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O impacto das lesões intencionais na sobrevida de pacientes queimados : análise de uma coorte histórica no sul do BrasilDuarte, Daniele Walter January 2013 (has links)
Introdução: As queimaduras intencionais podem ser dividas em lesões auto infligidas e resultantes de agressão. Em países latinos, incluindo o Brasil, existem poucos estudos acerca deste assunto, a maioria deles voltados ao estudo das lesões auto infligidas. Existe consenso entre especialistas da área de que as vítimas deste tipo de exposição enfrentam lesões mais graves e com maior morbimortalidade. No entanto, os relatos identificados na literatura não avaliam de forma conclusiva o impacto destas exposições de forma independente, considerando a severidade da lesão e comorbidades prévias. Compreender como estas formas de exposição à queimadura impactam na mortalidade e estimar suas incidências pode ser de grande valia no planejamento do tratamento destas lesões. Adicionalmente, a identificação dos fatores de risco associados a estas exposições pode ajudar a guiar medidas preventivas de forma mais efetiva. O presente trabalho objetiva comparar as queimaduras auto infligidas e resultantes de agressão com as lesões acidentais quanto aos principais fatores associados e quanto à sobrevida controlando para fatores de confusão e demais variáveis que possam afetar a mortalidade. Métodos: No intuito de responder estas questões, procedemos a uma revisão retrospectiva de todos os casos de pacientes queimados internados entre 01 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2012 no Centro de Queimados do Hospital de Pronto Socorro de Porto de Porto Alegre, centro de referência em queimados no sul do Brasil. A sobrevida dos grupos foi comparada através de análise multivariável de riscos proporcionais de Cox. Resultados: 1.734 pacientes foram incluídos no estudo, 87,7% por lesões acidentais e 12,4% intencionais (6,6% auto infligidas e 5,8% por agressão). As lesões auto infligidas e por agressão resultaram em lesões significativamente mais graves, necessitando maior tempo de permanência hospitalar (mediana de 23 e 17 dias, respectivamente, versus 11 dias, p< 0,001) e com maior mortalidade (40,4% e 25.7%, respectivamente, versus 8,8%, p<0,001) quando comparadas às lesões acidentais. Ambas as exposições associaram-se significativamente com drogadição (35,1% e 53,5% p<0,001) e as lesões auto infligidas associaram-se significativamente com história de doença psiquiátrica prévia (50%, p=0,004). Lesões auto infligidas representaram fator de risco para mortalidade (HR= 1,59, p= 0,03) no modelo multivariável. Lesões por agressão não foram identificadas como fator de risco para óbito neste modelo. Conclusões: Este trabalho identifica as lesões auto infligidas como fator de risco independente para mortalidade em pacientes queimados. Os fatores que explicam este resultado ainda precisam ser investigados, mas é provável que diversos mecanismos biológicos e sociais concorram para esse desfecho. Estresse pós-traumático, piora ou surgimento de sintomas depressivos e relação de contratransferência negativa por parte da equipe assistente ao tratarem estes indivíduos são alguns deles. Por fim, considerandose a maior morbimortalidade associada às queimaduras intencionais e a sua transcendência em termos de saúde pública, destacamos a importância de intervir sobre os principais fatores de risco para estas exposições, como drogadição e outras doenças psiquiátricas, objetivando diminuir a ocorrência das mesmas. / Background: We can divide intentional burns in self-inflicted injuries and injuries resulted from assaults. There are few studies addressing this issue in Latin countries including Brazil, most of them mainly considering self-inflicted burns. There is consensus among the authors that these patients experience extensive injuries with excess of morbidity and mortality. Nonetheless, there are contradictory reports if these patients have worse outcomes than expected, when injury severity and other preexistent clinical and psychiatric comorbidities are taken into account in analysis. Understanding how these injuries impact on mortality and estimating its occurrence can be worthy in planning adequate treatment for these patients. Moreover, analyzing the risk factors for these injuries may help in guiding preventive efforts. This study aims to compare self-inflicted injuries and injuries from assaults with accidental injuries concerning the main associated factors and survival controlling for confounders. Methods: In order to investigate these issues, we proceeded with a ten-year retrospective review on all consecutive burn patients treated from 1 January 2003 until 31 December 2012 at the Burn Care Unit of Hospital de Pronto Socorro in Porto Alegre, a reference for burn care in southern Brazil. Survival was compared by means of a multivariable Cox proportional hazard ratio model. Results: 1,734 patients met