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Frequência dos haplótipos das hemoglobinas nas doenças falciformes no Estado do Paraná e evolução clínicaWatanabe, Alexandra Mitiru January 2015 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Mara Albonei Dudeque Pianovski / Coorientador: Prof. Dr. Ricardo Lehtonen Rodrigues de Souza / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Defesa: Curitiba, 01/12/2015 / Inclui referências : f.139-153 / Área de concentração: Hemato-oncologia pediatrica, farmaceutica / Resumo: Introdução: Dentre as hemoglobinopatias, as doenças falciformes são as mais frequentes na população mundial. A anemia falciforme, a S-talassemia ? e a doença da HbSC apresentam gravidade clínica variável, sendo um dos prováveis motivos a presença de polimorfismos na HbS, identificados pelas enzimas de restrição que originarão os haplótipos nominados conforme a origem geográfica CAR, BEN, SENEGAL, CAMARÕES e ARABE-INDIANO. Objetivos: identificar os haplótipos das doenças falciformes; suas frequências e distribuição histórico-geográficas no Estado do Paraná, e associação com os eventos clínicos. Material e método: Trata-se de estudo transversal, descritivo, qualitativo, quantitativo e analítico para a definição dos haplótipos, sua frequência e distribuição geográfica; associativo na avaliação da interferência dos haplótipos sobre o quadro clínico; observacional e analítico quanto à evolução clínica. As amostras de sangue dos pacientes foram coletadas em papel filtro com técnica utilizada na triagem neonatal, nos ambulatórios de Hematopediatria do HC-UFPR, do Hemepar e das crianças detectadas pelo Programa de Triagem Neonatal no Paraná (SRTN-FEPE-PR). A genotipagem foi realizada no laboratório do CEGEMPAC. A população de pacientes com doença falciforme foi constituída por 100 SS, 45 S?, 49 SC. Para a determinação dos haplótipos da globina ?S, foram amplificadas as regiões do grupamento do gene ?S (5'?G, ?G, ?A, ??, 3'??, 5'?) e os polimorfismos, identificados com as enzimas de restrição XmnI, HindIII, HincII e HinfI. Para os haplótipos da ?C globina e talassemia ?, além das enzimas acima, utilizou-se Hinc II para a região ? e AvaII e BamHI, para as regiões ? e 3'?. Os protocolos de trabalho para a HbS foram baseados em Sutton, Bouhassira e Nagel (1989), Lapouméroulie et al. (1992); os haplótipos da talassemia ? foram baseados em Orkin et al. (1982) e os da HbC segundo Boehm et al. (1985). Os haplótipos indeterminados foram considerados "atípicos". Quanto à gravidade clínica, foram analisados os resultados de exames clínico-laboratoriais de 122 pacientes sendo 52 SS, 42 SC e 28 S? talassemia, na faixa etária de 0 a 15 anos. Resultados: No Paraná, de 100 pacientes SS genotipados, 76,0% foram CAR; 17,5%-BEN; 0,5%-SEN; 0,5%-Camarões e 5,5%-atípicos. Não foi encontrado o haplótipo Árabe-Indiano. Em relação aos 45 pacientes S?, foram encontrados: 24,4% com o genótipo CAR/?I, 22,2%- CAR/?II; 4,4%-CAR/?VI, BEN/?atp e Satp/?I; 6,6%-CAR/?IX; 26,6%-CAR/?atp; 2,2%- BEN/?I, BEN/?II e BEN/?IX. Não foram encontrados os haplótipos talassêmicos IV, V, VII e VIII. Em relação à doença da HbSC, em 49 pacientes genotipados: 48,9% foram CAR/CI; 8,1%-CAR/CII; 2,0%-CAR/CIII; BEN/CII e Satp/CI; 30,6-BEN/CI e 6,1%-CAR/Catp. Os haplótipos da HbC foram: 81,6%, CI; 10,2%, CII; 2,1%, CIII e 6,1%, Catp. Conclusão: Possivelmente pela miscigenação característica da população brasileira, a gravidade das doenças falciformes não se associou aos haplótipos ou à concentração de HbF; outros polimorfismos na região do grupamento da globina ? podem estar interferindo no desenvolvimento da doença. Os registros históricos mostram que os africanos trazidos ao Paraná nos séculos XVIII e XIX são do grupo étnico dos bantos, da região da Republica Centro Africana. No Paraná, a maior concentração dos africanos ocorreu na região de Antonina e Castro, apesar do baixo número de escravos em relação aos outros estados do Brasil. A Stal ? e doença SC estão mais presentes nas regiões norte do estado e na Capital. A predominância do haplótipo CAR no Paraná está em concordância com os eventos históricos. Tanto os