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Efeito protetor da N-Acetilcisteína sobre a nefrotoxicidade de meios de contraste baseados no gadolínio em modelo experimental de doença renal crônica / Protective effect of N-acetylcysteine on the nephrotoxicity of contrast media based on gadolinium in an experimental model of chronic kidney diseaseLeonardo Victor Barbosa Pereira 16 March 2012 (has links)
INTRODUÇÃO: O Gadolínio (Gd) é um raro metal da classe dos lantanídios usado como meio de contraste devido as suas propriedades paramagnéticas. Após sua descoberta, foi considerado um contraste pouco nefrotóxico em pacientes com doença renal crônica (DRC). Atualmente, existem evidências de que o Gd pode apresentar nefrotoxicidade semelhante aos contrastes iodados. A administração de Gadolínio em ratos com DRC pode levar a piora da função renal aferida por clearance de inulina e mobilização do ferro corporal gerando stress oxidativo. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi avaliar o efeito do Gd na função renal, nos parâmetros de cinética do ferro em ratos com DRC e o possível efeito protetor do anti-oxidante N-Acetilcisteína (NAC). MATERIAIS E MÉTODOS: Ratos Wistar machos foram submetidos à nefrectomia 5/6 (Nx) para induzir DRC. Gadoterate Meglumine, um contraste à base de Gadolínio iônico e macrocíclico foi administrado via intravenosa na dose de 1,5mmol/kg de peso de rato 21 dias após a nefrectomia. Para avaliar o efeito do Gd sobre a função renal, estudos de clearance de inulina foram realizados em 4 grupos de ratos 48 hs após a aplicação do Gd: grupo controle 1- Nx (n=7); 2- Nx+NAC (n=6); 3- Nx+Gd (n=8); 4- Nx+Gd+NAC (n=5). O NAC foi administrado no grupo 4 diluído em água 48 hs antes e 48 hs depois da administração do Gd na dose de 4800mg/l. O grupo 2 recebeu NAC durante o mesmo período de tempo do grupo 4. O Gd também foi administrado em ratos com função renal normal, grupo Normal (n=8) na mesma dose dos grupos nefrectomizados com avaliação da função renal e proteinúria. Além da taxa de filtração glomerular (TFG), foram avaliados: proteinúria de 24hs (ptn), parâmetros de gaiola metabólica, pressão arterial (PA), paramêtros de cinética do ferro representados pelo ferro sérico (Fe), capacidade total de ligação do ferro (CTLF), saturação de transferrina, ferritina sérica e stress oxidativo por meio da dosagem de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA utilizando o programa Graph Prism com nível de significância p<0,05 e erro padrão. RESULTADOS: A aplicação de Gd em ratos nefrectomizados resultou em queda na TFG no grupo 3 em relação ao grupo controle 1 (p<0,01). Houve uma tendência de aumento da ptn no grupo 3 em relação aos demais grupos. O grupo 4 que recebeu tratamento com NAC apresentou TFG e ptn semelhante ao grupo 1 e TFG estatisticamente maior que o grupo 3 (p<0,05). Com relação ao grupo de ratos normais não houve alteração da TFG nem aumento de ptn após a aplicação do Gd em relação à ratos não nefrectomizados que não receberam contraste. Com relação aos parâmetros da cinética do ferro, o grupo 3 apresentou elevação da ferritina e da saturação da transferrina comparados ao grupo 1 (p<0,05) e (p<0,01) respectivamente. Houve diminuição da capacidade total de ligação do ferro (CTLF) no grupo 3 comparado ao grupo 1(p<0,01). O uso profilático do NAC no grupo 4 reverteu todas as alterações descritas anteriormente no grupo 3 com significância estatística (p<0,05), (p<0,01) e (p<0,01) respectivamente. Com relação ao stress oxidativo, o grupo 3 apresentou níveis de TBARS significativamente maiores que o grupo 1 (p<0,05). O grupo 4 apresentou níveis de TBARS semelhantes ao grupo 1 e menores que o grupo 3 (p<0,05). O grupo 2 que recebeu apenas NAC por curto período de tempo apresentou TFG, Ptn e parâmetros de cinética de ferro semelhantes aos grupos 1 e 4. Com relação aos dados de gaiola metabólica e pressão arterial não houve diferença estatística entre os grupos 1,2,3 e 4. CONCLUSÕES: Os resultados mostram que a administração de Gd em ratos nefrectomizados resulta em dimuição da TFG, aumento da proteinúria associado a aumento da ferritina sérica, saturação de transferrina e diminuição da CTLF. Em ratos normais o Gd não mostrou ser nefrotóxico e o uso do NAC isoladamente no grupo 2 por curto período de tempo não demonstrou nenhum efeito, pois todos os parâmetros avaliados foram semelhantes ao grupo controle. Indução de stress oxidativo foi representado pelo aumento do TBARS nos ratos que receberam o Gd. O uso de NAC reverteu todas as alterações provocadas pelo Gd. Concluímos que o NAC pode ser usado como profilaxia da toxicidade associada ao Gd. / INTRODUCTION: Gadolinium (Gd) is a rare class of lanthanide metal used as a contrast agent due to its paramagnetic properties. After its discovery, was considered a bit of contrast nephrotoxicity in patients with chronic kidney disease (CKD). Currently, there is evidence that Gd may present similar to iodine contrast media nephrotoxicity. The administration of Gadolinium in rats with CKD can lead to worsening renal function measured by inulin clearance and mobilization of iron body causing oxidative stress. OBJECTIVES: The aim of this study was to evaluate the effect of Gd on renal function, iron parameters and oxidative stress in rats with CKD and a possible effect of antioxidant N-Acetylcisteine (NAC). MATERIALS AND METHODS: Male Wistar rats underwent nephrectomy 5/6 (Nx) to induce CKD. Gadoterate meglumine, a Gadolinium based contrast ionic and macrocyclic was administrated intravenously at a dose of 1.5 mmol / kg BW of rats 21 days after nephrectomy. To evaluate the effect of Gd on renal function, inulin clearance studies were performed in 3 groups of animals 48 hours (hs) after application of Gd: a control group 1 - Nx (n =7), 2- Nx+NAC (n = 6); 3- Nx+Gd (n=8) e 4- Nx+Gd+NAC (n=5). The NAC was administrated in group 4, diluted with water 48 hs before and 48 hs after administration of gadolinium at a dose of 4800mg / l. Group 2 received NAC four days before clearance study. Gd was also administrated in rats with normal renal function, group normal (n = 8) at the same dose of nephrectomized rats with assessment of renal function and proteinuria. In addition to the glomerular filtration rate (GFR) were evaluated: 24 hours proteinuria (ptn), cage metabolic parameters, blood pressure (BP), serum iron (Fe), total capacity of iron binding (TIBC), transferrin saturation, serum ferritin and oxidative stress through measurement of thiobarbituric acid reactive species (TBARS). Data were submitted to ANOVA using the program Prism Graph with a significance level p <0.05 and standard error. RESULTS: Gd administration to group 3 results in a decrease of GFR compared with group 1 (p<0,01). There was a trend of increase ptn in group 3 compared to other groups. Normal rats treated with the same dose of Gd presented similar GFR and proteinuria when compared with normal controls. In group 3, there was a decrease in TIBC, elevation of ferritin serum levels, transferrin oversaturation and plasmatic TBARS elevation compared with group 1 (p<0,01), (p<0,05), (p<0,01) and (p<0,05) repectively. The treatment with NAC in group 4 reversed the decreased in GFR and proteinuria compared with group 3 (p<0,05) for both variables. Treatment with NAC in group 4 also reversed all alterations in iron parameters and oxidative stress described earlier with statistical significance (p<0,01), (p<0,05), (p<0,01) and (p<0,05) respectively. Group 2 received NAC for a short period of time had GFR, Ptn and kinetic parameters of iron similar to groups 1 and 4. With respect to metabolic cage data and blood pressure showed no statistical difference between groups 1,2,3 and 4.CONCLUSIONS: These results show that Gd administration to nephrectomized rats results in a decrease of GFR and increased proteinuria associated with increased serum ferritin and transferrin saturation with decreased TIBC. In normal rats, Gd was not nephrotoxic. These effects were not due to a possible effect of NAC on Nx, since all parameters measured in group 2 were not different from the group 1. There was induction of oxidative stress represented by the increase in TBARS in rats receiving gadolinium. The use of NAC reversed all these changes caused by Gd. We conclude that the NAC can be used as prophylaxis of toxicity associated with Gd.
