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Poéticas de Si: Autobiografia como estratégia artística de subversão das mulheres / -Santos, Flaviana Benjamin dos 09 November 2018 (has links)
O presente trabalho parte das premissas da relação entre mulheres e a produção de suas autobiografias. Na análise, o diagnóstico se dá pelos diversos seguimentos do dizer que borram as fronteiras do real e do ficcional, numa tentativa de dar luz a processos emancipatórios e artísticos. Inicialmente os estudos encontrados nas correntes literárias descortinam a ausência das mulheres nos espaços e segmentação histórica. Ancorada pela crítica social, a autobiografia se expande da tinta e do papel para as autorrepresentações, em que o corpo é suporte do fazer-se ver. Neste aspecto, o social e o político são usados por elas como manuseio de ações, recorrendo a performance arte, que radicalizaram temas de rechaço social, a partir da estética feminista. O campo de atuação deste diagnóstico toma, como aporte, Argentina e Brasil, nos movimentos de protesto que ajudam a pensar os espaços tensionados por elas, através de suas autobiografias, reverberando assim, um salto da singularidade para a multiplicidade de experiências pessoais potencializadas no coletivo. É, por meio do coletivo, que as experiências artísticas da pesquisadora - autobiográfica e solo - ganham relações em um corpo conjunto. Pelo material colhido nas ruas, delineia as estratégias do dizer subversivo. Um panorama que revela avanços, escolhas e modos de viver e existir. / El presente trabajo parte de las premisas encontradas por las mujeres concernientes a sus autobiografías. En el análisis, el diagnóstico se da a través de los diversos seguimientos del discurso que borran las fronteras de lo real y ficcional en un intento de dar luz a procesos emancipatorios. Se parte inicialmente de los estudios encontrados en las corrientes literarias que revelan la ausencia de mujeres en los ámbitos y segmentación histórica. Arraigada por la crítica social, la autobiografía se expande desde la tinta y el papel hacia las auto-representaciones en las que el cuerpo es un soporte para hacerse ver. En este aspecto, tanto lo social como lo político es usado por ellas, como un manoseo de acciones a través del arte de la performance que radicalizan temas de rechazo social, por medio de la estética feminista. El campo de acción de este diagnóstico, toma como aporte Argentina y Brasil, en los movimientos de protesta que ayudan a pensar en los espacios puestos en tensión por ellas a través de sus autobiografías en un salto que va desde la singularidad hacia la multiplicidad de experiencias artísticas de la investigadora - autobiográfica y solista - ganan relaciones en un cuerpo colectivo y se apoya en pautas de reivindicación. Tomando como material de las calles la despenalización del aborto como estrategia del discurso subversivo en la instancia de investigación de campo. Un panorama que revela avances, elecciones y modos de vivir y de existir.
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Catatau: um \'romance de protesto\' barroco e carnavalizado / Catatau: a \'novel of protest\' baroque and carnivalizedToledo, Paulo Cesar de 28 November 2014 (has links)
O Catatau foi escrito entre 1966 e 1975, período em que o Brasil estava sob uma hedionda ditadura militar. No mesmo período, a cultura do país vivia um de seus momentos mais ricos e intensos, oferecendo aos brasileiros manifestações como a Tropicália, o Cinema Novo, o Teatro Oficina, o Cinema Marginal etc. Nosso trabalho pretende demonstrar como o Catatau se situa nesse contexto histórico e, principalmente, como produz uma crítica política ao regime de exceção. Devido a esse posicionamento crítico diante do poder autoritário, acreditamos que o Catatau pode ser considerado um romance de protesto e não apenas uma obra experimental ou de vanguarda, como usualmente o livro de Leminski é abordado. Porém, diferentemente dos outros romances de protesto escritos no período chamado pós-64, o Catatau se caracteriza por sua linguagem barroca e pela filiação à longa tradição da literatura carnavalizada. Utilizamos como suporte teórico para a análise do barroco principalmente o trabalho de Severo Sarduy. E para a análise da carnavalização adotamos especialmente os conceitos de Mikhail Bakhtin apresentados nas obras Problemas da poética de Dostoiévski e A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais e também o importante livro de Enylton de Sá Rego, O calundu e a panaceia, no qual o autor estuda as relações entre a obra machadiana e a sátira menipeia. / Catatau was written between 1966 and 1975, a period when Brazil was under a hideous military dictatorship. In the same period, the Brazilian culture lived one of its richest and most intense moments, producing manifestations as Tropicália, Cinema Novo, Teatro Oficina, Cinema Marginal etc. Our work aims to demonstrate how Catatau is situated in that historical context and especially how it produces a political critique of the authoritarian regime. Due its critical position on the authoritarian power, we believe Catatau may be considered a \"novel of protest\" and not just an experimental or avant-garde work, as usually Catatau is considered. However, unlike the other \"novels of protest\" written during the period called \"post-64\", Catatau is characterized by its baroque language and its affiliation with the long tradition of carnivalized literature. The theoretical support for the analysis of the baroque is mainly the work of Severo Sarduy. And to the analysis of carnivalization we adopted especially the concepts of Mikhail Bakhtin presented in the books Problems of Dostoevsky\'s poetics and François Rabelais and Popular culture in the Middle Ages and the Renaissance and also the important work of Enylton de Sá Rego, O calundu e a panaceia, in which the author studies the relationships between Machado de Assis\'s work and the menippean satire.
