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A psicologia, a educação e as homossexualidades: o normal e o patológico nas produções discursivas das revistas Boletim de Psicologia, Revista Brasileira de Psicanálise e Cadernos de Pesquisa nas décadas de 1970 e 1980 / The psychology, the education and the homosexualities: the normal and the pathological in the discursive productions of the journals Boletim de Psicologia, Revista Brasileira de Psicanálise and Cadernos de Pesquisa from 1970 e 1980

Eddine, Eder Ahmad Charaf 14 December 2018 (has links)
Os preconceitos e julgamentos morais relativos à sexualidade humana, especialmente quando esta foge à norma social, não deixam de ter repercussões nas investigações científicas, principalmente naquelas localizadas na interface entre a Psicologia e a Educação. A presente tese tem como objetivo compreender como as questões relativas à normalidade e à patologia estiveram imbricadas na maneira pela qual as homossexualidades foram trabalhadas por essas áreas do conhecimento nas décadas de 1970 e 1980, tendo como base empírica a leitura de revistas científicas paulistanas editadas nesse período. A escolha dessas décadas deveu-se aos conceitos foucaultianos de proveniência e emergência histórica. Dito de outra forma, por se considerar esses anos como o momento de virada, em que as homossexualidades deixaram de ter para a Medicina e a Psiquiatria, por exemplo, a concepção de sexualidade desviante, patológica, para tornarem-se uma possibilidade de identidade. Essa virada, por força do movimento social gay, tem como marcos a retirada da homossexualidade do rol dos transtornos mentais pela Associação Americana de Psquiatria, em 1973; pela Associação Americana de Psicologia, em 1975; e, finalmente, pela Organização Mundial da Saúde, em 1990. No Brasil, a despatologização foi feita, em 1985, pelo Conselho Federal de Medicina. O Boletim de Psicologia, publicado pela Associação de Psicologia de São Paulo, e a Revista Brasileira de Psicanálise, publicada pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, foram integrados ao corpus da pesquisa pela importância que exerceram no campo da psicologia brasileira. Dado seu prestígio e sua capacidade de impacto, o periódico Caderno de Pesquisa, publicado pela Fundação Carlos Chagas, foi tomado como contraponto no campo educacional. No recolhimento do material, foram encontrados 414 exemplares dessas revistas, totalizando 3822 artigos. Destes, 27 (0,6%) apresentam conteúdos sobre a temática investigada, sendo 18 (0,4%) da área de Psicologia e 9 (0,2%) da área de Educação; 13 (0,3%) fazem parte do Boletim de Psicologia, 5 (0,1%) da Revista Brasileira de Psicanálise, e 9 (0,2%) dos Cadernos de Pesquisa. As análises dos discursos científicos foram realizadas por meio de teorias que os compreendem como formulações sociais e historicamente localizadas. Para tanto, utilizou-se como referencial a perspectiva foucaultiana, particularmente no que se refere à relação poder-saber-sexualidade, como também a teoria Queer. Os resultados sinalizam o relativo silêncio dessas revistas sobre um assunto debatido socialmente e com referências antigas no campo da Psicologia e da Educação. Apesar do movimento de retirada da homossexualidade do rol dos distúrbios patológicos, observada nos catálogos médicos, psiquiátricos e psicológicos, e dos avanços do movimento gay a partir da década de 1970, os discursos presentes nessas revistas científicas são elaborados, em sua maioria, principalmente no Boletim de Psicologia e na Revista Brasileira de Psicanálise, no sentido de patologizar as homossexualidades, apontando para sua identificação através de casos clínicos e também de testes psicológicos e, por conseguinte, para a suposta cura e prevenção. Num sentido alternativo, foram encontrados, nos Cadernos de Pesquisa, discursos que vão no sentido liberalizante das sexualidades, mesmo não abordando de modo direto a homossexualidade. Os artigos analisados estão na contramão dos ganhos sociais, científicos e políticos do homossexual, uns permanecendo no sentido patologizador e outros não abordando diretamente o assunto. Com isso, mesmo estando em um período considerado repressor para as sexualidades dissidentes, os discursos reafirmam a dominação sobre as mentes e os corpos, o que se inscreve na crítica da hipótese repressiva de Foucault. / The prejudices and moral judgments concerning human sexuality, especially when it escapes the social norm, do not go without repercussions in the scientific investigations, especially those located in the intersection between Psychology and Education. The following thesis has as its goal understand how the issue related to normality and pathology were joined in the way which the homosexualities were worked out by this knowledge fields in the 1970s and 1980s decades, having an empirical basis the reading of scientific journals published in this period from São Paulo. These decades were picked by the Foucauldian concepts of provenance and historical emergence. Putting in another way, considering these years as the turning point, in which homosexuality no longer has for Medicine and Psychiatry, for instance, the conception of deviant, pathological, to become a possibility of identity. This turning point, by pressure of the gay social movement, has as milestones the withdrawal of homosexuality from the list of mental disorders by the American Association of Psychiatry, in 1973; by American Association of Psychology, in 1975; and finally, by the World Health Organization, in 1990. In Brazil the depathologization occurred in 1985 by the Federal Board of Medicine. The Boletim de Psicologia, published by the Psychology Association of São Paulo, and the Revista Brasileira de Psicanálise, published by the Brazilian Society of Psychoanalysis of São Paulo, were integrated into the corpus of the research for the importance they exercised in the field of Brazilian psychology. Given its prestigie and impact capacity the journal Caderno de Pesquisa, published by the Carlos Chagas Foundation, was taken as a counterpoint in the educational field. Gathering the data, was found 414 copies of these journals, resulting a total of 3822 articles. 