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O neuropeptídio Y (NPY) na medula espinhal medeia o efeito hiponociceptivo da ativação de receptores H1 histaminérgicos na articulação do joelho de ratosSilva, Eduardo Souza January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2014-08-06T17:52:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / A histamina é encontrada no líquido sinovial de indivíduos saudáveis e pacientes com diversos tipos de artrite e anti-histamínicos H1 potencializaram o comportamento nociceptivo no teste de formalina articular. É sabido que a histamina provoca coceira nos tecidos cutâneos, no entanto, em tecidos profundos a sua função sensorial não está clara. Nosso objetivo foi elucidar as estruturas envolvidas com o mecanismo de hipernocicepção dos anti-histamínicos H1 e ao contrário, a hiponocicepção observada com a histamina na incapacitação articular após injeção de formalina em joelhos de ratos. A incapacitação articular foi medida através da contagem do tempo de elevação da pata (TEP; s) durante o período de 1 min de caminhada forçada, a cada 5 minutos, durante uma sessão experimental de 60 min. O edema articular foi avaliado pelo aumento de diâmetro articular, (DA; cm), e o extravasamento de plasma foi medido pela quantidade de azul de Evans (25 mg / kg, i.v., 30 min antes do teste) no líquido sinovial (EP; mg / ml) 1 hora após a injeção de formalina. A formalina 1,5 % evoca duas fases de incapacitação, aumento do DA e EP. A cetirizina, 1 hora antes da formalina, causou somente hipernocicepção na 2ª fase do teste da formalina. Cromoglicato de sódio coadministrado com formalina preveniu o efeito hipernociceptivo da loratadina. Nenhum dos tratamentos alterou o DA e o EP. Tele-metihistamina e 2-PEA coadministrados com formalina promoveram hiper e hiponociceptivo, respectivamente. Somente a maior dose de 2-PEA aumentou o TEP. A cetirizina, 1 h antes da formalina preveniu a hiponocicepção do 2-PEA. Nenhum tratamento alterou o DA e o EP. A dose subefetiva de morfina na medula espinhal foi potencializada em seu efeito hiponociceptivo pela dose subefetiva de 2-PEA coadministrado com formalina no joelho. Leu31 Pro34 NPY e BIBO 3304 administrados na medula espinhal diminui e aumentou o TEP, respectivamente. A dose subefetiva de BIBO 3304 na medula espinhal preveniu o efeito hiponociceptivo do 2-PEA coadministrado com formalina no joelho. A neurotoxina NPY-sap diminuiu a expressão do receptor Y1 no segmento lombar (L4-L5) e preveniu o efeito hiponociceptivo de 2-PEA coadministrado com formalina. Tripsina coadministrado com formalina diminuiu o TEP, e ao contrário do BIBO 3304 administrado na medula espinhal, a naloxona administrada de forma subcutânea preveniu o efeito hiponociceptivo da tripsina coadministrada com formalina no joelho. Estes dados mostram que a liberação de histamina articular a partir de mastócitos, atuando em receptores H1 tem um papel hiponociceptivo independente de qualquer efeito vascular. Além disso, estes resultados sugerem que o mecanismo hiponociceptivo evocado pela ativação do receptor H1 e não pelo receptor PAR-2 articular, provavelmente envolve a liberação de NPY na medula espinhal. Portanto, o conjunto de resultados sugere um novo mecanismo que pode ser coadjuvante no tratamento de inflamação articular.<br> / Abstract : Histamine is found in synovial fluid from healthy individuals and patients with various types of arthritis and H1 antihistamines potentiated the nociceptive behavior in the formalin test joint. It is known that histamine causes itching in the skin, however, in deep tissues its sensory functions is not clear. Our goal was to elucidate the structures involved in the mechanism of hypernociception H1 antihistamines and unlike hyponociception observed with histamine in articular incapacitation after formalin injection in rat knees. The articular incapacitation was measured by counting the paw elevation time (PET; s) during the period of 1 min walk forced, every 5 minutes during a 60-min