haplótipos da talassemia ? quanto os da HbC estão associados em maior frequência ao haplótipo CAR da HbS, o que sugere miscigenação entre a HbS, a HbC e a talassemia ?. Palavras-chave: Haplótipos. Doença SC, S-talassemia ?. Evolução clínica. Estado do Paraná. / Abstract: Introduction: Among hemoglobinopathies, sickle cell diseases are the most frequent occurrences in the population of the world. Sickle cell anemia, S? talassemia and HbSC disease present variable clinical severity, being one of the probable causes of the presence of polymorphism in the sickle cell hemoglobin, identified through enzymes of restriction which will originate the nominated haplotypes according to the geographic origin CAR, BENIN, SENEGAL, CAMARÕES and ARABE-INDIANO. Objectives: to identify the haplotypes of the sickle cell disease; their frequencies; historical-geographical distributions in the State of Paraná, andtheirs association with clinical events. Material and Method: It is a cross-sectional study, descriptive, qualitative, quantitative and analitical to the haplotypes determination their frequencies and geographical distribution, associative to the evaluation of the haplotypes interference over clinical development; observative and analytical to the clinical evolution. Blood samples were collected in the filter paper according to technique used in the newborn screening program, from patients in the ambulatory of Hematopediatrician of the HC-UFPR and of Hemepar and of the children detected by SRTN-FEPE-CEPE. Genotyping was performed at the laboratory of CEGEMPAC. The population of sickle cell patients was consisted by 100 SS, 45 S? and 49 SC. For determination of the haplotypes of the gene of ?S, ?C and ? talassemia, regions of the cluster of the ? gene were amplified (5'?G ?G, ?A, ??, 3'??, 5'?) using the enzyme of restriction XmnI, Hind III, HincII and HinfI. For determination of haplotypes of the ?C globin and S? thalassemia, besides the over mentioned enzymes, it was used Hinc II for the region ?, AvaII and BamHI for the regions ? and 3'?. Protocols of study for the HbS were based on Sutton et al. l989, Lapouméroulie et al. (1992); haplotypes of S? thalassemia were based on Orkin et al, (1982) and ones of the HbC in accordance to Boehm et al. (1985). The haplotypes "indeterminated" were considered 'atypical'. In relation to the clinical severity, laboratory results and clinical date of 122 patients were analyzed. Among them, 52 were SS, 42 SC and 28 S? thalassemia, between 0 to 15 years of age. Results: In Paraná, from 100 patients SS genotyped: 76,0% was CAR, 17,5% was BEN, 0,5% were SEN and CAMEROON and 5,5% were atypical. The haplotype Arabia-Indian was not found in this sample. In relation to the 45 patients S? thalassemia, 24.4% were CAR/?I, 22.2% were CAR/?II, 4.4% were CAR/?VI, BEN/?atp and Satp/?I; 6.6% CAR/?IX; 26.6% CAR/?atp; 2.2% were BEN/?I; BEN/?II and BEN/?IX. The thalassemics haplotypes IV, V, VII and VIII were not found. As to HbSC disease of the 49 patients genotypes 65.3% presented the haplotype CAR, 32.6% ?EN and 2.1% Satypical. The haplotypes of HbC were 81.6% CI, 10.2% CII; 2.1% CIII and 6.1% Catp. Through the characteristic miscegenation of the Brazilian population, the severity of the sickle cell disease were not associated exclusively with the haplotypes or the concentration of HbF; other polymorphisms in the cluster of ? globin could be interfering in the development of the disease. Historical registers demonstrate that Africans who had been brought to Paraná in the XVIII and XIX centuries were of the ethnic group Bantu,from the region of the Republic of Central Africa. In spite of the low number of slaves in relation to other states of Brazil, there were great concentration of them in the regions of Antonina and Castro. The predominance of the haplotype CAR in Paraná is in accordance with the historical events. The haplotypes of ? thalassemia as much as of HbC are more associated with haplotypes CAR of HbS,which suggests inner miscigenation between the HbS, HbC and the ? thalassemia. Keywords: Haplotypes. Sickle cell disease. Clinical evolution. State of Paraná. Brazil.