27 (0.6%) of the amount of articles present contents on the subject under investigation, of which 18 (0.4%) are in Psychology area and 9 (0.2%) of the Education area; 13 (0.3%) are part of the Psychology Bulletin, 5 (0.1%) of the Brazilian Journal of Psychoanalysis, and 9 (0.2%) of the Research Papers. The analyzes of the scientific discourses were carried out through theories that understand them as social formulations and historically localized. For that, the Foucaultian perspective was used as reference, particularly with regard to the power-knowledgesexuality relation, as well as the Queer theory. The outcome indicates the relative silence of these journals on a socially debated subject and with previous references in the field of Psychology and Education. Despite the movement to remove homosexuality from the list of pathological disorders, observed in the medical, psychiatric and psychological catalogs and the advances of the gay movement since the 1970s, the discourses present in these scientific journals are mostly elaborated mainly in the Bulletin of Psychology and in the Brazilian Journal of Psychoanalysis, in the sense of pathologizing homosexuality, pointing to their identification through clinical cases and also of psychological tests and, therefore, for the supposed cure and prevention. In an alternative sense, in the Cadernos de Pesquisa, discourses have been found that go in the liberalizing direction of sexualities, even though they do not directly address homosexuality. The analyzed articles are against the social, scientific and political gains of the homosexual, some remaining in the sense pathologizing and others not directly addressing the subject. Thus, even in a period considered repressive for dissident sexualities, discourses reaffirm domination over minds and bodies, which is inscribed in Foucault\'s critical repressive hypothesis.
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Rompendo a mordaça: representações de professores e professoras do ensino médio sobre homossexualidade / Breaking the silence: representations of high school teachers on homosexuality

Silva Junior, Jonas Alves da 16 December 2010 (has links)
A complexidade da sexualidade humana, bem como a admissão da existência de uma diversidade sexual foram (e ainda são) rechaçadas na escola, ocasionando não raro a discriminação e a exclusão de alunos/as que não se enquadram nos padrões heterossexistas prestigiados socialmente. Por essa razão, nesta pesquisa, investigam-se as representações que professores/as do Ensino Médio de duas escolas públicas paulistanas têm sobre homossexualidade e diversidade sexual no cotidiano escolar, buscando-se um maior aprofundamento teórico e interpretativo. Para chegar ao objetivo proposto, a pesquisa de campo foi realizada com base em um questionário semiestruturado, com questões abertas e fechadas. Como referencial teórico, utilizaram-se autores da área dos Estudos Culturais (teoria queer) e dos teóricos da Representação Social. Os dados quantitativos da pesquisa foram apresentados em forma de gráfico comparativo (entre as duas escolas), e os dados qualitativos foram divididos em três blocos de interpretação (representações, formação de professores e diversidade sexual na escola) e analisados em três categorias de análise, com base nas falas dos/as professores/as: 1) representações da homossexualidade sob viés de preconceito evidente; 2) representações da homossexualidade sob viés de preconceito latente; 3) representações da homossexualidade na perspectiva democrática e inclusiva. Os resultados obtidos são de grande relevância para a Educação Sexual, bem como para a cultura do respeito à diversidade, pois permitem detectar as diferentes formas com que o preconceito a cidadãos não heterossexuais instalam-se na escola. Além disso, os resultados evidenciam que a conexão entre discriminação e homossexualidade funda-se em uma questão cultural, enraizada em dogmas, crenças e representações construídas socialmente para conservar a hegemonia da heterossexualidade e, por conseguinte, subalternizar e inferiorizar as orientações sexuais consideradas não-padrão. / The complexity of human sexuality, as well as the admission of the existence of sexual diversity were (and still are) rejected by the school, often leading to discrimination and exclusion of students that do not fit in socially prestigious heterosexist standards. Therefore, in this research are investigated the representations that teachers of two public paulistana\'s high schools have about homosexuality and sexual diversity in school life, seeking a deeper theoretical and interpretive approach. To reach the objective, the field research was conducted based on a semi-structured questionnaire with open and closed questions. The theoretical authors used were from Cultural Studies field (queer theory) and the theory of Social Representation. Quantitative data from the survey were presented in a comparative graph form (between the two schools), and qualitative data were divided into three blocks of interpretation (representation, teachers formation and sexual diversity in school) and analyzed in three categories of analysis, based on the speech of the teacher: 1) representations of homosexuality under the bias of evident prejudice, 2) representations of homosexuality under latent prejudice bias, 3) representations of homosexuality in a democratic and inclusive perspective. The results are of great relevance to sexual education and to the culture of respect for diversity, it can detect the different ways that prejudice against non-heterosexual citizens is established in school. Furthermore, the results show that the connection between discrimination and homosexuality is based on a cultural issue, rooted in dogmas, beliefs and representations socially constructed to preserve the hegemony of heterosexuality and consequently to undervalue and to degrade sexual orientations considered nonstandard.
