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Discussão psicanalítica sobre o transtorno e pânico, com estudo de caso / Psychoanalytical discussion about panic disorder with case study

Oliveira, Paulo Cezar de 30 September 2016 (has links)
O objetivo principal desse trabalho foi discorrer sobre o lugar do transtorno pânico na metapsicologia psicanalítica freudiana e pós-freudiana. Inicialmente, ele foi apresentado segundo a psiquiatria. Em seguida, tendo em vista as associações desse transtorno com as construções freudianas sobre a neurose de angústia, discorreu-se acerca das teorias da angústia de Freud a partir de textos freudianos e de Laplanche. Este autor, ao fazer importantes críticas à segunda teoria da angústia do pai da psicanálise, aponta para uma possível terceira teoria da angústia como reflexo da implicação direta do conceito de pulsão de morte sobre as duas primeiras. Nesse sentido, ocorreram discussões sobre as teorias da pulsão de Freud a partir de textos freudianos e dos escritos de Garcia-Roza e de Laplanche. Buscando derivar essa terceira teoria da angústia, destacou-se a ênfase laplanchiana marcante sobre a sexualidade como pedra angular da psicanálise, que somada a reformulação da teoria do apoio freudiana, levou ao conceito original da teoria de sedução generalizada. Nesse processo, conceitos como masoquismo e autoagressão originários, implicados sobre a obra kleiniana, permitiram a Laplanche renomear a pulsão de morte como pulsão sexual de morte. Com isso, a teorização freudiana da neurose de angústia, como consequência de um ataque pulsional sexual, foi reformulada ao equivaler esse sexual à sexualidade demoníaca citada por Freud, que é vista como aquela que excita, desliga e transborda, sendo portanto a parte da sexualidade dominada pela pulsão sexual de morte. Em seguida, foram apresentadas considerações específicas sobre o transtorno de pânico de autores psicanalíticos pós-freudianos nacionais e internacionais. No sentido da produção de dados como base de realidade para a articulação das teorias psicanalíticas sobre o transtorno de pânico com as reformulações das teorias da angústia advinda da discussão metapsicológica de Laplanche, apresenta-se pesquisa qualitativa conforme a concepção de Turato. Essa foi desenvolvida através de um estudo de caso único, sistematizado, por conveniência da pesquisa, em um processo de diagnóstico compreensivo seguido de psicoterapia. O psicodiagnóstico se dá através de duas entrevistas psicológicas semidirigidas, com posterior aplicação do Procedimento de Desenho-Estória; já a psicoterapia de orientação psicanalítica teve seus relatos de sessão submetidos a supervisões no grupo de pesquisa. Os dados coletados com esses procedimentos foram analisados tendo em vista a análise de conteúdo proposta por Turato e os estudos de referência do Procedimento Desenho-Estória de Tardivo. Nessa análise, conceitos e ferramentas psicanalíticas foram tomados como referência: manifestações do inconsciente, manejo da angústia, transferência, contratransferência, interpretação e acolhimento. Finalmente, foi feita a articulação dos dados com a teoria, evidenciando, como destaca Sigal, a importância das colocações laplanchianas sobre as diferentes consequências da introdução e da intromissão dos significantes enigmáticos. Melhor entendendo assim, a instalação e manutenção do transtorno de pânico. Por fim, discutiu-se sobre os manejos específicos no enfrentamento dos núcleos psicóticos formados pelos restos intrometidos, que são marcas de falha no recalque primário, comum também em pacientes que manifestam o transtorno de pânico / The main objective of this work is to discuss the place of panic disorder in Freud\'s and post-Freudian psychoanalytic metapsychology. Initially, the panic disorder is presented here under the psychiatric perspective. Afterwards, having its disorder associations with Freud´s constructions about anxiety neurosis in sight, Freud´s anxiety theories will be spoken about having his and Laplanche´s texts as basis. Laplanche, as he criticizes the second anxiety theory of the psychoanalysis father, points out to a possible third anxiety theory as a reflex of the direct implication of the death instinct concept on the first two. Therefore, there are some discussion about Freud´s instinct theories based on Freud´s texts and Garcia-Roza´s and Laplanche´s writings. In this exercise of creating this third anxiety theory there is a strong Laplanche based emphasis on sexuality as a psychoanalysis turning point and a reconstruction of Freud´s supporting theory, leading to a new concept: the generalized seduction. In this process, Klein´s work seeing under concepts such as original masochism and auto-aggression, allowed Laplanche, as he created his seduction theory, to rename the death instinct as sexual death instinct. Thus, Freud´s idea of the anxiety neurosis as consequence of a sexual instinct attack is reformulated by this sexual specification, as Freud´s demoniac sexuality. This part of sexuality is dominated by the sexual death instinct and is the one that excites, turns off and overflows. Subsequently, there will be presented some specific considerations on panic disorder made by national and international post Freudian psychoanalytical authors. A qualitative research based on Turato will be shown in order to produce reality based data to be articulated with psychoanalytical theories on panic disorder and the anxiety neurosis theories raised by Laplanche´s metapsychological discussion. This research consists of a unique case study systematized in a comprehensive diagnosis process, followed by psychotherapy. The psych diagnosis occurs in two semi guided interviews, followed by a Desenho-estoria procedure. The psychoanalytical psychotherapy sessions´ reports were discussed in group supervision. The collected data are analyzed based on Turato´s content analysis perspective and the referenced studies on Desenho-Estoria procedure, specially emphasizing Tardivo´s. In this analysis, psychoanalytical concepts and tools such as unconscious manifestations, anxiety handle, transference, countertransference, interpretation and holding are used as references. At last, the data is articulated with the theory, as highlighted by Sigal, pointing out to Laplanches consideration about the implantation and intromission of the enigmatic signifier. Therefore, creating and understanding about the panic disorders installation. There are also some discussion about specific management in order to confront psychotic spots formed by unassimilated remains, which the primal repression fail marks, common in patients that manifest panic disorder