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Mineração de dados em triagem neonatal de hemoglobinopatias /Melo, Luciane Moreno Storti de. January 2006 (has links)
Orientador: Claudia Regina Bonini Domingos / Banca: Paulo Peitl Júnior / Banca: Carlos Roberto Valêncio / Resumo: Nos anos de 1997 a 2002 foi desenvolvido um programa de triagem de hemoglobinopatias pelo Laboratório de Hemoglobinas e Genética das Doenças Hematológicas - LHGDH, UNESP, com 5976 neonatos nascidos no Hospital de Base de São José do Rio Preto. O montante de dados gerados em todas as fases dos seis anos de programa constitui uma fonte de informações, que armazenadas em banco de dados, permitem a análise por métodos computacionais na tentativa de estabelecer comportamentos, tendências e padrões, objetivando dessa forma, contribuir com a Triagem Neonatal no país, fornecendo bases para agilizar os diagnósticos e torná-los cada vez mais precisos. Após desenvolvimento de uma Base de Dados Eletrônica e inserção dos resultados da triagem de hemoglobinopatias objetivou-se: avaliar por meio de ferramenta data mining- CLIBIA as metodologias utilizadas, testar a aplicabilidade do banco de dados e analisar os dados quantitativos de hemoglobinas obtidos por HPLC nos diferentes fenótipos, em sistema de visualização 3D - Fas MapDB. A utilização de um banco de dados em laboratórios com grande fluxo de amostras mostrou-se imprescindível para a segurança, confiabilidade e agilidade das análises e ferramentas que promovem a mineração dos dados, como a CLIBIA, revelaram a necessidade de reavaliar as metodologias de rotina utilizadas no diagnóstico de hemoglobinopatias em neonatos. As visualizações tridimensionais revelaram a existência de dois padrões de distribuição das amostras com Hb normais, devido a amplitude de variação nos valores obtidos por HPLC para o pico de "F1". Permitiu a separação das amostras com Hb normais e com alfa talassemia, ressaltando as diferenças estatísticas nos valores percentuais médios dos picos de "Fast" e "A", reforçando a necessidade de melhor avaliação dos cromatogramas obtidos e a possibilidade de aplicação dessa metodologia como parte do diagnóstico de alfa talassemia em neonatos. / Abstract: Since 1997 until 2002, a neonatal screening program of hemoglobinopatias were carried out in the Hemoglobin and Hematologic Genetic Diseases Laboratory - LHGDH, UNESP, with 5976 newborns from Hospital de Base de São José do Rio Preto. The amount of data obtained during six years of program constitutes a source of information, that stored in data base, allows the analysis for computational methods in the attempt to establish behaviors, trends and standards, aiming to contribute with the Neonatal screening in the country and supplied bases to better diagnostic and to become them each time more exact. After an Electronic Database were development and the screening results were inserted was aimed: to evaluate by data mining tool - CLIBIA the methodologies used, test the applicability of a hemoglobinopathies database and to analyze the quantitative hemoglobins data obtained by HPLC in the different phenotypes, in 3D visualization system - FastMapDB, for to analyze the phenotypes behavior. The use of a database in laboratories with great sample routine were essential for the security, trustworthiness and agility of the analyses and tools that promote the datamining, as the CLIBIA, had disclosed the necessity to reevaluate the methodologies used in hemoglobinopathies diagnosis routine in newborns. The three-dimensional visualizations carried out by the FastMapDB tool showed the existence of two distribution standards in the samples with normal Hb, due to the variation amplitude into the values obtained by HPLC for the "F1" window. It allowed separating the samples with normal Hb from alpha thalassemia, evidencing the statistical differences in the mean values of the "Fast" and "A window, emphasizing the necessity of better chromatograms evaluation and the possibility of this methodology application as part of alpha thalassemia diagnosis in newborns. / Mestre
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Investigação da fertilidade diferencial das heterozigotas como um eventual mecanismo homeostatico de manutenção do polimorfismo da hemoglobina S e da talassemia betaMazzi, Michelle Marcondes 12 February 2002 (has links)