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A diversidade sexual na escola : produção de subjetividade e políticas públicas

Quartiero, Eliana Teresinha January 2009 (has links)
Este estudo investiga os efeitos dos enunciados das atuais políticas públicas acerca da diversidade sexual propostos para a educação, principalmente através do Programa Brasil Sem Homofobia. A análise das práticas instaladas no cotidiano escolar tem como foco compreender efeitos da proposição de uma educação inclusiva e não sexista particularmente no que tange à homofobia. A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pública de Porto Alegre, uma estadual e a outra municipal, onde foram realizadas observações do cotidiano escolar e entrevistas com professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma orientação genealógica utilizando a produção teórica de Michel Foucault como meio de refletir sobre as condições de possibilidade do surgimento e da implantação destas políticas públicas e seus efeitos nas práticas escolares. Nestas práticas existe um lugar bem marcado para o outro, a lógica geralmente utilizada se refere a um ideal, o que deveria ser, o esperado - a heteronormatividade. Diferentes discursos são utilizados para manter o diferente em um lugar distanciado. A proposta de inclusão está vinculada a uma carência, desvantagem, desvio, do indivíduo que necessita da intervenção do processo inclusivo. As justificativas da intervenção estatal são de proteção e constituem um lugar para a população alvo como o de pessoas em risco e vulnerabilidade. A conquista de direitos jurídicos se mostrou fundamental para a garantia de espaços e legitimidade e há uma apropriação pelas/os professoras/es do discurso jurídico de direitos humanos e de direitos sexuais. A possibilidade de inclusão dos diferentes/diversos sexuais está amparada no enunciado de que todos têm direito à escolarização, porém um questionamento que se apresenta acerca da proposta de inclusão é sua utilização como uma prática de tolerância e tentativa de acabar com as diferenças tendo como referência à normalidade. Enunciados homofóbicos e sexistas estão profundamente articulados com os de discriminação de classe e etnia, desigualdades se sobrepõem e se reforçam. / This study investigates the effects of the statements of the current public policies on the sexual diversity proposed for education, mainly through the program Brasil Sem Homofobia (Brazil without homophobia). The analysis of the practices installed in the school daily has as a focus understand effects of the proposition of an inclusive and non sexist education particularly regarding homophobia. The research was done in two public network schools in Porto Alegre, one state and the other municipal, where observations of the school daily and interviews with teachers were made. This research was developed from a genealogical orientation using the theoretical production of Michel Foucault as a means to reflect on the conditions of possibility of the emergence and implementation of these public policies and their impact on school practices. In these practices there is a well marked place for the other, the logic usualy used refers to an ideal, what should be, the expected - the heteronormativity. Different discourses are used to keep [ou mantain] the different in a distant place. The proposal of inclusion is bound to a deficiency, disadvantage, and deviation of the individual that needs the intervention of the inclusive process. The state intervention justifications are of protection and constitute a place for the aimed population of people in risk and vulnerability. The achievement of legal rights is being fundamental for the guarantee of spaces and legitimacy and there is an appropriation by the teachers of the legal discourse of human rights and sexual rights. The possibility of inclusion of the sexual different is supported in the statement that sais that all have rights to schooling, but a question that presents itself on the proposal of inclusion is its use as a practice of tolerance and attempt of ending the differences having the normality as a reference. Homophobic and sexit statements are deeply related to the ones of class and ethnic discrimination, inequalities overlap and strengthen themselves.
