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Exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro e repercussões sobre a saúde de pilotos agrícolasZanatta, Mateus January 2017 (has links)
Pilotos agrícolas atuam em condições de trabalho que podem acometê-los de doenças e contribuir para ocorrência de acidentes de trabalho. Nesse contexto, estudos têm direcionado seus esforços para compreender os efeitos de diversos fatores no desempenho do piloto, na saúde e/ou na segurança de voo. Exemplos típicos incluem, principalmente, a exposição aos defensivos agrícolas, seguido da exposição ao ruído ambiental e condições térmicas desfavoráveis, bem como a distribuição das responsabilidades entre os profissionais envolvidos. Outros problemas relacionados ao trabalho de pilotos agrícolas, como a operação em áreas improvisadas e o efeito dessa condição de trabalho na exposição às vibrações não é explorado. Além disso, observa-se que as queixas de dores na coluna são comuns entre os profissionais e, em função das condições de trabalho, é possível que estes tenham um risco aumentado de problemas na coluna vertebral. O objetivo dessa tese é de explorar a exposição dos pilotos agrícolas à Vibração de Corpo Inteiro (VCI) e identificar os efeitos desta na saúde, principalmente, no que diz respeito aos sintomas musculoesqueléticos da coluna vertebral. A metodologia compreendeu três etapas que incluem: uma pesquisa de campo orientada ao entendimento das condições de trabalho dos pilotos agrícolas, principalmente sobre os fatores capazes de influenciar na exposição ocupacional à VCI e na ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos; a coleta e análise de dados sobre a exposição ocupacional dos pilotos agrícolas à VCI; e, a coleta e análise de dados sobre os sintomas musculoesqueléticos da coluna vertebral. Como resultados da pesquisa de campo, são apresentados dados sobre a rugosidade da superfície das áreas de pouso, perfil de exposição à VCI e prevalência de sintomas musculoesqueléticos em pilotos agrícolas. Os fatores significativos identificados como na exposição dos pilotos agrícolas à VCI foram o modelo de aeronave usada, as condições de rugosidade superficial das áreas de pouso, bem como as etapas do voo. Com relação à saúde da coluna vertebral dos pilotos, apenas a exposição ocupacional à VCI se apresentou como significativa. Dada a complexidade das relações de trabalho no contexto da aviação agrícola, com o envolvimento de diferentes tipos de trabalhadores, são incluídos três tipos de soluções para prevenir a ocorrência de distúrbios musculoesqueléticos em pilotos agrícolas: a manutenção frequente das áreas de pouso, de responsabilidade dos produtores rurais; a gestão do tempo de exposição diário, de responsabilidade dos gestores operacionais e de segurança operacional; e, alterações no projeto de aeronaves, seja na interface com o piloto, para atenuar a transmissibilidade das vibrações oriundas da aeronave, ou, nos sistemas de amortecimento, capazes de isolar a fonte das vibrações, impedindo sua propagação. / Agricultural pilots work in conditions that can affect them and contribute to the occurrence of work-related accidents. In this context, earlier studies have focused their efforts on the understanding of the effects of many factors on pilot performance, health and/or flight safety. Typical examples include exposure to pesticides, exposure to environmental noise and unfavorable thermal conditions, as well as the distribution of responsibilities among the professionals involved with the aerial application. Other problems related to the work of agricultural pilots, such as operation on improvised runways and the effect of this working condition on exposure to vibrations is not explored. In addition, it is noted that complaints of pain in the spine are common among professionals and, depending on working conditions, they may have an increased risk of spinal problems. The objective of this thesis is to explore the exposure of agricultural pilots to Whole-Body Vibrations (WBV) and to identify the effects of this on health, especially regarding to musculoskeletal symptoms of the spine. The methodology consisted of three stages: a field research aimed at understanding the working conditions of agricultural pilots, mainly on the factors capable of influencing the occupational exposure to WBV and the occurrence of musculoskeletal disorders; The data collection and analysis about occupational exposure of agricultural pilots to WBV; and, the data collection and analysis about musculoskeletal symptoms of the spine. As results of the field research, data are presented on surface roughness of landing fields, exposure to WBV and prevalence of musculoskeletal symptoms in agricultural pilots. The significant factors identified as in the exposure of the agricultural pilots to the WBV were the aircraft model used, the surface roughness conditions of the landing areas, as well as the flight stages. Regarding the health of the spine of the pilots, only the occupational exposure to the WBV was presented as significant. Given the complexity of labor relations in the context of agricultural aviation with the involvement of different types of workers, three types of solutions are included to prevent the occurrence of musculoskeletal disorders in agricultural pilots: frequent maintenance of landing areas, farmers; The management of the daily exposure time, the responsibility of the operational managers and operational safety; And changes in aircraft design, either at the interface with the pilot, to mitigate the transmissibility of vibrations from the aircraft, or, in damping systems, capable of isolating the source from vibrations, preventing their propagation.
