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O Serviço de Proteção aos Índios e o estabelecimento de uma política indigenista republicana junto aos índios da reserva de Dourados e Panambizinho na área da educação escolar (1929 a 1968)Girotto, Renata Lourenço [UNESP] 24 May 2007 (has links) (PDF)
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girotto_rl_dr_assis.pdf: 2508553 bytes, checksum: afa80b1992fcf4b393f000a55a5514c7 (MD5) / Este trabalho trata da política indigenista do Estado Republicano ao sul de Mato Grosso, tendo como objeto específico o processo de educação escolar na Reserva de Dourados e Aldeia Panambizinho, no período de 1929 a 1968. Os referenciais teórico-metodológicos adotados baseiam-se, primordialmente, na História Cultural, na História Social, na Antropologia e na Etnografia, com a contribuição das fontes da História Oral. Intenta-se a construção de uma História que, ao mesmo tempo em que evidencia a violência cometida contra os povos indígenas, os reconhece como agentes sociais. Ao longo do trabalho, analisamos as concepções da política indigenista oficial em suas contradições e ambigüidades, passando do plano discursivo ao prático. Buscamos reconstituir o processo de criação da Reserva Indígena de Dourados e da Terra Indígena do Panambizinho, fazendo uma breve contextualização dos condicionamentos históricos recentes da migração dos Terena e dos Guarani até a região, perpassando pela caracterização de sua conformação étnico-cultural, em seus aspectos mais relevantes. Com base em documentos escritos e orais, demonstramos o entrelaçamento do Serviço de Proteção ao Índio com a Missão Evangélica Caiuá, o primeiro abdicando de sua proposta inicial de secularização das práticas sociais para processar, em parceria com a Instituição religiosa, um projeto de escola alicerçado num ideário que combinava catequização e educação, visando garantir a civilização e a integração dos índios à sociedade local, a ponto de fazer, daquela última, parte constitutiva da estrutura política do órgão tutor. Concomitantemente, buscamos relacionar alguns depoimentos referentes ao modelo de escola implantado e a visão de índios informantes que estudaram nas décadas de 1950 e 1960. / This work presents the indigenist politics of the Republican State in the south of Mato Grosso, and has as specific object the process of school education in the Reservation of Dourados and Aldeia Panambizinho, in the period 1929-1968. The theoretical-methodological referentials are based mainly on Cultural History, Social History, Anthropology and Ethnography, with the contribution of the sources of Oral History. It was attempted the construction of a History that evidences the violence that is committed against the indigenous people, at the same time that recognizes them as social agents. Along the work, it were analyzed the conceptions of the official indigenist politics in their contradictions and ambiguities, passing from the discursive plan to the practical. It was sought to reconstitute the process of creation of the Indigenous Reservation of Dourados and the Terra Indígena do Panambizinho, contextualizing the recent historical conditionings of the migration of the Terena and Guarani to the area, passing through the characterization of their ethnic-cultural resignation in the more relevant aspects. Based on written and oral documents, it was demonstrated the interlacement of S.P.I. with the Missão Evangélica Ciuá, the first abdicating of its initial proposal of secularization of the social practices to develope a school project in partnership with the religious Institution, founded on an ideology that combined catechization and education, seeking to guarantee the civilization and integration of the Indians to the local society, to the point of converting the last one in a constituent of the tutor organ political structure. At the same time, it presents some testimonies regarding the school model implanted in the reservation and the view of informant Indians that studied there in the decades of 1950 and 1960.
