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Estudo do assédio moral nas organizações e seus impactosMarazzo, Lucy Moraes de 19 April 2016 (has links)
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Atenciosamente,
Catarina Ribeiro
Bibliotecária BEE - Ramal 5992
on 2017-01-26T14:01:03Z (GMT) / Submitted by Marcia Silva (marcia@latec.uff.br) on 2017-02-08T17:32:49Z
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Atenciosamente,
Catarina Ribeiro
Bibliotecária BEE - Ramal 5992
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Previous issue date: 2016-04-19 / O assédio moral no ambiente de trabalho é uma conduta que fere frontalmente a dignidade da pessoa humana, pois antes de ser trabalhador, há um cidadão. Diante das inúmeras denúncias registradas na Justiça do Trabalho sobre o assédio moral no ambiente de trabalho, faz-se relevante o estudo desse tema, devido aos impactos negativos que afeta a saúde do trabalhador, a organização e a sociedade. O objetivo geral desta pesquisa é propor ações preventivas para coibir o assédio moral no ambiente organizacional, além dos seguintes objetivos específicos: levantar na literatura, condutas que caracterizam o assédio moral; correlacionar as situações e aspectos identificados, com os preceitos dos Direitos Humanos e Trabalhistas; e verificar, através de instrumentos de coletas de dados, às percepções de especialistas sobre a prática do assédio moral nas organizações. A metodologia utilizada nesse estudo foi a pesquisa exploratória e qualitativa, sendo realizada com 30 (trinta) especialistas que responderam um questionário com 10 atitudes, que foram replicadas, usando 2 (duas) escalas Likert valorativas (frequência e grau de impacto) e uma questão aberta. Observou-se que as atitudes de assédio moral, que foram elencadas no questionário, acontecem com certa Frequência no ambiente de trabalho, confirmando a visão de autores sobre alguns comportamentos que tipificam o assédio moral no ambiente do trabalho. Quanto ao impacto das atitudes de assédio moral, evidenciou-se que quase todas as atitudes demonstraram impacto significado no ambiente organizacional. Além disso, indicaram-se algumas propostas para combater as manifestações do assédio moral no ambiente de trabalho com base na percepção dos especialistas. Recomenda-se, com base nos resultados obtidos, a realização de estudos futuros que enfoquem a questão do assédio moral em determinadas áreas de atuação no serviço público / Moral harassment in the workplace is a conduct that injures head on the dignity of the human person, because before being a worker, he is a citizen. On the numerous complaints registered in labor courts on moral harassment in the workplace is to be relevant to the study of this subject due to the negative impacts that affect workers' health, the organization and society. The overall objective of this research is to propose preventive actions to curb bullying in the organizational environment, plus the following specific objectives: raising the literature behaviors that characterize moral harassment; correlate the situations and issues identified with the precepts of Human and Labor Rights; check through instruments of data collection to the perceptions of experts on the practice of moral harassment in organizations. The methodology used in this study was exploratory and qualitative research, being conducted with thirty (30) experts who replied a questionnaire with 10 actions, which were replicated using two (2) scales evaluative Likert (frequency and degree of impact) and an open question. It was observed that the attitudes of bullying, which were listed in the questionnaire, occur with some frequency in the workplace, confirming the author's view of some behaviors that typify harassment in the work environment. Referring to the impact of bullying attitudes, it showed that almost all the attitudes demonstrated impact significance in the organizational environment. Moreover, some proposals were indicated to combat the manifestations of bullying in the workplace based on the perception of experts. It is recommended, based on the research results, future studies that address the issue of moral harassment in certain areas of activity in public service.