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Mudanças e permanências: a indústria cultural e os anos 60 em I\'m Not There, de Todd Haynes / Changes and continuities: the cultural industry and the 1960s in Im Not There, by Todd HaynesGramani, Giuliana 03 April 2014 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo analisar o filme Im Not There (Não estou lá, EUA, 2007), dirigido pelo norte-americano Todd Haynes. A análise terá como seu principal objetivo detectar o tema central da obra, que retrata a vida e carreira de Bob Dylan através de seis personagens bastante distintos. Para isso, serão observados mais minuciosamente três personagens da película, os mais ligados ao universo musical, a saber, o menino que se apresenta como Woody Guthrie, Jack Rollins e Jude Quinn. Os outros três personagens (Robbie Clark, Arthur Rimbaud e Billy the Kid) serão discutidos à medida que suscitam temas relevantes para a compreensão da obra. Tal análise permite concluir que o tema central de Im Not There é a indústria cultural. A partir disso, é possível então ver de que maneira essa questão é abordada pelo filme e como ela serve de ponto de partida para uma discussão mais ampla, sobre o panorama social e político da década de 1960 nos Estados Unidos. Por fim, será debatida a importância de um filme contemporâneo ter como mote os anos 60 e como o próprio Im Not There, enquanto objeto de cultura, se relaciona com a discussão que ele próprio propõe sobre a indústria cultural / The aim of the present work is to analyze the movie Im Not There (USA, 2007), by the American director Todd Haynes. The analysis will have as its main goal pinpointing the central theme of the movie, which portrays the life and career of Bob Dylan through six very distinct characters. Therefore, three characters will be thoroughly observed, the ones more closely connected to the musical universe, namely the boy who presents himself as Woody Guthrie, Jack Rollins and Jude Quinn. The other three characters (Robbie Clark, Arthur Rimbaud and Billy the Kid) will be discussed insofar as they raise relevant issues for understanding the film. This analysis leads to the conclusion that the main topic in Im Not There is the culture industry. It is thus possible to see in which way the movie deals with this issue and how the theme works as a starting point for a broader discussion concerning the social and political panorama of the 1960s in the United States. Finally, it is necessary to debate the importance of a contemporary movie having as its topic the 1960s and how Im Not There itself, as a cultural object, relates to the discussion it proposes regarding the culture industry
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Cruzes em Copacabana: a cena midiática das manifestações de protesto na praia mais famosa do BrasilCorrêa, Wagner 22 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-22 / This analysis aims at investigating the protests through crosses that occur on Copacabana Beach. The events, organized from the 2000s, do not rely on the presence of protesters, diverging from the traditional form of protest involving overcrowding, banners with messages, slogans and interrupt flows. NGOs, associations and civic groups are responsible for organizing the demonstrations, which always manage spaces in the media. It seeks the origins of this form of protest and its relation to the space where it occurs. It will also raise a history of Copacabana Beach, taking into account the dialectic between the meanings of life and death of some of its most important symbols. Furthermore, the work analyzes the dynamics embedded in the daily ritual space, the subjective aspects relevant to political and religious practices conducted in a location that propagates the utopian picture of the perfect place. The core question of this research is to find out why this type of event that has little to do with local hedonistic feature can attract attention. The assumptions lead us to believe that Copacabana Beach works as a media of far-reaching impact where the protests by crosses are staged. To support this analysis we use extensive bibliography of authors such as Michel Foucault, Paul Zumthor, Mikhail Bakhtin, Yuri Lotman and Manuel Castells / Esta análise tem por objetivo investigar as manifestações de protesto por meio de cruzes que ocorrem na Praia de Copacabana. Os eventos, organizados a partir da década de 2000, não contam com a presença de manifestantes, destoando da forma tradicional de protesto, que envolve aglomeração de pessoas, faixas com mensagens, palavras de ordem e interrupção de fluxos. ONGs, entidades de classe e grupos de civis são os responsáveis pela organização das manifestações, que sempre conseguem espaços na mídia. Buscaremos as origens desse formato de protesto e sua relação com o espaço onde ele ocorre. Levantaremos também um histórico da Praia de Copacabana, levando em consideração a