Orientadores : Antonio Sergio Ramalho, Luis Alberto Magna / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-02T20:18:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2002 / Resumo: Os mecanismos homeostáticos de manutenção do polimorfismo da hemoglobina S e da talassemia beta ainda não estão totalmente esclarecidos, admitindo-se a existência de mecanismos complementares ou alternativos, em relação à hipótese de seleção favorável dos heterozigotos pela malária. O aumento de fertilidade das heterozigotas é um dos processos sugeridos, embora só tenha sido testado até o momento em estudos indiretos e/ou realizados em áreas malarígenas, onde é difícil afastar a influência dessa parasitemia sobre o comportamento reprodutivo das heterozigotas. No presente trabalho, a fertilidade de portadoras do traço falciforme (heterozigotas AS) e do traço talassêmico beta (heterozigotas AT) foi comparada de forma direta à de suas irmãs com hemoglobina normal (homozigotas AA), em região não malarígena (Araras, SP). Foram estudadas 53 heterozigotas AS e 43 irmãs AA, casadas ou com parceria estável com maridos AA, bem como 68 heterozigotas AT e 45 irmãs AA, igualmente casadas com indivíduos com hemoglobina normal. As heterozigotas e as suas irmãs-controle foram comparadas quanto à idade, pelo teste de Mann-Whitney, sem diferença significativa. O número médio de filhos das heterozigotas AS e AT (3,0755 e 2,7647, respectivamente) não diferiu significativamente do observado nas amostras-controle (3,0000 e 2,3778, respectivamente). Além disso, não foi observada diferença significativa entre heterozigotas e controles, no que diz respeito à proporção de mulheres casadas sem filhos, quando comparadas pelo teste exato de Fisher. Tais resultados não favoreceram, portanto, a hipótese de o aumento de fertilidade das heterozigotas ser um mecanismo homeostático de manutenção do polimorfismo da hemoglobina S e da talassemia beta / Abstract: Homeostatic mechanisms that maintain hemoglobin S and beta thalasemia are not completely clear so far, being considered the presence of mechanisms either complimentary or alternative concerning the hypothesis of favorable selection of heterozygous by malaria. Increased fertility of heterozygous women is one of the suggested processes, though it has only been tested so far in indirect surveys and/or ones that have been carried out in areas with endemic malaria, which makes it difficult to split apart the influence of this disease over the reproductive behavior of heterozygous women. In the present work, the fertility of sickle-cell trait women (heterozygous AS) and thalasemic trait (heterozygous AT) was directly compared to the fertility of their sisters carrying normal hemoglobin (homozygous AA). The samples were obtained in a non-endemic malaria area (Araras, SP). It has been studied 53 AS women and their 43 AA sisters, both either married or sharing a stable relationship with their husband AA, as well as 68 AT women and their 45 AA sisters, also married with normal hemoglobin husbands. The average number of children per heterozygous AS and AT women (3.0755 and 2.7647 respectively) did not differ significantly from those observed among their control sisters (3.0000 and 2.3778 respectively). In addition, it was not observed a significant difference between the proportion of married women without children between the heterozygous women and their control sisters. The results herein presented hence does not support the hypothesis of increased fertility of heterozygous women as being a homeostatic mechanism able to maintain the polymorphism of either hemoglobin S and beta thalasemia / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Mestre em Ciências Médicas
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Contribuição ao estudo da frequencia e origem da hematuria em portadores de sindromes falcemicasGonçalves, Marilda de Souza 04 August 1989 (has links)
Orientador: Antonio Sergio Ramalho / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-17T03:20:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1989 / Resumo: Apesar de a hematúria ser uma manifestação clínica importante da hemoglobina S, existe na literatura uma inconsistência de dados a respeito da sua real freqüência e da sua exata fisiopatogenia nas síndromes falcêmicas. O presente estudo teve por objetivo determinar a freqüência da hematúria e investigar a sua origem entre 50 pacientes falcêmicos adultos portadores de anemia falciforme (35 homozigotos SS), hemoglobinopatia SC (10 heterozigotos SC) e S/ ß -talassemia (5 heterozigotos S/ ß ¿tal.). A presença de hematúria foi investigada através do exame sumário de