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Alteração do comportamento maternal após injeção local de morfina na PAG rostral lateral de ratas lactantes / Maternal behavior disruption through morphine infusion in rostral lateral PAG of lactating rats

Moura, Luciana Monteiro de 16 April 2008 (has links)
Em estudos anteriores do laboratório, mediante paradigma farmacológico de injeção sistêmica de morfina, foi examinada a influência dos opióides no desempenho do comportamento maternal em ratas. Foi verificado que injeções centrais de naloxona e de CCK na PAG rostral lateral (rPAGl) revertem a inibição opioidérgica desse comportamento. Dando continuidade ao estudo da ação da PAG no comportamento maternal, foi proposto investigar neste trabalho possíveis alterações dele por meio da administração local de morfina na rPAGl de ratas lactantes. Esse tem se mostrado um paradigma eficiente e capaz de fornecer pistas do arcabouço farmacológico e neurofisiológico que integram a intrincada rede neuroanatômica que o permeia. Assim, por meio de um método adequado como a estereotaxia, é possível avaliar em termos neuroanatômicos, de modo mais isolado e eficiente, a interação da PAG nesse comportamento. As ratas lactantes, da linhagem Wistar, que receberam injeções centrais de morfina apresentaram diferenças estatisticamente significantes nos parâmetros de prénutrição do comportamento maternal. A busca e agrupamento e a construção de ninho foram interrompidos por meio do tratamento opióide. Com esse mesmo tratamento, foi verificado também a alteração da latência, estatisticamente significante, nos parâmetros de forrageamento e de grooming de filhotes. Dessa maneira, o comportamento materno total (CMT) mostrouse inibido nas ratas tratadas com morfina. Tais resultados são interpretados como ação da rPAGl na modulação da decisão do comportamento, a qual é decorrente de interações neuroanatômicas com outros sítios cerebrais. Portanto, os dados sugerem que a rPAGl interfere em parâmetros comportamentais relacionados ao início ou ao estabelecimento do comportamento maternal, mas não afeta comportamentos reflexos de nutrição dos filhotes como a cifose. / By using pharmacologycal approaches such as systemic injections of morphine, it has been possible to reveal the inhibitory influence of opioids on rat maternal behavior (MB). Also, it has been reported that central infusions of naloxone or CCK into the rostral lateral PAG restore maternal behavior in lactating rats treated with morphine. This research investigates possible interferences of morphine in MB, through central infusions of this drug in rPAGl of lactating rats. This is an efficient paradigm to provide pharmacological and neurophysiological cues in the functional neuroanatomy of maternal behavior. Stereotaxical procedures were used to place cannulas directed to the PAG area, inject morphine into the PAG and evaluate its behavioral effects. Lactating Wistar rats received central infusions of morphine and showed significant differences in the various parameters. Retrieval and nest building were disrupted. This treatment alters latencies of foraging and pup grooming as well. Thus, full maternal behavior (FMB) was inhibited in the opioidergic treatment. The results suggest an involvement of a PAG role in opioidergicmodulation in maternal behavior. This modulation is provided for rPAGl, which have many neuroanatomical relations with another brain sites. These data suggest a role for rPAGl in ongoing of maternal behavior, but not in reflex nurturance behaviors like kyphosis.
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Elaboração de uma ferramenta de ensino-aprendizagem multidisciplinar de neuroanatomia do equino (Equus caballus, Linneaus, 1758) / Development of a multidisciplinary teaching & learning tool of horses neuroanatomy (Equus caballus, Linneaus, 1758)

Cereta, Andressa Daronco 30 October 2018 (has links)
Entre os temas de Anatomia Animal, a neuroanatomia apresenta-se como um dos conteúdos mais complexos, no qual os métodos tradicionais de ensino não fornecem aos estudantes sua efetiva compreensão, o que implica na necessidade de abordagens complementares para otimizar sua aprendizagem. Este trabalho objetivou a elaboração de uma ferramenta de ensino-aprendizagem para o estudo da neuroanatomia, utilizando uma coleção de lâminas seccionais transversais do Sistema Nervoso Central (SNC) da espécie Equina. Foram utilizadas lâminas seccionais transversais já preparadas, coradas pela técnica de coloração de Pal-Weigert modificada, de modo a realizar a identificação das estruturas neuroanatômicas, e associar a neuroanatomia às síndromes neurológicas desta espécie. Ainda, foram realizadas ilustrações esquemáticas para indicar os locais acometidos por afecções neurológicas e para representação dos cortes seccionais transversais do equino. Foi elaborado, também, um protótipo de website afim de exemplificar a utilização de tecnologias educacionais, como o uso de softwares e computadores como facilitadores para a compreensão das estruturas neuroanatômicas e suas relações clínicas. A utilização das lâminas seccionais transversais do SNC da espécie Equina permitiu a identificação das estruturas anatômicas, a divisão de sua totalidade em intervalos sequenciais para demonstrar a abrangência e topografia das estruturas do SNC, assim como possibilitou embasar a relação entre a neuroanatomia e as síndromes neurológicas. Além disso, foi possível manter e preservar o acervo de lâminas seccionais de SNC do Laboratório de Neuroanatomia Comparada do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Por meio deste estudo buscamos ampliar as discussões acerca da utilização de técnicas tradicionais de estudo em anatomia animal, aliadas às novas tecnologias educacionais e métodos complementares de ensino, uma vez que podem ser desenvolvidas ferramentas de ensino-aprendizagem visando o ensino de graduação, a distância ou presencial, ou ainda por meio da educação continuada. / Among the topics of Animal Anatomy, neuroanatomy is presented as one of the most complex contents, in which traditional teaching methods dont allow students to have effective comprehension, and implies the need for complementary approaches to optimize their learning. This work aimed at the development of a teaching & learning tool for the study of neuroanatomy, using a collection of cross-sectional slides of the Central Nervous System (CNS) of the horse. Cross-sectional slides already prepared, stained with the modified Pal-Weigert staining technique, were used to identify neuroanatomic structures and to associate neuroanatomy with neurological syndromes of this species. In addition to this, schematic illustrations were performed to indicate the sites affected by neurological disorders and to represent the cross-sectional sections of the horse. A website prototype was also developed to exemplify the use of educational technologies, such as the use of softwares and computers as facilitators for the understanding of neuroanatomic structures and their clinical relationships. The use of the cross sectional slides of the CNS of the horse allowed the identification of anatomical structures, dividing their totality into sequential intervals to demonstrate the comprehensiveness and topography of CNS structures, as well as supporting the relationship between neuroanatomy and neurological syndromes. Furthermore, it was possible to maintain and preserve the collection of CNS sectional slides from the Laboratory of Comparative Neuroanatomy of the Department of Surgery of the Faculty of Veterinary Medicine and Animal Science of the University of São Paulo. Through this study we seek to broaden the discussions about the use of traditional techniques of study in animal anatomy, allied to new educational technologies and complementary teaching methods, once teaching and learning tools can be developed aiming at undergraduate teaching, at a distance or face- to-face, or even through continuing education.
