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Contextualização epistemológica da psicanálise de Freud / Ajauna Piccoli Brizolla Ferreira ; orientação Cleverson Leite Bastos

Ferreira, Ajauna Piccoli Brizolla January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2006 / Inclui bibliografia / Nesta dissertação, nos propomos a explorar a construção da doutrina psicanalítica a fim de estabelecer de que modo Freud chegou à noção de pulsão como elemento fundante do Inconsciente. O objetivo é apresentar como se dá a passagem, no viés psicanalítico,
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Você é daqui?: a subjetividade de famílias brasileiras em movimento de migração interna

Castro, Ana Laura Rabelo Araújo de [UNESP] 07 December 2005 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:29:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2005-12-07Bitstream added on 2014-06-13T18:38:41Z : No. of bitstreams: 1 castro_alra_me_assis.pdf: 868295 bytes, checksum: 0f9299d10465b3b89126ee37ac7ddfb4 (MD5) / O objetivo do trabalho consiste em investigar a subjetividade de famílias que viveram um processo migratório dentro do território brasileiro, e a reconstrução de um espaço familiar num novo meio social. A análise psicológica do material produzido visa a compreensão da adaptação a este novo ambiente e seus reflexos na formação da subjetividade da família, a apreensão do sentido simbólico da mudança para outra cidade e, por fim, na medida em que compreendemos que conteúdos do inconsciente familiar, que perpassam as gerações, podem influenciar o destino e a vida prática das famílias, buscamos indícios da influência ou não de determinações psíquicas transmitidas de outras gerações, no movimento migratório destes núcleos familiares. Utilizamos como base a teoria psicanalítica de família, mais especificamente o conceito de organizador grupal do psiquismo familiar conhecido como eu familiar. Trabalhamos também considerando a transmissão psíquica, processo que explica como a psique vem a ser determinada pela condição de herdeira da subjetividade humana. Por fim, dentro da ótica da psicologia analítica, desenvolvemos uma análise simbólica e uma amplificação do tema migração, baseada no conceito de individuação. / This research's objective consists on investigating the subjectivity of families wich have lived a migratory process inside the Brazilian territory, and the reconstruction of a familiar space in a new social environment. The psychological analisys of the produced material intends the compreention of the new environment's adaptation and itþs reflex on the family's subjectivity formation, the worry on the symbolic sense of moving to other town, and at last, as we understand that the familiar inconscient contents, wich goes from generation to generation, can affect the destiny and family's practical life, we will look for evidences of this influence or non influence of the psychic determinations transmited throught generations in the migratory movement of those families. The family's psychanalytical theory was used as base, more specificly, the concept of the grupal organizer of familiar psychism, known as the familiar ego. The psychic transmission was considered in this work, the process wich explains how the psych is determined by the human subjectivity hereditary. Finally, based on the theoretical approach of Jung's analytical psychology, we tried to develop a symbolic amplification of a migratory process and the individuation concept.
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Work of Art and Nature in the Transcendental of Freudian Metapsychology in Paul Ricoeur / Obra de arte y naturaleza en la lectura trascendental de la metapsicología freudiana de Paul Ricoeur

Bertorello, Adrián, Bareiro, Julieta 09 April 2018 (has links)
The purpose of this article is to investigate the aporia of the epistemological status of Freudian metapsychology as represented by Ricoeur’s hermeneutics. This aporia centers on the concept of psychic nature as the ultimate target of metapsychological speculation. The question this article addresses is whether the psychic apparatus that emerges from metapsychological speculation responds to a conception of nature that belongs to a physical model or a phenomenological model. This question has an ambiguous answer in Ricoeur’s work. In order to show the ambiguity, we begin by examining the transcendental reading Ricoeur makes of metapsychology. Then, we explain the aporia of Freudian naturalism, and following a suggestion by Ricoeur, we indicate a way out of it through the argumentative reconstruction of the relationship between artwork and psychic nature. / El presente trabajo tiene como propósito investigar la aporía del estatuto epistemológico de la metapsicología freudiana tal como aparece representado en la hermenéutica de Paul Ricoeur. Dicha aporía se centra en el concepto de naturaleza psíquica como referente último de la especulación metapsicológica. El hilo conductor de la exposición radica en determinar si el aparato psíquico que surge de la especulación metapsicológica da cuenta de una concepción de la naturaleza que se rige o bien por un modelo físico o bien por un modelo fenomenológico. Este problema tiene una respuesta ambigua en Ricoeur. A fin de mostrar esta ambigüedad se aborda, en primer lugar, la lectura trascendental que Ricoeur hace de la metapsicología. Luego, en un segundo momento, se presenta la aporía del naturalismo freudiano y, siguiendo una indicación de Ricoeur, se señala una salida a dicha dificultad mediante la reconstrucción argumentativa del vínculo entre obra de arte y naturaleza psíquica.
