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Análise da expressão do receptor do fator de crescimento epitelial (EGFR) em pacientes portadores de adenocarcinoma pancreático submetidos a tratamento cirúrgico com intuito curativo / EGFR expression in pancreatic cancer patients submitted to surgical resectionPerini, Marcos Vinicius 07 January 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer do pâncreas apresenta taxas anuais de mortalidade e incidência muito semelhantes, sendo uma das principais causas de morte por câncer no mundo. A agressividade do tumor e o retardo no seu diagnóstico são considerados responsáveis pela sua alta letalidade. O tratamento adjuvante convencional aumenta pouco a sobrevida a longo prazo e a terapia-alvo pode ser uma alternativa ao tratamento deste tipo de tumor. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é avaliar a expressão do receptor do fator de crescimento epitelial e seu eventual valor prognóstico em pacientes portadores de adenocarcinoma pancreático submetidos à ressecção cirúrgica. MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente 88 pacientes portadores de adenocarcinoma pancreático operados no Serviço de Cirurgia de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP e no Departamento de Cirurgia Abdominal Hospital A.C. Camargo no período de 1990 a 2006. RESULTADOS: Quarenta e sete (53,4%) pacientes do sexo feminino e 41 (46,6%) do masculino com idade mediana de 60 anos. As cirurgias realizadas foram duodenopancreatectomia com preservação do piloro (55,1%), gastroduodenopancreatectomia (34,8%), pancreatectomia corpo-caudal (6,8%) e gastroduodenopancreatectomia total (2,3%). A ressecção venosa portal foi realizada em 12 pacientes (13,5%). O tamanho tumoral médio foi de 3,75cm. Invasão vascular esteve presente em 31% dos casos e neural em 88,5%. A margem de ressecção estava comprometida em 33 pacientes (37,5%). Cinco (5,7%) pacientes eram do estádio IA, 15(17%) do IB, 19(21,6%) do IIA, 47(53,4) do IIB e dois (2,3%) do III.Observou-se diferença na expressão de EGFR na membrana celular entre o tecido tumoral e o tecido não tumoral (p=0,004); entre o tecido metastático linfonodal e o tecido não tumoral (p=0,02) mas não houve diferença quanto à sua expressão quando comparamos o tecido tumoral e o tecido metastático linfonodal (p=0,28). Dentre as variáveis clínicas e patológicas estudadas, observou-se diferença de expressão do EGFR entre os gêneros feminino e masculino (p=0,03), não havendo diferenças entre as outras variáveis. A sobrevida mediana global foi de 22,9 meses. A sobrevida cumulativa global em 1 ano, 3 anos e 5 anos foi de 48%, 20% e 18%, respectivamente. As sobrevidas cumulativas em 1 ano, 3 anos e 5 anos foram 77%, 30% e 8% no grupo sem expressão do EGFR na membrana tumoral versus 46%, 8% e 0% respectivamente no grupo com expressão do EGFR na membrana celular do tumor. Na análise univariada, as seguintes variáveis estiveram associadas a menor sobrevida: sexo masculino, ressecção venosa portal, invasão peri-neural, e vascular, invasão do tecido peri-pancreático, acometimento da margem de ressecção pancreática e expressão positiva de EGFR no tecido tumoral. Na análise multivariada, os fatores associados à sobrevida menor foram: gênero masculino, ressecção venosa portal, invasão vascular e invasão peri-neural. CONCLUSÃO: A expressão do EGFR na membrana celular é significativamente maior no tecido tumoral que no tecido pancreático não tumoral. A expressão do EGFR na membrana celular do tecido tumoral está associada a pior prognóstico (menor sobrevida). / INTRODUCTION: Pancreatic cancer is one of the main cancer related deaths in the world and its incidence is similar to its mortality. Biological aggressiveness and delayed diagnosis are a major concern. Adjuvant treatment has little impact on survival and the expression of potential target molecules has been undertaken in order to increase survival. OBJECTIVE: The aim of the present study is to study the expression of EGFR and its potential prognostic role in tumor, non-tumor and metastatic lymph node tissues of patient with pancreatic adenocarcinoma treated with surgical resection. MATHERIAL AND METHODS: Eighty eight patients with pancreatic adenocarcinoma operated at Serviço de Cirurgia de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP and Departamento de Cirurgia Abdominal do Hospital A.C.Camargo were retrospectively studied between 1990 and 2003. RESULTS: Forty seven females (53,4%) and 41 males (46,6%) with median age of 60 years were studied. Pylorus preserving duodenopancreatectomy was performed in 55%, classical duodenopancreatectomy in 34,8%, distal pancreatectomy in 6,8% and total pancreatectomy in 2,3%. Portal vein resection was performed in 12 patients (13,5%). Mean tumor size was 3,75cm. Vascular and neural invasion were present in 31% and 88,5%, respectively. Positive surgical margin was present in 33 (37,5%) patients. Five (5,7%) patients were stage IA, 15(17%) stages IB, 19(21,6%) stages IIA, 47(53,4%) stages IIB and two (2,3%) stages III. There were difference in the membrane expression of EGFR between tumor and non tumor pancreatic tissue (p=0,004); between metastatic lymph node and non tumor pancreatic tissue (p=0,02); but there were no difference between tumor and metastatic lymph node tissue (p=0,28). Median survival time was 22,9 months. Cumulative one, three and five years survival were 48%, 20% and 18%. Cumulative survival at 1, 3 and 5 years were 77%, 30% and 8% in patients with negative expression of EGFR in tumor membrane and 46%, 8% and 0%, respectively in patients with positive EGFR expression in tumoral membrane. Univariate analysis showed that male gender, portal vein resection, neural, vascular and peri-pancreatic invasion invasion, positive surgical margin and positive membrane EGFR expression in tumoral tissue were correlated with poor survival. Multivariate analysis showed that male gender, portal vein resection, vascular invasion and peri-neural invasion are associated with lower survival after resection. CONCLUSION: EGFR membrane expression is different between tumor tissue and non tumor pancreatic tissue. EGFR membrane expression in tumoral tissue was associated with worst survival.