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Etnobotânica de plantas antimaláricas em comunidades indígenas da região do Alto Rio Negro – Amazonas – BrasilKffuri, Carolina Weber [UNESP] 05 May 2014 (has links) (PDF)
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000791371.pdf: 3073551 bytes, checksum: dded436ea0083dc798d48e48c50222f1 (MD5) / Mais de 3,3 milhões de pessoas no mundo estão expostas a malária. Os medicamentos utilizados no combate à doença já apresentam sinais de resistência. No Brasil 99% dos casos acontecem na Amazônia legal. É uma doença endêmica da região do Alto rio Negro, considerada uma região cultural sui generis, onde mais de 90% dos habitantes são indígenas, falantes de 23 línguas, e a floresta é preservada e pouco conhecida pela ciência acadêmica. É o primeiro trabalho etnobotânico sobre plantas antimaláricas na região. As negociações para obtenção de autorização de pesquisa foram intensas entre os anos de 2010 e 2013, a pesquisa de campo foi realizada entre setembro de 2011 e julho de 2012 e setembro a novembro de 2013 em cinco comunidades indígenas. Foram registradas 46 espécies utilizadas no tratamento da malária pertencentes a 24 famílias botânicas, a maioria nativa do domínio fitogeográfico da Amazônia. As percepções culturais acerca da doença foram registradas, assim como o nome de algumas plantas nas principais línguas da região e foi feito um estudo de fitonímia da Língua Geral Amazônica. Das 46 espécies 14 possuem estudos científicos comprovando sua atividade antimalárica e 25 podem ser consideradas interessantes para estudos científicos futuros. Apenas cinco espécies apresentaram consenso de uso. O grande número de espécies nativas utilizadas, os fatores históricos e as percepções culturais dos participantes a cerca da doença demonstram que há conhecimento local e sua aplicação, assim com a necessidade de proteção ambiental e cultural da área, e a urgência de programas que promovam a cultura medicinal local e auxiliem o entendimento intercultural / More than 3.3 million people worldwide are exposed to malaria. The drugs used in combating the disease already show signs of resistance. In Brazil 99% of cases occur in Legal Amazônia. It is an endemic disease in the Upper Negro River considered a sui generis cultural region, where more than 90 % of inhabitants are native speakers of 23 languages, and the forest is preserved and unknown to science. It is the first ethnobotanical work on antimalarial plants in the region. Negotiations for obtaining research permission were intense between 2010 and 2013. And the fieldwork was carried out between September 2011 and July 2012 and September and November 2013, in five indigenous communities . 46 species are used to treat malaria were recorded belonging to 24 botanical families, most native of the Amazon phytogeographical area. Cultural perceptions of the disease were recorded, as well as the name of some plants in the two major languages of the region and a study of fitonímia in Língua Geral Amazônica was made. 14 of the 46 species have scientific studies proving its antimalarial activity and 25 can be considered interesting for future scientific studies. Only five species showed consensus in use. The large number of native species used and cultural perceptions of the participants about the disease demonstrate that there is local knowledge and its application as the need for environmental and cultural protection of these area, and the urgency of programs that promote the local medical culture and assist intercultural understanding.
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Arandu Nhembo'eaOliveira, Diogo de January 2011 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Antropologia social / Made available in DSpace on 2012-10-25T22:16:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
299848.pdf: 8566684 bytes, checksum: 45e92bcde20339c4c09e4aa4b21b70c4 (MD5) / Este estudo trata das formas pelas quais os índios Guarani sentem, conhecem e aprendem expresso pela noção de arandu, uma forma de conhecimento sensível que permite a capacidade de #sentir o tempo-espaço ao longo da experiência no clima-mundo#. Tomando o substantivo nhembo.ea, #fazer-se em palavras#, é interpretado como os processos de aprendizagem e a circulação de saberes que é praticada entre os Guarani como uma forma de rezo-oração. Eu convivi com a família de um casal de xamãs (karai) no aldeamento Tekoa Y.. Morotch. Vera (TI Mbiguaçu/SC). O fio condutor metodológico, guiado pelo termo oguerodjera, #criar-se a si mesmo no curso da própria evolução#, foi experienciar o arandu através da participação sensorial. Na primeira parte do estudo verso sobre a presença Guarani no litoral catarinense, especialmente da ocupação de famílias Chiripá e Pa. no sul