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Cristianismo, política e criminalização da homofobia no Brasil / Christianity, politics and criminalization of homophobia in Brazil

Nascimento, Paulo dos Santos 28 March 2014 (has links)
This paper discusses the entrance and the uses of a type of religious discourse in parliamentary formalities on the proposed criminalization of homophobia in Brazil, conducted during the years 2006 and 2012, and motivated by the proposition of the Complementary Project of Law 122/2006 (PLC 122/2006). For both, we elected as analytical materials delivered speeches in the Federal Legislative power, concerning the above-mentioned procedure. It has been argued, moreover, the relationship between religion and the public sphere, both in their general forms present in the West in the current historical juncture, as the political practices involving relations between the Brazilian state and the different religious institutions. One of the theoretical and analytical assumptions of this work was the concept of “politics as war” present in social relationships, and extracted from the work of philosopher Michel Foucault, who also served as the general theoretical and methodological framework for all this work. Based on this framework, and based on extensive reading of empirical materials mentioned, the current analysis was based on three axes, namely: political-identity axis, in which we sought to address a discursive formation characterized by struggles about lgbt identity and about the nature of homophobic violence; the political-legal axis, in which we sought to address a discursive formation characterized by struggles about freedom of expression and on the construction of new crimes related to homophobic violence; and the political-moral axis in which we sought to address a discursive formation characterized by struggles over the moral qualifications of lgbt, especially from the idea of social risk. This work concludes with the ratification of certain political power, while reactive policies lgbt citizenship, religious discourses and suggests some of it stemming problematizations related to strategies of legalization as a political means of confronting homophobia. / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho discute a entrada e os usos de um tipo de discurso religioso nas tramitações parlamentares acerca da proposta de criminalização da homofobia no Brasil, efetuadas entre os anos de 2006 e 2012, e motivadas pela proposição do Projeto de Lei Complementar 122/2006 (PLC 122/2006). Para tanto, foram eleitos como materiais de análise os pronunciamentos proferidos na Câmara dos Deputados e Senado Federal, relativos à tramitação acima citada. Discutiu-se, além disso, as relações entre religião e esfera pública, tanto em suas formas mais gerais presentes no ocidente na atual conjuntura histórica, quanto as práticas políticas que envolvem as relações entre o Estado brasileiro e as diferentes instituições religiosas. Um dos pressupostos teórico-analíticos deste trabalho foi o conceito de “política como guerra” presente nas relações sociais, extraído do trabalho do filósofo Michel Foucault, que também serviu como referencial teórico-metodológico para este trabalho. Com base neste referencial, e com base na leitura exaustiva dos materiais empíricos mencionados, as análises empreendidas tomaram por base três eixos, a saber: o eixo político-identitário, em que se buscou abordar uma formação discursiva caracterizada pelas lutas acerca da identidade lgbt e acerca da natureza da violência homofóbica; o eixo político-jurídico, em que se buscou abordar uma formação discursiva caracterizada pelas lutas acerca da liberdade de expressão e acerca da construção de novos tipos penais relacionados à violência homofóbica; e o eixo político-moral, em que se buscou abordar uma formação discursiva caracterizada pelas lutas em torno das qualificações morais dos lgbt, sobretudo a partir da ideia de risco social. Este trabalho conclui com a ratificação da potência política de certos discursos religiosos, enquanto reativos às políticas de cidadania lgbt, e sugere algumas problematizações advindas disto, relacionadas às estratégias da judicialização enquanto meio político de enfrentamento da homofobia.
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Estratégias pró-ativas da diversidade sexual nas organizações

Brito, Jaqueline Gil 01 September 2014 (has links)
Submitted by Tatiana Lima (tatianasl@ufba.br) on 2015-03-19T19:15:57Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO JAQUELINE FINAL REVISADA 19-11 PDF 2.pdf: 732032 bytes, checksum: f0a83366ee041c41ae014c3c6a502029 (MD5) / Approved for entry into archive by Tatiana Lima (tatianasl@ufba.br) on 2015-03-20T19:13:27Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO JAQUELINE FINAL REVISADA 19-11 PDF 2.pdf: 732032 bytes, checksum: f0a83366ee041c41ae014c3c6a502029 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-20T19:13:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO JAQUELINE FINAL REVISADA 19-11 PDF 2.pdf: 732032 bytes, checksum: f0a83366ee041c41ae014c3c6a502029 (MD5) / O objetivo desta pesquisa é propor e desenvolver estratégias pró-ativas da gestão da diversidade sexual nas organizações. As teorias que fundamentam esta pesquisa referem-se ao campo da diversidade cultural, gestão da diversidade sexual com um enfoque na questão da aprendizagem. A pesquisa é de caráter qualitativo, biográfico, exploratório baseada em entrevistas semiestruturadas realizadas em dois momentos. A pesquisa baseou-se na experiência profissional e organizacional vivida por onze pessoas de organizações públicas e privadas que se identificam como lésbicas e gays. Os resultados da pesquisa geram um conjunto de estratégias pró-ativas de gestão da diversidade sexual: A Estratégia de Aprendizagem Celebrativa é aquela que através da celebração busca quebrar as resistências com relação à diversidade sexual. A Estratégia de Aprendizagem Formativa é a que enseja o aprendizado através da informação para lidar da melhor forma possível com as diferenças. E através da Estratégia de Aprendizagem Institucionalizadora, as pessoas criam suas próprias regras e códigos a partir de um contexto de aprendizagem baseado no convívio com a diversidade sexual. The aim of this research is to propose and develop proactive strategies of the sexual diversity in organizations. The theories behind this research are related to the field of cultural diversity and sexual diversity management with a focus on the issue of learning. The research is qualitative, biographical and exploratory based on semi-structured interviews conducted in two stages. The research was based on professional and organizational experience lived by eleven people from public and private organizations that identify themselves as lesbians and gays. The research results generate a set of proactive strategies of sexual diversity management. The Celebrative Learning Strategy” this strategy that which through the celebration seeks to break the resistances related to sexual diversity. “The Formative Learning Strategy”, is the strategy that enables the learning through the information to deal through the best way with the differences. And through “The Institutional Learning Strategy”, people create their own rules and codes from the learning environment based on coexistence with sexual diversity.