inclusion criteria, 87.7% accidental, 6.6% self-inflicted and 5.8% from aggression. Self-inflicted burns and burns from aggressions resulted in significantly severer injuries, with longer length of hospital stay (median of 23 and 17 days versus 11 days, p< 0.001) and higher mortality (40.4% and 25.7% versus 8.8%, p<0.001) comparing to accidental injuries. Self-inflicted injuries and aggression were both associated with drug abuse (35.1% and 53.5% p<0.001) and self-inflicted injuries were associated with psychiatric disorders (50%, p=0.004). After multivariable Cox Regression Analysis controlling for confounders, self-inflicted injuries correlated significantly with a decrease in survival (HR= 1.59, p= 0.03). We found no higher risk of death among burns from assaults after controlled analysis. Conclusions: Our findings identify self-inflicted injuries as an independent predictor of death in burn patients. Although the explanation to this result remain to be investigated, many biological and social factors may concur to explain this outcome. Posttraumatic stress, worsening of depressive symptoms and a negative countertransference of the health care team with these patients are some to be considered. Finally, considering the worse outcomes associated to the intentional injuries, we highlight the importance of treating the main associated risk factors for these injuries, such as drug abuse and other psychiatric disorders, in orders to lower its occurrence.
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O potencial papel da cinase reguladora extracelular (ERK) na sobrevida de pacientes com adenocarcinoma de pulmão em estágios iniciaisMartini, Simone de Leon January 2013 (has links)
Introdução: O câncer de pulmão está entre os principais tipos de neoplasias, sendo o adenocarcinoma o tipo histológico mais frequente. Atualmente, tem-se buscado marcadores de prognóstico para o carcinoma não de pequenas células. Objetivo: analisar os níveis da cinase reguladora extracelular (ERK) ativada em amostras histológicas de pacientes em estágios iniciais de adenocarcinoma de pulmão que foram submetidos a tratamento cirúrgico e suas correlações com dados clínicos e sobrevida. Material e métodos: foram selecionados aleatoriamente 36 pacientes com adenocarcinoma de pulmão nos estágios I e II submetidos a lobectomia pulmonar entre 1998 e 2004. Os pacientes foram divididos em dois grupos segundo os achados imuno-histoquímicos: pacientes com menos de 15% da positividade de células tumorais para ERK e pacientes com 15% ou mais de células positivas. Para comparação com os achados foi realizada análise de enriquecimento de base de dados de microarranjos (GSE29016, n = 72). Resultados: 21 pacientes (58%) apresentaram níveis da ERK ativada acima de 15% e 15 pacientes (43%) abaixo de 15%. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para idade, sexo, tabagismo e índice de massa corporal entre os grupos estratificados para a ERK. O grupo de maior positividade (≥15%) apresentou menor sobrevida (P = 0,045). As análises de enriquecimento não demonstraram correlação da variação da expressão gênica de ERK em pacientes com adenocarcinoma quando comparados com a sobrevida nos estágios I e o grupamento dos estágios II e III. Conclusões: a alta positividade da ERK em células de amostras biológicas de pacientes com adenocarcinoma de pulmão está relacionada a tumores mais agressivos e com pior prognóstico. / Introduction: Lung cancer is among the most common types of neoplasias, and adenocarcinoma is the most frequent histological type. Currently, there is an extensive search for prognostic biomarkers of squamous nonsmall cell lung cancer. Objective: To analyze the correlation of clinical data and patient survival with the levels of activated extracellular regulatory kinase (ERK) in histological samples of surgically resected early stage lung adenocarcinoma. Methods: We randomly selected 36 patients with stage I or II lung adenocarcinoma who underwent pulmonary lobectomy between 1998 and 2004. Patients were divided into the following 2 groups according to immunohistochemical profile: a group with <15% ERK-positive tumor cells and a group with ≥15% ERK-positive tumor cells. For data comparison, an enrichment analysis of a microarray database was performed (GSE29016, n = 72). Results: Activated ERK levels were ≥15% and <15% in 21 (58%) and 15 (43%) patients, respectively. There were no statistically significant differences in age, sex, smoking history, and body mass index among the groups stratified by ERK levels. The survival rate was lower in the ERK ≥15% group than in the ERK <15% group (P = 0.045). Enrichment analyses showed no correlation between variations in gene expression of ERK in adenocarcinoma patients and survival rates in patients with stage I and combined stage II+III disease. Conclusions: High ERK positivity in cells from biological samples of lung adenocarcinoma is related with tumor aggressiveness and a poorer prognosis.