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TRABALHO INTENSO: AFRONTA À DIGNIDADE HUMANA DO TRABALHADOR E DANO MORAL INDENIZÁVEL.Teixeira, Paula Fernandes 10 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-10 / The new ways of existing work in the XXI century, the result of neoliberal
economics and globalization, generate a reflection on the figure of the worker in
the context of modern society, which is the protection of human dignity of the
worker, especially regarding the intensification of work that the employee is
submitted to assist the economic goals of the employer. In Brazil, the
Constitution of 1988 reflects, in its Article 7, the worker protection and, as a
social right, is considered as a fundamental right, supporting the idea that the
capitalist system must maintain a dependent relationship with the social rights in
order to the free initiative established by Magna Carta should be carried out with
social justice and strengthening of the work in a fair and caring society. The
practice of hard work equates to moral harassment when a worker is submitted
to conditions that confront his-her physical or mental health so that his-her work
activities are summarized in a presentation of positive results to the employer in
order to increase the company s profit, which entails moral and social security
damage as a way to seek redress against the injury he-she suffered. In this
sense, this work takes the form of a investigative and bibliographic research
that aims to analyze the human dignity of the worker within the neoliberalism
forward to new forms of work brought by global society, focusing on the
intensification of work and the need of compensation of his-her moral by the
action of Judiciary granting moral and social security compensation for the
injured worker, in view of the critical study of the right to work, as well as the
interpretation in the social, political and economic context. Therefore, it
analyzes, beyond the formal element (the rules of worker protection), also the
materiality of protecting the dignity of the worker face to the Brazilian courts in
order to presents some considerations about the effective legal protection of the
right to work as fundamental right. / As novas formas de trabalho existentes no século XXI, fruto da economia
neoliberal e da globalização, geram uma reflexão acerca da figura do
trabalhador no contexto da sociedade moderna, qual seja, a proteção da
dignidade humana do trabalhador, principalmente no que tange a intensificação
do trabalho a qual o trabalhador é submetido para atender aos objetivos
econômicos do empregador. No Brasil, a Constituição de 1988 reflete, em seu
Art. 7º, a proteção ao trabalhador e, como direito social, trata tal direito como
fundamental, entendendo que o sistema capitalista deve manter uma relação
de dependência com os direitos sociais para que a livre iniciativa presente na
Carta Magna seja realizada com justiça social e fortalecimento do trabalho,
numa sociedade justa e solidária. A prática do trabalho intenso equipara-se ao
assédio moral quando o trabalhador é submetido a condições que afrontam sua
saúde física ou psíquica de modo que suas atividades laborais são resumidas à
apresentação de resultados positivos para o empregador com o objetivo de
aumentar o lucro da empresa, o que enseja o dano moral trabalhista e
previdenciário como forma de buscar o ressarcimento frente à lesão por ele
sofrida. Nesse sentido, este trabalho tem a forma de uma pesquisa bibliográfica
investigativa que objetiva analisar a dignidade humana do trabalhador dentro
do neoliberalismo frente às novas formas de trabalho trazidas pela sociedade
globalizada, focando na intensificação do trabalho e a necessidade de
ressarcimento de sua moral mediante atuação do Poder Judiciário concedendo
indenização por dano moral e previdenciário para o trabalhador lesado, tendo
em vista o estudo crítico do direito ao trabalho, bem como a interpretação
dentro do contexto social, político e econômico. Para tanto, analisa-se, além do
elemento formal (as normas de proteção ao trabalhador), igualmente a
materialidade da proteção à dignidade do trabalhador perante os Tribunais
brasileiros a fim de apresentar algumas considerações acerca da efetiva
proteção jurídica ao direito ao trabalho como direito fundamental.
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Amarrados a sinos : a dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacionalButierres, Maria Cecília January 2015 (has links)
Esta tese tem por objetivo abordar a ideia de que o acidente do trabalho e a doença ocupacional podem atuar como um fator motivacional para a ocorrência de atos que denotam violência psicológica contra o trabalhador. Em um cenário de transformações societárias em que a produtividade e o consumo são fatores primordiais, trabalhadores que adoecem ou se acidentam poderão ser considerados como “improdutivos”. Tal característica não é aceita pela sociedade contemporânea, a qual pode voltar-se de maneira bastante incisiva contra esses trabalhadores. Tem-se, então, um quadro propício para atos discriminatórios e assédio moral. Trata-se de atos que ferem o direito a um meio ambiente do trabalho psicologicamente saudável, de forma que representam um ataque à dignidade humana, considerada pela Constituição Federal de 1988 como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, emprega-se a expressão “dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional” para defender a tese de que trabalhadores poderão ser duas vezes vítimas de violência durante o contrato laboral. A primeira vitimização se expressa pela própria violência que se constitui o acidente do trabalho ou a doença ocupacional. A segunda vitimização se expressa pelo fato de que esses trabalhadores poderão, ainda, serem vítimas de violência psicológica no trabalho. Através do estudo qualitativo, realizou-se pesquisa de jurisprudência em que nove casos judiciais foram analisados. Verificou-se que a segunda vitimização geralmente constitui-se em um assédio moral em razão do qual o trabalhador busca indenização por danos morais. O assédio moral é um assunto em que o diálogo entre profissionais do Direito e da Psicologia revela-se essencial para a sua abordagem. Pode-se dizer que tal tipo de violência psicológica praticada contra vítima de acidente do trabalho ou de doença ocupacional representa a vulnerabilização de quem já está vulnerável. Conclui-se que em respeito à dimensão constitucional democrática de direito não se pode ignorar essa situação marcada por invisibilidades e silêncios coniventes. A exposição da dupla vitimização do trabalhador não é feita no sentido de incitar o “coitadismo”, mas, sim, visa chamar a atenção sobre a necessidade de um debate no que concerne à premência de políticas públicas de prevenção a tal situação e sobre o respeito às reparações devidas às vítimas. / This dissertation aims to address the idea that the occupational accident and the occupational disease can act as a motivational