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Representação, linguagem e política em Rousseau / Representation, language and politics in RousseauTaynam Santos Luz Bueno 10 March 2010 (has links)
O objetivo principal de nossa pesquisa é o exame da questão da representação no interior da obra política de Jean-Jaques Rousseau. Isso se fará sob três pontos distintos: Em um primeiro momento, buscaremos compreender a noção de representação no desenvolvimento das paixões, da história e das instituições. Guiados pela dicotomia existente entre ser e parecer, abarcaremos as principais características desta noção sob o ponto de vista do paradoxo entre realidade e aparência, elucidando sua significação, apontando sua gênese e compreendendo sua relação com os demais processos de expansão cultural do homem. Na segunda parte de nossa pesquisa, procuraremos compreender as relações existentes entre representação e linguagem, o efeito direto da representação na constituição das línguas, as diferenças entre a língua escrita e a língua falada e sua relação com o processo de corrupção humano. Buscaremos evidenciar o papel da linguagem no desenvolvimento moral do homem, bem como sua inseparabilidade do aprofundamento das paixões humanas e do desenvolvimento de suas instituições. Finalmente, nos aprofundaremos nas relações existentes entre representação e política propriamente dita, salientando o efeito nefasto que a representação possui neste âmbito. Nossas preocupações aqui limitam-se a compreender a denúncia feita por nosso autor à teatralização do poder, compreender o caráter de ilegitimidade da representação no interior do corpo político, a partir da doutrina do contrato social, sobretudo a concepção de vontade geral. / The main purpose of our research is the examination of the matter of representation in the depth of the Jean-Jaques Russeau s work. It will be taken under three different points: At first time we will try to comprehend the notion of representation upon the development of passions, history and institutions. Guided by the dichotomy that is between be and realize, we will forestall to the main characteristics of this notion under the point of view of paradox between reality and appearance, elucidating its meaning, pointing out its genesis and understanding its relation to other process of mans culture expansion. In the second part of our research, we will try to understand the relation between representation and language, the direct effect of representation on the constitution of languages, the discrepancies between spoken language and written language and its relation to the humans corruption process. We will try to highlight the purpose of language in the mans moral development such as its indivisibility from deepness of humans passions and the development of its institutions. Finally, we will go deeper to the relation presented between representation and polity as itself, pointing out the disgraceful that the representation has in this ambit. Our preoccupation here covers the comprehension of the deletion done by our author toward the theatricalization of the power, understand the character of illegitimacy of the representation in the interior of the politic body from the doctrines of the social contract, overall the conception of the general will.
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[fr] DE LNULLHOMME PRIMITIF AU CITOYEN VERTUEUX: LA CONQUÊTE DE L AUTONOMIE - D´APRÈS UNE LECTURE DE L´OEUVRE DE J.-J. ROUSSEAU / [pt] DO HOMEM PRIMITIVO AO CIDADÃO VIRTUOSO: A CONQUISTA DA AUTONOMIA - A PARTIR DE UMA LEITURA DA OBRA DE J.-J. ROUSSEAUCLAUDIA COSTA MANSUR 28 December 2004 (has links)
[pt] O trabalho apresenta uma leitura da obra de Jean-Jacques Rousseau que privilegia o Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens, à luz de outras obras suas, em especial, o Discurso sobre as Ciências e as Artes, o Emílio e As Confissões. Rousseau, na leitura proposta, teria
imaginado um ser antropológico através das figuras do homem primitivo, do homem civilizado e do cidadão virtuoso, que representariam instâncias que co-habitam a psique, atravessando o homem estágios de desenvolvimento emocional na busca da conquista de sua autonomia, através de um processo contínuo
de individuação. A questão assume relevância na medida em que se pretendeu reafirmar, acompanhando o pensamento rousseauniano, a necessidade de que toda teoria política esteja assentada em
uma base antropológica, assim como toda construção humana deve emergir de uma base natural, a fim de que se preserve a ética que a deve presidir. / [fr] Ce travail présente une lecture de l´oeuvre de Jean-Jacques
Rousseau
mettant en relief le Discours sur l´Origine et les
Fondements de l´Inégalité parmi
les Hommes , à la lumière de ses autres oeuvres,
particulièrementle le Discours
sur les Sciences et les arts, Émile et Les Confessions.