do Brasil desde o final do século XIX. Apresento um histórico da família estudada e sua iniciativa pela proteção e salvaguarda do patrimônio cultural da etnia. Relaciono esta atividade ao papel histórico do xamã entre os Guarani como líder político e religioso da família, na qual atua como nucleador de resistência da identidade grupal. Na segunda parte, sistematizo minha experiência no arandu com notas sobre a cosmologia solar e o sistema de atribuição das #almas-nome# enquanto categorias construtoras da noção de pessoa na qual nomos e cosmos são co-extensivos. A organização cosmo-espacial é explorada por meio da liderança do casal de xamãs nas atividades cotidianas e nas práticas agrícolas da aldeia. A realização dos cultivos de plantas e as relações familiares possuem um ideal de afecção e conduta regido pelo amor (mborayu), que por sua vez nutre o poder xamânico (py.a-guatchu), permitindo aos karai a reparação da ordem cosmo-social e a condução das curas. Descrevo as cerimônias religiosas e discuto o seu papel sócio-educativo entre os Chiripá, apontando que os processos terapêuticos que estão associados às curas por benzimentos xamânicos, que visam à manutenção do bem-estar psico-social do grupo. Xamanismo é o desenvolvimento de uma faculdade humana que potencializa a afetividade nas relações sociais e se expressa na atividade ritual da comunidade, constituindo o fundamento do arandu nhembo.ea praticado pelo casal de xamãs / This study deals with the ways in which the Guarani Indians feel, know and learn, expressed by the notion of arandu, a form of sensorial knowledge that concerns the ability to "feel time-space along experience in the weather-world ". The noun nhembo'ea, "creating through words#, is interpreted as the processes of learning and circulation of knowledge that is practiced by the Guarani as a kind of prayer or oration. I lived with the family of a shaman couple in the settlement Tekoa Y'. Morotch. Vera (TI Mbiguaçu / SC - Brazil). My methodological approach, guided by the term oguerodjera, "to construct yourself in the course of your evolution", was to experience arandu through sensorial participation. The first part of the study deals with the Guarani presence on the coast of Santa Catarina, focusing on the occupation of Chiripá and Pa. families in southern Brazil since the late nineteenth century. I present the history of the family of Mbiguaçu and their initiatives to protect and safeguard their cultural heritage. I relate their efforts to the historic role of the Guarani shaman as a political and religious leader of the family, in which the shaman acts as nucleus of resistance of the group.s identity. In the second part, I systematize my experience in arandu with reference to the solar cosmology and the system for the allocation of "soul-name" as they pertain to the construction of the notion of person in which nomos and cosmos are co-extensive. The cosmic-spatial organization is explored through the leadership of the shamanic couple in daily activities and agricultural practices of the village. The cultivation of plants and family relations contain the ideal of affection and conduct governed by love (mborayu), which in turn nourishes shamanic power (py'a-guatchu) enabling the karai (shaman) to repair the cosmic-social order and conduct curing. The religious ceremonies and their social and educational role among the Chiripá are described, noting that the therapeutic processes associated with shamanic blessings aim to maintain the psychosocial well being of group. Shamanism is the development of a human faculty that enhances affectivity in social relationships and is expressed in ritual activity, constituting the foundation of the arandu nhembo'ea practiced by the shamanic couple
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Etnoconhecimento sobre abelhas sem ferrão: saberes e práticas dos índios Guarani M'Byá na Mata-Atlântica. / Ethnoknowledge about stingless bees: know and practices of the indians Guarani-M'byá in the Atlantic Forest.Rodrigues, Arnaldo dos Santos 09 June 2005 (has links)