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Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánico

Viana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
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O estigma e o poder do conhecimento: um estudo sobre a Operação Centro Legal de 2012

Carvalhido, Anna Luiza 12 May 2014 (has links)
Submitted by ANNA CARVALHIDO (annaluizaa@gmail.com) on 2014-06-10T14:03:32Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao.(Defesa).(Revisao).Anna.Luiza.Carvalhido.pdf: 7595550 bytes, checksum: 96855772b3b30cdc4f0f66e4a7561325 (MD5) / Approved for entry into archive by Suzinei Teles Garcia Garcia (suzinei.garcia@fgv.br) on 2014-06-10T18:25:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao.(Defesa).(Revisao).Anna.Luiza.Carvalhido.pdf: 7595550 bytes, checksum: 96855772b3b30cdc4f0f66e4a7561325 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-06-10T18:33:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao.(Defesa).(Revisao).Anna.Luiza.Carvalhido.pdf: 7595550 bytes, checksum: 96855772b3b30cdc4f0f66e4a7561325 (MD5) Previous issue date: 2014-05-12 / The objective of this research is to understand how public actors who participated, directly or indirectly, of the so-called 'Operation Legal Downtown' of 2012, qualified, in their speech, their vision around the use of crack and the region known as 'cracolândia' located in São Paulo city, notably the Military Police of São Paulo. The research problem is to understand the different discourses that actors have about the use of crack and cracolândia of São Paulo, assuming a theoretical framework that focuses on the study of stigma, deviation and knowledge as an instrument of power. The conclusion is that the stigma and the knowledge of a particular branch of the psychiatric field were very important and influential in building the image voiced by actors interviewed regarding the use of crack and 'cracolândia'. / O objetivo desta pesquisa é compreender como os atores públicos que participaram, direta ou indiretamente, da Operação Centro Legal de 2012, qualificaram, em seu discurso, o uso de crack e a região conhecida por 'cracolândia', em São Paulo, notadamente a Polícia Militar do Estado de São Paulo. O problema de pesquisa consiste na compreensão das diferentes falas que os atores tem em torno do uso de crack e da cracolândia de São Paulo, levando em consideração um quadro teórico que se foca no estudo do estigma, do desvio e do conhecimento enquanto instrumento de poder. A conclusão é que o estigma e o conhecimento de um determinado ramo do campo da psiquiatria foram elementos muito importantes e influentes na construção da imagem verbalizada pelos atores pesquisados com respeito ao uso do crack e à 'cracolândia'.
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Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivo

Behenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
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Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánico

Viana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
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Avaliação da resposta ao acréscimo de estratégias de coping e resiliência na terapia cognitivo-comportamental em grupo para paciente com transtorno de pânico / Assessment of response to additional coping and resilience strategies in cognitive-behavioral group therapy for patients with panic disorder / Evaluación de respuesta a la adición de estrategias de coping y resiliencia en la terapia cognitivo-conductual en grupo para pacientes con trastorno de pánico

Viana, Ana Cristina Wesner January 2018 (has links)
O transtorno de pânico (TP) é uma condição crônica e recorrente, acompanhada por sintomas físicos e cognitivos que causam prejuízos à qualidade de vida e ao funcionamento psicossocial dos pacientes. Apesar do tratamento eficaz com medicamentos e terapia cognitivocomportamental (TCC), a recaída dos sintomas é frequente. A falha de enfrentamento ou coping de eventos estressores tem sido apontada como um gatilho desse desfecho. O protocolo atual de 12 sessões de TCC em grupo (TCCG) é específico para sintomas do TP, não abordando estratégias cognitivas de coping e de resiliência. O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar a resposta em curto prazo ao acréscimo de estratégias de coping e de resiliência ao protocolo padrão de TCCG para o TP. Trata-se de um estudo de método misto, desenvolvido em duas etapas: primeiramente foi realizada uma pesquisa metodológica para o desenvolvimento e a avaliação da clareza de um protocolo com quatro sessões de TCCG, organizadas em um manual; a segunda etapa consistiu em um ensaio clínico controlado com pacientes com TP alocados aleatoriamente no grupo intervenção (TCCG padrão mais o acréscimo de quatro sessões de intervenções com técnicas cognitivas de estratégias de coping e resiliência) ou para o grupo controle (TCCG padrão). A gravidade dos sintomas do TP foi mensurada antes e depois da TCCG. Para identificar as estratégias de coping e de resiliência, foram aplicados o Inventário de Estratégias de Coping (IEC) e a Escala de Resiliência, respectivamente A qualidade de vida (QV) foi avaliada pela WHOQOL-bref. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 140379). Após a elaboração do manual, um grupo-piloto de sete pacientes avaliou as quatro sessões e contribuiu com sugestões para a versão final. Na sequência, realizou-se o ensaio clínico com 100 pacientes selecionados e alocados 50 para cada grupo. Um total de 36 (72%) do grupo intervenção e 29 (58%) do controle concluiu as sessões de TCCG. Observou-se que ambos os grupos apresentaram melhora significativa dos sintomas do TP ao longo do tempo em todas as medidas de desfecho, porém sem interação tempo*grupo. Após a TCCG, os sintomas de ansiedade (pgrupo=0,016), depressão (pgrupo=0,025) e uso de benzodiazepínicos (ptempo*grupo<0,001) foram significativamente menores no grupo intervenção do que no grupo controle. Houve mudança significativa positiva nas estratégias de coping mais adaptativas e em todos os domínios da qualidade de vida (ptempo<0,001), embora sem diferença entre os grupos. Exceto para o domínio meio ambiente o aumento foi significativo considerando-se a interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). A resiliência apresentou um aumento significativo após a TCCG no grupo intervenção (pgrupo=0,041), com interação tempo*grupo (ptempo*grupo=0,027). Portanto, confirmou-se