Rousseau, selon la lecture
proposée, aurait imaginé un être anthropologique en partant
des figures de
l´homme primitif, de l´homme civilisé et du citoyen
vertueux, qui représenteraient
des instances qui cohabitent la psychique, l´homme
traversant donc des stages de
développement émotionnel en quête d´acquérir son autonomie,
par un procédé
continu d´individuation. L´importance de la question
s´accroît dans la mesure que
l´on a eu l´intention de réaffirmer, suivant la pensée de
Rousseau, le besoin d´une
base anthropologique pour toute théorie politique, ainsi
que toute construction
humaine doit émerger d´une base naturelle , afin que
l´éthique qui doit la présider
soit préservée.
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Honoré de Balzac e Camilo Castelo Branco: a crítica social oitocentista em perspectiva comparada / Honoré de Balzac and Camilo Castelo Branco: nineteenth-century social criticism in comparative perspectiveCatelani, Ana Luísa Patricio Campos de Oliveira Lenk 08 May 2013 (has links)
Como sabemos, as reflexões do filósofo político e contratualista Jean-Jacques Rousseau tornaram-se referência para muitos escritores que o sucederam, principalmente no que concerne às suas considerações a propósito da vida em sociedade, ambiente vil que degenera o homem, ser bom e piedoso por natureza. Tratase do célebre conceito rousseauniano do bom selvagem, teoria cuja repercussão pode ser encontrada em obras de muitos autores do período oitocentista, entre as quais podemos destacar a do romancista francês Honoré de Balzac e a do ficcionista português Camilo Castelo Branco. Isto porque, a partir de um estudo comparativo realizado entre volumes balzaquianos e camilianos, levantou-se a hipótese de que estes escritores, ao tecerem suas críticas sociais, dialogam com a mencionada teoria de Rousseau, muito embora cada um o faça a seu modo e finde por concatenar mundividências literárias distintas, únicas e inovadoras, que particularizam, de forma marcante, ambos os cânones ficcionais. Assim posto, e levando em consideração a ausência de estudos críticos a esse respeito, nosso intento é o de analisar uma questão inédita no que concerne à comparação entre a ficção balzaquiana e a camiliana: a diferente concepção que os respectivos narradores apresentam acerca dos efeitos sociais no homem, a partir de um diálogo estabelecido por ambos com o conceito rousseauniano do bom selvagem. Vale ressaltar que o estudo comparativo aqui proposto seguirá alguns pressupostos básicos da Literatura Comparada, sendo o principal deles a busca pelas particularidades de cada literatura (Cf. ABDALA Jr., 2003). / As we know, the reflections of the political and contractualist philosopher Jean- Jacques Rousseau became reference for many writers who succeeded him, mainly as concerns the considerations regarding the life in society, a vile ambience that degenerates man, a good and pious living being by nature. This is the renowned Rousseaunian concept of the noble savage, theory that can be found reverberated in many works of 19th century authors, among which we can highlight the one of the French novelist Honoré de Balzac and the one of the Portuguese fictionist Camilo Castelo Branco. That is because, from a comparative study realized between Balzacian and Camilian works, we hypothesized that these writers dialogue, as they construct their social criticisms, with the mentioned Rousseaus theory, although each one does it in his own way and ends by concatenating distinct literary worldviews, unique and innovative, that particularize, markedly, both of the fictional canons. Therefore, and taking into consideration the absence of critical studies regarding this, our intent is to analyze an unprecedented issue concerning the comparison between Balzacian and Camilian fiction: the different conception the narrators present about the social effects in man, through a dialogue established by both of them with the Rousseaunian concept of the noble savage. It is worth to stress that the comparative study proposed here will follow some basic assumptions of Comparative Literature, the main one being the research for the particularities of each literature. (Cf. ABDALA Jr., 2003).