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Efeito antinociceptivo e anti-inflamatório dos graus 1 e 3 de mobilização articular em modelo experimental de inflamação articular / Antinocipetive and Anti-inflammatory Effect of Grade 1 and 3 of Joint Mobilization in Experimental Model of Joint InflammationSilva, Zak Moreira de Andrade 03 April 2014 (has links)
Aim of investigation: This study investigated the antinociceptive and anti-inflammatory effects of different grades of joint mobilization (JM) at different periods of time after induction of inflammation. Methods: Seventy five male Wistar rats were induced with joint inflammation through an injection volume with 0.1 mL of 3% carrageenan and kaolin at the left knee. Later, they were divided into groups of joint mobilization grade 1, grade 3 and control. Animals were assessed at different periods as 5 days before induction, 07 hours after induction, and 03, 10 and 20 days after induction of inflammation. Joint mobilizations were held for grades 1 and 3 differentiated by the degree of range performed and where clinically indicated for pain reduction and improved mobility. The protocol of JM was performed by using three sets of three minutes with one minute of interval between each series. Control animals were maintained in a glove for the duration of therapeutic intervention. All tests were performed with the investigator blinded to treatment. Mechanical hyperalgesia, and motor performance were assessed through digital analgesimeter and grip strength meter, respectively. Anti-inflammatory action was assessed by the total cell counting. Results: All experimental groups became hyperalgesic, through a significant reduction in mechanical withdrawal threshold (p<0.001) 24 hours after the inflammation was induced. There was no change in the mechanical withdrawal threshold in the experiment where the JM was done before induction. There were antinociceptive effects in the other groups, when compared with control (p<0.05). There was a significant reduction of the total cells counting only in the group treated with grade 1 JM when compared to the group treated with grade 3 and to the control group (p<0.0001). There was no difference for the withdrawal threshold between grades 1 and 3 JM related to the experiments assessed 03, 10 and 20 days after induction of inflammation, and for the 7-hour after induction group, only grade 1 mobilization showed antinociceptive effect (p<0.001). There was no difference between groups related to motor performance. Conclusions: Both grade 1 and grade 3 JM were effective in reducing secondary hyperalgesia after joint inflammation, and grade 1 was more effective in suggesting anti-inflammatory effect in joint inflammation. / Introdução: Dor músculo-esquelética é uma condição altamente prevalente, com influência econômica relevante para a sociedade e repercussões na funcionalidade dos indivíduos. A mobilização articular (MA) é um método terapêutico que promove alívio de dor e melhora da amplitude de movimento funcional. Este estudo é justificado pela necessidade de maior aprofundamento nos efeitos da MA na dor articular aguda e crônica, envolvendo os seus diversos períodos, desde a instalação aguda da inflamação, até a cronificação da dor articular. Objetivo: O presente estudo investigou os efeitos dos graus 1 e 3 de MA bem como o efeito antihiperalgésico das MAs efetuadas durante diferentes períodos após a indução da inflamação articular. Método: 75 ratos Wistar foram induzidos com inflamação articular através de uma injeção com o volume de 0,1 mL de solução de carragenina e caolina (3%) no joelho esquerdo. Posteriormente, a formação dos grupos deu-se de acordo com os graus de MA clinicamente indicados para redução da dor e melhora da mobilidade: grau 1, grau 3 e controle, com 25 animais em cada grupo. As intervenções foram realizadas em diferentes fases: 05 dias antes da indução, 07 horas após a indução, e 03, 10 e 20 dias após a indução de inflamação articular. Os animais do grupo controle foram mantidos dentro da luva durante o tempo do procedimento de intervenção terapêutica. Todos os testes foram feitos com experimentador cego para o tratamento. Foram mensurados os efeitos antinociceptivos, a partir da hiperalgesia mecânica secundária, e os efeitos anti-inflamatórios, a partir da contagem total de células inflamatórias, além disso, foi mensurado o desempenho motor, a partir do Grip Strength Meter. Resultados: Em todos os grupos experimentais, houve redução significativa do limiar mecânico da pata 24 horas após instalado o processo infamatório em todos os grupos, indicando hiperalgesia (p<0,001). Não houve efeitos antinociceptivos quando a MA foi administrada antes de induzir a inflamação articular pré-indução. Ambos os graus de MA (1 e 3) promoveram redução significativa do limiar mecânico de retirada da pata em relação ao controle quando aplicada 3, 10 e 20 dias após indução da inflamação (p<0,05). Às 7 horas pós-indução apenas o grau I apresentou redução significativa do limiar mecânico de pata (p<0,001). Não houve repercussão no desempenho motor após tratamento com MA em nenhum dos períodos de intervenção. Houve diminuição significativa do número total de leucócitos nos grupos que sofreram intervenção com o grau 1 (p<0,0001). Conclusões: Mobilização articular grau 1 e grau 3 foram eficientes na redução da hiperalgesia mecânica em todos os momentos da inflamação articular, sendo que o grau 1 apresentou efeito antinociceptivo no momento mais precoce estudado em modelo experimental de dor inflamatória. A mobilização articular de pequena amplitude apresentou repercussão sobre a contagem de leucócitos, sugerindo um efeito anti-inflamatório da mobilização articular.
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O ultrassom articular = uma ferramenta importante de avaliação no diagnóstico na artrite reumatóide inicial / Joint Ultrasound : an important assessment toll for the diagnosis of early rheumatoid arthritisMendonça, José Alexandre, 1969- 09 September 2011 (has links)
Orientador: Manoel Barros Bértolo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T22:39:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Objetivo: Avaliar sinovite pelo ultrassom (US) articular em pacientes com artrite reumatóide (AR) inicial e correlacionar com os dados clínicos, radiográficos e laboratoriais. Pacientes e Métodos: Este estudo avaliou 832 articulações de 32 pacientes (24 mulheres e 8 homens) com AR inicial selecionados no período de 2008 a 2010 do ambulatório de artrite da Universidade Estadual de Campinas, caracterizado por 20 (62.5%) caucasóides e 12 (37.5%) não caucasóides; um tempo médio de doença de 13 meses, com média de idade de 42 anos. Nesta amostra foram detectadas, pelas escalas semiquantitativas cinza (SG) e pelo power Doppler (PD), 173 articulações com sinovite de grau 0 a 3. Foi usado um ultrassom GE LOGIQ XP-linear de alta frequência (8-10 MHz). Todas as mãos foram radiografadas e analisadas pelo score de Larsen com variação de grau entre 0 a V. Resultados: Este estudo evidenciou correlações significativas e positivas entre os dados ultrassonográficos, clínicos e laboratoriais: SGUS e PDUS do punho D e PCR (r=0.41 a 0.42), SGUS do 3ªMTF D, 4ªMTF D com o HAQ - DI (r=0.37 a 0.38), SGUS do 4ªMTF E e o PCR (r=0.42), SGUS do 2ªMTF D e o FR (r=0.40), SGUS-Score 7mod com o DAS28 (PCR) (r=0.38) e o PDUS-Score 7mod com o PCR (r=0.39). Houve correlações significativas negativas com o SGUS 2ªMTCF D com a dose e o tempo de uso MTX (r=-0.36 a -0.37). O PCR nesta amostra pode ser considerado um indicador de atividade inflamatória quando existe sinovite detectada pelo US. Conclusão: A utilização do US mostrou ser uma importante ferramenta na avaliação de AR inicial e dá um suporte mais seguro no diagnóstico para iniciativas terapêuticas mais precisas e seletivas / Abstract: This study evaluated 832 joints of 32 patients (24 women and 8 men) with early RA enrolled for the period 2008 to 2010 of the arthritis clinic of the Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), characterized by 20 (62.5%) Caucasians, 12 (37.5%) non-Caucasians, an