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Alteração do comportamento maternal após injeção local de morfina na PAG rostral lateral de ratas lactantes / Maternal behavior disruption through morphine infusion in rostral lateral PAG of lactating rats

Luciana Monteiro de Moura 16 April 2008 (has links)
Em estudos anteriores do laboratório, mediante paradigma farmacológico de injeção sistêmica de morfina, foi examinada a influência dos opióides no desempenho do comportamento maternal em ratas. Foi verificado que injeções centrais de naloxona e de CCK na PAG rostral lateral (rPAGl) revertem a inibição opioidérgica desse comportamento. Dando continuidade ao estudo da ação da PAG no comportamento maternal, foi proposto investigar neste trabalho possíveis alterações dele por meio da administração local de morfina na rPAGl de ratas lactantes. Esse tem se mostrado um paradigma eficiente e capaz de fornecer pistas do arcabouço farmacológico e neurofisiológico que integram a intrincada rede neuroanatômica que o permeia. Assim, por meio de um método adequado como a estereotaxia, é possível avaliar em termos neuroanatômicos, de modo mais isolado e eficiente, a interação da PAG nesse comportamento. As ratas lactantes, da linhagem Wistar, que receberam injeções centrais de morfina apresentaram diferenças estatisticamente significantes nos parâmetros de prénutrição do comportamento maternal. A busca e agrupamento e a construção de ninho foram interrompidos por meio do tratamento opióide. Com esse mesmo tratamento, foi verificado também a alteração da latência, estatisticamente significante, nos parâmetros de forrageamento e de grooming de filhotes. Dessa maneira, o comportamento materno total (CMT) mostrouse inibido nas ratas tratadas com morfina. Tais resultados são interpretados como ação da rPAGl na modulação da decisão do comportamento, a qual é decorrente de interações neuroanatômicas com outros sítios cerebrais. Portanto, os dados sugerem que a rPAGl interfere em parâmetros comportamentais relacionados ao início ou ao estabelecimento do comportamento maternal, mas não afeta comportamentos reflexos de nutrição dos filhotes como a cifose. / By using pharmacologycal approaches such as systemic injections of morphine, it has been possible to reveal the inhibitory influence of opioids on rat maternal behavior (MB). Also, it has been reported that central infusions of naloxone or CCK into the rostral lateral PAG restore maternal behavior in lactating rats treated with morphine. This research investigates possible interferences of morphine in MB, through central infusions of this drug in rPAGl of lactating rats. This is an efficient paradigm to provide pharmacological and neurophysiological cues in the functional neuroanatomy of maternal behavior. Stereotaxical procedures were used to place cannulas directed to the PAG area, inject morphine into the PAG and evaluate its behavioral effects. Lactating Wistar rats received central infusions of morphine and showed significant differences in the various parameters. Retrieval and nest building were disrupted. This treatment alters latencies of foraging and pup grooming as well. Thus, full maternal behavior (FMB) was inhibited in the opioidergic treatment. The results suggest an involvement of a PAG role in opioidergicmodulation in maternal behavior. This modulation is provided for rPAGl, which have many neuroanatomical relations with another brain sites. These data suggest a role for rPAGl in ongoing of maternal behavior, but not in reflex nurturance behaviors like kyphosis.
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Avaliação anatômica comparativa dos acessos transcorioideo e transforniceal transcorioideo ao terceiro ventrículo / Comparative anatomical assessment of transchoroidal approach and transforniceal transchoroidal approach to the third ventricle

João Luiz Vitorino Araujo 20 June 2016 (has links)
Introdução: O acesso ao terceiro ventrículo constitui verdadeiro desafio ao neurocirurgião. Nesse contexto, estudos anatômicos e morfométricos são úteis para estabelecer as limitações e as vantagens de determinado acesso cirúrgico. O acesso transcorioideo é versátil e promove exposição adequada da região média e posterior do terceiro ventrículo. Entretanto, a coluna do fórnice limita a exposição da região anterior do terceiro ventrículo. Há evidências de que a secção ipsilateral da coluna do fórnice tenha pouca repercussão na função cognitiva. Esta tese compara a exposição anatômica proporcionada pelo acesso transforniceal transcorioideo com o do acesso transcorioideo e realiza avaliação morfométrica de estruturas relevantes e comuns aos dois acessos. Material e métodos: A exposição anatômica proporcionada pelos acessos transcaloso transcorioideo e transcaloso transforniceal transcorioideo foram comparadas em oito cadáveres não submetidos à conservação, utilizando o sistema de neuronavegação (Artis, Brasília, Brasil), para aferir a área de trabalho, a área de exposição microcirúrgica, a exposição angular no plano longitudinal e transversal de dois alvos anatômicos (túber cinéreo e aqueduto cerebral). Adicionalmente, foram quantificados a espessura do parênquima do lobo frontal direito, a espessura do tronco do corpo caloso, o diâmetro longitudinal do forame interventricular, a distância de trabalho da superfície cortical ao túber cinéreo e a distância de trabalho da superfície cortical até o aqueduto cerebral. Os valores obtidos foram submetidos a análise de estatística utilizando o teste de Wilcoxon. Resultados: Na avaliação quantitativa, o acesso transforniceal transcorioideo proporcionou maior área de trabalho (transforniceal transcorioideo = 150,299 +/- 11,147 mm2; transcorioideo = 121,421 +/- 7,698 mm2; p < 0,05), maior área de exposição microcirúrgica (transforniceal transcorioideo = 100,920 +/- 8,764 mm2; transcorioideo = 79,944 +/- 4,954 mm2; p < 0,05), maior área de exposição angular no plano longitudinal para o túber cinéreo (transforniceal transcorioideo = 70,898 +/- 6,598 graus; transcorioideo = 63,838 +/- 5,770 graus; p < 0,05) e maior área de exposição angular no plano longitudinal para o aqueduto cerebral (transforniceal transcorioideo = 61,806 +/- 6,406 graus; transcorioideo = 54,998 +/- 5,102 graus; p < 0,05) em comparação com o acesso transcorioideo. Nenhuma diferença foi observada na exposição angular ao longo do eixo transversal para os dois alvos anatômicos (túber cinéreo e aqueduto cerebral) (p > 0,05). A espessura média do lobo frontal direito foi de 34,869 +/- 3,439 mm, a espessura do tronco caloso foi 10,085 +/- 1,172 mm, o diâmetro do forame interventricular foi de 4,628 +/- 0,474 