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O dicionário de música de Jean-Jacques Rousseau: introdução, tradução parcial e notas / Jean-Jacques Rousseaus dictionary of music: introduction, partial translation and notesYasoshima, Fabio 18 June 2012 (has links)
Tradução parcial (com notas e introdução) do Dictionnaire de musique de Jean-Jacques Rousseau. / Rousseaus Dictionary of Music: portuguese translation (partial), introduction and notes.
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Écrire « sans conséquence » ? Stratégies d’écriture et ambiguïtés de la figure d’auteur dans l’œuvre de Casanova (1752-1798) / “A man of no consequence” : writing strategies and ambiguities of the auctorial figure in Casanova’s work (between 1752 and 1798)Brin, Raphaëlle 13 March 2019 (has links)
L’invention du mythe casanovien se fonde sur l’occultation de l’écrivain : elle entre en contradiction avec une ambition poursuivie pendant plusieurs décennies par le Vénitien, à la faveur d’une œuvre polygraphique. Dans un siècle où la condition des « gens de lettres » subit des transformations cruciales, Casanova échappe pour l’essentiel aux instances de légitimation. L’échec de la reconnaissance n’est pas étranger aux contradictions dont il investit la figure de l’écrivain. Cette étude interroge plus spécifiquement son rapport à la notion d’auteur, envisagée sous les deux pôles de l’auctorialité et de l’autorité. Entre « refus des conséquences » et « inconséquence », l’auteur s’élabore sous sa plume comme une instance labile et fuyante. Nous nous sommes intéressée aux logiques permettant de rendre compte de cette instabilité. Les habitudes de lecteur de Casanova comme ses pratiques d’écriture révèlent en outre un écrivain travaillé par une conception stratégique de la littérature. Nous avons cherché à explorer ces stratégies d’écriture et à en mesurer les effets dans le corpus philosophique et autobiographique. À sa manière, depuis la marge, Casanova est un miroir des paradoxes et des ambiguïtés de son temps : son œuvre offre un point de vue singulier sur l’évolution des sensibilités et des esthétiques, ainsi que sur les bouleversements qui affectent, au cours du siècle, le statut des écrivains, leurs relations avec les autorités ou avec le public. / The invention of the Casanovian myth is based on the writer's occultation. It contradicts an ambition pursued for several decades by the Venetian. In a time when the condition of the “man of letters” is undergoing crucial transformations, Casanova’s successive attempts to achieve recognition in various literary genres were not successful. This study more specifically questions his relationship with the notion of author, considered under the two poles of auctoriality and authority. Between the "refusal of consequences" and "inconsistency", the author appears, in Casanova’s works, as a labile and evasive instance. The instability of his positions is linked to tactical constraints and epistemological biases, but also to a playful and theatrical conception of existence. Casanova's reading habits and writing practices reveal a writer haunted by a strategic conception of literature. The study focuses on these writing strategies, both in the philosophical and autobiographical works, and aims to understand their effects. Long marginalized, Casanova's work offers nevertheless a unique perspective on the evolution of sensibilities and aesthetics over the century, as well as on the upheavals that affect the status of writers, their relationship with the authorities or with the "public".