dialética entre as pulsões de vida e de morte de alguns de seus símbolos mais importantes. Analisaremos ainda a dinâmica de ritual embutida no cotidiano do espaço, os aspectos subjetivos pertinentes às práticas políticas e religiosas exercidas em um local que propaga a imagem utópica de lugar perfeito no mundo todo. A questão central desta investigação é descobrir por que esse tipo de manifestação, que pouco tem a ver com a característica hedonista local, consegue chamar a atenção. As hipóteses nos levam a crer que a Praia de Copacabana é uma mídia de grande potencial e as manifestações por meio de cruzes referem-se a um modelo de encenação. Para embasar esta análise utilizaremos vasta bibliografia de autores como Michel Foucault, Paul Zumthor, Mikhail Bakhtin, Iuri Lotman e Manuel Castells
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Campos de batalha jornalística : os enquadramentos construídos por Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21 na luta pela (i)legitimidade do ciclo de manifestações de 2013, em Porto Alegre/RSFernandes, Eduardo Georjão January 2016 (has links)
O tema desta pesquisa são as disputas travadas por veículos midiáticos na cobertura a ações de movimentos sociais. Busca-se, empiricamente, identificar os enquadramentos interpretativos construídos por três jornais (Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21) sobre o ciclo de protestos de 2013, em Porto Alegre/RS, em especial no que se refere às interações entre manifestantes e aparato policial. Metodologicamente, foi construído um banco de dados com todas as publicações de cada jornal, na cobertura ao ciclo de manifestações, bem como foram entrevistados(as) jornalistas responsáveis pela produção do conteúdo dessas publicações. Após a organização e a quantificação do corpus de dados, com a identificação de tendências de cobertura, foram selecionados eventos específicos de protesto (ocorridos em 27 de março, 04 de abril, 13 de junho e 20 de junho), bem como as “retrospectivas” de final de ano, para análise de conteúdo. A convergência entre o material empírico e os referenciais teóricos resultou em três dimensões centrais: a identidade dos(as) manifestantes; a caracterização da(s) reivindicação(ões) do protesto; as interações entre manifestantes e policiais. A partir de tais dimensões construiu-se um modelo analítico para operacionalização do estudo. Os resultados da pesquisa indicam que a construção de enquadramentos interpretativos por Zero Hora, Diário Gaúcho e Sul21 foi caracterizada pela multiplicidade de esquemas interpretativos. Essa multiplicidade diz respeito a diferenças (a) entre os conteúdos de cada jornal e a (b) transformações de enquadramento no curso das mobilizações. Zero Hora e Diário Gaúcho produziram enquadramentos similares. Inicialmente, as coberturas de ambos os jornais centraram-se na identificação de repertórios de dano a patrimônios por manifestantes, tomando-se a manifestação (denominada “baderna”) como ilegítima. Ao longo do ano, Zero Hora e Diário Gaúcho delimitaram uma distinção entre “manifestantes pacíficos” e um grupo específico - qualificado pelo termo “vândalos” -, o qual foi considerado responsabilizável pela realização de repertórios de dano a patrimônios. A referida transformação de enquadramento denotou uma autonomização deste repertório específico (tomado como ilegítimo) em relação à manifestação (considerada legítima). O Sul21 caracterizou-se, diversamente, pela ênfase, desde o início do ano, no questionamento à ação policial de repressão às mobilizações. Os protestos, por outro turno, foram invariavelmente considerados legítimos pelo Sul21. Por fim, as “retrospectivas” de final de ano indicaram similaridades no enquadramento de todos os jornais, com a construção de uma síntese interpretativa hegemônica a respeito do ciclo de protestos. A partir da análise de dados, formulou-se a seguinte tipologia dos enquadramentos interpretativos adotados em diferentes momentos do ano: “Manifestação como afronta à ordem”; “Polícia como instituição violenta”; “Maioria de manifestantes pacíficos em oposição à minoria de manifestantes violentos”; “Maioria de manifestantes pacíficos em oposição à minoria de manifestantes violentos e a uma polícia violenta”. A análise cronológica denotou disputas entre esses diferentes modelos de cobertura, com a constituição de um “campo de batalha” interpretativo. / The subject of this research is the disputes promoted by media vehicles at the coverage of social movements actions. We seek to, empirically, identify the interpretative frameworks built by three newspapers (Zero Hora, Diário Gaúcho and Sul21) about the 2013 protests cycle, in Porto Alegre/RS, in particular in what it refers to the interactions between protesters and police apparatus. Methodologically, we constructed a database with all the publications of each newspaper, at the coverage of the mobilization cycle and we interviewed journalists