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Validação de um protocolo em esteira para pacientes com hipertensão arterial pulmonar / Validation of a walk test protocol for the evaluation of patients with pulmonary arterial hypertensionCamargo, Viviane Moreira de 25 November 2008 (has links)
A hipertensão arterial pulmonar (HAP) é uma doença que acomete o território vascular pulmonar, gerando incapacidade funcional e falência cardíaca progressiva. Diversos marcadores de resposta têm sido desenvolvidos para a avaliação dos pacientes com HAP frente às novas modalidades terapêuticas desenvolvidas nos últimos anos, entre os quais o teste de caminhada de seis minutos é o mais utilizado. Embora seja simples, possui algumas limitações inerentes à técnica padrão, como por exemplo a necessidade de espaço físico adequado para sua realização. O objetivo deste trabalho foi elaborar e validar um protocolo de caminhada na esteira para a avaliação de pacientes com HAP. Os resultados mostraram correlação da distância caminhada em esteira com os dados hemodinâmicos, assim como com a classificação funcional e com a distância caminhada no solo. Além disso, a distância percorrida no teste em esteira apresentou correlação significativa com a sobrevida, confirmando portanto, sua correlação com a gravidade da doença. A inalação de óxido nítrico(NO) durante o teste de caminhada levou a variações compatíveis com as variações hemodinâmicas frente à mesma dose de NO, sugerindo que o protocolo em questão possa refletir intervenções terapêuticas. Conclui-se que o protocolo de caminhada na esteira é um marcador funcional e prognóstico para pacientes com HAP, constituindo-se em um instrumento útil na avaliação de rotina de pacientes com HAP. / Pulmonary arterial hypertension (PAH) is a disease affecting the pulmonary arterial territory leading to progressive functional impairment and heart failure. Many different surrogate markers have been studied to evaluate PAH patients under the different treatment strategies that have been developed during the last decade. Among these markers, the six-minute walk test is the most used one. Although simple, many limitations exist mainly related to the need of appropriate physical area to perform the test properly. The aim of this study was to develop and validate a treadmill six-minute walk test for PAH patients evaluation. The developed protocol well correlated with other markers of disease severity as invasive hemodynamic data, functional class and even the distance walk at the hallway six minute walk test. Furthermore, the treadmill walked distance was associated to survival thus strengthening its ability to reflect disease severity. Nitric oxide (NO) inhalation during the treadmill walk test led to a variation in the walked distance proportional to the hemodynamic changes induced by the same dose of inhaled NO, suggesting that the developed protocol may be able to reflect at least acute therapeutical interventions. We conclude that the treadmill six minute walk test is a useful prognostic and functional marker for the routine evaluation of PAH patients.
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Avaliação do efeito das perdas de seguimento nas análises feitas pelo estimador produto - limite de Kaplan - Meier e pelo modelo de riscos proporcionais de Cox / The impact of the loss to follow-up when using the Kaplan Meier estimator and the Cox proportional hazard modelHolcman, Marcia Moreira 20 April 2006 (has links)
Introdução: As técnicas mais comumente empregadas em análise de sobrevida que utilizam dados censurados são o estimador produto limite de Kaplan-Meier (KM) e o modelo de riscos proporcionais de Cox. Estas técnicas têm como suposição que a causa da perda de seguimento seja independente do tempo de sobrevida. Objetivo: O presente estudo visa a analisar o efeito das perdas de seguimento nestas duas técnicas. Material e Métodos: O estudo foi realizado utilizando-se o banco de dados dos pacientes cadastrados no Registro Hospitalar do Hospital do Câncer de São Paulo em 1994. Foram elaborados 28 bancos de dados simulando perdas informativas e não informativas. A perda informativa foi simulada transformando os óbitos em vivos, na proporção de 5 a 50%. A perda não informativa foi simulada através do sorteio de 5 a 50% do total do banco. O estimador de Kaplan-Meier (KM) foi utilizado para estimar a sobrevida acumulada no primeiro, terceiro e quinto ano de seguimento, e o modelo de riscos proporcionais de Cox para estimar as hazard ratio (HR). Todas as estimativas obtidas no KM e as HR's foram comparadas com os resultados do banco de dados original. Resultados: Houve maior proporção de perda nos pacientes com maior escolaridade, admitidos por convênio e particular e os menos graves (estádio I ou II). Quanto maior a proporção de perda informativa, maior a diferença alcançada nas estimativas realizadas pelo KM, verificando-se que a perda de seguimento superior a 15% acarretou diferenças superiores a 20% nas estimativas da probabilidade de sobrevida. As HR's foram menos afetadas, e proporções superiores a 20% de perda de seguimento acarretaram variações de cerca de 10% nas estimativas. Quando as perdas foram não informativas não houve diferenças significativas nas estimativas pelo KM e nas HR's em relação ao banco original. Conclusões: É importante avaliar se as perdas ocorridas em estudos de coorte são informativas ou não, pois se forem podem acarretar distorções principalmente nas estimativas feitas pelo método de KM. / Introduction: The Kaplan Meier product limit estimator (KM) and the Cox proportional hazard (HR) model are the most used tools in survival analysis. These two methods have the key assumption that censoring must be independent from the survival time. Objective: To analyze the consequences of loss to follow up in these two methods. Methods: The study has utilized the data of the Cancer Registry of the patients of Hospital do Cancer in São Paulo of 1994. The informative censure was simulated transforming the death by 5 to 50% into alive. Besides 5 to 50% was spared at random simulating the non-informative censoring. The survival probability and was calculated to the first, third and fifth year of follow up. All the estimated probabilities and HRs were compared with the results of the original data. Results: Patients with greater scholars, lower stages and admitted by health plans or private had more losses to follow up. The maximum proportion of accepted loss to follow up is 10% to 15% when using the KM estimator, and the HR are less affected by the loss to follow-up and one can afford having 20% of it. When the losses were non informative there were no differences between the original probabilities. Conclusions: The possibility of over or under estimated probability must be analyzed in the presence of the losses to follow- up when using the KM and HR in survival analyses.
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Sobrevida de pacientes com HIV e AIDS nas eras pré e pós terapia antirretroviral de alta potência / Survival of patients with HIV and AIDS in the eras pre and post antiretroviral therapy high powerTancredi, Mariza Vono 08 March 2010 (has links)
Introdução: A Aids é uma pandemia que representa um grave problema de saúde pública e o efeito das terapias antirretrovirais tem sido objeto de estudos. Objetivos: Estimar a mediana do tempo livre de Aids (MTLA) e o tempo mediano de sobrevida (TMS) entre pacientes HIV positivos sem e com Aids, respectivamente, e investigar os preditores de Aids e óbito, em duas coortes selecionadas entre 1988 a 2003. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos de um Centro de Referência de Aids em São Paulo. As variáveis estudadas foram: características sociodemográficas, categorias de transmissão, ano do diagnóstico, níveis de linfócitos T CD4+ e esquemas terapêuticos. Utilizou-se o estimador produto limite de Kaplan-Meier, o modelo de riscos proporcionais de Cox e as estimativas das razões de hazard (HR), com respectivos intervalos de confiança de 95 por cento (IC=95 por cento). Resultados: A incidência média de Aids foi de 11,6 e de 7,1/1000 pessoas-ano, para os períodos de 1988 a 1996 e de 1997 a 2003. A MTLA sem uso de tratamento antirretroviral (TARV) foi de 53,7 meses, com TARV sem HAART foi de 90,0 meses e com HAART mais de 50 por cento dos pacientes permaneceram livres de Aids até 108 meses. Mostraram-se associados à evolução para Aids independente das demais exposições: receber TARV sem HAART (HR= 2,1, IC 95 por cento 1,6 2,8); não ser tratado (HR= 3,0; IC 95 por cento 2,5 3,6); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,2 ; IC 95 por cento 1,1 1,3); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,9; IC 95 por cento 2,3 5,2); pertencer à raça/etnia negra e parda (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,7); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,6); e UDI (HR= 1,7; IC 95 por cento 1,3 2,2); ter até oito anos de estudo (HR=1,3; IC 95 por cento 1,1 1,5); não ter nenhuma escolaridade (HR=2,0; IC 95 por cento 1,4 5,6); ter CD4+ entre 350 e 500 cel/mm³ (HR=1,6; IC 95 por cento 1,3 1,9). As taxas médias de mortalidade foram de 17,6/1000 pessoas-ano, 23,2 e 7,8, respectivamente, entre 1988 e 1993, de 1994 a 1996 e de 1997 a 2003. O TMS foi de 13,4 meses entre 1988 e 1993, 22,3 meses entre 1994 e 1996 e, de 1997 a 2003 mais de 50 por cento dos pacientes sobreviveram até 108 meses. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,8 2,2); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR= 3,2; IC 95 por cento 2,8 3,5); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,4 ; IC 95 por cento 1,2 1,5); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,7 2,3); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,1; IC 95 por cento 1,1 1,2); e UDI (HR= 1,5; IC 95 por cento 1,3 1,6); ter até 8 anos de estudo (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,3 1,5); não ter estudado(HR= 2,1; IC 95 por cento 1,6 2,8); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2; IC 95 por cento 1,1 1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3; IC 95 por cento 1,2 1,3). Conclusões: Nas Coortes São Paulo de HIV e Aids, a mediana do tempo livre de Aids e a sobrevida com Aids foram ampliados com a introdução de diferentes esquemas terapêuticos antirretrovirais e observou-se queda nas taxas de incidência e de mortalidade / Background: AIDS is a pandemic which represents a serious public health problem and the effect of antiretroviral therapy has been the object of studies. Objective: To estimate median AIDS-free-time and median survival time, among HIV positive patients without AIDS and with AIDS, respectively, and to investigate predictor factors of AIDS and death in two cohorts of patients selected between 1988 and 2003 and followed until the end of 2005. Methods: Retrospective cohort study, encompassing adult patients of the Centro de Referência e Treinamento DST/AIDSSP. Variables studied were: socio-demographic characteristics, transmission categories, calendar periods, year of diagnosis, levels of CD4+ and treatment regimens. The Kaplan-Meier product limit estimator, the Cox proportional risk model and hazard ratios (HR) estimates, with 95 per cent (CI=95 per cent) confidence intervals, were used. Results: AIDS incidence rates were 11.6 and 7.1 person-years in the 1988-1996 and 1997-2003 periods, respectively. The median time of progression from HIV infection to AIDS without treatment was 53.7 months; with ART without HAART, 90.0 months; and with HAART, over 50 per cent of patients followed did not progress to AIDS until 108 months. Independent prognostic factors for AIDS-freetime were: treatment with ART without HAART (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8), no treatment regimen (HR=3.0; CI 95 per cent 2.5-3.6); age at HIV infection diagnosis between 30 and 49 years (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.3), age over 50 years (HR=2.9; CI 95 per cent 2.3-5.2); black race/color (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.7); MSM (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.6) and IDU (HR=1.7; CI 95 per cent 1.3-2.2) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.3; CI 95 per cent 1.1-1.5) and no schooling (HR=2.0; CI 95 per cent 1.4-5.6); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.6; CI 95 per cent 1.3-1.9). AIDS mortality rates were 17.6, 23.2, and 7.8 person-years in the 1988-1993, 1994-1996 and 1997-2003 periods, respectively. Median progression time from AIDS to death was 13.4 months in the 1988-1993 period; 22.3 months, between 1994 and 1996, and in the 1997-2003 period, over 50 per cent of patients followed survived. Independent predictor factors for death were: AIDS diagnosis period 1994-1996 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.8-2.2) and 1988-1993 (HR=3.2; CI 95 per cent 2.8-3.5); AIDS diagnosis age between 30-49 years (HR=1.4; CI 95 per cent 1.2-1.5), age over 50 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.7- 2.3); MSM (HR=1.1; CI 95 per cent 1.1-1.2) and IDU (HR=1.5; CI 95 per cent 1.3-1.6) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.4; CI 95 per cent 1.3-1.5) and no schooling (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.2) and less than 350cels/mm³ (HR=1.3; CI 95 per cent 1.2-1.3). Conclusions: Results found in the HIV / AIDS Sao Paulo Cohort point toward a heterogeneous increase in AIDS-free-time and AIDS survival with different antiretroviral treatment regimens. Decrease in the incidence and mortality rates were observed
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Avalia??o do desempenho cl?nico de pr?teses dent?rias totais fixas implantossuportadas (PDTFIs) : estudo retrospectivoBordin, Thaisa Barizan 14 December 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-12-14 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Cient?fico e Tecnol?gico - CNPq / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior - CAPES / The high prevalence of edentulous patients associated to the poor retention of the conventional complete dentures, combined to the high survival rate of dental implants and an increased demand for aesthetic dentistry, resulted in a higher number of fixed restorations provided to the patients. However, as any technique, this one is also not free from failures and these can occur due to problems related to the biomechanics of the implant/prosthesis. These complications may be from biologic or technical origin, the first being related to processes affecting the peri-implant hard and soft tissues, and the second to mechanical damage of the implant, implant components and prostheses. Due to the paucity of clinical studies reporting complications in implant fixed complete denture prostheses (IFCDPs), this thesis aimed to evaluate implants and prostheses survival rates, as well as the main complications observed in patients rehabilitated with IFCDPs after at least one year of follow-up. The secondary goal was to evaluate patient satisfaction.
Through the electronic records, based on the inclusion criteria, edentulous patients who were
rehabilitated with prostheses supported by at least four rough surface dental implants between January 2000 and December 2015 in the Departent of Postgraduate Prosthodontics at Tufts University School of Dental Medicine (Boston, MA, USA) were selected. A comprehensive multidisciplinary examination composed of medical and dental history, clinical examination involving periodontal and prosthetic examination, radiographic analysis and photographs was performed. Comparison was made as well between porcelain IFCDPs (Group 1) and metalresin IFCDPs (Group 2). A questionnaire to assess patient satisfaction regarding the treatment in general, aesthetics, chewing ability, taste, and speaking ability was also applied. For data analysis, Kaplan-Meier estimation curves were used to predict the survival of implants and prostheses. The chi-square test and Fisher's exact test where appropriate and logistic regression analysis were performed.
Four hundred fifty-seven implants (Nobel Biocare, Biomet 3i, Straumann) supporting a total
of 71 PDTFIs in 52 patients (mean age 65.5 years) were evaluated, with a mean follow-up time of 5.2 years (range 1 to 12 years). Of these prostheses, 38 were in the maxilla and 33 in the mandible (19 edentulous maxillae, 14 edentulous mandibles, 19 both arches); 55 were made of porcelain (porcelain-fused-to-metal or metal-free) (Group 1) and 16 were metal-resin (MR)
(Group 2); 36 were cement retained and 35 were retained by screws. Only 6 implants had to be removed, resulting in a survival rate of 98.7%. Of the 71 prostheses, 6 failed (1 porcelain and
5 MR), presenting a survival rate of 91.5%. A total of 274 biologic complications were
recorded in 63 prostheses (47 porcelain and 16 MR), being soft tissue recession around the
implants (7.7%) the most frequently observed, followed by soft tissue inflammation underneath the prostheses (7.4%), and peri-implant mucositis (6.3%). Soft tissue recession was the most frequent complication in both groups, and no statistical significant difference was observed for any biologic complication between Group 1 and Group 2. A total of 274 technical complications were observed in 57 prostheses (42 porcelain and 15 MR). Wear of the prosthetic material (9.8%) was the most frequent, followed by decementation of the cement-retained IFCDPs (2.9%), and loss of screw access filing material of the screw-retained IFCDPs (2.7%). The rate of wear of prosthetic material was 7.3% for porcelain IFCDPs (Group 1) and 19.4% for metal-resin IFCDPs (Group 2), yielding a statistically significant difference between the two groups (p < 0.05). Regarding the patient satisfaction evaluation, the greatest dissatisfaction was in relation to the ability to chew (12%). However, in general, 94% of the patients were satisfied with the treatment rendered. With a mean exposure time of 5.2 years, high implants and prosthetic survival rates can be
expected in rehabilitations with implanted-fixed complete denture prostheses, presence of
biologic and technical complications, and a high level of patient satisfaction. / A alta preval?ncia de pacientes ed?ntulos associada a pobre reten??o das pr?teses totais
convencionais, combinada com as altas taxas de sobreviv?ncia de implantes dent?rios e uma
maior da demanda por odontologia est?tica, resultou em um aumento no n?mero de
restaura??es fixas fornecidas aos pacientes. Entretanto, como toda t?cnica, esta tamb?m n?o ?
