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Chão de meninos : o espaço literário na narrativa memorialista de Zélia GattaiRocha, Ramon Diego Câmara 23 February 2018 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The research in relief seeks to analyze, through the book Boys floor, by the Bahian author Zélia Gattai, how the interiorization of the fictional universe, supported by an aesthetic treatment with language, generated spaces of frontier between literature and the autobiographical genre, reflecting on the space of the literary in the compositional universe of his narrative. For this, we will divide our reflections into three integrated parts that will constitute the whole of our thinking. In the first chapter, entitled “The hybridizations of literary space”, we try to demonstrate not only the importance of literature as the guardian of the unsaid, but also the creation of a literary space at the heart of the autobiographical text, expanding the limits of aesthetic composition and reflecting on certain institutional frameworks, as much of the autobiographical text, as of the literary one. In this direction, and using the theoretical framework of philosophy and literary theory, we will support authors who have studied this subject, such as Phillippe Lejeune, Pierre Bourdieu and Leonor Arfuch. As for the study of these texts, we will take as a methodology a hermeneutic-phenomenological approach of this space of creation, dialoguing with authors such as Maurice Blanchot, Hans George Gadamer, Gaston Bachelard, Martin Heidegger and others. Even in this first moment of our questions, we will also see how the reorganization of the mnemonic occurred in literature, especially in Brazilian literature. In this context, authors such as Alfredo Bosi and Antonio Candido will also serve as a basis for reflect on certain aspects of memorialism in our literature. In the second chapter, entitled “The literary space and the memoirist narrative of Zélia Gattai”, it will be debated how some memorialist productions in Brazil, giving emphasis to the one of the Bahian writer, constructed a literary space at the core of its verbal expression, through a treatment aesthetic of lived. Here we shall begin to remember as a matter of our perception of the world, tied to an aesthetic-spatial construction of the narrated. For a better understanding of this compositional disposition we will avail ourselves of this construction of the literary space from the mnemonic through authors like Henri Bergson, Benedito Nunes, Beatriz Sarlo, Antonio Cândido, Luiz Costa Lima, among others. Already in the third and final chapter, “Stepping on a boys floor”, we will see how the literary space in the narrative of boys floor manifests, focusing more emphatically on the work of Zélia and evidencing its narrative composition in a frontier aesthetic, between the literary and the autobiographical through the spatialization of their memories within their verbal expression. In this sense, authors such as Luís Alberto Brandão, Henri Bergson, Gaston Bachelard and Paul de Man will be importants in this journey. / A pesquisa em relevo tratou de analisar, através do livro Chão de meninos, da escritora brasileira Zélia Gattai, como a interiorização do universo ficcional, apoiada em uma tratamento estético com a linguagem, gerou espaços de fronteira entre a literatura e o gênero autobiográfico, refletindo sobre o espaço do literário no universo composicional de sua narrativa. Para isso, dividimos nossas reflexões em três partes integradas que constiuiram o todo de nosso pensamento. No primeiro capítulo, intitulado “As hibridizações do espaço literário”, procuramos demonstrar não só a importância da literatura e de sua relação com o não-dito, como criação de um espaço literário no cerne do texto autobiográfico que expande os limites de composição estética, como também, refletir sobre determinados enquadramentos teóricos, tanto do texto autobiográfico, quanto do literário. Neste direcionamento e, valendo-nos do arcabouço teórico da filosofia e da teoria literária, apoiamo-nos em autores que se debruçaram sobre esse tema, a exemplo de Phillippe Lejeune, Pierre Bourdieu e Leonor Arfuch. Já no tocante ao estudo desses textos em si, tomamos como metodologia uma abordagem hermenêutico-fenomenológica desse espaço de criação, dialogando com autores como Maurice Blanchot, Hans George Gadamer, Gaston Bachelard, Martin Heidegger, entre outros. Ainda neste primeiro momento de nossos questionamentos, vimos como a reorganização do mnemônico se deu nessa produção, agora considerada memorialista. Neste âmbito, autores como Alfredo Bosi e Antonio Candido também nos serviram de base, ao refletirmos sobre certos aspectos memorialistas em nossa literatura. No segundo capítulo, intitulado “O espaço literário nas narrativas de memória”, discutimos como algumas produções memorialistas no Brasil, dando ênfase à de Zélia Gattai, construíram um espaço literário no cerne de sua expressão verbal, através de um tratamento estético do vivido. Aqui lançamo-nos à memória enquanto matéria de nossa percepção do mundo, atrelada a uma construção estético-espacial do narrado. Para uma melhor compreensão dessa disposição composicional utilizamos autores como Henri Bergson, Benedito Nunes, Antonio Candido, Beatriz Sarlo, Luiz Costa Lima, entre outros. Já no terceiro e último capítulo, “Firmando-nos em um chão de meninos”, analisamos como se manifesta o espaço literário na narrativa de Chão de meninos, debruçando-nos, de forma mais enfática, sobre a obra de Zélia e evidenciando sua composição narrativa em uma estética fronteiriça, entre o literário e o autobiográfico, através da espacialização de suas lembranças no seio de sua expressão verbal. Nesse sentido, autores como Luís Alberto Brandão, Henri Bergson, Gaston Bachelard e Paul de Man foram importantes nesse percurso. / São Cristóvão, SE
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[pt] CHÃO DE ESTRELA: O PERFIL INTELECTUAL DE ZÉLIA GATTAI / [en] STAR FLOOR: THE INTELLECTUAL PROFILE OF THE ZÉLIA GATTAILUCIANA TERRA TARGINO 11 June 2024 (has links)
[pt] Zélia Gattai foi uma mulher à frente do seu tempo. Escolheu com coragem
enfrentar os lugares destinados às mulheres de sua época e percorreu o mundo.