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Mortalidade por câncer em adolescentes e adultos jovens e fatores associadosHenrique, Lizana Arend 20 September 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T04:25:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
341468.pdf: 6715481 bytes, checksum: b83dc7ae38baa4c0d92c768c8be26a60 (MD5) / OBJETIVO: Identificar os fatores associados a mortalidade precoce por câncer em adolescentes e jovens adultos, atendidos em uma unidade de referência no tratamento oncológico em Santa Catarina, Brasil. MÉTODOS: Trata-se de uma coorte retrospectiva, com amostra intencional, de adolescentes (15 e 19 anos) e adultos jovens (20 ? 29 anos) com diagnóstico de neoplasia ? obtida a partir de dados secundários, no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2013. Para fins de análise de sobrevivência, foram utilizados o método de Kaplan-Meier e o modelo de regressão de Cox. Na análise logística, foi testada a associação entre morte precoce (tercil inferior entre diagnóstico e morte, segundo tipo de câncer) com variáveis sociodemográficas e clínicas. RESULTADOS: Foram incluídos 889 casos com idade média de 23 anos com similar distribuição para gênero e predomínio da cor branca. Utilizando o modelo de riscos proporcionais de Cox, ajustado para tipo de neoplasia e sexo, indivíduos com neoplasia não hematológicas (tumores sólidos) apresentaram risco de morrer 47% maior, quando comparado aos indivíduos com diagnóstico de leucemias e linfomas (HR: 1,47; IC95%: 1,12-1,93) e a chance de morrer foi 31% maior no sexo masculino que no feminino (HR: 1,31; IC95%: 1,02-1,69). Quando ajustado para tipo de neoplasia e idade (15 a 24 anos e 25 a 29 anos) observou-se que o risco de morrer por câncer foi 51% maior naqueles com diagnóstico de neoplasias não hematológicas, quando comparado aos indivíduos com diagnóstico de leucemias e linfomas (HR: 1,51; IC95%: 1,15-1,99) e que a chance de morrer por câncer em pacientes com menos de 25 anos foi 33% quando comparado aos mais velhos (entre 25 e 29 anos) (HR: 1,33; IC95%: 1,04-1,75). Na análise de regressão múltipla, os fatores associados a mortalidade precoce por câncer foram escolaridade (p=0,011) e tempo entre diagnóstico e início de tratamento (p < 0,001). CONCLUSÃO: Na amostra estudada maior intervalo tempo entre o diagnóstico e início do tratamento (acesso a terapêutica oncológica) e baixa escolaridade tiveram papel importante morte precoce por câncer nos indivíduos estudados. Isto deve ser considerado no planejamento e na identificação do risco em pacientes jovens com câncer, a fim de diminuir o impacto que esta doença tem na mortalidade desta faixa etária.<br> / Abstract : OBJECTIVES: To identify factors associated with early mortality by cancer in young adults and adolescents in a reference institution for oncology treatment in Santa Catarina, Brazil. METHODS: A retrospective cohort with an intentional sample of young adults (ages 20-29) and adolescents (ages 15-19) diagnosed with neoplasia. Secondary data acquired from January 2002 to December 2013. Kaplan-Meier and Cox regression methods were used for survival analysis. Logistical analysis tested the association between early death (lower tertile between diagnosis and death, according to cancer type) and clinical or sociodemographic variables. RESULTS: A total of 889 cases with average age 23 were included, with similar gender distributions and predominance of Caucasian ethnicity. Using the Cox framework of proportional risks adjusted for neoplasia types and gender, individuals with non-hematological neoplasia (solid tumors) presented a 47% higher risk of dying when compared with individuals diagnosed with leukemias and lymphomas (HR: 1.47; IC95%: 1.12-1.93). Chances of death were 31% higher for males than for females (HR: 1.31; IC95%: 1.02-1.69). When adjusting for type of neoplasia and age (15-24 and 25-29) the risk of death by cancer was 51% greater on individuals diagnosed with non-hematologic neoplasia when compared with individuals diagnosed with leukemias and lymphomas (HR: 1.51; IC95%: 1.15-1.99). The chance of death by cancer in patients under age 25 was 33% greater when compared to older patients between ages 25-29 (HR: 1.33; IC95%: 1.04-1.75). In multiple regression analysis, factors associated with early mortality by cancer were the number of years in school (p=0.011) and time between diagnosis and treatment starting (p<0.001). CONCLUSIONS: The sample studied with a larger period of time between diagnosis and treatment starting (access to oncology therapy) and with lower amount of years in school had important roles in early death by cancer for the observed individuals. This must be considered when planning and identifying risk in young cancer patients in order to lower the impact the disease has on mortality for this age group.