Os insetos representam cerca de 53% dos táxons de todas as espécies vivas, constituindo 4/5 do reino animal e, atualmente, fazem parte da alimentação de aproximadamente 1500 etnias, em todo o mundo. Grande parte da polinização das florestas tropicais, como, no caso do Brasil, atribui-se à atividade polinizadora desses animais, sendo as abelhas sem ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), contribuintes com até 90% da polinização das árvores nativas brasileiras. Estudos relacionados às abelhas sem ferrão no Brasil revelaram que a maior parte dos nomes populares que recebem são de origem indígena e, em alguns casos, a denominação científica também sofreu essa influência. Desde 1542 são observados, na literatura sobre os Guarani, o uso de insetos, incluindo-se a alimentação entre outras práticas. Esta pesquisa discorre sobre o conhecimento etnobiológico que os índios Guarani-mbyá possuem sobre as abelhas sem ferrão. O estudo foi realizado na Área Indígena Guarani da Barragem" aldeia Morro da Saudade, de apenas 26,3 hectares, localizada no distrito de Parelheiros, bairro Barragem, periferia da cidade de São Paulo, SP, Brasil (coordenadas latitude: S-23o5216 e longitude: W-46o3858). A população atual é de aproximadamente 120 famílias, 600 indivíduos, falantes da língua Guarani, do tronco lingüístico Tupi, da família Tupi-Guarani, dialeto Mbyá e, como segunda língua, adotaram o português do Brasil. O levantamento dos dados, inicialmente, se baseou no estudo etnográfico, permitindo conhecer a comunidade de maneira preliminar, como é comum em estudos das humanidades. Obedeceu, ainda, a duas etapas de coletas no campo que se distinguem qualitativamente, porém se completam. A primeira, de observação-participante, com o propósito de conhecer o comportamento da etnia, através de contatos diretos, em situações específicas ou não, nas quais a intervenção do pesquisador é reduzida ao mínimo. E, a segunda, de entrevistas livres e entrevistas semi-estruturadas, aplicadas a vários membros da comunidade e, com informantes-chave, reconhecidos como especialistas. Seguiu-se um roteiro pré-estabelecido com o intuito de garantir homogeneidade na abordagem. Em ambas as etapas a utilização da abordagem êmica prevaleceu, objetivando a obtenção de dados que possibilitassem centrar as coletas posteriores em um assunto específico. Tal abordagem resultou em registrar a maneira como os índios organizam, percebem, usam, aprimoram e transmitem seus conhecimentos sobre as abelhas sem ferrão, com o cuidado de não lhes impor parâmetros científicos. Concluiu-se que o conhecimento entre os Guarani-mbyá, a respeito das abelhas e insetos correlatos, foi transmitido oralmente de geração para geração, numa prática constante do aprendizado, inclusive aprimorando esse conhecimento, onde distingue-se 25 etnoespécies organizadas em três diferentes categorias: a) abelhas sem ferrão (13 etnoespécies), b) abelhas com ferrão (07 etnoespécies) e, c) vespas (05 etnoespécies), abrangendo: descrição, distribuição, nidificação, sazonalidade, dispersão, aspectos biológicos, do hábitat, ecológicos, fenológicos, detalhes morfológicos e etológicos, manejo e práticas de manipulação para extração de produtos, acondicionamento e semidomesticação de espécie e, utilização de seus produtos, destacando-se maior riqueza em detalhes para a categoria das abelhas sem ferrão. O conhecimento sobre as abelhas sem ferrão está presente, praticamente, entre todos os membros da comunidade, difere em profundidade com maior relevância entre os especialistas, melhores conhecedores. / The insects represent about 53% of the taxons of all the alive species, constituting 4/5 of the animal kingdom and, now, they are part of the feeding supply of approximately 1500 ethnias, all over the world. Great part of the pollination of the tropical forests, as, in Brazilian case is attributed to the pollination activity of those animals, being the stingless bees (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae), responsible for up to 90% of the pollination of the Brazilian native trees. Studies related to stingless bees in Brazil revealed that most of their common names are of indigenous origin and, in some cases, the scientific denomination also suffered that influence. Since 1542 they are mentioned in the literature on the Guarani, being the use of insects included as feeding supply among other practices. This research deals with the ethnobiological knowledge the Indians Guarani-m'byá have about the stingless bees. The study was accomplished in the Area Indígena Guarani da Barragem" in Morro da Saudade Village, with only 26,3 hectares, located in the district of Parelheiros, periphery of São Paulo, SP, Brazil (latitude: S-23o52'16' longitude: W-46o38'58'). The current population is about 120 families, 600 individuals, native-speakers of the language Guarani, from the linguistic trunk Tupi, of the Tupi-Guarani family, dialect M'byá; as a second language, they adopted the Portuguese from Brazil. The raising of data initially based on the ethnologycal study, allowed to know the community in a preliminary way, as it is common in humanities' studies. It followed two stages of field collection qualitatively distinguished, but completed each other. The first was of participant-observation, with the purpose of knowing the behavior of the ethnia, through direct contacts, in specific situations or not, in which the researcher's intervention was reduced to a minimum. The second with free