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ENCONTROS SURDO-SURDO (S) COMO ESPAÇO DE PRODUÇÃO DE UMA COMUNIDADE: A POTÊNCIA DO (S) ENCONTRO (S)-AMIZADE (S)

PIMENTA, B. M. 30 August 2017 (has links)
Made available in DSpace on 2018-03-22T15:05:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11705_Disserta__o de Brigida.pdf: 2078272 bytes, checksum: c8439ac42c77f0b6437637f495690aff (MD5) Previous issue date: 2017-08-30 / Pretende-se responder como as multiplicidades surdas são produzidas nas redes tecidas nos encontros surdo-surdo(s), problematizando os efeitos dessas reuniões nos espaços-tempos. Como procedimento teórico-metodológico, dispõe-se da filosofia da diferença em Deleuze e Guattari, passando pelo exercício de uma pesquisa voltada ao processo de (des) territorializações, conexões, rupturas, entre outras teorizações deleuzianas que impulsionaram a produção de conceitos específicos para este trabalho. Qualquer pessoa está em constante transformação. Os surdos produziram o que aqui se denomina Nós (surdos) e Eles (ouvintes). Em alguns momentos, existe a oportunidade de todos serem Nós , porém em constante vigilância. Os Nós constituem-se os agentes racionais os associáveis e os estranhos os não associáveis , os Eles . Também se realizam, a partir dos encontros no futebol, os encontros-amizades . Utiliza-se a metodologia cartográfica como modo de escrita e produção dos dados. Os sujeitos participantes, surdos que se encontram em diferentes espaços comunitários, são universitários, estudantes de ensino médio, surdos-professores e surdos que não concluíram seus estudos, em diferentes faixas etárias. Assim, entende-se que os encontros surdo-surdo (s) promovem as diferenças surdas que impulsionam as comunidade (s) surda (s) a serem formadoras de um espaço-tempo de produção linguística. Essas diferenças são possíveis devido a vários fatores, tanto de âmbito cognitivo quanto social, como também a influências a que cada um está ex-posto , seguindo seu fluxo onde lhe for mais confortável, possível e desejado. Compreende-se como comunidade (s) surda (s) os diferentes espaços de relação entre os sujeitos, não somente um modo específico de comunidade que engessa e iguala todos. Tal engessamento se dá pelas lutas políticas e por algumas ações que ditam um modo ideal de ser e estar sendo sujeito dessa ou daquela comunidade, ocasionando o apagamento das diferenças existentes o apagamento das diferenças surdas. Percebe-se, no entanto, que a comunidade surda se faz necessária, inclusive a necessidade da conversa que se estabelece com maior força no entremeio dessa comunidade espaço-tempo daqueles que têm algo em comum. Agenciadora de pessoas surdas, nela os encontros-amizades se realizam ainda como um espaço-tempo em que a maioria dos surdos desejam estar, porque têm a possibilidade do contato com seu par linguístico. Palavras-chave: Comunidade surda. Surdos. Encontro.