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Efeito da associação de losartan e hidroclorotiazida em modelo experimetal de nefrologia crônica resultante da administração de losartan durante a lactação (LLact) / Combined losartan (L) and hydrochlorothiazide (H) prevent progression of renal damage in chronic kidney disease (CKD) resulting from L treatment during lactation (LLact)Camilla Fanelli 19 April 2011 (has links)
Descrevemos recentemente um novo modelo de DRC, baseado nos efeitos adversos da administração de L na lactação (LLact). Os objetivos do presente estudo foram; caracterizar os mecanismos patológicos envolvidos com a nefropatia do LLact e investigar se o extraordinário efeito renoprotetor obtido com a associação L+H no modelo NX seria reproduzido no modelo LLact. Utilizamos 20 ratas Munich-Wistar lactantes, com 6 filhotes cada. As matrizes receberam L, 250mg/Kg/d durante a amamentação e a droga atingiu a prole via leite materno. Os filhotes machos foram acompanhados até os 7 meses de vida, quando se verificou; pressão caudal, albuminúria, creatinina sérica, glomerulosclerose, expansão intersticial, proliferação celular, presença de miofibroblastos intersticiais e rarefação capilar. Os animais LLact restantes foram divididos em 3 novos grupos: LLact+V, mantido sem tratamento, LLact+L, LLact+H, e LLact+LH. Os parâmetros foram reavaliados após 3 meses nesses grupos e também em animais controle (C). Os ratos, LLact apresentaram hipertensão, albuminuria, glomerulosclerose (GS) e lesão intersticial com inflamação e fibrose aos 10 meses de vida. O tratamento com L+H na vida adulta limitou a hipertensão, albuminúria, GS, proliferação intersticial e infiltração de miofibroblastos. Porém, a renoproteção obtida pela associação foi moderada em relação aos resultados previamente obtidos com o modelo NX, especialmente no tocante ao comprometimento tubulointersticial / We recently standardized a severe CKD model based on impaired nephrogenesis by suppression of angiotensin II (Ang II) activity during lactation (LLact). In the present study we sought to gain further insight into the mechanisms associated with the LLact model and to verify if the renoprotection obtained with the association of the Ang II receptor blocker, Losartan (L), and Hydrochlorothiazide (H), which arrested renal injury in the remnant kidney model, could be also obtained in the LLact model. Twenty Munich-Wistar dams, each nursing 6 pups, received L, 250 mg/kg/d, until weaning. The male LLact offspring remained untreated until 7 months of age, when renal functional and structural parameters were studied in 17 of them, used as pretreatment control (LLactPre), followed no further. The remaining rats were divided in groups: LLact+V, untreated, LLact+L, given L, 50 mg/kg/day, now as a therapy, LLact+H, given H, 6mg/kg/day and LLact+LH, given L and H. All the parameters were reassessed 3 months later in these groups and in agematched controls (C). At this time, LLact rats exhibited hypertension, albuminuria, glomerulosclerosis (GS), interstitial expansion and inflammation, enhanced cell proliferation, myofibroblast infiltration, and creatinine retention. LH therapy normalized blood pressure, albuminuria, GS, and limited interstitial cell proliferation and -smooth muscle actin (-SMA) accumulation. However, LH renoprotection achieved with the LLact model was only mild if compared previous studies with the 5/6 renal ablation model
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Modelo de hipertensão arterial decorrente do bloqueio de NF-kB durante a nefrogênese: efeito da sobrecarga salina / Salt overload aggravates hypertension and promotes severe renal injury in rats subjected to NF-?B inhibition during nephrogenesisVictor Ferreira de Avila 21 June 2018 (has links)
Recentemente descrevemos que ratos tratados com o inibidor do sistema NF-?B pirrolidina ditiocarbamato (PDTC) durante a lactação desenvolvem uma hipertensão arterial na fase adulta, sem lesão renal aparente, caracterizando assim um novo modelo hipertensão essencial. No presente estudo, nós investigamos se a Uninefrectomia (UNx) associada a uma sobrecarga salina (SS) na dieta revelaria uma possível disfunção renal, agravando assim a hipetensão arterial e levando a lesões renais. Ratos Munich-Wistar recém-nascidos foram divididos em 2 grupos: Controle, sem qualquer tratamento; e PDTCLact, recebendo PDTC (280 mg/Kg/dia) na água do bebedouro do 0 aos 20 dias após o nascimento. Após 10 semanas de vida, 120 ratos machos submetidos à Uninefrectomia e foram estudados em dois protocolos. No protocolo 1, os ratos machos foram subdivididos em: UNx+NS, ratos Controle recebendo dieta padrão (NS); PDTCLact+UNx+NS, ratos PDTCLact recebendo NS; UNx+SS, ratos Controle recebendo SS; PDTCLact+UNx+SS, ratos PDTCLact recebendo SS. Após 12 semanas, os animais do Grupo UNx+SS apresentaram hipertensão, aumento da albuminúria e lesões renais moderadas. Nos animais do grupo PDTCLact+UNx+SS a hipertensão, esclerose glomerular e a deposição de Colágeno-1 intersticial apresentaram um aumentado exacerbado, juntamente com lesões arteriolares do tipo \"casca de cebola\", estresse oxidativo, ativação do NF-kB, intenso infiltrado de macrófagos, linfócitos e aumento de células positivas para Angiotensina II, mesmo com a renina plasmática reduzida. Para investigar o papel do sistema renina-angiotensina neste modelo, no protocolo 2, 40 ratos foram divididos em: PDTCLact+UNx+SS, como descrito no protocolo 1; PDTCLact+UNx+SS+L, ratos tratados com Losartan (50 mg/kg) na água do bebedouro. O tratamento com Losartan foi capaz de atenuar as lesões glomerulares e a inflamação renal. Esses resultados indicam que a integridade do sistema NF-kB é fundamental para o desenvolvimento adequado do rim e a manutenção da homeostase do sódio na fase adulta. Paradoxalmente, esse mesmo sistema contribui para o desenvolvimento da lesão renal quando a disfunção renal causada por sua inibição durante a nefrogênese é desmascarada por UNx associada ao SS / Recently we described that rats treated with the NF-?B inhibitor pyrrolidine dithiocarbamate (PDTC) during lactation develop high blood pressure hypertensive in adult life, without apparent functional or structural damage to the kidneys, thus providing a new model of essential hypertension. In the present study, we investigated whether uninephrectomy (UNx) associated with saline overload would unveil a possible renal dysfunction, thus aggravating arterial hypertension and leading to hemodynamically mediated renal injury. Munich-Wistar rat pups were divided into 2 groups: Control, receiving no treatment; and PDTCLact, receiving PDTC (280 mg/kg/ day) in the drinking water from 0 to 20 days after birth. At 10 weeks of age, 120 male rats underwent uninephrectomy and were studied in two protocols. In Protocol 1, rats were subdivided into: UNx+NS, control rats receiving normal salt (NS) diet; PDTCLact+UNx+NS, PDTCLact rats receiving NS; UNx+HS, control rats receiving high-salt (HS) diet; PDTCLact+UNx+HS, PDTCLact rats receiving HS. After 12 weeks, the UNx+HS animals were moderately hypertensive and exhibited mild albuminuria and renal injury. By contrast, arterial hypertension, glomerulosclerosis and cortical collagen-1 deposition were exacerbated in the PDTCLact+UNx+HS group, along with \"onion skin\" arteriolar lesions, evidence of oxidative stress, NF-kB activation and intense infiltration by macrophages, lymphocytes and angiotensin II-positive cells, even though circulating renin was depressed. To investigate the role of the renin-angiotensin system in this setting, 40 rats were divided into: PDTCLact+UNx+HS, treated as described before; and PDTCLact+UNx+HS+L, receiving in addition Losartan, 50 mg/kg in drinking water. Losartan treatment strongly atenuated glomerular injury and renal inflammation. The NF-kB system is essential for the kidneys to develop properly and maintain sodium homeostasis in adult life. Paradoxically, this same system contributes to renal injury when renal dysfunction caused by its inhibition during nephrogenesis is unmasked by UNx associated to HS