mm, a distância da superfície cortical ao túber cinéreo foi de 69,315 +/- 4,564 mm e a distância da superfície cortical ao aqueduto cerebral foi de 75,654 +/- 4,950 mm. Na avaliação qualitativa, observamos que o acesso transforniceal transcorioideo permitiu incremento da visualização das estruturas da região anteroinferior do terceiro ventrículo. Não houve diferença quanto à exposição das estruturas da região média e posterior em ambos os acessos. Conclusões: O acesso transforniceal transcorioideo propicia maior exposição cirúrgica da região anterior do terceiro ventrículo em comparação com aquela oferecida pelo acesso transcorioideo. O estudo morfométrico estabeleceu valores médios das estruturas anatômicas comuns aos dois acessos na população estudada / Introduction: Approaches to the third ventricle constitute a formidable challenge to the neurosurgeon and, in this context, anatomical and morphometric studies are useful to establish the limitations and advantages of certain surgical approaches. The transchoroidal approach is a versatile one that promotes adequate exposure of the middle and posterior regions of the third ventricle. However, the column of fornix limits the exposure of the anterior third ventricle region. There is evidence that the ipsilateral section of the column of fornix has little effect on the cognitive function. This thesis compares the anatomical exposure using the transchoroidal transforniceal technique with the transchoroidal approach, and performs morphometric assessment of relevant structures common to both approaches. Material and methods: The anatomical exposure achieved through the transchoroidal transcallosal approach and transchoroidal transforniceal transcallosal were compared in 8 fresh cadavers using the neuronavigation system (Artis, Brasilia, Brazil), to assess the working area, microsurgical exposure area, to quantify the angular exposure in the longitudinal and cross-sectional planes to two anatomical targets (tuber cinereum and cerebral aqueduct), to measure the thickness of the right frontal lobe parenchyma, corpus callosum body thickness, longitudinal diameter of the interventricular foramen, working distance from the cortical surface to the tuber cinereum and working distance from the cortical surface to the cerebral aqueduct. The values obtained were submitted to statistical analysis using Wilcoxon\'s test. Results: In the quantitative assessment, the transchoroidal transforniceal approach provided: larger working area (transchoroidal transforniceal = 150.299 +/- 11.147 mm2; transchoroidal = 121.421 +/- 7.698 mm2; p < 0.05), larger area of microsurgical exposure (transforniceal transchoroidal = 100.920 +/- 8.764 mm2; transchoroidal = 79.944 +/- 4.954 mm2; p < 0.05), larger area of angular exposure in the longitudinal plane to the tuber cinereum (transchoroidal transforniceal = 70.898 +/- 6.598 degrees; transchoroidal = 63.838 + / - 5,770 degrees; p < 0.05) and larger area of angular exposure in the longitudinal plane to the cerebral aqueduct (transforniceal transchoroidal = 61.806 +/- 6.406 degrees; transchoroidal = 54.998 +/- 5.102 degrees; p < 0.05) when compared to the transchoroidal approach. No differences were observed in the angular exposure along the cross-sectional axis for both anatomical targets (tuber cinereum and cerebral aqueduct) (p > 0.05). The mean thickness of the right frontal lobe was 34.869 +/- 3.439 mm, the thickness of the corpus callosum body was 10.085 +/- 1.172 mm, the diameter of the interventricular foramen was 4,628 +/- 0,474 mm, the distance from the cortical surface to the tuber cinereum was 69.315 +/- 4.564 mm, and the distance from the cortical surface to the cerebral aqueduct was 75.654 +/- 4.950 mm. In the qualitative assessment, we observed that the transforniceal transchoroidal approach allowed better visualization of the structures in the anterior third ventricle region. There was no difference regarding exposure of structures in the middle and posterior regions with both access. Conclusions: The transforniceal transchoroidal approach provides greater surgical exposure of the anterior third ventricle region than that obtained with the transchoroidal approach. The morphometric study established mean values of anatomical structures that are common to both approaches in the assessed population
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Análise quantitativa dos principais  acessos cirúrgicos ao tronco encefálico com ênfase nas áreas de segurança / Quantitative analysis of the main surgical approaches to the brainstem emphasizing the safe entry zones

Daniel Dutra Cavalcanti 11 May 2018 (has links)
INTRODUÇÃO: O tronco encefálico é uma pequena estrutura com elevada concentração de núcleos e tratos. Historicamente, houve grande debate sobre indicações cirúrgicas às lesões no tronco encefálico. A despeito do desenvolvimento da microcirurgia, cirurgia da base do crânio e da neuronavegação, poucos grupos têm experiência no manejo daquelas lesões. Quando lesões no tronco encefálico não afloram à superfície pial, torna-se crucial o conhecimento de áreas de segurança de acesso ao tronco, as quais representam estreitos corredores em que há paucidade de estruturas eloquentes e ausência de vasos perfurantes. OBJETIVO: Quantificar a área de trabalho gerada pelos acessos cirúrgicos mais comumente utilizados ao tronco encefálico, além de definir as exposições angulares geradas pelos mesmos acessos às áreas de segurança por meio de dissecções cadavéricas. Adicionalmente, detalhamos a anatomia cirúrgica de treze acessos ao tronco encefálico, com fotografias passo a passo e descrições detalhadas para auxiliar na melhor difusão destas técnicas. MÉTODOS: Foi realizada dissecção anatômica de 10 cadáveres humanos para demonstração de 13 acessos cirúrgicos ao tronco encefálico e da anatomia das seguintes zonas de segurança: mesencefálica anterior, sulco mesencefálico lateral, intercolicular, peritrigeminal, supra-trigeminal, pontina lateral, supra-colicular, infra-colicular, sulco mediano do quarto ventrículo, sulco posteromediano e olivar. Os acessos estudados foram: orbitozigomático, subtemporal, subtemporal transtentorial, subtemporal transtentorial com petrosectomia anterior, suboccipital telovelar, supracerebelar infratentorial mediano, paramediano e lateral, retrossigmoideo, extremo lateral, petrosectomia anterior, retrolabiríntico, e combinado. A dissecção foi realizada entre Janeiro a Julho de 2010, no Laboratório de Base de Crânio do Barrow Neurological Institute, localizado em Phoenix, Arizona, EUA. Os espécimes fixados em formalina e com artérias e veias perfundidas com silicone