average disease was 13 months, with a mean age of 42 years. This sample was detected by semi-quantitative gray scale (GS) and power Doppler (PD) 173 joints with synovitis of degree 0 to 3. It was used a GE LOGIQ XP-linear ultrasound and high frequency (8-10 MHz) transducer. All hands were X-rayed and analyzed by the Larsen score, with grades ranging from 0 to V. This study showed positive and significant correlation between sonographic, clinical and laboratory data: GSUS/PDUS of right wrist and CRP (r = 0.41 to 0.42), GSUS of the right 3ºMTP, GSUS of the right 4ºMTP and HAQ - DI (r = 0.37 to 0.38), GSUS of the left 4ºMTP and CRP (r = 0.42), GSUS of the right 2ºMTP and FR (r = 0.40), GSUS 7mod-score with the DAS28 (CRP) (r = 0.38) and PDUS 7mod-Score to CRP (r = 0.39). There was a significant negative correlation with the right 2ºMCP with dose and duration of MTX use (r = -0.36 to -0.37). The CRP in this sample can be considered an indicator of inflammatory activity, when analyzed separately or with all the joints committed. Using the US was an important tool in the evaluation of RA and gives a more secure support for initiatives in the diagnosis and treatment more precise and selective / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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Atividade elétrica dos estabilizadores dinâmicos da patela no exercício de agachamento associado a diferentes posições do quadril em indivíduos normais e portadores de síndrome da dor femoropatelar.Say, Karina Gramani 18 February 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-02-18 / Financiadora de Estudos e Projetos / The purpose of this study was to evaluate the electrical activity of the Vastus Medialis
Obliquus (VMO), Vastus Lateralis Obliquus (VLO) and Vastus Lateralis Longus (VLL)
in the isometric wall slide squat exercise at 45 and 60º knee flexion associated in a
neutral position (NP), 45º of lateral rotation (LR 45), 15º of medial rotation (MR 15)
and 30º hip medial rotation (MR 30) only in the 45o angle. The electrical activity of the
VMO, VLO and VLL of 15 healthy subjects control group (21,13 ± 2,17 years) and
12 subjects with Patellofemoral pain syndrome (PFPS) PFPS group (21,08 ± 2,31
years), female, was picked up using simple active differential surface electrode, the
electromyography system of 8 channels and software Aqdados 7.2.6. The data were
normalized by the percentage of the squatting exercise at 75º flexion and hip in neutral
position RMS (µV). The volunteers executed the exercise on the Squat Platform that
permitted the standing on the hip rotation desirable and the electrogoniometer indicated
the amplitude of knee flexion. The ANOVA with repeated measures was used to
analyze the data as well as the Duncan pos hoc (p≤0,05). The results of this study
revealed no significant interaction between any knee angulation and hip position and
every muscles showed significantly higher electrical activity at 60º squatting compared
with 45º, on both groups. For the control group, intramuscles analysis, there was no
statistical difference for hip position and intermuscles analysis, at 45º squatting as well
as 60º, the VLL muscle showed greater electrical activity than VMO (p=0,00036 - 45º;
p=0,02 - 60º) and VLO muscle (p=0,00013 - 45º; p=0,0048 - 60º), whereas there was no
significant difference between the VMO and VLO muscle (p=0,68 - 45º; p=0,51 - 60º).
For the PFPS group, in intramuscles analysis, just VLO muscle showed significantly
difference to hip position (p=0,019), that this electrical activity greater in 60º LR
(p=0,00); on the analysis between muscles it was revealed that, in 45º squatting, the
VLL muscle showed significantly greater electrical activity than the VMO (p=0,005)
and the VLO muscles (p=0,000), whereas, the VMO muscle showed greater electrical
activity than VLO (p=0,0001). On the other hand, at 60º squatting, the electrical activity
of VLL and VMO were greater than VLO muscle (p=0,000 VLL; p=0,0001 - VMO).
However, there was no significative difference between VMO and VLL (p=0,72). The
analysis between the groups revealed that just the VMO muscle of the PFPS groups
showed greater electrical activity than VMO from the control group in 60º squatting
with hip rotation analyzed, except in LR (p=0,00036). The results of this research,
obtained under the experimental conditions, indicated that the squatting exercise at the
60º angle, in any hip position (except in the lateral rotation) is indicated for the PFPS
treatment since it presents a higher stability of the medial and lateral components of the
muscle (VMO and VLL). On the other hand, the squatting exercise at the 45º, in any hip
position, should avoid in the subjects with PFPS because the electrical activity of VLL
is higher than VMO. / A proposta desse trabalho foi analisar a atividade elétrica dos músculos Vasto Medial
Oblíquo (VMO), Vasto Lateral Oblíquo (VLO) e Vasto Lateral Longo (VLL) no exercício
de agachamento isométrico "wall slide" a 45º e 60º de flexão do joelho associado à posição
neutra (PN), à rotação lateral de 45º (RL 45), a rotação medial à 15º (RM15) e a 30º de
rotação medial do quadril (RM30) apenas no ângulo de 45º. A atividade elétrica dos
músculos VMO, VLO e VLL de 15 indivíduos clinicamente normais grupo controle
(21,13 ± 2,17 anos) e 12 indivíduos portadores de Síndrome da Dor Femoropatelar (SDFP)
grupo SDFP (21,08 ± 2,31 anos), sexo feminino, foi captada por eletrodos ativos
diferenciais simples de superfície, um eletromiógrafo de 8 canais e programa AqDados
7.2.6. Os dados foram normalizados pela porcentagem do exercício de agachamento a 75º
com o quadril em posição neutra (%RMS-µV). Os exercícios foram realizados na
Plataforma de Agachamento ajustável a cada posição do quadril e o ângulo de flexão do
joelho foi obtido por meio de um eletrogoniômetro. Os dados foram analisados pela
ANOVA com medidas repetidas e o teste de Duncan (p≤0,05). Não houve interação entre a
angulação do joelho e as posições do quadril, nos dois grupos estudados. A atividade
elétrica de todos os músculos foi significativamente maior no agachamento a 60º do que a
45º, em qualquer posição do quadril, nos dois grupos. No grupo Controle, na análise
intramúsculos, não houve diferença significativa entre as posições do quadril. Na análise
intermúsculos, tanto no agachamento a 45º quanto a 60º, o músculo VLL apresentou
atividade elétrica significativamente maior do que a do VMO (p=0,00036 a 45º; p=0,02 a
60º) e do que a do VLO (p=0,00013 a 45º; p=0,0048 a 60º). No entanto, não houve
diferença significativa entre o VMO e o VLO (p=0,68 a 45º; p=0,51 a 60º). No grupo
SDFP, na análise intramúsculos, apenas o VLO apresentou diferença significativa no
posicionamento do quadril (p=0,019), sendo a atividade elétrica maior na Rotação Lateral a
60º (p=0,00). Na análise intermúsculos, no agachamento a 45º, em todas as posições do
quadril, o músculo VLL apresentou atividade elétrica maior do que a do VMO (p=0,005) e
do que a do VLO (p=0,000). No entanto, a atividade elétrica do VMO foi
significativamente maior do que a do VLO (p=0,0001). Por outro lado, no agachamento a
60º, em todas as posições do quadril, os músculos VLL e VMO apresentaram atividade
elétrica maior que a do VLO (p=0,000; p=0,0001, respectivamente). Entretanto, não houve
diferença significativa entre o VMO e VLL (p=0,72). Na análise entre os grupos, no
agachamento a 60º e, em todas as posições do quadril analisadas (p=0,00036), exceto na
Rotação Lateral, a atividade elétrica do VMO do grupo SDFP foi significativamente maior
do que a do VMO do grupo Controle. Os dados dessa pesquisa, nas condições
experimentais utilizadas, sugerem que o exercício de agachamento wall-slide à 60º
associado a qualquer posição do quadril, exceto na rotação lateral, está indicado no
tratamento da SDFP por apresentar uma maior estabilidade dos componentes medial e
lateral (longo e oblíquo) da patela. Por outro lado, o exercício de agachamento wallslide
a 45º associado a qualquer posição do quadril deveria ser evitado nos indivíduos com
SDFP pela atividade elétrica do VLL ser maior do que a do VMO.