a efetividade da TCCG para melhora dos sintomas do TP, e adicionar as sessões ao protocolo padrão de TCCG mostrou-se uma medida viável e efetiva para melhorar a capacidade de resiliência e de aspectos da qualidade de vida dos pacientes com TP. Contudo, são necessários estudos de seguimentos para que se verifique os efeitos da intervenção em desfechos do TP como recaída. / Panic disorder (PD) is a chronic, recurrent condition characterized by physical and cognitive symptoms that are harmful to patients' quality of life (QOL) and psychosocial functioning. Despite the efficacy of drug treatment and cognitive-behavioral therapy (CBT), symptom relapse is common. Failure to cope with stressful events has been reported as a trigger for this outcome. The protocol with 12 sessions of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) currently used for PD symptoms does not include coping and resilience strategies. This study aimed to assess short-term response to the addition of coping and resilience strategies to the standard CBGT protocol for PD. This mixed methods research was conducted in two phases: first, a methodological research was performed to develop and assess the clarity of a protocol with four CBGT sessions, organized in a handbook; second, a controlled trial was performed, in which patients with PD were randomly allocated to an intervention group (standard CBGT plus four sessions using cognitive techniques for coping and resilience) or a control group (standard CBGT). PD symptom severity was measured before and after CBGT. The Coping Strategies Inventory (CSI) and the Resilience Scale were used to identify coping and resilience strategies, respectively. QOL was assessed using the WHOQOL-bref. The study was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (protocol no. 140379) After the handbook was prepared, a pilot group of seven patients evaluated the four additional sessions and contributed with suggestions for the final version. The clinical trial was then conducted with 100 selected patients (50 patients in each group). Thirty-six (72%) patients in the intervention group and 29 (58%) controls completed the CBGT sessions. Both groups showed a significant improvement in PD symptoms in all outcome measures over time, but with no time*group interaction. After the CBGT sessions, anxiety symptoms (pgroup=0.016), depression (pgroup=0.025), and use of benzodiazepines (ptime*group<0.001) significantly decreased in the intervention group compared to the control group. There was a significant positive change in the more adaptive coping strategies and in all QOL domains (ptime<0.001), but with no between-group difference. Except for the environment domain, there was a significant increase considering time*group interaction (ptime*group=0.027). Resilience showed a significant increase after CBGT in the intervention group (pgroup=0.041), with time*group interaction (ptime*group=0.027). Therefore, the effectiveness of CBGT in improving PD symptoms was confirmed, and adding sessions to the standard CBGT protocol proved to be a feasible and effective measure to improve resilience and QOL aspects in patients with PD. However, follow-up studies are required to assess the effects of the intervention on PD outcomes such as relapse. / El trastorno de pánico (TP) es una condición crónica y recurrente, acompañada de síntomas físicos y cognitivos que perjudican la calidad de vida y el funcionamiento psicosocial del paciente. Pese al tratamiento eficaz con medicamentos y terapia cognitivo-conductual (TCC), la recurrencia de los síntomas es frecuente. La falla de afrontamiento o coping de eventos estresores ha sido apuntada como un disparador de este desenlace. El protocolo actual de 12 sesiones de TCC en grupo (TCCG) es específico para síntomas de TP y no trata de estrategias cognitivas de coping y de resiliencia. El objetivo de esta investigación fue evaluar la respuesta a corto plazo a la adición de estrategias de coping y de resiliencia al protocolo estándar de TCCG para TP. Se trata de un estudio con método mixto, desarrollado en dos etapas: primeramente, se realizó una investigación metodológica para el desarrollo y la evaluación da clareza de un protocolo con cuatro sesiones de TCCG, organizadas en un manual; la segunda etapa consistió en un ensayo clínico controlado con pacientes con TP asignados aleatoriamente al grupo intervención (TCCG estándar más cuatro sesiones de intervención con estrategias cognitivas de coping y resiliencia) o al grupo control (TCCG estándar). Se mensuró la gravedad de los síntomas de TP antes y después de la TCCG. Para identificar las estrategias de coping y de resiliencia, se aplicó el Inventario de Estrategias de Coping (IEC) e la Escala de Resiliencia, respectivamente. La calidad de vida (CV) se evaluó por la WHOQOL-bref. El estudio ha sido aprobado por el Comité de Ética en Investigación de Hospital de Clínicas de Porto Alegre (no. 140379) Tras la elaboración del manual, un grupopiloto de siete pacientes evaluó las cuatro sesiones y contribuyó con sugerencias para la versión final. A continuación, se realizó el ensayo clínico con 100 pacientes seleccionados y asignados en número de 50 para cada grupo. Un total de 36 (72%) pacientes del grupo intervención y 29 (58%) del grupo control concluyeron las sesiones de TCCG. Se observó que ambos grupos tuvieron una mejora significativa de los síntomas de TP a lo longo del tiempo en todas las medidas de desenlace, pero sin interacción tiempo vs. grupo. Tras la TCCG, los síntomas de ansiedad (pgrupo=0,016), depresión (pgrupo=0,025) y uso de benzodiazepínicos (ptiempo*grupo<0,001) fueron significativamente menores en el grupo intervención que en el grupo control. Hubo un cambio significativo positivo en las estrategias de coping más adaptativas y en todos los dominios de CV (ptiempo<0,001), pero sin diferencia entre los grupos. Excepto para el dominio medio ambiente, el aumento fue significativo, considerándose la interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). La resiliencia presentó un aumento significativo tras la TCCG en el grupo intervención (pgrupo=0,041), con interacción tiempo vs. grupo (ptiempo vs. grupo=0,027). Así, se confirmó la efectividad de la TCCG para mejora de los síntomas de TP, y añadir las sesiones al protocolo estándar de TCCG se mostró una medida viable y efectiva para mejorar la capacidad de resiliencia y de aspectos de CV de los pacientes con TP. Sin embargo, son necesarios estudios de seguimiento para que se verifiquen los efectos de la intervención en desenlaces de TP como recurrencia.