factor for the occurrence of acts that denote psychological violence against the worker. In a scenario of societal changes in which the productivity and the consumption are major factors, workers who fall ill or have an accident can be considered "unproductive". Such a characteristic is not supported by contemporary society, which in a quite incisively way, becomes against these workers. There is, then, a breeding ground for discriminatory acts and moral harassment. These acts hurt the right to a psychologically healthy workplace, so they represent an attack to human dignity, considered by the Constitution of 1988 as one of the foundations of the Democratic Rule of Law. In this sense, the expression "double victimization of workers who suffer occupational accident or occupational disease" is used to defend the thesis that workers may be double victims of violence during the labor contract. The violence itself expresses the first victimization, which is the occupational accident or the occupational disease. The second victimization is expressed by the fact that these workers may also be victims of psychological violence at work. Through the qualitative study, a jurisprudence research was carried out in which nine court cases were analyzed. It was found that the second victimization is usually a moral harassment because of which the employee seeks compensation for moral damages. The dialogue between professionals of Law and Psychology proves to be essential to approach the moral harassment issue. This type of psychological violence against the victim of occupational accident or occupational disease is the vulnerability of those who are already vulnerable. It is possible to conclude that according to the democratic constitutional dimension of law, it may not be ignored this kind of situation which is marked by invisibility and conniving silences. Exposure of the worker double victimization does not happen in order to incite "poor thing feeling", but aims to draw attention to the need of a debate regarding the urgency of public policies to prevent such a situation and also about the respect to the compensations owned to the victims.
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Amarrados a sinos : a dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacionalButierres, Maria Cecília January 2015 (has links)
Esta tese tem por objetivo abordar a ideia de que o acidente do trabalho e a doença ocupacional podem atuar como um fator motivacional para a ocorrência de atos que denotam violência psicológica contra o trabalhador. Em um cenário de transformações societárias em que a produtividade e o consumo são fatores primordiais, trabalhadores que adoecem ou se acidentam poderão ser considerados como “improdutivos”. Tal característica não é aceita pela sociedade contemporânea, a qual pode voltar-se de maneira bastante incisiva contra esses trabalhadores. Tem-se, então, um quadro propício para atos discriminatórios e assédio moral. Trata-se de atos que ferem o direito a um meio ambiente do trabalho psicologicamente saudável, de forma que representam um ataque à dignidade humana, considerada pela Constituição Federal de 1988 como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, emprega-se a expressão “dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional” para defender a tese de que trabalhadores poderão ser duas vezes vítimas de violência durante o contrato laboral. A primeira vitimização se expressa pela própria violência que se constitui o acidente do trabalho ou a doença ocupacional. A segunda vitimização se expressa pelo fato de que esses trabalhadores poderão, ainda, serem vítimas de violência psicológica no trabalho. Através do estudo qualitativo, realizou-se pesquisa de jurisprudência em que nove casos judiciais foram analisados. Verificou-se que a segunda vitimização geralmente constitui-se em um assédio moral em razão do qual o trabalhador busca indenização por danos morais. O assédio moral é um assunto em que o diálogo entre profissionais do Direito e da Psicologia revela-se essencial para a sua abordagem. Pode-se dizer que tal tipo de violência psicológica praticada contra vítima de acidente do trabalho ou de doença ocupacional representa a vulnerabilização de quem já está vulnerável. Conclui-se que em respeito à dimensão constitucional democrática de direito não se pode ignorar essa situação marcada por invisibilidades e silêncios coniventes. A exposição da dupla vitimização do trabalhador não é feita no sentido de incitar o “coitadismo”, mas, sim, visa chamar a atenção sobre a necessidade de um debate no que concerne à premência de políticas públicas de prevenção a tal situação e sobre o respeito às reparações devidas às vítimas. / This dissertation aims to address the idea that the occupational accident and the occupational disease can act as a motivational factor for the occurrence of acts that denote psychological violence against the worker. In a scenario of societal changes in which the productivity and the consumption are major factors, workers who fall ill or have an accident can be considered "unproductive". Such a characteristic is not supported by contemporary society, which in a quite incisively way, becomes against these workers. There is, then, a breeding ground for discriminatory acts and moral harassment. These acts hurt the right to a psychologically healthy workplace, so they represent an attack to human dignity, considered by the Constitution of 1988 as one of the foundations of the Democratic Rule of Law. In this sense, the expression "double victimization of workers who suffer occupational accident or occupational disease" is used to defend the thesis that workers may be double victims of violence during the labor contract. The violence itself expresses the first victimization, which is the occupational accident or the occupational disease. The second victimization is expressed by the fact that these workers may also be victims of psychological violence at work. Through the qualitative study, a jurisprudence research was carried out in which nine court cases were analyzed. It was found that the second victimization is usually a moral harassment because of which the employee seeks compensation for moral damages. The dialogue between professionals of Law and Psychology proves to be essential to approach the moral harassment issue. This type of psychological violence against the victim of occupational accident or occupational disease is the vulnerability of those who are already vulnerable. It is possible to conclude that according to the democratic constitutional dimension of law, it may not be ignored this kind of situation which is marked by invisibility and conniving silences. Exposure of the worker double victimization does not happen in order to incite "poor thing feeling", but aims to draw attention to the need of a debate regarding the urgency of public policies to prevent such a situation and also about the respect to the compensations owned to the victims.