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Cultura surda e transculturalidade: a questão das identidades numa comunidade acadêmica da Grande Vitória

BANDEIRA, Adriana Gomes January 2018 (has links)
Esta pesquisa tem como objetivo pensar de uma forma responsiva e responsável como os sujeitos surdos da Grande Vitória constituem os termos cultura surda e identidade surda nos seus discursos. Através, principalmente, das discussões levantadas pelos Estudos Culturais, a comunidade surda buscou transformar o olhar sobre o sujeito surdo, tradicionalmente concebido pelo viés da medicina, do assistencialismo, da deficiência e da falta de audição, para um viés cultural, em que se valoriza o sujeito crítico, com identidades e língua próprias, ou seja, as identidades surdas e a língua de sinais. Por meio desses estudos criam-se os Estudos Surdos, com o objetivo de fomentar novos conceitos e ideias a respeito da pessoa surda. Como proposta de desenvolvimento nesses estudos, buscamos o pensamento da transculturalidade para incrementar essa pesquisa e trazer novas perspectivas culturais em vista de ainda existirem tantos episódios de intolerância e ódio entre as pessoas. A ideia de uma cultura superior, fechada e que se divide entre “nós” e “eles” muitas vezes acaba por produzir mais segregação e preconceito. Por isso, a proposta da nossa pesquisa é pensar a cultura surda através do transculturalidade, do dialogismo, da escuta do outro e, além disso, repensar os conceitos de identidades e cultura surdas, visando contribuir para a construção de uma sociedade mais sensível à escuta e receptiva ao outro. O corpus desta pesquisa é formado por entrevistas realizadas com representantes da comunidade surda da Grande Vitória que estão inseridos na comunidade acadêmica sobre questões como: identidade surda e cultura surda, que são termos comumente utilizados/pesquisados por estudiosos dos Estudos Surdos. A hipótese elencada é a de que a comunidade surda tem assumido um posicionamento fechado nos conceitos de cultura e identidade surda. Para analisarmos se essa hipótese se sustenta, utilizamos uma metodologia dialógica da escuta com a pretensão de compreender as vozes que perpassam os sujeitos envolvidos nesse processo da pesquisa.
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Escolas de surdos: avanços, retrocessos e realidades

SÁ, Nelson Pereira de January 2011 (has links)
Pesquisa descritiva fenomenológica, de abordagem qualitativa que coletou dados em duas escolas que trabalham com surdos na cidade de Manaus: Escola Estadual Augusto Carneiro dos Santos e Instituto Filippo Smaldone. As escolas foram escolhidas por serem, originalmente, consideradas “escolas de surdos”, pelo fato de atenderem apenas a este grupo específico. Trata-se de um Estudo de Caso cujos sujeitos foram professores e profissionais da educação (surdos e ouvintes) que atuam nas escolas investigadas. A pesquisa teve como objetivo investigar os avanços e retrocessos a partir da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva/2008 (BRASIL, 2008), no contexto das escolas que trabalham com surdos na cidade de Manaus, identificando movimentos, discursos, pressões, resistências e conseqüências desta política pública atual e resultados dela decorrentes para as escolas de surdos, para o cotidiano escolar, para os professores e profissionais da educação bem como para os estudantes surdos. Entende-se que o microcosmo da escola e de seu entorno podem dar subsídios para uma análise aprofundada sobre as principais questões que envolvem a Educação de Surdos nestes tempos de pós-Política Nacional de Educação Especial. Em se tratando de surdos, na área da Educação, é de grande relevância abordar o tema da inclusão. Atualmente, tem sido esta a direção política no Brasil, a qual enfatiza a defesa dos direitos de todos os alunos com deficiências (sensoriais, físicas ou mentais) a estarem nas escolas comuns. Quanto aos resultados, destacam-se avanços como: o estabelecimento de que as escolas devem proporcionar uma perspectiva bilíngüe para os surdos, tendo a Libras como primeira língua e a Língua Portuguesa como segunda língua e; a possibilidade de que os professores tenham algum conhecimento de Libras. No que concerne a retrocessos, foi constatado que, por força da Política Nacional de Educação Especial, as escolas de surdos estão sendo fechadas ou descaracterizadas como escolas específicas e transformadas em AEE (Atendimento Educacional Especializado); os alunos surdos estão sendo espalhados numa infinidade de escolas regulares despreparadas para atender esse público específico.
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Políticas públicas na educação dos surdos: o que se diz, o que se faz, o que os surdos querem...

