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Hilda Hilst - Respiros : uma experiência de divulgação / Hilda Hilst - Respiros : an experience of divulgation

Alves, Mariana Garcia de Castro, 1980- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Cristiane Pereira Dias / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-20T11:28:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Alves_MarianaGarciadeCastro_M.pdf: 14657111 bytes, checksum: a70bf97658b216037d83f0fb5f5f013b (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O trabalho a seguir trata da exposição HILDA HILST - RESPIROS, realizada em 2010, na Universidade Estadual de Campinas. A mostra foi composta de desenhos da escritora em diálogo com trechos de sua literatura. Teve o objetivo de produzir uma leitura poética da obra. Aqui apresentamos essa experiência de divulgação e refletimos sobre a produção literária de Hilda Hilst em relação à sua produção iconográfica. A poeta desenhava quando o exercício da escrita se lhe tornava pesado, e assim, traçava no papel suas atribulações para "dar uma respirada". Como um convite à leitura, esta dissertação toca nos sentidos em torno de Hilda Hilst nas relações entre obra, autor e público. Apesar do reconhecimento de crítica, atingindo excelência nos três gêneros, sua obra ainda é pouco conhecida, o que poderia ser atribuído a muitos fatores, entre eles a reiteração do mito da artista excêntrica. Este trabalho traça uma geografia hilstiana e, no campo da divulgação, aposta na materialidade de seus desenhos como espaço de produção de sentidos outros em Hilda Hilst / Abstract: This essay deals with the exhibition HILDA HILST - RESPIROS, presented in 2010 at Universidade Estadual de Campinas, in Brazil. The exposure consisted of drawings of the writer in dialogue with parts of her literature. The purpose of the exhibition was to make a poetic reading of her work. Here we present the experience of the disclosure and we think about the literary production of Hilda Hilst in relation to her iconographic production. The poet used to draw when the writing exercise was hard, so she used to draw to "take a breath", "dar um respiro", in Portuguese. As an invitation to read, this work brings thoughts about the senses between work, author and public. She achieved excellence in all the three genres but, in spite of the critical recognition, her work remains unknown. This could be attributed to many factors, including the reiteration of the myth of the eccentric artist. In the field of dissemination, this paper describes a "hilstian geography" and bets on the materiality of her drawings as a place of production of other senses in Hilda Hilst / Mestrado / Divulgação Científica e Cultural / Mestre em Divulgação Científica e Cultural
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Entre la medusa y el unicornio. Manifestaciones de écriture féminine en Tu não te moves de ti y Fluxo-Floema de Hilda Hilst

Paixão, Milena January 2014 (has links)
Tesis para optar al grado de Magíster en Literatura / Autor no autoriza el acceso a texto completo de su documento. / El presente trabajo tiene como objetivo analizar dos novelas de la escritora brasileña Hilda Hilst, específicamente indagar en ellas cómo se constituyen los sujetos -desplegados en personajes y narradores- y la arquitectura textual. Desde mi punto de vista, estamos en presencia de una escritura con rasgos singulares y que a mi parecer se inscriben en lo que Hélène Cixous en un momento denominó escritura femenina. El corpus seleccionado corresponde a dos obras claves, de la tardía trayectoria de Hilst, en el territorio de la prosa: Flujo-Floema y Tu não te moves de ti. En la primera me concentraré en la complejidad de la experimentación que la autora despliega en su narrativa: la multiplicidad de los narradores y la arquitectura textual per se; mientras que en el segundo me enfocaré en el contenido simbólico y la oposición propuesta entre Razón y Fantasía, y como la autora parece asociar estas dos dimensiones a una binaridad sui generis masculino/femenino. Asimismo, también trabajaré cómo se constituye la diferencia en la representación de lo corpóreo en ambas novelas / The present work aims at analyzing two novels by the Brazilian author Hilda Hilst, especifically at venturing into the process of construction of the subjects -split into characters and narrators- and the textual architecture. From my point of view, her writing is one of very particular characteristics that may correspond to what Hélène Cixous has once called feminine writing. The corpus selected is composed of two key works of her late experiences with prose writing: Fluxo-Floema and Tú não te moves de ti. In the former I will concentrate in the complexity of the structural games the writer inscribes in her narrative: the multiplicity of narrators and the textual architecture per se; while in the latter I will focus on the symbolic contents and the opposition between Reason and Fantasy, and how the author seems to associate these two dimensions with a sui generis duplicity male/female. Besides, I will also work on how the difference is constituted in the representation of the body in both novels.