interviews and semi-structured interviews, applied to the several members of the community and with informants-key, recognized as specialists. A preestablished itinerary was followed aiming to guarantee the homogeneity in the approach. In both stages the use of the emic approach prevailed, aiming the attainment of data to make possible to center the subsequent collections in a specific subject. Such approach resulted in registering the way as the Indians organize, notice, use, perfect and transmit their knowledge on the stingless bees, being careful of not imposing them scientific parameters. The conclusion was that the knowledge among the Guaranim'byá, regarding the bees and correlative insects was transmitted vocally from generation to generation, in a constant practice of learning, besides perfecting that knowledge, bering distinguished 25 ethnospecies organized in three different categories: a) stingless bees (13 ethnospecies), b) bees with sting (07 ethnospecies) and, c) wasps (05 ethnospecies), including: description, distribution, nesting, seasonallity, dispersion, biological, habitats, ecological, and phenological aspects, morphologic details and ethological, handling and manipulation practices for extraction of products, packing of species and semidomestication , use of the bees products, in details for the category of stingless bees. The knowledge on the stingless bees is present, practically, among all members of the community, differing in depth with the largest relevance among the specialists.
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Investigação etnobotânica entre os Guarani Mbya de Tekoa PyauGalante, Luciana 27 October 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-10-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This study analyzes the relationship between the Guarani community from Tekoa Pyau with the environment through an ethnobotanical approach, in particular with the vegetal universe. There have been several speculations that the people in this community are deprived from their cultural references, due to the fact that they live in a small area adjecent to a Conservation Unit. The Atlantic Forest is an ideal site for the nhandereko Gurani way of life and it is surrounded by symbolysm. Such symbolic references often pertain to a refined knowledge about the natural resources, which is of extreme importance to the Guarani people. The Jaraguá State Park is not only a site for natural resources. Most importantly, there is evidence that it has a cultural collection , given that certain vegetables were sacredly named by the Guarani. The several plants and animals provided by Nhanderu (our Father) enabled the Guarani to survive and were particularly associated to their myths. The Guarani strive to maintain such knowledge. Yet, they do so through a particular traditional education, which includes orality, life experience, myths and rituals. In addition, the Guarani have been attempting to enagage in dialogs with people in our society as a way to be heard, understood, and equally important, to have their knowledge acknowledged and respected / Este estudo tem como objetivo analisar através de uma abordagem etnobotânica a relação que a comunidade Guarani de Tekoa Pyau estabelece com o ambiente, especificamente com o universo vegetal. Inseridos numa área reduzida e próxima a uma Unidade de Conservação, são muitas as especulações de que estariam privados de suas referências culturais e abandonando suas práticas. A Mata Atlântica, lugar ideal para se viver o nhandereko (modo de ser Guarani), é cheia de simbolismos que atrelados ao conhecimento refinado sobre seus recursos tem, para o povo Guarani, uma importância única. A sacralidade que os Guarani atribuem a certos vegetais nos leva a crer que longe de ser apenas uma reserva de recursos naturais a ser utilizada na cultura material, o Parque Estadual do Jaraguá adquire o status de acervo cultural , uma vez que muitas plantas e animais que lá circulam foram deixadas por Nhanderu (nosso pai) para que os Guarani pudessem sobreviver estando inclusive associados aos mitos de origem. A luta pela manutenção desses conhecimentos se faz através da educação tradicional em que a vivência, a oralidade, os mitos e os ritos possuem grande destaque. Além disso os Guarani buscam estabelecer um diálogo incansável com a nossa sociedade para que sejam ouvidos, compreendidos e tenham seus conhecimentos respeitados
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Condições dos solos em áreas de pousio dos cultivos praticados por índios Guarani, em Ubatuba (SP) /Moraes, Júlio César de, 1955- January 2002 (has links)