COSTA, Heliane Alves de Carvalho January 2014 (has links)
A educação escolar das crianças surdas deve ser ofertada nas escolas inclusivas, ou não? Esta pesquisa, cujo título é “Políticas Públicas na Educação dos Surdos: o que se diz, o que se faz, o que os surdos querem”, analisou três eixos da educação dos surdos, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental: O que diz (as políticas públicas de educação inclusiva, vigentes); O que faz (como estas políticas se materializam nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte); O que os surdos querem (o ponto de vista, político e educacional, dos surdos, envolvidos nesse processo). Esse estudo empregou a abordagem qualitativa e utilizou, como procedimentos metodológicos, a pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas com profissionais da educação, dando ênfase nos depoimentos das pessoas surdas. Para analisar os dados, buscou-se confrontar os discursos apresentados pelas partes envolvidas, verificando as contradições existentes entre o que se diz, o que se faz e o que as pessoas surdas almejam. Os resultados evidenciaram que a Instância Estadual diz subsidiar a educação dos surdos considerando, principalmente, as diretrizes educacionais indicadas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). A Rede Municipal de Belo Horizonte, que segue a mesma Diretriz, diz que promove o ensino para as crianças surdas, por meio de ações que subsidia a oferta do ensino da Libras e em Libras; oferta de Atendimentos Educacionais Especiais - AEE, propiciando o apoio educacional complementar necessário para atender às necessidades educacionais desses alunos. Os profissionais surdos revelam que as ações implementadas (o que se faz) não atendem às especificidades desses alunos e, por fim, indicam que os surdos almejam uma educação bilíngue. A pesquisa apontou que há necessidade de se repensar as políticas públicas para a educação dos surdos, considerando o ponto de vista, político e educacional, apresentado pela Comunidade Surda, buscando ressignificar o espaço educacional das crianças surdas, assegurando-lhes o direito à educação que reconheça as diferenças linguísticas, pedagógicas e culturais, ou seja, a oferta de uma educação bilíngue.
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Para além do silêncio: outros olhares sobre a surdez e a educação de surdos

Braga, Rosa Maria da Cruz 07 December 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2015-03-04T19:59:49Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 7 / Nenhuma / A presente dissertação, “Para além do Silêncio; Outros olhares sobre a surdez e a educação de surdos”, traz para à discussão algumas recorrências enunciativas possíveis de serem lidas nas produções de um dos grupos de pesquisadores que marcou a história da educação de surdos no Estado do Rio Grande do Sul. O grupo formou o Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais para Surdos (NUPPES) e, através de tal Núcleo, fez parcerias com a Secretaria de Educação do Estado, assumindo a partir daí a elaboração dos currículos, bem como a formação de professores nos cursos oferecidos pelo Estado. Além disso, o NUPPES também fez distintos movimentos para que a comunidade surda começasse a ter expressão na academia através da entrada de surdos na Universidade. A partir da produção intelectual e da inserção dos pesquisadores nas comunidades surdas, escolares e acadêmicas, podemos dizer que há muitas rupturas nas formas de ver e fazer a história surda acontecer. Considerando a grande contribuição acadêmica do grupo, materia / The present dissertation, “Para além do silêncio;Outros olhares sobre a surdez e a educação de surdos” (“Over the silence;Other views about deafness and the education of deaf people”), makes possible the quarrel of some existing enunciative recurrences in the productions of one of the groups of researchers that marked the history of the education of deaf people in the Rio Grande do Sul Brazilian state. This group was formed the “Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais para Surdos” (NUPPES – Nucleus of Research in Educational Politics for Deaf People) which made partnerships with the State Secretariat of Education, assuming the elaboration of the curriculums, as well as the formation of professors in the courses offered for the State. Moreover, the NUPPES made distinct movements so that the deaf community started to have academic expression by the entrance of deaf people in the university. From the intellectual production and the insertion of the researchers in the deaf, education and academic communities