colorido foram dissecados em suporte de Mayfield em mesa cirúrgica, com todo instrumental cirúrgico simulando um ambiente operatório. Após cada acesso, neuronavegador era utilizado para coletar coordenadas tridimensionais de pontos pré-definidos nas craniotomias e no campo operatório, os quais após análise em software específico, se traduziam em valores das seguintes variáveis: área de exposição, exposição angular e extensão de exposição. Os resultados obtidos foram comparados quando havia interseção de área ou zona de segurança. RESULTADOS: A área de exposição média do orbitozigomático no tronco foi de 164,7 ± 43,6 mm2. A exposição angular horizontal à zona mesencefálica anterior foi 37,9 ± 7,3o. A área média produzida pelo retrossigmoide foi 538,6 ± 161,0 mm2. As exposições angulares horizontal e vertical médias geradas por esse corredor para a zona pontina lateral foram 31,1 ± 6,7o e 49,3 ± 9,4o, respectivamente. A área média produzida pelo far-lateral foi 856,8 ± 139,7 mm2. As exposições angulares horizontal e vertical médias deste acesso para a zona olivar foram 40,8 ± 10,2o e 54,8 ± 6,8o. CONCLUSÃO: O acesso orbitozigomático oferece mínima área de exposição do tronco, mas melhor trajetória em relação à zona mesencefálica anterior que o subtemporal. O supracerebelar infratentorial extremo lateral oferece melhor trajetória e ângulos ao sulco mesencefálico lateral que o subtemporal. Não há diferença significativa entre as áreas de exposição e exposições angulares ao tronco entre o retrossigmoide e retrolabiríntico, mas este último oferece trajetória mais direta / INTRODUCTION: The brainstem is a small structure disposing of high concentration of nuclei and tract. Historically, there was enormous discussion on surgical indications to brainstem lesions. In spite of the evolution of microsurgery, skull base surgery, and neuronavigation, few groups bear experience managing this pathology. Whenever lesions do not surface on pia or ependyma, it is key using the safe entry zones, managing the brainstem, which represent tiny corridors where eloquent structures and perforators are sparse. OBJECTIVE: To quantify the working area provided by the main surgical approaches to brainstem, as well as angles of attack provided by the same approaches to the safe zones through cadaveric dissections. It was possible at the same time to detail the microanatomy of thirteen approaches, with stepwise images and descriptions, in order to aid spreading this knowledge in Portuguese. METHODS: Ten human cadavers were dissected in order to visually demonstrate 13 surgical approaches to brainstem and these safe zones: anterior mesencephalic, lateral mesencephalic sulcus, intercolicular, peritrigeminal, supratrigeminal, lateral pontine, supracollicular, infracollicular, median sulcus of the fourth ventricle, posteromedian sulcus and olivary. The following approaches were analyzed: orbitozigomatic, subtemporal, subtemporal transtentorial, subtemporal transtentorial with anterior petrosectomy, median suboccipital telovelar, median, paramedian and lateral supracerebellar infratentorial, retrossigmoid, far-lateral, anterior petrosectomy, retrolabyrinthine, and combined. Dissections were carried out from January to July 2010, at the Skull Base Laboratory in the Barrow Neurological Institute, Phoenix, Arizona, USA. The specimens were lightly fixed in formalin while arteries and veins were perfused with color silicone. They were dissected on a Mayfield head-holder, using a complete set of surgical instruments simulating an operative environment. Neuronavigation was utilized after every approach to collect tridimensional coordinates of predefined points on the craniotomy edges and within the surgical field. Using a specific software, these coordinates translate themselves into the following variables: areas of exposure, angles of attack and lengths of exposure. The variables were compared among them when 2 or more approaches addressed overlapped areas. RESULTS: The mean area of exposure provided by the orbitozygomatic on the brainstem was 164,7 ± 43,6 mm2. The horizontal angle of attack to the anterior mesencephalic zone was 37,9 ± 7,3o. Mean area delivered by the retrosigmoid was 538,6 ± 161,0 mm2. Mean horizontal and vertical angles of attack produced by this corridor aiming the lateral pontine zone were 31,1 ± 6,7o e 49,3 ± 9,4o, respectively. The farlateral approach produced a mean area of exposure of 856,8 ± 139,7 mm2. Mean horizontal and vertical angles of attack offered by this avenue aiming the olivary zone were 40,8 ± 10,2o e 54,8 ± 6,8o. CONCLUSION: The orbitozygomatic approach provides a minimum area of exposure, but a better trajectory concerning the anterior mesencephalic zone comparing to the subtemporal. The extreme lateral supracerebellar infratentorial yields better trajectory and wider angles to the lateral mesencephalic sulcus than the subtemporal. There is no significant difference regarding areas of exposure and angles of attack to the brainstem between the retrosigmoid and retrolabyrithine, but the latter produces a more direct trajectory
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Decorticação frontal: descrição anátomo-cirúrgica de nova técnica de lobectomia frontal sem a abertura do corno frontal do ventrículo lateral / Frontal lobe decortication (frontal lobectomy with ventricular preservation) in epilepsy: anatomical landmarks and surgical technique

Leila Maria Da Róz 30 September 2016 (has links)
A lobectomia frontal é um procedimento neurocirúrgico frequentemente realizado para o tratamento de tumores cerebrais, epilepsia refratária, e outras patologias que requerem remoção extensa do lobo frontal. Embora seja um procedimento relativamente comum, foram encontrados apenas alguns relatos na literatura acerca da técnica cirúrgica, com pouca consideração acerca da anatomia relevante para esse procedimento. OBJETIVOS: O principal objetivo desta tese é apresentar parâmetros anatômicos e considerações técnicas para a remoção da substância cinzenta do lobo frontal (decorticação do lobo frontal) como uma alternativa a lobectomia frontal. A finalidade deste estudo é a maximização da remoção cerebral, diminuindo a perda sanguínea, e evitando a abertura do corno frontal do ventrículo lateral. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo anatômico foi realizado em 15 cabeças cadavéricas adultas. Os dados clínicos foram baseados em 15 decorticações frontais realizadas de 2002 a 2014. RESULTADOS: A decorticação frontal envolve as superfícies lateral, medial e basal, e consiste em 5 passos principais: a) coagulação e secção dos ramos arteriais da superfície lateral do lobo frontal; b) ressecção subpial paramediana do lobo frontal até a localização do joelho do corpo caloso; c) ressecção da substância cinzenta da superfície lateral do lobo frontal sem entrar no corno frontal; d) identificação e preservação do trato olfatório; e) remoção da substância cinzenta da superfície basal do lobo frontal. Esta técnica cirúrgica foi aplicada em 15 casos, em nenhum deles o corno frontal do ventrículo lateral foi aberto, evitando complicações da abertura do mesmo. CONCLUSÃO: A decorticação frontal guiada por parâmetros anatômicos pode ser uma das técnicas cirúrgicas a ser considerada quando há necessidade da ressecação extensa do lobo frontal (especialmente substância cinzenta). A técnica proporciona máxima remoção do lobo frontal, preservação do corno frontal e da área motora suplementar, e redução da perda sanguínea / BACKGROUND: The frontal lobectomy is a frequently performed neurosurgical procedure for treating brain tumors, refractory epilepsy, and other disorders that require extensive removal of the frontal lobe. In spite of being a relatively common procedure, there are only few reports available regarding its surgical technique and little attention has been given to the anatomy relevant to this procedure. OBJECTIVES: The authors present the anatomical landmarks and technical nuances for removing the gray matter of the frontal lobe (frontal lobe decortication) as an alternative to frontal lobectomy. The goals are to maximize the brain removal, minimize the blood loss, and avoid opening the frontal horn of the lateral ventricle. MATERIAL AND METHODS: The anatomical study was performed in 15 adult cadaveric heads. The clinical data are based on 15 frontal resections performed from 2002 to 2014. RESULT: The frontal decortication involves the lateral, medial, and basal surfaces of the frontal lobe, and it consists of 5 main steps: a) coagulation and section of the arterial branches of the lateral surface of the frontal lobe; b) paramedian subpial resection of the frontal lobe until the genu of the corpus callosum is located; c) resection of the gray matter of the lateral surface of the frontal lobe without entering the frontal horn; d) identification and preservation of the olfactory tract; e) removal of the gray matter of the basal surface of the frontal lobe. This surgical technique was applied in 15 cases, and it was possible to preserve the frontal horn in all the patients when following this technique, avoiding complications resulted by its opening. CONCLUSION: The frontal decortication guided by intraoperative anatomical landmarks can be one of the surgical techniques to be considered when an extensive frontal lobe resection (especially gray matter) is needed. It offers maximum frontal lobe removal, preservation of the frontal horn and supplementary motor area, and reduced blood loss
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Ressonância magnética funcional para avaliação do incômodo do zumbido em pacientes com audiometria normal / Analysis of tinnitus-related annoyance in patients with normal audiometry using functional magnetic resonance imaging

Silvia Cristina Batezati Alves 08 December 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: As terapias mais eficazes para zumbido são baseadas nos modelos psicológico e neurofisiológico, que teorizam que o incômodo existente é resultado da interação dinâmica dos centros auditivos, sistemas límbico e nervoso autônomo. Embora sejam amplamente aceitos na prática clínica, ainda necessitam validação científica. A ressonância magnética funcional (RMf) é um método objetivo capaz de identificar as áreas cerebrais descritas pelos modelos, como também a rede neural relacionada à percepção de estímulos emocionais, que ainda não foi investigada em estudos de zumbido. OBJETIVOS: 1) Baseado nos modelos que explicam o incômodo do zumbido, analisar as áreas corticais auditivas e não-auditivas em adultos normo-ouvintes com e sem zumbido, ativadas durante estimulação auditiva desagradável; 2) de acordo com a teoria da percepção de um estímulo emocional, avaliar se os pacientes com zumbido recrutavam a mesma rede neural para a percepção de sons desagradáveis que os indivíduos sem zumbido. MÉTODOS: Quinze pacientes com zumbido subjetivo crônico não-pulsátil (grupo zumbido, GZ) e 20 voluntários sem zumbido (grupo controle, GC), pareados por sexo e idade, foram submetidos à RMf (1.5 T). Os critérios de inclusão foram: indivíduos destros, audiometria normal, inventário de depressão de Beck < 20 pontos e escolaridade equivalente ao segundo grau completo. O paradigma incluiu sons do catálogo IADS (International Affective Digitized Sounds), validados para valência emocional e grau de estímulo, associado à escala análogo-visual SAM (Self Assessment Manikin), modificada para RMf. O paradigma foi praticado previamente em um simulador de RMf. A aquisição de imagens e a apresentação de estímulos foram realizadas através da técnica de seqüência de pulso com ruído acústico minimizado (SPRAM). RESULTADOS: O hipocampo esquerdo foi a área mais ativada no GC e não demonstrou atividade neural no GZ, no qual a maior ativação foi localizada na ínsula esquerda. Áreas auditivas (giro temporal superior e região ínfero-posterior do lobo temporal) e límbicas (ínsula) foram ativadas pelos sons desagradáveis em ambos os grupos. Na análise comparativa, a maior ativação no GZ ocorreu no cerebelo direito (p < 0,05) e, no GC, no giro temporal superior esquerdo e giro frontal inferior esquerdo (p < 0,05). CONCLUSÕES: A ativação paralela dos sistemas auditivo e límbico aos sons desagradáveis foi demonstrada nos pacientes com e sem zumbido. Entretanto, na comparação entre grupos, áreas límbicas e préfrontais não foram significantemente mais ativadas em pacientes com zumbido. Sugere-se que o cerebelo direito, recentemente relacionado à função cognitiva, pode ser a área não-auditiva envolvida no incômodo do zumbido. Especula-se que o incômodo do sintoma esteja relacionado a anormalidades na percepção emocional, seja pela identificação exacerbada (via ínsula) de sons desagradáveis ou pela ausência de regulação da resposta afetiva (via hipocampo) a este estímulo / INTRODUCTION: The most successful tinnitus therapies are based on the psychological and the neurophysiological models, which suggest that tinnitus-related annoyance results from the dynamic interaction of auditory brain centers, limbic and autonomic nervous systems. Although these models have been largely accepted in clinical practice, they lack experimental support and validation. Functional magnetic resonance imaging (fMRI) offers the opportunity to identify