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Qualidade de vida relacionada à saúde e sintomas depressivos em pacientes transplantados renais / Health-related quality of life and depressive symptoms in kidney transplant patientsJanaina Guerra Gonçalves La Gamba 16 December 2011 (has links)
Introdução: Doença Renal Crônica (DRC) consiste, principalmente, na redução da capacidade dos rins em filtrar substâncias tóxicas, acarretando alterações metabólicas e hormonais. Em fases terminais, a terapia renal substitutiva (TRS) torna-se necessária, e o transplante renal tem sido relatado como a melhor opção terapêutica e de reabilitação para pacientes com DRC. Entretanto a DRC e o transplante renal podem afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) desses pacientes, podendo ser influenciada por aspectos da saúde física e mental, tais como os sintomas depressivos (SDs). Objetivos: Caracterizar os pacientes com DRC, após transplante renal, em um município do estado de São Paulo quanto aos aspectos sociodemográficos, econômicos e clínicos; descrever a QVRS e os SDs; correlacionar a QVRS e os fatores sociodemográficos, econômicos e clínicos; comparar a QVRS, segundo as dimensões do SF-36, entre os pacientes sem e com SDs e correlacionar a QVRS com os SDs. Material e Método: Trata-se de um estudo transversal, de natureza quantitativa, que incluiu pacientes que realizaram transplante renal entre 6 e 24 meses retroativos da data de início da coleta de dados, maiores de 18 anos e faziam acompanhamento no ambulatório de Transplante Renal do HCFMRP-USP, na cidade de Ribeirão Preto-SP. Foram excluídos os pacientes que apresentavam instabilidade clínica, o que totalizou a inclusão de 60 pacientes no estudo. Os instrumentos utilizados foram: instrumento para caracterização dos participantes, o qual foi adequado ao estudo e submetido à avaliação de conteúdo, Medical OutcomesStudy (MOS SF-36) para avaliação da QVRS e o Inventário de Depressão de Beck (IDB) para avaliar os SDs. Os dados foram obtidos por meio de entrevista individual com o paciente e de consulta ao prontuário. A coleta de dados ocorreu de abril a agosto de 2011. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo. A análise dos dados constou da análise estatística descritiva; coeficiente de correlação de Pearson (r) para verificar a correlação entre os domínios do SF-36 com o escore total do IBD; análise de variância (ANOVA) para comparar os domínios do SF-36, nos grupos com ausência e com presença de SD; Teste Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis qualitativas relacionadas ao escore de IDB e às diversas variáveis independentes, além disso, a quantificação da associação foi mensurada por meio de modelos de regressão logística na qual calculamos o OddsRatio Bruto com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Todas as análises estatísticas foram realizadas com a utilização do software estatístico SAS® 9.0. Valores de p menores que 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Dos 60 pacientes, 51 eram adultos e 9 idosos; 41 eram homens e 19 eram mulheres. Os domínios do SF-36 que obtiveram menores escores médios foram: aspectos físicos (59,58), capacidade funcional (64,67) e vitalidade (71,42), e os que obtiveram maiores escores médios foram: aspectos sociais (79,79), dor (78,12) e aspectos emocionais (75,56). Quanto aos escores do IDB, 43 pacientes apresentaram ausência de SDs, 12 apresentaram disforia e 5 apresentaram SDs classificados entre leves e moderados. Não possuir trabalho aumentou a chance em 7,7 vezes de ter SDs que ter trabalho. Os pacientes com ausência de SDs apresentaram escores médios mais elevados nos domínios do SF-36, refletindo melhor QVRS, quando comparados aos pacientes com algum grau de SDs, com notória diferença na comparação (p<0,05). Encontramos correlações negativas entre os domínios do SF-36 e os escores do IDB, ou seja, à medida que aumentaram os escores de SDs, decresceram os escores médios nos domínios de QVRS. Tais correlações apresentaram p valor <0,05, exceto para o domínio estado geral de saúde. Conclusão: A presença de SDs se relacionou negativamente com a QVRS dos pacientes transplantados renais, evidenciando a necessidade de incluir a avaliação dos sintomas depressivos e respectivos atendimentos das alterações quando identificadas, na prática clínica que engloba a atuação do enfermeiro, para otimizar a QVRS desses pacientes. / Introduction: Chronic Kidney Disease (CKD) mainly involves the decrease in the kidney\'s ability to filter toxic substances, causing metabolic and hormonal alterations. In terminal stages, renal replacement therapy (RRT) becomes necessary, and kidney transplantation has been reported as the best treatment and rehabilitation option for CKD patients. CKD and the kidney transplantation can affect these patients\' healthrelated quality of life (HRQoL) though, which can be influenced by physical and mental health aspects, including depressive symptoms (DS). Aims: Characterize CKD patients after kidney transplantation in a city in São Paulo State regarding socio-demographic, economic and clinical aspects; describe HRQoL and DS; correlate HRQoL with the socio-demographic, economic and clinical factors; compare HRQoL, according to the SF-36 dimensions, between patients with and without DS and correlate HRQoL with the DS. Material and Method: This quantitative and crosssectional study included patients who underwent a kidney transplantation between 6 and 24 months before the start of data collection, over 18 years of age and monitored at the Kidney Transplantation outpatient clinic of HCFMRP-USP in RibeirãoPreto-SP, Brazil. Clinically unstable patients were excluded, totaling 60 patients included in the study. The following instruments were used: patient characterization instrument, which was adapted to the study and submitted to content assessment, Medical Outcomes Study (MOS SF-36) for HRQoL assessment and Beck\'s Depression Inventory (BDI) for the assessment of DS. Data were collected through an individual interview with the patient and consultation of patient files. Data collection took place between April and August 2011. Approval for the project was obtained from the Institutional Review Board at the University of São Paulo at RibeirãoPreto College of Nursing. Data analysis comprised descriptive statistical analysis; Pearson\'s correlation coefficient (r) to check the correlation between the SF-36 domains and the total BDI score; variance analysis (ANOVA) to compare the SF-36 domains in the groups with and without DS; Fisher\'s Exact Test to verify the association between the qualitative variables related to the BDI score and the different independent variables. In addition, the association was quantified through logistic regression models, in which the Gross Odds Ratio was calculated with its respective 95% confidence intervals. SAS® 9.0 statistical software was used for all statistical analyses. P-values inferior to 0.05 were considered significant. Results: 51 out of 60 patients were adults and 9 elderly; 41 were men and 19 women. The SF-36 domains with the lowest mean scores were: physical aspects (59.58), functional capacity (64.67) and vitality (71.42); while the domains with the highest mean scores were: social aspects (79.79), pain (78.12) and emotional aspects (75.56). As for the BDI scores, 43 patients presented absence of DS, 12 dysphoria and 5 DS classified between mild and moderate. Not having a job increased the chance of DS by 7.7 times. Patients without DS obtained higher mean scores on the SF-36 domains, reflecting a better HRQoL in comparison with patients with some degree of DS, with a statistically significant difference (p<0.05). We found negative correlations between the SF-36 domains and the BDI scores, that is, to the extent that DS scores increased, the mean scores on the HRQoL domains dropped. The p-value for these correlations was <0.05, except for the general health status domain. Conclusion: The presence of DS was negatively related with the HRQoL of kidney transplant patients, evidencing the need to include the assessment of depressive symptoms and attend to the alterations when identified in clinical practice, which includes nursing actions, in order to improve these patients\' HRQoL.