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Racismo, política pública e modos de subjetivação em um quilombo do Vale do Ribeira / Racism, public policy and modes of subjectivity in a quilombo in Vale do Ribeira

Eliane Silvia Costa 20 April 2012 (has links)
No Brasil, historicamente, os sujeitos negros e rurais passam por persistentes processos de desigualdades materiais e simbólicas. Escolhemos, pois, pesquisar uma comunidade negra rural do Vale do Ribeira, o quilombo Maria Rosa, situado em Iporanga. Este foi o primeiro quilombo paulista a receber o título de domínio de uso de terras atribuído pela Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). Com base nos relatos dos quilombolas entrevistados, buscamos pesquisar se há relação entre a implantação da política pública de titulação de terras e o fortalecimento de uma identidade racial negra nos moradores do referido quilombo. Neste sentido, se a política pública opera psiquicamente como dispositivo contra o racismo. Para atingir os objetivos propostos, as entrevistas realizadas e a análise do material foram orientadas, principalmente, por contribuições de teóricos da psicologia social e da psicanálise dos processos grupais, como é o caso de Bleger, Kaës e Benghozi teóricos que partem da premissa que o sujeito é necessariamente sujeito do vínculo. Como resultado, constatamos que a titulação das terras representa uma conquista importante para os maria rosenses, uma vez que lhes possibilita permanecer em suas terras-territórios. No entanto, não se sentem seguros em função, especialmente, das restrições ambientalistas, que os cerceiam em seus modos tradicionais de trabalhar na roça. Se a política pública ambientalista tem sido vivida por eles como violenta, a política de titulação de terras quilombolas convoca-os a entrar em contato com a ancestralidade negra escravizada e com o racismo, ainda que de forma não planejada. Eles têm tentado transformar o traumatismo advindo dessas modalidades de dominação, mas falta uma política pública articulada entre os diferentes níveis governamentais e voltada para a temática racial que lhes dê o devido apoio. Entre eles ainda não foi gestado um discurso coletivo potente contra o racismo, mas estão atentos às situações de desigualdades por eles vividas e conhecem caminhos para enfrentá-las. Entre os maria rosenses, os sentidos atribuídos à identidade racial variam de acordo com a história pessoal e familiar de cada um deles, e conforme as marcas daquelas estratégias de dominação têm sido elaboradas por essas famílias e pela comunidade. Lá, o termo negro pode significar humilhação tanto quanto identidade positiva constituída; a palavra preto pode reportar à ideia de sujeito coisificado, mas também pode ser sujeito a quem se deseja amar; branco pode ser o inimigo opressor, mas, por outro lado, pode ser alguém a quem se ama; moreno pode ser sinônimo de humanidade, pode indicar intermediação entre o claro e o escuro, mas pode ser negação da negritude. Enfim, lá há polissemia em ser preto, negro, branco ou moreno. Do ponto de vista do sujeito psíquico, a palavra usada ou silenciada para definir para o forasteiro a condição racial deles funciona como manobra exercida diante do aviltamento antigo e atual imposto a eles é ferramenta para conter essa violência imposta / Historically in Brazil, rural African-Brazilians face constant processes of material and symbolic inequalities. For this reason, we have decided to research about Quilombo Maria Rosa, a rural African-Brazilian community located in Vale do Ribeira, Iporanga, which was the first quilombo in the state of São Paulo to obtain the title for exploring the land, given by Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP). Based on the descriptions provided during interviews by residents of the referred quilombo, we tried to confirm if there is any relation between the implementation of public policy for land titling and its habitants strengthening regarding to a racial Afro-Brazilian identity, therefore, whether that public policy acts psychically as a device against racism. For achieving the proposed goal, the interviews and analysis of material were oriented mainly due to the contribution of theoretical contributions of social psychology and psychoanalysis of group processes. That is the case of Bleger, Kaës and Benghozi, theoreticians that start from the premise that the subject is necessarily subject of bonding. As a result, we have found out landing titling is the image of an important conquering for the maria rosenses (how the inhabitants of the community investigated are called), once the title obtained allows them to stay in their