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A qualificação do conceito assédio moral no Brasil : implicações nas práticas de gerenciamento do capital humanoSouza, Vera Lucia de 30 June 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-06-30 / What has changed regarding personnel management in Brazil since the nomination of the concept of moral harassment ? The search of an answer to this question induced the development of this doctorate thesis, which the subject is moral harassment and its purpose being the qualification of this concept in the country and its objective the investigation of its impact in managerial practices in Brazilian organizations. The work supported on the hypothesis that this nomination, transforming individual complaint in organizational phenomenon has provoked changes in the perception of Brazilian society. Consequently, the study focused on the analysis of the sources of its qualification, in the logic of transformation from individual complaint into organizational phenomenon, in the dynamic practices qualified as moral harassment, in the presuppositions of manipulation, in instruments of contemporary corporate justice and in fundaments for evaluating workers. The results were obtained from the analysis of empirical material, collected from written and electronic communications sources, for the periods between 1983 and 2006. The analysis has proved that the most relevant impact of creating this legal notion, in the Brazilian organizational scope, was the escalation of public denunciation from the year 2000 onwards, seeking indemnification for the damage caused by these managerial practices. / O que mudou na gestão de pessoas no Brasil a partir da nomeação do conceito assédio moral? A busca de resposta a essa indagação instigou o desenvolvimento desta tese cujo tema é o assédio moral, sendo seu objeto a qualificação do conceito no país e seu objetivo a investigação de seus impactos nas práticas de gestão nas organizações brasileiras. O trabalho apoiou-se na hipótese de que essa nomeação, ao transformar a queixa individual em fenômeno organizacional, produziu mudanças na percepção da sociedade brasileira. Para tanto, o foco do estudo residiu na análise das raízes da sua qualificação, na lógica da transformação de uma queixa individual em fenômeno organizacional, na dinâmica das práticas qualificadas como assédio moral, nos pressupostos da manipulação, nos instrumentos contemporâneos de justiça organizacional e nos fundamentos para a classificação do trabalhador. Os resultados foram obtidos a partir da análise do material empírico, coletado junto à mídia de grande circulação, impressa e eletrônica, relativo ao período de 1983 a 2006. A análise comprovou que o impacto mais relevante da criação dessa figura jurídica no Brasil, no âmbito gerencial, foi a intensificação da denúncia pública, a partir de 2000, em busca da reparação do dano decorrente das referidas práticas gerenciais.