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Disfunçâo vasodilatadora durante o exercício físico em indivíduos saudáveis com histórico familiar de doença renal crônicaSouza, Livia Victorino de 17 August 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-08-17 / FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / INTRODUÇÃO: Indivíduos com histórico familiar positivo para doença renal crônica (HF+DRC) apresentam alterações hemodinâmicas que influenciam diretamente no surgimento e desenvolvimento dessa doença. Porém, ainda não está claro se há prejuízo na vasodilatação em indivíduos HF+DRC, durante o exercício físico. OBJETIVOS: Testar a hipótese de que indivíduos saudáveis com HF+DRC apresentam vasodilatação muscular diminuída durante o exercício físico. MÉTODOS: Foram avaliados 9 indivíduos saudáveis com HF+DRC e 17 indivíduos saudáveis sem histórico familiar para doença renal crônica (Grupo HF-DRC), pareados por idade (27±2 vs. 26±1 anos, p=0,67, respectivamente). A pressão arterial (oscilométrico - DIXTAL® 2023), a frequência cardíaca (DIXTAL® 2023) e o fluxo sanguíneo do antebraço (pletismografia de oclusão venosa - Hokanson®) foram aferidos durante 3 minutos basais seguidos de 3 minutos de exercício físico isométrico de preensão de mão a 30% da contração voluntária máxima. A vasodilatação muscular foi calculada pela divisão do fluxo sanguíneo do antebraço pela pressão arterial média, multiplicada por 100. A creatinina sérica foi medida para estimativa da taxa de filtração glomerular. Foi aplicada ANOVA two-way seguida pelo post hoc de Tukey, adotando significativo p<0,05. Os resultados são expressos como média±EP. RESULTADOS: A Creatinina sérica (p=0,74), a taxa de filtração glomerular estimada (p=0,90), a pressão arterial sistólica (p=0,11), diastólica (p=0,82), média (p=0,44) e a frequência cardíaca (p=0,86) foram semelhantes entre os grupos. E, todos os voluntários apresentaram ausência de proteinúria e hematúria. No basal, o fluxo sanguíneo do antebraço foi semelhante entre os grupos HF+DRC e HF-DRC (2,51±0,37 vs. 2,85±0,18 mL/min/100mL, p=0,06), porém aumentou significativamente durante o exercício físico apenas no grupo HF-DRC (p=0,03). No basal, a vasodilatação muscular foi semelhante entre os grupos (2,85±0,37 vs. 3,41±0,21 unidades, respectivamente, p=0,78). Durante o exercício físico o grupo HF+DRC não apresentou mudanças significativas durante o primeiro, segundo e terceiro minutos de exercício físico em relação ao basal (3,19±0,54, 2,91±0,30 e 2,45±0,24 unidades, respectivamente). Porém, foi observado aumento significativo da vasodilatação muscular em relação ao exercício físico no grupo
HF-DRC (4,06±0,36, 4,30±0,34 e 4,55±0,48 unidades, respectivamente). CONCLUSÃO: Indivíduos saudáveis com histórico familiar positivo para DRC apresentam disfunção vasodilatadora durante o exercício físico. / INTRODUCTION: Individuals with positive family history of chronic kidney disease (CKD+FH) present hemodynamic changes that directly influence the emergence and development of this disease. However it is unclear whether there is impairment of vasodilatation in CKD+FH individuals during the exercise. OBJECTIVES: To test the hypothesis that healthy subjects with CKD+FH have diminished muscle vasodilatation during exercise. METHODS: We study nine healthy subjects with CKD+FH and 17 healthy individuals without family history of chronic disease (CKD-FH) matched for age (27±2 vs. 26±1 years, p=0,67, respective). Blood pressure (oscilometric - DIXTAL® 2023) heart rate (DIXTAL® 2023) and forearm blood flow (venous occlusion pletysmography - Hokanson®) were measured for 3 minutesbaseline followed by 3 minutes isometric handgrip exercise 30% of maximum voluntary contration. Vasodilatation muscle was calculated by dividing the forearm blood flow by the blood pressure mean multiplied by 100. Serum creatinina was measure to estimate glomerular filtration rate. Was applied ANOVA two-way followed by post hoc Tukey, adopting p<0,05. The results are expressed as mean ± SE. RESULTS: Serum creatinina (p=0,74), the estimate glomerular filtration rate (p=0,90), systolic blood pressure (p=0,11), diastolic blood pressure (p=0,82), mean blood pressure (p=0,44) and heart rate (p=0,86) were similar between groups. And all the volunteers showed no proteinuria and hematuria. At baselina forearm blood flow was similar between the groups CKD+FH and CKD-FH (2,51±0,37 vs. 2,85±0,18 mL/min/100mL, p=0,06), but increased significantly during exercise only in CKD-FH group (p=0,03). At baseline, muscle vasodilatation was similar between groups (2,85±0,37 vs. 3,41±0,21 units, respectively, p=0,78). During exercise the CKD+FH group showed no significant changes during the first, second and third minute of exercise in relation to baseline (3,19±0,54, 2,91±0,30 e 2,45±0,24 units, respectively). However we observed a significant increased in muscle vasodilatation in relation to physical exercise in CKF-FH group (4,06±0,36, 4,30±0,34 e 4,55±0,48 units, respectively). CONCLUSION: In
healthy subjects with positive family history of chronic kidney disease have vasodilator dysfunction during exercise.