urina (Urina I) e a sua origem glomerular ou não glomerular foi determinada pela pesquisa do dismorfismo eritrocitário. A ocorrência de hematúria foi investigada também dentre os antecedentes clínicos dos pacientes. A freqüência de hematúria encontrada na amostra total foi de 22% (25,7% dos SS; 20% dos SC e em nenhum dos S/ ß talassêmicos), tendo a sua origem glomerular sido constatada em 20% dos casos. Por outro lado, episódios antecedentes de hematúria foram verificados em 36% dos casos (31,4% dos pacientes com anemia falciforme, 50% dos heterozigotos Sc e em 2 dos pacientes com S/ ß -talassemia). Estas proporções não variaram com o sexo e a idade dos pacientes. Os resultados obtidos permitiram as seguintes conclusões: 1. A hematúria é uma manifestação clínica freqüente, tanto na anemia falciforme quanto na hemoglobinopatia SC, as duas síndromes falcêmicas de maior prevalência em populações brasileiras; 2.A ocorrência de hematúria não diferiu significativamente entre os pacientes portadores de anemia falciforme e da hemoglobinopatia SC. Já a incidência de hematúria entre os pacientes com anemia falciforme foi significativamente superior à encontrada por Ramalho colaboradores (1978) em indivíduos com o traço falciforme da mesma área geográfica, indicando que as sugestões existentes na literatura a respeito de a prevalência da hematúria ser maior entre os heterozigotos SC e AS que entre os homozigotos SS devem ser revistas; 3. A freqüência de hematúria foi ainda mais elevada quando se investigou os antecedentes clínicos dos portadores falcêmicos. A proporção de casos com hematúria verificada entre os antecedentes clínicos dos pacientes com anemia falciforme foi significativamente maior que a constatada por Hutz (1981) entro pacientes SS do Rio de Janeiro. Da mesma forma, a freqüência de antecedentes positivos de hematúria entre os pacientes se examinados foi significativamente superior àquela verificada por Gomes e Ramalho (1989) entre heterozigotos se da mesma área geográfica. Tais comparações, no entanto devem ser interpretadas com cautela, uma vez que a freqüência de antecedentes clínicos de hematúria depende do vários fatores, sobretudo do tempo de seguimento médico dos pacientes falcêmicos; 4. A hematúria não é uma alteração sugestiva das síndromes falcêmicas em nosso meio, uma vez que a sua incidência entre os pacientes com a hemoglobina S não diferiu significativamente da observada na amostra hospitalar geral; 5. As síndromes falcêmicas devem ter uma pequena importância relativa como causadoras de hematúria em nosso meio, devendo estar incluídas, juntamente com os tumores e outras causas, dentre os 8,5% casos de etiologia a esclarecer; 6. A origem glomerular da hematúria, embora significativa, não deve ser a mais freqüente nas síndromes falcêmicas. Desta forma, as lesões pós - glomerulares devem ocupar lugar de destaque na fisiopatogenia da hematúria pela hemoglobina S; 7. Seria recomendável a inclusão do exame sumário de urina e da pesquisa de dismorfismo eritrocitário no protocolo de seguimento falcêmicos, devido à sua fácil realização, baixo custo operacional e importante contribuição na orientação clínica destes pacientes / Mestrado / Genetica / Mestre em Ciências Biológicas
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CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE HEMOGLOBINAS S, C E BETA TALASSEMIAS EM PACIENTES DO LABORATÓRIO CLÍNICO DA PUC-GOIÁS.Rabelo, Mariana Schwengber 09 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-09 / The hemoglobinopathies are a group of heritable changes prevalent in various regions
of the world, but significantly affect the Brazilian population for its abundant
miscegenation. Are changes in structural genes that cause the formation of hemoglobin
variants, and - or regulatory genes, causing thalassemias. Currently, the number of
identified abnormal hemoglobin has increased due to improvements in methods of
analysis, however, many routine laboratories are not prepared for the correct
identification of these changes. In the present study aimed to assess the prevalence of
hemoglobinopathies using classical methods and make the molecular characterization
of mutations S, C, beta thalassemia IVS-110, IVS-1, IVS-6 and CD-39 by gene
amplification using the PCR technique (Polymerase Chain Reaction). The molecular
study used specific primers that bind promptly at the position of the mutated allele in
position and the normal allele can thereby carry out gene allele specific amplification.
