espécie baseada nas características do seu nicho. / Salvador
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Idosos e Florais de Bach: em busca do restabelecimento da auto-estima / Elderly and Bach Flowers Remedies: in search of restoring self-esteemSheila Katia Cozin 30 September 2009 (has links)
A preocupação em compreender o indivíduo de forma holística está gradativamente aumentando na área da saúde. Neste cenário os Florais de Bach consolidam-se, buscando suprir as necessidades emocionais dos indivíduos, incluindo a auto-estima, degradada em muitos idosos pela falta de auto-confiança e auto-respeito que vivenciam. Acreditando que as essências florais são capazes de estimular comportamentos e atitudes positivas e aumentar a percepção e compreensão dos sentimentos, optou-se por avaliar a efetividade dos Florais de Bach na melhora da auto-estima de idosos. Desenvolveu-se um estudo experimental, tipo ensaio clínico, triplo-cego, com idosos atendidos em dois ambulatórios de geriatria de São Paulo. Para avaliação da auto-estima utilizou-se o instrumento de Dela Coleta e para caracterização dos idosos uma anamnese de dados sócio-culturais-demográficos. De Abril/2008 a Julho/2009 abordou-se para avaliação da auto-estima 665 idosos. Desses, 15,9% (106) apresentou escore de auto-estima referente à baixa/média auto-estima, porém somente 80 preencheram também os outros critérios de inclusão do estudo. Ao fim, com as desistências, obteve-se 67 idosos, 35 alocados no Grupo Experimental e 32 no Grupo Placebo. Estes idosos participaram de três atendimentos em Terapia Floral, um a cada 45 dias nos quais se avaliou a auto-estima e se registrou os relatos de evolução dos problemas e sentimentos relacionados à auto-estima. Em todos os atendimentos os idosos escolheram seis Florais de Bach através da técnica de escolha das fotos das flores correspondentes. A cada idoso forneceu-se dois frascos com solução base, sendo que aos do Grupo Experimental acrescentou-se as essência florais escolhidas. Somente no último atendimento os idosos souberam dos significados das flores escolhidas durante o estudo, e todos os participantes receberam mais dois frascos, agora com os Florais escolhidos, permitindo o contato de todos os participantes ao tratamento. Para a verificação estatística da efetividade dos Florais sobre a auto-estima realizou-se o Teste de Tukey-HSD, observando-se que não houve diferença estatística entre os Grupos Experimental e Placebo. Houve melhora da auto-estima em ambos os grupos de estudo, porém no Grupo Experimental observou-se tendência progressiva de melhora enquanto que no Grupo Controle a auto-estima sofreu melhora imediata e manteve-se inalterada. Acredita-se que o relacionamento terapêutico estabelecido durante os atendimentos foi capaz de melhorar a auto-estima dos idosos do Grupo Placebo, porém somente os Florais forneceram subsídios ao individuo trabalhar sua auto-estima efetivamente. Reforçando isto, somente no Grupo Experimental observou-se evolução positiva do bem-estar geral relatado pelos idosos. Sugere-se que o tempo de exposição ao tratamento foi muito curto para observação da uma melhora maior no Grupo Experimental e o instrumento utilizado não foi o mais adequado para esta população, visto que não abrangia questões especificas da auto-estima em idosos. Percebeu-se que a Flor de Bach mais relevante foi a Red Chestnut, a única Flor que nos três atendimentos esteve entre as preferidas dos idosos de ambos os grupos. Esta flor evidencia duas das principais queixas dos idosos: o excesso de preocupação, principalmente com os filhos, netos e com a condição financeira / The concern in understanding the individual in a holistic way is gradually increasing in the health field. In this scenario, the Bach Flower Remedies consolidate in an attempt to supply the emotional needs of individuals, including the self-esteem, degraded in many older people due to the lack of self-confidence and self-respect that they experience. Believing that flower essences are able to stimulate positive behaviors and attitudes and increase awareness and comprehension of feelings, we decided to evaluate the effectiveness of the Bach Flower Remedies in the improvement of the self-esteem of older people. We developed an experimental study, clinical trial, triple-blind, elderly assisted by two geriatric clinics in Sao Paulo. To assess self-esteem it was used the instrument of Dela Coleta and the characterization of an old history of socio-cultural and demographic. From April/2008 to July/2009 addressed to assessing self-esteem 665 people. Of these, 15.9% (106) had scores of self-esteem on the low / medium self-esteem, but only 80 also met the other criteria for inclusion in the study. The end, with the dropouts, we got 67 seniors, 35 allocated in the experimental group and 32 in the placebo group. These seniors participated in three appointments to Flower Therapy, one every 45 days during which we evaluated the self-esteem and registered reports of developments on issues related to feelings and self-esteem. At every appointment the elderly chose six Bach Flowers using the technique of choice of photos matching flowers. For every elderly were provided two bottles of base solution, and to the experimental group was added to the flower essence chosen. Only at the last treatment, the elderly had known the meaning of the flowers chosen for the study and all participants received two more bottles, now with the flowers chosen, allowing contact of all participants to treatment. For statistical verification of the effectiveness of Flowers on self-esteem was held to the Tukey-HSD, resulting in that there was no statistical difference between the Experimental and Placebo Groups. There was improvement in self-esteem in both study groups, but in the experimental group there was a trend of gradual improvement while in the placebo group self-esteem has improved immediately and remained unchanged. It is believed that the therapeutic relationship established during the sessions was able to improve self-esteem of older people in the placebo group, but only Bach flowers provided subsidies to improve individuals self-esteem effectively. Reinforcing this, only in the experimental group it showed positive development of well-being reported by the elderly. It is suggested that the exposure time to treatment was too short for the observation of a greater improvement in the experimental group and the instrument used was not the most appropriate for this population, as they did not cover specific issues of self-esteem in the elderly. It was noticed that the more relevant Bach flower was Red Chestnut, the only one that in all appointments was among the favorite flowers of the elderly in both groups. This flower shows the principal complaints of the elderly: over-concern, especially with the children, grandchildren and the financial condition