lands/territories. However, they do not feel themselves safe especially due to the environmental limitations that restrict their traditional ways of working in the fields. If the environmental public policy has been considered by the habitants as a violent one, their titling policy calls them up to deal with enslaved African ancestry as well as the racism even though in indirect way. The population has been trying to change the trauma caused by those types of domination but there is a lack of articulated public policy among different governmental levels whose purposes are racial issue and appropriate support to the inhabitants. A strong collective speech against racism has not been established among the inhabitants; however, they are aware of the situations of inequality and the ways to face them. Among the maria rosenses the meanings attributed to the racial identity vary according their own personal and familiar stories and how the signs of the strategies of domination have been elaborated by those families and community as a whole. In Quilombo Maria Rosa the term negro can mean humiliation as well as present a positive constituted identity. The word black can report to the idea of a subject being a thing, an object but it can also be a subject of whom you want to love. White can be the oppressive enemy however, on the other hand, can be someone you love; brown can be a synonym of humanity, can indicate and intermediation between light and dark but can be blackness denial. After all, in that community there is a polysemy in being black, African-Brazilian, white or brown. From the psychic subjects point of view the word adopted or silenced to define to the outsider their racial condition works as a maneuver performed on the former and current degradation imposed on them; it is a device to stop that imposed violence
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Desvelando a dor amorosa da infidelidade conjugal: discursos de homens e mulheres / Revealing the loving pain of marital infidelity: men\'s and women´s speeches

Edilaine Helena Scabello 30 March 2006 (has links)
No cenário atual, as transformações sócio-culturais e tecnológicas vêm ampliando as fronteiras culturais entre as nações, acentuando a individualidade e redefinindo práticas afetivas. Assistimos a pulverização dos ideais de verdade, a desagregação das estruturas tradicionais de normatização, o excesso de liberdade, o hiper-consumismo, a valorização do novo e do hedonismo. Na aparente efemeridade das relações afetivas, buscamos compreender que significados homens e mulheres atribuem a vivencia da infidelidade amorosa da(do) parceira(o) e como re-significam suas relações amorosas após estes(estas) lhes terem sido infiéis. Entrevistamos 05 mulheres casadas pela Lei Civil e Igreja Católica, sendo que uma delas se separou após a infidelidade do parceiro e depois se reconciliou com ele; 04 homens, sendo que um deles se casou pela Lei Civil e Igreja Católica e se separou após a infidelidade da parceira; outro se uniu pelo contrato de conjunção marital e se separou após a infidelidade da parceira; e os outros dois, solteiros, se separaram das namoradas após a infidelidade delas. Utilizamos o método fenomenológico descritivo proposto por Rezende (1990) e obtivemos as descrições dos(das) colaboradores(as) mediante a questão: Fale a respeito da sua relação afetiva e sexual no decorrer do seu casamento (namoro) e, em especial, após seu (sua) marido (esposa/namorada) lhe ter sido infiel. Submetemo-as aos momentos da análise propostos por Giorgi (1978) e Bruns (2003) e situamos o fenômeno em sua temporalidade e construção sócio-histórica, bem como realizamos sua compreensão psicológica à luz do referencial psicanalítico. Ao analisarmos as descrições compreendemos que, embora vivenciamos no campo familiar, a transgressão de regras, a ruptura de modelos e a pluralização de formas de se relacionar, presenciamos a persistência de elementos tradicionais coexistindo com os comportamentos contemporâneos, como o ideal de amor romântico que imprime as idealizações de felicidade nas parcerias. Percebemos que os desencantos vivenciados por homens e mulheres exprimem a quebra da idealidade frente à figura amada e se manifestam também, nas insatisfações sexuais. A dor psíquica desencadeada pela vivência da infidelidade do(a) parceiro(a) expressa a comoção pulsional ou autopercepção do eu sobre o tumulto interno desencadeado pela perda ou ruptura da imagem que o parceiro traído tem de quem lhe foi infiel e, ao mesmo tempo, pela ruptura de sua própria imagem, que gera confusão mental e dúvidas sobre a própria identidade e sanidade mental. A irrepresentabilidade