ausente de falhas e essas podem ocorrer devido a problemas relacionados com a biomec?nica
do conjunto pr?tese/implante. Essas complica??es podem ser de origem biol?gica ou t?cnica,
sendo a primeira relacionada a processos que afetam os tecidos de suporte peri-implantar e a
segunda a danos mec?nicos do implante, componentes de implantes e pr?teses. Devido ?
escassez de estudos cl?nicos relatando complica??es em pr?teses dent?rias totais fixas
implantossuportadas (PDTFIs), essa tese teve como objetivo avaliar taxas de sobreviv?ncia de
implantes e pr?teses, assim como as principais complica??es observadas em pacientes
reabilitados com PDTFIs ap?s terem sido acompanhados pelo per?odo de, pelo menos, um ano.
Tamb?m teve como objetivo avaliar o grau de satisfa??o dos pacientes.
Atrav?s dos registros eletr?nicos, a partir de crit?rios de inclus?o, foram selecionados pacientes
ed?ntulos que foram reabilitados com pr?teses suportadas por pelo menos quatro implantes
dent?rios de superf?cie tratada entre janeiro de 2000 e dezembro de 2015 na Divis?o de P?s-
Gradua??o em Pr?tese da Faculdade de Medicina Dent?ria da Universidade Tufts (Boston,
MA, USA). Nestes pacientes, um exame compreensivo multidisciplinar composto de hist?ria
m?dica e dent?ria, exame cl?nico envolvendo exame periodontal e exame das pr?teses, an?lise
radiogr?fica e fotografias foi realizado. Tamb?m foi feito a compara??o entre PDTFIs
fabricadas com cer?mica (metalocer?micas ou livres de metal) (Grupo 1) e PDTFIs
metalopl?sticas (Grupo 2). Al?m disso foi aplicado um question?rio sobre a satisfa??o do
paciente de forma geral, em rela??o a est?tica, a mastiga??o, ao paladar, e a fona??o ap?s o
tratamento. Para a an?lise dos dados, as curvas de estimativas de Kaplan-Meier foram
utilizadas para prever a sobreviv?ncia dos implantes e das pr?teses. Foi feito o teste quiquadrado
e o teste exato de Fisher quando apropriado e ainda a an?lise de regress?o log?stica.
Foram analisados 457 implantes (Nobel Biocare, Biomet 3i, Straumann) suportando um total
de 71 PDTFIs em 52 pacientes (m?dia de idade de 65,5 anos), com um per?odo m?dio de
acompanhamento de 5,2 anos (intervalo de 1 a 12 anos). Destas pr?teses, 38 eram em maxila
e 33 em mand?bula (19 maxilas ed?ntulas, 14 mand?bulas ed?ntulas, 19 ambas as arcadas); 55
eram fabricadas em cer?mica (metalocer?micas ou livres de metal) (Grupo 1) e 16 eram
metalopl?sticas (MP) (Grupo 2); 36 eram cimentadas e 35 eram retidas atrav?s de parafusos.
Apenas 6 implantes tiveram que ser removidos, resultando uma taxa de sobreviv?ncia de
98,7%. De 71 pr?teses, 6 falharam (1 cer?mica e 5 MP), apresentando uma taxa de
sobreviv?ncia de 91,5%. Um total de 274 complica??es biol?gicas foram registradas em 63
pr?teses (47 cer?micas e 16 MP), sendo a grande maioria recess?o do tecido gengival ao redor
do implantes (7,7%), seguida de inflama??o nos tecidos moles abaixo das pr?teses (7,4%), e mucosite peri-implantar (6,3%). Recess?o de tecido mole foi a complica??o mais frequente em
ambos os grupos, n?o sendo observadas diferen?as estatisticamente significativas para
qualquer complica??o biol?gica entre o Grupo 1 e o Grupo 2. Foram observadas 274
complica??es t?cnicas em 57 pr?teses (42 cer?micas e 15 MP), sendo as mais frequentes o
desgaste do material prot?tico (9,8%), a decementa??o da pe?a prot?tica das PDTFIs retidas
atrav?s de cimento (2,9%), e perda do material de recobrimento do parafuso prot?tico das
PDTFIs retidas por parafusos (2,7%). A taxa de desgaste do material prot?tico foi de 7,3% para
PDTFIs cer?micas (Grupo 1) e 19,4% para PDTFIs metalopl?sticas (Grupo 2), resultando em
uma diferen?a estatisiticamente significativa entre os dois grupos (p < 0,05). Na avalia??o de
satisfa??o do tratamento recebido, a maior insatisfa??o foi em rela??o a capacidade de mastigar
(12%). Contudo, de uma forma geral, 94% dos pacientes demonstraram-se satisfeitos.
Com um tempo m?dio de exposi??o de 5,2 anos, pode-se esperar elevadas taxas de
sobreviv?ncia de implantes e de reconstru??es com pr?teses dent?rias totais fixas
implantossuportadas, presen?a de complica??es biol?gicas e t?cnicas, e um elevado grau de
satisfa??o dos pacientes.