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Imagens da poesia erótica de Hilda Hilst / Images of Hilda Hilst's poetry

Tacca, Paula Cristina Dolenc Cabral, 1980- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Joaquim Brasil Fontes Júnior / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-22T10:47:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tacca_PaulaCristinaDolencCabral_M.pdf: 5563981 bytes, checksum: c0376d69299d90030997c3c8991070d7 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Este estudo parte de uma construção autoral poético-fotográfica, desenvolvida a partir da leitura, fragmentação e interpretação do livro Do Desejo, da escritora e poeta Hilda Hilst. Desde essa produção experimental, que dialoga diretamente com fragmentos da poesia hilstiana e com as ideias e construções sobre o desejo apresentadas pela escritora em seu livro, intenciona-se uma fusão entre o tema do desejo e outros motivos na obra de Hilda Hilst e os de uma leitora que se envolve e interpreta a sua poética a partir do suporte fotográfico. Para ajudar a desenvolver uma reflexão sobre essa produção, alguns pensamentos e autores são colocados em cena para um diálogo sobre o processo criativo desenvolvido na relação texto-fotografia, autora-leitora, assim como textos de narrativa mais poética que pretendem apresentar referências, motivações e construções que perpassam a produção autoral que é o foco do trabalho. / Abstract: This study starts from an authorial poetic-photographic construction developed from the book "The Desire"'s reading, fragmentation and interpretation, writer for Hilda Hilst. Sinc that trial production, which speaks directly with fragments of the poet and her ideas and constructions about desire, intends to be a fusion between the desires and issues Hilst and a reader who is involved and interprets her poetry from the photographic support. To help develop a reflection about this production, some thoughts and authors are placed on the stage for a dialogue about the creative process developed in the text-picture relationship as well like author-reader relationship. Personal poetic narrative texts wish and intend to present references, motivations and constructions that underlie the authorial production that is the focus of the work. / Mestrado / Educação, Conhecimento, Linguagem e Arte / Mestre em Educação
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Kadosh e o sagrado de Hilda Hilst / Kadosh and the Sacrality of Hilda Hilst

Carneiro, Alan Silvio Ribeiro, 1981- 14 August 2018 (has links)
Orientador: Suzi Frankl Sperber / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-14T12:11:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carneiro_AlanSilvioRibeiro_M.pdf: 1275298 bytes, checksum: a2095894261d8a6754cc30f18b7a7e95 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: Hilda Hilst (1930-2004) publicou diversos livros de poesia nos anos de 1950 e 1960 e ainda escreveu algumas obras teatrais entre 1967 e 1970. O surgimento em 1970 da sua primeira obra em prosa é um momento importante de construção do seu projeto literário onde os limites entre vida e obra começam a ser cada vez mais estreitados. A pesquisa desta dissertação quer contribuir para a compreensão deste contexto a partir de uma leitura do conto Kadosh, publicado no ano de 1973, na obra de mesmo nome, tendo como foco a questão do sagrado. A metodologia utilizada partiu da leitura desta obra e do conjunto da produção de Hilda Hilst, para em seguida investigar no arquivo, em fotos, cartas, anotações e originais, os rastros da emergência desta problemática na obra da autora. O destaque particular foi dado para o período entre o final dos anos de 1960 e começo dos anos de 1970, relacionados ao contexto específico de produção de Kadosh. O resultado da pesquisa são os quatro ensaios, independentes, mas interconectados que se apresenta neste trabalho: o primeiro abordando como a questão do sagrado emerge enquanto um problema literário para Hilda Hilst, através da análise de algumas correspondências que tratam do ofício da literatura, apontando indiretamente como se configura para a autora uma imagem privada de si, nos anos de 1950 e 1960; o segundo enasio parte de excertos de textos e de originais para mostrar como se configura a problemática do sagrado na sua obra literária até a publicação da coletânea de Kadosh, apontando ao final, através da análise de alguns excertos críticos, como se forma uma imagem pública da autora, à época da publicação do conto, nos anos de 1973-74; o terceiro parte do campo de significações relacionados à religiosidade que estão presentes nos rastros do arquivo, para produzir uma interpretação de Kadosh, do ponto de vista do seu