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Avaliação da fadiga muscular em pacientes com doença renal crônica em tratamento hemodialítico por meio da curva força – tempoRezende, Rafael Andrade 28 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-28 / O objetivo do estudo foi avaliar a força muscular em pacientes com DRC em tratamento hemodialítico por meio da curva força – tempo. Foram avaliados 12 pacientes com DRC e 10 indivíduos saudáveis, todos sedentários com média de idade de 48 e 45 anos respectivamente.Todos faziam 4 Contrações Voluntárias Máximas(CVM) e 1 CVM até a exaustão. Durante o protocolo eram coletatos a curva de força e a EMG concomitantemente. Os dados coletados foram avaliados no ambiente MatLab por uma algoritmo especifico que avaliava Força máxima(Fmax), perda de 10% de força(F90%) perda de 20% de força(F80%), tempo de perda de força (T90% e T80%), área da curva entre 100 – 90% e entre 90-80%, além do RMS do sinal eletromiografico no mesmo período. Nenhuma diferença estatística significativa foi encontrada nas variáveis estudadas. Na F90% a média ficou 22,5 kgf enquanto a dos controles 24,05 kgf. Na F80% os DRC tiveram média de 20,08 kgf enquanto os controles apresentaram 21,38 kgf. O teste mostrou que o grupo DRC apresenta uma redução de aproximadamente de 7% de força muscular no inicio do teste que permanece durante o período de execução do teste. No tempo de perda de força a média do grupo DRC foi de 3,5 segundos (para 100-90%) e 4,2 segundos (para 90-80%) e do grupo controle 3,2 segundos (para 100-90%) e 4,2 segundos (para 90-80%). Na Area da curva a média foi de 0,021 (A100-90%) e 0,018(A90-80%) no grupo de DRC enquanto a média do controle foi de 0,028(A100-90%) e 0,023(A90-80%).De acordo com os resultados encontrados o grupo pesquisado pode não apresentar uma fadiga antecipatória, provavelmente pela característica da amostra, por serem indivíduos ainda não acometidos fortemente pela doença miopática. / The purpose of this study was to evaluate muscle strength in patients with CKD undergoing hemodialysis through the power curve - time. We evaluated 12 patients with CKD and 10 healthy individuals, all settled with a mean age of 48 and 45 years were 4 respectivamente.Todos maximal voluntary contractions (MVC) and a CVM to exhaustion. During the protocol were coletatos the force curve and EMG simultaneously. The data were evaluated in MATLAB by a specific algorithm that measured maximum force (Fmax), loss of 10% power (F90%) loss of 20% power (F80%), loss of strength time (T90% and T80%), area under the curve between 100 - 90% and between 90-80% and the RMS of the EMG signal in the same period. No statistically significant differences were found in the variables studied. In F90 the average was 22.5% while that of controls kgf kgf 24.05. F80% in the DRC had a mean of 20.08 kgf while controls showed 21.38 kgf. The test showed that the CKD group shows a reduction of approximately 7% of muscle strength at the beginning of the test that lasts for the duration of the test. At the time of the average loss of strength of the CKD group was 3.5 seconds (100-90%) and 4.2 seconds (90-80%) in the control group and 3.2 seconds (100-90% ) and 4.2 seconds (90-80%). In the middle area of the curve was 0.021 (A100-90%) and 0.018 (A90-80%) in the DRC while the average of the control was 0.028 (A100-90%) and 0.023 (A90-80%). According to the results found the research group may not have an anticipatory fatigue, probably due to sample characteristics, because they are individuals not yet affected strongly by the myopathic disease.
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Adesão ao tratamento na doença renal crônicaMagacho, Edson José de Carvalho 25 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-01-25 / Trata da avaliação da adesão medicamentosa em pessoas que desenvolveram a doença renal crônica já que favorece a ocorrência de desfechos clínicos desfavoráveis. O uso irregular das medicações pode impactar desfavoravelmente o curso da doença renal crônica (DRC), relativamente à progressão da doença e ocorrência de morbimortalidade cardiovascular. O presente estudo objetivou identificar os fatores associados à adesão medicamentosa em pacientes com doenças renais, acompanhados num ambulatório de nefrologia de atendimento multidisciplinar. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, realizado por um ano a partir de outubro de 2007, envolvendo 149 pacientes, convidados a participar do estudo no momento do seu comparecimento para consulta. A adesão medicamentosa foi avaliada pelo método do autorrelato em entrevista no início da pesquisa (período basal) e 12 meses após. Foi avaliada a adesão às classes medicamentosas de anti-hipertensivos betabloqueadores (BB), inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA), bloqueador de receptor da angiotensina (BRA), bloqueadores de canais de cálcio (BcCa), diuréticos, às estatinas e ao ácido acetil salicílico. Foi considerado aderente o paciente que relatou os medicamentos e respectivas quantidades de comprimidos em uso prescrito na consulta que antecedeu a entrevista. O teste Minimental State Examination (MMSE) foi utilizado para excluir pacientes com declínio cognitivo. Na análise univariada realizada no período basal, os pacientes aderentes (82,6%) diferiram dos não aderentes (17,4%) por apresentar menor média de idade (49 ± 16,8 vs 59 ± 14,1, p=0,006), fazer uso de menor número de comprimidos por dia (6,3 ± 3,9 vs 8,5 ± 4,3, p=0,008), apresentar menor média de creatinina sérica (1,84 ± 0,91 vs 2,32 ± 1,25, p=0,030), maior média de filtração glomerular (52,1 ± 29,31 vs 35,24 ± 19,03, p=0,01), não apresentar a doença coronariana (0R=0,295,IC95%=[0,096-0,902],p=0,037) como comorbidade mais frequente, e não depender de cuidador na administração dos seus medicamentos (0R=4,163,IC95%=[1,688-10,269],p=0,003). Após ajuste do modelo de regressão logística, permaneceram como fatores significativamente associados à não adesão o uso de mais que cinco comprimidos por dia (IC95%=[0,99-7,41],p=0,052) e a administração da medicação feita por terceiros (OR=3,53,IC95%=[1,39-8,89],p=0,007). Na avaliação longitudinal foi observado que o percentual de não aderência aumenta com o tempo, quando se compara o período basal com a avaliação final aos 12 meses (17% VS 27%, p= 0,04). Conclusão: Na população estudada, a não aderência foi identificada em 17,8% de pacientes e apresentou associação significativa com o maior número de comprimidos em uso por dia e à administração dos medicamentos por terceiros e aumenta com o passar do tempo. / Introduction: Non-adherence to drug therapy favors the occurrence of adverse clinical outcomes in chronic diseases. Irregular use of medications can adversely impact the course of chronic kidney disease (CKD), regarding disease progression and occurrence of cardiovascular morbidity and mortality. This study aimed at identifying factors associated with drug therapy in patients with kidney disease, followed in an outpatient nephrology clinic of interdisciplinary care. Methods: This is a prospective cohort study which was conducted over a year from October 2007, involving 149 patients invited to participate in the study at the time of their visit. Adherence to drug therapy was evaluated by a self-report method in an interview at baseline and 12 months later. We evaluated adherence to drug classes of antihypertensive beta-blockers (BB), angiotensin-converting enzyme inhibitors (ACEIs), angiotensin receptor blockers (ARB), calcium channel blockers (CCB), diuretics, statins, and acetylsalicylic acid. The patient that reported the drugs and the respective number of prescribed pills in use in the visit that preceded the interview was considered adherent. Test Minimental State Examination (MMSE) was used to identify patients with cognitive decline, in which the assessment was done with their caregivers. Results: The univariate analysis performed at baseline showed that adherent patients (82.6%) differed from non-adherent (17.4%) due to their lower mean age (49 ± 16.8 vs 59 ± 14.1, p=0.006), use of fewer pills per day (6.3 ± 3.9 vs 8.5 ± 4.3, p=0.008), lower mean serum creatinine (1.84 ± 0.91 vs 2 32 ± 1.25, p=0.030), higher mean glomerular filtration rate (52.1 ± 29.31 vs 35.24 ± 19.03, p=0.01), absence of coronary artery disease (OR, 0.295; 95% CI, 0,096-0,902, p=0.037), such as more frequent comorbidity, and non reliance on caregivers for the administration of their medications (OR, 4.163, 95%, 1,688-10,269, p=0.003). After adjusting the logistic regression model, the factors that remained significantly associated with non-adherence were daily use of more than five pills (OR, 2.71, 95%, 0,99-7,41, p=0.052) and drug administration made by caregivers (OR, 3.53, 95%, 1,39-8,89, p=0.007). The longitudinal evaluation showed that the percentage of non-adherence increases with time, when comparing the baseline period with the final evaluation at 12 months (17% vs 27%, p=0.04). Conclusion: In the studied population, non-adherence was identified in 17.8% of the patients and significantly associated with the greatest number of pills used per day, drug administration by third parties, and with increase over the disease course.