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Gestos que falam: a vivÃncia da comunicaÃÃo por surdos

Marina Gomes Portela 13 February 2017 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Esta pesquisa se propÃe a compreender as relaÃÃes participativas e de vivÃncias das formas de se comunicar entre os estudantes surdos do Instituto Cearense de EducaÃÃo de Surdos (Ices), localizado no bairro Aldeota, em Fortaleza, CearÃ. A partir da etnografia (PEIRANO, 1995) com pesquisa participante (BRANDÃO, 1984; 1985) como metodologia, pÃde ser investigado a histÃria dos surdos no Brasil, refletir sobre as diversas formas de participaÃÃo (SILVA, 1986) de grupos de alunos durante o perÃodo de aula e de greve na escola pÃblica estadual, e compreender a relaÃÃo deles com o Instituto. Neste trabalho, hà estudos sobre a relaÃÃo do contexto social com as representaÃÃes sociais da identidade, alÃm de aprofundamentos em torno do que à a cultura surda; as concepÃÃes sobr ser surdo e/ou Surdo; o papel da alteridade no processo de cidadania; e os direitos adquiridos dos surdos. Nas consideraÃÃes finais, foi possÃvel entender que a participaÃÃo de discentes surdos deu-se atravÃs da mobilizaÃÃo dos prÃprios estudantes e de servidores do Ices. Por fim, o campo ainda proporcionou momentos interventivos, atravÃs da realizaÃÃo de oficinas de fotografia bÃsica, e jornal mural durante as aulas convencionais e de cinema enquanto os professores estavam em greve. Este percurso de pesquisa tambÃm me fez perceber que a intervenÃÃo esteve presente desde minhas primeiras aproximaÃÃes com o Instituto dos Surdos. Agora, à possÃvel concluir que as metodologias participativas unem esses processos.
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Ecos do silÃncio: culturas e trajetÃrias de surdos em Macapà / Echoes du silence: cultures et trajectoires des sourds à Macapa

Ronaldo ManassÃs Rodrigues Campos 07 December 2016 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / Este trabalho constitui-se uma anÃlise sociolÃgica sobre as culturas e as trajetÃrias dos Surdos em MacapÃ. Historicamente, estes indivÃduos tÃm vivido excluÃdos e atà invisibilizados na sociedade, que aqui chamo de sociedade oral, pois, baseia-se no som. Observando alguns espaÃos sociais de interaÃÃo busquei refletir como os surdos na famÃlia, escola, trabalho, no lazer e na religiÃo constroem, suas conveniÃncias e suas estratÃgias de interaÃÃo, uma vez que, nÃo usam a mesma lÃngua que os demais atores sociais. E por assim ser, a lÃngua de sinais ou as lÃnguas de sinais, que sÃo tidas como prÃprias das comunidades surdas tem sido por muito tempo, motivo de discriminaÃÃo e estigmatizaÃÃo das pessoas surdas na sociedade. Neste sentido este trabalho oportunizou uma anÃlise das trajetÃrias de Surdos. Possibilitou ainda construir uma sociologia para um novo objeto, e que exaustivamente tem sido analisado por outros campos de pesquisa, como educaÃÃo, e saÃde. Urgindo entÃo por uma anÃlise sociolÃgica. Para tanto busquei o aporte teÃrico de Lahire (2004), Certeau (2012), Goffman (2012), Foucault (1979) e Strobel (2013), entender: como estes sujeitos surdos constroem suas trajetÃrias? De que maneiras usam, constroem seus artefatos culturais? E, sobretudo, como tÃm se apropriado da chamada por eles, cultura surda no AmapÃ? Refletindo e apropriando a sociologia com conceitos advindos deste objeto, como o conceito de Povo Surdo, e de cultura surda lancei mÃo da metodologia proposta por Lahire (2004) com o uso de entrevistas de profundidade, todas feitas em Libras, para assim poder estruturar as trajetÃrias, disposiÃÃes, conveniÃncias e variaÃÃes individuais e em comunidade dos interlocutores surdos. Encontrei entÃo, o que nominei de ―ecos do silÃncio‖, pois hà uma grande tensÃo entre surdos e ouvintes, e coercitivamente, os surdos sÃo levados a construir suas prÃprias conveniÃncias para as diversas esferas sociais, ecoando muito forte na sociedade suas inÃmeras tentativas de reconhecimento, e de diminuiÃÃo do estigma que a surdez os imputa.