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A diversidade sexual na escola : produção de subjetividade e políticas públicas

Quartiero, Eliana Teresinha January 2009 (has links)
Este estudo investiga os efeitos dos enunciados das atuais políticas públicas acerca da diversidade sexual propostos para a educação, principalmente através do Programa Brasil Sem Homofobia. A análise das práticas instaladas no cotidiano escolar tem como foco compreender efeitos da proposição de uma educação inclusiva e não sexista particularmente no que tange à homofobia. A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pública de Porto Alegre, uma estadual e a outra municipal, onde foram realizadas observações do cotidiano escolar e entrevistas com professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma orientação genealógica utilizando a produção teórica de Michel Foucault como meio de refletir sobre as condições de possibilidade do surgimento e da implantação destas políticas públicas e seus efeitos nas práticas escolares. Nestas práticas existe um lugar bem marcado para o outro, a lógica geralmente utilizada se refere a um ideal, o que deveria ser, o esperado - a heteronormatividade. Diferentes discursos são utilizados para manter o diferente em um lugar distanciado. A proposta de inclusão está vinculada a uma carência, desvantagem, desvio, do indivíduo que necessita da intervenção do processo inclusivo. As justificativas da intervenção estatal são de proteção e constituem um lugar para a população alvo como o de pessoas em risco e vulnerabilidade. A conquista de direitos jurídicos se mostrou fundamental para a garantia de espaços e legitimidade e há uma apropriação pelas/os professoras/es do discurso jurídico de direitos humanos e de direitos sexuais. A possibilidade de inclusão dos diferentes/diversos sexuais está amparada no enunciado de que todos têm direito à escolarização, porém um questionamento que se apresenta acerca da proposta de inclusão é sua utilização como uma prática de tolerância e tentativa de acabar com as diferenças tendo como referência à normalidade. Enunciados homofóbicos e sexistas estão profundamente articulados com os de discriminação de classe e etnia, desigualdades se sobrepõem e se reforçam. / This study investigates the effects of the statements of the current public policies on the sexual diversity proposed for education, mainly through the program Brasil Sem Homofobia (Brazil without homophobia). The analysis of the practices installed in the school daily has as a focus understand effects of the proposition of an inclusive and non sexist education particularly regarding homophobia. The research was done in two public network schools in Porto Alegre, one state and the other municipal, where observations of the school daily and interviews with teachers were made. This research was developed from a genealogical orientation using the theoretical production of Michel Foucault as a means to reflect on the conditions of possibility of the emergence and implementation of these public policies and their impact on school practices. In these practices there is a well marked place for the other, the logic usualy used refers to an ideal, what should be, the expected - the heteronormativity. Different discourses are used to keep [ou mantain] the different in a distant place. The proposal of inclusion is bound to a deficiency, disadvantage, and deviation of the individual that needs the intervention of the inclusive process. The state intervention justifications are of protection and constitute a place for the aimed population of people in risk and vulnerability. The achievement of legal rights is being fundamental for the guarantee of spaces and legitimacy and there is an appropriation by the teachers of the legal discourse of human rights and sexual rights. The possibility of inclusion of the sexual different is supported in the statement that sais that all have rights to schooling, but a question that presents itself on the proposal of inclusion is its use as a practice of tolerance and attempt of ending the differences having the normality as a reference. Homophobic and sexit statements are deeply related to the ones of class and ethnic discrimination, inequalities overlap and strengthen themselves.
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Fala garot@! Sobre sexualidades nas famílias e nas escolas: vozes juvenis que ecoam e transgridem

Silva, Karine Nascimento 24 February 2015 (has links)
Submitted by Ana Carla Almeida (ana.almeida@ucsal.br) on 2016-09-22T18:35:33Z No. of bitstreams: 1 SILVA KN-2015.pdf: 1779087 bytes, checksum: 5fe3ff7e41085e9f893c8d233b8f5042 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Emília Carvalho Ribeiro (maria.ribeiro@ucsal.br) on 2016-09-23T21:37:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 SILVA KN-2015.pdf: 1779087 bytes, checksum: 5fe3ff7e41085e9f893c8d233b8f5042 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-09-23T21:37:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 SILVA KN-2015.pdf: 1779087 bytes, checksum: 5fe3ff7e41085e9f893c8d233b8f5042 (MD5) Previous issue date: 2015-02-24 / A presente pesquisa apresenta reflexões em torno das sexualidades humanas, transitando por vários olhares, que deflagram debates e ao mesmo tempo fomentam silêncios, fragmentações e questionamentos contínuos, especificamente ao se reportar as pessoas que não convergem com as normatizações vigentes, ou seja, que não obedecem ao modelo heteronormativo. O trabalho descreve as investigações acerca das vivências, representações e experiências da juventude, entendida como ciclo decisivo para demarcação de diferenças de gênero, além de pensar a questão da diversidade sexual. A complexidade das sexualidades e a pluralidade ainda são rejeitadas tanto na escola quanto na família, ocasionando não raro a discriminação e a exclusão de jovens que não se enquadram nos padrões heterossexuais, prestigiados socialmente. Por tais razões, a pesquisa centrou sua investigação nas representações sociais d@s jovens sobre diversidade sexual na família e na escola e