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A linguagem do vestuário, expressão de culturas : um estudo da produção do estilista Eduardo FerreiraPereira dos Santos, Geni January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Na década de 1990, em Recife, a efervescência cultural e
artística que desencadeou um repertório híbrido de linguagens locais e
globais, ficou conhecida como Movimento Mangue ou Manguebeat.
Como reflexo imediato do Movimento, proliferaram as divulgações de
inúmeros ícones da cultura local que se tornaram suas referências
simbólicas. A linguagem estética produzida refletiu-se numa tendência
de uso e apropriação desses ícones em diversas áreas como nas artes
plásticas, na música, na dança, no teatro, entre outras áreas
produtivas. Na área de vestuários, a nova estética contribuiu como
fonte de inspiração para a criação do estilista Eduardo Ferreira.
É com o olhar voltado para a construção de sentidos e de
significados em torno da diversidade cultural nos lugares de
mediações, que este estudo busca compreender como o estilista
sugeriu a renovação da identidade do vestir através da tradução dos
ícones da cultura e do contexto social para a produção da linguagem
dos vestuários
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Da lama ao cinema: interfaces entre o cinema e a cena mangue em PernambucoFONSECA, Nara Aragão January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / O surgimento do manguebeat no Recife durante a década de 90 proporcionou o estabelecimento de uma cena cultural que agregava novas manifestações nas artes plásticas, na moda, na fotografia e na produção audiovisual em geral. A seguinte análise parte de uma série de questionamentos a cerca do papel assumido pelo cinema na dinâmica cultural contemporânea na cidade do Recife. Para isso, observa como a política de representação e construção identitária da cena mangue se colocam nos filmes produzidos em Pernambuco no período de 1993 a 2003, utilizando o cinema para refletir sobre o que ele representa e o que essa representação gera no campo da cultura. Para proceder à análise, foi realizada inicialmente uma reflexão a cerca do surgimento da cena cultural contemporânea e o lugar do cinema nesta cena. Para isso, foram pesquisados os caminhos percorridos pelo cinema pernambucano de seu surgimento até então e sua interface com a dinâmica cultural. O segundo passo foi determinar como se deu a construção de um projeto estético da cena mangue. Estabeleceu-se então uma discussão sobre essa interface contemporânea do cinema com a cena cultural, o que forneceu subsídios para análise. Foram analisados seis filmes: Os curtas Conceição, Recife de Dentro Pra Fora e Maracatu, Maracatus e os longas Baile Perfumando, o Rap do Pequeno Príncipe Contra as Almas Sebosas e Amarelo Manga. A partir dessa análise, foi observado que esses filmes fazem parte de um sistema de produção e obedecem a padrões estéticos que, ao mesmo tempo em que facilita os caminhos da produção, restringe as possibilidades desse cinema
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Entreatos: a canção crítica no tropicalismo e manguebeatOLIVEIRA FILHO, Carlos Gomes de 29 April 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-04-29 / CNPQ / A proposta da dissertação é analisar comparativamente as canções dos movimentos tropicalismo e manguebeat. Para tanto, utilizaremos o conceito de canção crítica, no qual a música brasileira, sobretudo a partir da bossa nova, teve papel central nos debates culturais e políticos do país, tendo a canção o impulso de revelar discursos críticos diante da sociedade. A canção crítica presente no tropicalismo e manguebeat pôs em questão o establishment, a noção de tradição e vanguarda, a indústria cultural, a poética da canção e seu efeito discursivo, a relação entre estética e política, dentre outros subtemas. Assim, o corpus será formado a partir de canções dos álbuns Tropicália - Ou Panis et Circencis (1968), de vários autores, Caetano Veloso (1967;1969), de Caetano Veloso, Gilberto Gil (1968;1969), de Gilberto Gil, Grande Liquidação (1968), de Tom Zé, Os Mutantes (1968; 1969), dos Mutantes, Gal Costa (1968), de Gal Costa, Da lama ao caos (1994) e Afrociberdelia (1996), de Chico Science & Nação Zumbi (CSNZ), Samba esquema noise (1994) e Guentando a Ôia (1996), de mundo livre s/a. A variedade no recorte de gêneros, como o samba, bolero, marcha, baião, bossa nova e
rock comentados criticamente pelo tropicalismo; e no manguebeat a apropriação do maracatu, coco, ciranda, embolada, hip-hop, soul music, samba e punk rock, pretende demonstrar como os gêneros através da canção crítica podem ser acionados de modo diverso em seus aspectos midiáticos, estéticos e culturais. / This article develops a comparative analysis about songs of tropicalismo and manguebeat movements. Therefore, we use the concept of critical song, in which brazilian music, especially from the bossa nova, played a central role in the cultural and political debates of the country, with the song the impulse to reveal critical discourses on society. The critical song present in tropicalism and manguebeat calls into question the establishment, the notion of tradition and vanguard, the cultural industry, the poetic