200 peripheral blood samples of patients of the Clinical Laboratory at PUC-Goiás were
collected during July - December 2012-2012. The results showed the validity of the
methodology in the molecular characterization of mutations, two (1%) AC patients, an
one (0,5%) AS, two (1%) with mutation IVS-6 and one (0,5%) IVS-1 observed. The
codon 39 and IVS-110 were not detected in any of the patients investigated. / As hemoglobinopatias formam um grupo de alterações hereditárias
prevalentes em várias regiões do mundo, mas atingem significativamente a população
brasileira por sua miscigenação abundante. São alterações em genes estruturais, que
ocasionam a formação de hemoglobinas variantes, e-ou em genes reguladores,
causando as talassemias. Atualmente, o número de hemoglobinas anormais
identificadas tem aumentado devido à melhoria nas metodologias de análises, no
entanto, muitos laboratórios de rotina não estão preparados para a correta
identificação destas alterações. No presente estudo objetivamos avaliar a prevalência
das hemoglobinopatias por meio de métodos clássicos e fazer a caracterização
molecular das mutações S, C, beta talassemia IVS-110, IVS-1, IVS-6 e CD-39 pela
amplificação gênica utilizando a técnica do PCR-AE. O estudo molecular utilizou
primers específicos que se ligam pontualmente na posição do alelo mutado e na
respectiva posição do alelo normal, podendo assim realizar amplificação gênica alelo
específica. Foram coletadas 200 amostras de sangue periférico de pacientes do
Laboratório Clínico da PUC-Goiás no período de julho-2012 a dezembro-2012. Os
resultados evidenciaram a validade da metodologia molecular na caracterização das
mutações, sendo observados dois pacientes (1%) AC, um (0,5%) AS, dois (1%) com
mutação IVS-6 e um (0,5%) IVS-6. O códon 39 e IVS-110 não foram detectados em
nenhum dos pacientes investigados.
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AVALIAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINOPATIAS E TALASSEMIAS EM GOIÁS: MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO LABORATORIAL E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA.Reis, Paulo Roberto de Melo 01 August 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-08-01 / As anemias hereditárias, em especial as hemoglobinopatias e
talassemias, são as mais comuns das alterações genéticas humanas e sua
freqüência na população brasileira é muito variável, dependendo dos grupos
raciais formadores de cada região. O povoamento de Goiás inicia-se logo após
seu descobrimento em 1726, motivado pela procura de ouro. Assim, vieram os
portugueses e os escravos negros para esse fim. Neste contexto, foi
favorecida a mestiçagem entre eles. Considerando que esses povos
apresentam genes para as hemoglobinas anormais com freqüências variadas
é esperado o encontro dessas anomalias na nossa população. O objetivo
desse trabalho foi o de avaliar a prevalência das hemoglobinopatias e
talassemia na população de Goiás. Para isso foram estudadas 404 amostras
de sangue de alunos de diversos cursos da Universidade Católica de Goiás,
oriundos de 55 cidades do estado de Goiás. Foram utilizadas testes
laboratoriais não moleculares, levando em consideração os fatores históricos e
demográficos da população. A freqüência das alterações da hemoglobina foi
de 10,1%, encontradas em 41 pacientes. Dessas alterações a mais
prevalente foi a talassemia alfa, encontrada em 21 pacientes, correspondendo
a uma freqüência de 5,2% da população estudada. A segunda alteração mais
freqüente foi o heterozigoto para a hemoglobina S, encontrada em 9 pacientes,
correspondendo a 2,2% da população. A terceira alteração foi o heterozigoto
para a hemoglobina C, encontrada em 4 pacientes, correspondendo a 1,0%.