de que forma essas narrativas reportam violências, silenciamentos, transgressões e encontros em cumplicidades. Busca-se compreender a atuação social da família e da escola na dinâmica de formação de subjetividades, produção e/ou ausência de práticas/ideário que colaboram com violências. Neste sentido, optou-se pela pesquisa empírica e bibliográfica de cunho qualitativo, abordagem construcionista, com o uso de entrevistas semiestruturadas com jovens estudantes do Ensino Médio em Jequié. Para organização e apresentação dos dados levantados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Como referencial teórico recorreu-se a autor@s da área dos Estudos Culturais, Pós- Estruturalistas, Estudos feministas e Queer, a saber: Beatriz Preciado (2011), Guacira Lopes Louro (1994, 1997, 2001, 2004, 2013a e 2013b), Judith Butler (2002, 2008, 2013, 2013a), Michel Foucault (1982, 1987,1988, 200, 2004, 2011 e 2012), Pierre Bourdieu (1975,1989, 2003 e 2012), Teresa De Lauretis (2006), Richard Miskolci (2005) entre outr@s. Os dados qualitativos foram divididos em três blocos de interpretação e análise: representações e narrativas pessoais sobre a sexualidade; representações e narrativas juvenis sobre a sexualidade no contexto escolar e discussões acerca das sexualidades sob o prisma familiar. Os resultados demonstram a necessidade do debate sobre gênero e sexualidades, de modo que tod@s @s envolvid@s na escola e na família, em parceria de trabalho com outras instâncias sociais, possam contribuir para espaços privilegiados para o questionamento e desestabilização da hegemonia compulsória do modelo heteronormativo. / This research presents reflections on human sexuality, moving through various looks, that trigger debates and at the same time foster silences, fragmentation and continued inquiry, specifically when referring people that do not coincide with current norms, that is, not obey the heteronormative model. The paper describes the research into the experiences, representations and experiences of youth, seen as decisive cycle for demarcation of gender differences, and think the issue of sexual diversity. The complexity of sexuality and plurality are still rejected both at school and in the family, often causing discrimination and exclusion of young people who do not fit the heterosexual patterns, socially prestigious. For these reasons, the research focused his research on the social representations d @ s youth about sexual diversity in the family and at school and how these narratives report violence, silence, transgressions and meetings in complicity. We seek to understand the social role of family and school in the dynamics of subjectivity formation, production and / or absence of practices / ideas that contribute to violence. In this sense, we opted for the empirical literature and a qualitative one, constructionist approach, using semi-structured interviews with young high school students in Jequié. For the organization and presentation of the data collected, we used the technique of content analysis. Theoretical framework resorted to author @ s area of Cultural Studies, Post-structuralists, feminist studies and Queer, namely: Beatriz Preciado (2011), Guacira Lopes Louro (1994, 1997, 2001, 2004, 2013th and 2013b) Judith Butler (2002, 2008, 2013, 2013th), Michel Foucault (1982, 1987.1988, 200, 2004, 2011 and 2012), Pierre Bourdieu (1975.1989, 2003 and 2012), Teresa De Lauretis (2006) Richard Miskolci (2005) among othe @s. Qualitative data were divided into three blocks interpretation and analysis: representations and personal narratives about sexuality; representations and narratives about youth sexuality in the school context and discussions about sexuality in the family prism. The results demonstrate the need for debate on gender and sexuality, so that we alls Wrapped @s in school and in the family, in partnership working with other social organizations, can contribute to privileged spaces for questioning and destabilization of hegemony compulsory the heteronormative model.
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Vivências do desejo feminino: a experiência homoafetiva

Machado, Aline Oliveira 01 March 2010 (has links)
Submitted by Maria Suzana Diniz (msuzanad@hotmail.com) on 2015-11-06T16:27:06Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1853125 bytes, checksum: 3cd8a3d3bf661c8edccf75ca0388a33d (MD5) / Made available in DSpace on 2015-11-06T16:27:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1853125 bytes, checksum: 3cd8a3d3bf661c8edccf75ca0388a33d (MD5) Previous issue date: 2010-03-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Thinking of a society where part of the population is destined to live their affectivity in secret is to think like these people "admit to himself" a sexuality intended to marginalization and how to face, from the identification of desire itself to the practice of desire. Several studies have shown that even with the existence of social norms that shy away prejudice, discrimination is still active, although it is assuming forms of expression that do not come into direct confrontation with the term of the current standards of tolerance. These discriminatory attitudes and situations of exclusion have created feelings of inadequacy in homoerotic subjects, which is reflected directly on your self-esteem and in carrying out its duties as individuals belonging to the society. Consequently, the homoerotic subjects are seeking emotional support from each other, allowing them to soften the refusal of the harmonic coexistence with the rest of society. So the aim of this study is to investigate the construction of the social experience of the group of women who experience the practice of homoerotic desire as active minorities in a social dynamic characterized by disparaging representations to groups of sexual minorities. Describing how in this universe have developed and expressed the strategies of this experience. In this regard, research is based on five aspects: perception about the causes of homosexuality; Emotional and social factors involved the discovery of