universo referencial e o último ensaio tece considerações sobre a forma como se caracteriza a escritura da autora no texto e que gera contradições com relação ao conjunto de representações religiosas do conto, constituindo-se deste modo a sua aproximação particular ao sagrado. Como subproduto da pesquisa produziu-se ao final uma edição comentada de Kadosh que aponta parte das referências feitas na obra. A conclusão desta pesquisa indica como, no trabalho com o arquivo, a relação vida e obra se constitui como um amálgama indissociável que determina o percurso da interpretação, sendo um lugar de contradição e um desafio para a crítica. / Abstract: Hilda Hilst (1930-2004) published some books of poetry in the 1950's and 1960's and wrote some drama from 1967 to 1970. The appearance of her first book in prose, in 1970, is an important moment in the building of her literary project, when the limits between her personal life and her literary work get closer. The research os this dissertation intends to contribute to the understanding of this context, with an interpretation of the short story Kadosh, published in 1973, in the book with the same name, with a focus in the question of sacrality. The methodology began with the reading of this story and all the published books of Hilda Hilst, after this it was done a research in the archives, working with photos, letters, booknotes and the originals, looking for the signs of the appearance of this question in the work of the writer. The main attention was directed to the period between the end of the 1960's and the begining of the 1970's, more related to the context of Kadosh. The results of all this research are the four related essays, which are presented here: the first one analyses the appearance of the sacrality as a literary question for Hilda Hilst, working with some letters, which have as theme the problem of the writer's work, showing up Hilst's image of her own, in the 1950's and 1960's; the second essay choose some excerpts of Hilst's published books, of her originals and of some articles published in the print about Kadosh, showing up Hilst's public image, in 1973-74; the third one began with an analysis of the religious references, which can be seen in the signs of the archive to produce an interpretation of Kadosh; by the end, the last one is an analisys of the writing of the author in the short story, which produces a contradiction with the religious representations of Kadosh and constitutes the special approach of Hilst to sacrality. As another result of this research, it was organized a commented edition of the short story Kadosh, which indicates part of the references alluded by the text. The conclusion of this work show up how in the work with the archives, the relation between life and literary work as one whole directs the way of interpretation and build a place of contradictions, which plays a role in making the criticism a challenge. / Mestrado / Literatura Brasileira / Mestre em Teoria e História Literária
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Literaturas subterrâneas e formação-artista: biografização, escrita e experiência / Subterranean literature and artist-formation

Olinda, Sahmaroni Rodrigues de January 2016 (has links)
OLINDA, Sahmaroni Rodrigues de. Literaturas subterrâneas e formação-artista: biografização, escrita e experiência. 2016. 194f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2016. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2016-11-07T12:14:37Z No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2016-11-07T14:45:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-11-07T14:45:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_tese_srolinda.pdf: 1863104 bytes, checksum: 49e9d522541ae75e7cf14b489c36f4d5 (MD5) Previous issue date: 2016 / Reading – as a braconnage – of the biographical process of the experience of the agents self-called writers, “sons of a sheet”, this study aims at comprehending, from the self-figuring along the biographical narrations about the way some social agents, who do not “depend” on editorial market – the “market order of the books” – to make their artistical-literary works come out become writers (process of subjectivity, immersion of existential territories). The objective is to enlighten a huge production of some subterranean literature which bathe and drop in pubs, streets, cafes, culture points, among other zones of meeting and sharing. Our theoretical support is upon the following postulates and authors: Roger Chartier (2003, 2005, 2009) and the studies about reading as a culture practice; Michel de Certeau and the microbial practices of the invention of the ordinary life; Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) and