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Diálise peritoneal : experiência de dez anos de um centro de referência no nordeste do Brasil / Peritoneal dialysis: a ten-year experience at a reference center in northeastern BrazilMoura, Alvimar Rodrigues de 28 August 2017 (has links)
We accessed data on patients undergone peritoneal dialysis (PD), a technique that is underused in most countries and is not usually employed as the initial therapeutic option. The study aimed to characterize the DP program at a reference unit in the Northeast Region of Brazil. It was based on a retrospective cohort study that evaluated the clinical and socio-demographic profile, treatment history and causes of death of 565 incident patients who remained in PD for at least 30 days. Results were obtained: mean age was 54 ± 19 years when they started on PD. Males were 55%, 38% from Aracaju, 62% from Sergipe, 76% had <4 years of schooling and 88% earned <5 minimum wages as family income. Diabetic nephropathy was the main etiology (25%) and 77% were hypertensive. There was 9% of late referencing. The majority started on PD as the first dialytic procedure (53%), and (58%) as an emergency. The patients remained in PD for an average of 710.5 (± 714.2) days. PD was the initial dialysis modality for 302 patients (53%). A total of 676 peritoneal catheters were implanted, mean of 1.19 / patient. The median survival of the PD technique was 83.1 months, with a rate of 85.1% in 2 years and 61.1% in 5 years. The median survival of patients was 32.9 months for patients without DM, with a 2-year survival rate of 52.4% and a 5-year survival rate of 22.3. During the study, 353 individuals (62%) died. The etiology of renal disease was identified in 37% of the cases. The odds ratio (OR) of death of those who were referred late was 2,032 times greater than those who did conservative treatment. In conclusion, despite non favorable social indices, survival, peritonitis and complications rates were similar to those described in the literature. / Este estudo aborda a diálise peritoneal (DP), técnica que se mostra subutilizada na maioria dos países e geralmente não é oferecida como opção terapêutica inicial. Tem como objetivo caracterizar os resultados do programa de DP, avaliar frequência, etiologia e fatores associados à peritonite em pacientes sob DP em um centro de referência na região nordeste do Brasil. Avaliou a partir de um estudo de coorte retrospectivo, o perfil clínico e sociodemográfico, histórico de tratamento e causas de óbito associadas a fatores relacionados a peritonite de 565 pacientes incidentes que permaneceram em DP por pelo menos 30 dias. Foram resultados obtidos: a média de idade foi 54±19 anos quando iniciaram em DP. Sexo masculino foi 55%, sendo 38% procedentes de Aracaju, 62% residentes no interior de Sergipe, 76% com <4 anos de estudo e 88% com renda familiar <5 salários mínimos. Nefropatia diabética foi a principal etiologia (25%) e 77% eram hipertensos. Houve 9% de referenciamento tardio. A maioria iniciou em diálise por DP (53%), sendo 58% de forma emergencial. Os pacientes permaneceram em DP por, em média, 710,5 dias. Foram implantados 676 cateteres peritoneais, média de 1,19/paciente. A maioria dos pacientes (59%) não apresentou peritonite. O índice global de peritonite foi de 0,32 episódio/paciente.ano. O Staphylococus aureus foi o germe mais prevalente (23%). Houve cura da peritonite em 71% dos casos. Identificou-se maior risco de peritonite nos pacientes com histórico de infecção do sítio de saída do cateter peritoneal. A sobrevida mediana da técnica de DP foi de 83,1 meses, com taxa de 85,1% em 2 anos e de 61,1% em 5 anos. A sobrevida mediana dos pacientes foi de 32,9 meses para os pacientes sem DM, com taxa de sobrevida em 2 anos de 52,4% e em 5 anos de 22,3%. Foram a óbito 353 indivíduos (62%). A etiologia da doença renal foi identificada em 37% dos casos. A chance de risco (OR) de óbito de quem tem referenciamento tardio é 2,032 vezes maior do que quem fez tratamento conservador. Como conclusão obteve-se que a despeito dos indicadores sociais ruins da população estudada, sobrevida, taxas de peritonite e complicações se assemelharam ao descrito na literatura. / Aracaju, SE