Beta talassemia menor, encontrada em 3 pacientes, correspondendo a 0,7%
dos casos. As demais alterações encontradas foram: Associação talassemia
alfa e heterozigoto para falcemia 0,5%, associação talassemia alfa e heterozigoto para hemoglobina C 0,3% e heterozigoto para hemoglobina D
0,3%. Nenhum caso de homozigose foi encontrado no presente estudo. Este
trabalho demonstra a necessidade de programas com maior abrangência na
população para estudo da epidemiologia das hemoglobinopatias e
talassemias no estado de Goiás.
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Influência da anemia ferropriva no eletroforetrograma de hemoglobina de leitões /Cruz, Nathan da Rocha Neves. January 2016 (has links)
Orientador: Aureo Evangelista Santana / Coorientador: Luís Guilherme de Oliveira / Banca: Marcos Augusto Alves da Silva / Banca: Márcia Ferreira da Rosa Sobreira / Resumo: A hemoglobina é uma proteína globular composta por fração protéica (cadeias de globina), fração heme onde ocorre a ligação do íon bivalente de ferro, sendo que, as globinas combinadas ajudam a tipificar as hemoglobina em Hb Adulta (Hb A), Fetal (Hb F) e Adulta 2 (Hb A2). Na deficiência de ferro, que pode culminar anemia por disfunção eritropoiética, prevalente em leitões e seres humanos, a hemoglobina pode ter alterações estruturais denominadas hemoglobinopatias. O estudo determinou a influência do ferro nos tipos de hemoglobina de leitões neonatos. Perante os resultados se verificou que hemoglobina do leitão tem corrida semelhante à humana, e nos animais que apresentaram anemia ferropriva não houve aparecimento do traçado Hb A2, que pode estar diminuída em casos de deficiência de ferro em seres humanos. / Abstract: Hemoglobin is a globular protein consisting of the protein fraction (globin chains), heme fraction which is the binding of the bivalent iron ion, and the combined globin help classify the hemoglobin in Hb Adult (Hb A), Fetal (Hb F) and Adult 2 (Hb A2). The iron deficiency can predispose anemia by erythropoietic dysfunction, prevalent in pigs and humans and the hemoglobin may have structural changes denominated hemoglobinopathies. The study determined the influence of iron to the types of hemoglobin neonate pigs. On the results was found that the pig hemoglobin is similar to human in electrophoresis. The piglets showed deficiency anemia there was appearance of line Hb A2, which may be diminished in cases of iron deficiency in humans. / Mestre
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Triagem de hemoglobinopatias em doadores de sangue em área de colonização italiana do Rio Grande do Sul, Brasil / Hemoglobinopathy screening in blood donors from a region colonized by italians in Rio Grande do Sul, BrazilLisot, Cristina Lucia Alberti January 2003 (has links)
Resumo não disponível.