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"Brincar-vem": a criança surda na Educação Infantil e o despertar das mãos.

CORTES, D. M. 21 September 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T11:11:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_6184_DIOLIRA MARIA CÔRTES.pdf: 4478157 bytes, checksum: 3a089c6259510dd4b3cfcf202b2cca84 (MD5) Previous issue date: 2012-09-21 / Este estudo teve como objetivo analisar as condições que são oportunizadas às crianças surdas para a apropriação da Libras, em um Centro Municipal de Educação Infantil referência na educação de crianças surdas, no município de Vitória/ES. Como aporte teórico foi utilizada a abordagem histórico-cultural. Os estudos de Vigotski e de Bakhtin foram tomados como referência, dando ênfase ao papel do outro e à linguagem na constituição humana. Como opção metodológica, utilizou a pesquisa qualitativa, que se desenvolveu por meio de um estudo de caso do tipo etnográfico. Para a coleta do material empírico, foram adotados os seguintes recursos: observação participante, registro em diário de campo, videogravação, entrevistas com os sujeitos envolvidos na pesquisa e análise de fichas de matrículas. A organização e análise de dados se apoiou na abordagem microgenética, opção metodológica utilizada por alguns estudos que se pautam na perspectiva histórico-cultural, na busca de compreender as condições de apropriação da Libras por três crianças surdas que estavam em processo inicial de apropriação da Libras. Foram selecionados como elementos para a análise o processo de mediação estabelecido por adultos e outras crianças na relação com essas crianças surdas bem como os indícios de apropriação da Libras por elas na sala de atividades e no atendimento educacional especializado. As análises indicam que as condições para a apropriação da Libras ainda se constituem um desafio para algumas crianças que vivenciam um contexto restrito de interação em Libras, devido, entre outros elementos, à falta de conhecimento de Libras por adultos e crianças e ao fato de a equipe bilíngue não apresentar a quantidade de profissionais necessária para atendê-las em diferentes espaços. O estudo indica também a necessidade de se pensar qual a forma de atendimento que melhor considera as especificidades da criança surda na educação infantil. Tendo em vista que os indivíduos se apropriam da língua quando são imersos na corrente da comunicação verbal, para se avançar em direção a uma educação bilíngue, como define a legislação, o estudo aponta a necessidade de profissionais surdos para atuar de forma direta com essas crianças na educação infantil, o que contribui na constituição de sua identidade, de seu aprendizado e desenvolvimento
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Ecos do Silêncio: Juízos de Surdos no Âmbito da Formação Superior sobre Projetos de Vida e Humilhação nas Perspectivas Moral e Ética

ANDRADE, A. N. 30 August 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_3519_TESE_ALLINE N ANDRADE 2012.pdf: 2698729 bytes, checksum: 99faf4141b3a8219ca7e2871ffb38408 (MD5) Previous issue date: 2012-08-30 / Investigamos as perspectivas moral e ética de pessoas surdas por meio da análise da possível relação entre as características da vida presente, as projeções de si no futuro e a experiência pessoal de humilhação no passado. Participaram da pesquisa 16 surdos que haviam se matriculado no ensino superior, divididos igualmente quanto ao sexo, distribuídos nas seguintes faixas etárias: 21 25 anos (n=4); 26 30 anos (n=8); 31-35 anos (n=1); 36-40 anos (n=3). Realizamos entrevistas individuais por meio do método clínico piagetiano em língua de sinais, as quais foram filmadas na íntegra para posterior transcrição dos dados. A discussão dos resultados foi composta por cinco estudos interdependentes que dizem respeito a: 1) características que compõem a identidade surda; 2) opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica; 3) projeções de si no futuro; 4) exemplos de humilhação pessoal; 5) influência da humilhação nos projetos de vida. Cada um dos estudos apresentados nessa tese, com exceção do primeiro, contemplou o Grau de Consideração de Si e do Outro (GCSO), à medida que se