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Análise comparativa com ferramentas biomecânicas para trabalho em frigorífico de suíno / Comparative analysis with biomechanical tools for working in a pork slaughterhouseOliveira, Ana Cristina de 15 February 2018 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A correlação entre os métodos que calculam risco ergonômico oferece uma contribuição do método ergonômico mais adequado para frigorífico de suíno. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi relacionar o desempenho de quatro ferramentas de fator de risco ergonômico (OCRA - Occupational Repetitive Actions, RULA - Rapid Upper Limb Assessment, REBA - Rapid Entire Body Assessment e TOR-TOM -Taxa de Ocupação Real - Taxa de Ocupação Máxima) através de análise estatística. A coleta dos dados ocorreu no setor sala de cortes por meio da aplicação do método observacional por filmagem. Os métodos calculados foram convertidos para uma escala Likert de cinco pontos e realizado uma análise de variância entre grupos (ANOVA) e comparação múltipla. Como resultado pode-se afirmar que todos os riscos ergonômicos não apresentam diferença significativa entre as ferramentas, e quando realizada a comparação múltipla, os métodos dinâmicos (OCRA e TORTOM) se diferenciaram dos métodos estáticos (RULA e REBA). Através da regressão linear os métodos dinâmicos se mostraram mais adequados para os postos de trabalho em frigorífico. Para concluir, os métodos dinâmicos são adequados para análise de risco ergonômico em frigorífico de suíno e podem ser usados ponderando os objetivos de análise, as necessidades dos postos de trabalho, redução da exposição ao risco ergonômico e como consequência redução da exposição a doenças muscoesqueléticas. / The correlation between the methods that calculate ergonomic risk offers a contribution of the most appropriate ergonomic method for the swine chill. In this context, the objective of this study was to correlate the performance of four ergonomic risk factor tools (OCRA - Rapid Upper Limb Assessment, REBA - Rapid Entire Body Assessment and TOR-TOM - Occupancy Rate Real - Rate of Maximum Occupancy) through statistical analysis. The data collection was performed in the courtroom sector through the application of the observational method by filming. The calculated methods were converted to a five-point Likert scale and performed an analysis of variance between groups (ANOVA) and multiple comparison. As a result it can be stated that all ergonomic risks do not present significant differences between the tools, and when the multiple comparison was made, the dynamic methods (OCRA and TOR-TOM) differed from static methods (RULA and REBA). Through linear regression, the dynamic methods were more adequate for the refrigeration workstations. To conclude, the dynamic methods are suitable for ergonomic risk analysis in pigs and can be used by weighing the objectives of analysis, the needs of the work stations, reducing the exposure to ergonomic risk and as a consequence reducing the exposure to musculoskeletal diseases.
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Capacidade de carga, sintomas musculoesqueléticos e classificações posturais na atividade de costureiras / Capacity of charge, musculoskeletal symptoms and postural ratings on seamstresses activityPizyblski, Elisandra Montes 29 September 2015 (has links)
Capes / O objetivo deste estudo foi encontrar correlação entre as posturas adotadas e os respectivos riscos posturais, a dor e/ou sintomas musculoesqueléticos e a capacidade de carga em costureiras de indústrias de confecção de vestuário da cidade de Ponta Grossa, Paraná. A amostra foi composta por costureiras do gênero feminino. O problema que se avista para a presente pesquisa centra-se: De que maneira, as posturas e a força de preensão manual aplicadas e utilizadas no trabalho, afetam a sintomatologia da dor e os sintomas musculoesqueléticos, em trabalhadoras de indústrias de confecção? O referencial teórico pautou-se em: indústria têxtil, características da indústria de confecção de vestuário, ergonomia, postura, efeitos causados ao trabalhador na postura sentada, coluna vertebral e a postura sentada, avaliação ergonômica, métodos de avaliação de análise postural, avaliação dos sintomas musculoesqueléticos e sua localização e avaliação da capacidade de carga. Quanto à abordagem metodológica, a pesquisa classifica-se como quali-quantitativa, descritiva e de levantamento. A pesquisa foi desenvolvida em cinco empresas do ramo de confecção do vestuário, totalizando 57 costureiras. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram questionários, entrevistas, o método REBA (Rapid Entire Body Assessment) para avaliação das posturas, o Diagrama de Corlett e Manenica para a localização da dor nos segmentos corporais e intensidade e dinamômetro para medir a força de preensão manual. A pontuação média no método REBA da amostra foi de 4,75 (± 0,46). A maioria das costureiras (80,70%) respondeu que possui dor em algum segmento corporal, ou em membros superiores ou inferiores, e apenas 19,30% da amostra disse não sentir desconforto. Os segmentos corporais que as costureiras da amostra não apresentaram dor foram: a bacia, o braço esquerdo, o antebraço direito e o punho direito. Com relação aos membros superiores, o que apresentou maior relato de dor foi a região lombar, com 40,35%. A segunda região de maior dor é a cervical, com 36,84%, seguido da região da costa média com 24,56%. A quarta região foi o pescoço, com 22,80% e a quinta foi a costa superior, com 17,54%. Com relação aos membros inferiores, a maior queixa de dores foi nas pernas, com 56,14%, contra apenas 5,26% nas coxas. A média da capacidade de carga das costureiras, medida através da força de preensão manual foi de 24,7 quilos (± 5,81). Os resultados das correlações entre as três variáveis: postura, dor e capacidade de carga apresentaram correlação fraca ou ausente, pois a correlação entre postura e dor foi ausente, e as correlações entre postura e dor e entre dor e capacidade de carga foram de r: 0.017. Acompanhando o trabalho das costureiras, foi possível identificar que as principais posturas adotadas ao longo da jornada laboral podem contribuir para o desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas. / The aim of this study was to find correlation between the positions taken and their risk posture, pain and / or musculoskeletal symptoms and the load capacity of seamstresses on the industry of clothing in the city of Ponta Grossa, Paraná. The sample consisted of seamstresses female. The problem that can be seen to this research focuses: How postures and grip strength applied and used at work, affect the symptoms of pain and musculoskeletal symptoms in workers in clothing industries? The theoretical framework was based on: textile industry, the clothing industry characteristics, ergonomics, posture, the effects caused in seated posture, spine and sitting posture, ergonomic evaluation, postural analysis of assessment