da dor psíquica pelo eu é expressa tanto pela marca da subtaneidade da descoberta da infidelidade do(a) parceiro(a), quanto pela negação da realidade. A manifestação exterior de sintomas são refletidos em dores psicogênicas e revelam sentimentos como culpa, menos-valia, impotência, insegurança, mágoa, ressentimento, solidão, abandono, rejeição, falta de apoio familiar e social e falta de perspectiva futura, bem como a projeção da dor psíquica no(a) parceiro(a). Os valores, as regras e os mitos que regem um grupo familiar são transmitidos de pais para filhos e há uma relação entre a preocupação com os filhos e o desejo de separar-se do(da) parceiro(a). A dramática ligação entre ciúme e violência compõe o cenário das relações infiéis. Contudo, as re-significações existenciais frente à vivencia da infidelidade podem percorrer territórios psíquicos que se dirigem para duas instâncias, a reconstrução e/ou dissolução do relacionamento amoroso, na busca de vivencias prazerosas; o aprisionamento da dor que encerra o eu em um dilaceramento sem fim, preso a uma antiga imagem não re-significada do eleito amado. / In the current scenery, socio-cultural and technological changes have been increasing cultural borders among the nations, accentuating individuality and redefinig affective practicals. We have watched the pulverization of the ideals of truth, the disaggregation of the traditional structures of normatization, the excess of freedom, the hiper-consumerism, the valorization of the new and of the hedonism. In the apparent efemerity of affective relationships, we attempt to understand which meanings men and women attribute to the existence of love infidelity of male or female partners and how they resignify their relationships after their partners´ infidelity. We interviewed 05 women, married in the Civil Law and Catholic Church; one of them separated after the partner\'s infidelity and later reconciled to him; 04 men; one of them got married in the Civil Law and Catholic Church and separated after the partner\'s infidelity; another one joined in the contract of marital conjunction and separated after the partner\'s infidelity; and the other two single men, separated after their girlfriends´ infidelity. We used the descriptive phenomenologic method proposed by Rezende (1990) and we obtained the descriptions by asking: \"Talk about sex and love during your relationships an especially after your partners´ infidelity. We made our analysis according to Giorgi (1978) and Bruns (2003) and we placed the phenomenon in its temporality and socio-historical construction and also accomplished its psychological understanding according to phyco analysis. To analyze the descriptions we understood that although we live in the familial field, the transgression of rules, the rupture of models and the pluralization relationships, we witness the persistence of traditional elements coexisting with contemporary behaviors, such as the ideal of romantic love in the idealization of happiness in the relationships. We noticed that disapointments experienced by men and women express the break of the ideal love and also appear in their sexual dissatisfactions. Psycic pain revealed by the existence of the partners´ infidelity expresses the pulsional commotion or autoperception of the internal tumult resulting from the the loss or rupture of the image that the betrayed partner has of the unfaithful one, and at the same time, from the rupture of his/ her own image, which generates mental confusion and doubts about their own identity and mental sanity. The irrepresentability of the psychic pain is expressed in the discovery of partners´ infidelity as well as in the denial of reality. The external manifestation of symptoms is reflected in the psycogenic pain which reveal feelings such as blame, low self-confidence, impotence, insecurity, sorrow, resentment, solitude, abandonment, rejection, lack of family and social support and lack of future perspective, as well as the projection of the psychic pain to the partners. The values, the rules and the myths that govern a family group are transmitted from r parents to children and there is a relation between the concern with the children and the desire of separation. The dramatic connection between jealousy and violence composes the scenery of unfaithful relationships. However, the existential re-significances in the experience of infidelity can go through psychic territories that lead to two instances, the reconstruction and/ or breakup of the love relationship, in the search of pleasure; the imprisonment of pain that leads to endless suffering due to the non re-signified image of the partner.