song and its discursive effect, the relationship between aesthetics and politics, among other subtopics. The corpus will be formed from songs album: Tropicália - Ou Panis et Circencis (1968), several authors, Caetano Veloso (1967;1969), by Caetano Veloso, Gilberto Gil (1968;1969), by Gilberto Gil, Grande Liquidação (1968), by Tom Zé, Os Mutantes (1968; 1969), by Mutantes, Gal Costa (1968), by Gal Costa, Da lama ao caos (1994) and Afrociberdelia (1996), by Chico Science & Nação Zumbi (CSNZ), Samba esquema noise (1994) and Guentando a Ôia (1996), by mundo livre s/a. Thereby the purpose of this study is a critical analysis about variety of genres in tropicalism, with samba, bolero, marcha, baião, bossa nova and rock; and the appropriation of maracatu, coco, embolada, hip-hop, soul music, samba and punk rock in manguebeat. We analyze how this genres through critical song can be triggered in different ways in their media, aesthetic and cultural aspects.
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Artífices da Manguetown : a constituição de um novo campo artístico no Recife (1991-1997)OLIVEIRA, Esdras Carlos de Lima 18 July 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-07-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The cultural scene called Manguebeat was a phenomenon that happened in the 90’s in the city of Recife, capital of the Brazilian state of Pernambuco. This scene initially only intended to create places to a group of young middle class have fun in the night of the city. After the success of the parties promoted for this young boys and girls the city watched the born of a new cultural scene with a lot of bands that mixed regional rhythms with musical information from other cultural traditions. This cultural scene found some obstacles to get its legitimacy as a valid artistic field because there was a dominant vision about the culture inspired for the regionalist Armorial Movement, led by the writer and popular culture researcher Ariano Suassuna. In the pages of this work we discuss this process of legitimating of the scene and we try to see which representation of the city emerges from the symbolic production of the Manguebeat. We will try to study this process taking as basis the analysis of the release Caranguejos com cérebro and the first albums from Chico Science & Nação Zumbi and Mundo Livre S/A that were the mainly bands of the scene. In addition we will analyze some material from the Pernambuco’s Jornal do Commercio that legitimized the scene and we will use some texts from Folha de São Paulo’s Ilustrada’s cultural supplement that made Manguebeat known in São Paulo. We will take as theoretical basis the Pierre Bourdieu's field concept to analysis this cultural scene. This concept can support us in the analysis of the the constitution of Manguebit in Recife in the 1990’s and in that attempt of the group of young people involved in this artistic field to reshape the city's cultural scene through the building of a particular image of the city, creating a Recife’s new representation. We get the objective to consider how this scene was the way which a group of young residents of Recife, cultural periphery of a globalized world, try to insert it city into the national industry of culture. / A cena Mangue foi um fenômeno que ocorreu na década de 90 do século passado na cidade do Recife. Inicialmente, pretendia apenas criar espaços de diversão para um determinado grupo de jovens de classe média, porém, com o decorrer do tempo e do sucesso das festas promovidas por essa juventude, foi se configurando na cidade como uma nova cena cultural, permeada por bandas que misturavam ritmos regionais com informações musicais advindas de outras tradições culturais. Essa cena cultural construiu sua legitimação como campo artístico válido a partir do embate com uma visão de cultura produzida pelo Movimento Armorial, de base regionalista, comandado por Ariano Suassuna. Nessa dissertação, analisaremos esse processo de legitimação da cena, através da criação de uma determinada representação da cidade que emerge da produção simbólica do Mangue. Para tanto, tomaremos como ponto de partida o release/manifesto Caranguejos com cérebro e os dois primeiros álbuns das duas principais bandas que formaram o que classificamos como núcleo-duro da cena: Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. Também pesquisamos matérias do Jornal do Commércio, Folha de São Paulo, entre outros diários, para analisar que papel tiveram na legitimação e constituição da cena mangue. Tomaremos como marco teórico, principalmente, o conceito de campo de Pierre de Bourdieu, que pode nos auxiliar na análise da constituição do Manguebit no Recife da década de 1990 e na tentativa, do grupo de jovens envolvidos com esse campo artístico, de remodelar a cena cultural da cidade através da tessitura de uma determinada imagem da urbe, criando uma representação particular ao movimento. Com o objetivo de ponderar de que forma a cena mangue foi o meio através do qual determinado grupo de jovens moradores do Recife, periferia cultural de um mundo artístico globalizado, logra se inserir na indústria nacional da cultura.
