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Nação em processo e identidades em trânsito: a face pós-colonial em o último voo do flamingo, de Mia Couto

Pimenta, Dionisio da Silva 01 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T20:11:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 5662.pdf: 2226585 bytes, checksum: 97a5b0dededf2e66b38c3da5336c942b (MD5) Previous issue date: 2013-10-01 / Financiadora de Estudos e Projetos / This work intends to analyse the novel O último voo do flamingo, by Mia Couto, through the postcolonial theory, showing how the narrative constructs a political criticism to the administration of a small village called Tizangara, possible metonymy of Mozambique. In this way, the goals are to demonstrate how some aesthetic resources that the novel uses, such as the satire, the uncommon, the oral tradition and the discursive construction of the difference, work as mechanisms of expurgation of a political corruption and contribute to the fiction to be a way of promoting the catharsis of a postcolonial locus. / Este trabalho pretende analisar o romance O último voo do flamingo, de Mia Couto, por meio da teoria pós-colonial, demonstrando como a narrativa constrói uma crítica política à administração de uma pequena vila chamada Tizangara, lida como possível metonímia de Moçambique. Nesse sentido, os objetivos são demonstrar como alguns recursos estéticos que o romance utiliza, como a sátira, o insólito, a tradição e a construção discursiva da diferença, funcionam como mecanismos de expurgação de uma corrupção política e contribuem para a ficção ser um modo de promover a catarse de um locus pós-colonial.
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Deslocamentos das identidades e das memórias em Mia Couto

Bratkowski, Bianca Rodrigues January 2013 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de três obras do escritor moçambicano Mia Couto, Antes de nascer o mundo, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra e A varanda do frangipani, com o intento de refletir sobre o modo como as identidades e memórias individuais e coletivas são representadas dentro das narrativas. Para a discussão acerca da identidade utilizou-se, entre outros, Stuart Hall, e, para refletir sobre a memória, foi adotado um estudo antropológico de Joël Candau entre outros teóricos. Faz parte, também, dessa dissertação, um estudo sobre a linguagem, o narrador, a personagem, enfim, alguns dos elementos que constituem a criação literária de Mia Couto. / The work proposes an analysis of three works of the Mozambican writer Mia Couto, Antes de nascer o mundo, Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra and A varanda do frangipani , with the intent to reflect about how identities and memories, individual and collective, are represented in narratives. For a discussion of identity it was used, among others, Stuart Hall, and to reflect on memory, was used an anthropological study of Joël Candau among other theorists. This dissertation studies also the language, the narrator, the character, finally, some of the elements that are part of the literary creation of Mia Couto.
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Diálogo entre história e literatura em Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra, de Mia Couto

Lisboa, Leiri Dayana Barbosa Silva 26 February 2016 (has links)
Throughout the time, many borders were raised and intensified antagonism between literature and history. At the same time, the explanatory models that have defined this knowledge passed to be questioned. The limits between science and art, the erudite and the popular as well as the relations of knowledge and power were problematized and they gave to reason and to the reality a greater importance, to the detriment of subjectivity and scientific fiction watched by per si, to establish an intimate process between literature and history. And it is through these discussions focused on the correlation between these two areas of knowledge, we have developed this work, taking as object of study the literary work Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, of the Mozambican Mia Couto. Narrative which shows echoes of the Mozambican literary tradition, targeted by the materiality of the world, is other words, for economic reasons, subjective, inter-subjective of power and by historical perspectives of culture, without forgetting to show the permeability of literature and real (story), seeking constructive and innovative dialogue, rather contaminated by memory. To establish the discussion on African literature, especially Mozambican, we sought grounds on Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Pires Laranjeiras, among others. It is also adhere to the theoretical framework guiding principles of Postcolonial Studies of hybridization notions colonialism and present the ideas of its main authors like Albert Memmi, Homi Bhabha, Frantz Fanon and Stuart Hall. Then we detached the literary text of the encounter with history, drawing on Aristotles thoughts, in order to demonstrate that a fictional work is not limited only to tell what happened, but to observe what could have happened too, from the perspective verisimilitude. Hayden White also helps us to state that the plurality of meanings of literary and historical texts accrue from contextualization, in a view of, there is a dynamic that specifies the literary art and the construction of the historical text, wich adrheres, it transforms or breaks theirs significant loads, through a polysemic speech, intentionally, and, in most cases, selective. / Ao longo dos tempos, muitas fronteiras se erigiram e intensificaram o antagonismo entre literatura e história. Ao mesmo tempo, os modelos explicativos que definiram esses saberes passaram a ser indagados. As fronteiras entre a ciência e a arte, o erudito e o popular, bem como as relações de saber e poder foram problematizadas e deram à realidade e à razão uma maior importância, em detrimento da subjetividade e da ficção científica vistas de per si, ao estabelecer um processo de intimidade entre a literatura e a história. E é por meio dessas discussões, voltadas para a correlação entre essas duas áreas do saber, que desenvolvemos o presente trabalho, adotando como objeto de estudo a obra literária Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, do moçambicano Mia Couto. Narrativa que apresenta ecos da tradição literária moçambicana, alvejados pela materialidade do mundo, ou seja, por questões econômicas, subjetivas, intersubjetivas de poder e por perspectivas históricas de cultura, além de evidenciar a permeabilidade da literatura e do real (história), em busca de um diálogo construtivo e inovador, assaz contaminado pela memória. Para estabelecer a discussão sobre a Literatura africana, principalmente, a moçambicana, buscamos fundamentos em Maria Fernanda Afonso, Ana Mafalda Leite, Pires Laranjeiras, entre outros. Aderem-se também ao referencial teórico os princípios norteadores dos estudos pós-coloniais em torno das noções de hibridização e colonialismo presentes nas ideias dos seus principais autores, como Albert Memmi, Homi Bhabha, Frantz Fanon e Stuart Hall. Em seguida, destacamos o encontro do texto literário com a história, recorrendo aos pensamentos de Aristóteles, com o objetivo de demonstrar que uma obra ficcional não se limita apenas a contar o acontecido, mas também a observar o que podia ter acontecido, sob a ótica da verossimilhança. Hayden White também nos ajuda afirmar que a pluralidade de significações dos textos literários e históricos decorre de inúmeras contextualizações, porquanto há uma dinâmica que especifica a arte literária e a construção do texto histórico, que adere, transforma ou rompe as suas cargas significativas, por meio de um discurso polissêmico, intencional e, na maioria das vezes, seletivo.

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