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Análise de uma coorte de pacientes transplantados renais acompanhados no núcleo interdisciplinar de estudos e pesquisas em nefrologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (NIEPEN-UFJF)Braga, Luciane Senra de Souza 19 April 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-04-19 / Desde o primeiro transplante renal bem sucedido, que a clínica vêm sendo monitorada, medida e descrita, de forma a nortear a atividade transplantadora em todo o mundo. Neste trabalho, avaliamos dados de prontuário médico de todos os pacientes transplantados renais entre janeiro de 2002 e dezembro de 2012, acompanhados no Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia da Universidade Federal de Juiz de Fora (NIEPEN-UFJF). Este estudo, retrospectivo e de coorte, foi idealizado a partir da coleta de dados para alimentação do Cadastro Nacional de Transplantes (CNTx), tendo como objetivo principal descrever a sobrevida de pacientes e do enxerto renal, bem como o impacto de diferentes variáveis clínicas sobre estes desfechos, em um serviço de baixa atividade transplantadora.
Foram incluídos 162 pacientes, com média de idade de 44 ± 11,5 anos, dos quais 92% tiveram doador vivo relacionado. A sobrevida dos pacientes, do enxerto e do enxerto censurada para óbito foram analisadas através do método de Kaplan-Meier, e sua associação com os fatores de risco estudados foi verificada por meio do teste log-rank, ou pelo modelo de Cox, conforme indicado. A sobrevida dos pacientes em 1, 3 e 5 anos foi de 88,6%, 86% e 82,9%, respectivamente. A sobrevida do enxerto foi de 86,9%, 83% e 77%, e a sobrevida do enxerto censurada para óbito foi de 98,1%, 96,6% e 92,9% para os mesmos períodos. A maioria das perdas de enxerto ocorreram durante o primeiro ano pós-transplante, devido a infecções. Após ajustes estatísticos, observamos que pacientes com idade acima de 42 anos (HHR 3,94, IC 1,39 a 11,13), com doador falecido (HHR 11,41, CI 1,2 a 108,35) ou escolaridade entre 8 e 11 anos apresentaram risco aumentado de perda do enxerto, de forma independente.
Em resumo, apesar da elevada mortalidade observada no primeiro ano pós-transplante, as taxas de sobrevida de pacientes e do enxerto foram similares àquelas descritas em grandes bases de dados preexistentes. Acreditamos que a melhoria do cuidado no período pós-transplante é fundamental no sentido de melhorar as taxas de sobrevida, especialmente em centros de baixa atividade transplantadora, que correspondem a cerca de 30% da atividade transplantadora
nacional, mas representam enorme potencial para crescimento do número absoluto de transplantes no Brasil, nos próximos anos. / Since the first successful kidney transplant, performance data have been monitored, measured and reported in order to guide transplant activity worldwide. In this paper, we evaluated clinical data from medical records of all kidney transplant recipients followed at the Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Nefrologia of the Federal University of Juiz de Fora (NIEPEN-UFJF), from January 2002 to December 2012. This is a retrospective cohort study, first conceived from periodical data feeding of the Brazilian National Transplant Control Database (CNTx). The main goal was to describe patient and graft survival, as well as clinical and demographic variables affecting them, in the setting of a low activity transplant center.
We studied 162 patients, with a mean age of 44 ± 11.5 years, and 92% had a living donor. Patient, graft and death-censored graft survival rates were assessed by Kaplan-Meier analysis, and their association with the studied risk factors was assessed through log-rank test, or Cox model, as suitable. Patient survival at 1, 3 and 5 years was 88.6%, 86% and 82.9%, respectively. Graft survival was 86.9%, 83% and 77%, and death-censored graft survival was 98.1%, 96.6% and 92.9% for the aforementioned time points. Most grafts were lost due to patient death caused by infections, which mainly occurred within the first posttransplant year. After statistical adjustments, we observed that age over 42 years (HHR 3.94, CI 1.39 to 11.13), deceased donor (HHR 11.41, CI 1.2 to 108.35) and schooling time between 8-11 years were independently associated with graft loss.