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Características genéticas de pacientes com hipertensão arterial pulmonar associada à esquistossomose / Genetic characteristics of patients with pulmonary arterial hypertension associated with schistosomiasisFrancisca Alexandra Gavilanes Oleas 28 May 2018 (has links)
Introdução: Vários genes, particularmente os envolvidos na via de transcrição Transforming Growth Factor beta, estão claramente associados ao risco de desenvolvimento de hipertensão arterial pulmonar. Entretanto, pouco ou quase nada se sabe sobre a existência de fatores genéticos que possam estar associados a uma das formas mais prevalentes de hipertensão arterial pulmonar no mundo, a hipertensão arterial pulmonar associada a esquistossomose (HAP-Sch). O objetivo deste estudo foi avaliar a associação dos genes já descritos na hipertensão arterial pulmonar idiopática (HAPI) com a HAP-Sch. Método: Estudo transversal, comparando amostras de pacientes seguidos no ambulatório de Circulação Pulmonar no Instituto do Coração do HCFMUSP, com diagnóstico de HAP-Sch ou HAPI. Foram avaliadas as características genéticas nestes grupos quanto à presença de variantes patogênicas dos genes:BMPR2, ACVRL1, KCNK3, KCNK5, CAV-1, CBLN2, ENG, andSMAD9. Resultados: Foram incluídos 69 pacientes com HAP-Sch e 74 pacientes com HAPI. O grupo HAP-Sch apresentou idade mais avançada (52.1 ± 11.8 vs 41.5 ± 15.0; p = < 0,001) e débito cardíaco mais preservado ao diagnóstico (4.7 ± 1.9 vs 4.0 ± 1.4 p = 0.019). Cerca de 24% dos pacientes com HAPI apresentaram resposta aguda durante o teste de vasorreatividade, enquanto nenhum paciente com HAP-Sch apresentou resposta (p =< 0.001). Pacientes com HAP-Sch apresentaram 7% de variantes patogênicas, comparado com11% dos HAPI(p=0,782). Em ambos os grupos, pacientes portadores de variantes patogênicas possuíam características clínicas e hemodinâmicas semelhantes aos demais pacientes. No grupo HAP-Sch, a sobrevida dos portadores de variantes patogênicas foi significativamente menor (p=0.035). Conclusão: A prevalência de variantes patogênicas na HAP-Sch é semelhante à encontrada na HAPI e, da mesma forma, sua presença está associada a pior prognóstico / Background: Several genes, mainly those involved with the Transforming Growth Factor ? transcription pathway, are well-defined as risk factors for developing pulmonary arterial hypertension. Nevertheless, little is known about the existence of a genetic background associated with one of the most prevalent forms of pulmonary arterial hypertension worldwide, which is schistosomiasis associated pulmonary arterial hypertension (Sch-PAH). The aim of this study was to evaluate the association of genes already described in idiopathic pulmonary arterial hypertension (IPAH) with Sch-PAH. Method: A cross-sectional study comparing samples from patients followed at the Pulmonary Circulation clinic at the Heart Institute of HCFMUSP, diagnosed as Sch-PAH or IPAH. Genetic characteristics in these groups were evaluated for the presence of pathogenic variants of the genes: BMPR2, ACVRL1, KCNK3, KCNK5, CAV-1, CBLN2, ENG, and SMAD9.Results: A total of 69 patients with Sch-PAH and 74 patients with IPAH were included. The Sch-PAH group presented older age (52.1 ± 11.8 vs 41.5 ± 15.0, p =< 0.001) and higher cardiac output at diagnosis (4.7 ± 1.9 vs 4.0 ± 1.4 p = 0.019). About 24% of patients with IPAH presented acute response during the vasoreactivity test, whereas no Sch-PAH patient presented response (p = < 0.001). Patients with PAH-Sch had 7% prevalence of pathogenic variants, compared to 11% in IPAH (p = 0.782). In both groups, patients with pathogenic variants had clinical and hemodynamic characteristics similar to the other patients. In the Sch-PAH group, the survival of patients with pathogenic variants was significantly lower (p = 0.035). Conclusion: The prevalence of pathogenic variants in Sch-PAH is similar to that found in IPAH and, likewise, its presence is associated with worse prognosis
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Genotipagem do Papilomavírus Humano (HPV) nos casos de câncer do colo uterino do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo no período de 2008 a 2012 / Genotyping of Human Papillomavirus (HPV) in uterine cervical cancer patients of the Cancer Institute of the State of São Paulo in the period from 2008 to 2012Maria Luiza Nogueira Dias Genta 30 August 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer do colo uterino é a terceira neoplasia maligna que mais afeta as mulheres brasileiras e, quando não detectada precocemente, apresenta prognóstico reservado. O câncer do colo uterino é consequência da infecção pelo Papilomavírus humano (HPV). Pouco é conhecido sobre a influência dos genótipos do HPV na apresentação clínica e o seu impacto na taxa de sobrevida no câncer do colo uterino. Os objetivos do estudo foram identificar os genótipos de HPV no tecido tumoral da população atendida no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e associar os genótipos de HPV aos fatores de risco conhecidos para o câncer do colo uterino. MÉTODOS: Foram incluídas mulheres com diagnóstico de câncer do colo uterino atendidas no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) entre maio de 2008 e junho de 2012. A análise do material tumoral parafinado confirmou histologicamente o diagnóstico de câncer do colo uterino. O DNA tumoral foi extraído de três fragmentos de 10?m de espessura do bloco de parafina de carcinoma do colo uterino e submetido ao ensaio clínico Onclarity (sistema automatizado da BD Viper LT) para detecção e genotipagem do HPV. Idade ao diagnóstico, estadiamento clínico, tipo histológico e tempo de sobrevida foram obtidos a partir de registros do prontuário até dezembro de 2015. RESULTADOS: Foram analisadas 414 pacientes. As frequências dos genótipos estudados foram HPV16 (54%) HPV18(9%), HPV33-58 (6%), HPV45 (5%), HPV31 (3%), HPV39-68- 35 (3%), HPV59-56-66(3%), HPV52 (2%) e HPVnegativo (14%). A idade da população estudada variou de 17 a 87 anos, com média etária de 50,8 (DP=13,8 anos). Os tipos histológicos foram carcinoma de células escamosas (75%), adenocarcinoma (21%) e outros tipos histológicos (4%). Conforme o estadiamento clínico adotado pela FIGO (2009), 35% foi classificado como 1A1, 1A2 e 1B1, 17% como 1B2 e 2A e 48% como 2B a 4B. O genótipo do HPV apresentou distribuição diferente quanto à idade ao diagnóstico, tipo histológico e estadiamento. A mediana do tempo de sobrevida global desta coorte de pacientes com câncer do colo uterino foi de 37 meses [12-53 meses]. A sobrevida global acumulada em 5 anos após o diagnóstico de câncer do colo uterino foi de 55%. Ocorreram 119 (38%) óbitos no período e 133 (42%) recidivas subdivididas em três grupos: local (12%), regional (30%) e à distância (58%). Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e estatística de Log-rank demonstraram que os genótipos de HPV 16 e 18 (59%) não se relacionaram a um pior prognóstico em comparação com outros genótipos de HPV (41%) (P=0,17). Idade ao diagnóstico, estadiamento clínico, tipo histológico, invasão vascular, metástase linfonodal, tamanho do tumor e os genótipos HPV16, HPV18 e HPVoutros foram analisados individualmente em um modelo de regressão de Cox. O genótipo do HPV se associou a pior taxa de sobrevida global apenas quando detectado mais de um HPV no material tumoral analisado. CONCLUSÃO: Apesar das diferentes distribuições dos os genótipos do HPV quanto à idade ao diagnóstico, tipo histológico e estadiamento, o genótipo do HPV não se mostrou como fator prognóstico independente no câncer do colo uterino / INTRODUCTION: Uterine cervical cancer is the third most common malignant neoplasm affecting Brazilian women. Prognosis is poor when diagnosis is delayed. Cervical cancer is a consequence of human papillomavirus (HPV) infection. Little is known about the influence of HPV genotypes in Brazil and its impact on cancer survival rate The purpose of the present study were to identify HPV genotypes of tumoral tissue from the affected population and to examine the association between HPV genotype and traditional cervical cancer risk factors. METHODS: Women diagnosed with cervical cancer at the Cancer Institute of the State of São Paulo (ICESP) between May 2008 and June 2012 were included in the study. Tumor specimens were reviewed to confirm the diagnosis of cervical cancer. Tumor DNA was extracted from three 10?m-thick paraffin block fragments of each subject. HPV genotype was detected using the Onclarity system (BD Viper LT automated system). Age at diagnosis, clinical staging, histological type and survival time were obtained from the hospital electronic data records until December 2015. RESULTS: 414 patients were analyzed. The HPV genotypes studied were HPV16 (54%) HPV18 (9%), HPV33-58 (6%), HPV45 (5%), HPV31 (3%), HPV39-68-35 (3%), HPV59-56- 66(3%), HPV52 (2%) and HPVnegative (14%). The age of the study population ranged from 17 to 87 years, mean age= 50.8 (SD=13.8 years). Histological types were classified as squamous cell carcinoma (75%), adenocarcinoma (21%) and other histological types (4%). According to the 2009 FIGO clinical staging, 35% were classified as 1A1, 1A2 and 1B1, 1B2 and 17% as 2A and 48% as 2B the 4B. HPV genotypes showed different distributions regarding age, histologic tumor types and clinical staging. The median overall survival time was 37 months [12-53 months]. The cumulative overall survival at 5 years after diagnosis of cervical cancer was 55%. There were 119 (38%) deaths during the study period and 133 (42%) recurrences subdivided into three groups: local (12%), regional (30%) and distant (58%). Kaplan-Meier survival curves and Log-rank statistics showed that HPV 16/18 (59%) did not influence prognosis compared to other HPV subtypes (41%) (P=0.17). Age at diagnosis, clinical stage, histological type, vascular invasion, lymph node metastasis, tumor size and HPV16 genotypes, HPV18 and HPVothers were individually analyzed in a Cox regression model. HPV genotype was associated with poorer overall survival rate only when multiple HPV infection was detected in the tumoral specimen. CONCLUSION: Although HPV genotype showed different distribution regarding age at diagnosis, histological type and clinical staging, HPV genotype was not an independent prognostic factor of cervical cancer in the study population
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Características clínicas, patológicas e imuno-histoquímicas de pacientes com câncer de mama operável : a experiência do serviço de mastologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (1999-2004)Jobim, Flávio Cabreira January 2013 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde estimou para o ano de 2008 aproximadamente 1.38 milhões de casos novos de câncer de mama no mundo e 458 mil mortes. A maioria dos casos (56%) e das mortes (64%), ocorrendo em países economicamente desenvolvidos. Apesar dos avanços e do diagnostico precoce, um número significativo de mulheres com tumores da mama operáveis apresentando evolução desfavorável vêm à sucumbir devido ao surgimento de doença metastática. Uma melhor compreensão da heterogeneidade do tumor e das características microambientais subjacentes, bem como dos mecanismos e as consequências das suas interações é essencial para melhorar o direcionamento das terapias existentes e desenvolver novos agentes terapêuticos para o câncer. Objetivos: Descrever as características clínicas, anatomopatológicas e imuno-histoquímicas de um grupo de pacientes com câncer de mama operável, e estudar o impacto destas características no estadiamento da doença, sobrevivência livre de recorrência e sobrevivência global. Além disto, analisar as potenciais correlações existentes entre estas características. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva de base hospitalar envolvendo 86 mulheres com câncer primário de mama, submetidas a tratamento entre julho de 1999 e dezembro de 2004, no Serviço de Mastologia do Hospital de Clinicas de Porto Alegre. Dados clinicopatológicos e imuno-histoquimicos (RE, RP, HER2, Ki67 e p53) foram coletados dos registros hospitalares. Expressão do VEGF, MMP-2, MMP-9, TIMP-1 e TIMP-2 foram analisadas através de imuno-histoquimica. Variáveis contínuas foram analisadas pelo coeficiente de correlação de Spearman, ou pelo teste não paramétrico U de Mann-Whitney e H de Kruskal-Wallis, quando comparadas com variáveis categóricas. Variáveis categóricas foram analisadas pelo teste 2 de Pearson. Estimativas da probabilidade de sobrevivência foram obtidas pelo estimador não paramétrico de Kaplan-Meier e pelo semiparamétrico modelo de regressão de Cox. Comparação entre as curvas de sobrevivência foi realizada pelo teste estatístico de log-rank. O IC foi calculado em 95% e valores p< 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: A sobrevivência livre de recorrência em 5 e 10 anos foi de 82,2% e 68%, e a global foi de 90,2% e 82,9%, respectivamente. Número de linfonodos positivos (p= 0,00; p= 0,03), diâmetro tumoral (p= 0,01; p= 0,01) e estádio (p= 0,00; p= 0,02) são fatores de risco isolado para recorrência e óbito, respectivamente. Superexpressão de HER2 é um fator de risco isolado para recorrência (p= 0,04). Existe uma correlação positiva significativa entre: VEGF e MMP-9 (rs: 0,246; p= 0,023); TIMP-2 e MMP-2 (rs: 0,358; p= 0,001). Também foram encontradas associações significativas entre as variáveis: a) VEGF e receptor de progesterona positivo (p= 0,045); b) TIMP-2 e idade ≥ 50 anos (p= 0,002), e diâmetro ≤ 2,0 cm (p= 0,016); c) TIMP-1 e menarca ≤ 12 anos (p= 0,038); d) Maior diâmetro e alto grau histológico (2: 19,3; p= 0,004), invasão vascular (2: 12,6; p= 0,006), status do linfonodo axilar (2: 8,6; p= 0,035), número de linfonodos metastáticos (2: 7,2; p= 0,028), e recidiva a distancia (2: 4,0; p= 0,046); e) Invasão vascular e status do linfonodo axilar, e número de linfonodos metastáticos, ambos com 2: 24,7; p= 0,000. Conclusões: O número de linfonodos positivos, diâmetro tumoral, e estádio foram identificados como fatores de risco isolado para a ocorrência de recidiva e óbito. A superexpressão de HER2 é fator de risco isolado para a ocorrência de recidiva da doença. Novas pesquisas devem ser realizadas, com padronização de procedimento e um maior número de casos para melhor caracterização da doença. / Background: The World Health Organization estimated approximately 1.38 million new breast cancer cases and 458,000 deaths worldwide for 2008. Most of these (56% of new cases and 64% of deaths) occur in economically developed countries. In Brazil, approximately 52,000 new cases are predicted for 2013. Better understand the heterogeneity of the tumor and microenvironmental characteristics around you, as well as the mechanisms and consequences of their interactions is essential to improve the targeting of existing therapies and develop new therapeutic agents for cancer. Objectives: The aim of this study was to describe the clinical, anatomopathological and immunohistochemical characteristics of a group of patients with operable breast cancer, and investigate the impact of these characteristics on disease staging, disease-free survival and overall survival. In addition, the potential correlations between these characteristics were analyzed. Methods: This is a hospital-based retrospective cohort study of 86 women with primary breast cancer, subjected to surgical and adjuvant treatment between July 1999 and December 2004. Clinicopathological and immunohistochemical (ER, PR, HER2, Ki67 e p53) data were collected from hospital records. The expression of VEGF, MMP-2, MMP-9, TIMP-1 and TIMP-2 was analyzed using the immunohistochemical technique. Continuous variables were assessed with Spearman’s rank correlation coefficient, or the non-parametric Mann-Whitney U or Kruskal-Wallis H tests. Pearson’s 2 test was employed to asses categorical variables. The possibility of survival was estimated using the non-parametric Kaplan-Meier estimator and the semiparametric Cox regression model. Survival curves were compared using the statistical log-rank test. CI was calculated at 95% and p values <0.05 were considered statistically significant. Results: Disease-free survival at 5 and 10 years was 82.2% and 68%, and overall survival 90.2% and 82.9%, respectively. Number of positive lymph nodes (p= 0.00; p= 0.03), tumor diameter (p= 0.01; p= 0.01) and stage (p= 0.00; p= 0.02) were isolated risk factors for relapse and death, respectively. HER2 overexpression was an isolated risk factor for relapse (p= 0.04). There was a significant positive correlation between: VEGF and MMP-9 (rs: 0.246; p= 0.023) and TIMP-2 and MMP-2 (rs: 0.358; p= 0.001). Significant associations were also recorded between the following variables: a) VEGF and progesterone receptor-positive status (p= 0.045); TIMP-2 and age ≥ 50 years (p= 0.002) and diameter ≤ 2.0 cm (p= 0.016); c) TIMP-1 and menarche ≤ 12 years (p= 0.038); d) greater diameter and high histologic grade (2: 19.3; p= 0.004), vascular invasion (2: 12.6; p= 0.006), axillary lymph node status (2: 8.6; p= 0.035), number of metastatic lymph nodes (2: 7.2; p= 0.028) and distant relapse (2: 4.0; p= 0.046); e) vascular invasion and axillary lymph node status and number of metastatic lymph nodes, both with 2: 24.7 and p= 0.000. Conclusion: Number of positive lymph nodes, tumor diameter, and stage were identified as isolated risk factors for relapse and death. HER2 overexpression is an isolated risk factor for the occurrence of relapse. Further studies are needed, with standardization of the procedure and a larger number of cases, for better characterization of the disease.