experimental session. The joint swelling was evaluated by the increase in articular diameter (AD; mm) and plasma leakage (PL; mg / ml) was measured by the quantity of Evans blue (25 mg / kg, iv 30 minutes before the test) in synovial fluid 1 hour after the formalin injection. Formalin 1.5% evokes two phases of incapacitation (PET), increased AD and PL. Cetirizine, 1 hour before formalin caused hypernociception in phase 2 of the formalin test. Cromolyn sodium co-injected with formalin prevented the hypernociceptive effect of loratadine and none of the treatments changed the AD and PL. Tele-metilhistamine and 2-PEA co-administered with formalin promoted hyper and hyponociception, respectively. Only the highest dose of 2-PEA increased the PET. Cetirizine, 1 hour before formalin, prevented hyponociception effect of 2-PEA. No treatment altered the AD and PL. The subeffective dose of morphine in spinal cord was potentiated by subeffective dose of 2-PEA co-injected with formalin. Leu31 Pro34 NPY and BIBO 3304 in spinal cord, decreased and increased the PET, respectively. The subeffective dose of BIBO 3304 prevented the effect of hyponociceptive 2-PEA. The pre-treatment 14 days before with neurotoxin NPY-sap in spinal cord decreased the Y1 receptor expression in the lumbar segment (L4-L5) and prevented the hyponociceptive effect of 2-PEA co-injected with formalin. Trypsin co-injected with formalin decreased the TEP and unlike of BIBO 3304 in spinal cord, naloxone subcutaneous prevented this trypsin hyponociceptive effect. These data support that histamine release from articular mast cells on H1 receptors have a hyponociceptive role without vascular effect. Furthermore, these results suggest that the hyponociceptive mechanism of histamine and not trypsin, involves the NPY release in spinal cord. Therefore, the set of results suggests a new mechanism that may be useful in the treatment of joint pain.
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Participação dos receptores hipocampais do neuropeptídeo Y na consolidação e reconsolidação de uma memória aversivaLinartevichi, Vagner Fagnani January 2017 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2017-10-17T03:23:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1
348083.pdf: 1718093 bytes, checksum: 0b689d5cdd7de0ef1df0a803d4964963 (MD5)
Previous issue date: 2017 / O neuropeptídeo Y (NPY) possui uma distribuição ampla no sistema nervoso central (SNC) incluindo regiões envolvidas com a regulação do estresse e o processamento das memórias como o hipocampo dorsal (HD), a amígdala e o córtex pré-frontal. No HD, o NPY apresenta seus efeitos mediados principalmente pelos receptores Y1, Y2 e Y5. A função desses receptores em alguns comportamentos já foi elucidada, no entanto, seu papel na modulação da memória carece investigação. O objetivo geral foi avaliar o efeito da manipulação farmacológica dos receptores Y1 e Y5 do NPY presentes no HD durante a consolidação e reconsolidação de uma memória no condicionamento aversivo contextual (CAC) em ratos. Nossos resultados mostram que os receptores Y1 e Y5 apresentaram um aumento em seu imunoconteúdo após o CAC, e que a infusão do NPY no HD prejudicou a consolidação e a reconsolidação da memória aversiva. Estes efeitos foram reproduzidos com a infusão dos agonistas seletivos Y1 e Y5 (Y1r-LP-NPY e Y5r-5RA972, respectivamente) e prevenida pela administração prévia dos respectivos antagonistas seletivos. Observamos também que durante a consolidação da memória no CAC há um aumento no imunoconteúdo para BDNF e Arc que puderam ser prevenidos pela administração prévia do NPY. O mesmo efeito foi obtido com a marcação para Egr1/Zif268 durante a etapa da reconsolidação da memória. Nenhum efeito modulador do NPY foi observado durante a memória de curta duração, familiarização, ou quando a infusão se deu fora da janela de consolidação (6 h). Quanto à reconsolidação, vimos que o efeito do NPY foi dependente da reativação da memória, e o efeito do tratamento foi observado apenas quando a