In summary, despite a high early mortality rate, patient and graft survival rates we observed are similar to those described in large databases. We believe that improvements in long-term posttransplant care are a key issue to improve survival rates, especially in low-activity transplant centers, which in Brazil account for roughly 30% of transplant activity, but also represent a great potential source of growth in number of transplants in years to come.
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Factores asociados a sobrevida en una cohorte de pacientes con VIH que iniciaron terapia antirretroviral (Targa) en el Hospital Nacional Arzobispo Loayza en LimaEspinoza Morales, Diego Raúl 01 February 2018 (has links)
Objetivos: Determinar factores asociados a la sobrevida a 3 años de pacientes con infección por VIH que iniciaron terapia antirretroviral (TARGA) en el Hospital Nacional “Arzobispo Loayza” (HNAL) en Lima, Perú, durante los años 2004-2012. Materiales y métodos: Estudio retrospectivo de una cohorte de 2171 pacientes con diagnóstico de VIH que iniciaron tratamiento en el HNAL. Para evaluar los factores asociados a la sobrevida se compararon las características clínicas de los pacientes según el sexo, edad, la presencia de condición de SIDA al inicio y el esquema de terapia antirretroviral inicial. Realizamos un análisis multivariado de regresión de Cox para evaluar factores sociodemográficos, epidemiológicos y clínicos, obteniéndose los Hazard ratio (HR) y su IC 95%. Resultados: De 2171 pacientes, la población mayoritariamente fue masculina, soltera y con secundaria completa. En el grupo de sobrevivientes la mediana de CD4+ al inicio del TARGA fue de 132 células/ml y de 67 células/mL en el grupo no sobreviviente. A los tres años, 87% de los pacientes en TARGA sobrevivían (13% de Mortalidad). Se encontró como factores asociados a la sobrevida: El uso de Zidovudina/ Lamivudina/Efavirenz en comparación con otros esquemas de TARGA utilizados (HR: 0,51; IC95%:0,39-0,66), iniciar TARGA con más de 350 células/mL de CD4+ (HR: 0,29; IC95%: 0,12-0,71), tener algún grado de educación (HR: 0,48; IC95%: 0,26- 0,92) y ser casado (HR: 0,45; IC95%: 0,27-0,76). Conclusiones: La condición de ser casado, tener menos de 36 años, tener algún grado educativo e iniciar terapia con recuentos de CD4+ mayores a 350 células/mL aumenta la sobrevida durante los primeros 3 años.interventions to avoid this phenomenon can take place. / Tesis
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Avaliação longitudinal dos tecidos peri-implantares de implantes curtos e convencionais instalados na região posterior mandibular após reabilitação protética : análises clínica, radiográfica e de frequência de ressonância /Ibelli, Guilherme Siqueira. January 2020 (has links)
Orientador: Francisco de Assis Mollo Junior / Resumo: Os implantes curtos surgiram como uma proposta para reduzir o número de cirurgias, a taxa de morbidade e o desconforto para o paciente causado por cirurgias reconstrutivas, além do tempo de reabilitação. A proposta deste estudo foi avaliar por meio das análises clínica, radiográfica e da frequência de ressonância o índice de sucesso de implantes curtos comparados aos convencionais instalados na região posterior de mandíbula após reabilitação protética. Foram selecionados 20 pacientes com 60 implantes de conexão protética hexagonal externa em uso de próteses provisórias parafusadas múltiplas sobre pilares do tipo microunit há pelo menos um ano, divididos em dois grupos: implantes curtos, contendo 19 implantes com medidas de 4,3x5,5 mm, 5,0x5,5 mm e 5,0x7,0 mm e implantes convencionais contendo 41 implantes com medidas de 4,0x10 mm e 4,0x11,5 mm. Os implantes foram avaliados nos tempos: T0 (imediato à instalação da prótese metalocerâmica), T1 (após 1 ano) e T2 (após 2 anos) e 5 pacientes não compareceram aos retornos, 2 no período T1 e mais 3 no período T2 e 3 implantes foram perdidos ao longo do estudo, 1 convencional em T1 e um curto e outro convencional em T2. Os valores de sondagem peri-implantar foram menores para os implantes convencionais somente em T1(p<0.05). Os implantes curtos apresentaram maiores valores de densidade radiográfica no período T1 (p<0.05) e menores valores de altura óssea peri-implantar em T0 e T1 (p<0.05), depois equiparando-se aos convencionais. Os v... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Doutor
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Factores asociados a sobrevida de pacientes en tratamiento antirretroviral de gran actividad de un hospital de tercer nivel de ChiclayoRodriguez Gastelo, Janet Ivonne January 2017 (has links)
Objetivos: identificar factores demográficos, clínicos y laboratoriales asociados a la sobrevida del paciente en TARGA. Diseño: estudio cuantitativo, cohorte, retrospectivo. Materiales y métodos: se recolectaron 642 registros de pacientes de la Estrategia Sanitaria Nacional de ITS/VIH-SIDA, de los cuales 75 no cumplieron con criterios de inclusión. El seguimiento fue desde el año 2002 hasta 30 de julio del 2015. El análisis estadístico fue realizado en STATA 11; se usó curvas de Kaplan Meier para evaluar la sobrevida para cada factor evaluado, y modelos de Cox para calcular Hazard Ratios. Resultados: se encontró registro de 140 decesos durante el periodo de estudio. La sobrevida a 5,5 años fue del 60%. Los factores de riesgo asociados a baja sobrevida fueron la edad, ser iletrado, el estadio III y IV al inicio del tratamiento, la no profilaxis con cotrimoxazol. Un factor protector fue el aumento de hemoglobina. Conclusiones: a pesar que el tratamiento antirretroviral ha mejorado la sobrevida de los pacientes, se encontró asociación de los factores sociodemográficos, clínicos y laboratoriales con un bajo pronóstico de sobrevida; principalmente aquellos que se encuentran en estadios III y IV de la enfermedad.
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Factores clínico-laboratoriales de sobrevida en pacientes con mieloma múltiple atendidos en dos hospitales de Lambayeque 2015-2019Montaño Perrin, Marlene Yanina January 2023 (has links)
OBJETIVO: Establecer los factores clínico-laboratoriales de sobrevida en pacientes con mieloma múltiple de dos hospitales de Lambayeque durante el periodo 2015-2019. MATERIALES Y MÉTODOS: Estudio observacional analítico de una cohorte retrospectiva, constituido por 84 pacientes diagnosticados con mieloma múltiple en el periodo 2015-2019. El seguimiento se realizó desde el año 2015 hasta el 31 de diciembre del 2019. El análisis estadístico fue realizado en STATA v16. Para evaluar los factores clínico-laboratoriales asociados a la sobrevida se realizó una regresión de Cox, estimando el Hazard ratio (HR). Para el análisis de la sobrevida se utilizó Kaplan-Meier para describir la sobrevida global y se aplicó el test de Log-Rank para comparar las curvas de supervivencia. Resultados: El sexo masculino representó el 61.9% de la población. La mediana de edad en el momento del diagnóstico fue 62 años. La sobrevida global a los 5 años fue del 58%. Se observó una asociación estadísticamente significativa entre una menor sobrevida y la presencia de falla renal (HR 4.64 - IC 95% 1.50 - 14.29), así como con el tipo de componente monoclonal IgA (HR: 7.34; IC 95% 2.16 - 24.92) o cadenas ligeras (HR: 6.35; IC 95% 1.73 - 23.41) Conclusiones: La sobrevida global a 5 años fue del 58%. Asimismo, los factores asociados a menor sobrevida fueron falla renal y presentar IgA o cadenas ligeras como componente monoclonal. No se halló diferencia estadística significativa entre las curvas de sobrevida global de pacientes sometidos y no sometidos a TAPH.