homoerotic desire; Perception about the discrimination experienced; Perception about the movements and sexual minorities contributed in the struggle for sexual diversity; and Perception about which are the flags of fights must be prioritized by the movement of sexual minorities. Two studies were carried out for this purpose, the first with sample composed of 81 women who practice the homoeroticism, contacted through networks of contacts; the second study included a sample of 176 women students of humanities courses that had already begun their sexual practice. Analyzing the data obtained in two studies, we can say that if homoerotic women have a vivid perception of the discrimination and prejudice from your homoerotic practices, consequences to which they are subject in society, on the other hand the experience of sexuality is full by feelings of social repression for straight women. Thus, discrimination is felt by this woman, and even more intensely lived by women homoerotic practice, which makes the practice of sexuality lived through the filter normative created and maintained socially. / Pensar em uma sociedade onde parcela da população é destinada a viver sua afetividade de forma secreta é pensar como estes sujeitos “admitem para si” uma sexualidade destinada à marginalidade e como enfrentam, desde a identificação do próprio desejo à prática do desejo. Diversos estudos têm demonstrado que mesmo com a existência de normas sociais que coíbem o preconceito, a discriminação continua atuante, embora esteja assumindo formas de expressão que não entram em confronto direto com a vigência das atuais normas de tolerância. Essas atitudes discriminatórias e as situações de exclusão criam sentimentos de inadequação social nos sujeitos homoeróticos, o que se reflete diretamente na sua auto-estima e no desempenho das suas funções enquanto indivíduos pertencentes à sociedade. Conseqüentemente, os sujeitos homoeróticos agrupam-se buscando um suporte emocional entre si, que lhes permite amenizar a recusa do convívio harmônico com o restante da sociedade. Assim o objetivo deste trabalho é investigar a construção da vivência social do grupo de mulheres que experienciam a prática do desejo homoafetivo enquanto minorias ativas, em uma dinâmica social caracterizada por representações depreciativas a grupos de minorias sexuais. Descrevendo como neste universo se desenvolvem e se expressam as estratégias dessa vivência. Neste sentido, a investigação baseia-se concretamente em cinco aspectos: Percepção acerca das causas da homossexualidade; Fatores emocionais e sociais envolvidos a descoberta do desejo homoerótico; Percepção acerca da discriminação vivida; Percepção acerca de como os movimentos e as minorias sexuais contribuem na luta pela diversidade sexual; e Percepção acerca de quais as bandeiras de lutas devem ser priorizadas pelo movimento de minorias sexuais. Para tanto foram realizados dois estudos, o primeiro com amostra composta por 81 mulheres que praticam o homoerotismo, contatadas através de redes de contatos; já o segundo estudo contou com uma amostra de 176 mulheres estudantes de cursos da área de humanas que já haviam iniciado sua prática sexual. Analisando os dados obtidos nos dois estudos, podemos afirmar que se por um lado as mulheres de práticas homoafetivas tem uma vívida percepção tanto das formas como das conseqüências da discriminação e preconceito a que estão submetidas na sociedade, por outro lado a vivência da sexualidade é perpassada por sentimentos de repressão social também por mulheres heterossexuais. Assim, a discriminação é sentida por ser mulher, e ainda mais intensamente experenciada por mulheres de prática homoafetiva, o que faz com que a prática da sexualidade seja vivida através do filtro das normativas criadas e mantidas socialmente.
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Rompendo a mordaça: representações de professores e professoras do ensino médio sobre homossexualidade / Breaking the silence: representations of high school teachers on homosexuality

Jonas Alves da Silva Junior 16 December 2010 (has links)
A complexidade da sexualidade humana, bem como a admissão da existência de uma diversidade sexual foram (e ainda são) rechaçadas na escola, ocasionando não raro a discriminação e a exclusão de alunos/as que não se enquadram nos padrões heterossexistas prestigiados socialmente. Por essa razão, nesta pesquisa, investigam-se as representações que professores/as do Ensino Médio de duas escolas públicas paulistanas têm sobre homossexualidade e diversidade sexual no cotidiano escolar, buscando-se um maior aprofundamento teórico e interpretativo. Para chegar ao objetivo proposto, a pesquisa de campo foi realizada com base em um questionário semiestruturado, com questões abertas e fechadas. Como referencial teórico, utilizaram-se autores da área dos Estudos Culturais (teoria queer) e dos teóricos da Representação Social. Os dados quantitativos da pesquisa foram apresentados em forma de gráfico comparativo (entre as duas escolas), e os dados qualitativos foram divididos em três blocos de interpretação (representações, formação de professores e diversidade sexual na escola) e analisados em três categorias de análise, com base nas falas dos/as professores/as: 1) representações da homossexualidade sob viés de preconceito evidente; 2) representações da homossexualidade sob viés de preconceito latente; 3) representações da homossexualidade na perspectiva democrática e inclusiva. Os resultados obtidos são de grande relevância para a Educação Sexual, bem como para a cultura do respeito à diversidade, pois permitem detectar as diferentes formas com que o preconceito a cidadãos não heterossexuais instalam-se na escola. Além disso, os resultados evidenciam que a conexão entre discriminação e homossexualidade funda-se em uma questão cultural, enraizada em dogmas, crenças e representações construídas socialmente para conservar a hegemonia da heterossexualidade e, por conseguinte, subalternizar e inferiorizar as orientações sexuais consideradas não-padrão. / The complexity of human sexuality, as well