infusão se deu na janela de reconsolidação e não houve reinstalação da memória. As doses dos fármacos utilizados não alteraram o comportamento expresso no labirinto em cruz elevado nem no teste do choque imediato, sugerindo não haver um mero efeito antiaversivo ou alterações locomotoras. Com base no exposto acima, parece haver uma mudança na dinâmica de expressão dos receptores do NPY após um evento aversivo e a ativação farmacológica desses receptores parece prejudicar a formação e a manutenção desta memória aversiva, sugerindo um mecanismo para o papel pró-resiliência do NPY. Neste sentido, este mecanismo no HD pode ser uma importante abordagem terapêutica para algumas patologias relacionadas ao estresse, tal como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).<br> / Abstract : Neuropeptide Y (NPY) has a broad distribution in the central nervous system (CNS) including regions involved with stress regulation and memories processing such as the dorsal hippocampus (DH), amygdala, and prefrontal cortex. In DH, NPY presents its effects mediated mainly by the Y1, Y2 and Y5 receptors. The role of these receptors in some behaviors has already been studied, however, its role in memory modulation needs more investigation. The general aim of the present study was to evaluate the effect of pharmacological manipulation of the Y1 and Y5 receptors in the DH during the memory consolidation and reconsolidation on contextual fear conditioning (CFC) in rats. Our data showed that Y1 and Y5 receptors present an increased immunocontent after CFC, as well as after the infusion of NPY in DH, impairing memory consolidation and reconsolidation. These effects were reproduced with the infusion of selective agonist Y1 and Y5 (Y1r-LP-NPY and Y5r-5RA972, respectively) and were prevented by prior administration of selective antagonists for these receptors. We also observed that during memory consolidation on CFC there was an increase on BDNF and Arc immunocontent that could be prevented by previous NPY administration. The same effect was obtained on Egr1/Zif268 during the memory reconsolidation phase. No effect of NPY was observed during short-term memory, familiarization, or outside the window of consolidation infusion (6 h). During the reconsolidation process, we found that the NPY effect was dependent on memory reactivation, and observed just in the reconsolidation window and there was no reinstallation of the memory. There was no effect on elevated plus-maze (EPM) of all doses of the drugs here used as well as no effect on the immediate shock test. After CFC it appears that occurs a change in the NPY receptor expression dynamics and the pharmacological activation of these receptors seems to impair the memory formation and its maintenance, suggesting a positive role for NPY in stress/fear resilience. On this regard, this NPY-DH mechanism could be a relevant therapeutic approach for some stress-related disorders, such as the posttraumatic stress disorder (PTSD).
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Envolvimento do neuropeptídeo Y e dos receptores Y2, sobre as alterações comportamentais e neuroquímicas associadas ao envelhecimento e a Doença de AlzheimerAragão, Fernanda Gomes de Queiroz Barros January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2016 / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:24:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / Diversas evidências indicam que há um comprometimento da sinalização do neuropeptídeo Y (NPY) no sistema nervoso central (SNC) tanto no envelhecimento quanto na doença de Alzheimer (DA), e que este possa representar um novo alvo terapêutico para o alívio de diversos sintomas associados a estas condições. Nesse trabalho foi avaliado o efeito da administração central do NPY sobre prejuízos cognitivos associados ao envelhecimento em camundongos C57BL/6 com 2 e 11 meses de idade. Também foi avaliado o efeito do pré-tratamento com NPY ou com o agonista seletivo do receptor Y2 (NPY(13-36)) sobre os prejuízos