those brain regions pertinent to each model, and studies the neural network involved in the theory of emotion perception of stimuli. The latter has not been thoroughly investigated in tinnitus. OBJECTIVES: 1) Based on the models of developing tinnitus-related annoyance, analyze the cortical areas (auditory and non-auditory) in normal hearing individuals with and without tinnitus, activated by unpleasant auditory stimulation; and 2) according to the theory of emotion perception of acoustic stimulus, evaluate whether the patients with tinnitus were using the same neural network for perception of unpleasant sounds than the subjects without tinnitus. METHODS: Fifteen subjects with chronic subjective non-pulsatile tinnitus (tinnitus group, TG), and 20 healthy volunteers (control group, CG), matched for gender and age, were submitted to 1.5 T fMRI. Inclusion criteria consisted of normal pure-tone audiogram, righthandedness, Beck depression inventory < 20 points, and formal education level > 11 years. The paradigm comprised sounds from IADS (International Affective Digitized Sounds) with validated emotional valence and arousal, and a modified visual-analog Self Assessment Manikin (SAM) scale. All individuals previously practiced the task in a mock scanner. Image acquisition and stimuli presentation were designed using the silent event-related method, in which the scanner acoustic noise effects were minimized during brain activation detection. RESULTS: The left insula presented the highest neuronal activity in the TG, which showed no activity in the hippocampus. In the CG, the activation was markedly present in the left hippocampus, and was barely found in the insula. Unpleasant sounds activated auditory areas (superior temporal gyrus, inferior-posterior temporal lobe) and the limbic system (insula) in both groups. When the groups were compared, the right cerebellum was the most activated brain area in the TG (p < 0.05), and CG showed the highest activation in the left superior temporal gyrus and the left inferior frontal gyrus (p < 0.05). CONCLUSIONS: Parallel activation of auditory and limbic systems was demonstrated in both tinnitus and control patients. However, limbic and prefrontal areas were not significantly more activated in patients with tinnitus. The right cerebellum, recently described to have cognitive function, may be responsible for integrating the brain centers involved in the annoyance of tinnitus. In addition, we suggested that tinnitus-related annoyance may be secondary to emotion perception abnormalities, either a higher identification of emotional significance of the unpleasant sounds (via insula), or a lack of regulation of individual affective reaction (via hippocampus)
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Interrupção das fibras brancas nos acessos cirúrgicos ao corno temporal do ventrículo lateral: estudo anatômico / White matter interruption in the surgical approaches to the temporal horn of the lateral ventricle

Paulo Abdo do Seixo Kadri 22 January 2016 (has links)
Introdução: A exploração cirúrgica do como temporal do ventrículo lateral (CTVL) é realizada para o tratamento de lesões neoplásica, vasculares e, principalmente, para o tratamento cirúrgico da epilepsia do lobo temporal. As abordagens cirúrgicas a esta cavidade são realizadas, a partir da superficie cortical e através de suas paredes, pelos acessos laterais, transsilvianos e inferiores. A escolha do acesso cirúrgico se baseia na exposição adequada e nas alterações neurológicas que possam advir do trauma ao parênquima cerebral. A secção dos diferentes feixes de fibras brancas pode resultar em déficits neurológicos mais duradouros do que a lesão ao córtex cerebral. Os déficits visuais oriundos da interrupção das fibras da radiação óptica são os mais estudados. A identificação das interrupções dos demais conjuntos de fibras e as correlações dos déficits neurológicos originados têm sido subestimadas na literatura Objetivo: Avaliar a interrupção dos feixes de fibras brancas nos diferentes acessos cirúrgicos ao como temporal do ventrículo lateral, utilizando a técnica de dissecção de fibras brancas de Klinger. Métodos: Para o estudo, foram utilizados 40 hemisférios cerebrais cadavéricos adultos (20 encéfalos) preparados no Laboratório de Anatomia da UFMS de acordo com a descrição do método de preparação de Klinger. As aberturas da cavidade ventricular, mimetizando os acessos cirúrgicos lateral (através do giro temporal médio), inferior (através do giro parahipocampal), transsilviano e transuncal foram realizados por meio de incisões de l5 mm a partir das superficies corticais. Resultados: A introdução dos instrumentos de dissecção, de 15 mm de largura por 2 mm de espessura, garantiu a uniformidade das transecções das fibras da superficie cortical à cavidade ventricular. Como resultado obteve­se o acesso que causou menor comprometimento de fibras brancas foi o acesso transucal, esse que atingiu apenas 8,3% das fibras analisadas, sendo as fibras em \"U\" situadas no córtex piriforme. Em seguida, os acessos inferior e transsilviano causaram lesões em 25% das fibras brancas. O acesso que acometeu o maior número de fibras, sendo considerado o mais lesivo para a substância branca foi o acesso lateral, esse que acometeu 75% das fibras analisadas durante a pesquisa. Conclusão: O acesso lateral através do giro temporal médio ocasiona lesões da porção inferior do fascículo longitudinal superior (segmento arqueado e vertical), do fascículo uncinado (segmento dorso lateral da porção temporal), do fascículo occipitofrontal (segmento ventral da porção posterior), da comissura anterior (segmento posterior da extensão lateral), das fibras temporopontinas, do pedúnculo talârnico posterior (alça temporal), do pedúnculo talâmico inferior (fibras posteriores) e do tapete. O acesso transsilviano ocasiona lesões do fascículo uncinado (segmento ventromedial da porção temporal), da comissura anterior (segmento anterior da extensão lateral) e da substância cinzenta da amígdala. O acesso inferior, através do giro parahipocampal, ocasiona lesões do segmento inferior do cíngulo e da formação hipocampal. O acesso transuncallesa apenas a substância cinzenta da amígdala . / Introduction: Surgical access to the temporal hom of lateral ventric1e is performed to treat tumoral and vascular lesions, but mainly to the surgi cal treatment of temporal epilepsy. The surgi cal exploration of this cavity is realized from the cortical surface towards the ventricular walls, through the lateral, transsylvian and inferior approaches, based on the adequate exposure of the cavity and on the postoperative deficits