methods, evaluation of musculoskeletal symptoms and assessing their location and load capacity. Regarding the methodological approach, the research is classified as qualitative and quantitative, descriptive and lifting. The research was conducted in five companies in the garment manufacturing industry, totaling 57 seamstresses. The instruments used for data collection were questionnaires, interviews, the REBA (Rapid Entire Body Assessment) method for assessment of attitudes, the Diagram Corlett and Manenica to the location of pain in the body segments and intensity and dynamometer to measure the force handgrip. The average score in REBA sample method was 4.75 (0.46). Most seamstresses (80.70%) replied that he has pain in a body part, or upper limbs or lower, and only 19.30% of the sample said no discomfort. The body segments that seamstresses sample did not experience pain were: the basin, the left arm, right forearm and right wrist. Regarding the upper limbs, which showed greater account of pain was a lumbar region, with 40.35%. The second area of greatest pain is the cervical, with 36.84%, followed by the middle coast region with 24.56%. The fourth area was the neck, with 22,80% and the fifth was the upper coast, with 17.54%. Regarding the lower limbs, the biggest complaint was pain in the legs, with 56.14%, compared to 5.26% in the thighs. The average load capacity of seamstresses, measured by grip strength was 24.7 kilograms (5.81). The results of the correlations between the three variables: posture, pain and load capacity had weak or no correlation because the correlation between posture and pain was absent, and the correlations between posture and pain and between pain and cargo capacity were r: 0017. Following the work of seamstresses, it observed that the main stances adopted during the working day can contribute to the development of musculoskeletal injuries.
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A termografia no apoio ao diagnóstico de lesão muscular no esporteBandeira, Fábio Henrique 15 July 2013 (has links)
Introdução: Lesões musculares são muito comuns e costumam afastar os atletas da prática esportiva, tornando-se um transtorno também aos clubes. Devido às suas características, o rúgbi é um dos esportes que mais ocasionam lesões. A lesão muscular apresenta uma variação térmica localizada, provocando um acréscimo da temperatura local. Supostamente estes sítios podem ser avaliados através da mensuração da temperatura. Objetivo: o objetivo geral deste estudo foi analisar a utilização da termografia como método de apoio ao diagnóstico de lesões musculares em atletas de rúgbi durante atividades de treino e jogo. Metodologia: participaram deste estudo, 21 atletas de rúgbi do sexo masculino com idades entre 19 e 31 anos, inscritos na Confederação Brasileira de Rúgbi, pertencentes à categoria adulta de um clube profissional de nível nacional, que executam treinamentos diários a mais de dois anos e que tenham participado por pelo menos 40 minutos de um treino ou partida oficial de rúgbi. Foram realizadas duas coletas de sangue para identificação da concentração sérica de CK, expressa em IU/L, sendo uma 48 h pós-treino e outra 48 h pós-jogo. Foi realizada a aquisição da imagem infravermelha dos atletas, sendo estes previamente orientados sobre os procedimentos a serem seguidos no dia dos exames. No momento da coleta, os atletas permaneceram vestidos apenas com a roupa íntima, em pé, por 30 minutos em repouso muscular em uma câmara de adaptação à temperatura, com temperatura e umidade controladas entre 22° e 23 °C e 45 e 50% respectivamente. Foram coletadas imagens do tronco (superior) e das coxas (inferior), nas incidências anterior e posterior. As imagens foram analisadas de forma sistemática e por inspeção. Resultados: a análise sistemática demonstra que não houve correlação entre a variação da CK e a variação de temperatura dos músculos analisados. A temperatura média das áreas selecionadas de todos os músculos foram maiores nos momentos de maior CK, porém, a variação de CK não apresentou correlação positiva significativa com a temperatura nestes mesmos momentos. Quando separado os sujeitos que apresentaram variação maior que 50% no nível sérico de CK entre os momentos de maior e menor concentração, os músculos peitoral esquerdo, reto femoral esquerdo e o semitendíneo esquerdo apresentaram as maiores diferenças com p-valor de 0,037, 0,057 e 0,045, respectivamente. O hemisfério corporal esquerdo apresentou uma maior diferença de temperatura quando comparado com o hemisfério corporal direito. A avaliação por inspeção mostrou que as regiões: superior anterior e inferior posterior apresentaram 13 atletas com aumento de temperatura maior que 0,6 °C coincidindo com um aumento do nível sérico de CK. A região superior posterior e a região inferior anterior apresentaram 11 atletas com variação de temperatura maior que 0,6 °C entre os momentos de maior e menor CK. Conclusões: pode-se concluir que a termografia pode e deve ser utilizada como método de apoio ao diagnóstico de lesão muscular em atletas, recomendando-se a utilização da análise por inspeção visual. / Introduction: Muscle lesions are very common and usually move away athletes from practicing sports, becoming also a nuisance to the clubs. Due to its characteristics, rugby is one of the sports where lesions on athletes happen very often. The muscle lesion presents a thermal variation in the affected area, causing a local increase of temperature. Supposedly these areas can be evaluated through the measurement of temperature. Objective: The general objective of this study was to analyze the use of thermography as a method of support on the diagnosis of muscle lesions in rugby athletes during training activities and games. Methodology: participating in this study were, 21 male rugby athletes, aged between 19 and 31 years old, registered with the Brazilian Rugby Confederation, belonging to the adult categories at a professional level of a national team, who perform daily training for over two years and who have participated for at least 40 minutes of training or of an official rugby match. Twice there were collections of blood samples so the serum CK could be identified, expressed in IU/L; one collection 48 hours after training and another 48 hours after a game. The infrared images of the athletes were obtained, these being previously instructed on the procedures to be followed on the day of the exam. On collection the athletes were dressed only with their underwear, standing up, for 30 minutes with muscle at rest in a chamber which adapts to the temperature, with temperature and humidity controlled between 22° and 23 °C and 45 and 50% respectively. Images were collected from the upper body (superior) and upper-legs (inferior), from anterior and posterior sides. The images were analyzed systematically and by inspection. Results: The systematic analysis revealed that there is no correlation between de CK variation and temperature variation in muscles analyzed. The average