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A "reinvenção" do nordeste na voz plugada de Pernambuco / The "reinvention" of the northeast in voice pluged of Pernambuco: from tradition a contemporary per the ways of ManguebeatMônica Silva e Sousa 16 October 2008 (has links)
Num debate entre "A invenção do Nordeste e outras artes" - de Durval Muniz de Albuquerque Júnior - e a produção musical contemporânea pernambucana, discuto reinvenção desse espaço cultural, refletido pela utilização de linguagens e recursos globalizados que interligam tradição popular e cultura pop, como resultado da prática musical proposta pelo Manguebeat. A partir de uma narrativa da invenção, que defende a tradição cultural nordestina como uma construção discursiva, apresento interpretações que invertem esse seu sentido de tradição, influenciado por outras narrativas que convivem, reforçam e se modificam de acordo com as práticas mundiais contemporâneas, sem a intenção de definir períodos históricos ou estéticos. / In a debate that involves The invention of the Northeast and other arts and the contemporaneous musical production from Pernambuco, I analyze the reinvention of the Northeast that appears reflected in the usage of languages and global resources that connect popular tradition and pop culture, here represented by the Manguebeat music production. Going through the building of a narrative about the Northeast Cultural tradition to the interpretat ions which shift the purpose of their tradition, we get to the consequences that today these changes provide to their reality, with the intention of observing if these changes reinforce the traditional image, modify it or cohabit permeated by their local quotidian, with the contemporary world practices.
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O videoclipe brasileiro pelo viés do Manguebeat : a contribuição do diretorDuarte, Fernanda Carolina Armando 01 July 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-07-01 / Financiadora de Estudos e Projetos / This research aims to salvage and registry a media still rarely studied in Brazil, because this was almost always seen as a smaller media, or just a branch of the commercial video, and the study of the director's role within this work. The role of music video director, unlike film director, is several times relegated to the background or ignored by the media and public, linking directly to the band's work, forgetting that there is an author. Still, several years ago, the video has acquired a higher status with the evolution of their language and able to unite the art trade, in order to make the band portrayed retains its personality and work of the director can show his signature in the work, and be received extremely positive, especially for youth. Leveraging the Manguebeat is a broad movement that proposes the development through dialogue with the traditions and diversity, based on Brazilian culture, we believe appropriate to talk of the music video with Brazil against the backdrop of this universe. For this, we intend to study the work of two directors: Raul Machado and Gringo Cardia, as well as the historical and ideological implications of the movement Manguebeat, and from this analysis, to confront the vision of each of the directors before the movement, through the look that they portrayed in their music videos Manguetown (Gringo Cardia - 1996) and Maracatu Atômico (Raul Machado - 1996), performing a thorough analysis of the works, and compare them to some impressive music videos of the time. / A presente pesquisa visa o resgate e o registro de uma mídia ainda raramente estudada no Brasil, o videoclipe - pois este quase sempre foi visto como uma mídia menor ou, apenas, uma ramificação comercial do vídeo - e o estudo do papel do seu diretor. Ao contrário do diretor cinematográfico, o diretor de videoclipes é diversas vezes relegado a segundo plano, ou ignorado pela mídia e público, que associam a obra diretamente à banda, esquecendo de que existe um autor. Mesmo assim, há vários anos, o videoclipe vem adquirindo um status maior com a evolução de sua linguagem e conseguindo unir o artístico ao comercial, de forma a fazer com que a banda retratada conserve a sua personalidade e o diretor do trabalho consiga mostrar sua assinatura pessoal na obra, além de ser recebido de forma extremamente positiva, especialmente pela juventude. Aproveitando que o Manguebeat é um movimento abrangente e que propõe a evolução através do diálogo entre a tradição e a novidade cultural, sendo, portanto, um produto híbrido tal qual o videoclipe, julgamos adequado falar do videoclipe brasileiro tendo como pano de fundo esse universo. Para isso, selecionamos o trabalho de dois diretores: Raul Machado e Gringo Cardia, realizados dentro desse movimento e confrontamos a perspectiva de cada um deles através do olhar que retrataram em seus videoclipes Manguetown (Gringo Cardia - 1996) e Maracatu Atômico (Raul Machado - 1996).