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Avaliação da implantação do Fluxo Gerenciado FGC20, modelo de gerenciamento do protocolo clínico institucional para o tratamento neoadjuvante de adenocarcinoma de reto / Integrated care pathway for rectal cancer: implementation evaluationKobayashi, Silvia Takanohashi 21 October 2016 (has links)
Introdução. O Fluxo Gerenciado FGC20 é um protocolo institucional que define as etapas do tratamento neoadjuvante para adenocarcinoma de reto, com quimioterapia e radioterapia concomitantes e posterior cirurgia. Sua implantação no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), a partir de março de 2011, envolveu as áreas assistenciais médicas, multiprofissionais e administrativas, com o estabelecimento da sequência das etapas e intervalos desejáveis. Objetivos. Avaliar a implantação do modelo de gerenciamento do protocolo clínico institucional para o tratamento neoadjuvante do adenocarcinoma de reto, nomeado Fluxo Gerenciado FGC20, adotado no ICESP. Pacientes e métodos. Foi construído um modelo lógico operacional para descrever o processo de implantação do fluxo gerenciado FGC20. Indicadores de monitoramento foram definidos a partir do modelo lógico e comparados com o período prévio à implantação. Dois grupos foram comparados: grupo controle, de pacientes cuja entrada ocorreu entre 06/05/2008 a 11/05/2011(prévio à implantação, nomeado grupo PreFluxo); e grupo experimental, de pacientes com início de atendimento entre 12/05/2011 a 31/12/2013 (posterior à implantação, nomeado grupo FGC20). Foram incluídos pacientes consecutivos, com diagnóstico de câncer de reto, tratados com quimioterapia e radioterapia concomitantes e posterior realização de cirurgia, e excluídos pacientes metastáticos ao diagnóstico inicial, pacientes com tratamento prévio ao início do tratamento no serviço e pacientes que não realizaram o tratamento neoadjuvante. Foram observados os intervalos de tempo entre as etapas do tratamento e recursos utilizados, dentre consultas, exames, internações, quimioterapia, radioterapia e cirurgia. O estudo de descrição de custos foi apresentado em Reais de 2015 na perspectiva do serviço. Resultados. De um total de 624 pacientes, foram analisados 330 pacientes: 112 do grupo PréFluxo e 218 do grupo FGC20. Em relação aos indicadores de monitoramento da implantação, 66% dos pacientes do grupo FGC20 realizaram a 1ª consulta no intervalo < 15 dias, 75% dos pacientes ficaram dentro da meta esperada de 14 semanas para o intervalo entre o final da neoadjuvância e a cirurgia (mediana de 13,2 semanas grupo FGC20 e 20 semanas grupo PréFluxo) e 73% dos pacientes completaram todas as etapas do fluxo gerenciado no intervalo <189 dias (mediana de 176,4 dias grupo FGC20 e 261,5 dias grupo PréFluxo). No grupo PréFluxo, houve maior número de consultas com oncologistas clínicos, tomografias computadorizadas, ressonâncias magnéticas e sessões de radioterapia (p < 0,001), bem como maior média de eventos de passagens no Setor de Emergência e na Unidade de Terapia Intensiva, em relação ao grupo FGC20 (p<0,001) e a média de custo por paciente tratado no grupo PréFluxo foi de R$ 40.935,68 e mediana de R$ 37.948,05. No grupo Fluxo Gerenciado, a média de custo por paciente tratado foi de R$ 40.368,18 e a mediana de R$ 35.341,32 respectivamente. A média de sobrevida global foi de 5,99 (5,59-6,40) e de 7,01 (6,47-7,54) anos, para os grupos PreFluxo e FGC20, respectivamente (p=0,83). Conclusões. A implantação do fluxo gerenciado promoveu reduções em todos os intervalos de tempo entre as etapas do tratamento. Não houve diferenças estatisticamente significantes na sobrevida global e no custo por paciente tratado entre os grupos. Custos de diárias e consultas foram os segmentos mais representativos no custo total do tratamento do paciente com câncer de reto / Background. The FGC20 is an integrated care pathway started in May 2011 at Instituto do Cancer do Estado de Sao Paulo (ICESP) for neoadjuvant treatment of adenocarcinoma of rectum. The implementation involved a multidisciplinary team to standardize patient care and to define steps, interventions and goals. Objectives. To evaluate the implementation of a clinical care pathway of rectal cancer in a Brazilian tertiary academic oncology hospital. Patients and Methods: An operational logical model of the integrated care pathway was developed to describe the pathway implementation. Two cohorts of diagnosed rectal cancer patients were compared: a control cohort from May 06th, 2008 through May 11th, 2011 (before the implementation, named group Pre FGC20), and a cohort from May 12th, 2011 through December 31th, 2013 (after implementation, named group FGC20). We included consecutive patients treated with concomitant chemoradiotherapy (nCRT) followed by surgery. Patients with prior treatment or who have not performed the nCRT treatment or with metastatic disease at diagnosis were excluded. Time intervals between treatment steps and resources used, including consultations, exams, hospitalizations, chemotherapy, radiotherapy and surgery were assessed. Cost description study from the hospital perspective is presented in 2015 Reais. Results. From a total of 624 patients, 330 were included: 112 PreFGC20 and 218 FGC20. Implementation indicators of the group FGC20 were identified based on the logic model: 66% had the first consultation < 15 days, 75% < 14 weeks interval between the neoadjuvant treatment and surgery (Group PreFGC20: 20 weeks, median; group FGC20: 13.2 weeks, median) and 73% < 189 days to complete all treatment steps (Group PreFGC20: 261.5 days, median; group FGC20: 176.4 days, median). We found higher utilization of consultations with clinical oncologists, CT, MRIs and radiotherapy sessions in the Group PreFGC20 compared with the FGC20 Group (p < 0.001), and also more utilization of emergency room and intensive care unit in Group PreFGC20 (p < 0.001). Median cost per treated patient in Group PreFGC20 was R$ 37.948,05 and mean cost was R$ 40.935,68. Median cost per treated patient in Group FGC20 was R$ 35.341,32 and mean cost was R$ 40.368,18. The mean overall survival in the Pre-MFC20 group and MFC20 group were 5.99 (5.59-6.40) and 7.01 (6.47-7.54) years, respectively (p=0.83) Conclusions. The implementation of the ICP promoted reductions in all time intervals between treatment steps. There were no statistically significant difference in overall survival and cost per patient treated between the groups. Daily costs and consultations were the most representative segments in total cost of the rectal cancer patient treatment