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Honoré de Balzac e Camilo Castelo Branco: a crítica social oitocentista em perspectiva comparada / Honoré de Balzac and Camilo Castelo Branco: nineteenth-century social criticism in comparative perspectiveAna Luísa Patricio Campos de Oliveira Lenk Catelani 08 May 2013 (has links)
Como sabemos, as reflexões do filósofo político e contratualista Jean-Jacques Rousseau tornaram-se referência para muitos escritores que o sucederam, principalmente no que concerne às suas considerações a propósito da vida em sociedade, ambiente vil que degenera o homem, ser bom e piedoso por natureza. Tratase do célebre conceito rousseauniano do bom selvagem, teoria cuja repercussão pode ser encontrada em obras de muitos autores do período oitocentista, entre as quais podemos destacar a do romancista francês Honoré de Balzac e a do ficcionista português Camilo Castelo Branco. Isto porque, a partir de um estudo comparativo realizado entre volumes balzaquianos e camilianos, levantou-se a hipótese de que estes escritores, ao tecerem suas críticas sociais, dialogam com a mencionada teoria de Rousseau, muito embora cada um o faça a seu modo e finde por concatenar mundividências literárias distintas, únicas e inovadoras, que particularizam, de forma marcante, ambos os cânones ficcionais. Assim posto, e levando em consideração a ausência de estudos críticos a esse respeito, nosso intento é o de analisar uma questão inédita no que concerne à comparação entre a ficção balzaquiana e a camiliana: a diferente concepção que os respectivos narradores apresentam acerca dos efeitos sociais no homem, a partir de um diálogo estabelecido por ambos com o conceito rousseauniano do bom selvagem. Vale ressaltar que o estudo comparativo aqui proposto seguirá alguns pressupostos básicos da Literatura Comparada, sendo o principal deles a busca pelas particularidades de cada literatura (Cf. ABDALA Jr., 2003). / As we know, the reflections of the political and contractualist philosopher Jean- Jacques Rousseau became reference for many writers who succeeded him, mainly as concerns the considerations regarding the life in society, a vile ambience that degenerates man, a good and pious living being by nature. This is the renowned Rousseaunian concept of the noble savage, theory that can be found reverberated in many works of 19th century authors, among which we can highlight the one of the French novelist Honoré de Balzac and the one of the Portuguese fictionist Camilo Castelo Branco. That is because, from a comparative study realized between Balzacian and Camilian works, we hypothesized that these writers dialogue, as they construct their social criticisms, with the mentioned Rousseaus theory, although each one does it in his own way and ends by concatenating distinct literary worldviews, unique and innovative, that particularize, markedly, both of the fictional canons. Therefore, and taking into consideration the absence of critical studies regarding this, our intent is to analyze an unprecedented issue concerning the comparison between Balzacian and Camilian fiction: the different conception the narrators present about the social effects in man, through a dialogue established by both of them with the Rousseaunian concept of the noble savage. It is worth to stress that the comparative study proposed here will follow some basic assumptions of Comparative Literature, the main one being the research for the particularities of each literature. (Cf. ABDALA Jr., 2003).
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O EMÍLIO E O PENSAMENTO POLÍTICO/PEDAGÓGICO DE JEAN-JACQUES ROUSSEAU.Brito, Edson de Sousa 19 September 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-09-19 / O tema da presente tese aborda a questão sobre o Emílio e o pensamento
político/pedagógico de Rousseau: puericentrismo e formação para a cidadania. Em
específico é tratada a questão da importância ou o papel do puericentrismo na
formação do homem ou do cidadão. A metodologia utilizada foi a de pesquisa
bibliográfica onde foram pesquisadas as obras de Rousseau e de seus principais
comentadores. Entre as principais obras que foram pesquisadas destacam-se três:
Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, o
Contrato social e o Emílio. Tem-se como objetivo e problema principal a análise do
conceito do puericentrismo no pensamento político/pedagógico do autor. É verificado
se este conceito é uma categoria de análise de onde o autor posiciona-se para
elaborar sua crítica a formação do homem civil. Para melhor compreender a
extensão do assunto proposto, foi necessário estudar os conceitos de homem
natural, estado de natureza, homem civil e formação para a cidadania entre outros. A
tese é composta de três partes. A primeira parte é considerada uma análise do
pensamento de Rousseau sobre o estado de natureza e o homem natural. Destacase
nesta primeira parte da tese a caracterização do homem natural e as
circunstâncias que o levaram à mudança do Estado de natureza ao Estado civil. Na
segunda parte é trabalhada a questão da educação. No primeiro momento é feita
uma breve análise sobre o livro Emílio levantando os principais problemas ali
tratados. Passa-se a analisar, no pensamento do autor, a questão da formação para
a liberdade e autonomia do homem. A terceira parte da tese está dividida em três
capítulos. No primeiro, é trabalhada a questão da infância no pensamento de
Rousseau, onde busca-se entender qual o papel do conceito ou da ideia infância no
projeto político/pedagógico do autor estudado. O segundo capítulo, aborda as ideias
do autor expostas em torno do problema da desnaturação da criança. Por fim, no
último capitulo é abordado a questão da educação moral, onde se tem por objetivo
discutir a questão da autonomia do homem frente a formação moral para a
liberdade.