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Fenologia da floração e rede de interação entre abelhas e plantas em uma área em processo de restauração florestal localizada em Araras-SPSantos, Jussara Fernanda 06 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-06 / Financiadora de Estudos e Projetos / The most widely used in forest restoration projects is heterogeneous planting seedlings. This methodology was used in an area of one hectare in the restoration process implemented in 2009 on the campus of UFSCar Macaw. High values are invested in financial forest restoration especially when there is a need for planting seedlings, so the assessment and monitoring of restoration projects are legitimate concerns. Considering the importance of awareness of the availability of floral resources and ecological areas restored, and the importance of bees as pollinators in natural and agricultural areas, the overall objective of this study was to identify the pattern of flowering in the area in the restoration process, considering the period of three years after establishment. The specific objective was to evaluate the use of woody species by the community of bees visiting the flowers. To assess the availability of floral resources utilized a method of presence and absence and intensity index Fournier. Observations were made on flowers to collect the bees. It was built a network of qualitative interaction between species. This work was divided into two chapters, the first chapter deals with the characterization of the flowering phenology and plant species studied. The second chapter presents the richness of bee floral visitors observed during 2011 and describes the resources acquired by them at the time of visit, and presents the network of interactions among species. The phenological study enables to visualize the availability of flowers at certain times of the year, seven species were found planted with flowering, the period with greater timing and intensity was between January and March, the hottest season of the year and wet. There was a flowering woody species regenerating in the Solanum lycocarpum that in the colder months and dry was important for maintaining flowers in the area. We identified 20 species of bees that collected nectar and pollen. The network of interaction was 42.5% connectance and shown to be nested with heterogeny and indices T equal to 13.80 and NODF equal to 64.9. The two approaches are very important tools for monitoring and evaluating the availability of floral resources for bees visiting areas in the process of forest restoration. / A técnica mais utilizada em projetos de restauração florestal é o plantio heterogêneo de mudas. Essa metodologia foi utilizada em uma área com um hectare em processo de restauração implantada em 2009 no campus da UFSCar de Araras. Altos valores financeiros são investidos na restauração florestal principalmente quando existe a necessidade de plantio de mudas, assim a avaliação e o monitoramento dos projetos de restauração são preocupações legitimas. Considerando a importância do conhecimento da disponibilidade dos recursos florais e das interações ecológicas nas áreas restauradas, e a importância das abelhas como polinizadoras nas áreas naturais e culturas agrícolas, o objetivo geral deste trabalho foi identificar o padrão de floração na área em processo de restauração, considerando o período de três anos após o estabelecimento. O objetivo específico foi avaliar a utilização das espécies lenhosas pela comunidade de abelhas visitantes florais. Para avaliar a disponibilidade de recursos florais utilizou-se método de presença e ausência e índice de intensidade de Fournier. Foram realizadas observações nas flores para coleta das abelhas visitantes. Foi construída a rede de interação qualitativa entre as espécies. Este trabalho foi dividido em dois capítulos, o primeiro capítulo aborda a fenologia e a caracterização da floração das espécies vegetais estudadas. O segundo capítulo apresenta a riqueza de abelhas visitantes florais observadas durante o ano de 2011 e descreve os recursos adquiridos por elas no momento da visita, e apresenta a rede de interação entre as espécies. O estudo fenológico permitiu visualizar a disponibilidade de recursos florais em determinados períodos do ano, foram observados sete espécies plantadas com floração, o período com maior sincronismo e intensidade foi entre janeiro e março na estação mais quente e úmida do ano. Observou-se uma espécie lenhosa regenerante em florescimento, a Solanum lycocarpum, que nos meses mais frios e secos foi importante para manutenção de flores na área. Foram identificadas 20 espécies de abelhas visitantes que coletaram néctar e pólen. A rede de interação teve 42,5% de conectância e demonstrou-se ser aninhada e heterogenia com índices T igual a 13,80 e NODF igual a 64,9. As duas metodologias se mostraram importantes ferramentas para monitoramento e avaliação de disponibilidade de recursos florais para abelhas visitantes em áreas em processo de restauração florestal.
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