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Quando a parentalidade surge antes que a conjugalidade / When parentality comes before conjugality

Laura Fernandes Merli 30 November 2012 (has links)
Na contemporaneidade o modelo tradicional de família cede lugar a múltiplos arranjos familiares, que vêem sendo aceitos e legitimados pela sociedade. Observa-se uma família contemporânea, que sofre com alto número de divórcios e a permanência de uma necessidade das pessoas em continuarem se relacionando. A parentalidade e a conjugalidade encontram-se dissociadas e os papéis feminino e masculino permitem diferentes variações. Esta pesquisa teve como objetivo compreender o estabelecimento da conjugalidade a partir de uma gravidez, buscando refletir acerca da possibilidade de estruturação de um vínculo de casal na interface com o parental, bem como, das influências da transmissão psíquica familiar neste tipo de formação conjugal. Para tanto, a amostragem foi constituída por quatro casais na faixa etária dos 25 aos 35 anos, que estavam casados legalmente ou vivendo juntos por um período mínimo de três anos e máximo de oito anos, relações estas precedidas e determinadas pela concepção do primeiro filho. A metodologia aplicada foi da pesquisa clínico-qualitativa proposta por Turato. Os dados foram coletados através de um roteiro de entrevistas semi-dirigidas e gravadas. Os resultados apontaram a presença de dificuldades na construção e vivência de uma conjugalidade plena e independente da parentalidade, observando-se uma identidade conjugal enfraquecida, em detrimento do exercício da função parental. As famílias de origem exerceram grande influência na estruturação e manutenção da dinâmica conjugal e familiar, os filhos ocuparam o papel de mediadores e mantenedores da conjugalidade, impedindo a construção de um espaço de intimidade do casal, denotando para a impossibilidade dos mesmos em se depararem diretamente com o outro da relação e, por assim dizer, constituírem uma conjugalidade propriamente dita. Acredita-se que a constituição do vínculo conjugal tenha por função manter recalcado a impossibilidade de saírem da posição de filhos e tornarem-se sujeitos de si. Concluiu-se que os participantes da pesquisa, por encontrarem-se ainda muito determinados pelas famílias de origem, reproduzem o modelo tradicional de família sem a possibilidade de exercerem a criatividade permitida pelos novos arranjos contemporâneos / In contemporary times the traditional family model yields to different family structures, which have been accepted and legitimized by society. A contemporary family can be observed, suffering from a high number of divorces and the permanence of peoples need to continue relating. The conjugality and parentality are dissociated and the female and male roles allow different variations. This research aimed to understand the establishment of conjugality based on a pregnancy, trying to reflect on the possibility of structuring a satisfactory couple bond at the interface with the parental as well as the influences of family psychic transmission in this type of marital formation. The sample was composed of four couples aged 25 to 35, who were legally married or living together for a minimum period of three years and a maximum of eight years; these relations were preceded and determined by the conception of the couples first child. The methodology used was the clinical-qualitative research proposed by Turato. The data was collected through a script of semi-structured interviews recorded. The results indicated the presence of difficulties in building and living a conjugality full and independent of parentality, observing a weakened marital identity rather than the exercise of parental function. The families of origin exercised great influence on the structuring and maintenance of marital and family dynamics; the children took on the role of conjugality mediators and supporters, preventing the construction of an intimate space for the couple, showing their impossibility to face directly each other in the relationship, in other words, constituting a conjugality itself. It is believed that the constitution of the marital bond had a function to repress the impossibility of leaving the position of children and becoming subjects themselves. It has been concluded that the research participants, because they still keep themselves very determined by the families of origin, reproduce the traditional family model excluding the possibility of exercising the creativity allowed by contemporary models