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Lendo e escrevendo sobre o pacto autobiográfico de Philippe Lejeune / Reading and writing on Philippe Lejeune\'s autobiographical pactPace, Ana Amelia Barros Coelho 05 October 2012 (has links)
Philippe Lejeune, ao examinar a produção autobiográfica em língua francesa, identificou um traço constante nas obras de sua leitura, ao qual ele deu o nome de pacto autobiográfico. Em uma de suas formulações, o pacto autobiográfico seria a manifestação do engajamento pessoal do autobiógrafo, por meio de uma construção textual (prefácio, nota introdutória, preâmbulo) ou paratextual (título e subtítulo, informações de contracapa e orelhas do livro), que permite ao leitor admitir o texto como expressão da personalidade daquele que escreve, em seu valor de verdade. A construção teórica se mostra insuficiente: de um texto a outro, Lejeune revê e rediscute o pacto, aplicando nuances, levantando as ambiguidades em que o gênero está envolvido. Nessas tentativas de se aproximar mais do gênero, ele se expressa de maneira autobiográfica. Com isso, seu texto torna-se ele mesmo um objeto de estudo. Busco, em minha pesquisa, evidenciar o caráter relacional do pacto autobiográfico, na conjugação de atos de escrita e leitura. Parto de uma leitura de seus estudos sobre o gênero autobiográfico, colocando-os em diálogo com sua própria trajetória de pesquisador. Indo além, interessa-nos observar as leituras que Lejeune empreende em torno das Confissões de Rousseau, em paralelo aos primeiros textos teóricos. Em seguida, considerar os pactos lançados nos estudos em torno de diários, realizados num momento posterior às teorizações do pacto autobiográfico. Importa colocar em evidência as maneiras pelas quais o pacto se manifesta no próprio texto crítico de Lejeune. Nesse sentido, busco articular a dimensão autobiográfica e a dimensão crítica de seus textos. / Philippe Lejeune, examining the autobiographical production in French, identified a constant feature in the readings he did, to which he named autobiographical pact. In one of his formulations, the autobiographical pact would be the manifestation of the personal engagement of the autobiographer through a textual construction (prologue, introductory note, preamble) or para-textual (title and subtitle, information on the inside cover and book flaps), allowing the reader to admit the text as an expression of the personality of the writer, in its true value. The theoretical construction has proved insufficient: from one text to another Lejeune reviews and re-discusses the pact, applying nuances, raising the ambiguities in which the genre is involved. In those attempts to get closer to the genre, he expresses himself in an autobiographical manner. With that, his text becomes an object of study in itself. With my research, I intend to make evident the relational character of the autobiographical pact, in the conjugation of acts of reading and writing. I start with my readings of his studies about the autobiographical genre, putting them in dialogue with his own trajectory as a researcher. Besides that, we are also interested in observing the readings Lejeune undertake around the Confessions by Rousseau, in parallel to the first theoretical texts. After that, consider the pacts cast in the studies of the diaries, made after the theorizations of the autobiographical pact. It is important to make evident the ways in which the pact is expressed in Lejeune\'s critical text itself. In that sense, I expect to articulate both the autobiographical and the critical dimensions in his texts.
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O dicionário de música de Jean-Jacques Rousseau: introdução, tradução parcial e notas / Jean-Jacques Rousseaus dictionary of music: introduction, partial translation and notesFabio Yasoshima 18 June 2012 (has links)
Tradução parcial (com notas e introdução) do Dictionnaire de musique de Jean-Jacques Rousseau. / Rousseaus Dictionary of Music: portuguese translation (partial), introduction and notes.