Orientador: Ademércio Antonio Paccola / Resumo: Populações indígenas Guarani habitam a região da Serra do Mar, principalmente no Estado de São Paulo, em pleno ecossistema de Floresta Ombrófila Densa do Bioma Mata Atlântica, Reserva da Biosfera. Um de seus territórios, Terra Indígena Boa Vista do Sertão do Promirim, em Ubatuba-SP, é objeto de estudo deste trabalho, no tocante às condições dos solos, por meio dos cultivos praticados tradicionalmente. Seu manejo agrícola caracteriza-se por um sistema itinerante, conhecido também como "de coivara", em que ocorre a derrubada de pequenos fragmentos, cerca de 400 a 500 m2, em geral, de mata secundária, em estágios pioneiro, inicial e médio de regeneração, e sua posterior queima, cuja produção acontece por um período de dois a três anos, em seguida, ficando abandonada, ou em pousio, por diferentes períodos. Este ciclo se repete em outros trechos desse tipo de mata, ao longo de sua agricultura. É certo, que o padrão intertropical úmido de baixa fertilidade dos solos tem conferido a esses povos indígenas essa prática de cunho cultural, inclusive com amparo de seus valores míticos. Essa tecnologia tradicional de cultivo itinerante necessita de maiores extensões de terras, como outrora esses povos detinham, principalmente os da região Sudeste do Brasil, a fim de que seja possibilitada uma boa oferta de alimentos, assim como para a floresta refazer-se naturalmente. Entretanto, como é o caso do território indígena presentemente enfocado, de extensão diminuta, por conta de fatores político-fundiários, o modo Guarani de produção agrícola vem sendo afetado diretamente, com prejuízo à alimentação básica e a seus valores culturais, precisamente voltado à presença do milho (Zea mays), particularmente o guarani, em seu calendário religioso. Informações técnicas de parâmetros físicos, mineralógicos e... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo). / Abstract: The indigenous populations Guarani live in Serra do Mar's region, mostly in the State of São Paulo, Brazil, in the midle of Atlantic Rain Forest ecosystem, a Biosphere Reserve. One their territories, Aboriginal Land "Boa Vista do Sertão do Promirim", in Ubatuba-SP, is study object of this work, concerning the soil's conditions by traditional shifting cultivation. The agricultural handling is characterized by an itinerant system, also known as slash and burn ('de coivara', in portuguese), by occurrence the slash of the little patches, around 400-500 m2 each, secondary forest, and its burning subsequent, whose production happens for a period of two the three years, being abandoned ('pousio', in portuguese), by different periods. Whose cycle is happened again in other patches of secondary forest, in their agriculture. For certain, that the humid intertropical standard of the soil low fertility has conferred to these aboriginal peoples this practical of cultural matrix, also with support of their mythical values. This traditional technology of shifting cultivation needs bigger extensions of lands, as long ago these peoples had, mainly of the South-East region of Brazil, so that a good one is made possible offers of foods, as well as forest to recover it of course. However, as it is the case of the aboriginal territory presently focused, of miniature extension, for account of politician-agrarian factors, the Guarani way of agricultural production comes directly being affected, to the detriment of the basic feeding and their cultural values, necessarily come back to the presence of the maize (Zea mays) in their religious calendar. Information techniques of these soil physical and chemical parameters, in the depth of up to 0,6 m, had been able to offer data for contribution to the agreement of the Guarani-Atlantic Forest relationships... (Complete abstract, click electronic address below). / Doutor
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Colonialismo, território e territorialidade: a luta pela terra dos Guarani e Kaiowa em Mato Grosso do SulCavalcante, Thiago Leandro Vieira [UNESP] 16 August 2013 (has links) (PDF)
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cavalcante_tlv_dr_assis.pdf: 3381139 bytes, checksum: bc64f4d3f6376f04a34e19b91beb990b (MD5) / Os Guarani e os Kaiowa são grupos indígenas que tradicionalmente habitam a região sul do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Sua presença na região é anterior à chegada da colonização ibérica no continente (século XVI). Embora tenham tido contato com missionários jesuítas no século XVII, a pressão colonialista se intensificou sobre eles a partir do final do século XIX. Esta tese analisa, sob uma ótica histórica de longa duração, as continuidades e as rupturas observadas em sua territorialidade desde o século XVI até os dias atuais. Além disso, o foco da pesquisa se direciona para o histórico de esbulho territorial enfrentado pelos Guarani e Kaiowa após o término da guerra entre