verificavam explicações baseadas na conexão com o outro, na desconexão do outro e na inclusão de si, conforme a natureza do objeto investigado. Considerando as respostas e as justificativas mais frequentes, constatamos que, dentre as características dos participantes, todos são surdos pré-linguísticos, sendo que a maioria conhece a causa da surdez, referindo-se a doenças, hereditariedade e intervenção médica mal sucedida. Apenas uma entrevistada adquiriu a língua de sinais sem atraso por ser filha de pais surdos, enquanto para sete participantes houve atraso de 17 a 19 anos. Esta aquisição tardia foi beneficiada principalmente pelo contato com amigos surdos e com pessoas da comunidade surda, contribuindo para a constituição da identidade de transição. O relacionamento afetivo é, em especial, com pessoas surdas, posto que seis solteiros e três casadas estavam com um(a) parceiro(a) surdo(a). Em relação às opções morais e éticas sobre a atuação profissional e a formação acadêmica, a maior parte dos universitários atua na divulgação da língua de sinais como instrutores de LIBRAS e na educação como professores de surdos devido à conexão com a comunidade surda; no entanto, também foram apresentados argumentos do tipo autocentrado, com elementos de reconhecimento de si com valor positivo. Sobre os cursos em que ingressaram, há matrículas em mais de uma graduação por participante, prevalecendo escolhas em Letras-LIBRAS e em Pedagogia. Quanto à situação do primeiro curso, sete participantes concluíram, sete estavam cursando e dois participantes abandonaram a primeira graduação. A escolha por esse curso foi baseada em argumentos conectados com a comunidade surda e autocentrados com base no reconhecimento positivo de si. Esse tipo de argumento foi principalmente mencionado pelos entrevistados que cursavam a segunda graduação. A investigação sobre os projetos de vida revela que os participantes se interessam pela própria atividade profissional bem como pelo investimento na formação acadêmica, seguido pelo relacionamento afetivo e pela aquisição de bens materiais. Todavia, argumentos do tipo autocentrado são especialmente considerados em relação às próprias características, necessidades e potencialidades para atuar sobre o mundo, mas também há menção a conteúdos hedonistas. A conexão está presente, sobretudo em relação a uma coletividade, pois há argumentos conectados com a comunidade surda e com a sociedade. No estudo sobre as experiências de humilhação, constatamos que esta é tema reconhecido pelos participantes, sendo igualmente as experiências frequentes, exceto para uma universitária em cuja história de vida inexistem situações de rebaixamento. Os demais relatam situações de exclusão, com destaque para a educacional, injúria, calúnia e difamação e impossibilidade de comunicação, justificadas por meio de conteúdos de impotência e de condição. Dentre os argumentos, foi nítida a desconsideração do outro pelos participantes, sendo que o principal tipo diz respeito a pessoas próximas desconectadas de si e à sociedade desconectada de si. Os exemplos de humilhação considerados como os mais importantes pelos entrevistados são de exclusão, injúria, impossibilidade de comunicação, incompreensão e/ou intolerância e ausência de apoio. Para investigar a relação de influência entre humilhação e projetos de vida, primeiramente verificamos que o tema da influência vincula-se à ideia de algo positivo. Assim, para a maioria, a humilhação, cujo teor é negativo, não poderia influenciar os projetos de vida valorizados pelos participantes como planos de transformação positiva de si e de uma coletividade. Dentre os que não reconheceram tal influência, os argumentos foram principalmente autocentrados com aspectos do reconhecimento de si com valor positivo. Entretanto, nesses casos constatamos a influência ao comparar os tipos de humilhação e os tipos de projetos elencados. Quanto àqueles que identificaram relação entre a humilhação e os projetos de vida, há destaque para os planos de atividade profissional, inclusão social dos surdos e relacionamento afetivo como alvos de influência, sendo as principais justificativas de conexão. A análise do GCSO nos estudos em que se aplicou possibilita a