comportamentais induzidos por oligômeros de ß-amilóide (AßO) em camundongos suíços adultos, um modelo animal da DA. Ademais, foram avaliados os efeitos do NPY e do NPY(13-36) sobre a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) induzida por AßO em cultura neuronal hipocampal de ratos Wistar. Uma única injeção intracerebroventricular (i.c.v.) de NPY (23,4 pmol) foi capaz de reverter o prejuízo de memória espacial associado ao envelhecimento em camundongos C57BL/6 com 11 meses de idade avaliados no teste de localização de objetos. Entretanto, a administração i.c.v. da mesma dose de NPY prejudicou o desempenho de camundongos com 2 meses de idade no mesmo teste. A injeção i.c.v. de AßO (10 pmol) em camundongos suíços induziu prejuízos em memórias de reconhecimento e espacial de curto prazo, evidenciados pelos testes de reconhecimento e localização de objetos, respectivamente, sendo que o pré-tratamento com NPY (23,4 pmol, i.c.v.) foi capaz de prevenir estes prejuízos induzidos pelos AßO. A ativação dos receptores Y2 pelo agonista NPY(13-36) (23,4 pmol, i.c.v.) foi capaz de prevenir os prejuízos na memória espacial de curto prazo nos camundongos, além de prevenir a geração de ROS induzidas por AßO (0,5 µM) in vitro. Nenhum dos compostos avaliados (NPY, NPY(13-36) e AßO) alterou significativamente os parâmetros comportamentais relacionados à emocionalidade avaliados nos testes do splash e nado forçado. Por fim, a administração do NPY prejudicou a discriminação olfatória de camundongos suíços. Os resultados desse trabalho em conjunto com a literatura suportam a hipótese de que a restauração dos níveis de NPY e o uso de agonistas dos receptores Y2 representam estratégias com potencial para o controle dos prejuízos cognitivos associados ao envelhecimento e observados em fases iniciais da DA. <br> / Abstract : Several evidences indicate that the neuropeptide Y (NPY) signaling is compromised in the central nervous system during ageing and Alzheimer s disease (AD), and that this may represent a new therapy target for the relief of symptoms associated with these conditions. At the present work, the effect of central administration of NPY over the cognitive deficits associated to ageing was evaluated in C57BL/6 mice at 2 and 11 months of age. It was also evaluated the effect of pre-treatment with NPY or the Y2 receptor selective agonist NPY(13-36) over the behavioral deficits due to amyloid-ß oligomers (AßO) administration in adult Swiss mice, an animal model of AD. Moreover, the effects of NPY or NPY(13-36) over the reactive oxygen species production (ROS) induced by AßO were evaluated in a Wistar rat neuronal hippocampi cell culture. A solely NPY (23,4 pmol) intracerebroventricular (i.c.v.) injection was enough to revert the spatial memory deficit associated with ageing evaluated by the object location test in C57BL/6 mice at 11 months of age. However, the same dose of NPY impaired the performance of mice at 2 months of age at the same test. An i.c.v. injection of AßO (10 pmol) induced recognition and spatial shot-term memory deficits highlighted by the object recognition and location tests, respectively, in Swiss mice, and the pre-treatment with NPY (23,4 pmol, i.c.v.) was able to prevent those deficits induced by AßO. The Y2 receptor activation by its agonist NPY(13-36) (23,4 pmol, i.c.v.) was enough to prevent these spatial short-term memory deficits in mice in addition to prevent the ROS generation induced by AßO (0,5 µM) in vitro. None of the compounds evaluated (NPY, NPY(13-36) and AßO) significantly altered the behavioral parameters related to emotionality evaluated in the splash and forced swim tests. At last, NPY administration damaged the olfactory discrimination in Swiss mice. The results found at the present work together with the literature support the hypothesis that NPY levels restoration and the use of Y2 receptor agonists are potential strategies for the management of age-associated cognitive deficits as well as those present in initial stages of AD.