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"Expressão de Zap-70 e CD38 em leucemia linfocítica crônica (LLC) e sua correlação com prognóstico" / Zap-70 and CD38 expression in CLL patients and the assossiation with prognosisFernandes, Margareth 19 April 2006 (has links)
Atualmente, a Leucemia Linfocítica Crônica (LLC) pode ser dividida em dois grupos: um com mutações somáticas no gene da região variável da cadeia pesada da imunoglobulina (MIgVH) e outro sem mutações (NMIgVH). Alguns estudos mostraram que a expressão de CD38 na superfície das células B de LLC pode estar correlacionada com o estado mutacional do gene VHIg, entretanto, esses controversos. Estudos recentes mostraram que a expressão da proteína tirosina quinase Zap-70 está melhor associada com o estado mutacional do gene IgVH. O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão de Zap-70 e CD38, por citometria de fluxo, nas células CD19+ de pacientes com LLC e correlacioná-los com o estádio clínico (EC), sobrevida livre de tratamento (SLT) e sobrevida global (SG). A expressão de Zap-70 e CD38 foi avaliada, em 144 de pacientes com LLC classificados nos estádios clínicos A, B e C de acordo com os critérios de Binet: 59 (41%) do EC-A, 38 (26%) do EC-B e 47 (33%) do EC-C. Foi observada menor positividade para Zap-70 e CD38 nos pacientes do EC-A do que nos EC-B e C. Quando avaliada a SLT nos pacientes do EC-A, os casos Zap-70+ assim como os CD38+ apresentaram menor SLT. A média de SG dos pacientes Zap-70+ e CD38+ foi menor quando comparado com os Zap-70- e CD38- entretanto quando correlacionada com o EC não foi observada diferença estatisticamente significante entre a expressão desses marcadores e o EC-A, B ou C. Pela analise combinada de CD38 e Zap-70, dividimos os pacientes em dois grupos (Zap-70-/CD38- e Zap-70+ ou CD38+). Observamos que a expressão positiva desses dois marcadores estava associada ao EC, uma vez que a grande maioria dos pacientes dos estádios B (74%) e C (66%) expressam Zap-70 ou CD38. Entretanto, os pacientes do EC-A, Zap-70+ ou CD38+, apresentaram SG menor quando comparado com os Zap-70-/CD38-. Essa diferença não foi observada nos pacientes do EC-B e do EC-C. Também foi observada menor SLT nos pacientes no EC-A, Zap-70+ ou CD38+. Esses resultados sugerem que análise combinada de Zap-70 e CD38 podem ser empregadas na avaliação dos pacientes do EC-A para se acompanhar a evolução clinica desse grupo de pacientes. Porém, estudos adicionais devem ser realizados para se validar a utilização clínica desses marcadores. / Actually, chronic lymphocytic leukemia (CLL) can be divided in two subsets: one with somatically mutated immunoglobulin heavy-chain variable-region genes (MIgVH) and other with unmutated sequences. (UMIgVH). Some studies have shown that CD38 expression in CLL cells are correlated with IgVH mutational status. However, the value of CD38 as surrogate IgVH mutational status is controversial. Recent studies, have found that Zap-70 protein tyrosine kinase expression is strongly associated with the mutational status IgVH. The aim of this study was to evaluate the Zap-70 and CD38 expression, for flow cytometry, in CD19+ LLC cells and correlate with the Binets staging system, treatment-free survival (TFS) and a overall survival (OS). Zap-70 and CD38 was evaluated, in 144 CLL patients that was classified in A, B and C Binets staging system: 59 (41%) in stage A, 38 (26%) in B and 47 (33%) in C. We observed low Zap-70 and CD38 expression in stage A patients than in stage B and C cases. When we analyzed the TFS in stage A patients Zap-70+ and CD38+ patients showed shorter TFS than Zap-70- and CD38-. Then we observed that the OS of Zap-70+ and CD38+ patients was, also, shorter than Zap-70- and CD38- cases. However, statistical differences was not found when Zap-70 and CD38 expression was correlated with stage A, B or C Binets staging system. To understand the associated Zap-70 and CD38 expression, we divided the CLL patients in two subgroups (Zap-70-/CD38 - and Zap-70+ or CD38+). We observed that CD38+ or Zap-70+ was associated Binets staging system, once most of stage B (74%) and C (66%) patients are Zap-70+ or CD38+. However, stage A patients, Zap-70+ or CD38+, showed shorter OS than Zap-70-/CD38-. These differences were not observed in stage B and C patients. Shorter TFS was also observed in the Zap-70+ or CD38+ stage A patients. These results suggest that combined analysis of Zap-70 and CD38 can be used to evaluate stage A patients to observe the clinical evolution of the disease. Nevertheless, other studies must be carried to confirm the clinical use of these markers.
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