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Amarrados a sinos : a dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacionalButierres, Maria Cecília January 2015 (has links)
Esta tese tem por objetivo abordar a ideia de que o acidente do trabalho e a doença ocupacional podem atuar como um fator motivacional para a ocorrência de atos que denotam violência psicológica contra o trabalhador. Em um cenário de transformações societárias em que a produtividade e o consumo são fatores primordiais, trabalhadores que adoecem ou se acidentam poderão ser considerados como “improdutivos”. Tal característica não é aceita pela sociedade contemporânea, a qual pode voltar-se de maneira bastante incisiva contra esses trabalhadores. Tem-se, então, um quadro propício para atos discriminatórios e assédio moral. Trata-se de atos que ferem o direito a um meio ambiente do trabalho psicologicamente saudável, de forma que representam um ataque à dignidade humana, considerada pela Constituição Federal de 1988 como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito. Neste sentido, emprega-se a expressão “dupla vitimização do trabalhador que sofre acidente do trabalho ou doença ocupacional” para defender a tese de que trabalhadores poderão ser duas vezes vítimas de violência durante o contrato laboral. A primeira vitimização se expressa pela própria violência que se constitui o acidente do trabalho ou a doença ocupacional. A segunda vitimização se expressa pelo fato de que esses trabalhadores poderão, ainda, serem vítimas de violência psicológica no trabalho. Através do estudo qualitativo, realizou-se pesquisa de jurisprudência em que nove casos judiciais foram analisados. Verificou-se que a segunda vitimização geralmente constitui-se em um assédio moral em razão do qual o trabalhador busca indenização por danos morais. O assédio moral é um assunto em que o diálogo entre profissionais do Direito e da Psicologia revela-se essencial para a sua abordagem. Pode-se dizer que tal tipo de violência psicológica praticada contra vítima de acidente do trabalho ou de doença ocupacional representa a vulnerabilização de quem já está vulnerável. Conclui-se que em respeito à dimensão constitucional democrática de direito não se pode ignorar essa situação marcada por invisibilidades e silêncios coniventes. A exposição da dupla vitimização do trabalhador não é feita no sentido de incitar o “coitadismo”, mas, sim, visa chamar a atenção sobre a necessidade de um debate no que concerne à premência de políticas públicas de prevenção a tal situação e sobre o respeito às reparações devidas às vítimas. / This dissertation aims to address the idea that the occupational accident and the occupational disease can act as a motivational factor for the occurrence of acts that denote psychological violence against the worker. In a scenario of societal changes in which the productivity and the consumption are major factors, workers who fall ill or have an accident can be considered "unproductive". Such a characteristic is not supported by contemporary society, which in a quite incisively way, becomes against these workers. There is, then, a breeding ground for discriminatory acts and moral harassment. These acts hurt the right to a psychologically healthy workplace, so they represent an attack to human dignity, considered by the Constitution of 1988 as one of the foundations of the Democratic Rule of Law. In this sense, the expression "double victimization of workers who suffer occupational accident or occupational disease" is used to defend the thesis that workers may be double victims of violence during the labor contract. The violence itself expresses the first victimization, which is the occupational accident or the occupational disease. The second victimization is expressed by the fact that these workers may also be victims of psychological violence at work. Through the qualitative study, a jurisprudence research was carried out in which nine court cases were analyzed. It was found that the second victimization is usually a moral harassment because of which the employee seeks compensation for moral damages. The dialogue between professionals of Law and Psychology proves to be essential to approach the moral harassment issue. This type of psychological violence against the victim of occupational accident or occupational disease is the vulnerability of those who are already vulnerable. It is possible to conclude that according to the democratic constitutional dimension of law, it may not be ignored this kind of situation which is marked by invisibility and conniving silences. Exposure of the worker double victimization does not happen in order to incite "poor thing feeling", but aims to draw attention to the need of a debate regarding the urgency of public policies to prevent such a situation and also about the respect to the compensations owned to the victims.
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Assédio moral no trabalho em bancos: percepções de bancários e profissionais de gestão de pessoasKirchmair, Débora Magalhães 22 March 2018 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-05-08T19:59:53Z