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Os nomes plantados nas árvores genealógicas / The names planted in family trees

Carmem Sílvia Carvalhaes de Oliveira 11 April 2014 (has links)
Desde o momento da concepção do bebê, seus pais constroem, através dos seus desejos, toda uma rede simbólica para ampará-lo psiquicamente, a mesma rede na qual fazem parte os seus ascendentes. Por meio do nome que seus pais lhe dão, a criança recebe sua inscrição na família e pode nascer subjetivamente. Esta pesquisa se propôs a refletir acerca das motivações inconscientes que permeiam a escolha dos nomes próprios dos filhos primogênitos, pelas mães gestantes, com o intuito de observar a influência do mecanismo de transmissão psíquica nas gerações, especificamente sobre o lugar que esse filho irá ocupar na família atual e na cadeia geracional, além de contribuir com a construção de conhecimento na área da Psicanálise de Casal e Família. Foi utilizada a metodologia clínica-qualitativa para coleta e discussão do conteúdo obtido em entrevistas semi-dirigidas com cinco gestantes, sendo quatro de bebês masculinos e uma, de feminino. Também foi solicitada a realização por parte das gestantes do genograma psicanalítico. Os resultados obtidos demonstraram que nos casos analisados os nomes dados aos filhos associam-se aos legados familiares, ao mecanismo de transmissão psíquica e aos conflitos intergeracionais. O ato de nomear os filhos com o sobrenome é também uma das formas de assumir a parentalidade, bem como de inserir a criança em sua continuidade geracional e social / From the moment of the baby\'s conception, the parents build through their desires, an entire symbolic net to support him psychically, the same net that their ancestors are part of. Through the name the parents give, the child receives its enrollment in the family and can be born subjectively. This research aimed to reflect on the unconscious motivations that underlie the choice of the names of the firstborn child, by pregnant mothers, in order to observe the influence of the psychic mechanism of transmission over generations, specifically about the place this child will occupy in the current family and in the generational chain, beyond contributing to building knowledge in the area of Psychoanalysis of couple and family. The clinical qualitative methodology was used for data collection and discussion of the content obtained from the semi-structured interviews with five pregnant women, of four male and one female baby. The psychoanalytic genogram was also requested to the pregnant women. The results showed that in the analysed cases the names given to the children are associated to the family legacy, to the mechanism of psychic transmission and intergenerational conflicts. The act of naming the children with the surname is also one of the ways to assume parenting as well as to include the child in their social and generational continuity
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El subsuelo anímico y la libertad

Arias Urízar, Laura 10 April 2018 (has links)
El siguiente trabajo se propone desarrollar la relación entre la vida pasiva del sujeto, y la vida activa del mismo, en el pensamiento de Edmund Husserl. Se centrará sobre todo en el Anexo XII y en la Sección Tercera de Ideas II. Así, luego de describir cómo se constituye la naturaleza material desde una actitud objetivante-teórica, así como la realidad anímica y la diferencia entre el mundo naturalista y personalista, Husserl aborda en qué sentido el sujeto trascendental, visto como persona, se hará cargo, responsable y libremente, de lo constituido.