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Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivo

Behenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
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Avaliação dos fatores terapêuticos de grupo e a resposta à terapia cognitivo-comportamental para transtorno de pânico e transtorno obsessivo compulsivo / Group therapeutic factors assessment and response to cognitive behavioral assessment therapy for panic disorder and obsessive compulsive disorder / Evaluación de factores terapéuticos de grupo y respuesta a la terapia cognitivo-actitudinal para el trastorno de pánico y el trastorno obsesivo compulsivo

Behenck, Andressa da Silva January 2015 (has links)
Estudos evidenciam a eficácia da terapia cognitivo-comportamental em grupo (TCCG) para pacientes com transtorno de pânico (TP) e para pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). O processo das terapias em grupo é complexo e apresentam fatores considerados terapêuticos por facilitarem novas aprendizagens. Entretanto, estudos sobre o processo terapêutico de TCCG ainda são escassos. Os objetivos deste estudo foram: avaliar o efeito dos fatores terapêuticos na resposta à TCCG para pacientes com TP e para pacientes com TOC; identificar e relacionar os fatores terapêuticos que ocorrem na TCCG com a fase e as técnicas cognitivo-comportamentais. Trata-se de um ensaio clínico de 12 sessões de TCCG para TP e para TOC. A gravidade dos sintomas foi avaliada antes e depois da TCCG. Em pacientes com TP, utilizou-se a Escala de gravidade do TP (PDSS), a Impressão Clínica Global (CGI), a Hamilton Ansiedade (HAM-A) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). Em pacientes com TOC, a gravidade específica foi avaliada pela Escala Obsessivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) e pela CGI, bem como pela HAM-A e pelo BDI. O Questionário de Fatores Terapêuticos de Yalom foi aplicado no final de cada sessão para avaliar os 12 fatores: altruísmo, coesão, universalidade, aprendizagem interpessoal-input, aprendizagem interpessoal-output, orientação, catarse, identificação, redefinição familiar, autocompreensão, instilação de esperança e fatores existenciais. O estudo foi aprovado pelo CEP/HCPA (nº 130400). Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A amostra foi composta por 31 pacientes, sendo 16 no grupo do TP com idade média de 36,2(DP=9,98) anos e 15 pacientes no grupo do TOC com idade média de 37,4(DP=11,10) anos. Os fatores terapêuticos totalizaram 192 observações no grupo do TP e 180 no grupo do TOC. Houve melhora significativa da gravidade dos sintomas de ansiedade, depressivos e específicos comparados com a avaliação inicial em ambos os grupos (p<0,001). Oito fatores foram considerados de utilidade significativa para os pacientes ao longo das sessões do grupo do TP. Observou-se interação significativa no grupo dos pacientes com TP entre o efeito do fator reedição familiar na melhora dos sintomas de ansiedade e depressivos. Os fatores existenciais foram significativos com a melhora dos sintomas depressivos e com os específicos do TP verificado pela PDSS. Quanto à CGI no TP, não se verificou interação significativa com nenhum fator terapêutico. No grupo de pacientes com TOC, os fatores considerados mais úteis foram dois. Constatou-se interação significativa no grupo do TOC entre o efeito de nove fatores e a melhora dos sintomas de ansiedade, porém nenhuma interção com sintomas depressivos. Também houve interação significativa entre a melhora dos sintomas obsessivo-compulsivos verificado pela YBOCS com altruísmo, universalidade, aprendizagem interpessoal-input e output, reedição familiar, autocompreensão e fatores existenciais. Quanto à CGI no TOC, houve interação significativa com os fatores aprendizagem interpessoal-input, autocompreensão e fatores existenciais. Os resultados demonstram que fatores terapêuticos de grupo influenciam positivamente a resposta da TCCG para ambos os grupos. Contudo, existem diferenças de efeito a serem consideradas para que haja melhor compreensão do processo terapêutico e aprimoramento da terapia de grupo. / Studies have demonstrated the effectiveness of cognitive-behavioral group therapy (CBGT) for patients with panic disorder (PD) and those with obsessive-compulsive disorder (OCD). The group therapy process is complex and has factors deemed to be therapeutic, in that they facilitate new learning. However, studies on the CBGT therapeutic process are still scarce. The objectives of this study were: assess the effect of therapeutic factors in the response to CBGT of PD patients and OCD patients; identify and relate the therapeutic factors that occur in CBGT with the stage and cognitive-behavioral techniques. This study is a clinical trial involving 12 CBGT sessions for PD and OCD. Severity of symptoms was assessed before and after CBGT. In PD patients, the PD Severity Scale (PDSS), Clinical Global Impression (CGI), Hamilton Anxiety Scale (HAM-A) and Beck Depression Inventory (BDI) were used. In OCD patients, specific severity was assessed using the Yale-Brown Obsessive Compulsive Scale (Y-BOCS), CGI, HAM-A and BDI. Yalom's Curative Factors Questionnaire was administered at the end of each session to evaluate 12 factors, namely: altruism, cohesiveness, universality, interpersonal learning input, interpersonal learning output, guidance, catharsis, identification, family re-enactment, self-understanding, instillation of hope and existential factors. The