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Previous issue date: 2018-03-22 / O processo de globalização promoveu mudanças significativas nas relações de trabalho. Nesse contexto, a pressão por competividade e produtividade, alinhada à precarização do trabalho e a má gestão, tem propiciado o aumento da ocorrência do chamado “assédio moral no trabalho”. Trata-se de atitudes e comportamentos que degradam o clima laboral, causando sofrimento para vítimas, podendo culminar no seu adoecimento. Embora possam ocorrer em qualquer tipo de organização, em algumas, pela natureza dos trabalhos desenvolvidos e pelo elevado grau de pressão por produtividade e competitividade, há um ambiente mais propício à ocorrência de casos de assédio. Os bancos representam um exemplo. Na literatura sobre o tema há uma variedade de conceitos e definições que possibilitam diferentes interpretações. Assim, o objetivo geral desta dissertação foi identificar as percepções de funcionários e de profissionais de gestão de pessoas de instituições bancárias sobre o assédio moral. A opção em ouvir a área de gestão de pessoas se deu pelo interesse em levantar as diferentes percepções acerca da temática estudada. Por outro lado, é importante dar voz às vítimas dessa violência que são os trabalhadores alocados nas agências. Para cumprimento do objetivo, foi adotada uma abordagem qualitativa. A coleta de dados primários foi realizada por meio de entrevistas compreensivas com funcionários dos bancos e com profissionais da gestão de pessoas das organizações bancárias. A análise de dados foi conduzida a partir da narração argumentativa. Foi possível, então, constatar que os bancários sofrem diferentes tipos de violência no ambiente de trabalho. As causas referem-se principalmente ao ambiente altamente estressante com pressão para alcance dos resultados que esses trabalhadores são submetidos. A principal consequência percebida foi o adoecimento dos indivíduos. Com relação ao papel exercido pela gestão de pessoas conclui-se que apesar das políticas e ações desenvolvidas pela área, os bancários não as percebem como efetivas. Ademais, ficou evidente o medo que o trabalhador sente em denunciar a violência sofrida, o que permite apurar que a maior parte dos casos de assédio não chega ao conhecimento da gestão de pessoas. A pesquisa documental permitiu verificar que todos os bancos estudados se colocam, no discurso oficialmente adotado, contra atitudes desrespeitosas no trabalho. / The process of globalization has promoted significant changes in workplace relations. In this context, a pressure for competitiveness and productivity, in line with the precariousness of work and management, has opportunized the increase of the occurrences of so-called Workplace Moral Harassment. These are attitudes and behaviors that degrade the workplace climate, causing suffering to the victims, which can culminate in their illness. Although it may occur in any type of organization, in some, by the nature of the works developed and by the high degree of pressure for productivity and competitiveness, there is an environment more conducive to the occurrence of moral harassment cases. Banks are an example. In the literature on the subject there are a variety of concepts and applications that allow different interpretations. Thus, the general objective of this dissertation was to identify the perceptions of employees and Human Resources Management professionals from banking institutions about moral harassment. An option to listen to Human Resources Management professionals was due to the interest in assessing the different perceptions about the subject studied. On the other hand, it is important to give voice to the victims of violence who are the workers assigned to the agencies. To achieve the objective, a qualitative approach was adopted. A primary data collection was conducted through interviews with bank workers and Human Resources Management professionals of banking organizations. The data analysis was conducted from the argumentative narration. It was then possible to verify that the bank workers suffer different types of violence in the workplace. The causes refer mainly to the highly stressful environment with the pressure to reach the results that these workers are submitted to. The main perceived consequence was the sickness of the individuals. Regarding the role of Human Resources Management, it is concluded that despite the policies and actions developed by the area, bank workers do not perceive them as effective. In addition, it was evident the fear that the worker feels in denouncing the violence suffered, which allows to verify that most cases of moral harassment does not come to the knowledge of the Human Resources Management. The documentary research allowed to verify that all the studied banks are placed in the discourse officially adopted, against disrespectful attitudes in the work.
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Assédio moral no trabalho em bancos: percepções de bancários e profissionais de gestão de pessoasKirchmair, Débora Magalhães 22 March 2018 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-06-28T11:02:04Z
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Previous issue date: 2018-03-22 / O processo de globalização promoveu mudanças significativas nas relações de trabalho.
Nesse contexto, a pressão por competividade e produtividade, alinhada à precarização do
trabalho e a má gestão, tem propiciado o aumento da ocorrência do chamado “assédio moral
no trabalho”. Trata-se de atitudes e comportamentos que degradam o clima laboral, causando
sofrimento para vítimas, podendo culminar no seu adoecimento. Embora possam ocorrer em
qualquer tipo de organização, em algumas, pela natureza dos trabalhos desenvolvidos e pelo
elevado grau de pressão por produtividade e competitividade, há um ambiente mais propício à
ocorrência de casos de assédio. Os bancos representam um exemplo. Na literatura sobre o
tema há uma variedade de conceitos e definições que possibilitam diferentes interpretações.