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A "reinvenção" do nordeste na voz plugada de Pernambuco / The "reinvention" of the northeast in voice pluged of Pernambuco: from tradition a contemporary per the ways of ManguebeatMônica Silva e Sousa 16 October 2008 (has links)
Num debate entre "A invenção do Nordeste e outras artes" - de Durval Muniz de Albuquerque Júnior - e a produção musical contemporânea pernambucana, discuto reinvenção desse espaço cultural, refletido pela utilização de linguagens e recursos globalizados que interligam tradição popular e cultura pop, como resultado da prática musical proposta pelo Manguebeat. A partir de uma narrativa da invenção, que defende a tradição cultural nordestina como uma construção discursiva, apresento interpretações que invertem esse seu sentido de tradição, influenciado por outras narrativas que convivem, reforçam e se modificam de acordo com as práticas mundiais contemporâneas, sem a intenção de definir períodos históricos ou estéticos. / In a debate that involves The invention of the Northeast and other arts and the contemporaneous musical production from Pernambuco, I analyze the reinvention of the Northeast that appears reflected in the usage of languages and global resources that connect popular tradition and pop culture, here represented by the Manguebeat music production. Going through the building of a narrative about the Northeast Cultural tradition to the interpretat ions which shift the purpose of their tradition, we get to the consequences that today these changes provide to their reality, with the intention of observing if these changes reinforce the traditional image, modify it or cohabit permeated by their local quotidian, with the contemporary world practices.
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Do tédio ao caos, do caos à lama : os primeiros capítulos da cena musical Mangue, Recife - 1980-1991Ribeiro, Getulio 26 February 2007 (has links)
This work investigates and make historical reflection about the creation and
trajectory, throughout the 80 s, of a group of friends who together would come to
create, in Recife/PE, in the earlies 1990, the mangue scene or Manguebeat Movement.
Throughout this passage, we take as primordial objects: the creation, at 1984, and the
trajectory of Mundo Livre S/A band; the radio program Décadas, presented between
1985 and 1987; and the musical experience of Bom Tom Rádio (possessing in its
formation the deceased singer and composer Chico Science), between years 1987 and
1990.
This work investigates the practice of the involved subjects in these processes, in
concurrence with the historical transformations in the social and cultural life of Recife
throughout the 80 s. Detached, on the part of our objects, the development of practices
that inaugurate new ways of act and think about city s cotidian and its own place about
the world, using music as critic expeditious and central agglutinant axle.
In elapsing of the reflection, is also mobilized series of problems relative to the
youthful pop culture of 1980 s in Brazil and all around the world, in the effort to get a
better comprehension of our object in association with feeling structures wich are
inscribled on the historical experience of a hole generation.
The present discussion is realized with the analysis of audio registers of shows,
assays, amateur and studio registers of the bands, scripts, and audio registers of the
radio programs. We also use particular interviews done with integrants of the bands and
the producers/presenters of Décadas program, such as: Fred Zeroquatro (Mundo Livre
S/A singer and Décadas producer), Renato Lins (journalist and Décadas producer) and
José Carlos Arcoverde (Decades producer and presenter and Bom Tom Rádio member). / O presente trabalho busca investigar e refletir historicamente sobre a formação e
a trajetória, ao longo dos anos 1980, do grupo de amigos que juntos viriam a instaurar,
na cidade do Recife/PE, já no início dos anos 1990, a assim chamada cena mangue, ou
Manguebeat. Ao longo deste percurso, tomamos como objetos primordiais: a formação,
em 1984, e a trajetória pré-mangue da banda Mundo Livre S/A; o programa de rádio
Décadas, apresentado entre 1985 e 1987; e a experiência musical da banda Bom Tom
Rádio (possuindo em sua formação o falecido cantor e compositor Chico Science), entre
os anos 1987 e 1990.