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Avaliação das variáveis associadas à patência de fístulas arteriovenosas para hemodiálise confeccionadas pelo nefrologistaRodrigues, Anderson Tavares 20 March 2015 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-06-19T11:21:12Z
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Previous issue date: 2015-03-20 / A doença renal crônica (DRC) é uma enfermidade de grande
morbimortalidade. A hemodiálise periódica é o método mais amplamente utilizado na
manutenção da sobrevida dos pacientes com DRC. No tratamento hemodialítico é
necessário uma via de um acesso vascular, sendo o padrão-ouro é a fístula
arteriovenosa (FAV). As principais complicações da FAV são a falência do acesso e
consequente maior morbimortalidade. Os objetivos do trabalho são: 1) avaliar a taxa
de sucesso nas FAV confeccionadas pelo nefrologista; e 2) identificar as variáveis clínicas, laboratoriais e demográficas que impactam na patência da FAV. Método: Estudo de coorte retrospectiva caracterizado pelo exame de prontuários de
pacientes com DRC e que realizaram confecção de FAV pelo nefrologista. Foram
incluídos os prontuários de 101 pacientes, totalizando 159 procedimentos entre junho de 2010 e junho de 2013. Resultados: Das FAV realizadas, 124 (78%) apresentaram patência imediata e 110 (62,9%) apresentaram patência tardia. Das
variáveis estudadas somente a hemoglobina mostrou relação com a patência tardia
da FAV (p=0,05). Pressão arterial elevada no momento da cirurgia se associou com redução do número de procedimentos por paciente com p=0,001. FAV distais se associaram a maior número de procedimentos por paciente com p=0,03.
Adicionalmente, observou-se que o nosso índice de sucesso de patência da FAV
apresentou índices compatíveis com os da literatura por outros nefrologistas e cirurgiões vasculares. Conclusão: Manutenção de hemoglobina nas faixas recomendadas impactam favoravelmente na patência tardia da FAV, pressão arterial
elevada no momento da cirurgia associou-se com menor número de procedimentos
a que o paciente é submetido. Os procedimentos distais se associaram a maior
número de procedimentos por paciente, enquanto os proximais são mais frequentes
em pacientes com 2 acessos, indicando sua utilização principalmente na falha dos
acessos distais. / Chronic kidney disease (CKD) is an illness of high morbidity and mortality.
The periodic hemodialysis is the most widely used method in maintaining the survival
of patients with CKD. In hemodialysis is needed a vascular access, and the gold
standard is the arteriovenous fistula (AVF). The main complications of AVF are the
failure of access and consequent higher mortality. The objectives are: 1) to evaluate
the success rate in AVF made by a nephrologist; and 2) to identify clinical, laboratory
and demographic variables that impact the AVF patency. Method: Retrospective
cohort study characterized the examination records of patients with CKD who
underwent construction of AVF by a nephrologist. The medical records of 101
patients were included, totaling 159 procedures between June 2010 and June 2013.
Results: Of AVF performed, 124 (78%) had immediate patency and 110 (62.9%) had
late patency. Of the variables studied only hemoglobin was related to the late patency
of AVF (p = 0.05). High blood pressure at the time of surgery was associated with
fewer procedures per patient with p = 0.001. Distal AVF associated with a major
number of procedures per patient with p = 0.03. Additionally, it was observed that our
AVF patency success rate compatible with the indexes presented in the literature by
other nephrologists and vascular surgeons. Conclusion: hemoglobin maintenance at
the recommended tracks impact favorably on late patency of the AVF, high blood
pressure at the time of surgery was associated with fewer procedures which the
patient is submitted. The distal procedures associated with a major number of
procedures per patient, while the proximal are more frequent in patients with 2
accesses, indicating its use mainly in the failure of distal access.