Assim, o objetivo geral desta dissertação foi identificar as percepções de funcionários e de
profissionais de gestão de pessoas de instituições bancárias sobre o assédio moral. A opção
em ouvir a área de gestão de pessoas se deu pelo interesse em levantar as diferentes
percepções acerca da temática estudada. Por outro lado, é importante dar voz às vítimas dessa
violência que são os trabalhadores alocados nas agências. Para cumprimento do objetivo, foi
adotada uma abordagem qualitativa. A coleta de dados primários foi realizada por meio de
entrevistas compreensivas com funcionários dos bancos e com profissionais da gestão de
pessoas das organizações bancárias. A análise de dados foi conduzida a partir da narração
argumentativa. Foi possível, então, constatar que os bancários sofrem diferentes tipos de
violência no ambiente de trabalho. As causas referem-se principalmente ao ambiente
altamente estressante com pressão para alcance dos resultados que esses trabalhadores são
submetidos. A principal consequência percebida foi o adoecimento dos indivíduos. Com
relação ao papel exercido pela gestão de pessoas conclui-se que apesar das políticas e ações
desenvolvidas pela área, os bancários não as percebem como efetivas. Ademais, ficou
evidente o medo que o trabalhador sente em denunciar a violência sofrida, o que permite
apurar que a maior parte dos casos de assédio não chega ao conhecimento da gestão de
pessoas. A pesquisa documental permitiu verificar que todos os bancos estudados se colocam,
no discurso oficialmente adotado, contra atitudes desrespeitosas no trabalho. / The process of globalization has promoted significant changes in workplace relations. In this
context, a pressure for competitiveness and productivity, in line with the precariousness of
work and management, has opportunized the increase of the occurrences of so-called
Workplace Moral Harassment. These are attitudes and behaviors that degrade the workplace
climate, causing suffering to the victims, which can culminate in their illness. Although it
may occur in any type of organization, in some, by the nature of the works developed and by
the high degree of pressure for productivity and competitiveness, there is an environment
more conducive to the occurrence of moral harassment cases. Banks are an example. In the
literature on the subject there are a variety of concepts and applications that allow different
interpretations. Thus, the general objective of this dissertation was to identify the perceptions
of employees and Human Resources Management professionals from banking institutions
about moral harassment. An option to listen to Human Resources Management professionals
was due to the interest in assessing the different perceptions about the subject studied. On the
other hand, it is important to give voice to the victims of violence who are the workers
assigned to the agencies. To achieve the objective, a qualitative approach was adopted. A
primary data collection was conducted through interviews with bank workers and Human
Resources Management professionals of banking organizations. The data analysis was
conducted from the argumentative narration. It was then possible to verify that the bank
workers suffer different types of violence in the workplace. The causes refer mainly to the
highly stressful environment with the pressure to reach the results that these workers are
submitted to. The main perceived consequence was the sickness of the individuals. Regarding
the role of Human Resources Management, it is concluded that despite the policies and
actions developed by the area, bank workers do not perceive them as effective. In addition, it
was evident the fear that the worker feels in denouncing the violence suffered, which allows
to verify that most cases of moral harassment does not come to the knowledge of the Human
Resources Management. The documentary research allowed to verify that all the studied
banks are placed in the discourse officially adopted, against disrespectful attitudes in the
work.
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Produtividade às custas de assédio moral: a indústria bancária sob a ótica dos trabalhadores do setorKhouri, Giscar Elias El 21 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-21 / This research evaluated the moral harassment phenomenon at the Bank Credit SA considering how this practice is revealed in the work environment, their physical and psychological effects and, finally, the psychosocial impact of moral harassment in the organizational environment of the company; adding that the nomenclature given to this bank is fictitious since we did not obtain formal authorization of the institution identified as the object of the research study. The conclusions are based on a qualitative ethnographic research through semi-structured interviews, with reports of ten (10) respondents, employees of the Bank Credit SA, about the moral harassment phenomenon. As a way of validating the obtained data it was applied a virtual ethnographic research from a quantitative of 103 (one hundred and three) respondents, all employees of the institution, through the survey. Finally, an interview was conducted with the President of the BancaRio - Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, social actor able to describe the moral harassment phenomenon in the banking sector holistically, filing so the analyzes regarding the profile of the Bank Credit SA, especially those similar or divergent from common sense. The topics of the discussion are circumscribed from years 80-90 when it gives the stabilization of the Brazilian economy through the implementation of the Real Plan, in the FHC government. In this context, the banking sector went through a restructuring process, marked by privatization and the adoption of new ways of management that resulted in conflicts in the workplace. These changes led to a breakdown in the processes of banking, reconfiguring the sector, settling in a crystallized way