Investiga-se a prática dos sujeitos envolvidos nestes processos em concomitância
com as transformações históricas que se processam na vida social e cultural do Recife
ao longo da década de 80 do último século. Assim destacamos, por parte de nossos
objetos, o papel catalisador de práticas que inauguram novas maneiras de sentir e agir
sobre o cotidiano da cidade e o seu próprio lugar no mundo, tendo a música como
expediente crítico e eixo aglutinador central.
No decorrer da reflexão, mobiliza-se também toda uma série de problemáticas
mais amplas relativas à cultura pop juvenil dos anos 1980 no Brasil e no mundo, no
esforço para obter uma melhor compreensão de nosso objeto à luz de seu próprio tempo,
associando-o a estruturas de sentimento inscritas na experiência histórica de toda uma
geração.
O debate se traça por meio da análise de registros em áudio correspondentes a
shows, ensaios, gravações caseiras e de estúdio, no que se refere às bandas, e roteiros
datilografados e registros de áudio, no que se refere aos programas de rádio. Junto a
estes registros, nos utilizamos também de entrevistas particulares realizadas com
integrantes das referidas bandas e ex-produtores e apresentadores do programa
Décadas, tais como: Fred Zeroquatro (vocalista do Mundo Livre S/A e produtor de
Décadas), Renato Lins (jornalista e produtor de Décadas), Luciana Araújo (jornalista e
produtora de Décadas) e José Carlos Arcoverde (produtor e apresentador de Décadas e
integrante do Bom Tom Rádio). / Mestre em História
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As fronteiras dos jardins da raz?o: o Manguebeat e o espa?o da regionalidade no Recife da d?cada de 1990Ramalho, Renan Vin?cius Alves 28 August 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-08-28 / O Manguebeat foi um movimento cultural de car?ter urbano que teve como uma de suas principais express?es a m?sica, marcada pela hibrida??o de estilos da m?sica pop com a tradi??o da m?sica local. Em uma cidade central nas discuss?es em torno da regionalidade nordestina, tais artistas propuseram um deslizamento das formas tradicionais de lidar com arte, questionando as regras do c?none do folclore e da rela??o entre erudito e popular. Por consequ?ncia, outro limite foi posto em causa, a saber, as fronteiras da pr?pria regi?o. Em uma esp?cie de cosmopolitismo localizado, os mangueboys, como se chamavam os adeptos do movimento, propuseram um conceito que tinha como emblema uma parab?lica fincada na lama. Desse modo, do repert?rio de experi?ncias locais, ampliava-se o olhar para o transnacional, distanciando-se da recusa em ?contaminar? a tradi??o local por elementos ex?genos (como colocava, por exemplo, o Movimento Armorial, idealizado por Ariano Suassuna). Paralelamente, ao passo que se rejeitava uma forma engessada de pensar a localidade, a mem?ria tradicional da regi?o, ligada a um passado colonial ib?rico, tamb?m era posta em xeque. No v?cuo dessas representa??es, recorria-se a imagem do manguezal como a expira??o de uma nova identidade para a cidade. Deste modo, Recife era vista como um produto do mangue e de seus rios e deveria, num momento de suposta inani??o cultural, recolher dali a inspira??o para a necess?ria renova??o. Na an?lise do movimento, a quest?o central, que transpassa nosso trabalho, diz respeito ao di?logo dele com as representa??es espaciais locais de Recife, o que se evidencia no di?logo travado entre o Manguebeat e o Armorial (representante do regionalismo no momento estudado), e se desenvolve em sua rela??o com o espa?o f?sico da cidade e com o mercado fonogr?fico brasileiro e internacional, algo que encontramos em mat?rias de jornais, revistas especializadas, entrevistas dos m?sicos e nas produ??es art?sticas propriamente ditas. Dentre os aspectos destacados nessa nova forma de representar-se est?o a biodiversidade daquele ecossistema (que em termos de cultura se expressa na predile??o por diversidade) e a rela??o org?nica entre o homem e aquele meio, recorrendo a imagem feita pelo romancista Josu? de Castro do mangue como produto e produtor do seu habitante. Assim, compreendemos o Manguebeat enquanto um movimento de revis?o da identidade tendo por ponto de partida aspectos da contemporaneidade que apontam para uma revisita??o dos conte?dos locais a partir de elementos globais, tendo por resultado um produto h?brido. / The Manguebeat was a cultural movement of urban character that had as one of its main expressions the music, marked by the hybridization between pop music and the traditional local music. In the city that was the center of discussions around northeast regionality, these artists proposed a breakdown in the traditional ways of dealing with art, questioning the rules of the folklore canon