study was approved by the CEP/HCPA (No. 130400). All patients signed a free and informed consent form. The sample consisted of 31 patients: 16 in the PD group with a mean age of 36.2 (SD=9.98) years and 15 patients in the OCD group with a mean age of 37.4 (SD=11.10) years. The therapeutic factors totaled 192 observations in the PD group and 180 in the OCD group. There was significant improvement in severity of symptoms of anxiety, depression and specific ones, compared to the baseline assessment in both groups (p<0.001). Eight factors were considered to provide significant benefits to patients over the course of the PD group sessions. There was significant interaction in the PD group related to the effect of the family re-enactment factor in improving the symptoms of anxiety and depression. Existential factors were significant in the improvement of depressive symptoms and PD-specific ones as seen with the PDSS. As far as CGI in the PD group, no significant interaction with any therapeutic factor was noted. In the OCD group, two factors were considered to be the most helpful. There was significant interaction in the OCD group between the effect of nine factors and improvement of the symptoms of anxiety. However, no interaction with depressive symptoms was noted. There was also significant interaction between improvement in obsessive-compulsive symptoms as seen with the YBOCS, in terms of altruism, universality, interpersonal learning input and output, family re-enactment, self-understanding and existential factors. With respect to CGI in the OCD group, there was significant interaction with the factors of interpersonal learning input, self-understanding and existential factors. The results show that group therapeutic factors positively influence the response to CBGT in both groups. However, there are differences of effect to be considered, in order to better understand the therapeutic process and improve group therapy. / Estudios evidencian la eficacia de la terapia cognitivo-actitudinal en grupo (TCCG) para pacientes con trastorno de pánico (TP) y para pacientes con trastorno obsesivo-compulsivo (TOC). El proceso de las terapias en grupo es complejo y presenta factores considerados terapéuticos por facilitar nuevos aprendizajes. Sin embargo, estudios sobre el proceso terapéutico de TCCG todavía son escasos. Los objetivos de este estudio fueron: evaluar el efecto de los factores terapéuticos en la respuesta a la TCCG para pacientes con TP y para pacientes con TOC; identificar y relacionar los factores terapéuticos que ocurren en la TCCG con la etapa y las técnicas cognitivo-actitudinales. Se trata de un ensayo clínico de 12 sesiones de TCCG para TP y para TOC. La gravedad de los síntomas se la evaluó antes y después de la TCCG. En conjunto con TP, se utilizó la Escala de Gravedad del TP (PDSS), la Impresión Clínica Global (CGI), la Hamilton Ansiedad (HAM-A) y el Inventario de Depresión de Beck (BDI). En pacientes con TOC, la gravedad específica fue evaluada por la Escala Obsesivo-Compulsivo de Yale-Brown (Y-BOCS) y por la CGI, así como por la HAM-A y por el BDI. El cuestionario de factores terapéuticos de Yalom se aplicó al final de cada sesión para evaluar los 12 factores, a saber: altruismo, cohesión, universalidad, aprendizaje interpersonal-input aprendizaje interpersonal- output, orientación, catarsis, identificación, redefinición familiar, autocomprensión, instilación de esperanza y factores existenciales. El estudio lo aprobó el CEP/HCPA (nº 130400). Todos los pacientes firmaron el término de consentimiento libre y aclarado. La muestra estuvo compuesta por 31 pacientes, 16 en el grupo do TP con edad promedio de 36,2(DP=9,98) años y 15 pacientes en el grupo do TOC con promedio de edad de 37,4(DP=11,10) años. Los factores terapéuticos totalizaron 192 observaciones en el grupo del TP y 180 en el grupo del TOC. Hubo mejora significativa de la gravedad de los síntomas de ansiedad, depresivos y específicos comparados con la evaluación inicial en ambos grupos (p<0,001). Ocho factores fueron considerados de utilidad significativa para los pacientes a lo largo de las sesiones del grupo del TP. Se observó interacción significativa en el grupo de los pacientes con TP entre el efecto del factor reedición familiar en la mejora de los síntomas de ansiedad y depresivos. Los factores existenciales fueron significativos con la mejora de los síntomas depresivos y con los específicos del TP verificado por la PDSS. Cuanto a la CGI en el TP, no se verificó interacción significativa con ningún factor terapéutico. En el grupo de pacientes con TOC, los factores considerados más útiles fueron dos. Se constató interacción significativa en el grupo del TOC entre el efecto de nueve factores y la mejora de los síntomas de ansiedad, pero ninguna interacción con síntomas depresivos. También hubo interacción significativa entre la mejora de los síntomas obsesivo-compulsivos verificado por la YBOCS con altruismo, universalidad, aprendizaje interpersonal input y output reedición familiar, autocomprensión y factores existenciales. Cuanto a la CGI en el TOC, hubo interacción significativa con los factores aprendizaje interpersonal input, autocomprensión y factores existenciales. Los resultados demuestran que factores terapéuticos de grupo influyen positivamente la respuesta de la TCCG para ambos grupos. Sin embargo, existen diferencias de efecto a ser consideradas para que haya mejor comprensión del proceso terapéutico y perfeccionamiento de la terapia de grupo.