responsible for producing the content of these publications. After organizing and quantifying the database, identifying coverage trends, we selected specific protest events (occurred on March 27, April 04, June 13 and June 20) and the end-of-the-year "retrospectives" for content analysis. The convergence between empirical data and theoretical references resulted in three central dimensions: the identity of protesters; the characterization of protest claims; the interactions between protesters, and police. From these dimensions we constructed an analytical model for the implementation of the study. The survey results indicate that the construction of interpretative frameworks by Zero Hora, Diário Gaúcho, and Sul21 was characterized by the multiplicity of interpretative schemes. This multiplicity concerns about the differences (a) between the contents of each newspaper and about the (b) framework changes in the course of mobilizations. Zero Hora and Diário Gaúcho produced similar frameworks. Initially, the coverage of both newspapers focused on the identification of repertoires of patrimonial damage by protesters, taking the manifestation (called "hooliganism") as illegitimate. Throughout the year, Zero Hora and Diário Gaúcho delimited a distinction between "peaceful protesters" and a specific group - qualified as "vandals" -, which was considered responsible for conducting repertoires of patrimonial damage. This framework transformation denoted an increasing autonomy of this particular repertoire (taken as illegitimate) in relation with the mobilization itself (considered legitimate). Sul21 was characterized, diversely, by the emphasis, since the beginning of the year, on questioning the police action of repression to the manifestations. The protests, on the other hand, were invariably considered legitimate by Sul21. Finally, the end-of-the-year "retrospectives" indicated similarities between the frameworks of all the newspapers, with the construction of a hegemonic interpretative synthesis about the protest cycle. From the data analysis, we formulated the following typology of interpretative frameworks adopted in different moments of the year: "manifestation as an affront to order"; "Police as a violent institution"; "The majority of peaceful protesters opposed to the minority of violent protesters"; "The majority of peaceful protesters opposed to the minority of violent protesters and opposed to a violent police." The chronological analysis denoted disputes between these different types of coverage, with the establishment of a "battlefield" interpretation.
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Seattle, Praga, Gênova: política anti-globalização pela experiência da ação de rua / Seattle, Praga, Gênova: the anti-globalization movement by the street actionGiovanni, Julia Ruiz Di 17 March 2008 (has links)
Esta dissertação consiste em uma abordagem antropológica do movimento antiglobalização a partir de uma etnografia de relatos, registros e análises de três eventos de protesto: as manifestações de novembro de 1999 contra a Organização Mundial do Comércio em Seattle, as manifestações em Praga contra a reunião do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial em setembro de 2000 e as manifestações contra a reunião do G8 em Gênova, de julho de 2001. O recorte da pesquisa está centrado nas formas da ação de rua, abordadas como práticas significativas a partir de conceitos da antropologia das formas expressivas tais como: performance, drama social e liminaridade. As diferentes táticas de protestos são interpretadas como mediações simbólicas articuladas em relação ao problema do desgaste de formas políticas que marcaram o século precedente. Essa abordagem possibilita tratar com mais recursos o caráter paradoxal do objeto de pesquisa: um \"movimento de movimentos\", cuja definição contém simultaneamente dinâmicas de unificação e diferenciação. / This dissertation consists in an anthropological approach to the anti-globalization movement, starting from an ethnography of stories, registers and analisys of three protest events: the demonstrations of November 1999 against the World Trade Organization in Seattle, the demonstrations in Prague against the International Monetary Fund and World Bank meeting in September 2000, and the demonstrations in against the G8 meeting in Genoa, Italy, in July 2001. The research is centered in the forms of street action, discussed as significative practices through concepts found in the anthropology of expression as: performance, social drama and liminality. The different tactics of protest are interpreted as symbolic mediations articulated in relation to the problem of the fading of political forms as known in the XXth century. This approach offers resources to deal with the paradoxal nature of the research object: a \"movement of movements\" which definition carries simultaneously dynamics of unity and separation.