and of the relationship between erudite and popular. Consequently, another limit was put in cause, which was the borders of the own region. In a kind of located cosmopolitism, the mangueboys, how the movement adepts were called, proposed a concept that had as emblem a satellite dish fixed in the mud. This way, from the local experiences repertory, people's sight would wide up for the transnational, going away from the refusal to contaminate the local tradition with foreign factors (as proposed the Movimento Armorial, idealized by Ariano Suassuna). Meanwhile, as they refused the traditional way to think about the locality, the traditional memory of the region, attached to the iberian colonial past, was also at stake. In the vacuum of these representations, they looked at the mangrove image as an inspiration for the new identity to the city. Then, Recife was seen as a result from the mangrove and its rivers, and should, in a moment of poor culture, take from there an inspiration for a necessary renovation. In the analysis of this movement, the central point that trespasses our work talks about a dialogue between Manguebeat and the Armorial (the regionalism representative at the studied moment), and develops itself inside the relationship between the physical space of the city and the brazilian and international phonographic market, something that we found at the newspapers, specialized magazines, musician interviews and in the artistic productions themselves. Inside the market aspects of this new way of representing itself on the biodiversity of that ecosystem (which in terms of culture expresses itself on the preference for the diversity) and the organic relationship between the man and that environment, recurring to the image made by the romancer Josu? de Castro of the mangrove as a product and a maker of the habitant. So, we understand the Manguebeat as a movement of identity review, starting by theaspects of the contemporaneity that lead to a revisiting of the local contents through the global elements, resulting on a hybrid product.
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[en] MANGUE: BIT, SCENE AND AUTORSHIP / [pt] MANGUE: BIT, CENA E AUTORIALUCAS DE FREITAS 07 December 2016 (has links)
[pt] O Manguebit, cena Mangue ou, como é mais comumente conhecido,
Manguebeat, movimentação cultural que eclodiu em Recife no início dos anos de
1990, foi abordado por duas dimensões dos impactos que os usos dos aparatos
tecnológicos tiveram em relação à autoria. Primeiro, refletiu-se sobre os diferentes
horizontes de expectativas mais ou menos rascunhados pelas próprias mídias (LP,
K7, CD etc.), nos diversos momentos em que os articuladores do Manguebit as
utilizaram em experimentos musicais. Dos K7, o amadorismo e descentramento
da figura unitária do autor, às práticas da indústria fonográfica quando contrata
alguns mangueboys, o profissional e o filtro imposto pelas estratégias de
marketing – negociações do choque de distintos modus operandi. Depois, a
construção da cena Mangue foi abordada a partir das estratégias coletivas e o uso
de equipamentos e espaços precários enquanto condições de existência, as saídas
encontradas pelos mangueboys para a formação de uma cena cultural num
momento de extrema hostilidade ao contemporâneo e de forte tensionamento
socioeconômico – criação de circuitos alternativos a partir de festas, bares,
festivais e coletâneas, o investimento em amplas parcerias e autopromoção. / [en] Manguebit, Mangue scene or, as is more commonly known, Manguebeat – a
cultural movement which pop up in Recife in early 1990 – was addressed using
two different dimensions of the impacts brought by the use of technological
devices on the matter of authorship. First, this study reflects on the different
horizons of expectations more or less framed by the media themselves (LP, K7,
CD etc.), in the distinct moments in which the organizers of Manguebit utilized
them in their musical experiments. From K7 – the amateurism and decentration of
unitary figure of the author – to the practices of the music industry when hires
some mangueboys, and the professional posture and filters imposed by marketing
strategies – including negotiations after shock of different modus operandi. Then
development of the Mangue scene was discussed from collective strategies and
the use of precarious equipment and spaces as existence conditions, the way outs
created by mangueboys to the formation of a cultural scene at a time of extreme
hostility to the contemporary and strong socioeconomic tension – creation of
alternative circuits with parties, bars, festivals and compilations, extensive
investment in partnerships and self-promotion.
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