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Envolvimento dos sistemas glutamatérgico, endocanabinoide e endovaniloide do córtex pré-frontal medial no modelo de dor neuropática e na comorbidade dor crônica e ansiedade/pânico / Involvement of the glutamatergic, endocannabinoid and endovanyloid systems of the medial prefrontal cortex in the neuropathic pain model and chronic pain and anxiety/panic comorbidities

Priscila de Medeiros 05 December 2017 (has links)
A dor crônica (DC) é um problema global de saúde. A incidência da DC no mundo oscila entre 7 e 40% da população e, como consequência da mesma, cerca de 50 a 60% dos que sofrem dela ficam parcial ou totalmente incapacitados, de maneira transitória ou permanente, comprometendo de modo significativo a qualidade de vida. Sabe-se que a divisão pré-límbica (PrL) do córtex pré-frontal medial (CPFM) é uma região importante na elaboração da dor e de seus aspectos cognitivos e emocionais. Há evidências que a DC de origem neuropática (DN) é capaz de provocar mudanças morfológicas, resultando em uma reorganização nas redes neurais do CPFM, e existe alta relação de comorbidade entre ansiedade e DC. Sendo assim, necessita-se de estudos que forneçam aprimoramento dos modelos animais em DC para que, assim, investiguem-se as bases neuroanatômicas, neurofisiológicas e psicofarmacológicas da DN e a participação de áreas corticais na gênese e manutenção da dor. Para isso, o presente trabalho foi dividido em três etapas: 1) Avaliação dos aspectos nociceptivos, motores e afetivo-cognitivos de ratos submetidos a um modelo adaptado de injúria por constrição crônica do nervo isquiático (CCI: uma ligadura) comparando com o modelo clássico de Bennett e Xie (CCI: quatro ligaduras): nossos resultados mostraram que o modelo adaptado de CCI produziu hipersensibilidade ao frio (teste de acetona) e alodinia mecânica (teste de von Frey) semelhante ao causado pelo modelo de CCI com quatro ligaduras. Ambos os grupos CCI apresentaram comportamento do tipo ansioso, depressivo e déficits cognitivos, utilizando-se o modelo de campo aberto (open field), teste de nado forçado e teste de reconhecimento de objeto, respectivamente. Contudo, o modelo adaptado pode ser uma melhor opção, visto que uma simples ligadura não provoca prejuízos motores, nem tampouco o comportamento de autotomia, diferentemente dos animais com CCI em que foram realizadas 4 ligaduras. 2) A - Estudo do efeito da Indometacina (2mg/kg), um antiinflamatório não-esteroidal, administrada por via periférica (IP) sobre a DN: a indometacina diminuiu a alodinia mecânica no primeiro, segundo e quarto dias, mas não no décimo quarto, vigésimo primeiro e vigésimo oitavo dias após a CCI adaptada (1 ligadura). Esses dados sugerem que a COX-1 e a COX-2 estão envolvidas na mediação da indução, mas não na manutenção da DN. B - Envolvimento do córtex PrL sobre a geração, potencialização e manutenção da DN, através da microinjeção local de cloreto de cobalto (CoCl2: 1mM/200nL), um bloqueador do influxo de cálcio (causando bloqueio de sinapses). O CoCl2 atenuou a alodinia mecânica no vigésimo primeiro e vigésimo oitavo, mas não no sétimo e décimo quarto dias após a CCI com 1 ligadura. Nossos dados também indicam que córtex PrL participa na elaboração da fase tardia da alodinia mecânica em nosso modelo adaptado de DN. C - Investigação do papel do sistema glutamatérgico, endocanabinoide e endovaniloide do córtex PrL sobre a alodinia mecânica 21 dias após a CCI adaptada. Os presentes resultados mostraram que a microinjeção do agonista N-metil D-Aspartato (NMDA), nas concentrações de 1 e 4 nmol, foi capaz de aumentar a alodinia mecânica durante o teste de von Frey, enquanto que um antagonista de receptores de aminoácidos excitatórios do tipo NMDA, o LY235959, diminuiu a alodinia mecânica quando microinjetado na maior dose (8nmol) no córtex PrL. O AM251, um antagonista de receptores endocanabinoides do tipo CB1, aumentou a alodinia mecânica em todas as doses (50, 100 e 200pmol) quando microinjetado no PrL. O tratamento do PrL com a menor concentração de anandamida (AEA: 5pmol) não alterou a alodinia mecânica; contudo, a administração de AEA no PrL nas doses intermediárias (de 50 e de 100pmol) reduziu a alodinia mecânica, e este efeito foi bloqueado pelo pré-tratamento do PrL com AM251 (200pmol). Digno de nota, o tratamento do PrL com a maior dose de AEA (200pmol) aumentou a alodinia mecânica, no entanto, este efeito foi atenuado pelo bloqueio prévio de receptores de potencial transitório vaniloide do tipo 1 (TRPV1), com microinjeções de 6 Iodo-nor-di-hidrocapsaicina (6-I-CPS) na dose de 3pmol no PrL. Esses dados sugerem que o córtex PrL está envolvido na potenciação e manutenção da DN crônica (DNC), através da ativação dos receptores NMDA e dos receptores TRPV1. O efeito da atenuação da alodinia mecânica foi causado pela ativação dos receptores endocanabinoides do tipo CB1 em roedores com DNC após 21 dias da CCI. 3) Investigação da comorbidade entre a DNC com ansiedade/pânico e o efeito dos agonistas e antagonistas de receptores NMDA e CB1 no PrL em roedores confrontados com serpente após 21 dias da CCI pelo método adaptado: o confronto entre roedores e serpentes constrictoras induziu nos ratos respostas relacionadas ao medo, tais como avaliação de risco, imobilidade defensiva e fuga em animais com DNC e Sham. Além disso, após terem sido confrontados com a serpente, os animais com DNC tiveram a alodinia mecânica aumentada. O pré-tratamento do PrL com NMDA (4nmol) aumentou o índice e porcentagem de avaliação de risco e a porcentagem de fuga, e a dose intermediária de NMDA (1nmol) aumentou o índice de fuga em animais neuropáticos confrontados com uma serpente constrictora. Além disso, a alodinia mecânica foi intensificada após o confronto em animais que receberam NMDA (4nmol) no PrL. Adicionalmente, os animais tratados com