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Genotipagem do Papilomavírus Humano (HPV) nos casos de câncer do colo uterino do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo no período de 2008 a 2012 / Genotyping of Human Papillomavirus (HPV) in uterine cervical cancer patients of the Cancer Institute of the State of São Paulo in the period from 2008 to 2012Genta, Maria Luiza Nogueira Dias 30 August 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: O câncer do colo uterino é a terceira neoplasia maligna que mais afeta as mulheres brasileiras e, quando não detectada precocemente, apresenta prognóstico reservado. O câncer do colo uterino é consequência da infecção pelo Papilomavírus humano (HPV). Pouco é conhecido sobre a influência dos genótipos do HPV na apresentação clínica e o seu impacto na taxa de sobrevida no câncer do colo uterino. Os objetivos do estudo foram identificar os genótipos de HPV no tecido tumoral da população atendida no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e associar os genótipos de HPV aos fatores de risco conhecidos para o câncer do colo uterino. MÉTODOS: Foram incluídas mulheres com diagnóstico de câncer do colo uterino atendidas no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) entre maio de 2008 e junho de 2012. A análise do material tumoral parafinado confirmou histologicamente o diagnóstico de câncer do colo uterino. O DNA tumoral foi extraído de três fragmentos de 10?m de espessura do bloco de parafina de carcinoma do colo uterino e submetido ao ensaio clínico Onclarity (sistema automatizado da BD Viper LT) para detecção e genotipagem do HPV. Idade ao diagnóstico, estadiamento clínico, tipo histológico e tempo de sobrevida foram obtidos a partir de registros do prontuário até dezembro de 2015. RESULTADOS: Foram analisadas 414 pacientes. As frequências dos genótipos estudados foram HPV16 (54%) HPV18(9%), HPV33-58 (6%), HPV45 (5%), HPV31 (3%), HPV39-68- 35 (3%), HPV59-56-66(3%), HPV52 (2%) e HPVnegativo (14%). A idade da população estudada variou de 17 a 87 anos, com média etária de 50,8 (DP=13,8 anos). Os tipos histológicos foram carcinoma de células escamosas (75%), adenocarcinoma (21%) e outros tipos histológicos (4%). Conforme o estadiamento clínico adotado pela FIGO (2009), 35% foi classificado como 1A1, 1A2 e 1B1, 17% como 1B2 e 2A e 48% como 2B a 4B. O genótipo do HPV apresentou distribuição diferente quanto à idade ao diagnóstico, tipo histológico e estadiamento. A mediana do tempo de sobrevida global desta coorte de pacientes com câncer do colo uterino foi de 37 meses [12-53 meses]. A sobrevida global acumulada em 5 anos após o diagnóstico de câncer do colo uterino foi de 55%. Ocorreram 119 (38%) óbitos no período e 133 (42%) recidivas subdivididas em três grupos: local (12%), regional (30%) e à distância (58%). Curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e estatística de Log-rank demonstraram que os genótipos de HPV 16 e 18 (59%) não se relacionaram a um pior prognóstico em comparação com outros genótipos de HPV (41%) (P=0,17). Idade ao diagnóstico, estadiamento clínico, tipo histológico, invasão vascular, metástase linfonodal, tamanho do tumor e os genótipos HPV16, HPV18 e HPVoutros foram analisados individualmente em um modelo de regressão de Cox. O genótipo do HPV se associou a pior taxa de sobrevida global apenas quando detectado mais de um HPV no material tumoral analisado. CONCLUSÃO: Apesar das diferentes distribuições dos os genótipos do HPV quanto à idade ao diagnóstico, tipo histológico e estadiamento, o genótipo do HPV não se mostrou como fator prognóstico independente no câncer do colo uterino / INTRODUCTION: Uterine cervical cancer is the third most common malignant neoplasm affecting Brazilian women. Prognosis is poor when diagnosis is delayed. Cervical cancer is a consequence of human papillomavirus (HPV) infection. Little is known about the influence of HPV genotypes in Brazil and its impact on cancer survival rate The purpose of the present study were to identify HPV genotypes of tumoral tissue from the affected population and to examine the association between HPV genotype and traditional cervical cancer risk factors. METHODS: Women diagnosed with cervical cancer at the Cancer Institute of the State of São Paulo (ICESP) between May 2008 and June 2012 were included in the study. Tumor specimens were reviewed to confirm the diagnosis of cervical cancer. Tumor DNA was extracted from three 10?m-thick paraffin block fragments of each subject. HPV genotype was detected using the Onclarity system (BD Viper LT automated system). Age at diagnosis, clinical staging, histological type and survival time were obtained from the hospital electronic data records until December 2015. RESULTS: 414 patients were analyzed. The HPV genotypes studied were HPV16 (54%) HPV18 (9%), HPV33-58 (6%), HPV45 (5%), HPV31 (3%), HPV39-68-35 (3%), HPV59-56- 66(3%), HPV52 (2%) and HPVnegative (14%). The age of the study population ranged from 17 to 87 years, mean age= 50.8 (SD=13.8 years). Histological types were classified as squamous cell carcinoma (75%), adenocarcinoma (21%) and other histological types (4%). According to the 2009 FIGO clinical staging, 35% were classified as 1A1, 1A2 and 1B1, 1B2 and 17% as 2A and 48% as 2B the 4B. HPV genotypes showed different distributions regarding age, histologic tumor types and clinical staging. The median overall survival time was 37 months [12-53 months]. The cumulative overall survival at 5 years after diagnosis of cervical cancer was 55%. There were 119 (38%) deaths during the study period and 133 (42%) recurrences subdivided into three groups: local (12%), regional (30%) and distant (58%). Kaplan-Meier survival curves and Log-rank statistics showed that HPV 16/18 (59%) did not influence prognosis compared to other HPV subtypes (41%) (P=0.17). Age at diagnosis, clinical stage, histological type, vascular invasion, lymph node metastasis, tumor size and HPV16 genotypes, HPV18 and HPVothers were individually analyzed in a Cox regression model. HPV genotype was associated with poorer overall survival rate only when multiple HPV infection was detected in the tumoral specimen. CONCLUSION: Although HPV genotype showed different distribution regarding age at diagnosis, histological type and clinical staging, HPV genotype was not an independent prognostic factor of cervical cancer in the study population
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