temperature in the selected areas of all muscles were higher when the CK was higher, however, the variation of CK did not show any significant positive correlation with the temperature in the same situations. When separating the participants who presented a variation higher than 50% on the serum CK level between moments of higher and lower concentration, the left upper body muscles, left rectus femoris and left semitendinosus presented the biggest differences with p-value of 0.037, 0.057 and 0.045, respectively. The left body hemisphere showed a bigger difference in temperature when compared with the right body hemisphere. The evaluation by inspection showed that the anterior superior and posterior inferior regions presented 13 athletes with increased temperature higher than 0.6 °C coinciding with an increase of the serum CK. The posterior superior and the anterior inferior presented 11 athletes with temperature variation higher than 0.6 °C between the moments of higher and lower CK. Conclusions: It is possible to conclude that thermography can and should be utilized as a supporting method to diagnose muscle lesion in athletes, recommending the use of the visual analysis by inspection. / 5000
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Capacidade de carga, sintomas musculoesqueléticos e classificações posturais na atividade de costureiras / Capacity of charge, musculoskeletal symptoms and postural ratings on seamstresses activityPizyblski, Elisandra Montes 29 September 2015 (has links)
Capes / O objetivo deste estudo foi encontrar correlação entre as posturas adotadas e os respectivos riscos posturais, a dor e/ou sintomas musculoesqueléticos e a capacidade de carga em costureiras de indústrias de confecção de vestuário da cidade de Ponta Grossa, Paraná. A amostra foi composta por costureiras do gênero feminino. O problema que se avista para a presente pesquisa centra-se: De que maneira, as posturas e a força de preensão manual aplicadas e utilizadas no trabalho, afetam a sintomatologia da dor e os sintomas musculoesqueléticos, em trabalhadoras de indústrias de confecção? O referencial teórico pautou-se em: indústria têxtil, características da indústria de confecção de vestuário, ergonomia, postura, efeitos causados ao trabalhador na postura sentada, coluna vertebral e a postura sentada, avaliação ergonômica, métodos de avaliação de análise postural, avaliação dos sintomas musculoesqueléticos e sua localização e avaliação da capacidade de carga. Quanto à abordagem metodológica, a pesquisa classifica-se como quali-quantitativa, descritiva e de levantamento. A pesquisa foi desenvolvida em cinco empresas do ramo de confecção do vestuário, totalizando 57 costureiras. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram questionários, entrevistas, o método REBA (Rapid Entire Body Assessment) para avaliação das posturas, o Diagrama de Corlett e Manenica para a localização da dor nos segmentos corporais e intensidade e dinamômetro para medir a força de preensão manual. A pontuação média no método REBA da amostra foi de 4,75 (± 0,46). A maioria das costureiras (80,70%) respondeu que possui dor em algum segmento corporal, ou em membros superiores ou inferiores, e apenas 19,30% da amostra disse não sentir desconforto. Os segmentos corporais que as costureiras da amostra não apresentaram dor foram: a bacia, o braço esquerdo, o antebraço direito e o punho direito. Com relação aos membros superiores, o que apresentou maior relato de dor foi a região lombar, com 40,35%. A segunda região de maior dor é a cervical, com 36,84%, seguido da região da costa média com 24,56%. A quarta região foi o pescoço, com 22,80% e a quinta foi a costa superior, com 17,54%. Com relação aos membros inferiores, a maior queixa de dores foi nas pernas, com 56,14%, contra apenas 5,26% nas coxas. A média da capacidade de carga das costureiras, medida através da força de preensão manual foi de 24,7 quilos (± 5,81). Os resultados das correlações entre as três variáveis: postura, dor e capacidade de carga apresentaram correlação fraca ou ausente, pois a correlação entre postura e dor foi ausente, e as correlações entre postura e dor e entre dor e capacidade de carga foram de r: 0.017. Acompanhando o trabalho das costureiras, foi possível identificar que as principais posturas adotadas ao longo da jornada laboral podem contribuir para o desenvolvimento de lesões musculoesqueléticas. / The aim of this study was to find correlation between the positions taken and their risk posture, pain and / or musculoskeletal symptoms and the load capacity of seamstresses on the industry of clothing in the city of Ponta Grossa, Paraná. The sample consisted of seamstresses female. The problem that can be seen to this research focuses: How postures and grip strength applied and used at work, affect the symptoms of pain and musculoskeletal symptoms in workers in clothing industries? The theoretical framework was based on: textile industry, the clothing industry characteristics, ergonomics, posture, the effects caused in seated posture, spine and sitting posture, ergonomic evaluation, postural analysis of assessment methods, evaluation of musculoskeletal symptoms and assessing their location and load capacity. Regarding the methodological approach, the research is classified as qualitative and quantitative, descriptive and lifting. The research was conducted in five companies in the garment manufacturing industry, totaling 57 seamstresses. The instruments used for data collection were questionnaires, interviews, the REBA (Rapid Entire Body Assessment) method for assessment of attitudes, the Diagram Corlett and Manenica to the location of pain in the body segments and intensity and dynamometer to measure the force handgrip. The average score in REBA sample method was 4.75 (0.46). Most seamstresses (80.70%) replied that he has pain in a body part, or upper limbs or lower, and only 19.30% of the sample said no discomfort. The body segments that seamstresses sample did not experience pain were: the basin, the left arm, right forearm and right wrist. Regarding the upper limbs, which showed greater account of pain was a lumbar region, with 40.35%. The second area of greatest pain is the cervical, with 36.84%, followed by the middle coast region with 24.56%. The fourth area was the neck, with 22,80% and the fifth was the upper coast, with 17.54%. Regarding the lower limbs, the biggest complaint was pain in the legs, with 56.14%, compared to 5.26% in the thighs. The average load capacity of seamstresses, measured by grip strength was 24.7 kilograms (5.81). The results of the correlations between the three variables: posture, pain and load capacity had weak or no correlation because the correlation between posture and pain was absent, and the correlations between posture and pain and between pain and cargo capacity were r: 0017. Following the work of seamstresses, it observed that the main stances adopted during the working day can contribute to the development of musculoskeletal injuries.