that might be originated from the brain parenchymal trauma. Lesions to the fibers bundles often result in more severe and prolonged deficits than corticallesions. The most common recognized deficits are the visual fields defects secondary to injuries to the optic radiation. Identification of the interruption of other fibers bundles involved and their correlated c1inical manifestation have been underestimated on the literature. Objective: To identify the interruption of the fiber bundles originated from the different approaches to the temporal hom utilizing the Klinger\'s fiber dissection technique. Methods: We studied 40 cerebral hemispheres of 20 brains, prepared according to Klingers method, at the UFMS Laboratory of Anatomy. The surgical access of the temporal hom was performed simulating the lateral (middle temporal gyrus), inferior (parahippocampal gyrus), transsylvian and transuncal approaches, through 15 mm cortical incisions, followed by stepwise dissection of the fibers. Results: Introduction ofthe dissector (15 mm width, 2 mm height) warranted an uniform transection of the fibers from the cortical surface to the ventricular cavity. The least destructive access encountered was the transuncal access, interrupting 8,3% of the studied fibers. Following it, the inferior and the transsylvian approaches interrupted 25% of the fibers. The most destructive, interrupting 75% of the studied fibers was the lateral approach. Conclusion: The lateral approach through the middle temporal gyrus caused interruptions on the inferior portion (vertical and arcuate segments) of the superior longitudinal fasciculus; on the dorso lateral segment of the temporal portion from the uncinate fasciculus; on the ventral segment of the posterior portion from the occipitofrontal fasciculus; on the posterior segrnent of the lateral extension from the posterior commissure; on the temporopontine fibers; on the anterior loop of the posterior thalamic pedunc1e, on the posterior fibers of the inferior thalamic pedunc1e and the tapetum fibers. The transsylvian approach caused interruptions on the ventromedial segrnent of the temporal portion from the uncinate fasciculus; on the anterior segrnent of the lateral extension from the anterior commissure and transected the amygdala on its anterosuperior surface. The inferior approach through the parahippocampal gyrus caused interruptions on the inferior segment of the cingulum and on the fimbria, due to the transection of the hipocampal formation. The transuncal approach only transected the amygdala
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Anatomia microcirúrgica da região do sulco limitante inferior da ínsula / Microsurgical anatomy of the inferior insular limiting sulcus

Ribas, Eduardo Santamaria Carvalhal 10 October 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O acesso cirúrgico ao corno temporal do ventrículo lateral (CTVL) é realizado para tratamento de lesões temporais mediais, dentre as quais se destaca a esclerose hipocampal que leva à epilepsia, e pode ser realizado através das superfícies lateral ou inferior do lobo temporal ou pelo sulco lateral do cérebro (fissura silviana). O parênquima cerebral subcortical localizado entre o sulco limitante inferior da ínsula (SLI) e o CTVL é composto por importantes feixes de fibras brancas, os quais podem eventualmente ser lesionados nos acessos cirúrgicos trans-silvianos. OBJETIVO: Descrever a localização dos principais feixes de fibras brancas na região entre o SLI e o CTVL. MÉTODOS: Os principais feixes de fibras brancas subcorticais foram examinados em 14 hemisférios cerebrais cadavéricos adultos utilizando a técnica de dissecção de Klingler, sendo possível descrever suas posições em relação à extremidade anterior do SLI (nomeado de Ponto Temporal do Límen - PTL). RESULTADOS: Os principais feixes de fibras identificados profundamente ao SLI formam um arranjo multilaminar e podem ser divididos de acordo com a profundidade em que são encontrados. As fibras de associação curta da cápsula extrema, que continuam em direção aos opérculos, formam a camada subcortical mais superficial e foram encontradas sob todo o SLI. As fibras da cápsula externa são encontradas mais profundamente, em uma camada formada por três principais feixes em uma disposição anteroposterior sequencial: o fascículo uncinado (encontrado desde o PTL até 10,0 ± 2.2 mm posteriormente), o fascículo fronto-occipital inferior (encontrado entre 10,0 ± 2,2 mm e 35,5 ± 2,7 mm posterior ao PTL) e fibras claustro-corticais (encontradas desde 35,5 ± 2,7 mm posterior ao PTL até o final desse sulco). A extensão lateral da comissura anterior está logo abaixo dessa camada e suas fibras foram encontradas entre 8,4 ± 1,8 mm e 22,0 ± 6,8 mm posterior ao PTL. A camada mais profunda é formada pelas fibras da cápsula interna/corona radiata, onde se destacam as radiações ópticas cujas fibras foram encontradas entre 10,6 ± 3,4 mm e 34,5 ± 3,5 mm posterior ao PTL. CONCLUSÕES: O fascículo uncinado é aproximadamente encontrado sob o terço anterior do segmento anterior do SLI (entre o PTL e o corpo geniculado lateral), enquanto o fascículo fronto-occipital inferior e as fibras da radiação óptica são encontrados sob os dois terços posteriores deste segmento. Os resultados sugerem que na abordagem trans-silviana transinsular, uma incisão através do SLI, começando no PTL e se estendendo até 6 mm posteriormente, irá atravessar o fascículo uncinado, mas não o fascículo fronto-occipital inferior e as radiações ópticas / INTRODUCTION: The surgical approach to the temporal horn of the lateral ventricle (CTVL) is performed for treatment of medial temporal lesions, among which hippocampal sclerosis leading to epilepsy is emphasized, and can be performed through the lateral or inferior surfaces of the temporal lobe or through the sylvian fissure. The subcortical cerebral parenchyma located between the inferior limiting sulcus of the insula (SLI) and the CTVL is composed of important white matter fiber bundles, which may eventually be injured in transsylvian surgical approaches. OBJECTIVES: To describe the location of the main white matter fiber bundles in the region between SLI and CTVL. METHODS: The main subcortical white matter fiber bundles were examined in 14 adult cadaveric cerebral hemispheres using the Klingler dissection technique, and it was possible to describe their positions in relation to the anterior end of the SLI (named Temporal Limen Point - PTL). RESULTS: The main white matter fiber bundles identified deeply to the SLI form a multi-laminar arrangement that can be understood according to the depth in which they are found. The