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Avaliação de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica pré-dialíticaSouza, Viviane Angelina de 26 October 2017 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-03-26T18:48:44Z
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Previous issue date: 2017-10-26 / A Sarcopenia é uma condição crônica associada ao envelhecimento e
caracterizada por redução da massa muscular, força e função. A prevalência de sarcopenia em pacientes com doença renal crônica (DRC) é aumentada e associa-se ao aumento da morbimortalidade. Além disso, a ocorrência concomitante de obesidade e perda muscular, condição definida por obesidade sarcopênica (OS), é comum na DRC, associando-se com pior sobrevida e função física. A tomografia computadorizada (TC) e a absorciometria com emissão de energia dupla (DXA) são consideradas para avaliação da massa muscular, entretanto, o custo e a dificuldade de acesso são fatores limitantes para o seu uso, tornando-se essencial a pesquisa de métodos mais acessíveis e de menor custo. A ultrassonografia (US) vem surgindo como um método promissor na avaliação da massa muscular em algumas populações com doenças crônicas, comparável à avaliação realizada pela TC. Objetivos: Avaliar a prevalência de sarcopenia e obesidade sarcopênica em pacientes com DRC prédialítica
e suas associações com variáveis clínicas, laboratoriais, marcadores inflamatórios e
medidas de obesidade visceral. Além disso, objetivamos investigar a validade e confiabilidade da medida da área transversa do reto femoral (ATRF) pela US comparado à TC, em pacientes com DRC pré-dialítica, além da associação entre estas medidas e o diagnóstico de sarcopenia. Métodos: Foram avaliados 100 pacientes com DRC pré-dialítica, de ambos os sexos e com mais de 65 anos. A sarcopenia foi definida pelos critérios do Grupo Europeu de Estudos em Sarcopenia em Idosos (EWGSOP) e do Projeto de Sarcopenia da Fundação do Instituto Nacional de Saúde (FNIH), utilizando a DXA para cálculo da massa muscular. Foram também avaliados dados sociodemográficos e clínicos, atividades de vida diária, capacidade
funcional e nível de atividade física. A inflamação foi avaliada pela proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCRus) e interleucinas (IL) 4 e 6. A obesidade foi definida de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC), Índice de Massa Gorda (IMG) e o Percentual de Gordura Corporal Total (PGCT). A obesidade visceral foi avaliada pelas medidas do tecido adiposo visceral (VAT) e gordura androide. Para comparação, os pacientes foram divididos em nãoobesos e não-sarcopênicos, obesos, sarcopênicos e obesos sarcopênicos. A ATRF foi avaliada usando US e TC. Resultados: A prevalência de sarcopenia foi de 11,9% e 28,7% utilizando os critérios do EWGSOP e do FNIH, respectivamente. A sarcopenia foi mais prevalente nos estágios mais avançados da DRC (34,5% nos estágios 2 e 3A e 65,5% nos estágios 3B, 4 e 5) e associada com pior desempenho nas atividades da vida diária (p=0,049), menor velocidade
de caminhada (p<0,001) e maiores índices de massa corporal (IMC) (p=0,001) no modelo não ajustado. Além disso, os pacientes com sarcopenia apresentaram menor capacidade funcional (p=0,012) e maior prevalência de inatividade física (p=0,041) em comparação com pacientes sem sarcopenia. Após o ajuste para variáveis confundidoras, a sarcopenia manteve associação significante com a velocidade de caminhada (p=0,004) e IMC (p=0,002). Os níveis de PCRus foram inversamente correlacionados com a massa magra apendicular ajustada pelo IMC (p=0,007) e apresentaram uma correlação positiva com IMC (p=0,001). Os níveis de IL4
apresentaram correlação positiva com a velocidade de caminhada (p=0,007) e massa magra nos membros inferiores (p=0,022). A prevalência de obesidade foi de 19,8%, 37,6% e 48,5%, e de OS foi de 15,8%, 13,9% e 27,7%, quando utilizados os critérios do IMC, PGCT e IMG, respectivamente. Com relação ao perfil metabólico, observamos que o IMC, IMG, VAT e gordura androide (p<0,001) foram mais elevados nos obesos e obesos sarcopênicos, utilizando o critério de obesidade do IMC e IMG. Houve associação entre as medidas de obesidade visceral com o IMC, IMG e estágio 4 da DRC. A taxa de filtração glomerular (TFG) apresentou correlação positiva com VAT (r=0,311; p=0,002), gordura androide (r=0,414; p<0,001), IMC (r=0,348; p<0,001) e IMG (r=0,272, p=0,006). A diferença das médias da ATRF avaliada por US e TC foi de 3,97 mm, com uma forte correlação entre os métodos (p<0,001). O Bland-Altman mostrou uma boa concordância entre TC e US. Com base na definição de baixa massa muscular da ATRF pelo US, observou-se uma prevalência de sarcopenia de 12%. Conclusões: A sarcopenia foi comum em pacientes com DRC, particularmente nos estágios mais avançados da doença. Observamos uma associação entre os
níveis de marcadores inflamatórios e massa magra apendicular, performance física e IMC. Além disso, a obesidade e a obesidade sarcopênica foram prevalentes nos pacientes com DRC, principalmente quando utilizada a definição de obesidade pelo IMG. Houve associação entre um pior perfil metabólico e medidas de obesidade visceral nos pacientes obesos e OS com a definição de obesidade pelo IMC e IMG. A TFG associou-se com obesidade visceral, principalmente no estágio 4 da DRC. Por fim, a US demonstrou ser um método válido e confiável para avaliar a ATRF em pacientes com DRC pré-dialítica. / Sarcopenia is a chronic condition associated with aging characterized by
reduced muscle mass, strength and function. The prevalence of sarcopenia in patients with chronic kidney disease (CKD) is increased and is associated with increased morbidity and mortality. In addition, the concomitant occurrence of obesity and muscle loss, a condition defined by sarcopenic obesity (SO), is common in CKD, associated with worse survival and physical function. Computed tomography (CT) and dual-energy x-Ray absorptiometry (DXA) are considered for evaluation of muscle mass, however, cost and difficulty of access are limiting factors for its use. Due to the population aging, it is essential to research new methods for assessing muscle mass, which are more affordable and less costly. Ultrasonography (US) has emerged as a promising method for assessing muscle mass in some populations with chronic diseases, comparable to the evaluation performed by CT. Objectives: To evaluate the prevalence of sarcopenia and sarcopenic obesity in patients with CKD not yet on dialysis, and its associations with clinical, laboratory, inflammatory markers and measures of visceral obesity. In addition, we aimed to investigate the validity and reliability of rectus femoris cross-sectional area (RFCSA) measurement compared to CT in CKD patients not yet on dialysis, and the association between these measurements and the diagnosis of sarcopenia. Methods: A total of 100 patients of both sexes and aged over 65
were evaluated. Sarcopenia was defined by the criteria of the European Working Group on Sarcopenia in Older People (EWGSOP) and of the Foundation for the National Institutes of Health (FNIH) Sarcopenia Project, using DXA to calculate muscle mass. Sociodemographic and clinical data, activities of daily living, functional capacity and level of physical activity were also evaluated. Inflammation was assessed by high-sensitivity C-reactive protein (hsCRP) and interleukin (IL) 4 and 6. Obesity was defined according to the Body Mass Index (BMI), Fat Mass Index (FMI) and the Percentage of Total Body Fat (PTBF). Visceral obesity was evaluated by measures of visceral adipose tissue (VAT) and android fat. For comparison, the patients were divided into groups of non-obese and non-sarcopenic, obese, sarcopenic and obese sarcopenic. RFCSA was assessed using US and CT. Results: The prevalence of sarcopenia was 11.9% and 28.7% using the EWGSOP and FNIH criteria, respectively. Sarcopenia was more prevalent in the more advanced stages of CKD (34.5% in stages 2 and
3A and 65.5% in stages 3B, 4 and 5) and associated with worse performance in activities of daily living (p=0.049), lower walking speed (p<0.001) and higher BMI (p=0.001) in the nonadjusted model. In addition, patients with sarcopenia had lower functional capacity (p=0.012) and higher prevalence of physical inactivity (p=0.041) compared to patients without sarcopenia. After adjusting for confounding variables, sarcopenia was still significantly associated with walking speed (p=0.004) and BMI (p=0.002). HsCRP levels were inversely correlated with lean mass adjusted for BMI (p=0.007) and were also positively associated with BMI (p=0.001). IL4 levels were positively correlated with walking speed (p=0.007) and lean body mass in the lower limbs (p=0.022). The prevalence of obesity was 19.8%, 37.6% and 48.5%, and of SO was 15.8%, 13.9% and 27.7%, when the criteria of BMI, PTBF and FMI were used, respectively. Regarding the metabolic profile, we observed that BMI, FMI,
VAT and android fat (p<0.001) were higher in obese and SO patients, using the BMI and FMI obesity criteria. There was an association between measures of visceral obesity with BMI, FMI and stage 4 of CKD. The glomerular filtration rate (GFR) showed a positive correlation with VAT (r=0.311, p=0.002), android fat (r=0.414, p<0.001), BMI (r=0.348, p<0.001) and FMI (r=0,272, p=0,006). The difference in mean RFCSA by US and CT was 3.97 mm, with a strong correlation between the methods (p<0.001). Bland-Altman showed good agreement between CT and US. Based on the definition of low muscle mass according to US of the RFCSA, a sarcopenia prevalence of 12% was observed. Conclusions: Sarcopenia was common in patients with CKD, particularly in the more advanced stages of the disease. We observed an association between levels of inflammatory markers and appendicular lean mass, physical performance and BMI. In addition, obesity and SO were prevalent in patients with CKD, mainly when the FMI obesity criteria was used. There was an association between a worse
metabolic profile and visceral obesity measures in obese and SO patients when the BMI and FMI criteria for obesity were used. Regarding CKD, there was an association between GFR and visceral obesity, mainly in stage 4. Finally, US has proven to be a valid and reliable method for assessing RFCSA in patients with CKD not yet on dialysis.