the relation between formation and experience; Jacques Rancière (1987, 1995, 2000) and his conceptions about the sharing of the sensitive and his method of equality, Guatari (2011, 2012) and Guatari & Deleuze (1990, 2011) and their conception about subjectivity. As a methodological perspective, we made use of the Biographical Research on Education (DELORY-MOMBERGER, 2015). We also made use of the narrative interview and the journals of the researcher and the researched as “techniques” of producing data. We produced a way of reading the data which respected the singularities of the per-courses and the territories studied. The study made evident a huge production and circulation of literary printed-objects (fanzines, hand-made books, loose sheets etc.) and the difficulty of separation between screen/page as a way to promote the literary writing as well as the ways of being, making and acting of the interviewed writers – their artist-formation – to become “sons of a sheet”. / Leitura – como braconnage – da biografização da experiência de agentes que se dizem escritores, filhos da pauta, este estudo objetiva compreender, a partir da figuração de si nos relatos biográficos sobre como agentes sociais que não “dependem” do mercado editorial – a “ordem mercadológica dos livros” – para fazerem circular seus trabalhos artístico-literários formam-se “escritores/as” (processo de subjetivação, imersão de territórios existenciais). Trata-se de evidenciar uma caudalosa produção de literaturas subterrâneas que banham e escorrem em bares, ruas, bosques, centros culturais, dentre outras zonas de encontro e partilha. Para tanto, contou com o apoio teórico de Roger Chartier (2003, 2005, 2009) e os estudos sobre a leitura como prática cultural, Michel de Certeau (1990) e as práticas microbianas de invenção do cotidiano, Jorge Larossa (1998, 2002, 2004) e a relação entre formação e experiência, Jacques Rancière (1987, 1995, 2000) e suas concepções de partilha do sensível e método da igualdade, Guattari (2011, 2012) e Guattari & Deleuze (1990, 2011) e sua concepção sobre subjetivação. Como perspectiva metodológica, foi utilizada a Pesquisa Biográfica em Educação (DELORY-MOMBERGER, 2015). Foram utilizadas a entrevista narrativa, o diário de campo e o diário de participante como “técnicas” de produção de dados. Produzimos então uma forma de ler os dados que respeitasse as singularidades dos percursos e territórios estudados. O estudo evidenciou uma proliferação de produção e circulação de objetos-impressos literários (zines, livros feitos à mão, folhas avulsas etc) e a dificuldade de separação entre tela/página como modo de divulgação de escritos literários por parte dos artistas da palavra entrevistados, como também seus modos de fazer, ser e agir – sua formação-artista – para se tornarem filhos da pauta.
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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Economia simbólica dos acervos literários : itinerários de Cora Coralina, Hilda Hilst e Ana Cristina César

Britto, Clovis Carvalho 03 June 2011 (has links)
Dissertação (monografia)—Universidade de Brasília, Departamento de Sociologia, 2011. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-09-05T18:05:09Z No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Approved for entry into archive by Jaqueline Ferreira de Souza(jaquefs.braz@gmail.com) on 2011-10-13T14:18:38Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-10-13T14:18:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_ClovisCarvalhoBritto.pdf: 1570264 bytes, checksum: 7d810915adbc09261409d9aa202413d3 (MD5) / Este trabalho tem como horizonte temático as trajetórias e estratégias mobilizadas poralgumas escritoras para a inserção e reconhecimento no campo literário brasileiro ao longo doséculo XX a partir do que definimos como uma sociologia dos/nos acervos lit erários.Mediante os procedimentos teórico -metodológicos de Pierre Bourdieu observamosespecificidades e estratégias comumente utilizadas pelas poetisas Cora Coralina, Hilda Hilst eAna Cristina César para obter sua inserção e distinção no campo de produç ão simbólico,notadamente no que diz respeito ao modo como seus acervos integram as tramas de umaeconomia simbólica. A partir desse contorno, destacamos como os acervos pessoais consistemem nichos para a manipulação do capital e moeda valiosa na economia de trocas simbólicas,especialmente na configuração dos trajetos e memórias das mulheres escritoras. O recursometodológico ao acervo das autoras contribuiu para a visualização de seus projetos estéticos,biográficos e políticos, já que por meio dos docum entos construíram determinadas imagens desi e de suas obras