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Envolvimento do neuropeptídeo Y na resiliência ao medo condicionado contextual em ratosLach, Gilliard January 2013 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-06T00:41:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
320591.pdf: 902351 bytes, checksum: 1e10f602ec1ced4502fbd8903557b20b (MD5)
Previous issue date: 2013 / O neuropeptídeo Y (NPY) é o peptídeo mais abundante no sistema nervoso central (SNC), sendo encontrado em regiões envolvidas com a regulação do estresse, memória, ansiedade e medo, como o hipocampo (HPC), amígdala e córtex pré-frontal. Embora alguns trabalhos suportem o envolvimento do NPY na mediação do comportamento emocional tanto em roedores como em humanos, ainda existe uma carência de dados mostrando o papel do NPY na resiliência ao estresse. Para isso, nosso estudo buscou verificar o envolvimento do NPY exógeno e endógeno, além de investigar a participação do receptor Y1 no teste do condicionamento aversivo contextual (CAC). Primeiramente, baseado no amplo espectro de atividades fisiológicas desempenhadas pelo sistema NPY, buscou-se observar os efeitos de baixas doses de NPY e do agonista Y1 Leu31Pro34-NPY (LP-NPY) e assim minimizar a incidência de efeitos adversos ao tratamento do medo condicionado, como prejuízos cognitivos, sedação e alterações da emocionalidade. Então, verificamos que a administração intracerebroventricular (i.c.v.) de NPY (3 pmol) e de LP-NPY (1 pmol) inibiram a aquisição e a consolidação (imediata e tardia) da memória de medo avaliada no teste do CAC. Por sua vez, somente o NPY facilitou a extinção, além de prejudicar a reconsolidação do medo condicionado. O pré-tratamento com o antagonista Y1, BIBO3304 (BIBO) bloqueou os efeitos do NPY, indicando a importante participação do receptor Y1, embora se sugira que a extinção do medo tenha também o envolvimento do receptor Y2. Para investigar a influência do NPY endógeno, submetemos os ratos ao ambiente enriquecido (AE) por 14 dias e após, verificamos o comportamento destes ratos na extinção do CAC, além de verificar a expressão do receptor Y1 nos ratos ?enriquecidos? no HPC, estrutura do SNC amplamente envolvida no condicionamento contextual. Como esperado, o AE facilitou a extinção do medo no teste do CAC, confirmando a participação do NPY. O envolvimento do NPY e do receptor Y1 foi confirmado com a detecção de níveis elevados da proteína do receptor Y1 no HPC em ratos enriquecidos. Interessantemente, esta elevação ocorreu somente nos ratos ?enriquecidos? que foram submetidos ao CAC, sugerindo que o AE favorece a resiliência ao aumentar a reatividade do receptor Y1, deixando este preparado para modular as respostas fisiológicas/comportamentais quando da ocorrência de situações traumáticas. Também procuramos verificar se a extinção do medo no teste do CAC era facilitada pelo bloqueio do auto-receptor Y2 com BIIE0246 (BIIE), já que este receptor regula a liberação de NPY. Nossos resultados mostraram que o tratamento com BIIE inibiu completamente a expressão do medo no teste do CAC, fazendo com que o comportamento dos ratos tratados comparáveis a ratos que não foram condicionados. Todavia, este efeito observado com o tratamento com BIIE permanece mesmo após a interrupção do tratamento, sugerindo que este efeito não é estado-dependente de uma atividade ansiolítica. Em adição, a participação de NPY endógeno é confirmada ao bloquear o receptor Y1 com BIBO, que reverteu os efeitos observados com o tratamento com o BIIE. De fato, mesmo quando não mais presente no organismo, o NPY continua a exercer seus efeitos, provavelmente através de mecanismo de neuroproteção, como observado em nosso experimento onde o NPY foi administrado 7 dias antes do teste do CAC, onde o NPY mas não o LP-NPY facilitou a extinção do medo. Com base no exposto acima, nossos dados mostram um efeito robusto do NPY inibindo o medo no teste do CAC, resposta essa que é mediada em parte pelo receptor Y1. Estes efeitos podem estar relacionados com o aumento da resiliência do SNC às situações traumáticas, sendo então uma abordagem de potencial terapêutico importante para o TEPT. <br>
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Participação do sistema nociceptina/orfanina fq-receptor nop na modulação da ansiedade e da depressão experimentalGavioli, Elaine Cristina January 2003 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia / Made available in DSpace on 2012-10-21T01:17:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1
199341.pdf: 976921 bytes, checksum: 9acbff52ed3709e69189fc23ed6ec0ff (MD5) / O presente trabalho estudou o papel da nociceptina (N/OFQ) e da nocistatina (NST) na modulação da ansiedade e da depressão experimental. Nossos dados mostraram que camundongos tratados com N/OFQ apresentaram um perfil do tipo ansiolítico no teste do labirinto em cruz elevado (LCE), enquanto que a NST induziu um efeito do tipo ansiogênico. Além disso, dados mostrados neste trabalho sugerem haver uma interação entre o sistema GABAérgico e a N/OFQ, mas não entre a NST, na modulação da ansiedade experimental. Em relação à depressão experimental, observamos que a N/OFQ e a NST não alteraram o comportamento dos camundongos submetidos ao teste da natação forçada (TNF), porém o UFP-101, um antagonista NOP, induziu um perfil do tipo antidepressivo no TNF em camundongos e ratos e no teste da suspensão pela cauda (TSC) em camundongos e, em linha com estes dados, camundongos knockout para o receptor NOP apresentaram um perfil do tipo antidepressivo no TNF e no TSC. No presente trabalho mostrou-se também que o efeito do tipo antidepressivo induzido pelo bloqueio do receptor NOP parece ser mediado pelo sistema monaminérgico e, em especial, pelo serotonérgico. Assim, os resultados apresentados nesta tese candidatam o sistema N/OFQ - receptor NOP como um alvo terapêutico promissor para o tratamento da ansiedade e da depressão.