constatação de que o mundo dos possíveis se revela vasto quando sondamos as projeções de si no futuro, pois é nesse âmbito que se encontra o número mais significativo de justificativas. Os argumentos conectados aparecem em maior número quando se trata de explicar a atuação profissional e a formação acadêmica no presente, e aparecem em segundo lugar entre os argumentos dos projetos de vida. Atuar no presente e projetar-se no futuro são formas de cooperar com os seus iguais, reforçando principalmente a educação de surdos e a divulgação da língua de sinais para a sociedade. Os argumentos autocentrados são imediatamente mencionados ao se tratar de atividade profissional e da formação superior em curso, ganhando destaque nas justificativas dos projetos de vida, especialmente no que diz respeito ao reconhecimento de si como um ser capaz de agir no mundo. Os argumentos conectados, por sua vez, são menos expressivos na humilhação pessoal; no rebaixamento, as justificativas são principalmente caracterizadas pela desconexão de si. Os resultados indicam que os participantes elaboram projetos de vida em uma perspectiva ética, incluindo a si próprios como também o outro, com especial atenção para a comunidade surda, mas também com pretensão de inclusão da sociedade. Há ligação entre o presente, o passado e o futuro, considerando que a experiência humilhante de exclusão educacional ainda se reproduz no presente, quando os participantes investem na própria formação superior para futura atuação profissional, mas enfrentam o despreparo dos professores ouvintes quanto a adequar seu método de trabalho à inclusão de surdos no ensino superior. Esperamos que esse estudo seja útil à discussão sobre políticas públicas na área da educação especializada para surdos, como também contribua com a ampliação do conhecimento científico sobre a perspectiva moral e ética desse público.
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O deficiente auditivo na escola regular: um estudo do reconhecimento de alunos(as) e de professores(as) do ensino público fundamental em Monte Carmelo, MG

RIBEIRO, Adriana Naves Resende January 2012 (has links)
Trata-se de uma pesquisa sobre a condição de alunos não-ouvintes na escola pública regular. O trabalho tem como objetivos investigar, a partir de três escolas da cidade de Monte Carmelo, MG, as percepções de professores(as) e de alunos(as) ouvintes e surdos sobre a diversidade em geral e sobre a condição de pessoa identificada como “deficiente auditiva” em especial. A investigação foi realizada a partir de uma perspectiva etnográfica, dando destaque à imersão em campo e à observação sistematizada do cotidiano escolar. O aprimoramento teórico das questões de fundo realizou-se a partir de um programa de leituras que envolveram as discussões da educação para a diversidade e da existência de uma cultura surda. Além da pesquisa em fontes bibliográficas e documentais, e da observação direta, o levantamento dos dados realizou-se ainda por meio da aplicação de questionários mistos e de entrevistas semiestruturadas, utilizando-se, assim, a técnica da Triangulação. No capítulo 1 é feito um levantamento do tratamento historicamente reservado aos surdos no Ocidente, com ênfase: na ação de ideologias negadoras da diversidade; na existência, no Brasil, de uma disputa de entre Oralismo e Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); e, nos processos que levaram à fundação das Associações dos Surdos em diversas regiões do país e em especial em Minas Gerais. No capítulo 2 faz-se a apresentação do lócus da investigação, iniciando com uma contextualização sócio-histórica e cultural da cidade de Monte Carmelo, MG até a apresentação das escolas e de aspectos de seus Projetos Político Pedagógicos diretamente referentes ao tema. No capítulo 3 são apresentadas e discutidas percepções de professores(as) e de alunos(as) ouvintes acerca da surdez e da criança/adolescente surdo inserido no ensino regular. Ao final, a partir de entrevistas com os(as) alunos(as) surdos e seus familiares propõem-se uma discussão da normalização das diferenças observável na negação das identidades surdas (também) no âmbito escolar.

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