LY235959 diminuíram os comportamentos defensivos apresentados por animais com DNC quando confrontados com a salamanta. Além disso, esses animais pré-tratados com o antagonista de receptores NMDA tiveram seus limiares de von Frey aumentados após o confronto. O bloqueio de receptores endocanabionoides do tipo CB1, com o antagonista AM251, aumentou o comportamento de avaliação de riscos dos animais com DN crônica durante a exposição com a serpente e tiveram seus limiares de retirada de pata no teste de von Frey diminuídos após o confronto. Contudo, o pré-tratamento do PrL com AEA (100pmol) diminuiu os comportamentos defensivos de avaliação de risco, imobilidade defensiva e de fuga dos animais com DNC confrontados com a serpente, e esses animais também apresentaram aumento do limiar de retirada de pata no teste de von Frey após o confronto. Interessantemente, a dose de AEA (200pmol) não alterou comportamento defensivo, mas agravou DNC, através da diminuição do limiar de alodinia mecânica, apresentando um clássico efeito em \"U invertido\", pois menor e a maior dose de AEA (50 e 200pmol) induziram valores de comportamentos defensivo elevados, semelhante ao controle (veículo). Concluindo, os presentes dados obtidos no nosso trabalho, sugerem que o modelo adaptado de CCI, através da realização de uma ligadura do nervo isquiático, é um modelo animal eficaz para se estudarem as comorbidades entre DC e alterações cognitivas e emocionais. A diminuição da atividade das enzimas COX-1 e COX-2 atenuou a alodinia mecânica apenas durante a gênese da DN. Além disso, evidenciou-se que o córtex PrL é recrutado para elaborar a DN durante sua manutenção e potencialização. A ativação dos receptores glutamatérgicos do tipo NMDA e vaniloides do tipo TRPV1 potencializam a DNC e o sistema endocanabinoide via receptor CB1 a diminui. Finalmente, roedores com DNC tiveram seus limiares de alodinia mecânica diminuídos após o confronto com a serpente. Os comportamentos defensivos foram intensificados em animais com DNC, mostrando, assim, o estabelecimento da comorbidade entre DC e ansiedade/pânico e a participação do neocórtex na elaboração da DNC, em um modelo de neuropatia periférica induzida pela constrição crônica no nervo isquiático em ratos Wistar. A comorbidade entre ansiedade/pânico e DNC sensibiliza os animais, agravando o quadro de dor crônica. / Chronic pain (CP) is a global health problem. The incidence of CP in the world ranges from 7 to 40% of the population and, as a consequence, about 50% to 60% of those suffering from it are partially or totally incapacitated, in a transitory or permanent manner significantly compromising the quality of life. The prelimbic (PrL) division of the medial prefrontal cortex (mPFC) is an important region for the elaboration of cognitive and emotional aspects of pain. In addition, chronic neuropathic pain (CNP) can induce morphological changes, resulting in a reorganisation in the mPFC neurons. Moreover, there is an intrinsic relation between CP and anxiety disorder. Our study aims to investigate the effects of a modification of an animal model of CP and evaluate the neuroanatomical and pharmacological bases of neuropathic pain (NP). The role played by PrL cortex in the modulation of CNP was also investigated. Thus, the present work was divided into three steps: 1) Ethological analysis of nociceptive, motor and affective-cognitive aspects of rats submitted to an adapted model of chronic constriction of the ischiadicus nervus (CCI: a simple ligature) compared with the classic CCI model performed by Bennett and Xie (CCI: four ligatures): our results showed that the adapted-CCI model produced cold hypersensitivity and mechanical allodynia similar to those described in laboratory animals submitted to the model with four ligatures of the ischiadicus nervus. Both CCI groups displayed anxiety- and depression-like responses, and cognitive deficits, in the the open field test, forced swim test and object recognition test, respectively. However, the adapted model of CCI used in the present work may be a better choice, since a simple ligature of the ischiadicus nervus cause neither motor deficits, nor autotomy behaviour, unlike the animals with CCI induced by four ligatures of spinal nerves. 2) A- Effect of Indomethacin (2mg/kg) a non-steroidal anti-inflammatory drug peripherally administered (IP) on NP: The peripheral treatment with indomethacin reduced mechanical allodynia on the first, second, and fourth days, but not on the fourteenth, twenty-first, and twenty-eighth days after adapted CCI. These findings suggest that COX-1 and COX-2 are involved in the mediation of NP induction, but not in the maintainance of NP. B- Involvement of the PrL cortex on the generation, potentiation and maintenance of DN, through the microinjection of cobalt chloride (CoCl2: 1mM/200nL), a calcium influx blocker (synapse blocker): CoCl2 attenuated mechanical allodynia at twenty-first and twenty-eighth, but not at seventh and fourteenth days after CCI. Our data also indicate that PrL cortex participates in the elaboration of the chronic phase of mechanical allodynia in our adapted NP model. C- The role of the glutamatergic, endocannabinoid and endovanniloid systems of the PrL cortex on mechanical allodynia 21 days after CCI: The present data showed that microinjection of the N-methyl D-Aspartate agonist (NMDA), in a dose of 1 and 4nmol, was able to increase the mechanical allodynia threshold during mechanical stimulation by von Frey test filaments, whereas the NMDA receptors antagonist LY235959 decreased mechanical allodynia when microinjected at the highest dose (8nmol) in the PrL. The PrL cortex pretreatment with the CB1-cannabinoid receptor antagonist AM251 increased mechanical allodynia at all doses (50, 100 and 200 pmol). Microinjections of anandamide (AEA) at the smaller dose (5pmol) in PrL did not