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Avaliação dos níveis séricos de ácido úrico como fator de risco para o declínio da taxa de filtração glomerular em pacientes com doença renal crônicaTollendal, Ana Luisa Silveira Vieira 19 January 2018 (has links)
Submitted by Geandra Rodrigues (geandrar@gmail.com) on 2018-04-27T11:55:53Z
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Previous issue date: 2018-01-19 / Introdução: A doença renal crônica (DRC) se tornou uma preocupante questão de saúde pública em todo o mundo devido às suas crescentes incidência e prevalência e ao impacto em morbimortalidade por ela desencadeado. O tratamento da DRC se baseia na intervenção em seus fatores de risco. Entretanto, os fatores atualmente conhecidos e sua abordagem não têm sido suficientes para conter a doença. Por esse motivo, torna-se imprescindível a busca por outros fatores associados à sua patogênese. Nesse sentido, a hiperuricemia tem sido apontada, nas últimas décadas, como uma condição associada à DRC, porém sem que ainda tenha sido
estabelecida uma associação causal entre ambas. Objetivos: 1. Avaliar as evidências sobre o impacto da hiperuricemia na incidência e progressão da DRC, através de revisão sistemática da literatura; 2. Avaliar o impacto dos níveis séricos de ácido úrico (AU) sobre o declínio da taxa de filtração glomerular (TFG) em uma população de pacientes com DRC. Métodos: Primeiramente, realizou-se revisão sistemática da literatura com busca por artigos publicados no período entre Janeiro de 2005 e Dezembro de 2016, utilizando-se a combinação de palavraschave
“chronic renal insufficiency AND hyperuricemia AND uric acid” nos bancos de dados
Lilacs e Pubmed. Os resumos dos artigos foram avaliados por dois pesquisadores, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. Na segunda fase do estudo, 788 pacientes incidentes no ambulatório de DRC do Centro Hiperdia Minas/Juiz de Fora tiveram seus registros eletrônicos analisados e o impacto dos níveis de AU na progressão da DRC foi avaliado. Resultados: Relativamente à revisão sistemática, foram encontrados 150 estudos envolvendo seres humanos, dos quais 22 foram elegíveis, 13 estudos avaliaram incidência e 11 avaliaram progressão da DRC (aumento de creatinina, variação da taxa de filtração glomerular, início de terapia renal substitutiva); dois avaliaram ambos os desfechos. Todos os treze artigos
que avaliaram associação entre hiperuricemia e incidência de DRC mostraram associação positiva entre ambas. Uma metanálise avaliou impacto da hiperuricemia em 190.718 indivíduos e encontrou relação causal independente para incidência de DRC. Em relação à progressão da DRC, os estudos longitudinais apresentaram resultados conflitantes e três estudos randomizados controlados foram identificados, comparando um grupo tratado com alopurinol e um grupo controle, todos com melhora dos desfechos renais no grupo tratado. Os resultados da análise do banco de dados do Centro HIPERDIA mostraram que pacientes admitidos com hiperuricemia, ou seja, AU maior do que 6,8mg/dL, apresentaram risco quase duas vezes maior
(IRR=1,91 95% IC: 1,21-3,00, p=0,005) de progressão rápida da DRC (TFG>5mL/min/ano). Além disso, para cada 1 mg/dL de aumento nos níveis basais de AU houve risco anual 48% maior de progressão rápida (IRR=1,48 95% IC:1,16-1,88, p=0,001). Conclusão: A revisão sistemática sugeriu que hiperuricemia se associa de forma independente com incidência de DRC, porém seu papel na progressão da doença ainda é controverso. Entre os pacientes com DRC do Centro Hiperdia Minas/Juiz de Fora, os níveis séricos aumentados de AU associaramse a maior risco de progressão rápida da doença renal crônica. / Introduction: Chronic kidney disease (CKD) has become a worrisome public health problem worldwide due to its increasing incidence and prevalence as well as its impact on morbidity and mortality. Treatment of CKD is based on risk factor intervention. However, currently known factors and their approach are insufficient to stop the disease. For this reason, it is imperative to search for other factors associated with its pathogenesis. Hyperuricemia has been identified as a condition associated with CKD, but causal association between them has not yet been proved. Objectives: 1. To evaluate the impact of hyperuricemia on the incidence and progression of CKD through a systematic review of the literature; 2. To evaluate the impact of serum uric acid levels on the decline of the glomerular filtration rate (GFR) in a population of chronic renal patients. Methods: Initially a systematic review of the literature was carried out
between January 2005 and December 2016. The combination of keywords "chronic renal insufficiency AND hyperuricemia AND uric acid" was used to search in the Lilacs and Pubmed databases. The articles’ abstracts were evaluated by two researchers according to established inclusion and exclusion criteria. Secondly, the electronic records of 788 patients of the CKD outpatient clinic of the Hiperdia Minas/Juiz de Fora Center were analyzed and the impact of uric acid levels on the progression of CKD was evaluated. Results: A total of 150 studies involving humans were found. Twenty two were eligible; 13 studies evaluated incidence and 11 evaluated progression of CKD (increase in creatinine, variation of glomerular filtration rate, initiation of renal replacement therapy); two of the articles evaluated both outcomes. All
thirteen articles that assessed the association between hyperuricemia and incidence of CKD showed a positive association between both. A further meta-analysis of 190,718 individuals evaluated the impact of hyperuricemia on the incidence of CKD and found an independent causal relationship. Regarding the progression of CKD, longitudinal studies presented conflicting results; three randomized controlled trials compared a group treated with allopurinol and a control group, all with improvement of the renal outcomes within the treated group. The Hiperdia Center database analysis results showed that patients admitted with hyperuricemia, that is, uric acid higher than 6.8mg/dL, presented almost twice the risk (IRR = 1.91 95% CI: 1,
21-3.00, p = 0.005) of rapid progression of CKD (TFG> 5mL/min/year). In addition, for each 1 mg/dL increase in the uric acid levels baseline, there was an additional 48% annual risk of progression (IRR = 1.48 95% CI: 1.16-1.88, p = 0.001). Conclusion: The systematic review suggested that hyperuricemia is independently related to the incidence of CKD, however, its role in disease progression is still controversial. Among patients with CKD, increased serum uric acid levels were associated with an increased progression of chronic kidney disease.
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