para a posteridade, herança mobilizada pelas titulares e herdeiros simbólicosno intuito de produzir e sustentar determinadas crenças em seus nomes. A partir dos acervosfoi possível reconstruir relações promovidas por e em nome das poetisas, explicitandovinculações hierarquizantes entre suas trajetórias e os registros produzidos na batalha peladistinção no campo literário. A visualização das diferentes posições e das tentativas deprofissionalização das escritoras em um período marcado por um maior processo demercantilização cultural é apresentada em cinco capítulos, distribuídos em três partes. Aprimeira empreende um esboço do que definimos como uma sociologia dos acervos eestabelece possíveis caminhos para a utilização dos acervos pessoais como objeto sociológico.A segunda contempla a análise dos registros documentais cujo intuito é reconstruir astrajetórias das autoras, suas incursões e estratégias no espaço de possíveis expressivos,demonstrando como suas obras incorporaram marcas e/ou apresentaram resistência à inserçãomarginal a que foram submetidas em uma arena de poder marcadamente masculina. Já aúltima parte avalia como os acervos contribuem para a manutenção e reinvenção das cren çasem obras e autoras, confluindo para a compreensão de algumas práticas defabricação/consagração de legados, de encenação da imortalidade e do entrosamento entre ossubsistemas cultural e econômico. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / This work aim for trajectories and strategies that some writers used in order to be part of theBrazilian literary field in the XX century and be recognised on it as well. It was defined by usas a sociology from/about literary's heap. Considering the Pierre Bourdieu's theoretical -methodological frame, we observed characteristics and strategies often used by female poetssuch as Cora Coralina, Hilda Hilst and Ana Cristina César in order to get their place anddistinction in the field of symbolic production. We observed the way in w hich heaps are ableto integrate the symbolic economy. From this point -of-view, we highlighted that personal'sheaps can be thought as a niche for the manipulation of "capital" and be considered as avaluable "coin" in the symbolic economy, especially in the configuration of paths andmemories from the female writers. Choosing female writers' heaps as a methodological sourcehelped to visualize their aesthetical projetcs, both political and biographic, since theybuilt through these documents some images a bout themselves and their works to the posterity- a heritage mobilised by their holders and heirs in order to produce and sustain some beliefsabout their names. Through these heaps it was possible to rebuild relations promoted by thesefemale poets - by them/ and in their names -, and to explicit hierarchizing connections betweentheir individual trajectories and registers made during their battle to get distinction in theliterary field. The visualization of their different positions and attempts of profe ssionalizationin a period marked by a shift in the cultural mercatilisation process - is presented here in 5chapters, distributed in three parts. The first part outlines what we have defined as a sociologyfrom/about literary's heap. Also, it stat es possible ways to use personal's heaps as asociological object. The second part contemplates an analysis of documental registers in orderto rebuild their trajectories, incursions and strategies in the "space of possibles expressives";demonstrating how their works have incorporated marks and/or presented resistance to themarginal incursion under which they were submitted in the "stadium of male power". In thelast part, it evaluates how heaps contribute to the maintenance and reinvention of beliefs inthe authors and their works, converging to the comprehension of some practices offabrication/ consecration of legacies, immortalit performance and fit in the cultural andeconomics subsystem. _______________________________________________________________________________ RÉSUMÉ / Ce travail a pour horizon thématique les trajectoires et stratégies déployées par certainesécrivaines pour leur insertion et leur reconnaissance dans le domaine litt éraire brésilien, aucours du XXème siècle, à partir de ce que nous définissons comme une sociologie des / dansles collections littéraires. Grâce aux procédures théoriques et méthodologiques de PierreBourdieu, nous observons des spécificités et stratégies couramment utilisées par les poétessesCora Coralina, Hilda Hilst et Ana Cristina César pour obtenir leur insertion et leur distinctiondans le domaine de la production symbolique, notamment en ce qui concerne la façon dontleurs collections intègrent les trames d'une économie