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O esquecimento do passado por refugiados africanos / The forgetting of the past by African refugees

Oliveira, Tania Biazioli de 03 May 2011 (has links)
Esta pesquisa trata do esquecimento do passado por refugiados africanos. As entrevistas foram recolhidas na Casa do Migrante, albergue que acolhe migrantes internos, imigrantes e refugiados recém-chegados em São Paulo. Foram entrevistados dois africanos: um angolano e outro congolês. Nosso objetivo de estudar o esquecimento emergiu nas entrevistas individuais e compartilhada entre estes refugiados, pois eles não queriam lembrar as cenas de guerra em África. Compreendemos o esquecimento, levantando a hipótese freudiana de que os refugiados querem esquecer o passado pois, ao tentarem dominar o golpe excessivo, repetem compulsivamente o trauma e a hipótese benjaminiana de que a dificuldade dos africanos em comunicar a experiência de guerra se deve ao declínio da narrativa e a experiência do choque após o avanço das forças produtivas. Porém, buscamos investigar se é possível elaborar o passado. Compreendemos as levas de refugiados ao redor do mundo como resultado da crise do capitalismo global, como nos mostrou Robert Kurz. Não se trata de povos obrigados a sair de sua pátria desde a antiga história religiosa da humanidade, tão pouco de vítimas de perseguição ou vítimas de violação dos direitos humanos, como concebe a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo no atendimento aos refugiados. Analisamos as entrevistas a partir de três categorias de análise a fuga da guerra, a educação e o trabalho. Então, refletimos sobre o esquecimento dos refugiados africanos, partindo de um teor religioso para alcançar algumas considerações psicológicas. Mas o que resta aos psicanalistas diante de refugiados africanos? Concluímos o estudo, investigando a metodologia psicanalítica mais adequada para a pesquisa com africanos sobreviventes de guerra. E decidimos recolher seus sonhos traumáticos, segundo nossa hipótese de que eles pudessem sonhar à noite com aquilo que querem esquecer à luz do dia / This study is about the forgetting of the past by African refugees. The interviews were collected at Casa do Migrante hostel that offers shelter for migrants, immigrants and newcomers refugees in São Paulo. Two Africans were interviewed: an Angolan and a Congolese. Our aim of studying the forgetting emerged from the individual and shared interviews with these refugees, because they did not want to remember the scenes of war in Africa. We understand the forgetting, considering the freudian hypothesis that the refugees want to forget the past, as they compulsively repeat the trauma, when they try to dominate the excessive coup and considering the benjaminian hypothesis that the difficulty of Africans to communicate the war experience is due to the decline of narrative and the shock experience after the development of productive forces. Nevertheless, we try to investigate whether it is possible to work through the past. We understand the waves of refugees around the world as a result of the crisis of global capitalism, as Robert Kurz showed us. It is not about people obliged to leave home since the ancient religious history of mankind, or about victims of persecution or victims of human rights violation, as conceived by the Cáritas Arquidiocesana de São Paulo in the attendance of refugees. We analyze the interviews according to three categories of analysis the flight from war, education and work. So, we thought about the forgetting of African refugees, starting from a religious content to achieve some psychological considerations. But what does it remain for psychoanalysts in the presence of African refugees? We conclude the study, investigating the more suitable psychoanalytic methodology for the research with Africans war survivors. And we decide to collect their traumatic dreams, according to our hypothesis that they might dream at night with what they want to forget at day light
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Tecendo encontros e diferenças: um estudo psicanalítico sobre a agressividade e sua articulação com a constituição psíquica