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« Si j'étais prince ou législateur, je ne perdrais pas mon temps à dire ce qu'il faut faire...» Écriture philosophique et transformation politique en France, 1750-1780 / Discursive practices and representations of politics : writing, transformation of man and modification of the public sphere in political philosophy in France between 1750 and 1790.Revel, Ariane 07 December 2017 (has links)
Quelle est l’utilité du philosophe en politique ? L’objet du présent travail est d’interroger la manière dont cette question a pu être posée et la façon dont on a pu y répondre, en France, dans les années qui vont du milieu du XVIIIe siècle jusqu’à 1780 environ. Dans un contexte qui se caractérise à la fois par l’omniprésence du discours philosophique et par son absence d’autonomie, on se propose de cerner la façon dont sont identifiés les effets possibles des écrits politiques des philosophes. Deux problèmes se posent alors. D’une part, il s’agit de déterminer à quelles conditions le discours philosophique sur la politique est jugé utile, et quel type de prise il doit assurer sur son objet pour être évalué comme tel. D’autre part, la question des effets produits par le texte doit nous inviter à considérer la manière dont le rapport entre le philosophe et ses lecteurs s’établit à travers le texte : comment se fait la communication des idées, et quelles sont ses conséquences pratiques ? Quels liens faut-il établir entre connaissance et action ?Notre enquête a procédé en deux approches successives. Dans un premier temps, nous avons cherché à repérer les termes dans lesquels dont on pose, dans cette seconde moitié du XVIIIe siècle, la question des effets des ouvrages politiques écrits par des philosophes. Ce travail nous a permis notamment de mettre en évidence le fait que l’utilité d’un écrit est envisagé dans une double dimension : dans la mesure où il est susceptible d’affecter le monde mais aussi dans la mesure où il est susceptible de contribuer au progrès de la connaissance et d’alimenter un débat intellectuel. Dans un cas comme dans l’autre, la forme et le style de l’ouvrage sont considérés comme centraux pour assurer son effet auprès du lecteur et le faire, à son tour, penser. Dans un second temps, nous nous sommes intéressé à quelques exemples d’un genre particulier : les textes de conseil de Rousseau et de Diderot à propos de la Corse, de la Pologne et de la Russie nous ont permis d’analyser la manière dont le philosophe définit son rôle par rapport au législateur, mais aussi dont il s’essaie à élaborer un langage qui tout à la fois lui permette de saisir son objet dans sa singularité et de se faire entendre auprès de son lecteur. Nous avons vu à travers ces deux approches se dessiner une sphère propre de la parole du philosophe en politique. À distance de l’action, le philosophe est l’homme de la vérité ; la contestation progressive de la référence au philosophe-législateur laisse la place à un usage critique de la connaissance. La fécondité politique de la parole philosophique apparaît alors non dans sa capacité à instituer mais à faire imaginer d’autres institutions possibles. / What is the purpose of the philosopher in politics? We examine the way in which this question has been posed and the way in which it was answered in France in the years from the mid-18th century to about 1780. For a context characterized both by the omnipresence of philosophical discourse and its lack of autonomy, we put forward our understanding of the way the possible effects of the political writings of philosophers are identified. Two problems then arise. On the one hand, there is the question of determining under what condition philosophical discourse on politics is deemed useful, and what type of hold it must have on its object to be evaluated as such. On the other hand, the question of the effects produced by the text should invite us to consider how the relationship between the philosopher and his readers is established through the text: how are the ideas communicated, and what are the direct consequences? What is the relationship between knowledge and action?Our investigation has taken two subsequent approaches. First, we sought to identify the terms in which the question of the effects of political works written by philosophers was raised in the second half of the eighteenth century. This has enabled us to highlight the fact that the usefulness of writing is envisaged in two dimensions: insofar as it is likely to affect the world but also insofar as it is likely to contribute to the progress of knowledge and to fuel an intellectual debate. In either case, the form and style of the work are considered central to ensure its effect on the reader and encourage him to think. In a second phase, we sought out examples of a particular genre: Rousseau and Diderot's writing on Corsica, Poland and Russia allowed us to analyze how the counseling philosopher defines his role in relation to the legislator but also attempts to elaborate a language which at the same time allows him to grasp his object in its singularity and to make himself heard by his reader. These two approaches have shown us a distinct sphere of the philosopher's word in politics. While keeping his distance from action, the philosopher is the man of truth; the gradual contestation of the reference to the philosopher as legislator leaves room for a critical use of knowledge. The political fecundity of the philosophical word then appears not in its capacity to institute but rather to facilitate imagining other possible institutions.
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