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Análise dos mecanismos envolvidos nas respostas contráteis induzidas por agonistas B1 e B2 para as cininas na íris de porco in vitroEl Sayah, Mariem January 2004 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. / Made available in DSpace on 2012-10-21T14:20:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1
207434.pdf: 549000 bytes, checksum: 1b8bfb8bb1089351f2e5ac7abd155919 (MD5) / Este trabalho demonstrou que a contração induzida pela BK na íris isolada de porco é mediada pelos receptores B2, com liberação neuronal de ACh, noradrenalina, neuropeptídeos e derivados do ácido araquidônico, através das vias das COX-1, COX-2, LOX e TXA2. Além disso, demonstrou o envolvimento do influxo de cálcio do meio extracelular, através dos canais de cálcio do tipo L, N e P, bem como a possível participação das PKA e PKC mediando as ações da BK na íris. Os estudos também mostram que os receptores B1 não são constitutivos nessa preparação, no entanto, após 4 h de incubação com LPS, ocorre a ativação dos receptores B1, por meio de mecanismos dependentes da síntese protéica e de fatores de transcrição, como o NF-kB. A via das MAPKs, especialmente MEK-1, p38-MAPK e fosfatidilinositol 3-quinase, além de estarem envolvidas na indução dos receptores B1, também participam dos mecanismos que regulam as ações do receptor B1 após a indução com LPS. Além disso, confirma-se a participação das MEK-1 e p38-MAPK por meio dos estudos de biologia molecular. Por outro lado, demonstra-se que os neuropeptídeos como o NK1, NK2, NK3 e CGRP não participam das respostas contráteis induzidas pela des-Arg9-BK nessa preparação. Todavia, apresentam dependência significativa do cálcio extracelular, através dos canais de cálcio do tipo L e não do tipo N. Os resultados contribuem para melhor compreensão de alguns dos mecanismos envolvidos na regulação dos receptores de cininas B1 e B2 na íris isolada de porco. Além disso, geram subsídios para o melhor entendimento dos processos inflamatórios e dolorosos, como também para o desenvolvimento futuro de terapias antiinflamatórias e analgésicas.
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Investigação dos efeitos neuroprotetores da grelina e do neuropeptídeo Y em um modelo experimental da doença de AlzheimerSantos, Vanessa Valgas dos January 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2012. / Made available in DSpace on 2013-07-16T04:35:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
315057.pdf: 1765896 bytes, checksum: cd2b0428e158d1e2d1244e2ad32f398b (MD5) / O acúmulo da proteína beta amilóide (AB) no sistema nervoso central (SNC) e os prejuízos cognitivos são sinais clássicos da doença de Alzheimer que estão fortemente associados ao estresse oxidativo e às alterações colinérgicas. Um número crescente de trabalhos tem relacionado à obesidade como um fator de risco para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Durante o ganho de peso existe uma redução nos níveis plasmáticos e no SNC dos hormônios orexígenos grelina (Ghr) e neuropeptídeo Y (NPY), que além de regularem a ingesta de alimentos, também participam da modulação de processos cognitivos, emocionais e neurodegenerativos. No presente estudo, foram investigados os efeitos do pré-tratamento com Ghr ou NPY sobre as alterações comportamentais e neuroquímicas induzidas pela infusão intracerebroventricular (i.c.v.) do peptídeo AB1-40, utilizado como um modelo experimental da doença de Alzheimer. Grupos independentes de camundongos albinos (3 meses de idade) receberam uma administração aguda de Ghr (3 nmol/µl, i.c.v.), NPY (0.0234 umol/uL, i.c.v.) ou PBS (i.c.v.) 15 min antes da infusão do AB1-40 (400 pmol/camundongo, i.c.v.). De 9 a 14 dias após os tratamentos, os animais foram avaliados em uma bateria de testes