short association fibers of the extreme capsule, which continue toward the opercula, form the most superficial subcortical layer and were found underneath all the SLI. The external capsule fibers were found more deeply, in a layer formed by three main fiber bundles organized in a sequential anterior-posterior disposition: the uncinate fascicle (found from the PTL to 10.0 ± 2.2 mm posteriorly), the inferior fronto-occipital fascicle (found between 10.0 ± 2.2 mm and 35.5 ± 2.7 mm posterior to the PTL) and claustrocortical fibers (found from 35.5 ± 2.7 mm posterior to PTL to the end of this sulcus). The lateral extension of the anterior commissure was below this layer and its fibers were found between 8.4 ± 1.8 mm and 22.0 ± 6.8 mm posterior to the PTL. The deepest layer is formed by the fibers of the internal capsule/corona radiata, where the optical radiation fibers were distinguished and found between 10.6 ± 3.4 mm and 34.5 ± 3.5 mm posterior to the PTL. CONCLUSIONS: The uncinate fascicle is approximately found under the anterior third of the anterior SLI segment (between the PTL and the lateral geniculate body), while the inferior fronto-occipital fascicle and fibers of the optical radiation are found under the posterior two thirds of this segment. The results suggest that at the transsylvian-transinsular approach, an incision at the SLI, from the PTL to 6 mm posteriorly, will cross the uncinate fascicle, but not the inferior fronto-occipital fascicle and optical radiation fibers
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Alterações da formação hipocampal do Calidris pusilla associadas à migração outonal de longa distância

MAGALHÃES, Nara Gyzely de Morais 31 August 2017 (has links)
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Após esse sítio de parada que é utilizado por 75 % da população de Calidris pusilla, a experiência migratória outonal de longa distância continua com voos de 6 dias ininterruptos sem escala sobre o Atlântico até que essas aves chegam a América do Sul e depois na ilha de Canela – Brasil. Para testar a hipótese de que o processo migratório de longa distância influenciaria a neurogênese, número de astrócitos GFAP positivos e a ativação de genes de expressão rápida capturamos 12 indivíduos em plena atividade migratória na Baia de Fundy e 9 indivíduos na Ilha de Canelas no Brasil. Após a imunomarcação seletiva para neurônios maduros (NeuN), neurônios imaturos (Dcx), astrócitos (GFAP), e ativação neuronal por genes de expressão rápida (c-Fos) quantificamos esses marcadores na formação hipocampal e comparamos resultados dessa quantificação dos indivíduos em migração (Baia de Fundy) com aqueles em período de invernada (Ilha de Canela). Para tanto utilizamos análises estereológicas quantitativas que permitiu estimar o total de células, o número de células ativas, o número total de astrócitos e de neurônios novos e maduros. Para verificar se as diferenças encontradas eram estatisticamente significativas empregamos o teste t Student. Nossos resultados confirmaram que a migração outonal provocou mudanças hipocampais em Calidris pusilla. Após a migração detectamos que a formação hipocampal possui volume maior e mais neurônios novos em contrapartida, menos células ativadas e menor número de astrócitos. Entretanto, esse processo não influenciou o número de células totais e de neurônios maduros. Sugerimos que a diferença encontrada entre o volume e número de neurônios novos, dos indivíduos em plena migração e após o processo ter sido concluído, possivelmente ocorreu em função do processo migratório em combinação com as condições encontradas durante o início do período invernada. O presente trabalho demonstra pela primeira vez que as aves marinhas migratórias de longa distância oferecem janela de oportunidade única para investigar muitas questões relacionadas à neurobiologia celular da migração de uma forma geral, e em particular, sobre a plasticidade neural associada à função da neurogênese do hipocampo adulto das aves. Futuramente pretendemos monitorar a neurogênese nessa espécie durante todo o período de invernada. / After breeding in the upper Arctic tundra, shorebirds affected by migratory restlessness trace an inherited preliminary route and use compasses, maps and visual landmarks, until they reach, in the northern hemisphere, stopover sites that have the necessary nutritional resources for fast and high gain of energy reserves for migratory journey, as in the Bay of Fundy-Canada. Following this stopover site that is used by 75% of the population of Calidris pusilla, the long-distance autumn migratory experience continues with uninterrupted 6-day non-stop flights over the Atlantic until these birds reach South America and then the island of Canela-Brazil. To test the hypothesis that the long-distance migratory process would influence neurogenesis, astrogenesis and activation of earlier-expression genes, we captured 12 individuals in full migratory activity in the Bay of Fundy and 9 individuals in the Island of Canela in Brazil. After selective immunostaining for mature neurons (NeuN), immature neurons (Dcx), astrocytes (GFAP), and neuronal activation by early genes (c-Fos), we quantified these markers in the hippocampal formation and compared the results of this quantification of the individuals in migration (Bay of Fundy) with those of wintering birds (Canela Island). We used quantitative stereological analyzes to estimate the total number of cells of hippocampal formation, number of active cells, total number of astrocytes and young and mature neurons. To verify if the differences found were statistically significant, we used the Student t test. Our results confirmed that autumnal migration alone, caused hippocampal changes in Calidris pusilla. After migration, we detected that the hippocampal formation has fewer activated cells and fewer astrocytes, more new neurons and greater relative volume in the quantified hemisphere (left hemisphere). However, this process did not influence the number of total cells and mature neurons. We suggest that the difference found between the volume and number of new neurons, of the full migration and wintering individuals, possibly occurred due to the migratory process in combination with local conditions found during the beginning of the wintering period. Taken together our findings demonstrate long-distance migratory shorebirds offer a unique opportunity to investigate many issues related to the cellular neurobiology of migration in general, and, on the neural plasticity associated with hippocampal neuronal and neurogenesis in adult birds.

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