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Poéticas de Si: Autobiografia como estratégia artística de subversão das mulheres / -Flaviana Benjamin dos Santos 09 November 2018 (has links)
O presente trabalho parte das premissas da relação entre mulheres e a produção de suas autobiografias. Na análise, o diagnóstico se dá pelos diversos seguimentos do dizer que borram as fronteiras do real e do ficcional, numa tentativa de dar luz a processos emancipatórios e artísticos. Inicialmente os estudos encontrados nas correntes literárias descortinam a ausência das mulheres nos espaços e segmentação histórica. Ancorada pela crítica social, a autobiografia se expande da tinta e do papel para as autorrepresentações, em que o corpo é suporte do fazer-se ver. Neste aspecto, o social e o político são usados por elas como manuseio de ações, recorrendo a performance arte, que radicalizaram temas de rechaço social, a partir da estética feminista. O campo de atuação deste diagnóstico toma, como aporte, Argentina e Brasil, nos movimentos de protesto que ajudam a pensar os espaços tensionados por elas, através de suas autobiografias, reverberando assim, um salto da singularidade para a multiplicidade de experiências pessoais potencializadas no coletivo. É, por meio do coletivo, que as experiências artísticas da pesquisadora - autobiográfica e solo - ganham relações em um corpo conjunto. Pelo material colhido nas ruas, delineia as estratégias do dizer subversivo. Um panorama que revela avanços, escolhas e modos de viver e existir. / El presente trabajo parte de las premisas encontradas por las mujeres concernientes a sus autobiografías. En el análisis, el diagnóstico se da a través de los diversos seguimientos del discurso que borran las fronteras de lo real y ficcional en un intento de dar luz a procesos emancipatorios. Se parte inicialmente de los estudios encontrados en las corrientes literarias que revelan la ausencia de mujeres en los ámbitos y segmentación histórica. Arraigada por la crítica social, la autobiografía se expande desde la tinta y el papel hacia las auto-representaciones en las que el cuerpo es un soporte para hacerse ver. En este aspecto, tanto lo social como lo político es usado por ellas, como un manoseo de acciones a través del arte de la performance que radicalizan temas de rechazo social, por medio de la estética feminista. El campo de acción de este diagnóstico, toma como aporte Argentina y Brasil, en los movimientos de protesta que ayudan a pensar en los espacios puestos en tensión por ellas a través de sus autobiografías en un salto que va desde la singularidad hacia la multiplicidad de experiencias artísticas de la investigadora - autobiográfica y solista - ganan relaciones en un cuerpo colectivo y se apoya en pautas de reivindicación. Tomando como material de las calles la despenalización del aborto como estrategia del discurso subversivo en la instancia de investigación de campo. Un panorama que revela avances, elecciones y modos de vivir y de existir.