a Tríplice Aliança e Paraguai (1864-1870), bem como à luta destes indígenas para reaver parte de seu território tradicional. A atitude conservadora do Estado brasileiro permite defender a tese de que este é um Estado colonialista, articulado em torno de ideais de discriminação racial, para a negação dos direitos dos grupos indígenas. Nesse contexto, os Guarani e Kaiowa também são prejudicados pelas dificuldades encontradas no acesso à cidadania e pelos altos índices de violência. A análise contempla as histórias singulares de luta pela terra das comunidades das terras indígenas Panambi - Lagoa Rica e Panambizinho. O texto aborda os limites da metodologia adotada pelo governo brasileiro nas demarcações de terras indígenas realizadas entre 1983 e 2007. Por fim, discute-se a assinatura pela Fundação Nacional do Índio de um Compromisso de Ajustamento de Conduta junto ao Ministério Público Federal, no final de 2007, por meio do qual o órgão indigenista se comprometeu a identificar e delimitar as terras indígenas guarani e kaiowa que se encontravam sem nenhuma providência nesse sentido... / The Guarani and Kaiowa are indigenous groups who traditionally inhabit the southern state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Their presence in the region predates the Iberian colonization on the continent (sixteenth century). Although they had contact with Jesuit missionaries in the seventeenth century the colonialist pressure intensified on the late nineteenth century. This thesis examines, from a long-term historical perspective, the continuities and ruptures observed in their territoriality from the sixteenth century to the present. Furthermore, the research focus is directed to the historical territorial dispossession faced by the Guarani and Kaiowa after the war between Paraguay and the Triple Alliance (1864-1870), as well as the struggle of this Indigenous to recover part of their traditional territory. The conservative attitude of the Brazilian state allows defending the thesis that this is a colonialist state, organized around racial discrimination ideals due the denial of their rights. In this context, the Guarani and Kaiowa are also hampered due to the high rates of violence and the difficulties in accessing the citizenship. The aim of the analysis was struggle for the indigenous lands Panambi - Lagoa Rica and Panambizinho. The paper discusses the limits of the methodology adopted by the Brazilian government in the demarcation of indigenous lands held between 1983 and 2007. Finally, we discuss the signing by the National Indian Foundation a Commitment Adjustment of Conduct by the Federal Public Ministry, in the late 2007, by which the Indian Agency committed to identify and demarcate the indigenous lands of Guarani and Kaiowa which yet were not taken any measure. We analyze the methodological innovation, as well as the difficulties in achieving these, arising not only from the strong resistance presented by the ruralists, but also the structural problems of the federal agency itself... (Complete abstract click electronic access below)
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O naturalista e os selvagens: a visão de Saint-Hilaire sobre os índios guarani no Rio Grande do Sul /Oliveira, Paulo Rogério Melo de January 1996 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. / Made available in DSpace on 2012-10-16T23:10:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T21:01:50Z : No. of bitstreams: 1
177857.pdf: 2602029 bytes, checksum: 6ee9ab3a22609740c6f54319d4ddc514 (MD5) / O presente estudo objetiva refletir a universidade com relação aos problemas que enfrenta, desde a burocracia que emperra as suas funções, controla as suas atividades e estrangula aquilo que denominamos autonomia, esta entendida como o direito à criação no espaço-tempo universitário, até sua reconceituação, propondo uma universidade aberta que exercite prioritariamente a pesquisa e a produção. O objetivo da autonomia é assegurar a liberdade de crítica e a livre produção e transmissão do conhecimento. A liberdade acadêmica é o corolário da liberdade de consciência, é o meio mais seguro de fazer avançar a ciência em todos os domínios do conhecimento. Este trabalho pedagógico se refere às relações dos docentes com o aluno, com o saber e/ou conhecimento mediados pelos meios de trabalho e pautados em determinadas finalidades educativas. Conforme a natureza dessa relação de trabalho, estabelece-se um determinado nível de autonomia pedagógica. A detentora dessa autonomia é a comunidade a quem cabe a auto gestão das atividades e funções da Universidade. Enfim, só há uma saída para buscar desenvolver a autonomia: através da produção do conhecimento, da participação, da socialização da produção e do trabalho interdisciplinar.