Melo, Clarisse Carneiro Cavalcanti de 07 November 2011 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:37:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Clarisse Carneiro Cavalcanti de Melo.pdf: 1105876 bytes, checksum: 723f07f1c21418199478ccc2afd5b73c (MD5) Previous issue date: 2011-11-07 / This paper aims to research the concept of aggression both as a condition of development and as a barrier for the psychic constitution. I try to articulate this concept with the relationships established between the child and their love objects, exploring more precisely the anguishes of loss and separations from the object. I work with the hypothesis that when the process of separation from the object of love can be well experienced, it opens up something like a psychic space into the ego that allows the recognition of a difference between ego and object. I also try to think about the deviations of those processes of separation from the maternal object in which some dynamics are supported, dynamics where the separation of the object is equated to fantasies of expulsion and rejection, situation that is fertile ground to create psychological barriers to psychic growth causing a banishment of the contact with the anguishes related to the loss of the object. The basic idea of this work is that, when aggression can not be experienced based on a psychic-well-being, it can easily turns into something that fills out the consciousness of the separation from the objet of love. This prevents the contact with the feelings of the object s dependency, feelings of helplessness, rejection, abandonment and with the anguishes of loss and separation, making impossible for them to be recognized and worked-through. Therefore, aggression cannot become a source of creative power. It creates an obstacle to psychic development, for the expansion and growth of the mind. In this way, aggression can even be used as an attempt to immobilize the object, eliminating the anguishes of the objet loss, leading to circular psychic movements that prevent the contact with a discriminated object, paralyzing the psychic operation. We looked also to discuss, throughout this work, the different possibilities of aggressions transformation, opening the horizon to some symbolic destinations, for the development of the thought and for the repair. This research is based on a psychoanalytical approach, and in this journey, authors like Sigmund Freud, Donald Winnicott, Melanie Klein, and many others contemporaries like Andre Green, Jean Michel Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo, Renato Mezan, Elisa Cintra, to name a few, were my fellows, in which work I found evidence to support this thesis theoretically. Far from exhausting the subject of study proposed here, this paper aims to trouble it, in order to broaden discussions and clinicaltheoretical joints around the same / Este trabalho tem como objetivo pesquisar o conceito da agressividade tanto como condição de desenvolvimento quanto como entrave do acontecer psíquico. Para tanto, procuro articular o conceito estudado às relações estabelecidas entre a criança e seus objetos de amor, explorando mais propriamente os processos de elaboração das angústias de perda e separação do objeto. Trabalho com a hipótese de que quando o processo de separação do objeto de amor pode ser vivenciado com tranquilidade, abrese um espaço psíquico no ego que permite o reconhecimento e o acolhimento de uma mínima diferença entre ego e objeto. A partir de recortes clínicos, procuro pensar sobre os extravios do processo de separação do objeto materno em se sustentam dinâmicas onde a separação do objeto fica equacionada a fantasias de expulsão e rejeição, situação que constitui terreno fértil para que a agressividade seja experimentada de forma a criar obstáculos ao crescimento psíquico, ao provocar um tamponamento das angústias relacionadas à perda do objeto. A ideia de base deste trabalho é a de que, quando a agressividade não pode ser experimentada em uma base psíquica de bem-estar, ela pode se converter facilmente em uma forma de preencher a consciência da separação do objeto de amor, obturando o contato com sentimentos de dependência do objeto, de desamparo, rejeição e abandono e com as angústias de perda e de separação, impossibilitando que estas possam ser reconhecidas e elaboradas. Desta forma, a agressividade não pode se converter em potência criativa e cria um entrave para o desenvolvimento psíquico, para a expansão e para o crescimento da mente. Pode inclusive ser utilizada a serviço de uma tentativa de imobilizar o objeto de amor e eliminar sua perda, conduzindo o psiquismo a movimentos paralisantes e circulares que impedem o contato com um objeto discriminado, com as diferenças vitalizantes. Procuro ainda discutir, ao longo deste trabalho, as possíveis transformações da agressividade, abrindo o horizonte para os destinos simbólicos, para o pensamento e para a reparação. Esta pesquisa se fundamenta no referencial psicanalítico e, nesta jornada, foram meus companheiros autores como Sigmund Freud, Donald Winnicott, Melanie Klein e tantos outros contemporâneos como André Green, Jean Michel Quinodoz, Luis Claudio Figueiredo, Renato Mezan, Elisa Cintra, para citar apenas alguns, nos quais encontrei elementos para sustentar teoricamente este trabalho. Longe de exaurir o objeto de estudo aqui proposto, visa-se antes problematizá-lo, no intuito de ampliar as reflexões e as articulações teórico-clínicas em torno do mesmo

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