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Catatau: um \'romance de protesto\' barroco e carnavalizado / Catatau: a \'novel of protest\' baroque and carnivalizedPaulo Cesar de Toledo 28 November 2014 (has links)
O Catatau foi escrito entre 1966 e 1975, período em que o Brasil estava sob uma hedionda ditadura militar. No mesmo período, a cultura do país vivia um de seus momentos mais ricos e intensos, oferecendo aos brasileiros manifestações como a Tropicália, o Cinema Novo, o Teatro Oficina, o Cinema Marginal etc. Nosso trabalho pretende demonstrar como o Catatau se situa nesse contexto histórico e, principalmente, como produz uma crítica política ao regime de exceção. Devido a esse posicionamento crítico diante do poder autoritário, acreditamos que o Catatau pode ser considerado um romance de protesto e não apenas uma obra experimental ou de vanguarda, como usualmente o livro de Leminski é abordado. Porém, diferentemente dos outros romances de protesto escritos no período chamado pós-64, o Catatau se caracteriza por sua linguagem barroca e pela filiação à longa tradição da literatura carnavalizada. Utilizamos como suporte teórico para a análise do barroco principalmente o trabalho de Severo Sarduy. E para a análise da carnavalização adotamos especialmente os conceitos de Mikhail Bakhtin apresentados nas obras Problemas da poética de Dostoiévski e A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais e também o importante livro de Enylton de Sá Rego, O calundu e a panaceia, no qual o autor estuda as relações entre a obra machadiana e a sátira menipeia. / Catatau was written between 1966 and 1975, a period when Brazil was under a hideous military dictatorship. In the same period, the Brazilian culture lived one of its richest and most intense moments, producing manifestations as Tropicália, Cinema Novo, Teatro Oficina, Cinema Marginal etc. Our work aims to demonstrate how Catatau is situated in that historical context and especially how it produces a political critique of the authoritarian regime. Due its critical position on the authoritarian power, we believe Catatau may be considered a \"novel of protest\" and not just an experimental or avant-garde work, as usually Catatau is considered. However, unlike the other \"novels of protest\" written during the period called \"post-64\", Catatau is characterized by its baroque language and its affiliation with the long tradition of carnivalized literature. The theoretical support for the analysis of the baroque is mainly the work of Severo Sarduy. And to the analysis of carnivalization we adopted especially the concepts of Mikhail Bakhtin presented in the books Problems of Dostoevsky\'s poetics and François Rabelais and Popular culture in the Middle Ages and the Renaissance and also the important work of Enylton de Sá Rego, O calundu e a panaceia, in which the author studies the relationships between Machado de Assis\'s work and the menippean satire.
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"Contra tudo isto que está aí": moralismo e política nas manifestações “Fora Dilma” em João PessoaAndrade, Ana Olívia Costa de 29 February 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-02-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This work analyzes the experience and moral values of the participants of the "Fora Dilma" demonstrations organized in the city of João Pessoa in 2015. Demonstrations against the federal government have been taking place in all the capitals of the Brazilian states since March 15, 2015, bringing together thousands of people who, dressed in the colors of the Brazilian flag, are asking for the Impeachment of the current President of the Republic, Dilma Rousseff. The protests were organized mainly by the social networks of anti-government groups, such as: "Revoltados Online", "Vem Pra Rua" and "Movimento Brasil Livre". Based on an analysis of the "Out Dilma" protests in the city of João Pessoa conducted by "Voltados João Pessoa", we sought to analyze how the need to combat corruption is transformed into a moralistic agenda that confirms and recreates elements of a Udenian tradition in Brazilian politics. / Este trabalho analisa a experiência e os valores morais dos participantes das manifestações “Fora Dilma” organizadas na cidade de João Pessoa em 2015. Manifestações contra o governo federal vêm ocorrendo em todas as capitais dos estados brasileiro desde 15 de março de 2015, reunindo milhares de pessoas que, vestidas com as cores da bandeira do Brasil, pedem pelo Impeachment da atual Presidente da República, Dilma Rousseff. Os protestos foram organizados, sobretudo, pelas redes sociais de grupos antigovernistas, como os: “Revoltados Online”, “Vem Pra Rua” e “Movimento Brasil Livre”. A partir de uma análise da organização dos protestos “Fora Dilma” na cidade de João Pessoa, realizada pelo “Voltados João Pessoa”, buscamos analisar como a necessidade de combate à corrupção é transformada numa agenda moralista que confirma e recria elementos de uma tradição udenista na política
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A multidão rouba a cena: o quebra-quebra em Salvador (1981)Ferreira, Edemir Brasil January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Essa dissertação objetiva analisar, os sujeitos, as motivações, as ações e os resultados do episódio conhecido como Quebra-quebra de Salvador em 1981. Baseada em fontes jornalísticas o estudo reconstrói os quatorze dias que abalaram Salvador, analisando dia após dia as ações dos movimentos organizados, dos partidos políticos e da multidão que ousou em roubar a cena, passando a ter um papel protagonista na luta contra o aumento das passagens de ônibus na capital baiana. O estudo aponta ainda, o papel do governo na repressão contra a multidão. Centenas de presos e feridos, mais de quinhentos ônibus depredados, uma dezena incendiado e uma forte turbulência política foram alguns dos saldos dessa batalha. / Salvador
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