comportamentais para a investigação das funções cognitivas (realocação do objeto), emocionais (suspensão pela cauda e labirinto em cruz elevado) e locomotoras (campo aberto). Ao final dos testes comportamentais, os animais foram sacrificados para a avaliação da captação de glutamato no hipocampo. As analise de parâmetros bioquímicos relacionados ao estresse oxidativo e atividade da enzima acetilcolinesterase (AchE) foram realizadas 24 h após o tratamento com Ghr, NPY e AB1-40. O tratamento prévio com Ghr ou NPY preveniu os prejuízos na memória espacial e aumento no tempo de imobilidade no teste de suspensão pela cauda induzidos pela infusão i.c.v. de AB1-40. Além disso, o peptídeo AB1-40 induziu uma significativa peroxidação lipídica, redução na atividade da enzima glutationa redutase (GR) e na captação de glutamato, aumento na atividade da enzima AchE no córtex pré-frontal e/ou hipocampo de camundongos que foram prevenidos pelo pré-tratamento com Ghr ou NPY. Em conjunto, os resultados do presente estudo sugerem que a Ghr e o NPY são capazes de prevenir os déficits cognitivos induzidos pelo peptídeo AB1-40 e apresentar um comportamento tipo antidepressivo em camundongos, sendo estes efeitos protetores mediados, ao menos em parte, pela inibição do estresse oxidativo e disfunção dos sistemas glutamatérgico e colinérgico.<br> / Abstract : The accumulation of amyloid beta (AB) protein in the central nervous system (CNS) and the cognitive impairments are classic signs of Alzheimer's disease that are strongly associated with oxidative stress and changes in cholinergic system. A growing number of studies have related the obesity as a risk factor for the development of Alzheimer's disease. During the weight gain there is a reduction in CNS and plasmatic levels of orexigenic hormones ghrelin (GHR) and neuropeptide Y (NPY), which regulates the food intake and also participates in the modulation of cognitive, emotional and neurodegenerative disorders. In this study, we investigated the effects of pretreatment with Ghr or NPY on the behavioral and neurochemical changes induced by intracerebroventricular (i.c.v.) infusion of AB1-40 peptide, used as an experimental model of Alzheimer.s disease. Independent groups of Swiss albino mice (3 months old) received a single acute administration of Ghr (3 nmol/uL, i.c.v.), NPY (0.0234 umol/ uL, i.c.v.) or PBS (i.c.v.) 15 min before infusion of AB1-40 (400 pmol/mouse, i.c.v.). The animals were evaluated 9 to 14 days after the treatment on a battery of behavioral tests for the investigation of cognitive (object location), emotional (tail suspension and elevated plus-maze) and locomotion (open field) functions. At the end of behavioral tests, the animals were sacrificed for the evaluation of the glutamate uptake in hippocampus. The analysis of biochemical parameters related to oxidative stress and activity of the enzyme acetylcholinesterase (AChE) were performed 24 h after treatment with Ghr, NPY and AB1-40. Pretreatment with Ghr or NPY prevented the decline in spatial memory and the increased in immobility time in tail suspension test induced by the infusion icv of AB1-40. Moreover, the peptide AB 1-40 induced a significant lipid peroxidation, reduction in glutathione reductase (GR) activity and glutamate uptake, also causes an increase in enzyme AChE activity in the prefrontal cortex and/or hippocampus of mice that were prevented by pretreatment with Ghr or NPY. Altogether, the result of this study suggest that Ghr and NPY are capable of preventing cognitive deficits induced by peptide AB1-40 and present an antidepressant like-effect in mice, and these protective effects are mediated, at least in part, by inhibition of stress oxidative and dysfunction of the glutamatergic and cholinergic system.
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