Subvertendo ideologias políticas e sociais conservadoras, a autora sempre esteve do
lado pouco conhecido da história. Sua obra memorialista, que consiste em onze
obras, relatam sua trajetória a partir de uma linguagem afetuosa, que abre vozes
para pessoas que, com ela, palmilharam os lugares onde viveu, nesta tese, chamados
de chãos. Chão, em Zélia Gattai, é um lugar não só de moradia, mas de
deslocamento para relatar o mundo e de atravessamentos de pessoas, sejam elas
conhecidas do grande público, por ela retratadas em suas intimidades, ou pessoas
desconhecidas que, por Zélia, viram estrelas. Este trabalho propôs uma revisão
literária na obra memorialista de Gattai com foco principal no que essa traz de
político, histórico, cultural e afetivo, tendo como objetivo principal o de traçar o
perfil intelectual da autora. / [en] Zélia Gattai was a woman ahead of her time. She courageously chose to face
the places dedicated to women of her time and traveled the world. Subverting
conservative political and social ideologies, the author has always been on the
silenced side. Her memoirist work, which consists of eleven works, relates her
trajectory using an affectionate language, which opens voices to people who, with
her, walked the places where she lived, in this thesis, called floors. The floor, in
Zélia Gattai, is a place not only for living, but for traveling to report on the world
and for crossing paths with people, whether they are known to the general public,
portrayed by her in their privacy, or unknown people who, for Zélia, become stars.
This work proposed a literary review of Gattai s memoirist work with a main focus
on its political, historical, cultural and emotional aspects, with the main object being
outline the author s intellectual profile.
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A narração memorialística em A casa do Rio Vermelho, de Zélia Gattai: uma meta-memória / The memorialistic narrative in A Casa do Rio Vermelho (The House of Red River), by Zélia Gattai: a meta-memoryAmaral, Glaucy Cristina do 10 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-10 / The objective of this thesis is the reading of the memorialistic narrative in Zélia
Gattai in A Casa do Rio Vermelho (1999), recognizing the hybrid autobiographical
gender inventive and procedures of ME, narrators of their own biography as the
object of his storytelling, a biographical memoir of the Other. Considering the
remembering as a perceptual memory, impressions, emotions and affections, his
writing requires the past memories to revive it in this between two voices: the first
and third person, in which the narrator merges oral speech to writing, rearranging,
simultaneously, the personal history and historical reality. The narrator exercises
autobiographical method by two speeches, the testimonial and the confessional
ones. Both images in the personal and the surrounding geographical and
historical material are fictional invention, a work of rebuilding the meta-memory. In
Chapter I, it is presented the autobiographical method in the transformation of
gender memorialistic, in contrast to the copyright discourses, the generating
biographies dialogical imaginary worlds without dates and dating. In Section II, the
focus is on practical memorial of the author Zelia Gattai, between two narrators:
the author and the author-narrator-character, interweaving their speeches to the
truth and verisimilitude in the work of self-representation and the natural unfolding
of identities . In Chapter III, The House of the Red River is treated as the House of
Memory of the Other and his characters, the scenarios described in third person,
the narrator observer to cross two times in two stages, confirming the fusion of the
outer within the memory allocated to meta-memory. The conclusion shows the
memorialistic fictional working of Gattai and reveals the outcome of the
autobiographical outside the boundaries of time on the genre, now in the theater
of the imagination of his own author-narrator / O objetivo desta dissertação é a leitura da narrativa memorialística de
Zélia Gattai em A CASA DO RIO VERMELHO (1999), reconhecendo o gênero
híbrido autobiográfico e os procedimentos inventivos do EU, tanto daquele que
narra a sua própria biografia quanto a do objeto de sua contação, a memória
biográfica dos Outros. Considerando a lembrança como uma memória perceptiva,
impressões, emoções e afetos, sua escritura necessita de memória do passado
para revivê-la no presente entre duas vozes: a primeira e a terceira pessoa, nas
quais o narrador funde a fala oral à escrita, recompondo, em simultâneo, a
história pessoal e a realidade histórica. A narradora exercita o método
autobiográfico por meio de dois discursos, o testemunhal e o confessional. Tanto
as imagens da memória pessoal quanto as do entorno geográfico e histórico são
material ficcional de sua invenção, num trabalho de recomposição da metamemória.
No capítulo I, tratamos do método autobiográfico na transformação do
gênero memorialístico, no contraponto com o discurso autoral, a gerar biografias
dialógicas entre mundos imaginários sem datas e datados. No capítulo II, o foco é
a prática memorialística da autora Zélia Gattai, entre dois narradores: o autornarrador
e o autor-personagem, entrelaçando seus discursos, o da veracidade e
o da verossimilhança em trabalho de auto-representação singular e no
desdobramento de identidades. No capítulo III, A casa do Rio Vermelho é tratada
como a Casa da memória do Outro e suas personagens-cenários descritos em
terceira pessoa, pelo narrador observador, ao cruzar dois tempos, em duas fases,
os quais confirmam a fusão do exterior com o interior da memória, atribuído a
meta-memória. A conclusão expõe o fazer ficcional da obra memorialística de
Gattai e revela o resultado do método autobiográfico fora dos limites do tempo
sobre o gênero, agora no teatro da imaginação da própria autora-narradora
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