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Impacto da prescrição de exercício físico regular na qualidade de vida e função ventricular de pacientes com doença falciformeAraujo Jr, Jonas Alves January 2018 (has links)
Orientador: Meliza Goi Roscani / Resumo: Introdução: Doença falciforme (DF) refere-se a um grupo de entidades nosológicas hemolíticas hereditárias, decorrentes da mutação da hemoglobina, com padrão de hemoglobina S. A polimerização das moléculas de hemoglobina S desoxigenada causa falcização dos eritrócitos, podendo levar à oclusão dos vasos sanguíneos e isquemia de múltiplos órgãos, implicando em redução da capacidade funcional e cardiovascular, crises dolorosas frequentes, inflamação crônica, insuficiência de órgãos e prejuízo na qualidade de vida. O efeito benéfico do exercício físico na qualidade de vida e na capacidade funcional é bem descrito nos pacientes com doença cardiovascular, no entanto, estudos conclusivos são necessários sobre o efeito da prescrição de exercício físico regular nos pacientes com doença falciforme. Ainda é controverso se o estresse físico pode desencadear crises de falcização e piora do quadro clínico. Objetivo: Avaliar o impacto da prescrição de exercício físico regular na sintomatologia, no VO2 de pico, na função cardiovascular e na qualidade de vida de pacientes com doença falciforme. Metodologia: Foi realizado ensaio clínico não randomizado em pacientes com doença falciforme em seguimento ambulatorial e livres de crises de falcização há, pelo menos, 30 dias antes da data de inclusão, divididos em dois grupos pareados por idade e sexo: Grupo Exercício (EXE): composto por 14 pacientes, submetidos à prescrição de exercício físico regular aeróbio 3 vezes por semana, com duração de 1 hor... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Introduction: Sickle cell disease (SCD) refers to a group of heritable hemolytic nosological entities, arising from the hemoglobin mutation, with hemoglobin S pattern. Polymerization of deoxygenated hemoglobin S molecules causes erythrocyte sickling, which can lead to blood vessel occlusion and multiple organ ischemias, leading to reduced functional and cardiovascular capacity, frequent painful crises, chronic inflammation, organ failure, and life quality injury. The profitable effect of physics exercises in life quality and in the functional capacity is well descript on patients with cardiovascular diseases, however, conclusive researchers are necessary about the effect on the prescription of regular physics exercises for patients with sickle cell diseases. Still controversial if the physics stress could trigger the sickling crises and worsening the clinical conditions. Objective: To evaluate the impact in the prescription of regular physics exercises on VO2 peak on cardiovascular function and on life quality of patients with sickle cell diseases. Methodology: A prospective study of non-randomized intervention with sickle cell disease patients in outpatients’ follow-up and free of sickle cell crises 30 days before the inclusion, divided into two groups matched for age and sex: Exercise Group (EG) composed by 14 patients, submitted to regular aerobics physics exercises prescription three times a week 1 hour period per eight weeks; Control Group (CG, n=13): without prescriptio... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
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A1C no diagnóstico do diabetes mellitus : fatores que afetam sua interpretação e sua relação com a doença renalCavagnolli, Gabriela January 2014 (has links)
Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que afeta aproximadamente 382 milhões de pessoas. Atualmente, o diagnóstico de DM é baseado nos resultados dos testes da hemoglobina glicada (A1C), além dos testes baseados em glicemia. Estes testes identificam grupos diferentes de pacientese aqueles identificados pela A1C parecem ter um perfil mais desfavorável às complicações do que os identificados pelos testes de glicemia. No entanto, o uso da A1C apresenta algumas limitações e tem sido questionada como teste de escolha para o diagnóstico de DM devido a fatores que afetam a sua interpretação. A anemia pode ocasionar aumento ou diminuição dos níveis da A1C, devido à alteração no tempo de meia vida das hemácias. Hemoglobinopatias e a hemoglobina carbamilada podem aumentar ou diminuir os valores da A1C. Recentemente, estudos demonstraram que existe diferença nos níveis de A1C entre as etnias, a qual parece ser independente das alterações glicêmicas ou hematológicas. Neste trabalho analisamos a influência de possíveis fatores que podem afetar os níveis de A1C em adultos sem DM através de revisão sistemática e metanálise. Avaliamos também a associação dos níveis de A1C com os níveis de albuminúria e prevalência de DRD no momento do diagnóstico do DM tipo 2 em estudo transversal. Nossos resultados mostraram que os efeitos da HbAS e uremia sobre os níveis de A1C em indivíduos sem DM estão dentro da variação individual esperada, e não devem afetar a interpretação dos resultados de A1C para diagnosticar DM. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar os efeitos da anemia por deficiência de ferro e/ou deficiência de ferro nos níveis de A1C. Também demostramos que os níveis de A1C são diferentes entre negros, asiáticos e latinos quando comparados com brancos na ausência de DM. Estas diferenças são relevantes quando se considera o uso da A1C como critério diagnóstico utilizando apenas um ponto de corte para todas as populações, sem considerar a origem étnica. Em relação à associação da A1C com DRD, nossos dados mostraram que indivíduos com maiores níveis de A1C tem um perfil renal desfavorável. No entanto, tanto A1Ccomo os testes baseados na glicemia apresentam baixo desempenho para identificar pacientes com albuminuria elevada.
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