cause influence in the mechanical allodynia. However, the PrL treatment with AEA at the intermediate doses (50 and 100pmol) reduced mechanical allodynia and that effect were blocked by the pretreatment of the PrL cortex with AM251 (200pmol). Interestingly, the higher dose of AEA (200pmol) increased mechanical allodynia. Furthermore, this effect was attenuated by the PrL pretreatment with the transient potential receptor antagonist type 1 (TRPV1) ion channel selective antagonist 6 Iodonordihidrocapsaicin (6-I-CPS) in a dose of 3 pmol. These findings suggest that the PrL cortex is involved in the potentiation and maintenance of CNP through the activation of NMDA receptors and TRPV1 receptors in PrL cortex. The effect of attenuation of mechanical allodynia was caused by the activation of CB1 endocannabinoid receptors in rodents with CNP after 21 days of CCI. 3) Investigation of the comorbidity between CNP with anxiety/panic and the effect of NMDA glutamatergic and CB1 endocannabinoid receptors on PrL cortex after 21 days of CCI in rodents. The confrontation between a constrictor snake and the rodent elicited innate fear-related responses in prey, such as risk assessment, defensive immobility, and escape behaviour that were enhanced in CNP rodents and Sham. Also, after a confrontation with a potential predator, the CNP animals increased their mechanical allodynia thresholds. In adition, the microinjection of NMDA (4nmol) PrL, increased innate fear-related responses, such as risk assessment, and the treatment of PrL with NMDA at 1nmol incresed escape behaviour in rodents with CNP. The treatment of the PrL with NMDA in a dose of 4nmol increased the mechanical allodynia threshold during mechanical stimulation by von Frey test filaments, after confrontantion, whereas PrL pretreatment with LY235959 decreased innate fear-related responses, such risk assessment, defensive immobility, and escape behavior and decreased mechanical allodynia when microinjected (4 and 8nmol). The PrL Pretreatment with the CB1-cannabinoid receptor antagonist AM251 (all doses) increased unconditioned fear-related responses, such as risk assessment. Moreover, AM251 (100 and 200pmol) microinjections in the PrL increased mechanical allodynia after prey versus predator confrontation. The microinjections of AEA (100pmol) in the PrL decreased risk assessment, defensive immobility, and escape behaviour and reduced mechanical allodynia. Interestingly, the pretreatment of the PrL with the higher dose of AEA (200pmol) did not change the fear-induced behaviour elicited by predators, but increased the CNP. There was a classical inverted U-shape curve from the lower to the higher dose of AEA. These data suggest that the anxiety/panic and pain comorbidity increases CNP symptoms. The present findings also indicate that the CCI-adapted model, by ischiadicus nervus ligation with a single ligature is an effective animal model for studying comorbidities between CP and cognitive/emotional disturbances. In conclusion, we observed that nonsteroidal anti-inflammatory drugs are efficient to attenuate the mechanical allodynia only during NP genesis. The PrL cortex is recruited during the maintenance and potentiation of NP. The PrL glutamatergic system via NMDA activation and endovaniloid mechanisms related to TRPV1 ion channel activation potentiate CNP, and the endocannabinoid mechanisms via CB1 receptors recruitment decrease the CNP. Finally, rodents with CNP had their mechanical allodynia thresholds decreased after the confrontation with wild snakes. In addition, their defensive behaviours were itemised, thus showing the anxiety/panic and CNP potential comorbidity and the participation of the neocortex in the elaboration of CP in a model of peripheral neuropathy induced by injury of the ischiadicus nervus through its chronic constriction in Wistar rats.
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Medéia - Análise de um caso a luz da teoria do amadurecimento humano de winnicott / Medea: analysis of a case in the light of Winnicott`s Theory of Human Maturation

Procópio, Denise 11 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:39:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PCL - Denise Procopio.pdf: 645504 bytes, checksum: b475715ddd6d1dffee1043b018b70346 (MD5) Previous issue date: 2006-10-11 / Woman who took revenge of the husband by killing her own children. The feature of the character envisaged here is the overmuch dependence that this woman cherishes towards man. In the second place, the analysis of a clinical case of a 40- years old woman who called herself a Medea of life when she looked for therapy. Finally, Winnicott`s Theory of Human Maturation as a theoretic approach useful to understand the case in question. As a result, the articulation of these points points out to the importance of winnicottian clinic as an alternative care to patients with flaws in primitive development, i.e., in preedipic stage, when is at stake the continuity of the being, not sexuality / O presente trabalho parte de três pontos principais. Em primeiro lugar, o mito de Medéia a mulher que mata os filhos para se vingar do marido. O aspecto enfocado na figura da personagem é a excessiva dependência que essa mulher nutre em relação ao homem. Em segundo, a análise de uma mulher de 40 anos que se autodenominou "uma Medéia da vida" ao procurar terapia, utilizando para isso o método clínico. E, finalmente, a Teoria do Amadurecimento Humano de D. W. Winnicott como abordagem teórica para compreender o caso em questão. O resultado da articulação desses pontos aponta para a importância da clínica winnicottiana como uma alternativa para cuidados com pacientes com falhas no desenvolvimento primitivo, ou seja, na fase pré-edípica, quando o que está em jogo é a continuidade do ser e não a sexualidade

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