thus acknowledging moral harassment as a commonplace and institutionalized practice. This research concludes that, against this scenario moral harassment proved a commonplace phenomenon that was incorporated into the organizational culture of this company as a means of punishment for employees who do not meet the established goals. The organizational climate of Bank Credit SA is tense and propitious to moral harassment; this phenomenon reduces the productive capacity of the employee, leading to increased costs unproductive and inefficient for the bank itself. Moral harassment in relations between the employees of the Bank Credit SA reveals more commonly vertically downward and its practice is strongly perceived by employees of the institution. / Esta pesquisa avaliou o fenômeno assédio moral no Banco Credit S.A., considerando de que maneira esta prática se revela no ambiente de trabalho, seus efeitos físicos e psicológicos e, por fim, a repercussão psicossocial do assédio moral no ambiente organizacional dessa empresa; acrescentando que a nomenclatura dada a este Banco é fictícia, uma vez que não obtivemos autorização formal desta instituição apontada como objeto de estudo da pesquisa. As conclusões são baseadas numa pesquisa etnográfica qualitativa através de entrevistas semi-estruturadas, com relatos de 10 (dez) respondentes, empregados do Banco Credit S.A., acerca do fenômeno assédio moral. Como forma de validação dos dados captados foi aplicada uma pesquisa etnográfica virtual, de cunho quantitativo a 103 (cento e três) respondentes, todos empregados dessa instituição, através do survey. Por fim, foi realizada uma entrevista com o Presidente do BancáRio - Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, ator social apto a descrever o fenômeno assédio moral no setor bancário holisticamente, ajuizando assim, as análises relativas ao perfil do Banco Credit S.A., sobretudo àquelas semelhantes ou divergentes do senso comum. Os tópicos da discussão estão circunscritos a partir dos anos 80-90 quando se dá a estabilização da economia brasileira, através da implantação do plano real, no governo FHC. Nesse contexto, o setor bancário passou por um processo de reestruturação produtiva, marcado pelas privatizações e a adoção de novas formas de gestão que resultaram em conflitos no ambiente de trabalho. Essas modificações levaram a uma ruptura nos processos das transaçoes bancárias, reconfigurando o setor, se estabelendo de forma cristalizada admitindo assim, o assédio moral como uma pratica corriqueira e institucionalizada. Esta pesquisa conclui que, diante deste cenário o assédio moral revelou-se um fenômeno corriqueiro que foi incorporado à cultura organizacional desta empresa como mecanismo de punição aos empregados que não atingem as metas estabelecidas. O clima organizacional do Banco Credit S.A. é tenso e propício as práticas de assédio moral; que esse fenômeno reduz a capacidade produtiva do empregado, induzindo ao aumento de custos com improdutividade e baixa eficiência para o próprio banco. O assédio moral, nas relações entre os empregados do banco Credit S.A. se revela mais comumente de forma vertical descendente, sua prática é fortemente percebida pelos empregados desta instituição.
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[pt] ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES DE TRABALHO: ESTUDO COMPARADO BRASIL E ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA / [en] MORAL HARASSMENT IN LABOR RELATIONS: COMPARATIVE STUDY BRAZIL AND UNITED STATES OF AMERICA10 May 2021 (has links)
[pt] O assédio moral nas relações trabalhistas é uma questão social presente no novo mundo do trabalho globalizado, manifestando-se, entre outras, nas sociedades brasileira e norte-americana contemporâneas. O chamado mundo do trabalho é um locus privilegiado para se perquirir os valores que cada sociedade elege, almeja, propaga, prioriza. Nesta linha de raciocínio, a presente pesquisa investiga por que o comportamento relacional no mundo do trabalho, no Brasil e nos Estados Unidos da América, tem proporcionado crescente aumento dos casos de assédio moral, com consequente ampliação de demandas judiciais cujo objeto é a reparação por danos advindos dessa forma de violência ocorrida nos ambientes de trabalho. A tese investiga as razões que levam um trabalhador a agredir moralmente um subordinado ou colega de trabalho, desrespeitando as regras mínimas de valoração moral da pessoa humana, em um mundo, ao menos em tese, já consciente dos direitos humanos, do repúdio a qualquer forma de discriminação, seja esta religiosa, sexual, étnica, política ou ideológica. A questão, portanto, sobre a qual é feita a reflexão, vem a ser o que estaria levando à crescente deterioração das relações interpessoais no mundo do trabalho brasileiro e norte-americano. / [en] Moral harassment at workplace is an ever present social issue in the new world of globalized labor, and manifests itself in brazilian and north american contemporary societies, among others. The so called labor world is a privileged locus to ponder the values each society elects, aspires, propagates and prioritizes. In this line of thought, the present research investigates why the relational behavior in the labor worlds of Brazil and the United States has led to an escalating in moral harassment cases, with subsequent rise in judicial demands of compensation for damages caused by this form of violence. The thesis investigates the reasons that lead a worker to morally bully a subordinate or colleague, violating minimal rules of moral human values, in a world (at least theoretically) conscious of human rights and the rejection of any form of discrimination, whether religious, sexual, ethnic, political or ideological. The question on which the reflection is made, therefore, is what is leading to the growing deterioration of interpersonal relations in the brazilian and north-american labor worlds.
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