symbolique. A partir de ce contour, nousmontrerons comment les collections personnelles se composent de niches pour lamanipulation du « capital » et de « monnaie précieuse » dans l'économie des échangessymboliques, en particulier dans la configuration des chemins et des souvenirs des écrivaines.Le recours méthodologique à la collection des auteures a contribué à la compréhension deleurs projets esthétiques, biographique s et politiques, puisque, par le biais de documents , ellesont construit des images d'elles -mêmes et de leurs oeuvres, pour la postérité, héritage mobilisépar les propriétaires et leurs héritiers symboliques, en vue de produire et de maintenircertaines croyances en leurs noms. Il a été possible, à partir des collections, de reconstruiredes relations promues par et au nom des po étesses, explicitant des liens de hiérarchies entreleurs trajectoires et les documents produits dans la bataille pour la distinction dans le domainelittéraire. La visualisation des différentes positions et d es tentatives de professionnalisationdes écrivaines dans une période marquée par un processus plus large de marchandisationculturelle est présentée dans cinq chapitres, distribués en trois parties. La première entreprendune ébauche de ce que nous définissons comme une sociologie des collections et offre despistes possibles pour l'utilisation des collections personnelles comme objet sociolo gique. Ladeuxième consiste à analyser des archives documentaires qui visent à reconstruire lestrajectoires des auteures, leurs incursions et leurs stratégies dans l'espace d'expression spossibles, en montrant comment leurs oeuvres ont été constituées de marques et / ou ontprésenté des résistances à l'insertion marginale à laquelle elles ont été soumises, dans unearène du pouvoir fortement masculine. La dernière partie examine, quant à elle, de quellemanière les collections contribuent au maintien et à la réinvention de croyances dans lesoeuvres et dans les auteures, convergeant vers la compréhension de certaines pratiques defabrication / consécration de legs, de la mise en scène de l'immortalité et de l´harmonisationentre les sous-systèmes culturel et économique.
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Sem título, à Hilda Hilst

Alexandrini, Camila January 2013 (has links)
Cette dissertation commence avec les questions et les inquiétudes qui émergent de la lecture de l’oeuvre de Hila Hilst et aussi d'un désir théorique qui traverse mon chemin académique. Quand je mets les textes de l'auteur face au concept de la dispersion de Maurice Blanchot, je n'ai pas l'intention de m'enfermer dans une analyse littéraire dépliée en ses genres, ici ou ailleurs. Où va Hilda Hilst ? Où va la théorie littéraire? À son disparition, comme Blanchot dit en réponse à la question: “Où va la littérature?" Dans ce sens je m'inquiète de m’éloigner du vouloir-saisir des théories, pour que les mots de Hilst apparaissent dans l'état de devenir poétique, comme en fait ils le sont. Alors, les choix que j'ai faits des textes littéraires de Hilst ont suivi deux critères : le plaisir de la lecture et le désir de la dispersion. D’ailleurs je me sers de la possibilité de la pluralité de l'objet littéraire dans la postmodernité pour apporter aux textes des réflexions qui surgissent pas seulement de la littérature mais aussi comme de possibles dépliements de ces textes dans le théâtre et dans les arts plastiques. De cette façon, par l'intersection des théories, étant elles surtout la théorie littéraire et la théorie théâtrale, je cherche d'autres voies pour la compréhension des textes de Hilda Hilst, bien comme de l'objet de la littérature. Sous l'inclination du critique littéraire Roland Barthes, mon écriture est construite à travers les notions d'écriture et de fragment. C'est en raison d'une envie de déplacement que la disposition de ces éléments dans un ensemble devient possible. De l'immensité au geste, la littérature d'Hilst s'échappe d'une représentation et est conduite à ce que je comprends par théâtralité. Ainsi le déplacement est aperçu au long d'un parcours instable et inachevé d'une analyse littéraire et y compris d'un corps qui se promène pour d'autres langages, où il est possible de se retrouver au bord de ce chemin Walter Benjamin. Le « je » qui traverse mon écriture n'es pas effacé, puisque pour que je devienne une autre il est nécessaire détendre ce « je » à travers des langages qui le constituent. Parmi les divers faits et gestes de la littérature comparée, rien ne m'intéresse autant que les traces d'une liberté qui est là offerte au domaine théorique de la littérature, même devant beaucoup d'impasses. La liberté qui est ici assumée dans son écriture et dans son