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O direito guarani pré-colonial e as missões jesuíticas :Colaço, Thais Luzia January 1998 (has links)
Tese (Doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Jurídicas. / Made available in DSpace on 2012-10-17T07:22:58Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2016-01-08T23:40:59Z : No. of bitstreams: 1
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A trajetória histórica da escola na comunidade Guarani de Massiambu, Palhoça/SC: um campo de possibilidadesRosa, Helena Alpini January 2009 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em História. / Made available in DSpace on 2012-10-24T21:21:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1
264183.pdf: 15103464 bytes, checksum: 16c2a32a6313e947cd19ccac004f6c2d (MD5) / Esta dissertação tem como objetivo principal o levantamento da trajetória histórica da Escola Indígena de Ensino Fundamental Kaa kupe na comunidade indígena Guarani de Massiambu, próprios de aprendizagem.
Palhoça, SC, nas três últimas décadas do século XX e anos iniciais do século XXI, especificamente entre os anos 1988 e 2006. Com os pressupostos da Etno-história, busca-se compor uma história do tempo presente, auxiliada pela metodologia da História Oral, através de entrevistas gravadas e transcritas. A partir da oralidade, registram-se as #experiências das pessoas vivas#, percebendo as relações entre história e memória. Parte-se dos elementos culturais, lingüísticos e identitários do povo Guarani do litoral do Brasil e de Santa Catarina, reunidos no nhandereko, modo de ser e de viver, que abrange a ligação profunda com a natureza, a vida espiritual. Na seqüência, passa-se para os elementos que possibilitam e regularizam a presença da escola nas comunidades indígenas, tendo como referência o significado da educação tradicional Guarani, a legislação e a formação de professores. Aborda-se a trajetória histórica da escola Kaa kupe como um campo de possibilidade e representação para outras realidades de escolas indígenas. Por fim, estabelece-se uma relação entre os aspectos culturais Guarani e a proposta de escola diferenciada, com processos.
This dissertation has as main objective the research of the historical trajectory of the Indigenous Elementar School Kaa kupe on the indigenous community Guarani of Massiambu, Palhoça, SC, in the last three decades of the twentieth century and early years of the twenty-first century, specifically between the years 1988 and 2006. With the purpose of Ethno-history, is tried to compose a history of the present time, aided by the oral history methodology, through interviews recorded and transcribed. From orality, register the "experience of living persons#, realizing the relationship between history and memory. It comes from the cultural elements, language and identity of the Guarani people of the coast of Brazil and Santa Catarina, reunited on the nhandereko, way of being and living, which includes a deep connection with nature, the spiritual life. Following, move to the elements that enable and regulate the presence of schools in the indigenous communities, having as reference the significance of traditional Guarani education, legislation and teachers qualification. Is discussed the historical trajectory of the school Kaa kupe as a field of possibilities and representation to other realities of indigenous schools. Finally, is established a relation between Guarani cultural aspects and the proposal of a different school, with its own processes of learning.
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