as the admission of the existence of sexual diversity were (and still are) rejected by the school, often leading to discrimination and exclusion of students that do not fit in socially prestigious heterosexist standards. Therefore, in this research are investigated the representations that teachers of two public paulistana\'s high schools have about homosexuality and sexual diversity in school life, seeking a deeper theoretical and interpretive approach. To reach the objective, the field research was conducted based on a semi-structured questionnaire with open and closed questions. The theoretical authors used were from Cultural Studies field (queer theory) and the theory of Social Representation. Quantitative data from the survey were presented in a comparative graph form (between the two schools), and qualitative data were divided into three blocks of interpretation (representation, teachers formation and sexual diversity in school) and analyzed in three categories of analysis, based on the speech of the teacher: 1) representations of homosexuality under the bias of evident prejudice, 2) representations of homosexuality under latent prejudice bias, 3) representations of homosexuality in a democratic and inclusive perspective. The results are of great relevance to sexual education and to the culture of respect for diversity, it can detect the different ways that prejudice against non-heterosexual citizens is established in school. Furthermore, the results show that the connection between discrimination and homosexuality is based on a cultural issue, rooted in dogmas, beliefs and representations socially constructed to preserve the hegemony of heterosexuality and consequently to undervalue and to degrade sexual orientations considered nonstandard.
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A diversidade sexual na escola : produção de subjetividade e políticas públicas

Quartiero, Eliana Teresinha January 2009 (has links)
Este estudo investiga os efeitos dos enunciados das atuais políticas públicas acerca da diversidade sexual propostos para a educação, principalmente através do Programa Brasil Sem Homofobia. A análise das práticas instaladas no cotidiano escolar tem como foco compreender efeitos da proposição de uma educação inclusiva e não sexista particularmente no que tange à homofobia. A pesquisa foi realizada em duas escolas da rede pública de Porto Alegre, uma estadual e a outra municipal, onde foram realizadas observações do cotidiano escolar e entrevistas com professores/as. Esta pesquisa foi desenvolvida a partir de uma orientação genealógica utilizando a produção teórica de Michel Foucault como meio de refletir sobre as condições de possibilidade do surgimento e da implantação destas políticas públicas e seus efeitos nas práticas escolares. Nestas práticas existe um lugar bem marcado para o outro, a lógica geralmente utilizada se refere a um ideal, o que deveria ser, o esperado - a heteronormatividade. Diferentes discursos são utilizados para manter o diferente em um lugar distanciado. A proposta de inclusão está vinculada a uma carência, desvantagem, desvio, do indivíduo que necessita da intervenção do processo inclusivo. As justificativas da intervenção estatal são de proteção e constituem um lugar para a população alvo como o de pessoas em risco e vulnerabilidade. A conquista de direitos jurídicos se mostrou fundamental para a garantia de espaços e legitimidade e há uma apropriação pelas/os professoras/es do discurso jurídico de direitos humanos e de direitos sexuais. A possibilidade de inclusão dos diferentes/diversos sexuais está amparada no enunciado de que todos têm direito à escolarização, porém um questionamento que se apresenta acerca da proposta de inclusão é sua utilização como uma prática de tolerância e tentativa de acabar com as diferenças tendo como referência à normalidade. Enunciados homofóbicos e sexistas estão profundamente articulados com os de discriminação de classe e etnia, desigualdades se sobrepõem e se reforçam. / This study investigates the effects of the statements of the current public policies on the sexual diversity proposed for education, mainly through the program Brasil Sem Homofobia (Brazil without homophobia). The analysis of the practices installed in the school daily has as a focus understand effects of the proposition of an inclusive and non sexist education particularly regarding homophobia. The research was done in two public network schools in Porto Alegre, one state and the other municipal, where observations of the school daily and interviews with teachers were made. This research was developed from a genealogical orientation using the theoretical production of Michel Foucault as a means to reflect on the conditions of possibility of the emergence and implementation of these public policies and their impact on school practices. In these practices there is a well marked place for the other, the logic usualy used refers to an ideal, what should be, the expected - the heteronormativity. Different discourses are used to keep [ou mantain] the different in a distant place. The proposal of inclusion is bound to a deficiency, disadvantage, and deviation of the individual that needs the intervention of the inclusive process. The state intervention justifications are of protection and constitute a place for the aimed population of people in risk and vulnerability. The achievement of legal rights is being fundamental for the guarantee of spaces and legitimacy and there is an appropriation by the teachers of the legal discourse of human rights and sexual rights. The possibility of inclusion of the sexual different is supported in the statement that sais that all have rights to schooling, but a question that presents itself on the proposal of inclusion is its use as a practice of tolerance and attempt of ending the differences having the normality as a reference. Homophobic and sexit statements are deeply related to the ones of class and ethnic discrimination, inequalities overlap and strengthen themselves.

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