responsabilité. / Esta dissertação parte dos questionamentos e das inquietudes que surgem da leitura da obra de Hilda Hilst e de um pulsar teórico que transpassa minha trajetória acadêmica. Uma vez que coloco os textos da autora diante do conceito de dispersão de Maurice Blanchot, não intento me delimitar a uma análise literária desdobrada em seus gêneros, nesse ou naquele lugar. Para onde vai Hilda Hilst? Para onde vai a teoria literária? Ao seu desaparecimento, como diz Blanchot em resposta à pergunta: “Para onde vai a literatura?” Nesse sentido, preocupo-me em distanciar-me do querer-agarrar das teorias, para que as palavras de Hilst apareçam em estado de devir poético, como de fato elas são. Sendo assim, as escolhas que fiz dos textos literários de Hilst levaram em conta dois critérios: o prazer na leitura e o desejo de dispersão. Além disso, utilizo-me da possibilidade de pluralidade do objeto literário na pós-modernidade para trazer ao texto reflexões que surgem não só da literatura, mas também de seus possíveis desdobramentos no teatro e nas artes plásticas. De tal modo, através do entrecruzamento de teorias, sendo elas, principalmente, a literária e a teatral, busco outras vias à compreensão dos textos literários da autora, bem como do objeto da literatura. Sob o viés da crítica literária de Roland Barthes, minha escrita é construída por meio dos conceitos de escritura e fragmento. É devido a um anseio de deslocamento que a disposição desses elementos em conjunto torna-se possível. Da imensidão ao gesto, a literatura hilstiana escapa de uma representação e é conduzida ao que entendo por teatralidade. Assim, o deslocamento é percebido no percurso instável e inconcluso de uma análise literária e, inclusive, de um corpo que passeia por outras linguagens, onde Walter Benjamin aparece à margem desse caminho. O eu que atravessa minha escrita não é obliterado, já que, para tornar-me outra, é necessário distender esse eu através das linguagens que o constituem. Entre os diversos fazeres da literatura comparada, nada me interessa tanto quanto os rastros de uma liberdade que ali é disposta ao teórico da literatura, mesmo que diante de tantos impasses. Liberdade que é aqui assumida em sua escrita e também em sua responsabilidade.
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De tua sábia ausência = a poesia de Hilda Hilst e a tradição lírica amorosa / Your wise absence : the poetry of Hilda Hilst and the lyric tradition of love poems

Destri, Luisa 16 August 2018 (has links)
Orientador: Antonio Alcir Bernárdez Pécora / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-16T03:36:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Destri_Luisa_M.pdf: 705745 bytes, checksum: 628bf16009e622f745950a38a05129b3 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Partindo de observações aceitas pela crítica em relação à obra de Hilda Hilst (1930 - 2004) segundo as quais o livro Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974) representaria um marco em sua produção, este trabalho propõe uma leitura da poesia amorosa da autora, elegendo-o como corpus principal e se guiando a partir dos seguintes objetivos: investigar o modo como se dá o diálogo com a tradição, cuja presença é patente desde os títulos das obras, tais como "Sonetos que não são" (Roteiro do silêncio - 1959) e Ode fragmentária (1961); identificar e descrever a forma particular como o eu lírico retrata a experiência amorosa e reflete sobre ela; compreender como o livro de poemas amorosos se encaminha para um último conjunto de poemas engajados; analisar a relação desse livro com toda a produção hilstiana / Abstract: Taking from observations of Hilda Hilst's work generally accepted by the critics, and according to which the book Júbilo, memória, noviciado da paixão (1974) represented a milestone in the writer's body of work, this essay proposes an analysis of the author's love poems. Those poems, thus, will be the main corpus, guiding us through the following goals: to investigate the dialogue with tradition, which can be observed as early as in the titles themselves, such as in "Sonetos que não são" (Roteiro do silêncio - 1959 - a title which brings forth the sonnet form, only to deny it) and Ode fragmentária (1961 - a title that exposes the fragmentation of the ode compositions); to identify and describe the unique way in which the lyric self portrays the amorous experience and thinks about it; to understand how the book of love poems refers to a last ensemble of engaged poems; to analyze the book's relations with the whole of Hilda Hilst's body of work / Mestrado / Teoria e Critica Literaria / Mestre em Teoria e História Literária

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