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A termografia no apoio ao diagnóstico de lesão muscular no esporteBandeira, Fábio Henrique 15 July 2013 (has links)
Introdução: Lesões musculares são muito comuns e costumam afastar os atletas da prática esportiva, tornando-se um transtorno também aos clubes. Devido às suas características, o rúgbi é um dos esportes que mais ocasionam lesões. A lesão muscular apresenta uma variação térmica localizada, provocando um acréscimo da temperatura local. Supostamente estes sítios podem ser avaliados através da mensuração da temperatura. Objetivo: o objetivo geral deste estudo foi analisar a utilização da termografia como método de apoio ao diagnóstico de lesões musculares em atletas de rúgbi durante atividades de treino e jogo. Metodologia: participaram deste estudo, 21 atletas de rúgbi do sexo masculino com idades entre 19 e 31 anos, inscritos na Confederação Brasileira de Rúgbi, pertencentes à categoria adulta de um clube profissional de nível nacional, que executam treinamentos diários a mais de dois anos e que tenham participado por pelo menos 40 minutos de um treino ou partida oficial de rúgbi. Foram realizadas duas coletas de sangue para identificação da concentração sérica de CK, expressa em IU/L, sendo uma 48 h pós-treino e outra 48 h pós-jogo. Foi realizada a aquisição da imagem infravermelha dos atletas, sendo estes previamente orientados sobre os procedimentos a serem seguidos no dia dos exames. No momento da coleta, os atletas permaneceram vestidos apenas com a roupa íntima, em pé, por 30 minutos em repouso muscular em uma câmara de adaptação à temperatura, com temperatura e umidade controladas entre 22° e 23 °C e 45 e 50% respectivamente. Foram coletadas imagens do tronco (superior) e das coxas (inferior), nas incidências anterior e posterior. As imagens foram analisadas de forma sistemática e por inspeção. Resultados: a análise sistemática demonstra que não houve correlação entre a variação da CK e a variação de temperatura dos músculos analisados. A temperatura média das áreas selecionadas de todos os músculos foram maiores nos momentos de maior CK, porém, a variação de CK não apresentou correlação positiva significativa com a temperatura nestes mesmos momentos. Quando separado os sujeitos que apresentaram variação maior que 50% no nível sérico de CK entre os momentos de maior e menor concentração, os músculos peitoral esquerdo, reto femoral esquerdo e o semitendíneo esquerdo apresentaram as maiores diferenças com p-valor de 0,037, 0,057 e 0,045, respectivamente. O hemisfério corporal esquerdo apresentou uma maior diferença de temperatura quando comparado com o hemisfério corporal direito. A avaliação por inspeção mostrou que as regiões: superior anterior e inferior posterior apresentaram 13 atletas com aumento de temperatura maior que 0,6 °C coincidindo com um aumento do nível sérico de CK. A região superior posterior e a região inferior anterior apresentaram 11 atletas com variação de temperatura maior que 0,6 °C entre os momentos de maior e menor CK. Conclusões: pode-se concluir que a termografia pode e deve ser utilizada como método de apoio ao diagnóstico de lesão muscular em atletas, recomendando-se a utilização da análise por inspeção visual. / Introduction: Muscle lesions are very common and usually move away athletes from practicing sports, becoming also a nuisance to the clubs. Due to its characteristics, rugby is one of the sports where lesions on athletes happen very often. The muscle lesion presents a thermal variation in the affected area, causing a local increase of temperature. Supposedly these areas can be evaluated through the measurement of temperature. Objective: The general objective of this study was to analyze the use of thermography as a method of support on the diagnosis of muscle lesions in rugby athletes during training activities and games. Methodology: participating in this study were, 21 male rugby athletes, aged between 19 and 31 years old, registered with the Brazilian Rugby Confederation, belonging to the adult categories at a professional level of a national team, who perform daily training for over two years and who have participated for at least 40 minutes of training or of an official rugby match. Twice there were collections of blood samples so the serum CK could be identified, expressed in IU/L; one collection 48 hours after training and another 48 hours after a game. The infrared images of the athletes were obtained, these being previously instructed on the procedures to be followed on the day of the exam. On collection the athletes were dressed only with their underwear, standing up, for 30 minutes with muscle at rest in a chamber which adapts to the temperature, with temperature and humidity controlled between 22° and 23 °C and 45 and 50% respectively. Images were collected from the upper body (superior) and upper-legs (inferior), from anterior and posterior sides. The images were analyzed systematically and by inspection. Results: The systematic analysis revealed that there is no correlation between de CK variation and temperature variation in muscles analyzed. The average temperature in the selected areas of all muscles were higher when the CK was higher, however, the variation of CK did not show any significant positive correlation with the temperature in the same situations. When separating the participants who presented a variation higher than 50% on the serum CK level between moments of higher and lower concentration, the left upper body muscles, left rectus femoris and left semitendinosus presented the biggest differences with p-value of 0.037, 0.057 and 0.045, respectively. The left body hemisphere showed a bigger difference in temperature when compared with the right body hemisphere. The evaluation by inspection showed that the anterior superior and posterior inferior regions presented 13 athletes with increased temperature higher than 0.6 °C coinciding with an increase of the serum CK. The posterior superior and the anterior inferior presented 11 athletes with temperature variation higher than 0.6 °C between the moments of higher and lower CK. Conclusions: It is possible to conclude that thermography can and should be utilized as a supporting method to diagnose muscle lesion in athletes, recommending the use of the visual analysis by inspection. / 5000
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Trabalho e dor osteomuscular : um estudo em industrias ceramicas do municipio de Pedreira, SP / Work and musculoskeletal pain : a study on the ceramic industry in the municipality of Pedreira - SP, BrazilMelzer, Adriana Cristina de Souza 30 January 2008 (has links)
Orientador: Aparecida Mari Iguti / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T21:10:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2008 / Resumo: Introdução: Este estudo foi realizado no município de Pedreira, SP, cuja principal atividade industrial é a produção cerâmica. Grande número de trabalhadores destas indústrias tem se afastado do trabalho em conseqüência de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Objetivos: Os principais objetivos foram descrever aspectos relacionados às condições e organização do trabalho nas indústrias cerâmicas, determinar a prevalência de dor osteomuscular em trabalhadores em atividade e identificar as associações entre dor e variáveis organizacionais, biomecânicas, psicossociais e individuais. Métodos: O estudo desenvolveu-se em duas fases complementares. Entre os
anos de 2003 e 2005 foi realizado um estudo exploratório composto por duas partes: a descrição das atividades de produção de uma indústria cerâmica do município, por meio de uma abordagem ergonômica e a descrição da trajetória de trabalho e adoecimento de trabalhadores portadores de DORT, por meio de entrevistas. Entre os anos de 2006 e 2007, foi realizado um estudo sistemático de desenho transversal-descritivo. Nove indústrias cerâmicas participaram desta fase. As atividades de trabalho de 18 indivíduos, dois de cada empresa, foram descritas e analisadas através do método de observação direta. Todos os
trabalhadores das empresas participantes responderam a um questionário sobre trabalho e saúde (n=235). Um outro questionário complementar para avaliação de sintomas psicológicos comuns foi aplicado a 57 indivíduos. Resultados: No geral, as condições de trabalho nas indústrias cerâmicas eram ruins. O ambiente físico era insalubre, expondo os trabalhadores a variados riscos à saúde, incluindo-se os provenientes da poeira de sílica,
das altas temperaturas e ruído, da pouca ventilação, de problemas nos pisos e da ausência de proteção nas máquinas. A organização do trabalho estava baseada na divisão e no parcelamento das tarefas e no controle sobre o ritmo a fim de atingir as metas de produção. Homens e mulheres não executavam os mesmos tipos de atividades, revelando-se uma clara
divisão sexual do trabalho. Aos trabalhadores da produção cabia a execução de atividades repetitivas, em ritmo elevado e com a utilização de posturas estáticas e inadequadas. A prevalência de dor nos últimos 12 meses foi de 38,5%. As principais localizações foram membros inferiores, coluna lombar e pescoço. Foi identificada uma associação positiva entre dor osteomuscular e sexo feminino. Entre as variáveis biomecânicas e psicossociais, repetitividade de movimentos, utilização de ferramentas de trabalho, ausência de participação nas decisões, preocupação com a produção, problemas de relacionamento com supervisores, insatisfação no trabalho e desejo de mudar de função foram associadas à dor. Conclusões: A dor osteomuscular é uma das expressões do elevado custo humano e social derivado das condições e da organização do trabalho nas indústrias cerâmicas. O ambiente e os equipamentos de trabalho precários, a divisão do trabalho, o parcelamento e a repetitividade das atividades, a mecanização seletiva e o ritmo acelerado são determinantes do desencadear da dor. A maior prevalência de dor entre as mulheres relaciona-se aos diferentes setores e atividades de trabalho em que estão concentradas, submetendo-as a um trabalho mais repetitivo e estático, em ritmo mais acelerado, com pouca autonomia para grandes decisões e sujeitas a menores salários. As pessoas estão trabalhando com dor.
A procura por serviço médico é adiada até quando a incapacidade para o trabalho se instala, pela impossibilidade de manter a produção. O uso de medicamentos acaba sendo a única alternativa encontrada pelos trabalhadores para continuarem no trabalho. Palavras-chave: distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho; condições de trabalho; fatores de risco; indústria cerâmica; aparelho locomotor / Abstract: Background: This study was developed in the municipality of Pedreira, SP, Brazil, where the main industrial activity is the ceramic production. A large number of workers from these industry have left their jobs because of Work Related Musculoskeletal Disorders (WRMD). Objectives: To describe work conditions and organization pertaining to the ceramic industry, to determine the prevalence of pain among active workers and to identify the associations between symptoms and organizational, biomechanical, psychosocial and individual variables. Methods: The study was developed in two complementary stages. In the years 2003 and 2005 an exploratory study was carried out, divided in two steps: the description of the production activities developed in one ceramic manufacturer in Pedreira, by means of an ergonomic approach, and a description of the job and illness progression of workers with WRMD, using interviews. In the years 2006 and 2007, a systematic, descriptive and cross-sectional study was carried out. Nine ceramic manufacturers participated in this stage. The activities of 18 individuals, two in each company, were described and analyzed through the direct observation method. All workers answered a questionnaire about work and health (n=235). An additional questionnaire for the assessment of minor psychological disorders was applied to 57 subjects. Results: In general, the work conditions in the ceramic industry were found to be poor. The physical environment was unhealthy, as workers are exposed to several health risks, including those originated from silica dust, high temperatures and noise, low ventilation, inadequate flooring conditions and absence of safety gear. The work organization is based in the division of tasks and pace control in order to achieve the production demands. Men and women do not perform activities with the same characteristics, indicating a clear work division according to gender. Production workers are assigned repetitive activities, executed in a fast pace, using static and awkward postures. A 38.5% prevalence of musculoskeletal pain over the past 12 months was found, mostly localized in the lower limbs, back and neck. A relationship was identified between musculoskeletal pain and the female gender. Among the biomechanical and psychosocial variables, repetitiveness, tool using, lack of control over decisions, worries regarding work demands, relationship issues with supervisors, work dissatisfaction and wish to move on to another function, were associated with pain. Conclusions: Musculoskeletal pain is one of the outcomes of elevated social and human requirements resulting from work conditions and organization in the ceramic industry. The work environment and use of outdated equipment, the work division,
repetitiveness of the activities, selective mechanization and fast pace are components in the development of pain. The higher prevalence of pain among women is related to their allocation in different sectors and activities, submitting them to a more repetitive and static work, executed in more accelerated pace, with less autonomy and low salaries. People are
working with pain. Seeking medical service is delayed until the worker's capacity has compromised their ability to maintain the work schedules. Medication ends up as the only alternative found by workers to carry on with their duties / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
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